Mendonça de Barros vai importar caminhões chineses para o Brasil

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1 mobile.brasileconomico.com.br QUINTA-FEIRA, 26 DE MAIO, 2011 ANO 3 Nº 439 DIRETOR RICARDO GALUPPO DIRETOR ADJUNTO COSTÁBILE NICOLETTA R$ 2,00 Murillo Constantino Para Yunus, pai do microcrédito, Brasil pode usar compulsório para avançar em negócios sociais e ser líder nesse mercado P32 Novas usinas nucleares devem ter 70% de nacionalização e preço do megawatt/hora ficará entre R$ 150 e R$ 155, segundo a Eletronuclear. P20 Mendonça de Barros vai importar caminhões chineses para o Brasil Edson Silva/Folhapress Ex-ministro será revendedor oficial da Foton Aumark, maior fabricante de veículos pesados da China. Planos incluem linha de montagem no país até 2015 O lançamento da empresa, que concorrerá com pesos pesados como Man, Mercedes-Benz e Hyundai, será feito em outubro. Em um ano, a expectativa do expresidente do BNDES é comercializar 6 mil caminhões leves e semileves para uso urbano. Ainda neste ano, serão instaladas seis revendas da montadora em São Paulo. Entre 2012 e 2015, o plano de negócios prevê a abertura de 20 novas concessionárias por ano. P18 Começa a circular hoje em São Paulo a primeira frota de ônibus movida a etanol do país. P16 Manaus define suas ações para inovação Empresas, governo e institutos da região organizam-se para montar polo de pesquisa que reduza dependência econômica local das atividades da Zona Franca. P4 Novela do Código chega ao Senado O racha na base aliada durante a votação do Código Florestal na Câmara dos Deputados deve dificultar e arrastar a discussão do projeto, que começa a ser analisado pelo Senado. P10 Walmart negocia compra da Muffato Varejista americana está de olho na maior rede de supermercados do Paraná para defender sua liderança no Sul do país e também na paulista Savegnago, forte no interior do estado. P22 Apetite externo aumenta por dívida corporativa O volume de captação via títulos de dívida de bancos e companhias brasileiras no mercado internacional saltou 32% no ano, para US$ 19,8 bi, e deve manter ritmo forte. P30 INDICADORES TAXAS DE CÂMBIO COMPRA VENDA Dólar Ptax (R$/US$) Dólar comercial (R$/US$) Euro (R$/ ) Euro (US$/ ) Peso argentino (R$/$) 1,6289 1,6270 2,2963 1,4097 0,3985 1,6297 1,6290 2,2976 1,4098 0,3991 JUROS META EFETIVA Selic (a.a.) BOLSAS 12,00% VAR. % 11,92% ÍNDICES Bovespa - São Paulo Dow Jones - Nova York Nasdaq - Nova York S&P Nova York FTSE Londres Hang Seng - Hong Kong 0,08 0,31 0,55 0,32 0,20 0, , , , , , ,28

2 2 Brasil Econômico Quinta-feira, 26 de maio, 2011 NESTA EDIÇÃO OPINIÃO Marcela Beltrão José Dirceu Advogado, ex-ministro da Casa Civil e membro do Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores Julio Gomes de Almeida Consultor do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) Os gigantes das micro e pequenas O novo momento da inflação Escolas de idiomas levam vantagem com grandes eventos Walter Toledo Silva, fundador do Cel Lep, constata aumento de 20% da procura por cursos, tendência confirmada por CNA, Wizard e Fisk. Além dos profissionais que buscam as escolas, empresários também correm para comprar franquias. P26 Embalagens participam de campanhas e informam clientes Com tantos canais de comunicação à disposição, as informações das embalagens ganham importância por atingir 100% dos consumidores. Tanto que a mudança no visual deve ser constante, caso contrário a embalagem vira peça de museu. P28 Análise de perfil de investimento ainda descola de aplicações Levantamento feito pelo Itaú Unibanco com 550 mil clientes aponta que 35% deles correm mais risco do que seu perfil recomendaria. Na região Norte do país, entretanto, as aplicações são mais conservadoras do que o apetite de investidores suportaria. P34 À espera da Olimpíada, Rio busca R$ 750 milhões Isabela Kassow/O Dia Em meio a um processo de revitalização para se preparar para os Jogos Olímpicos de 2016, a cidade comemorou o aniversário de um ano da Rio Negócios, que tem como conselheiro Olavo Monteiro de Carvalho. O objetivo é transformar o Rio em um pólo tecnológico. P12 Sob protesto de emergentes, Lagarde disputa posto no FMI Apoiada por Estados Unidos, Europa e China, a francesa Christine Lagarde entrou oficialmente na disputa pela chefia do Fundo Monetário Internacional (FMI), apesar da fúria das economias emergentes sobre a predominância europeia no cargo. P36 Uma das chaves para o Brasil manter a economia aquecida é aumentar sua competitividade. De um lado, como já reforcei em outras ocasiões, está a importância de se investir pesado em tecnologia e inovação. De outro lado, há um caminho rápido e complementar: estimular o empreendedorismo, a partir de mudanças na atual legislação associadas a medidas que favoreçam a criação de Micro e Pequenas Empresas (MPEs). O país registra hoje mais de 1 milhão de empreendedores individuais. Trata-se de setor crucial à geração de novos empregos e ao crescimento. Para se ter uma ideia do tamanho desse potencial, no ano passado, os pequenos negócios registraram 62% de expansão no valor total do que foi exportado as vendas ao exterior passaram de R$ 2,1 bilhões, em 2009, para R$ 3,4 bilhões, em O resultado é quase o dobro do crescimento de 32% registrado pelo total de exportações de toda a economia nacional no mesmo período de R$ 247,9 bilhões para R$ 327 bilhões. Evidente que esse avanço se deu, essencialmente, com a combinação de dois fatores: estabilidade monetária numa economia em crescimento e apoio do governo federal, que adotou políticas específicas à exportação e teve na Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) um dos seus braços. De fato, a Apex vem fazendo um excelente trabalho de promoção brasileira no exterior, aproximando os mercados de nossos produtores. Há de se considerar também a melhoria na qualidade da produção brasileira que chega ao mercado internacional. É necessário reduzir os entraves burocráticos ao empreendedorismo, fortalecendo as pequenas e médias empresas Além disso, houve aumento de crédito destinado às micro e pequenas empresas pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que teve recuperado no governo Lula seu papel primordial de fomento. O volume mais que dobrou de 2009 a 2010: foi de R$ 11,6 bilhões para R$ 23,7 bilhões. Segundo o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, uma das causas foi o uso do Cartão BNDES, que movimentou, no período, quase o dobro (81%) dos resultados obtidos no ano passado, alcançando R$ 1,3 bilhão em 2011, as projeções do banco são de R$ 8 bilhões. A taxa de juros praticada para esse setor da economia foi outro atrativo: desde março, a taxa para a compra de bens é de 6,5%, enquanto que o índice destinado às grandes empresas é de 8,7%. Se existe consenso de que o setor é fundamental ao país, há também a certeza de que é preciso criar condições para a expansão das MPEs. Nesse sentido, o país necessita de reformas que barateiem o crédito e tornem mais ágil sua obtenção. Está na agenda aprovar no bojo da reforma tributária, como propõe o governo, a ampliação do teto do Super Simples, a alteração das alíquotas do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), a redução da contribuição na folha para a Previdência e o salário educação. Esses caminhos retiram entraves burocráticos ao empreendedorismo, fortalecer as MPEs, estimulam exportações, ampliam a produtividade e geram mais postos de trabalho com carteira assinada. Afinal, tornar nossa economia mais competitiva passa por investir nesses gigantes chamados micro e pequenas empresas. A dificuldade no combate da recente aceleração inflacionária no Brasil reside na multiplicidade de fatores causadores do forte e muito generalizado aumento de preços. Por enquanto, o aumento mensal do custo de vida ainda é alto e, em bases anuais, a inflação ultrapassa o teto de 6,5% da meta. Mas, alguma coisa já acontece, o que nutre a expectativa de que na margem os índices venham a se comportar em uma base mais próxima ao centro da meta anual que é de 4,5%. De fato, em alimentação item destacado no último ciclo de aceleração inflacionária no Brasil e no mundo e que é base do consumo do brasileiro que está ingressando no mercado consumidor, já há sinais de recuo e é de se esperar uma trajetória de queda, seja porque a escalada das commodities teve um estancamento, seja porque a sazonalidade favorece a moderação de preços. Também em transporte o quadro melhorou e é muito provável que o barateamento do etanol desinfle esse que foi o maior vilão dos preços nos últimos meses. O desenvolvimento nem de longe é um processo harmônico e frequentemente provoca mudanças de preços e salários Mas, a resistência inflacionária é ainda acentuada porque o Brasil não se libertou de uma indexação muito ampla, daí os altos aumentos das tarifas de energia elétrica e água e esgoto, como ocorreu em maio. Nada é possível fazer prontamente com esses preços indevidamente indexados. Mas, olhando para o futuro, seria o momento de acelerar a desindexação em serviços públicos e aluguel. Como se não bastassem as influências negativas da monumental ascensão dos preços internacionais de commodities, da excepcional sazonalidade dos preços domésticos nesse ano e da grande influência das tarifas indexadas, desde o ano passado a atividade na economia está em nível elevado, o que generaliza os aumentos dos preços dos serviços em função, sobretudo, de aumentos dos rendimentos dos profissionais desse setor. Como se sabe, os rendimentos da base da população ocupada vinham sendo impulsionados pela valorização do salário mínimo, o que ajudou a reconstituir o mercado interno consumidor. Mas agora praticamente todas as categorias de profissionais em serviços vêem a oportunidade de um aumento de remunerações, o que afeta em cheio itens relevantes do índice de preço ao consumidor, como saúde e despesas pessoais. A moderação já em curso do crescimento da economia amenizará o impacto desse fator, mas não devemos esquecer que ele é decorrente de um estágio superior alcançado pela economia brasileira. O desenvolvimento nem de longe é um processo harmônico e frequentemente provoca mudanças de preços e salários como consequência de alterações na distribuição da matéria prima, dos bens de capital e da força de trabalho na economia. São aumentos hoje na remuneração de prestadores de serviços que amanhã ampliarão a oferta de mão-de-obra e incentivarão a maior qualificação no setor. Mesmo com tantos fatores de resistência é possível esperar queda da inflação mensal. Isso servirá para aliviar em muito a expectativa hoje negativa que emana de uma inflação muito superior à meta.

