Abordagens Epistemológicas em Pesquisas Qualitativas: Além do Positivismo nas Pesquisas na Área de Sistemas de Informação

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Abordagens Epistemológicas em Pesquisas Qualitativas: Além do Positivismo nas Pesquisas na Área de Sistemas de Informação"

Transcrição

1 Abordagens Epistemológicas em Pesquisas Qualitativas: Além do Positivismo nas Pesquisas na Área de Sistemas de Informação Autoria: Eduardo Henrique Diniz, Maira Petrini, Alexandre Fernandes Barbosa, Tania Pereira Christopoulos, Heloísa Mônaco dos Santos Resumo Este artigo analisa a produção acadêmica em Sistemas de Informação (SI), que utiliza abordagens metodológicas qualitativas e apresenta uma estrutura de referência para a elaboração de projetos de pesquisa na área. Identifica-se a predominância da visão funcionalista (positivista) como pressuposto epistemológico para a realização de projetos de pesquisa em SI, negligenciando-se outras posturas, como por exemplo, a interpretativista ou a teoria crítica. O artigo aborda também o uso excessivo do método de estudos de caso nas abordagens qualitativas, realizados sem devido rigor metodológico, gerando, como conseqüência, fragilidade dos trabalhos produzidos. Com base nesse contexto, foram avaliados os artigos qualitativos premiados no ENANPAD entre 1997 e 2004, considerando os seguintes aspectos: Unidade de Análise, Postura Epistemológica, Método e Consistência da Conclusão. Conclui-se que todos os artigos analisados utilizam o método de Estudo de Casos a partir da postura epistemológica positivista, o que reforça a idéia de que há a necessidade de se ampliar as alternativas metodológicas de pesquisa adotadas na área de SI. 1. Introdução A atividade de pesquisa no campo da tecnologia de informação não tem sido tarefa fácil, a começar pela própria denominação do campo de estudo em questão, que já foi chamado de informática, sistemas de informação (SI), tecnologia de informação (TI) e, mais recentemente, tecnologia de informação e comunicação (TIC). Neste artigo será utilizada a denominação SI apenas por conveniência, o que não deve ser visto como uma preferência ou exclusão justificada. Como linha de pesquisa acadêmica, a área de SI tem se desenvolvido sistematicamente desde os anos 60. O levantamento histórico realizado por Avgerou (2000) aponta a origem da área nos estudos de ciência da computação aplicada. O lançamento de revistas acadêmicas, como a MIS Quarterly e a Information Systems Research, em 1977 e 1987, respectivamente, juntamente com congressos acadêmicos como o ICIS (International Conference of Information Systems) em 1980, ajudaram a consolidar academicamente a área de SI no cenário científico. No entanto, mesmo tendo surgido há cerca de três décadas e ter passado por um período de afirmação nos anos 90 (HOPPEN e MEIRELLES, 2005), pode-se dizer que a área acadêmica de SI está em plena crise. Winograd e Flores (1986) já apontavam o problema na predominância do paradigma lógico-matemático em pesquisas da área. Em seu já clássico trabalho Understanding Computing and Cognition, os autores alertavam que a utilização de uma nova orientação, que rompesse com a tradição racionalista da área, contribuiria significativamente para o desenvolvimento de idéias relevantes para a teoria de SI. A origem da área de SI, nascida e influenciada pelas escolas de engenharia e ciências da computação (LOEBEL, 2004), pode ser um dos motivos da escassez de análises críticas que incluam reflexões sociais e políticas, gerando uma lacuna nas pesquisas acadêmicas da área. 1

2 Apesar do crescimento experimentado a partir da consolidação da área de SI, a definição da sua identidade tornou-se ainda mais complexa nos anos 90. Se nos EUA, a localização institucional para a área está comumente vinculada às escolas de administração, na Europa, essa institucionalização é muito mais diversificada, estando associada tanto a departamentos de ciências exatas ou de engenharia, quanto a diversos departamentos ligados às áreas das ciências sociais (AVGEROU, 2000). Essa diversidade na filiação institucional tem implicações nos rumos da pesquisa acadêmica na área. Os múltiplos aspectos sociais, culturais e tecnológicos presentes nas pesquisas no campo de SI são decorrentes das relações entre informação, organização e pessoas e definem um caráter complexo não só na definição e delimitação do objeto de pesquisa, mas também no uso consistente de instrumentos de pesquisa padronizados. Bukland (1991) afirma que a complexidade do objeto informação leva a uma dificuldade de sua delimitação. Assim, o desenvolvimento de pesquisa qualitativa em SI requer a discussão das abordagens teóricometodológicas que devem estar presentes na sua orientação. Essas abordagens definem a postura espistemológica do pesquisador frente ao objeto pesquisado e facilitam a criação do espaço relacional do mesmo com os objetos pesquisados. O objeto de pesquisa em si e as metodologias de pesquisa empregadas são, portanto, dois aspectos relevantes na discussão sobre pesquisa em SI. Neste artigo serão tratados apenas os aspectos relacionados à metodologia de pesquisa em SI Metodologias de Pesquisa em SI As questões ligadas às metodologias de pesquisa são inerentes às posturas epistemológicas adotadas pelos pesquisadores e observa-se uma predominância de questões técnicas/racionalistas nas pesquisas em SI (ORLIKOWSKI e BAROUDI, 1991; POZZEBON, 2003). O crescente desconforto entre os pesquisadores na utilização de teorias funcionalistas, tem estimulado a busca de novas abordagens metodológicas na área (CASSEL e SYMON, 1997). A demanda por novas metodologias tem como objetivo preencher as lacunas deixadas pelas abordagens funcionalistas, as quais claramente não conseguem tratar toda a variedade de fenômenos provocados pelas TIC nas empresas e nos indivíduos, em diferentes contextos sociais e organizacionais. Ciborra (2002) aponta que, apesar do crescente número e variedade de aplicações de TIC e a despeito da ampliação dos conteúdos, direções e tendências na disciplina de SI, o crescimento das oportunidades de pesquisa na área não é devidamente acompanhado por maior variedade de abordagens metodológicas. Embora existam diversos métodos de pesquisa qualitativos tais como: estudos etnográficos, teoria ator-rede, observação participativa, etc., estes têm sido praticamente marginalizados, em detrimento da utilização de métodos quantitativos (CIBORRA, 2002). Além disso, quando utilizam abordagens qualitativas, as pesquisas na área são restritas ao uso quase exclusivo de estudo de caso. Esse fato é agravado pela alta freqüência da escolha dos casos, apenas por conveniência, sem a necessária justificativa de sua relevância. Caldas (2005) ressalta que existe uma tendência ao uso inadequado de metodologias quantitativas a ponto de serem empregadas mesmo em situações em que o projeto de pesquisa requereria uma abordagem qualitativa. Na área acadêmica, a pesquisa qualitativa em geral não apresenta o mesmo nível de aceitação para publicação quando comparado às pesquisas quantitativas (CHEN e HIRSCHHEIN 2004). Como resultado, predomina-se a utilização de abordagens positivistas, restringindo desnecessariamente o estudo dos fenômenos de SI, bem como suas implicações (ORLIKOWSKI e BAROUDI, 1991). De fato, metodologias muito estruturadas podem ser incapazes de capturar 2

3 os detalhes intrincados do uso de aplicações de TIC no ambiente das empresas e na sociedade. Talvez seja o tempo de se procurar mais contemplação e menos cálculo no estudo de desenvolvimento e uso de TIC (CIBORRA, 2002), privilegiando o uso de metodologias mais flexíveis para melhorar a interação entre o pesquisador e o objeto de pesquisa. 2. Caracterização de um Projeto de Pesquisa Qualitativa Para Creswell (2003), um pesquisador deve fazer uso de uma estrutura que oriente seu projeto de pesquisa desde a identificação da postura epistemológica que fundamenta a postura filosófica do pesquisador frente ao objeto de pesquisa, até os procedimentos de coleta e análise dos dados. Segundo Myers (2005), os itens relevantes que devem ser considerados no projeto de pesquisa são: perspectiva filosófica, métodos, técnicas de coleta de dados e modos de análise e interpretação dos dados; itens similares aos propostos por Creswell (2003). Utilizando-se como referências as visões de Myers (2005) e Creswell (2003) apresentadas acima, elaborou-se uma estrutura de referência que trata os aspectos relevantes a serem considerados pelos pesquisadores, no desenvolvimento de seus projetos de pesquisa. A estrutura proposta (Figura 1) é composta por quatro dimensões descritas a seguir: Postura epistemológica: Todas as pesquisas, tanto qualitativas quanto quantitativas, fundamentam-se em pressupostos filosóficos que representam como o pesquisador irá aprender e o que ele irá aprender com o projeto. A dimensão epistemológica relaciona-se ao conhecimento e como ele pode ser obtido (HIRSCHHEIM, 1992); por exemplo, se conhecimento é algo que pode ser adquirido procurando regularidades e relações causais, como no caso da abordagem positivista, ou algo que é principalmente relativo e só pode ser entendido do ponto de vista dos indivíduos que estão diretamente envolvidos, como no caso da abordagem interpretativista. Além das abordagens positivista e interpretativista, o autor também pode adotar outras posturas, como por exemplo, uma posição epistemológica crítica. Método de pesquisa: Com base no posicionamento epistemológico, vários métodos de pesquisa podem ser utilizados como estratégias de investigação, que estabelecem direções específicas para os procedimentos em um projeto de pesquisa. Eles influenciam diretamente a técnica de coleta de dados a ser utilizada (MYERS, 2005). Alguns exemplos de métodos de pesquisa utilizados em abordagens qualitativas são: estudo de caso, pesquisa-ação, etnografia e grounded theory. Técnica de coleta de dados: Conjunto de instrumentos específicos de coleta. Em uma pesquisa pode-se utilizar uma ou mais técnicas de coleta de dados. A escolha das técnicas a serem utilizadas está relacionada às características da pesquisa como, por exemplo, a qualidade esperada dos dados coletados, custos da coleta ou o período pesquisado (STRAUB et al., 2004) e interferem nos resultados das pesquisas (STRAUB et al., 2004). As técnicas de coleta de dados normalmente compreendem entrevistas, material histórico, observação participativa e trabalho de campo. Modo de análise e interpretação dos dados: São as diferentes abordagens utilizadas para identificar, analisar e interpretar os dados coletados (MYERS, 2005). O processo de análise e interpretação dos dados envolve extrair significado de textos e imagens. Isso requer que os dados sejam preparados para análise, possibilitando o aprofundamento no entendimento dos dados e a interpretação abrangente de seus significados. Segundo Creswell (2003), os pesquisadores precisam conduzir a análise dos dados, orientados pelas estratégias de pesquisa adotadas. Dentre os diferentes modos de análise em pesquisas qualitativas pode-se mencionar: hermenêutica, semiótica e narrativa metafórica. Alguns autores adotam a 3

