Indicadores SEBRAE-SP
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- Elza Pereira Tuschinski
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1 Indicadores SEBRAE-SP Pesquisa de Conjuntura (resultados de dezembro de 2012) Fevereiro/13
2 Destaques No mês de dezembro de 2012 o faturamento real das micro e pequenas empresas (MPEs) apresentou aumento de 6,3% sobre dezembro de Foi o melhor resultado em termos de faturamento real para um mês de dezembro, desde Por setores, os resultados do período foram: indústria (+1,6%), comércio (+10,7%) e serviços (+2,4%). Com esses resultados, as MPEs fecharam 2012 com aumento de 8,1% no faturamento real, ante No período, os resultados por setores foram: indústria (+5,6%), comércio (+9,6%) e serviços (+7,0%). O bom desempenho do consumo no mercado interno contribuiu para os resultados das MPEs. De acordo com dados do IBGE, em 2012, a taxa de desemprego anual foi de 5,5% (a menor taxa desde o início da série do IBGE, iniciada em março de 2002) e o rendimento médio real dos ocupados registrou aumento de 4,1% em relação ao ano de Quanto às expectativas, em janeiro/13, os proprietários de MPEs aguardam estabilidade quanto ao faturamento de sua empresa nos próximos seis meses: 50% esperam manutenção no faturamento, ante 51% em janeiro/12. 2
3 Faturamento real das MPEs Resultados de dezembro de 2012 Faturamento Real MPEs do Estado de São Paulo Variação (%) no mês no ano em 12 meses Setores de atividade Dez 12 Jan - Dez 12 Dez 12 Nov 12 Jan - Dez 11 Dez 11 Estado de São Paulo 8,2 8,1 6,3 Setores Indústria -4,1 5,6 1,6 Comérc io 15,9 9,6 10,7 Serviços 3,9 7,0 2,4 Regiões RMSP 6,9 5,6 4,1 Interior 9,4 10,7 8,4 Grande ABC 6,7 10,2 9,9 Município de São Paulo 1,4 5,1 5,4 Fonte: SEBRAE-SP/ Seade. Nota: Deflacionado pelo INPC (IBGE). 3
4 Gráfico 1 Faturamento médio mensal MPEs do estado de São Paulo Taxa de variação sobre o mesmo mês do ano anterior 20% 15% 15,3% 10% 5% 6,3% 7,3% 9,9% 10,3% 10,3% 1,8% 4,9% 9,4% 10,6% 4,7% 6,3% 0% -5% -2,9% dez11 x dez10 fev12 x fev11 abr12 x abr11 jun12 x jun11 ago12 x ago11 out12 x out11 dez12 x dez11 Fonte: SEBRAE-SP/ Seade. Nota: Deflacionado pelo INPC (IBGE). 4
5 Gráfico 2 Evolução do faturamento médio mensal MPEs do estado de São Paulo (abril/04 = 100) variação em 12 meses Dez/12 aumento de 6,3% sobre Dez/ dez/07 mar/08 jun/08 set/08 dez/08 mar/09 jun/09 set/09 dez/09 mar/10 jun/10 set/10 dez/10 mar/11 jun/11 set/11 dez/11 mar/12 jun/12 set/12 dez/12 Abril de 2004 = 100 variação no mês Dez/12 aumento de 8,2% sobre Nov/12 Faturamento real das MPEs paulistas Fonte: SEBRAE-SP/ Seade. Nota: Deflacionado pelo INPC (IBGE). 5
6 Gráfico 3 Faturamento médio anual MPEs do estado de São Paulo Taxa de variação sobre o ano anterior 12% 10,4% 8% 8,1% 4% 4,4% 0% -4% -8% -5,3% 2009 x x x x 2011 Fonte: SEBRAE-SP/ Seade. Nota: Deflacionado pelo INPC (IBGE). 6
7 Gráfico 4 Faturamento médio anual MPEs do estado de São Paulo Taxa de variação sobre o ano anterior 15% 10% 5% 11,4% 8,4% 13,7% 3,0% 1,0% 8,3% 5,6% 9,6% 7,0% 0% -5% -5,3% -2,7% -10% -15% -9,6% 2009 x x x x 2011 Indústria Comércio Serviços Fonte: SEBRAE-SP/ Seade. Nota: Deflacionado pelo INPC (IBGE). 7
8 Estimativas para as MPEs paulistas Receita total em 2012: R$ 528,5 bilhões Variação na receita total 2012 x R$ 39,5 bilhões Receita total em dezembro/12: R$ 49 bilhões Variação na receita total Dez/12 x Nov/12 + R$ 3,7 bilhões Dez/12 x Dez/11 + R$ 2,9 bilhões Parâmetros utilizados para o cálculo das estimativas: Faturamento médio observado em dezembro/12 = R$ ,91 por empresa. Valores a preços de dezembro/12 (Deflator: INPC/ IBGE). Universo da pesquisa: MPEs - Cadastro Seade (mar/12). 8