3 Quinta-feira, 26 de maio, 2011 Brasil Econômico 3 Marcela Beltrão DIAGEO QUER CONQUISTAR CLASSE MÉDIA Avanço Divulgação Frota de ônibus a etanol deverá reduzir poluição do ar em SP São Paulo será a segunda cidade do mundo, depois de Estocolmo, na Suécia, a dispor de uma frota de ônibus movidos a etanol. A frota, operada pela Viação Metropolitana, presidida por Liège Chaves, deverá circular em linhas da zona sul da cidade, será apresentada hoje e, na próxima semana, transportará os convidados do C-40, o encontro dos prefeitos das maiores cidades do mundo. Os testes nos últimos três anos comprovaram o desempenho a confiabilidade do combustível, além da redução nas emissões de gases poluentes e daqueles que contribuem para as mudanças climáticas em relação ao diesel. P16 Retrocesso Antonio Cruz/ABr Discussão do Código Florestal no Senado pode durar quatro meses Otto von Sothen, o novo presidente da Diageo no Brasil, expande a estrutura da empresa em Minas Gerais e nos estados do Nordeste para aproveitar o aumento do poder aquisitivo da população e posicionar o país entre um dos seus principais mercados nos próximos anos. Atualmente, o Brasil já está entre os dez maiores em faturamento da companhia. P24 O líder do governo no Senado, senador Romero Jucá (PMDB-RR), pretende encaminhar à presidente Dilma Rousseff pedido de prorrogação do Decreto 7.029/2009, que manda punir a partir de 11 de junho de 2011 os produtores rurais responsáveis por desmatamentos ilegais. Jucá começou a recolher assinaturas dos líderes partidários em apoio ao requerimento. A prorrogação do decreto é necessária para dar tempo aos senadores de discutirem e emendarem o projeto de reforma do Código Florestal, aprovado na terça-feira pela Câmara dos Deputados, e que deve chegar ao Senado na próxima semana. TRÊS PERGUNTAS A......LUCIANO GROCH Diretor para a América do Sul da área automotiva da Assurant Solutions Henrique Manreza Seguradora exporta modelo brasileiro de garantia estendida Com quase dois anos de operação no Brasil e na vice-liderança do mercado, a seguradora Assurant começa a exportar o modelo implementado de garantia estendida de automóveis para outros países da América do Sul. O produto estende a garantia de fábrica para veículos novos e seminovos. Para quais países vocês vão levar o modelo daqui? O modelo brasileiro de levar inteligência de sistemas e produtos para dentro das concessionárias no Brasil tem mostrado resultados. Por isso, decidimos levá-lo para o Chile e Argentina, para melhorar os resultados dessas operações. A ideia é uniformizar a operação na América do Sul. Qual é o tamanho do mercado de garantia estendida para auto nesses países? Nossas projeções mostram que no Chile esse segmento tem potencial entre US$ 70 milhões a US$ 100 milhões. Na Argentina, de US$ 300 milhões. São mercados menores que o brasileiro, que tem potencial de US$ 1 bilhão, mas são importantes. Como está a operação brasileira? O primeiro trimestre foi muito bom para nós. Abrimos 50 novos pontos de venda em concessionárias de automóveis. A meta para este ano é dobrar o número de pontos. Encerramos o ano passado com 200 pontos de venda. Thais Folego