4 Grounded Theory como um modo de análise e não como um método de pesquisa (MYERS, 2005). Posição Epistemológica Positivista Interpretativista Crítica Métodos Pesquisa Ação Estudo de Caso Etnografia Grounded Theory Técnicas de Coleta de Dados Entrevista Material Histórico Observação Participativa Trabalho de Campo Modo de Análise Hermenéutica Semiótica Narrativa Metafórica Figura 1: Estrutura de Referência para Pesquisa Qualitativa em SI (adaptado de Myers, 2005). As dimensões apresentadas na Figura 1 relacionam-se entre si, possibilitando que os pesquisadores utilizem métodos e técnicas de pesquisa que sejam consistentes com a postura epistemológica adotada na realização do seu projeto de pesquisa (GEPHART, 2004). Qualquer um dos métodos de pesquisa apresentados na estrutura de referência proposta pode ser aplicado dentro de uma das três posturas epistemológicas consideradas: positivista, interpretativista ou crítica (KLEIN e MYERS, 1999). Enquanto a posição epistemológica e o método de pesquisa fornecem a base teórica e são os direcionadores da postura adotada pelo pesquisador, a técnica de coleta de dados e o modo de análise são as dimensões que operacionalizam a postura escolhida. As próximas seções exploram as duas primeiras dimensões da estrutura de referência: a postura epistemológica e, para cada postura, o método de pesquisa, entrando com ênfase no método do Estudo de Caso, uma vez que este apresenta maior incidência na área de SI (HOPPEN e MEIRELLES, 2005). 3. Posturas Epistemológicas Encontram-se variações consideráveis quando se procura classificar posturas epistemológicas, ou pressupostos filosóficos, adotados pelos pesquisadores. O estudo de pressupostos filosóficos é uma tarefa reflexiva que orienta pesquisadores no seu trabalho de investigação. Em seu clássico trabalho, Burrell e Morgan (1979) apresentam quatro paradigmas relacionados a diferentes posturas epistemológicas: funcionalista, interpretativista, humanista radical e estruturalista radical, sendo que o paradigma funcionalista é baseado na suposição de que a sociedade tem existência concreta e real, e um caráter sistêmico orientado para produzir um sistema ordenado e regulado; o interpretativista é baseado na visão de que a realidade social não existe em qualquer sentido concreto, mas é um produto da experiência subjetiva e intersubjetiva dos indivíduos; o humanista-radical enfatiza como a realidade é socialmente construída e sustentada, vinculando sua análise ao interesse no que pode ser descrito como patologia da consciência, por meio da qual os seres humanos se tornam aprisionados nos limites de realidade 4

5 que eles mesmos criam e sustentam; e a realidade definida pelo paradigma estruturalista radical é baseada na visão da sociedade como uma força potencialmente dominante, e é ligada a uma concepção materialista do mundo social, definido por estruturas sólidas e concretas (BURREL e MORGAN, 1979; CALDAS, 2005; MORGAN, 2005). Para Creswell (2003) os pressupostos filosóficos que o pesquisador adota frente ao objeto de pesquisa referem-se a quatro posturas epistemológicas: pós-positivista, construtivista, ativista/participatória e pragmatista. Na postura pós-positivista o conhecimento é entendido como conjectural. Na postura construtivista, os significados são socialmente construídos. O ativismo compreende pesquisas que consideram as necessidades de indivíduos e/ou grupos marginalizados e também apresentam uma agenda política. Na abordagem pragmática o conhecimento emerge de ações, situações e conseqüências; há uma preocupação com aplicação o que funciona e soluções para os problemas. Gephart (2004) apresenta uma concepção simplificada abordando três perspectivas utilizadas em pesquisas qualitativas: positivismo/pós-positivismo, interpretativismo e pósmodernismo crítico. O positivismo adota uma posição de realismo e confia no pressuposto de um mundo objetivo externo à mente. O pós-positivismo afirma que a realidade somente pode ser conhecida probabilisticamente. Ambos buscam descobrir a verdade ou a realidade verdadeira. O objetivo do interpretativismo é compreender a produção real dos significados e conceitos usados por atores sociais no local onde eles interagem. O pós-modernismo crítico combina teoria crítica e pensamento pós-moderno. A pesquisa crítica adota um pressuposto realista, histórico, que a construção da realidade é moldada pelos valores sociais, econômicos e políticos que cristalizam e tornam-se reificados com o passar do tempo. Schwandt (1994), em seu trabalho sobre as abordagens construtivista e interpretativista de investigação humana, detalha o que há em comum entre essas duas perspectivas. Para o autor, as duas abordagens compartilham o objetivo de entender o complexo mundo das experiências vividas do ponto de vista daqueles que as vivenciam; diferem na visão do propósito de tal investigação e de como o mundo da ação humana é conhecido. A seguir são apresentadas posturas epistemológicas que, segundo Chen e Hirschheim, 2004 e Walsham, 1995a, são freqüentemente utilizadas no campo de SI. Essa visão está alinhada à classificação utilizada por Orlikowski e Baroudi (1991), que estimulam a reflexão sobre o uso de abordagens em pesquisa alternativas à predominante abordagem positivista. 4. As Diferentes Abordagens Epistemológicas e o Estudo de Caso 4.1 Abordagem Positivista A abordagem epistemológica positivista busca a objetividade e neutralidade em direção a um conhecimento positivo da realidade a partir de uma perspectiva metodológica claramente definida para a explicação do objeto de pesquisa. Desta forma, a perspectiva epistemológica positivista é fortemente caracterizada pela visão determinista, racional e cartesiana sobre os fatos da realidade. Podem-se identificar como características marcantes dessa abordagem, a separação excludente entre pesquisador e o objeto de pesquisa e a valorização excessiva do método em detrimento da abordagem teórica e interpretativista. Para Myers (2005), os positivistas assumem que a realidade é um dado objetivo e pode ser descrita por propriedades mensuráveis que são independentes do observador. Portanto, o rigor metodológico nessa abordagem deve traduzir exatidão, universalidade e independência do 5

6 pesquisador. Neste contexto, o rigor metodológico deve ser explicitado na apresentação do problema de pesquisa, na abordagem metodológica, na apresentação dos resultados e na discussão final. Segundo Orlikowski e Baroudi (1991), a abordagem positivista tem raízes no positivismo lógico e reflete cinco percepções na análise do objeto de pesquisa: O fenômeno de interesse é único, tangível e passível de ser fragmentado; O pesquisador e o objeto de pesquisa são independentes e existe uma clara demarcação entre a observação e as afirmações teóricas; Afirmações verdadeiras, generalizações independentes de tempo e contexto são aplicáveis e implicam em conceitos científicos precisos com significados fixos e invariantes; Existência de relações de causa e efeito reais e unidirecionais, que podem ser identificadas e testadas através de uma análise seguindo a lógica hipotética-dedutiva; A investigação é livre de valor O Estudo de Caso na Abordagem Positivista A estratégia de pesquisa utilizando abordagem positivista, comumente encontrada em pesquisa qualitativa na área de SI, é o estudo de caso, como apresentado por Yin (2001) e Benbasat et al. (1987). Para Benbasat et al. (1987), o estudo de caso é adequado para os problemas de pesquisas no campo de SI por apresentar duas particularidades: a pesquisa e a teoria estão em um estágio inicial de formação, e os problemas de pesquisa são baseados na prática em que atores e o contexto da ação são críticos para a análise dos mesmos. Sob essa ótica, os resultados da pesquisa dependem fortemente do poder de integração do investigador. Segundo Benbasat et al. (1987), existem três razões principais para a adoção do estudo de caso como estratégia de pesquisa: O pesquisador pode estudar os problemas de SI em seu ambiente natural, aprender sobre o estado da arte e generalizar teorias a partir da prática; O pesquisador pode responder perguntas do tipo como e por quê, de forma a compreender a natureza e complexidade do problema de pesquisa; e É uma forma apropriada para pesquisar problemas sobre os quais poucos estudos prévios tenham sido realizados. Para Yin (2001), a estratégia de pesquisa utilizando estudo de casos é adequada quando o foco de pesquisa está em fenômenos contemporâneos inseridos no contexto da vida real e quando o pesquisador detém baixo ou nenhum nível de controle sobre os mesmos. Yin (2001) aponta também que a condução de estudos de caso como estratégia de pesquisa pode assumir uma visão pluralista envolvendo diferentes propósitos: exploratório, descritivo ou explanatório. A estrutura proposta por Yin (2001) inclui: planejamento, definição do problema de pesquisa, unidades de análise, coleta de dados e evidências e métodos de análise de dados e evidências. Embora não exista um padrão para a realização de estudos de casos, a abordagem positivista prevê que o processo de pesquisa seja linear, cuidadosamente concebido, ordenado e executado sem falhas ou erros e isomórfico às premissas do leitor. Em oposição à abordagem interpretativista que se baseia na premissa de que indivíduos utilizam formas simbólicas tais como idéias e conceitos para dar significado e para estruturar suas experiências sociais, na 6

7 abordagem positivista os pesquisadores não consideram na pesquisa o entendimento do significado dessas experiências sociais contextualizadas a partir da construção social da realidade, como apresentado por Berger e Luckman (1990). 4.2 Abordagem Interpretativista O interpretativismo tem o objetivo de entender o mundo do ponto de vista daqueles que o vivenciam. Nessa abordagem, o objeto de pesquisa é entendido como construído socialmente pelos atores. Atores moldam significados a partir de eventos e fenômenos através de processos complexos e longos de interação social. Essa abordagem pressupõe que para compreender o mundo o pesquisador deve interpretá-lo. Preparar uma interpretação é também construir uma leitura desses significados, é oferecer a construção do pesquisador a partir da construção dos atores em estudo (SCHWANDT, 1994). Orlikowski e Baroudi (1991) consideram como estudos interpretativistas, aqueles que apresentam evidências de uma perspectiva não determinista; na qual a intenção do pesquisador é ampliar seu entendimento sobre o fenômeno em situações contextuais e culturais; onde este é examinado em seu local de ocorrência e a partir das perspectivas dos participantes; e na qual os pesquisadores não impõem a priori seu entendimento de alguém de fora da situação. No campo de SI, observa-se um crescente interesse pelo paradigma interpretativista. Walsham (1995a), concluiu que há uma quantidade de trabalhos sólidos adotando essa abordagem em pesquisas que estudam projetos de sistemas, intervenção organizacional e gestão de TI, implicações sociais da TI, trabalho cooperativo com o apoio de TI e inteligência artificial O Estudo de Caso na Abordagem Interpretativista A estratégia de pesquisa comumente adotada nessa abordagem é o estudo de caso em profundidade, envolvendo visitas freqüentes ao campo, por um longo período de tempo. Walsham (1995b) estudou os aspectos filosóficos e teóricos da natureza dessa estratégia e apresentamos a seguir suas principais conclusões. Com relação ao uso da teoria em estudos interpretativos, Walsham (1995b) observou que existem três formas distintas: a teoria tem o papel de guia inicial para o projeto de pesquisa; é parte de um processo iterativo de coleta e análise de dados; ou é produto final da pesquisa. Na fase inicial, a teoria apóia a criação de um framework que considera o conhecimento prévio e embasa a abordagem empírica; como parte de um processo iterativo, as teorias inicialmente adotadas podem ser expandidas, revisadas ou abandonadas, como resultado de um processo iterativo de coleta e análise dos dados; e a teoria pode ser o resultado final da investigação, expressa em conceitos, em um framework conceitual, em proposições ou em uma teoria. O pesquisador pode assumir dois papéis principais em um estudo de caso interpretativo: ser um observador externo ou um observador envolvido, sendo que em ambos a subjetividade do pesquisador está presente. O mérito do papel de observador externo é que ele é visto como alguém que não tem um interesse pessoal nas várias interpretações e resultados; e a desvantagem é que este pesquisador não estará presente em muitas ocasiões e não terá uma impressão direta do campo; pode também não ter acesso a documentos por ser alguém de fora. Já o observador envolvido tem o mérito de obter uma visão de alguém de dentro, mas a desvantagem de ser percebido como alguém que tem um interesse pessoal nas várias visões e atividades é o fato de poder alterar o comportamento das pessoas envolvidas com a pesquisa (WALSHAM, 1995b). 7