9 Gráfico 5 Expectativa das MPEs para o faturamento da empresa nos próximos 6 meses 60% 50% 51% 53% 49% 50% 52% 54% 54% 52% 52% 47% 50% 52% 50% 40% 30% 31% 31% 35% 33% 33% 31% 32% 35% 38% 39% 37% 30% 29% 20% 10% 0% 10% 12% 12% 13% 10% 10% 10% 9% 10% 10% 11% 6% 7% 8% 9% 8% 4% 3% 4% 5% 5% 5% 3% 4% 4% 5% jan/12 fev/12 mar/12 abr/12 mai/12 jun/12 jul/12 ago/12 set/12 out/12 nov/12 dez/12 jan/13 Melhorar Piorar Manter Não Sabe Fonte: SEBRAE-SP/ Seade. Nota: a soma das porcentagens pode diferir de 100% devido a arredondamentos. 9
10 Gráfico 6 Expectativa das MPEs para a situação da economia brasileira nos próximos 6 meses 70% 60% 54% 58% 52% 55% 54% 55% 53% 52% 56% 55% 56% 57% 56% 50% 40% 30% 28% 26% 29% 29% 30% 26% 27% 30% 29% 31% 31% 27% 26% 20% 10% 0% 10% 11% 11% 12% 10% 9% 10% 10% 9% 10% 9% 10% 7% 9% 8% 8% 7% 9% 9% 5% 5% 4% 6% 7% 8% 6% jan/12 fev/12 mar/12 abr/12 mai/12 jun/12 jul/12 ago/12 set/12 out/12 nov/12 dez/12 jan/13 Melhorar Piorar Manter Não Sabe Fonte: SEBRAE-SP/ Seade. Nota: a soma das porcentagens pode diferir de 100% devido a arredondamentos. 10
11 Resultados de dezembro de 2012 (I) No mês de dezembro de 2012 o faturamento real das micro e pequenas empresas (MPEs) apresentou aumento de 6,3% sobre dezembro de Foi o melhor resultado em termos de faturamento real para um mês de dezembro, desde 2000 (*). Por setores, os resultados do período foram: indústria (+1,6%), comércio (+10,7%) e serviços (+2,4%). Com esses resultados, as MPEs fecharam 2012 com aumento de 8,1% no faturamento real, ante O bom desempenho do consumo no mercado interno, a partir da evolução positiva da ocupação e da renda contribuiu para os resultados favoráveis registrados pelas MPEs em dezembro/12 e no ano de (*) Em índice. Considerando abril/04 = 100, o resultado de dezembro/12 foi de 143,6. 11
12 Resultados de dezembro de 2012 (II) O mercado de trabalho apresentou evolução favorável em 2012, segundo o IBGE: - A taxa de desemprego foi de 5,5% (média das seis maiores regiões metropolitanas brasileiras), a menor taxa anual desde o início da pesquisa, em 2002; - O rendimento real (habitual) dos ocupados, subiu 4,1% sobre Considerando o aumento do número de ocupados e do rendimento médio real, a massa de rendimentos reais (habituais) subiu 6,2% em 2012 sobre Por setores, em 2012 sobre 2011, os resultados foram: indústria (+5,6%), comércio (+9,6%) e serviços (+7,0%). Por regiões, os resultados do período foram: RMSP (+5,6%), interior (+10,7%), Grande ABC (+10,2%) e município de São Paulo (5,1%). Na comparação de dezembro/12 com novembro/12 o faturamento das MPEs registrou aumento de 8,2% em termos reais (descontando a inflação). As vendas das MPEs para o Natal contribuíram para o aumento de faturamento ante novembro/12. 12
13 Expectativas das MPEs Em janeiro/13, as expectativas dos proprietários de MPEs são de que nos próximos seis meses haja estabilidade no faturamento da empresa. 50% dos proprietários de MPEs esperam manutenção no faturamento da empresa nos próximos seis meses, ante 51% em janeiro/12. 29% esperam um aumento no faturamento, 9% aguarda uma piora e 11% não sabem como evoluirá o faturamento da sua empresa nos próximos seis meses. As expectativas dos empresários quanto ao nível de atividade da economia, nos próximos seis meses, também são de manutenção. Em janeiro/13, 56% dos empresários esperam manutenção no nível de atividade da economia, ante 54% em janeiro/12. 26% aguardam melhora na economia, 8% esperam uma piora no nível de atividade da economia e 10% não sabem como a economia deverá evoluir nos próximos seis meses. Nota: a soma das porcentagens pode diferir de 100% devido a arredondamentos. 13