4 4 Brasil Econômico Quinta-feira, 26 de maio, 2011 DESTAQUE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO Editora: Fabiana Parajara fparajara@brasileconomico.com.br Manaus organiza polo de incentivo à inovação 1 Pela primeira vez, estado, empresas e instituições de pesquisa começam a atuar juntos Cláudia Bredarioli, de Manaus* cbredarioli@brasileconomico.com.br Muitas vezes, os esforços para impulsionar a inovação aparecem em ambientes nos quais outras atividades econômicas têm dificuldade de deslanchar. Por isso, num estado como o Amazonas, que tem no pescado a única autossuficiência na área alimentar e no qual as estradas são rios, a necessidade de buscar iniciativas inovadoras para sustentar a economia parece ser latente. Porém, até poucos meses atrás, a região de Manaus, capital que concentra metade da população do estado, não dispunha de uma agenda coletiva de incentivo à inovação. Com o objetivo de tornar a região menos dependente de incentivos fiscais únicos responsáveis por manter centenas de empresas na crescente área do Polo Industrial de Manaus (PIM), empresas, governo e instituições de pesquisa locais resolveram se unir em torno do tema. Os resultados da iniciativa começam a aparecer agora. As prioridades de ação foram definidas com foco nas principais demandas das empresas, tendo sido estabelecidas a partir do critério de trazer resultados de maior impacto a partir de esforços proporcionalmente menores. A primeira ação foi a criação do Fórum de Inovação do Amazonas que já desenvolve duas tarefas: realizar o mapeamento das instituições e opções de serviços tecnológicos da região; e traçar estratégias para ampliar a participação do setor produtivo nos processos conjuntos de incentivo à inovação. Mapear as demandas do setor produtivo e tentar atendê-las é central porque é dentro das empresas que a inovação ocorre, diz Guajarino de Araújo Filho, coordenador do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Inovação (Nepi), da Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica (Fucapi). De acordo com ele, o objetivo central da ação é dar à economia local independência em relação ao PIM. A atividade da Zona Franca é muito complexa e só se realiza em Manaus em razão dos incentivos fiscais. Se esses incentivos deixarem de existir, toda a economia do Amazonas entra em colapso, diz Araújo. Neste sentido, Célio Luís Matos, responsável pela área de agronegócio do Sebrae de Manaus, já vislumbra a criação ou o A atividade da Zona Franca é muito complexa e só se realiza em Manaus em razão dos incentivos fiscais. Se esses incentivos deixarem de existir, toda a economia do Amazonas entra em colapso Guajarino de Araújo Filho, coordenador do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Inovação A piscicultura tem crescido no estado, mas Rondônia está na nossa frente. Precisamos inovar. Por que não pensarmos, por exemplo, em produzir tambaqui enlatado? Célio Luís Matos, responsável pela área de agronegócio do Sebrae de Manaus fortalecimento de cadeias de produção inovadoras que tragam empregos e riqueza para a região. E, como o Amazonas tem uma peculiaridade de ser o estado com maior participação de preservação da área de floresta dentre os que estão na Região Norte, essas atividades têm necessariamente que girar em torno da sustentabilidade, diz Matos. Os segmentos de móveis e madeira, de biocosméticos, de polpa de frutas e da indústria naval têm grande potencial de crescimento, mas ainda apresentam desempenhos irrisório, afirma. Segundo ele, contudo, a principal indústria a ser beneficiada por processos inovadores no Amazonas seria a do pescado, que atualmente desperdiça cerca de 30% de sua produção. A piscicultura tem crescido no estado, mas Rondônia, por exemplo, está na nossa frente. Precisamos inovar. Por que não pensarmos, por exemplo, em produzir tambaqui enlatado? Esse tipo de proposição só tem sido possível, segundo Maurício Loureiro, presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam) que chegou à Manaus para dirigir a Technos da Amazônia no início da década de 1980 porque diminuíram as resistências em todas as esferas, privada, acadêmica e governamental. Os pesquisadores e o estado veem que precisam interagir com o mercado, enquanto as empresas têm mais clareza de que não é possível guardar informação só para si, diz. Desempenho Com faturamento de US$ 9,3 bilhões, o Polo Industrial de Manaus teve o melhor primeiro trimestre da história em 2011, com crescimento de 25,74% sobre o igual período do ano passado, quando atingiu US$ 7,4 bilhões. Por enquanto, o bom desempenho ainda é resultado direto da ação independente das empresas (leia mais na página 6). Os dados compilados até março são dos Indicadores de Desempenho do PIM, levantados mensalmente pela Superintendência da Zona Franca de Manaus. Em março, o faturamento da indústria somou US$ 3,4 bilhões contra US$ 3 bilhões de fevereiro (alta de 14,46%), superando em 20,24%, os US$ 2,9 bilhões de março do ano passado. * Viajou a convite da Abipti EXPANSÃO Modelo deve ser aplicado em capitais da Região Norte A partir dos resultados alcançados em Manaus, a Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica e Inovação (Abipti) quer replicar a experiência em outros polos econômicos do Brasil, a começar pelas capitais da Região Norte. A primeira ação para disseminação da metodologia aplicada no polo amazonense será um encontro, marcado para amanhã, com Helmut Kergel, vice-chefe do Departamento de Cooperação Tecnológica Internacional e Clusters do Instituto para Inovação e Tecnologia de Berlim. O especialista vem ao Brasil para apresentar essa metodologia desenvolvida pelo instituto alemão e adaptada às necessidades de Manaus a representantes de outros institutos de pesquisa ligados à Abipti. Para Isa Assef, presidente da associação, estudos como este fortalecem o apoio na definição de políticas públicas que permitam ao setor produtivo canalizar investimentos em programas e projetos de pesquisa e desenvolvimento. Um marco regulatório eficiente, por exemplo, é um dos nossos principais anseios, diz. C.B. 3

5 Quinta-feira, 26 de maio, 2011 Brasil Econômico 5 LEIA MAIS Independentemente das ações em prol da inovação em Manaus, empresas usam atitudes inovadoras para melhorar produção, reduzir custos e manter competitividade. Projeto para Banco Finep deve ficar pronto em 90 dias, com ajuda de consultoria que será contratada em breve. Mudança visa aproximar financiadora e empresas. Déficit tecnológico brasileiro deve chegar a US$ 100 bi este ano, segundo projeção da Protec. De acordo com a entidade, a diferença está subindo desde Fotos: Alberto César Araújo CONTEXTO País precisa de política pública 4 1 Isa Assef, presidente da Abipti, diz que marco regulatório é fundamental para promover a inovação no país; 2 Para Maurício Loureiro, do Cieam, maior interação entre governo, academia e empresas viabiliza polo no Amazonas; 3 Guajarino de Araújo Filho, da Fucapi, explica que demandas do setor produtivo norteiam os trabalhos em Manaus; 4 Célio Luís Matos, do Sebrae de Manaus, afirma que cadeias de produção inovadoras vão trazer riquezas e empregos à Região Norte Por mais que experiências regionais como a de Manaus sejam bem-sucedidas, sem uma política pública de incentivos aos investimentos em inovação não haverá mudança no cenário nacional. O Brasil não precisa da inovação porque tem outras atividades, especialmente de extração, que suprem sua economia no curto prazo. Seria preciso haver uma Camex (Câmara de Comércio Exterior) para a inovação deslanchar, diz Antônio Britto, presidente da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), expondo a necessidade de centralização das atividades relacionadas ao impulso à inovação em um só lugar. Sem política pública não se tem inovação no chão da fábrica, que é onde, de fato, ela se dá. Falta um projeto claro que incentive o empresário a investir, afirma Isa Assef, presidente da Abipti. Segundo ela, seria importante, por exemplo, o Brasil conduzir suas políticas de inovação de acordo com as prioridades do país, destacando temas como pré-sal e biodiversidade. Por que não dar isenção fiscal a quem investe em educação? Para Gustavo Kesselring, da consultoria Vis Research, especializada em inovação em biomedicina, o Brasil tem que tomar a decisão política de querer inovar. Só assim será possível criar condições jurídicas, tributárias e regulatória para que a inovação se desenvolva, diz. Sem essas iniciativas, explica, o país continuará contando apenas com ações isoladas que, para serem aplicadas, esbarram na burocracia. O investimento brasileiro em pesquisa e inovação é de 1,4% do PIB, cerca de R$ 42 bilhões, segundo o Ministério da Ciência e Tecnologia. O Japão, por exemplo, investe 3,44% do PIB. A questão é que os investimentos no Brasil têm crescido, mas a passos demasiadamente lentos. Em 2009, a participação foi de 1,2% do PIB, e em 2008, de 1,1%. A expectativa do governo era de quem ao fim de 2010, ano que encerrou o Plano de Ação de Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Nacional (Pacti), o percentual chegasse a 1,65%, puxado principalmente pelo aumento da participação do setor privado, hoje em 0,5%. A meta não foi cumprida. Procurado, o Ministério da Ciência e Tecnologia não respondeu à solicitação de entrevista. C.B.

6 6 Brasil Econômico Quinta-feira, 26 de maio, 2011 DESTAQUE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO Ganho de produção e redução de custos são razões para inovar Independentemente de ações coletivas no polo industrial, companhias não deixam de investir em renovação Cláudia Bredarioli cbredarioli@brasileconomico.com.br Fotos: Alberto Cesar Araujo Se as iniciativas coletivas em prol da inovação no Polo Industrial de Manaus (PIM) começam a sair do papel agora, as empresas que atuam na região já vêm adotando ações inovadoras. Sejam tomadas por conta própria ou por incentivo de suas matrizes visto que boa parte das empresas instaladas no PIM têm seus centros de decisão fora dali, essas atitudes fazem diferença no processo produtivo, reduzem custos e, segundo os empresários, permitem às companhias continuar competindo no futuro. Fundada na região em 1956, a Fogás, distribuidora de gás liquefeito de petróleo (GLP), sempre buscou incorporar a inovação ao seu DNA. Temos consciência de que só inovando vamos fazer a empresa chegar ao futuro. Nosso desafio para os próximos anos são as vendas online, diz Jaime Benchimol, presidente da Fogás. Ele explica que, de maneira geral, há pouca inovação em GLP, mas a empresa tenta se diferenciar com a adoção de ideias como a de produzir gás em botijões menores, avaliar novos tipos de válvulas ou receber pedidos dos revendedores via SMS. Alguns processos inovadores adotados pela empresa são sugeridos pelos próprios funcionários, que recebem prêmios em dinheiro pelas propostas aprovadas pela diretoria para serem implantadas. Com três plantas em funcionamento além de Manaus (AM), Santarém (PA) e Porto Velho (RO), a companhia se prepara para inaugurar uma unidade em Rio Branco (AC). Na Harman, a fábrica de Manaus passa por um processo de expansão, com investimento de US$ 1,5 milhão, para adotar o sistema de produção em células, em lugar da linha de produção em série atual, para a fabricação de equipamentos de áudio mais modernos que começarão a ser vendidos no Brasil a partir de julho. Por enquanto, a maior parte das vendas nacionais da companhia que está no Brasil desde que adquiriu a Selennium, há cerca de um ano tem sido de produtos importados. Segundo Rodrigo Rihl Kniest, presidente da Harman no Brasil, com os aportes que estão sendo feitos em Manaus haverá aumento da internalização do processo de fabricação, com consequente redução de custos. Apesar de iniciativas como as da Harman e da Fogás serem cada vez mais frequentes entre Na Harman, investimentos trarão mudanças no processo de fabricação na unidade de Manaus Atitudes inovadoras fazem diferença no processo produtivo, reduzem custos e permitem às empresas manter a competitividade as companhias brasileiras, de maneira geral, o grau de maturidade em gestão de inovação das empresas nacionais ainda é muito baixo. A Câmara Americana (Amcham), em parceria com a Fundação Dom Cabral, divulgou estudo que mostra que só 17% das empresas investem mais do que 4% do faturamento em inovação. Na maioria das vezes as companhias brasileiras têm grandes ideias, mas não sabem como organizá-las ou utilizá-las. Em alguns casos, as sugestões de melhoria ficam engavetadas nas mesas dos líderes, afirma José Hernani Arrym Filho, da Pieracciani Desenvolvimento de Empresas, consultoria de tecnologia de gestão com foco em inovação. Seu sócio, Valter Pieracciani completa que outro desafio a ser vencido é o de transformar inovação em algo constante, que faça parte do dia a dia de todos os integrantes da empresa. O mercado reconhece três diferentes estratégias de competitividade: preço, diferenciação e relacionamento com o cliente. Muitas companhias ainda brigam por preço e este comportamento precisa mudar. Jaime Benchimol, da Fogás: iniciativas como uso de botijões menores e pedidos de venda por SMS