8 Segundo Yin (2001), as evidências de um estudo de caso interpretativo provêm de seis fontes: documentos, registros arquivados, entrevistas, observação direta, observação participativa e artefatos físicos. No entanto, a entrevista é a técnica de coleta de dados mais importante, tanto no caso de um observador externo como no caso de um envolvido, e a questão chave para todos os entrevistadores é procurar equilibrar uma postura entre a passividade exagerada e o direcionamento excessivo (WALSHAM, 1995b). O aspecto generalização dos resultados do estudo de caso interpretativo também foi abordado por Walsham (1995b). Para o autor, os resultados nessa estratégia de pesquisa não são invariantes no tempo e no espaço; e, portanto, devem ser considerados como tendências. São explicações de um fenômeno particular, geradas a partir de pesquisa empírica interpretativa em um local específico, que pode ser útil no futuro em outras organizações e contextos. Há quatro tipos de generalizações a partir de estudos de caso interpretativos: desenvolvimento de conceitos, geração de teoria, delineamento de implicações específicas e contribuição através de um insight rico. 4.3 Abordagem Crítica A teoria crítica é o nome dado a uma escola de pensamento, originada nos anos 30, com um grupo de pesquisadores associados ao Instituto de Pesquisa Social da Universidade de Frankfurt. O grupo original era formado por Max Horkheimer, Adorno, Fromm e Marcuse. Essa escola criticou o cientificismo por sua inabilidade em lidar com a teoria social e por seu apelo restrito à razão instrumental, como forma de justificar as ações. Segundo os teóricos da teoria crítica, a teoria tradicional não era hábil suficiente para compreender a realidade social em seu todo porque separava o domínio do conhecimento do domínio da ação e o observador da avaliação, quando tentava responder às próprias cisões nas quais se baseava (conhecimento, ação, ciência, valor, etc.). Essas cisões eram, então, tomadas como dadas e não como produtos históricos de uma formação social. Ao ignorar que todo o conhecimento é historicamente determinado e mutável no tempo, a teoria tradicional permanece na superfície dos fenômenos, incapaz de conhecer suas reais conexões com a realidade social (NOBRE, 2004). Para impor freios à razão instrumental, Habermas (1979; 1999) formula a teoria da ação, que discute a racionalidade comunicativa. Em contraste com a racionalidade instrumental dirigida à produção de condições materiais de vida e que permitem a reprodução da sociedade, a ação do tipo comunicativo é orientada para o entendimento e não para a manipulação e encontra-se inscrita nas relações sociais contemporâneas. Ela reflete a forma social do capitalismo contemporâneo, em que a ação é orientada para o entendimento no processo de formação da identidade dos indivíduos, nas instituições e nos processos de aprendizado e de constituição da personalidade. A ação comunicativa se caracteriza por pressupor ausência de assimetrias de poder e de condições sociais entre os sujeitos que pretendam se entender. À medida que esse potencial comunicativo nunca se realiza, evidenciam-se condições não cumpridas e a necessidade de emancipação. Klein e Lyytinen (1985) argumentam que a contribuição de Habermas para a pesquisa na área de SI pode ser utilizada para classificação das pesquisas existentes na área ou para apoiar a elaboração de um enfoque mais abrangente. O modelo da ação social de Habermas permite que sejam abordados e compreendidos outros enfoques para a Teoria de Sistemas de Informações, que não somente o da teoria tradicional, baseado na ação instrumental, como um meio para auxiliar a organização a alcançar 8

9 seus objetivos, influenciando as respostas dos membros das organizações (KLEIN e LYYTINEN, 1985). Outros enfoques podem ser vistos: Na abordagem da Ação Estratégica, que analisa os SI como um instrumento para suportar o processo de alteração de controle e coordenação dentro das organizações; Na abordagem da Ação Comunicativa, passível de análise durante a fase de desenvolvimento dos sistemas; e Na Ação Discursiva, verificada quando são realizados esforços para se tentar legitimar racionalmente uma ação de mudança. A seleção do enfoque a ser utilizado dependerá do que Habermas denomina de Teoria de Interesses do Conhecimento, pois, qualquer teoria de ação social pressupõe uma teoria do conhecimento. O autor classifica a pesquisa em três tipos de interesse do conhecimento: técnico, prático e emancipatório. O primeiro aplica-se a experimentos controlados e relaciona-se à ação instrumental, o segundo preocupa-se com a compreensão do significado dos textos e das ações dos indivíduos e o conhecimento emancipatório relaciona-se à preocupação com a existência de liberdade, comunicação aberta e condições que permitam sua ocorrência. Sua proposta é a emancipação do ser humano da dominação social e intelectual e a emergência da maturidade intelectual. Para Bernstein (1976), o emancipatório seria o conhecimento fundamental, pois uniria os outros dois, provendo meios para investigar como se relacionam, uma vez que lida com aspectos substantivos e normativos da vida. Com isso, as pesquisas ficam restritas às bases do conhecimento técnico. Para Klein e Lyytinen (1985) o grande problema decorrente da restrição da pesquisa às bases do conhecimento técnico é que se perde a perspectiva do desenvolvimento de sistemas como um processo de ação comunicativa e os usuários são vistos como produtores de informação. Consequentemente, poucos métodos são desenvolvidos, tendo como foco o apoio do compartilhamento e da diversidade de opiniões e problemas que surgem nos projetos. Outro problema é que os objetivos da implementação dos projetos de tecnologia são pouco valorizados. Não se questionam quais são os fins e há simplesmente uma preocupação com os meios, já que prevalece a racionalidade instrumental. Para Ludmer et al. (2002), citado por Loebel (2004), a teoria crítica contribui com a geração do conhecimento emancipatório, que consiste na realização de análise crítica e dialética, a partir de pressupostos teóricos e práticos. Aplicada aos sistemas de informação, tem como finalidade questionar os valores e pressupostos correntes sobre SI e tecnologias decorrentes da gestão, implementação e utilização nas organizações O Estudo de Caso na Abordagem Crítica Os métodos de pesquisa associados ao conhecimento emancipatório são coincidentes com aqueles recomendados por Creswell (2003) como sendo apropriados aos estudos qualitativos. O estudo de caso é um desses métodos, uma vez que possibilita trabalhar com a evolução histórica do contexto, com a participação dos indivíduos e com a construção do significado, por meio da comunicação sem pressupor, necessariamente, a separação entre ação e observador. O estudo de caso como estratégia de pesquisa na teoria crítica deve ser produto de uma abordagem que trate o objeto de pesquisa a partir de uma perspectiva de interação, com o pesquisador tomando partido manifestamente, uma vez que os resultados deverão servir para 9

10 novas interações. A reflexão deve ser, portanto, produto de uma observação que considere o observador como parte do problema e permita-lhe capturar detalhes do contexto e do caso específico. É, portanto, uma estratégia de pesquisa que permite a abordagem subjetiva do pesquisador, respaldada por evidências empíricas, encontradas no caso. Além do aspecto da interação entre objeto e pesquisador, o estudo de casos, na teoria crítica, tende a respeitar uma abordagem dialética, direcionando-se para perspectivas que enfatizam as contradições existentes na estrutura organizacional ou distorções de procedimentos racionais, oriundos de ações políticas, orientadas por interesses. Segundo Benson (1977), a realização de análise dialética, produto gerado com base na teoria crítica, é uma maneira de explicar o fundamento empírico das teorias das organizações convencionais porque lida com processos sociais que as teorias convencionais em geral ignoram. Outro aspecto que diferencia o estudo de caso na abordagem dialética é o tratamento dos arranjos sociais com um enfoque que privilegia a não permanência e que, segundo Loebel (2004), focaliza uma disputa contínua de forças opostas que ajudam a explicar a persistência e a mudança. As bases dessa teoria estão em Hegel, mas Benson (1977) considera as bases do materialismo dialético de Marx para desenvolver sua concepção de análise dialética, considerando a organização como um fenômeno concreto e multi-nivelado, cercado por contradições que enfraquecem continuamente suas características explícitas. 5. Análise de Artigos Premiados do Enanpad A metodologia para realização deste estudo foi a de levantamento documental, com fins exploratórios, de todos os artigos da divisão acadêmica Administração da Informação, do Encontro da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração (ENANPAD), que foram premiados ou receberam menção honrosa no período de 1997 a O ENANPAD é considerado a principal referência para os trabalhos acadêmicos em Administração no Brasil. Na divisão acadêmica Administração da Informação, do ENANPAD, foram premiados ou receberam menção honrosa no período de 1997 a 2004, um total de 16 artigos; sendo que 8 deles apresentam uma abordagem qualitativa ou mista em seus projetos de pesquisa, com forte presença da abordagem funcionalista/positivista. Foram selecionados os artigos considerados qualitativos ou de abordagem mista (qualitativos/quantitativos) e os seguintes tópicos analisados: Unidade de Análise: se os autores identificam claramente o objeto de pesquisa e se o problema/pergunta de pesquisa está explicitamente declarado. Postura Epistemológica: a postura epistemológica que orienta o trabalho: positivista, interpretativista ou teoria crítica. O critério para esta classificação foi baseado no conteúdo descrito na seção 4. Método: tipologia do método empregado: estudo de caso, pesquisa ação, etnografia, grounded theory etc; e Consistência da Conclusão: alinhamento da conclusão com o objeto de pesquisa, postura epistemológica e método. 10