14 As MPEs e a economia (I) Em 2012 a economia brasileira apresentou um desempenho modesto. Segundo os analistas de mercado, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve ter um crescimento da ordem de 0,95% em 2012 (Fonte: Boletim Focus do Banco Central do Brasil, de 1/02/13). Apesar do crescimento modesto da economia, o mercado de trabalho apresentou bons resultados, segundo o IBGE. A evolução favorável do mercado de trabalho contribuiu para o bom desempenho do consumo no mercado interno que, por sua vez, beneficiou as vendas das MPEs. Para 2013, as perspectivas são de um crescimento moderado para a economia brasileira (+3,1% segundo projeção dos analistas de mercado). As MPEs devem acompanhar a evolução da economia brasileira em Espera-se um crescimento mais equilibrado para os três setores (indústria, comércio e serviços), quanto às MPEs, considerando-se os efeitos das medidas de estímulo à economia brasileira: (i) Redução dos juros básicos. A taxa Selic foi reduzida de 12,5% a.a. em agosto/11 para 7,25% a.a. no momento atual, o que potencialmente facilita investimentos e vendas no crediário; (ii) Desoneração da folha de salários de várias atividades, onde a contribuição passou a incidir sobre o faturamento das empresas, com uma carga potencialmente reduzida; 14
15 As MPEs e a economia (II) (iii) Desvalorização do real ante o dólar, o que tende a tornar produtos importados mais caros em reais, reduzindo a concorrência com produtos importados; (iv) Redução dos custos de energia elétrica. Nesse cenário, há riscos que devem ser considerados: - Cenário internacional adverso. As economias dos países avançados (Europa e Estados Unidos) tendem a apresentar um baixo ritmo de crescimento. Há também, incertezas quanto ao financiamento de várias economias do Sul da Europa. Nesse quadro, podem ocorrer turbulências nos mercados financeiros. Essas oscilações podem reduzir os investimentos ao redor do globo, e portanto, afetar o Brasil. - No cenário interno, a inflação tem se mostrado resistente à baixa. O consumo das famílias tem sido importante motor do crescimento das vendas das MPEs e o nível de endividamento das famílias brasileiras está relativamente elevado. Caso a inflação se eleve, o nível de consumo pode ser reduzido. - Existem incertezas quanto à reação dos investimentos às medidas de estímulo adotadas. Por exemplo, há analistas que enfatizam que além de estímulos à demanda, o chamado lado da oferta também deve ser foco de atenção, com medidas que aumentem a qualificação da mão de obra, melhora da infraestrutura e redução da burocracia. 15
16 Nota técnica Realização: Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (SEBRAE-SP). Colaboração: Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade). Equipe Técnica no Sebrae-SP: Pedro João Gonçalves (coord.), Fernanda Cardoso Rosa Gonçalves, Letícia Aguiar, Mariana Rutkowski Silva e Vitor Lemos Maciel. Nota Metodológica: A pesquisa Indicadores Sebrae-SP é realizada mensalmente com uma amostra planejada de micro e pequenas empresas (MPEs) do Estado de São Paulo. A amostra de empresas é elaborada por critérios probabilísticos de forma a representar o universo das MPEs paulistas. Esse universo é composto por MPEs, distribuídas em: indústria de transformação (10%), comércio (53%) e serviços (37%). As entrevistas são realizadas por telefone. Nesta pesquisa, as MPEs são definidas como empresas de comércio e serviços com até 49 empregados e empresas da indústria de transformação com até 99 empregados, com faturamento bruto anual até R$ 3,6 milhões. Os dados reais apresentados no relatório foram deflacionados pelo INPC-IBGE referente à Região Metropolitana de São Paulo. SEBRAE-SP - Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo Unidade Inteligência de Mercado Eduardo Pugnali Marcos Gerente Rua Vergueiro, CEP São Paulo SP. Homepage: pesqeco@sebraesp.com.br Informações sobre produtos e serviços do SEBRAE-SP: Informações sobre este relatório: (11) / 4948/ 4877/ 4839/
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