7 Quinta-feira, 26 de maio, 2011 Brasil Econômico 7

8 8 Brasil Econômico Quinta-feira, 26 de maio, 2011 DESTAQUE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO Projeto do Banco Finep deve sair em 90 dias Roberto Nicolsky, diretor-geral da Protec, afirma que falta de políticas claras de incentivo pode levar a apagão tecnológico Isabela Kassow/O Dia Em até 4 anos, financiadora deve mudar de perfil para se aproximar de empresas João Paulo Freitas jpfreitas@brasileconomico.com.br João Luiz Ribeiro/Finep Em cerca de 90 dias, a Financiadora de Estudo e Projeto (Finep), empresa ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), deve apresentar à presidente Dilma Rousseff e ao Ministério da Fazenda um estudo sobre as medidas necessárias para transformar a entidade em banco. Se tudo correr conforme o previsto, a transformação da Finep em banco deve levar de dois a quatro anos. De acordo com André Amaral de Araújo, chefe do departamento de planejamento orçamentário da Finep, dentro de 15 dias, uma consultoria especializada no setor bancário será contratada para ajudar na elaboração do documento, que conterá orientações a respeito do que seria necessário, do ponto de vista econômico, jurídico e institucional, para finalmente transformar a financiadora em um banco. No momento, o Centro de Gestão de Estudos Estratégicos (CGEE), do MCT, está conduzindo a licitação que resultará na seleção da consultoria. A empresa escolhida terá 60 dias para apresentar um estudo sobre o assunto. Araújo diz que o pano de fundo para esse movimento é a intenção do governo de ampliar significativamente o apoio aos investimentos privados em inovação. Os países desenvolvidos investem cerca de 3% de seu Produto Interno Bruto (PIB) em ciência e inovação. No Brasil, essa relação é de 1,1% (dado de 2009), sendo que apenas pouco mais da metade desse recurso advém do setor privado. No exterior, há países em que 80% dos gastos com inovação e pesquisa são feitos pelas empresas. Estamos muito aquém do que seria um padrão internacional. Ele explica que o fato de a Finep não ser uma instituição financeira formal, sem a supervisão do Banco Central (BC), cria dificuldades, principalmente no que diz respeito à captação de recursos. Algumas fontes, por seus estatutos, exigem que os recursos sejam repassados por André Amaral de Araújo Chefe do departamento de planejamento orçamentário da Finep Algumas fontes, por seus estatutos, exigem que os recursos sejam repassados por meio de instituições financeiras. Elas começaram a contestar, há alguns anos, a natureza da atividade e o reconhecimento da Finep meio de instituições financeiras. Elas começaram a contestar, há alguns anos, a natureza da atividade e o reconhecimento da Finep, afirma. Hoje, os recursos da entidade são oriundos principalmente do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, do qual a Finep é a secretaria-executiva, e ela ainda tem autorização para captar recursos internacionais de agências multilaterais, como Banco Interamericano de Desenvolvimento e o Banco Mundial. Segundo Araújo, esse projeto levanta diversas questões sobre o papel da Finep, e todas precisam ser devidamente esclarecidas. De acordo com ele, Glauco Arbix, atual presidente da entidade, está bastante empenhado em resolver esse impasse. Entre os pontos em discussão está a adequação da empresa à supervisão do Banco Central e a necessidade de ampliar seu porte para que ela possa assumir o desafio tecnológico do país. As empresas brasileiras gastam anualmente em torno de R$ 20 bilhões para financiar suas atividades de inovação, pesquisa, e desenvolvimento. No ano passado, a Finep destinou cerca de R$ 2 bilhões a empresas. Ou seja, somente 10% do que elas investem, diz. PEQUENA FATIA R$ 20 bi foi o investimento estimado das empresas brasileiras em pesquisa, inovação e desenvolvimento. A Finep financiou apenas 10% deste total, cerca de R$ 2 bilhões. ABAIXO DA MÉDIA 3% do PIB é o percentual médio do investimento em inovação nos países desenvolvidos. No Brasil, segundo dados de 2009, foi aplicado na área o equivalente a 1,1% do PIB.

9 Quinta-feira, 26 de maio, 2011 Brasil Econômico 9 Déficit tecnológico brasileiro chegará a US$ 100 bi em 2011, prevê Protec Segundo entidade de apoio à inovação, diferença está aumentando desde 2004 O déficit tecnológico brasileiro deve chegar a US$ 100 bilhões neste ano, superando o resultado negativo de US$ 84,9 bilhões registrado no ano passado. Elaborado pela Sociedade Brasileira Pró-Inovação Tecnológica (Protec), o levantamento mostra o saldo das trocas comerciais entre o Brasil e outros países envolvendo apenas produtos de alta e média tecnologias, conforme classificação da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O indicador inclui ainda serviços tecnológicos, como licenciamento de patentes e locação de equipamentos tecnológicos. De acordo com Roberto Nicolsky, diretor geral da Protec, o déficit tecnológico nacional atingiu seu menor patamar em 2003, quando caiu para US$ 13 bilhões, mas tem crescido desde Segundo ele, o indicador mostra como a valorização do Para entidade, política clara de inovação é a única forma de promover pesquisa e desenvolvimento dentro das empresas real, a manutenção da taxa de juros básica em patamares elevados e a pesada carga tributária do país afetam o setor produtivo no que diz respeito ao desenvolvimento tecnológico. Inovação ausente Para Nicolsky, existe um antídoto aos efeitos danosos que a política econômica causa sobre desenvolvimento tecnológico da indústria nacional. Uma política de inovação absolutamente ativa, que desse suporte para que o país e sua indústria inovassem em grande escala, afirma, acrescentando que isso ainda não existe no país. O que temos é uma política antitecnológica. Há 10 anos tentamos criar um sistema de inovação e não conseguimos nada. Nicolsky sustenta ainda que o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), administrado pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), é um exemplo de como as ações voltadas ao desenvolvimento tecnológico no país são equivocadas. Foram recolhidos cerca de R$ 3 bilhões em 2010, e apenas 18% desse valor foi repassado para a indústria, afirma. O restante teve duas destinações: foi usado pelo governo ou foi repassado para universidades e centros de pesquisa. Isso não é um fomento real. Inovação ocorre nas empresas, não na academia, diz o diretor da Protec. De acordo com André Amaral de Araújo, chefe do departamento de planejamento orçamentário da Finep, a distorção de fato existe. Segundo ele, a arrecadação do FNDCT nos últimos 10 anos foi de aproximadamente R$ 23 bilhões, dos quais R$ 12 bilhões foram desvinculados pelo governo federal. Ou seja, deixaram de ser usados para o fim previsto e foram aproveitados em outras frentes. No final, apenas R$ 3,5 bilhões foram destinados a empresas ou como subvenção econômica, crédito e investimento. Segundo ele, a transformação da Finep em um banco visa, entre outras coisas, corrigir esse problema. J.P.F. DIFERENÇA US$ 84,9 bi foi o tamanho do déficit tecnológico do país em 2010, segundo a Protec. Valor indica a diferença entre importação e e exportação de produtos tecnológicos. BAIXO RETORNO R$ 23 bi foi quanto o FNDCT arrecadou em 10 anos, segundo a Finep. Deste total, somente R$ 3,5 bilhões foram destinados a empresas. LEIA E ASSINE O BRASIL ECONÔMICO. Prezado Assinante, a Central de Atendimento e Venda de Assinaturas passa a atender nos telefones: (São Paulo e demais localidades) (21) (Capital do RJ) assinatura@brasileconomico.com.br De segunda a sexta-feira, das 6h30 às 18h30, e aos sábados, domingos e feriados, das 7h às 14h.