11 A análise dos artigos foi conduzida por cinco pesquisadores que atuam no campo de SI em uma mesma instituição acadêmica, com níveis de experiências de pesquisa diversas. Num primeiro momento, os pesquisadores realizaram a análise individualmente e, posteriormente, as análises individuais foram confrontadas em discussões conjuntas. A partir desta discussão entre os pesquisadores, foi possível observar os seguintes aspectos sobre os artigos analisados: Unidade de Análise: Apenas três artigos explicitam claramente o problema de pesquisa. Os demais artigos são vagos neste propósito, a ponto de não ser possível um consenso entre os pesquisadores sobre quais os problemas de pesquisa associados aos artigos analisados. Postura Epistemológica: Embora nenhum dos artigos analisados explicite suas posturas epistemológicas, a partir da análise dos objetivos, das conclusões e das referências teóricas apresentadas, foi possível classificar dois artigos como apresentando uma postura positivista. Os demais artigos analisados apresentam elementos associados a mais de uma postura epistemológica. Acredita-se que essas situações não representam exemplos das abordagens multi-método (CRESWEEL, 2003) e/ou metatriangulação (LEWIS e GRIMES, 2005), e revelam inconsistências metodológicas relacionadas à pouca reflexão sobre o assunto. Método: O estudo de caso foi o método de pesquisa escolhido pelos autores em todos os artigos analisados; porém, essa definição não é acompanhada, em alguns deles, por um embasamento teórico relacionado ao método e razões da sua escolha, comprometendo seu rigor metodológico e consistência. Muitos dos artigos analisados colocam o leitor na situação de não saber como as categorias ou os temas foram definidos a partir dos dados, como as decisões chave foram tomadas no processo de pesquisa e a origem das conclusões apresentadas; em alguns casos, os achados parecem não se fundamentar nos dados. É importante destacar, como já comentado anteriormente, que os pesquisadores devem ser explícitos quanto a seus objetivos e métodos, independentemente da abordagem adotada qualitativa, quantitativa ou mista, apresentando a metodologia de forma definida e explícita. Avaliando artigos do Academy of Management Journal, Gephart (2004) também verificou que poucos artigos apresentavam a metodologia de forma definida e explícita. Consistência Metodológica: Em apenas dois dos artigos analisados a questão de pesquisa está explicitada, havendo casos em que o objetivo não é suportado pela conclusão final. A falta da questão de pesquisa compromete não somente a qualidade do artigo como dificulta o seu entendimento. 6. Discussão O fato dos pesquisadores, que desenvolveram esta análise, concluírem que as questões de pesquisa não estão explícitas na maioria dos artigos analisados sinaliza uma questão importante. Creswell (2003) afirma que a apresentação do problema de pesquisa é a colocação mais importante de todo o projeto de pesquisa; ele orienta o leitor sobre a questão central do estudo e, a partir dela, seguem todos os demais aspectos da pesquisa. Todos os artigos avaliados apresentam elementos de um pressuposto positivista, apesar da postura epistemológica não ficar clara em muitos deles. Parte desta situação pode estar relacionada ao resultado da análise de Avgerou (2000), sobre as plataformas teóricas que exercem mais influência na pesquisa em SI. A autora afirma que a teoria de sistemas e o racionalismo organizacional, que estruturam a fundamentação positivista, são as plataformas 11

12 mais influenciadoras na área. Entretanto alguns dos artigos analisados envolvem aspectos sociais e culturais, cujo tratamento não pode ser suportado adequadamente pelaa fundamentação positivista. A falta de clareza com relação a este ponto pode ser ilustrada com o exemplo de um dos artigos, no qual os autores buscaram apoio na teoria interpretativista, mas, incoerentemente, produziram um trabalho metodologicamente positivista. Gephart (2004) afirma que em se tratando das pesquisas qualitativas publicadas no Academy of Management Journal, muitas delas não apresentam relevâncias para publicação porque são trabalhos isolados ou não fazem parte de um projeto ou programa de pesquisa mais amplo. O autor acredita que artigos que provêm de programas amplos e contínuos de pesquisa tendem a produzir insights mais interessantes, visto que os pesquisadores podem endereçar múltiplas questões, ter volume de dados para análise e uma estrutura de suporte, para garantir as sucessivas revisões, comumente necessárias para aceitação de artigos em periódicos. No caso do Brasil, cabe uma análise dos nossos programas de pesquisa em SI, considerando as plataformas teóricas que os fundamentam, visto que parte dos problemas relatados na pesquisa desenvolvida neste artigo pode estar associada a esse tipo de isolamento mencionado por Gephart (2004). A predominância da visão positivista limita quais aspectos do fenômeno de sistemas de informação são estudados e como são estudados. Esse fato traz implicações não somente ao desenvolvimento da teoria, mas também à prática de sistemas de informação. Os achados das pesquisas em SI são filtrados pela comunidade e utilizados como recomendações de como agir; isto é, a pesquisa tem conseqüências (ORLIKOWSKI e BAROUDI, 1991). Essa questão nos remete ao aspecto relevância de um projeto de pesquisa, resultado da composição de sua relevância teórica e prática. A adoção de uma visão exclusiva limita as possibilidades de pesquisa, afetando a relevância dos projetos em SI e, porque não dizer, a relevância do campo como um todo. Sobre a predominância absoluta de estudos de caso entre os artigos analisados, pode-se dizer que, no geral, há pouca preocupação na justificativa do método e dos casos escolhidos. Essa situação é um indício de que sua aplicação não tem sido em geral, criteriosa, indicando que o uso intenso de estudos de caso, pode estar mais associado à falta de conhecimento de outras estratégias de pesquisa do que a uma opção consciente por esse método. Chen e Hirschheim (2004) argumentam que a utilização em grande número de estudos de caso sinaliza que os autores, além de engajados em trabalhos empíricos, estão preocupados em identificar como os fenômenos evoluem. Uma premissa para essa argumentação é considerar que o estudo de caso, conduzido em um período ininterrupto, revela melhor os detalhes do fenômeno sob investigação. Mesmo assim é de se estranhar que não exista nenhum artigo de abordagem qualitativa que não utilize outro método que não seja o estudo de caso nos artigos analisados. A conclusão de um artigo deve ser a parte da pesquisa onde os autores retornam as suas questões de pesquisa ou objetivos para explicar como suas questões foram respondidas e como seus objetivos foram alcançados. Nesse ponto devem ser descritas as contribuições que o artigo oferece ao campo (GEPHARDT, 2004). O alinhamento da conclusão com o objetivo de pesquisa, postura epistemológica e método não predomina entre os artigos analisados. Dessa forma, outros pesquisadores terão dificuldade para identificar as contribuições dos referidos artigos e, conseqüentemente, para fazer uso dos mesmos nos debates que participam, isto é, citá-los em seus trabalhos. Essa situação não contribui para a evolução do campo de pesquisa em SI. Mesmo que o espaço de um artigo seja limitado, os pesquisadores devem se esforçar para que o leitor seja capaz de identificar o caminho metodológico seguido pelo autor e a consistência de suas conclusões. 12

13 13

14 7. Comentários Finais Pode-se especular que a crise evidenciada na área de SI nada mais é do que reflexo de uma crise relacionada aos pesquisadores, às instituições acadêmicas, e até à ciência como um todo. Neste artigo, procurou-se abordar aspectos que contribuem para apoiar o processo reflexivo dos pesquisadores em relação à postura epistemológica, norteadora da escolha dos métodos de pesquisa e, por meio da análise dos artigos premiados, pretendeu-se demonstrar sintomas claros dessa crise. Orlikowski e Baroudi (1991) afirmam que os métodos e pressupostos de pesquisa não são estudados e aplicados em um vacuum. São influenciados pelo programa de pesquisa onde os projetos estão inseridos; pelas agendas de orientadores respeitados e experientes; pelos critérios de contratação e promoção das instituições acadêmicas; pelas políticas de instituições financiadoras; pelas regras de acesso negociadas com os locais no campo; e pelas orientações para publicação dos periódicos acadêmicos. Os autores recomendam que pesquisadores em posições menos privilegiadas quanto ao seu poder para atuação, estejam conscientes da influência de cada um desses elementos ao definirem suas filosofias de pesquisa, de modo que suas escolhas sejam conscientes e com riscos avaliados. Para pesquisadores em posições mais privilegiadas, a consciência desses elementos pode diminuir o persistente viés relacionado aos estudos positivistas. A partir de 2005, o ENANPAD passou a segmentar a Divisão Acadêmica Administração da Informação, em quatro áreas temáticas, sendo uma delas Metodologia e Análise de Informação. A descrição desta área contempla uma série de aspectos e dentre eles metodologias de pesquisa, e concepção e implementação de pesquisas. Trata-se de uma iniciativa que, se fortalecida pela comunidade, poderá conduzir a um debate que certamente contribuirá para a evolução do campo. Outro aspecto interessante é destacado por Teixeira Júnior (2002), que em sua análise dos métodos de pesquisa utilizados em artigos de Administração da Informação nos ENANPADs de 1999 a 2001, constatou a predominância da pesquisa qualitativa (55,26%) nos artigos pesquisados; contrastando com 15,79% de artigos que apresentam a abordagem quantitativa e 28,95% que apresentam a abordagem mista, isto é, tanto qualitativa como quantitativa no mesmo artigo. Comparando os dados de Teixeira Júnior (2002) com a análise desenvolvida neste artigo, observa-se que neste mesmo período, de 1999 a 2001, embora exista a predominância da abordagem qualitativa, nenhum artigo premiado ou que recebeu menção honrosa foi estritamente qualitativo: apenas um deles é classificado como misto e os demais, como quantitativos. O objetivo deste artigo, mais do que evidenciar a crise existente na área de SI, é estimular a reflexão sobre as implicações das abordagens de pesquisa adotadas pelos pesquisadores, contribuindo para difundir abordagens menos exploradas. Cabe ressaltar que essas questões não são exclusivas do campo de SI e outras áreas também enfrentam os mesmos desafios. Gatti (2005), ao discutir as mesmas questões abordadas neste artigo, mas focando o campo da Educação, alerta que os pesquisadores devem estar atentos para o fato de que a abordagem qualitativa não deve dispensar rigor e consistência. 14

15 10. Referências AVGEROU, C. Information systems: what sort of science is it? Omega The International Journal of Management Science, 28, p , BENBASAT, I. GOLDSTEIN, D., MEAD, M. The Case Research Strategy in Studies of Information Systems. MIS Quartely, September (1987). BENBASAT, I. e WEBER, R. (1996), Information Systems Research, Vol. 7, No. 4, December, 1996, p BENSON, J.K. Organizations: A dialectical View. Administrative Science Quarterly, Vol.22.Issue 1, p.1-21 BERGER, P.; LUCKMANN, M. Construção Social da Realidade. Petrópolis, Ed. Vozes, 1990, 8a. edição. BERNSTEIN, R.J. The Restructuring of Social and Political Theory, Methuen, BUKLAND, M.K. Information as thing Journal of the American Society for Information Science, V.24.n.5, p BURRELL, G.; MORGAN, G. Sociological paradigms and organizational analysis. London: Heinemann Educational Books, CALDAS, M. P. Paradigmas em Estudos Organizacionais: Uma Introdução à Série. RAE - Revista de Administração de Empresas, v.45, n. 1, janeiro-março, CASSEL, Catherine; SYMON, Gillian. Qualitative Methods in Organizational Research : a pratical guide. Sage Pub. London CHEN, WenShin; HIRSCHHEIM, Rudy. A paradigmatic and methodological examination of information systems research from 1991 to Information Systems Journal, Oxford, v. 14, n. 3, p , July CIBORRA, C. The labyrinths of information : challenging the wisdom of systems. Oxford : Oxford University Press, CRESWELL, John W. Research Design: Qualitative, Quantitative, and Mixed Method Approaches. Thousand Oaks, Sage Publications, 2nd ed, GATTI, B. A. A Pesquisa em Educação: Pontuando Algumas Questões Metodológicas. Nas Redes da Educação (revista eletrônica do Laboratório Interdisciplinar de Tecnologias Educacionais da Faculdade de Educação da UNICAMP). Disponível em Acesso em 04/06/2005. GEPHART Jr., Robert P. Qualitative Research and the Academy of Management Journal. From the Editors. Academy of Management Journal, 2004, Vol. 47, No. 4, HABERMAS, J. Comunication and the Evolution of Society, Heinenann, London: HABERMAS, J. Teoria de La Accion Comunicativa. Critica De La Razon Funcionalista. Taurus, HIRSCHHEIM, R. "Information Systems Epistemology: An Historical Perspective," in Information Systems Research: Issues, Methods and Practical Guidelines, R. Galliers (ed.), Blackwell Scientific Publications, Oxford, 1992, pp HOPPEN, N.; MEIRELLES, F. S. Sistemas de Informação: Um Panorama da Pesquisa Científica entre 1990 e RAE - Revista de Administração de Empresas, v.45, n. 1, janeiro-março, KLEIN, H. K.; LYYTINEN, K. J. The Critical Theory of Jurgen Habermas as a Basis for a Theory of Information Systems In: E. Mumford et al. (eds), Research Methods in Information Systems. Amsterdam: Elsevier,

16 KLEIN, Heinz K.; MYERS, Michael D. A Set of Principles for Conducting and Evaluating Interpretive Field Studies in Information Systems. MIS Quarterly, V. 23, N. 1, p , March LEWIS, M. W.; GRIMES, A. J. Metatriangulação: A Construção de Teorias a partir de Múltiplos Paradigmas. RAE - Revista de Administração de Empresas, v.45, n. 1, janeiro-março, LOEBEL, E. Sistemas de Informação e Conhecimento Emancipatório. CATI. Congresso Anual de Tecnologia de Informação. FGV EAESP, LUDMER, G. e RODRIGUES, J. ERP e Teoria Crítica. Alertas para os riscos de uma disparada para um novo tipo de Iron Cage, Disponível em Papers/0115_ERP_iberoamericana_duplo.pdf. Acesso em 08/04/2005. MORGAN, G. Paradigmas, Metáforas e Resolução de Quebra-Cabeças na Teoria das Organizações. RAE - Revista de Administração de Empresas, v.45, n. 1, janeiro-março, MYERS, M. D. "Qualitative Research in Information Systems," MIS Quarterly (21:2), June 1997, pp MISQ Discovery, archival version, June 1997, MISQ Discovery, updated version, last modified: March 02, NOBRE, M. A Teoria Crítica, Jorge Zahar Editor RJ, pp 9-59, ORLIKOWSKI, W.; BAROUDI J. J. Studying Information Technology In Organizations: Research Approaches and Assumptions. Information Systems Research, v. 2, n.1, pp 1-28, POZZEBON, Marlei. Criteria for Conducting and Evaluating Critical Interpretive Research in the IS Field. Cahier du GreSI, no 3(14). Décembre (2003). SCHWANDT, Thomas A. SCHWANDT, Thomas A. Constructivist, Interpretivist Approaches to Human Inquiry. In: Denzin, Norman K. Handbook of qualitative research. Thousand Oaks: Sage, STRAUB, D.; GEFEN, D.; and BOUDREAU, M. C. "The ISWorld Quantitative, Positivist Research Methods Website", 2004, TEIXEIRA JÚNIOR, F. Análise dos Métodos de Pesquisa Utilizados em Artigos de Administração da Informação: Levantamento dos Artigos Publicados nos EnANPADs de 1999 a In: XXVI ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO - EnANPAD, 26, 2002, Salvador. Anais... Salvador: ANPAD, WALSHAM, G. The emergence of interpretativism in IS research. Information Systems Research, v. 6, p , 1995a.. Interpretive case studies in IS research: nature e method. European Journal of Information Systems, v. 4, p , 1995b. WINOGRAD, T.; FLORES, F. Understanding Computers and Cognition: A New Foundation for Computer System Design. Chichester, UK: John Wiley, YIN, R. K. Case Study Research: Design and Methods. Newbury Park, CA: Sage,

Abordagens Epistemológicas em Pesquisas Qualitativas: Além do Positivismo nas Pesquisas na Área de Sistemas de Informação

Abordagens Epistemológicas em Pesquisas Qualitativas: Além do Positivismo nas Pesquisas na Área de Sistemas de Informação Abordagens Epistemológicas em Pesquisas Qualitativas: Além do Positivismo nas Pesquisas na Área de Sistemas de Informação Autoria: Eduardo Henrique Diniz, Maira Petrini, Alexandre Fernandes Barbosa, Tania

Leia mais

Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior

Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior INTRODUÇÃO O que é pesquisa? Pesquisar significa, de forma bem simples, procurar respostas para indagações propostas. INTRODUÇÃO Minayo (1993, p. 23), vendo por

Leia mais

PESQUISA QUANTITATIVA e QUALITATIVA

PESQUISA QUANTITATIVA e QUALITATIVA universidade de Santa Cruz do Sul Faculdade de Serviço Social Pesquisa em Serviço Social I I PESQUISA QUANTITATIVA e QUALITATIVA BIBLIOGRAFIA: MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Técnicas de

Leia mais

PESQUISA-AÇÃO DICIONÁRIO

PESQUISA-AÇÃO DICIONÁRIO PESQUISA-AÇÃO Forma de pesquisa interativa que visa compreender as causas de uma situação e produzir mudanças. O foco está em resolver algum problema encontrado por indivíduos ou por grupos, sejam eles

Leia mais

1 Um guia para este livro

1 Um guia para este livro PARTE 1 A estrutura A Parte I constitui-se de uma estrutura para o procedimento da pesquisa qualitativa e para a compreensão dos capítulos posteriores. O Capítulo 1 serve como um guia para o livro, apresentando

Leia mais

AULA 11 Desenhos, recursos e obstáculos

AULA 11 Desenhos, recursos e obstáculos 1 AULA 11 Desenhos, recursos e obstáculos Ernesto F. L. Amaral 15 de abril de 2010 Metodologia (DCP 033) Fonte: Flick, Uwe. 2009. Desenho da pesquisa qualitativa. Porto Alegre: Artmed. pp.57-73 & 75-85.

Leia mais

OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE

OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE Maria Cristina Kogut - PUCPR RESUMO Há uma preocupação por parte da sociedade com a atuação da escola e do professor,

Leia mais

Empresa Júnior como espaço de aprendizagem: uma análise da integração teoria/prática. Comunicação Oral Relato de Experiência

Empresa Júnior como espaço de aprendizagem: uma análise da integração teoria/prática. Comunicação Oral Relato de Experiência Empresa Júnior como espaço de aprendizagem: uma análise da integração teoria/prática Elisabete Ap. Zambelo e-mail: elisabete.zambelo@usc.br Daniel Freire e Almeida e-mail: daniel.almeida@usc.br Verônica

Leia mais

ELABORAÇÃO DE PROJETOS

ELABORAÇÃO DE PROJETOS Unidade II ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE PESQUISA Profa. Eliane Gomes Rocha Pesquisa em Serviço Social As metodologias qualitativas de pesquisa são utilizadas nas Ciências Sociais e também no Serviço Social,

Leia mais

INSTITUTO FLORENCE DE ENSINO COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM (TÍTULO DO PROJETO) Acadêmico: Orientador:

INSTITUTO FLORENCE DE ENSINO COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM (TÍTULO DO PROJETO) Acadêmico: Orientador: INSTITUTO FLORENCE DE ENSINO COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM (TÍTULO DO PROJETO) Acadêmico: Orientador: São Luis 2015 (TÍTULO DO PROJETO) (NOME DO ALUNO) Projeto de Pesquisa do Programa

Leia mais

CURSO: LICENCIATURA DA MATEMÁTICA DISCIPLINA: PRÁTICA DE ENSINO 4

CURSO: LICENCIATURA DA MATEMÁTICA DISCIPLINA: PRÁTICA DE ENSINO 4 CAMPUS CARAGUATUBA CURSO: LICENCIATURA DA MATEMÁTICA DISCIPLINA: PRÁTICA DE ENSINO 4 PROFESSOR: ANDRESSA MATTOS SALGADO-SAMPAIO ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS PARA A PRÁTICA DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO NO CURSO

Leia mais

SUGESTÕES PARA ARTICULAÇÃO ENTRE O MESTRADO EM DIREITO E A GRADUAÇÃO

SUGESTÕES PARA ARTICULAÇÃO ENTRE O MESTRADO EM DIREITO E A GRADUAÇÃO MESTRADO SUGESTÕES PARA ARTICULAÇÃO ENTRE O MESTRADO EM DIREITO E A GRADUAÇÃO Justificativa A equipe do mestrado em Direito do UniCEUB articula-se com a graduação, notadamente, no âmbito dos cursos de

Leia mais

11 de maio de 2011. Análise do uso dos Resultados _ Proposta Técnica

11 de maio de 2011. Análise do uso dos Resultados _ Proposta Técnica 11 de maio de 2011 Análise do uso dos Resultados _ Proposta Técnica 1 ANÁLISE DOS RESULTADOS DO SPAECE-ALFA E DAS AVALIAÇÕES DO PRÊMIO ESCOLA NOTA DEZ _ 2ª Etapa 1. INTRODUÇÃO Em 1990, o Sistema de Avaliação

Leia mais

Estrutura do Trabalho: Fazer um resumo descrevendo o que será visto em cada capítulo do trabalho.