10 10 Brasil Econômico Quinta-feira, 26 de maio, 2011 BRASIL Editora: Elaine Cotta Subeditora: Ivone Portes Código Florestal: tensão da Câmara chega ao Senado Rollemberg: presidente da Comissão de Meio Ambiente é o mais cotado para virar relator do projeto Racha na base aliada do governo continua e tendência é que texto sofra mais modificações antes de ser votado novamente Pedro Venceslau e Ruy Barata Neto redacao@brasileconomico.com.br Tenho bom trânsito e muita gente defende o meu nome para a relatoria (do projeto do Código Florestal). Mas ainda não decidi Rodrigo Rollemberg, senador do PSB-DF A novela do Código Florestal mudou de cenário, mas ainda está muito longe de terminar. Depois da votação na Câmara, que terminou com vitória dos ruralistas, derrota do governo e racha na base aliada, a polêmica foi transferida para o Senado, onde deve permanecer por mais alguns meses. E lá o racha entre as bancadas do PT e PMDB em torno do Código ameaça se repetir. A partir de agora, existem dois caminhos possíveis até o desfecho do projeto relatado pelo deputado Aldo Rebelo (PCdoB- SP): um curto e outro longo. No primeiro cenário, idealizado pelos ruralistas, o colégio de líderes entra em acordo e o projeto pula o trâmite tradicional de três comissões CCJ, Meio Ambiente e Agricultura antes de ir ao Plenário. Se isso acontecer e os senadores não apresentarem nenhuma mudança ao texto original, o projeto vai direto para sanção ou veto presidencial. Nesse caso, o Planalto já sinalizou que vetará alguns itens do texto, como a anistia aos desmatadores. Nossa posição no Senado será a mesma da Câmara: vamos votar o texto do Aldo Rebelo sem mudanças, afirma o senador José Agripino (RN), presidente do DEM, partido que está na linha de frente dos ruralistas. No segundo cenário e mais provável, o projeto terá que passar pelas três comissões, onde sofrerá diversas mudanças até chegar ao formato preferido do governo. Vamos tentar restaurar a proposta original do governo, sem a anistia (aos desmatadores). A tendência é de que a tramitação seja normal. Só há aceleração do processo quando existe consenso, explica o senador Humberto Costa (PT-PE), líder do PT no Senado. Prevendo que o processo será longo, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), disse ontem que solicitará à presidente Dilma Rousseff a prorrogação da entrada em vigor do decreto que pune com multa os fazendeiros que não estão cumprindo a lei ambiental. O prazo para que o decreto entre em vigor é o dia 11 de junho. Os ruralistas esperam que o novo Código Florestal alivie as punições. Preferido pelo PMDB para ser o principal relator do projeto, o senador e ex-governador Luiz Henrique (PMDB-SC) enfrenta resistência do Palácio do Planalto por sua relação histórica com o agronegócio. O nome mais cotado é o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), que preside a Comissão de Meio Ambiente da casa. Como presidente da Comissão, eu posso escolher quem será o relator ou eu mesmo fazer a relatoria. Tenho bom trânsito e muita gente tem defendido o meu nome, mas ainda não decidi, diz Rollemberg. A princípio, a ideia é que o relator seja o Luiz Henrique. Não sei qual é a preferência do governo, mas o Congresso é livre para fazer essa escolha, rebate o presidente em exercício do PMDB, senador Valdir Raupp (PMDB-RO). Na contramão do governo, Luiz Henrique não abre mão de defender a autonomia dos estados na legislação ambiental. Clima ruim As bancadas do PT e do PMDB na Câmara dedicaram boa parte do dia de ontem para discutir a relação entre si e internamente. Além de escancarar a fragilidade da base governista (veja matéria ao lado), a votação que terminou com placar de 273 a 182 e misturou parlamentares de todos os espectros dos dois lados do próprio PT não chegou a um consenso. Os ambientalistas lamentaram a derrota de ontem e dizem estar confiantes no veto de Dilma Rousseff aos pontos polêmicos. O atual Código Florestal é de Desacordo com Avaliação de derrota do governo é relativizada por especialistas; veto presidencial é de alto risco. Ao bater de frente com o governo na votação do Código Florestal na Câmara dos Deputados e tirar do Palácio do Planalto a exclusividade de regulamentar o uso de APPs (áreas de preservação permanente), o PMDB demonstrou que quantidade não é sinônimo de qualidade na base aliada. Apesar de contar com um contingente maior de parlamentares ao seu lado do que seu antecessor, a presidente Dilma Rousseff tem encontrado dificuldades para conciliar interesses diante de um leque tão amplo de partidos. Durante seu discurso na tribuna na noite de terça-feira, o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), fez um desabafo: Talvez esse seja o momento mais tenso da nossa legislatura. Vale lembrar que o relator do polêmico projeto, Aldo Rebelo, do PCdoB, sempre foi leal ao governo e pertence a um partido que está

11 Quinta-feira, 26 de maio, 2011 Brasil Econômico 11 José Cruz/ABr Itamar Franco faz tratamento em SP O ex-presidente Itamar Franco, que atualmente ocupa uma vaga de senador pelo PPS de Minas Gerais, está internado em São Paulo para tratamento de uma leucemia. O boletim do hospital Albert Einstein informa que a doença foi diagnosticada em estágio inicial e que Itamar, que comandou o país entre 1992 e 1995, foi internado no último sábado e está se sentindo bem. Por recomendação médica, ele se licenciou do Senado por 30 dias. Marcello Casal Jr/ABr ZONA DE CONFLITO Governo quer derrubar emenda do PMDB que anistia desmatamentos em APPs até julho de Executivo não aceita artigo do Código que delega a gestão do Programa de Regularização Ambiental (PRA) aos estados. A autorização, no texto de Aldo Rebelo, para o plantio de cana também em morros e encostas (definidos como APPs) enfrenta resistência do governo. base aliada pode ser apenas pontual na tropa de choque do Planalto desde O Código Florestal extrapolou os limites da base aliada. Foi a base de cada um dos deputados que prevaleceu, avalia o senador Valdir Raupp (PMDB-RO). Entre os governistas, o discurso predominante relativiza a derrota na Câmara. É difícil avaliar se fomos derrotados, diz o senador Humberto Costa (PT-PE). O cientista político Claudio Couto, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), diz que a aprovação do Código não pode Os partidos conservadores da base aliada representam mais de 40% do Congresso e os de esquerda não mais do que 30%. Com veto, Dilma teria o apoio do menor grupo, sem o PCdoB ser avaliada como uma derrota do governo, pelo menos de forma generalizada, uma vez que a base aliada deverá continuar fiel apesar do conflito. A questão é muito menos de derrota e mais de um embate pontual frente a um interesse muito forte da ala majoritária dos partidos da base aliada, avalia Couto. Veto Caso o texto passe pelo Senado, espera-se o veto presidencial aos pontos do texto que desagradaram ao governo. Mas Couto não confia que a decisão de fato acontecerá. O ônus de um veto seria muito caro para Dilma, diz Couto. O risco seria o de transformar o conflito específico em uma crise maior de enfraquecimento da sustentação do governo no parlamento. Os partidos conservadores da base aliada representam mais de 40% do Congresso, os de esquerda não mais do que 30%. Diante de um veto, restaria a Dilma o apoio desses 30% fora o PCdoB, que sempre manteve apoio ao seu relator Aldo Rebelo. Além disso, o governo também correria o risco de ver o veto presidencial ser derrubado pela Câmara, algo que é muito raro no Brasil. Apesar da coalizão do governo atual ser maior numericamente quando comparada à gestão Lula, Dilma não enfrentaria problemas na conciliação dos múltiplos interesses de seus aliados. Segundo Couto, a questão do Código já era um tema difícil, postergado por Lula, e que apenas caiu no colo da atual presidente. R.B.N. e P.V.