Estrutura do Trabalho: Fazer um resumo descrevendo o que será visto em cada capítulo do trabalho. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ A monografia é um texto escrito contendo o resultado da pesquisa realizada como trabalho de conclusão do curso de especialização. Os itens básicos a constarem da monografia

Leia mais

Profissionais de Alta Performance

Profissionais de Alta Performance Profissionais de Alta Performance As transformações pelas quais o mundo passa exigem novos posicionamentos em todas as áreas e em especial na educação. A transferência pura simples de dados ou informações

Leia mais

Violência contra crianças e adolescentes: uma análise descritiva do fenômeno

Violência contra crianças e adolescentes: uma análise descritiva do fenômeno A crise de representação e o espaço da mídia na política RESENHA Violência contra crianças e adolescentes: uma análise descritiva do fenômeno Rogéria Martins Socióloga e Professora do Departamento de Educação/UESC

Leia mais

Planejamento - 7. Planejamento do Gerenciamento do Risco Identificação dos riscos. Mauricio Lyra, PMP

Planejamento - 7. Planejamento do Gerenciamento do Risco Identificação dos riscos. Mauricio Lyra, PMP Planejamento - 7 Planejamento do Gerenciamento do Risco Identificação dos riscos 1 O que é risco? Evento que representa uma ameaça ou uma oportunidade em potencial Plano de gerenciamento do risco Especifica

Leia mais

FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E NEGÓCIOS - FAN CEUNSP SALTO /SP CURSO DE TECNOLOGIA EM MARKETING TRABALHO INTERDISCIPLINAR

FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E NEGÓCIOS - FAN CEUNSP SALTO /SP CURSO DE TECNOLOGIA EM MARKETING TRABALHO INTERDISCIPLINAR APRESENTAÇÃO DO TI O Trabalho Interdisciplinar é um projeto desenvolvido ao longo dos dois primeiros bimestres do curso. Os alunos tem a oportunidade de visualizar a unidade da estrutura curricular do

Leia mais

Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI

Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI Planejamento do Gerenciamento das Comunicações (10) e das Partes Interessadas (13) PLANEJAMENTO 2 PLANEJAMENTO Sem 1 Sem 2 Sem 3 Sem 4 Sem 5 ABRIL

Leia mais

Seção 2/E Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem

Seção 2/E Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem Seção 2/E Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem www.bettercotton.org Orientação Text to go here O documento Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem da BCI proporciona uma estrutura para medir as mudanças

Leia mais

PRÓ-MATATEMÁTICA NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

PRÓ-MATATEMÁTICA NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES PRÓ-MATATEMÁTICA NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES Regina Luzia Corio de Buriasco * UEL reginaburiasco@sercomtel.com.br Magna Natália Marin Pires* UEL magna@onda.com.br Márcia Cristina de Costa Trindade Cyrino*

Leia mais

Ajuda ao SciEn-Produção 1. 1. O Artigo Científico da Pesquisa Experimental

Ajuda ao SciEn-Produção 1. 1. O Artigo Científico da Pesquisa Experimental Ajuda ao SciEn-Produção 1 Este texto de ajuda contém três partes: a parte 1 indica em linhas gerais o que deve ser esclarecido em cada uma das seções da estrutura de um artigo cientifico relatando uma

Leia mais

Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade

Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade As empresas têm passado por grandes transformações, com isso, o RH também precisa inovar para suportar os negócios

Leia mais

ANEXO X DIAGNÓSTICO GERAL

ANEXO X DIAGNÓSTICO GERAL ANEXO X DIAGNÓSTICO GERAL 1 SUMÁRIO DIAGNÓSTICO GERAL...3 1. PREMISSAS...3 2. CHECKLIST...4 3. ITENS NÃO PREVISTOS NO MODELO DE REFERÊNCIA...11 4. GLOSSÁRIO...13 2 DIAGNÓSTICO GERAL Este diagnóstico é

Leia mais

O olhar do professor das séries iniciais sobre o trabalho com situações problemas em sala de aula

O olhar do professor das séries iniciais sobre o trabalho com situações problemas em sala de aula O olhar do professor das séries iniciais sobre o trabalho com situações problemas em sala de aula INTRODUÇÃO Josiane Faxina Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho Câmpus Bauru e-mail: josi_unesp@hotmail.com

Leia mais

SAÚDE E EDUCAÇÃO INFANTIL Uma análise sobre as práticas pedagógicas nas escolas.

SAÚDE E EDUCAÇÃO INFANTIL Uma análise sobre as práticas pedagógicas nas escolas. SAÚDE E EDUCAÇÃO INFANTIL Uma análise sobre as práticas pedagógicas nas escolas. SANTOS, Silvana Salviano silvanasalviano@hotmail.com UNEMAT Campus de Juara JESUS, Lori Hack de lorihj@hotmail.com UNEMAT

Leia mais

Estratégias de Pesquisa

Estratégias de Pesquisa Estratégias de Pesquisa Ricardo de Almeida Falbo Metodologia de Pesquisa Departamento de Informática Universidade Federal do Espírito Santo Agenda Survey Design e Criação Estudo de Caso Pesquisa Ação Experimento

Leia mais

1.3. Planejamento: concepções

1.3. Planejamento: concepções 1.3. Planejamento: concepções Marcelo Soares Pereira da Silva - UFU O planejamento não deve ser tomado apenas como mais um procedimento administrativo de natureza burocrática, decorrente de alguma exigência

Leia mais

Diretrizes visando a melhoria de projetos e soluções construtivas na expansão de habitações de interesse social 1

Diretrizes visando a melhoria de projetos e soluções construtivas na expansão de habitações de interesse social 1 Diretrizes visando a melhoria de projetos e soluções construtivas na expansão de habitações de interesse social 1 1. INTRODUÇÃO 1.1. Justificativa O tema estudado no presente trabalho é a expansão de habitações

Leia mais

Carreira: definição de papéis e comparação de modelos

Carreira: definição de papéis e comparação de modelos 1 Carreira: definição de papéis e comparação de modelos Renato Beschizza Economista e especialista em estruturas organizacionais e carreiras Consultor da AB Consultores Associados Ltda. renato@abconsultores.com.br

Leia mais

O que é Estudo de Caso?

O que é Estudo de Caso? O que é Estudo de Caso? Segundo Araújo et al. (2008) o estudo de caso trata-se de uma abordagem metodológica de investigação especialmente adequada quando procuramos compreender, explorar ou descrever

Leia mais

CONSULTORIA DE DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL

CONSULTORIA DE DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL CONSULTORIA DE DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL Somos especializados na identificação e facilitação de soluções na medida em que você e sua empresa necessitam para o desenvolvimento pessoal, profissional,

Leia mais

MARKETING DE RELACIONAMENTO UMA FERRAMENTA PARA AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR: ESTUDO SOBRE PORTAL INSTITUCIONAL

MARKETING DE RELACIONAMENTO UMA FERRAMENTA PARA AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR: ESTUDO SOBRE PORTAL INSTITUCIONAL MARKETING DE RELACIONAMENTO UMA FERRAMENTA PARA AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR: ESTUDO SOBRE PORTAL INSTITUCIONAL Prof. Dr. José Alberto Carvalho dos Santos Claro Mestrado em Gestão de Negócios Universidade

Leia mais

EMENTAS DAS DISCIPLINAS

EMENTAS DAS DISCIPLINAS EMENTAS DAS DISCIPLINAS CURSO DE GRADUAÇÃO DE PSICOLOGIA Ementário/abordagem temática/bibliografia básica (3) e complementar (5) Morfofisiologia e Comportamento Humano Ementa: Estudo anátomo funcional

Leia mais

As pesquisas podem ser agrupadas de acordo com diferentes critérios e nomenclaturas. Por exemplo, elas podem ser classificadas de acordo com:

As pesquisas podem ser agrupadas de acordo com diferentes critérios e nomenclaturas. Por exemplo, elas podem ser classificadas de acordo com: 1 Metodologia da Pesquisa Científica Aula 4: Tipos de pesquisa Podemos classificar os vários tipos de pesquisa em função das diferentes maneiras pelo qual interpretamos os resultados alcançados. Essa diversidade

Leia mais

Participação Critérios de participação - Elegibilidade Procedimento para participar da chamada: Número de propostas/aplicações

Participação Critérios de participação - Elegibilidade Procedimento para participar da chamada: Número de propostas/aplicações Campanha Mundial "Construindo Cidades Resilientes: Minha cidade está se preparando! Plataforma Temática sobre Risco Urbano nas Américas Chamada sobre boas práticas e inovação no uso de Sistemas de Informação

Leia mais

Extração de Requisitos

Extração de Requisitos Extração de Requisitos Extração de requisitos é o processo de transformação das idéias que estão na mente dos usuários (a entrada) em um documento formal (saída). Pode se entender também como o processo

Leia mais

Gerenciamento de Riscos do Projeto Eventos Adversos

Gerenciamento de Riscos do Projeto Eventos Adversos Gerenciamento de Riscos do Projeto Eventos Adversos 11. Gerenciamento de riscos do projeto PMBOK 2000 PMBOK 2004 11.1 Planejamento de gerenciamento de riscos 11.1 Planejamento de gerenciamento de riscos

Leia mais

Comunidade de Prática Internacional para apoiar o fortalecimento e liderança da BIREME OPAS/OMS Fortalecimento institucional da BIREME OPAS/OMS

Comunidade de Prática Internacional para apoiar o fortalecimento e liderança da BIREME OPAS/OMS Fortalecimento institucional da BIREME OPAS/OMS Comunidade de Prática Internacional para apoiar o fortalecimento e liderança da BIREME OPAS/OMS Fortalecimento institucional da BIREME OPAS/OMS TERMOS DE REFERÊNCIA Versão 17/07/2012 No âmbito de um processo

Leia mais

Tipo de raciocínio - Indutivo. Método de Pesquisa (continuação) Tipo de raciocínio - Indutivo

Tipo de raciocínio - Indutivo. Método de Pesquisa (continuação) Tipo de raciocínio - Indutivo Tipo de raciocínio - Indutivo Método de Pesquisa (continuação) Analisa-se um aspecto particular e se procura gerar proposições teóricas a partir dos dados (May,2004). A teoria se forma a partir da observação

Leia mais

RELATÓRIO TREINAMENTO ADP 2013 ETAPA 01: PLANEJAMENTO

RELATÓRIO TREINAMENTO ADP 2013 ETAPA 01: PLANEJAMENTO RELATÓRIO TREINAMENTO ADP 2013 ETAPA 01: PLANEJAMENTO 1. Apresentação geral Entre os dias 15 e 18 de Abril de 2013 foram realizados encontros de quatro horas com os servidores e supervisores da Faculdade

Leia mais

Governança de TI. ITIL v.2&3. parte 1

Governança de TI. ITIL v.2&3. parte 1 Governança de TI ITIL v.2&3 parte 1 Prof. Luís Fernando Garcia LUIS@GARCIA.PRO.BR ITIL 1 1 ITIL Gerenciamento de Serviços 2 2 Gerenciamento de Serviços Gerenciamento de Serviços 3 3 Gerenciamento de Serviços

Leia mais

QUALIFICAÇÃO DA ÁREA DE ENSINO E EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE: FORMAÇÃO PEDAGÓGICA PARA PROFISSIONAIS DE SERVIÇOS DE SAÚDE

QUALIFICAÇÃO DA ÁREA DE ENSINO E EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE: FORMAÇÃO PEDAGÓGICA PARA PROFISSIONAIS DE SERVIÇOS DE SAÚDE QUALIFICAÇÃO DA ÁREA DE ENSINO E EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE: FORMAÇÃO PEDAGÓGICA PARA PROFISSIONAIS DE SERVIÇOS DE SAÚDE Há amplo consenso nas categorias profissionais da saúde, em especial na categoria

Leia mais

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS APRESENTAÇÃO ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS Breve histórico da instituição seguido de diagnóstico e indicadores sobre a temática abrangida pelo projeto, especialmente dados que permitam análise da

Leia mais

Trabalho de Conclusão de Curso

Trabalho de Conclusão de Curso Trabalho de Conclusão de Curso Desenvolvimento do Projeto Prof. Walteno Martins Parreira Jr www.waltenomartins.com.br waltenomartins@yahoo.com 2015 Tópicos da Aula 8ºe9ºPeríodos Introdução; Normas gerais

Leia mais

Unidade III GESTÃO EMPRESARIAL. Prof. Roberto Almeida

Unidade III GESTÃO EMPRESARIAL. Prof. Roberto Almeida Unidade III GESTÃO EMPRESARIAL Prof. Roberto Almeida Esta estratégia compreende o comportamento global e integrado da empresa em relação ao ambiente que a circunda. Para Aquino:Os recursos humanos das

Leia mais

ROTEIRO PARA CLASSIFICAÇÃO DE LIVROS Avaliação dos Programas de Pós graduação

ROTEIRO PARA CLASSIFICAÇÃO DE LIVROS Avaliação dos Programas de Pós graduação ROTEIRO PARA CLASSIFICAÇÃO DE LIVROS Avaliação dos Programas de Pós graduação Aprovada na 111ª Reunião do CTC de 24 de agosto de 2009 Considerações preliminares O propósito deste roteiro é estabelecer

Leia mais

EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA E POLÍTICAS PÚBLICAS SOCIAIS

EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA E POLÍTICAS PÚBLICAS SOCIAIS EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA E POLÍTICAS PÚBLICAS SOCIAIS Flávio Pereira DINIZ (FCS UFG / diniz.fp@gmail.com) 1 Dijaci David de OLIVEIRA (FCS UFG / dijaci@gmail.com) 2 Palavras-chave: extensão universitária;

Leia mais

Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da

Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da Informação e Documentação Disciplina: Planejamento e Gestão

Leia mais

PORTFÓLIO, AVALIAÇÃO E TRABALHO SITUANDO O PORTIFÓLIO PEDAGÓGICO BENIGNA MARIA DE FREITAS VILAS BOAS

PORTFÓLIO, AVALIAÇÃO E TRABALHO SITUANDO O PORTIFÓLIO PEDAGÓGICO BENIGNA MARIA DE FREITAS VILAS BOAS UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO PROFESSOR: DANIEL ABUD SEABRA MATOS PORTFÓLIO, AVALIAÇÃO E TRABALHO PEDAGÓGICO SITUANDO O PORTIFÓLIO BENIGNA MARIA DE FREITAS VILAS BOAS Mariana 2013 O que é um portfólio?

Leia mais

Recomendada. A coleção apresenta eficiência e adequação. Ciências adequados a cada faixa etária, além de

Recomendada. A coleção apresenta eficiência e adequação. Ciências adequados a cada faixa etária, além de Recomendada Por quê? A coleção apresenta eficiência e adequação metodológica, com os principais temas relacionados a Ciências adequados a cada faixa etária, além de conceitos em geral corretos. Constitui

Leia mais

Desenvolve Minas. Modelo de Excelência da Gestão

Desenvolve Minas. Modelo de Excelência da Gestão Desenvolve Minas Modelo de Excelência da Gestão O que é o MEG? O Modelo de Excelência da Gestão (MEG) possibilita a avaliação do grau de maturidade da gestão, pontuando processos gerenciais e resultados

Leia mais

Estratégia de TI. Posicionamento Estratégico da TI: como atingir o alinhamento com o negócio. Conhecimento em Tecnologia da Informação

Estratégia de TI. Posicionamento Estratégico da TI: como atingir o alinhamento com o negócio. Conhecimento em Tecnologia da Informação Conhecimento em Tecnologia da Informação Conhecimento em Tecnologia da Informação Estratégia de TI Posicionamento Estratégico da TI: como atingir o alinhamento com o negócio 2011 Bridge Consulting Apresentação

Leia mais

Sugestão de Roteiro para Elaboração de Monografia de TCC

Sugestão de Roteiro para Elaboração de Monografia de TCC Sugestão de Roteiro para Elaboração de Monografia de TCC Sugerimos, para elaborar a monografia de TCC (Trabalho de Conclusão de Curso), que o aluno leia atentamente essas instruções. Fundamentalmente,

Leia mais

Trabalho em Equipe e Educação Permanente para o SUS: A Experiência do CDG-SUS-MT. Fátima Ticianel CDG-SUS/UFMT/ISC-NDS

Trabalho em Equipe e Educação Permanente para o SUS: A Experiência do CDG-SUS-MT. Fátima Ticianel CDG-SUS/UFMT/ISC-NDS Trabalho em Equipe e Educação Permanente para o SUS: A Experiência do CDG-SUS-MT Proposta do CDG-SUS Desenvolver pessoas e suas práticas de gestão e do cuidado em saúde. Perspectiva da ética e da integralidade

Leia mais

14 de dezembro de 2012 MONITORAMENTO DO PROGRAMA APRENDIZ LEGAL/ FUNDAÇÃO ROBERTO MARINHO

14 de dezembro de 2012 MONITORAMENTO DO PROGRAMA APRENDIZ LEGAL/ FUNDAÇÃO ROBERTO MARINHO 14 de dezembro de 2012 MONITORAMENTO DO PROGRAMA APRENDIZ LEGAL/ FUNDAÇÃO ROBERTO MARINHO 1. APRESENTAÇÃO A presente proposta de projeto refere-se ao Monitoramento do Programa Aprendiz Legal idealizado

Leia mais

Percursos Teóricos-metodológicos em Ciências Humanas e Sociais

Percursos Teóricos-metodológicos em Ciências Humanas e Sociais Percursos Teóricos-metodológicos em Ciências Humanas e Sociais Daniela Riva Knauth Departamento de Medicina Social PPG Antropologia e Epidemiologia UFRGS Pesquisa qualitativa Crítica ao Positivismo Todo

Leia mais

08/05/2009. Cursos Superiores de. Prof.: Fernando Hadad Zaidan. Disciplina: PIP - Projeto Integrador de Pesquisa. Objetivos gerais e específicos

08/05/2009. Cursos Superiores de. Prof.: Fernando Hadad Zaidan. Disciplina: PIP - Projeto Integrador de Pesquisa. Objetivos gerais e específicos Faculdade INED Cursos Superiores de Tecnologia Disciplina: PIP - Projeto Integrador de Pesquisa Objetivos gerais e específicos Objetivo resultado a alcançar; Geral dá resposta ao problema; Específicos

Leia mais

1 COMO ENCAMINHAR UMA PESQUISA 1.1 QUE É PESQUISA

1 COMO ENCAMINHAR UMA PESQUISA 1.1 QUE É PESQUISA 1 COMO ENCAMINHAR UMA PESQUISA 1.1 QUE É PESQUISA Procedimento racional e sistemático que tem por objetivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos. Requerida quando não se dispõe de informação

Leia mais

Processos de gerenciamento de projetos em um projeto

Processos de gerenciamento de projetos em um projeto Processos de gerenciamento de projetos em um projeto O gerenciamento de projetos é a aplicação de conhecimentos, habilidades, ferramentas e técnicas às atividades do projeto a fim de cumprir seus requisitos.

Leia mais

2.1 Os projetos que demonstrarem resultados (quádrupla meta) serão compartilhados na Convenção Nacional.

2.1 Os projetos que demonstrarem resultados (quádrupla meta) serão compartilhados na Convenção Nacional. O Prêmio Inova+Saúde é uma iniciativa da SEGUROS UNIMED que visa reconhecer as estratégias de melhoria e da qualidade e segurança dos cuidados com a saúde dos pacientes e ao mesmo tempo contribua com a

Leia mais

O Valor estratégico da sustentabilidade: resultados do Relatório Global da McKinsey

O Valor estratégico da sustentabilidade: resultados do Relatório Global da McKinsey O Valor estratégico da sustentabilidade: resultados do Relatório Global da McKinsey Executivos em todos os níveis consideram que a sustentabilidade tem um papel comercial importante. Porém, quando se trata

Leia mais

Gerenciamento de Projetos Modulo II Ciclo de Vida e Organização do Projeto

Gerenciamento de Projetos Modulo II Ciclo de Vida e Organização do Projeto Gerenciamento de Projetos Modulo II Ciclo de Vida e Organização do Projeto Prof. Walter Cunha falecomigo@waltercunha.com http://waltercunha.com PMBoK Organização do Projeto Os projetos e o gerenciamento

Leia mais

Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas. Grupo de Pesquisa em Interação, Tecnologias Digitais e Sociedade - GITS

Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas. Grupo de Pesquisa em Interação, Tecnologias Digitais e Sociedade - GITS Universidade Federal da Bahia Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas Grupo de Pesquisa em Interação, Tecnologias Digitais e Sociedade - GITS Reunião de 18 de junho de 2010 Resumo

Leia mais

5. Análise conjunta dos casos

5. Análise conjunta dos casos 5. Análise conjunta dos casos Após analisar como tem ocorrido o processo de institucionalização da responsabilidade social corporativa nas empresas farmacêuticas estudadas concluiu-se que nas quatro empresas

Leia mais

Preparação do Trabalho de Pesquisa

Preparação do Trabalho de Pesquisa Preparação do Trabalho de Pesquisa Ricardo de Almeida Falbo Metodologia de Pesquisa Departamento de Informática Universidade Federal do Espírito Santo Pesquisa Bibliográfica Etapas do Trabalho de Pesquisa

Leia mais

CEAHS CEAHS. Grupo Disciplinas presenciais Créditos Mercado da Saúde Ética e aspectos jurídicos 1

CEAHS CEAHS. Grupo Disciplinas presenciais Créditos Mercado da Saúde Ética e aspectos jurídicos 1 CEAHS Breve descrição das disciplinas Grupo Disciplinas presenciais Créditos Mercado de Saúde 2 Mercado da Saúde Ética e aspectos jurídicos 1 Economia da Saúde 1 Processos e Sistemas em Saúde 2 Negócios

Leia mais

14 --------- Como redigir o projeto de pesquisa? 14. 1.2 Identificação

14 --------- Como redigir o projeto de pesquisa? 14. 1.2 Identificação 14 --------- Como redigir o projeto de pesquisa? 14. 1.2 Identificação Nesta primeira parte são apresentados os dados essenciais à identificação do projeto, quais sejam: a) título e subtítulo (se houver);

Leia mais

A pesquisa e suas classificações FACULDADE DE COSTA RICA Prof.ª NELIZE A. VARGAS. nelizevargas@hotmail.com O que é pesquisa? MINAYO (l993,p.23), vendo por um prisma mais filósofico, considera a pesquisa

Leia mais

Gerenciamento de Projeto: Planejando os Recursos. Prof. Msc Ricardo Britto DIE-UFPI rbritto@ufpi.edu.br

Gerenciamento de Projeto: Planejando os Recursos. Prof. Msc Ricardo Britto DIE-UFPI rbritto@ufpi.edu.br Gerenciamento de Projeto: Planejando os Recursos Prof. Msc Ricardo Britto DIE-UFPI rbritto@ufpi.edu.br Sumário Planejar as Aquisições Desenvolver o Plano de Recursos Humanos Planejar as Aquisições É o

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR: PERIÓDICOS NACIONAIS 1982-2000

ADMINISTRAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR: PERIÓDICOS NACIONAIS 1982-2000 ADMINISTRAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR: PERIÓDICOS NACIONAIS 1982-2000 Marta Luz Sisson de Castro PUCRS O Banco de Dados Produção do conhecimento na área de Administração da Educação: Periódicos Nacionais 1982-2000

Leia mais

OBSERVATÓRIO DE GESTÃO DA INFORMAÇÃO. Palavras-chave: Gestão da Informação. Gestão do conhecimento. OGI. Google alertas. Biblioteconomia.