12 12 Brasil Econômico Quinta-feira, 26 de maio, 2011 BRASIL SONDAGEM Consumidor brasileiro tem menor confiança desde início de 2010 A confiança do consumidor brasileiro diminuiu em maio pelo terceiro mês seguido e atingiu o menor patamar desde janeiro de 2010, mostrou uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV). O índice recuou 2,4% sobre abril, para 115,4 pontos. A proporção de consumidores que avaliam a situação econômica local no momento como boa caiu de 29,2% para 25,8%. Já a parcela daqueles que a julgam ruim subiu de 21,2% para 21,8%. Divulgação SUPERMERCADOS Impulsionadas pela Páscoa, vendas crescem 13,6% em abril sobre igual mês de 2010 As vendas reais dos supermercados brasileiros cresceram 13,6% em abril na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo dados da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). O excepcional resultado das vendas de abril em relação ao mesmo mês do ano anterior deveu-se à Páscoa, que em 2010 caiu em março, afirmou o presidente da Abras, Sussumu Honda. Em relação a março deste ano, a alta foi de 7,17%. Agência de fomento atrai R$ 750 mi Com os investimentos, cidade deve alcançar posto de mais novo centro de desenvolvimento tecnológico do Ricardo Rego Monteiro rmonteiro@brasileconomico.com.br Na esteira de um processo de revitalização que alcançará o ápice nos Jogos Olímpicos de 2016, o Rio de Janeiro já contabiliza os primeiros resultados no resgate da vocação da cidade como um polo latino-americano de negócios. Diagnosticada pelo Rio Negócios, uma agência de atração de investimentos fundada há exatamente um ano na capital fluminense, a nova realidade se traduz por um potencial de investimentos de R$ 750 milhões nos próximos cinco anos. Tal volume de recursos, contabiliza a agência, já leva a cidade ao posto de mais novo centro de desenvolvimento tecnológico do país, com foco principalmente na área petrolífera. Responsável direta pela atração desses recursos nos últimos 12 meses, a agência Rio Negócios comemorou ontem, com um coquetel no Palácio da Cidade, no Rio, o primeiro ano de uma atividade traduzida pelo empresário Olavo Monteiro de Carvalho, presidente do Conselho da agência, como uma bemsucedida PPP (Parceria Público-Privada). Para o empresário, o mais importante é que os frutos da parceria serão colhidos Infraestrutura e oferta imobiliária abaixo da demanda, no entanto, são alguns dos gargalos para que o Rio atraia mais recursos por toda sociedade, mesmo depois dos dois grandes eventos dos próximos cinco anos além dos Jogos Olímpicos, a Copa do Mundo de Tanto o empresário quanto o diretor executivo da agência, Marcelo Haddad, fazem questão de exaltar a superação de expectativas neste primeiro ano de atividade. Neste primeiro ano, fomos procurados por 183 empresas interessadas em investir no Rio de Janeiro, revela Haddad. Essas consultas resultaram em 125 projetos potenciais. Uma parte deles encontra-se em andamento, enquantoaoutratemumprazodema- turidade mais longo. Nossa expectativa, quando começamos, era alcançar um volume de negócios de R$ 600 milhões no biênio 2010/2011, mas atingimos um montante de R$ 750 milhões, que superou as estimativas. Por isso mesmo, a tendência é que nossa previsão para o período 2011/2012 seja mais ambiciosa. Além de todos os mais óbvios predicados da cidade, como beleza natural e qualidade de vida, Olavo Monteiro de Carvalho cita o potencial difusor do Rio. O que acontece na cidade, justifica o empresário, reverbera em toda América Latina, tanto do

13 Quinta-feira, 26 de maio, 2011 Brasil Econômico 13 TRABALHO Desemprego recua em abril nas seis maiores regiões metropolitanas do país e no DF A taxa de desemprego nas seis maiores regiões metropolitanas do país e no Distrito Federal caiu em abril deste ano sobre igual mês de 2010, ao passar de 13,3% para 11,1%. Já em relação a março último, quando estava em 11,2%, apontou estabilidade. Os dados são do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Fundação Seade). Marcela Beltrão CONSUMO Gastos de brasileiros no exterior aumentam 58% em um ano Os gastos de brasileiros em viagens ao exterior em abril deste ano subiram 58,1% sobre igual mês de 2010, para US$ 1,943 bilhão, segundo o Banco Central. Nos quatro primeiros meses deste ano, essas despesas chegam US$ 6,667 bilhões, 45,1% mais que em relação ao mesmo período do ano anterior. Os gastos avançaram mesmo com o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) maior para as compras com cartão de crédito no exterior. Uanderson Fernandes/O Dia Revitalização da área portuária deve reequilibrar a correlação entre oferta e demanda de imóveis na cidade REVITALIZAÇÃO DO RIO Projeto Porto Maravilha, de revitalização da zona portuária, deve elevar oferta de imóveis equivalente a um bairro de Copacabana. A partir da revitalização da zona portuária, será possível deflagrar, em um segundo momento, projeto de recuperação dos canteiros de fábricas abandonados no subúrbio. Câmara aprova a MP que aborda de energia a letras financeiras Medida Provisória 517 prevê, entre várias coisas, prorrogar por 25 anos encargo cobrado na conta de luz, que custa R$ 2 bi por ano ao consumidor para o Rio país, com foco na área petrolífera Ampliação do Metrô até a Barra da Tijuca e obras em torno da zona portuária devem ser concluídas até ponto de vista cultural quanto econômico. Monteiro de Carvalho também faz questão de destacar não só a qualidade da mão de obra, mas também das instituições de ensino locais. Tanto o presidente do Conselho quanto Haddad sabem, no entanto, que a consolidação definitiva da cidade depende da superação de alguns obstáculos. Entre os quais, a infraestrutura e a oferta imobiliária abaixo da demanda gerada pelos negócios. A escassez de salas comerciais, como mesmo admite Haddad, tem provocado um incômodo processo inflacionário nos valores de aluguéis e compra, identificado pelos próprios empresários como um obstáculo para os investimentos. Para o diretor executivo do Rio Negócios, no entanto, esse é um problema que tem data e hora para acabar. Mais especificamente em duas etapas: em 2013, com os primeiros resultados da revitalização da Zona Portuária, e, em 2016, para quando está prevista a expansão do transporte metroviário da cidade. O projeto Porto Maravilha, de revitalização da zona portuária, vai gerar um aumento da oferta de imóveis equivalente a um bairro de Copacabana inteiro, diz Haddad. Ivone Portes iportes@brasileconômico.com.br A Medida Provisória (MP) 517, batizada de MP Ornitorrinco ou Frankenstein, foi aprovada ontem pelo plenário da Câmara dos Deputados. Publicada no dia 30 de dezembro do ano passado, ela reúne mais de 50 artigos que tratam de temas variados, que vão desde a prorrogação dos encargos cobrados sobre a conta de luz, até facilidades fiscais para áreas consideradas estratégicas pelo governo, como a de infraestrutura, além de instituir o Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento de Usinas Nucleares (Renuclear). Originalmente, ela tratava de oito assuntos e tinha 22 artigos hoje, são 52. Partidos de oposição, como PSDB e DEM, votaram contra a proposta. O líder do PSDB, deputado Duarte Nogueira (SP), criticou a inclusão de diversos dispositivos que aumentam o impacto financeiro da MP e disse que é impossível, do ponto de vista legislativo, atender os requisitos constitucionais de relevância e urgência. A proposta é uma árvore de natal, cheia de penduricalhos, disse o deputado, ao afirmar que o texto dispõe sobre diversos assuntos que não atendem aos pressupostos de relevância e urgência exigidos pela Constituição para a edição de medidas provisórias. Com a aprovação da MP 517, a cobrança da Reserva Global de Reversão (RGR), que deveria ter acabado em janeiro de 2011, será estendida por mais 25 anos. A RGR é um encargo que incide sobre a conta de luz de todos os consumidores de energia elétricaerendecercader$2bilhões por ano ao governo. A reserva foi criada em 1957 para bancar a devolução ao Poder Público do patrimônio das empresas de energia concedidas à iniciativa privada. É também um dos financiadores do Programa Luz para Todos. A MEDIDA PROVISÓRIA Outros pontos polêmicos da MP 517 Mudanças na Lei das S.A. Mudanças na Lei do Gás Novas regras para lançamento e impostos sobre debêntures e letras financeiras Nova regulamentação para compensação de precatórios Novas definições sobre a dimensão do seringal Triunfo, no Amapá, abrindo caminho para a construção da hidrelétrica de Cachoeira Caldeirão Desoneração tributária, principalmente com isenção de IPI, PIS-Cofins e Imposto de Renda, para alguns segmentos De acordo com a Eletrobras, que gerencia os recursos do RGR, eles são usados para projetos de universalização dos serviços de energia elétrica. Além do Luz para Todos, destina-se ao Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel) e a obras de expansão do sistema elétrico, como a revitalização de parques térmicos e a aquisição de equipamentos para subestações. Entre os incentivos tributários previstos na 517 está a redução para zero da alíquota do Imposto de Renda sobre rendimento de títulos privados de longo prazo, emitidos por empresas não financeiras, pagos a beneficiário residente no exterior. A MP também reduz a zero a alíquota do IR sobre os rendimentos recebidos por pessoa física com debêntures emitidas por sociedades constituídas para realizar investimentos em infraestrutura. No caso de pessoa jurídica tributada com base no lucro real, isenta ou optante pelo Simples, a alíquota será de 15%. A MP ainda precisa passar pelo Senado e ir à sanção presidencial antes de 1º de junho, quando expira. Com agências