OBSERVATÓRIO DE GESTÃO DA INFORMAÇÃO. Palavras-chave: Gestão da Informação. Gestão do conhecimento. OGI. Google alertas. Biblioteconomia. XIV Encontro Regional dos Estudantes de Biblioteconomia, Documentação, Ciência da Informação e Gestão da Informação - Região Sul - Florianópolis - 28 de abril a 01 de maio de 2012 RESUMO OBSERVATÓRIO DE

Leia mais

Empresa como Sistema e seus Subsistemas. Professora Cintia Caetano

Empresa como Sistema e seus Subsistemas. Professora Cintia Caetano Empresa como Sistema e seus Subsistemas Professora Cintia Caetano A empresa como um Sistema Aberto As organizações empresariais interagem com o ambiente e a sociedade de maneira completa. Uma empresa é

Leia mais

universidade de Santa Cruz do Sul Faculdade de Serviço Social Pesquisa em Serviço Social I

universidade de Santa Cruz do Sul Faculdade de Serviço Social Pesquisa em Serviço Social I universidade de Santa Cruz do Sul Faculdade de Serviço Social Pesquisa em Serviço Social I ELABORAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA: a escolha do tema. Delimitação, justificativa e reflexões a cerca do tema.

Leia mais

II. Atividades de Extensão

II. Atividades de Extensão REGULAMENTO DO PROGRAMA DE EXTENSÃO I. Objetivos A extensão tem por objetivo geral tornar acessível, à sociedade, o conhecimento de domínio da Faculdade Gama e Souza, seja por sua própria produção, seja

Leia mais

FLUXOGRAMA DA PESQUISA

FLUXOGRAMA DA PESQUISA FLUXOGRAMA DA PESQUISA Desde a preparação até a apresentação de um relatório de pesquisa estão envolvidas diferentes etapas. Algumas delas são concomitantes; outras são interpostas. O fluxo que ora se

Leia mais

Caminhos para Análises de Políticas de Saúde

Caminhos para Análises de Políticas de Saúde Caminhos para Análises de Políticas de Saúde Tatiana Wargas de Faria Baptista Ruben Araujo de Mattos Este texto integra o material Caminhos para análise de políticas de saúde, produzido com apoio da Faperj,

Leia mais

Por uma pedagogia da juventude

Por uma pedagogia da juventude Por uma pedagogia da juventude Juarez Dayrell * Uma reflexão sobre a questão do projeto de vida no âmbito da juventude e o papel da escola nesse processo, exige primeiramente o esclarecimento do que se

Leia mais

Política de Comunicação do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) - PCS

Política de Comunicação do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) - PCS Política de Comunicação do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) - PCS POLÍTICA DE COMUNICAÇÃO DO SERVIÇO FEDERAL DE PROCESSAMENTO DE DADOS (SERPRO) - PCS A Política de Comunicação do Serviço

Leia mais

ANÁLISE DA ATUAÇÃO DO LÍDER NO SETOR DE SERVIÇO SOCIAL DA UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO CONCHECITA CIARLINI MOSSORÓ/RN

ANÁLISE DA ATUAÇÃO DO LÍDER NO SETOR DE SERVIÇO SOCIAL DA UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO CONCHECITA CIARLINI MOSSORÓ/RN 25 a 28 de Outubro de 2011 ISBN 978-85-8084-055-1 ANÁLISE DA ATUAÇÃO DO LÍDER NO SETOR DE SERVIÇO SOCIAL DA UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO CONCHECITA CIARLINI MOSSORÓ/RN Paula Gurgel Dantas 1, Andréa Kaliany

Leia mais

Pedagogia Estácio FAMAP

Pedagogia Estácio FAMAP Pedagogia Estácio FAMAP # Objetivos Gerais: O Curso de Graduação em Pedagogia da Estácio FAMAP tem por objetivo geral a formação de profissionais preparados para responder às diferenciadas demandas educativas

Leia mais

METODOLOGIA CIENTÍFICA

METODOLOGIA CIENTÍFICA EQE040 METODOLOGIA CIENTÍFICA www.liviajatoba.com/eqe040 Professora Livia Jatobá liviajatoba@eq.ufrj.br Aula 04: Desenvolvendo o problema científico. Metodologia e fases da pesquisa. 6 de abril de 2015

Leia mais

1 Introdução. 1.1. A motivação e o problema da pesquisa

1 Introdução. 1.1. A motivação e o problema da pesquisa 1 Introdução O objetivo desse capítulo é propiciar uma visão abrangente do estudo aqui desenvolvido. Dessa forma, ele foi estruturado com as seguintes seções: A motivação e o problema da pesquisa: baseada

Leia mais

Midiatização: submissão de outras instituições à lógica da mídia.

Midiatização: submissão de outras instituições à lógica da mídia. Midiatização: submissão de outras instituições à lógica da mídia. Questão-chave: como a mídia altera o funcionamento interno de outras entidades sociais quanto às suas relações mútuas. Lógica da mídia:

Leia mais

A Sustentabilidade na perspectiva de gestores da qualidade

A Sustentabilidade na perspectiva de gestores da qualidade A Sustentabilidade na perspectiva de gestores da qualidade Realização Patrocínio Objetivo da pesquisa Captar a perspectiva dos gestores e professores de gestão da qualidade sobre: 1. Os conceitos de sustentabilidade

Leia mais

ESTRUTURA E FORMA DO PROJETO DE PESQUISA E DA DISSERTAÇÃO DO MESTRADO PROFISSIONAL EM ADMINISTRAÇÃO

ESTRUTURA E FORMA DO PROJETO DE PESQUISA E DA DISSERTAÇÃO DO MESTRADO PROFISSIONAL EM ADMINISTRAÇÃO ESTRUTURA E FORMA DO PROJETO DE PESQUISA E DA DISSERTAÇÃO DO MESTRADO PROFISSIONAL EM ADMINISTRAÇÃO Elaboração: Prof. Nério Amboni Prof. Leonardo Secchi Profª. Simone Ghisi Feuerschütte Florianópolis/SC

Leia mais

EMENTAS DAS DISCIPLINAS DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO e DOUTORADO

EMENTAS DAS DISCIPLINAS DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO e DOUTORADO 1 EMENTAS DAS DISCIPLINAS DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO e DOUTORADO MESTRADO: A) DISCIPLINAS OBRIGATÓRIAS DAS LINHAS 1 e 2: Organizações e Estratégia e Empreendedorismo e Mercado

Leia mais

CURSO DE ENFERMAGEM EDITAL PARA APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS CIENTÍFICOS DO CURSO DE ENFERMAGEM Nº 01 /2013

CURSO DE ENFERMAGEM EDITAL PARA APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS CIENTÍFICOS DO CURSO DE ENFERMAGEM Nº 01 /2013 CURSO DE ENFERMAGEM EDITAL PARA APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS CIENTÍFICOS DO CURSO DE ENFERMAGEM Nº 01 /2013 A Coordenação do Curso de Enfermagem da Faculdade São Salvador, no uso de suas atribuições, torna

Leia mais

Após a confirmação de pagamento de sua inscrição para o congresso, você estará apto a entrar no sistema de submissão de trabalho.

Após a confirmação de pagamento de sua inscrição para o congresso, você estará apto a entrar no sistema de submissão de trabalho. Para submissão de trabalhos é necessário que você esteja inscrito no evento. Você deve realizar seu cadastro acessando a opção Cadastrar, quando disponível. É imprescindível que você guarde suas informações

Leia mais

em partilhar sentido. [Gutierrez e Prieto, 1994] A EAD pode envolver estudos presenciais, mas para atingir seus objetivos necessita

em partilhar sentido. [Gutierrez e Prieto, 1994] A EAD pode envolver estudos presenciais, mas para atingir seus objetivos necessita II. COMPETÊNCIAS E HABILIDADES A assessoria pedagógica não consiste em transmitir certezas, mas em partilhar sentido. [Gutierrez e Prieto, 1994] A EAD pode envolver estudos presenciais, mas para atingir

Leia mais

FIB - FACULDADES INTEGRADAS DE BAURU CURSO DE PÓS - GRADUAÇÃO LATO SENSU

FIB - FACULDADES INTEGRADAS DE BAURU CURSO DE PÓS - GRADUAÇÃO LATO SENSU FIB - FACULDADES INTEGRADAS DE BAURU CURSO DE PÓS - GRADUAÇÃO LATO SENSU GESTÃO INTEGRADA: PESSOAS E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO TURMA V E EIXOS TEMÁTICOS PARA A MONOGRAFIA FINAL Professor Ms. Carlos Henrique

Leia mais

Resumo Objetivo e Definição do problema

Resumo Objetivo e Definição do problema 1 Resumo Objetivo e Definição do problema O presente trabalho estuda o uso potencial de instrumentos que utilizam uma interação próxima entre os setores público, privado e o terceiro setor, visando aumentar

Leia mais

O uso de Objetos de Aprendizagem como recurso de apoio às dificuldades na alfabetização

O uso de Objetos de Aprendizagem como recurso de apoio às dificuldades na alfabetização O uso de Objetos de Aprendizagem como recurso de apoio às dificuldades na alfabetização Juliana Ferreira Universidade Estadual Paulista UNESP- Araraquara E-mail: juliana.ferreiraae@gmail.com Silvio Henrique

Leia mais

PEN - Processo de Entendimento das Necessidades de Negócio Versão 1.4.0

PEN - Processo de Entendimento das Necessidades de Negócio Versão 1.4.0 PEN - Processo de Entendimento das Necessidades de Negócio Versão 1.4.0 Banco Central do Brasil, 2015 Página 1 de 14 Índice 1. FLUXO DO PEN - PROCESSO DE ENTENDIMENTO DAS NECESSIDADES DE NEGÓCIO... 3 2.

Leia mais