14 14 Brasil Econômico Quinta-feira, 26 de maio, 2011 ENCONTRO DE CONTAS LURDETE ERTEL Vitrinas no sangue O clã cearense Jereissati embalou a pleno vapor na expansão do mercado de shopping no Brasil. A exemplo da Iesc (Iguatemi), comandada por seu irmão, o ex-senador Tasso Jereissati também prolifera no país novos empreendimentos de sua empresa, o Grupo Jereissati Nordeste. Depois de assumir as obras de um shopping em Campo Grande (MS) que inicialmente seria da rede Iguatemi, Tasso prepara agora o lançamento de um projeto em Belém (PA). Localizado perto do estádio Mangueirão, terá nome idêntico ao empreendimento sul-mato-grossense: ambos se chamarão Shopping Bosque dos Ipês. Os Jereissaiti se dividiram quando a Iesc, pilotada por Carlos Francisco Jereissati, ingressou na bolsa. A empresa ficou com a bandeira Iguatemi. Galáxia no Mar Vermelho Enquanto o estúdio Paramount tenta administrar os atrasos no cronograma do esperado filme Star Trek 2, um grupo de investimentos acaba de anunciar a construção, na Jordânia, de um resort temático inspirado nas antológicas aventuras do Capitão Kirk. O complexo The Red Sea Astrarium (foto) deverá reproduzir os cenários de Star Trek em um terreno de 184 acres (equivalente a 90 estádios do Maracanã), na cidade portuária de Aqaba, no Mar Vermelho. Para o empreendimento, o Grupo Rubicon firmou parceria com a Paramont e a CBS, que vão dar chancela ao parque temático. O projeto está orçado em US$ 1 bilhão e Reprodução deve estar pronto em Antes de bater o martelo pelo Oriente Médio, a Rubicon Holdings chegou a cogitar instalar o parque nas dependências da Disney, na Flórida. O complexo será todo projetado para reproduzir a sensação de estar na Enterprise ou vivendo aventuras das Jornadas nas Estrelas. Puxado Puxado O grupo Gerdau concluiu a compra do terreno da antiga fábrica da Philips no bairro do Curado, no Recife (PE). A planta estava desocupada desde novembro do ano passado, quando a Philips desativou sua produção de lâmpadas automotivas no local e encerrou este tipo de atividade no Brasil. O conglomerado siderúrgico gaúcho pretende usar a área para fazer uma expansão da fábrica da Açonorte, da qual é dono. A Calçados Piccadilly acaba de ganhar mais uma loja exclusiva no exterior. A marca desembarcou no Dolphin Mall, um dos maiores shoppings de Miami, nos EUA. É a única empresa brasileira com loja no empreendimento. Com a inauguração, os EUA se tornam o quinto país com pontos da marca, que já tem unidades na Venezuela (10 pontos), Peru, Kuwait (7) e Guadalupe. Start A Positivo deve começar a vender em junho na Argentina os primeiros computadores e placas-mãe produzidos na sua nova fábrica na província de Terra do Fogo. Além de abastecer o varejo argentino, a planta vai atender projetos de governo. O país já contratou a compra de 279 mil notebooks, que devem ser entregues ao longo deste ano. Mugidos pacificados A Cow Parade, maior exposição urbana do mundo, retorna ao Rio de Janeiro no fim de setembro. A empresa Top Trends, idealizadora da Cowparade Inc. para o Brasil, autorizou a Boutique Business a iniciar a comercialização das vacas no território fluminense. Na edição 2011, a mostra vai chegar também às 18 UPP s já pacificadas da cidade. Cada vaca vai custar R$ 40 mil. Países como a Índia e o Brasil, na verdade, só estão crescendo graças à liderança de americanos e britânicos Barack Obama, presidente dos EUA, em discurso no Parlamento inglês.

15 Quinta-feira, 26 de maio, 2011 Brasil Econômico 15 Fotos: divulgação Produção completa A marca de roupas e acessórios femininos Planet Girls está expandindo seus negócios para o mercado de cosméticos. Dia 30, a grife abre as portas do primeiro quiosque da Planet Cosmetic, no Shopping Tatuapé, em São Paulo. Até o final de 2012 serão 25 novas unidades. A linha engloba produtos para o cabelo e para corpo, além de uma coleção completa de maquiagem focada no público jovem. MARCADO O empresário Nizan Guanaes será nomeado Embaixador da Boa Vontade da Unesco pela diretora- geral Irina Bokova, em uma cerimônia na sede da Organização, amanhã, em Paris. encontrodecontas@brasileconomico.com.br Migração A empresa de calçados Carmen Steffens, de Franca (SP), vai transferir parte de sua produção de sapatos femininos para o Rio Grande do Sul. A marca está terceirizando a fabricação em empresas do Vale do Sinos, tradicional polo calçadista gaúcho. O projeto começa com 2 mil pares por dia em algumas fábricas, devendo duplicar até Palmilha local Um dos efeitos da migração de parte da produção da Carmen Steffens para o Sul será a criação, em 2012, de uma nova marca de calçados, totalmente made in RS. Esta nova grife terá uma rede de lojas exclusivas, que deve arrancar com 50 unidades no país a partir do próximo ano. Vide bula Em preparativos para estrear na bolsa de valores neste ano, a rede cearense de drogarias Pague Menos está esticando suas bulas no mercado da Região Sul. Para o segundo semestre, o grupo prepara a abertura de mais 40 lojas em cidades como Criciúma e Chapecó (SC), e Londrina (PR) e Caxias do Sul (RS). Com 430 farmácias no país, a Pague Menos trabalha para fazer sua oferta pública inicial (IPO) na bolsa em outubro. Sob medida pra brincar Tablets como o ipad são objeto de desejo mais cobiçado da temporada, não apenas entre humanos. O equipamento virou fissura também entre os gatos: os bichanos ficam vidrados nos recursos interativos da tecnologia sensível ao toque, que parece ter sido desenvolvida sob medida para sua curiosidade. Empresas de software e também de ração para animais domésticos já estão explorando esta atração insólita: a Friskies, por exemplo, criou uma série de jogos de web pensados para a diversão de gatos. Os programas em HTML5 podem ser baixados gratuitamente, segundo a companhia, no site Games for Cats. Em tese, a tela do ipad não costuma ser arranhada ou danificada pelas unhas dos bichanos. GIRO RÁPIDO Beleza na passarela No dia 2 de junho, o Parque D. Pedro Shopping, em Campinas, realiza o Alameda Fashion Day. O evento, que vai apresentar as coleções Outono/Inverno das lojas do shopping, teve investimento de R$ 800 mil, e contará com a beleza dos atores Rodrigo Hilbert e Fernanda Vasconcellos. Cardápio londrino A rede de restaurantes Ping Pong, de Londres, se prepara para abrir as portas de sua segunda filial brasileira, no Shopping Morumbi, em São Paulo, no segundo semestre. Inglês no samba Gabriel Bouys/AFP PEITO GENÉRICO A estrela dos reality shows americanos Kim Kardashian está processando os autores do álbum Terrace Martin & Devi Dev Present: The Sex EP, por usar indevidamente uma foto sua seminua na capa. A imagem, que mostra apenas o corpo de Kim com os seios nus, foi tirada em um ensaio para a revista W. Os responsáveis pelo CD se defenderam dizendo que não tinham ideia de que a foto era de Kardashian. Não sabíamos que era ela, porque obviamente não conseguiríamos reconhecê-la pelos mamilos. E será inaugurada, nesta semana, a primeira loja da marca inglesa Snog Pure Frozen Yogurt em terras brasileiras, no Leblon, no Rio. Notas ao ar livre O BMW Jazz Festival vai oferecer ao público um show extra do virtuoso saxofonista Joshua Redman, na abertura do show de Sharon Jones & The Dap Kings, no Parque do Ibirapuera, dia 12 de junho. Com Karen Busic kbusic@brasileconomico.com.br

16 16 Brasil Econômico Quinta-feira, 26 de maio, 2011 INOVAÇÃO & SUSTENTABILIDADE SEXTA-FEIRA TECNOLOGIA SEGUNDA-FEIRA EDUCAÇÃO SP ganha frota de ônibus a etanol Cidade é a segunda do mundo a ter veículos menos poluentes; objetivo é diminuir emissões e atender lei de mudanças climáticas Martha San Juan França mfranca@brasileconomico.com.br Os primeiros 50 ônibus movidos a etanol de São Paulo começam a circular em junho com a promessa de ajudar a melhorar o ar da cidade. Foi uma longa fase de testes, em que dois veículos cedidos pela fabricante Scania funcionaram em tráfego normal pelas ruas por três anos, demonstrando a viabilidade de sua utilização. Hoje, a frota, operada pela Viação Metropolitana, que deverá circular em linhas da zona sul da cidade, será apresentada oficialmente. Os ônibus ainda vão servir de vitrine dos esforços da cidade para reduzir as emissões de gases poluentes ao transportar os convidados do C-40 (Climate Leadership Group), o encontro dos prefeitos das metrópoles mais povoadas do mundo, entre 31demaioe2dejunho,emSão Paulo. A escolha da capital paulista para sediar o encontro se deveu principalmente aos programas de inspeção veicular e à lei municipal de mudanças climáticas, sancionada em O C-40 visa à troca de experiências dos prefeitos da Rede C-40, associação destinada a discutir o papel das municipalidades no combate às mudanças climáticas. Além de São Paulo, apenas Estocolmo, não por coincidência, sede da Scania, incorporou o etanol à sua frota de ônibus. A meta da capital sueca é, até 2012, utilizar combustíveis renováveis em 50% de seu transporte público. Os testes em São Paulo comprovaram o desempenho e a confiabilidade do combustível além de uma redução em relação ao diesel de 80% nas emissões de dióxido de carbono, 90% de materiais particulados, 62% de óxido de nitrogênio e ausência de enxofre. Brasil e Suécia Foram testes de demonstração porque nós já sabíamos que essa tecnologia funcionava e muito bem na Suécia, afirmou a pesquisadora Silvia Velazquez, do Projeto Best (Bio Ethanol Sustainable Transport), ação idealizada pela União Europeia, com supervisão no Brasil do Centro Nacional de Referência em Biomassa (Cenbio), que propôs a utilização dos ônibus a etanol no Brasil. Ela conta que só foi necessário conseguir o apoio da Scania, que fabrica os chassis, acredita em aumento de vendas para que a cidade possa cumprir meta de só usar combustíveis renováveis até 2018 prefeitura, do fabricante e da União da Indústria de Cana-de- Açúcar (Unica) para que a proposta se concretizasse. A Scania acredita tanto no projeto que decidiu produzir os chassis no Brasil. A expectativa é aumentar o número de vendas pois acreditamos que a alternativa do etanol é a única comercialmente disponível para atender a demanda que a própria prefeitura estabeleceu para São Paulo, diz Eduardo Monteiro, responsável por vendas de ônibus urbanos da empresa, referindo-se à meta de utilização de 100% de combustíveis renováveis para o transporte coletivo na cidade até A proposta é expandir o uso, confirma Márcio Schettino, assessor ambiental da Secretaria Municipal de Transportes. Os ônibus são abastecidos de etanol com 5% de aditivo promovedor de ignição. O combustível será fornecido pela Raízen (Shell-Cosan) mediante um contrato com a prefeitura que garante o fornecimento por 70% do preço do diesel. A prefeitura deve garantir recursos para o programa com as multas aplicadas àqueles que não tiverem feito a inspeção veicular. Teremos a compensação na diminuição dos gastos com saúde pública causados pela poluição, afirma Schettino. O plano, segundo Niège Chaves, presidente da Viação Metropolitana, é garantir o equilíbrio do preço para que a renovação da frota seja toda feita com veículos abastecidos a etanol. META PAULISTANA Diesel é obstáculo para a redução de gases do efeito estufa A Lei no de 2009, que institui a Política de Mudanças Climáticas no Município de São Paulo estabelece uma meta de redução de 30% das emissões de gases do efeito estufa para 2012 em relação ao patamar expresso no inventário de Boa parte deve advir da redução de gases gerados pelos 6,55 milhões de veículos em circulação, principalmente do diesel, que mais libera partículas tóxicas. Um estudo da Faculdade de Medicina da USP sobre o impacto da fiscalização realizada em 2010 nos veículos movidos a diesel, e apresentado na semana passada, mostrou que houve uma redução de 7% na quantidade de material particulado no ar, equivalente à retirada de circulação de quase 20 mil caminhões. Essa melhoria ambiental, segundo o estudo, evitou 250 mortes e 298 internações, o que significou uma economia de US$ 34 milhões. OUTRAS OPÇÕES EM ESTUDO Encomendado pela Eletrobrás para atender a Copa e as Olimpíadas, a Itaipu Binacional desenvolve, com a participação de diversos parceiros, o primeiro ônibus elétrico híbrido plug-in, com motor a combustão movido a etanol, no Brasil. Um protótipo foi apresentado no ano passado durante a Reunião de Cúpula do Mercosul. A ideia é que ele seja usado em corredores de ônibus. Caio Coronel/Itaipu Binacional

17 Quinta-feira, 26 de maio, 2011 Brasil Econômico 17 TERÇA-FEIRA EMPREENDEDORISMO QUARTA-FEIRA GESTÃO Fotos: divulgação Liège Chaves, presidente da Viação Metropolitana: empresa será a primeira a operar com ônibus a etanol em linhas da zona sul de São Paulo LUCIANO MARTINS COSTA Jornalista e escritor, consultor em estratégia e sustentabilidade É bom, cheira bem, não faz ruído; mas não é suficiente A notícia é auspiciosa, mas surpreende pelo atraso: desde pelo menos 2006 se tem notícia dos grandes investimentos na produção brasileira do álcool combustível que todos chamam de etanol, por conta das facilidades linguísticas que a palavra oferece nas negociações internacionais. Há dez anos, quem passeia por Estocolmo, na Suécia, pode sentir o cheirinho adocicado do vapor que sai dos ônibus movidos a esse combustível de origem vegetal e renovável, cujos motores produzem baixa quantidade de gases do efeito estufa e deixam no ar um ruído muito menos desagradável do que nossos coletivos movidos a diesel. A pergunta que não sossega é: por que tanto tempo assim para colocar em circulação as primeiras unidades desses veículos, e qual a razão da demora em transformar o sistema em padrão nas frotas das grandes cidades brasileiras? Talvez a resposta esteja muito distante dos laboratórios e dos campos de experimentação de motores. Provavelmente, a razão é a mesma que produziu um atraso de pelo menos vinte anos na adoção do diesel de melhor qualidade. Em 1993, todo o diesel consumido nos Estados Unidos apresentava emissões de enxofre iguais ou inferiores a 50 partes por milhão. Esse índice foi alcançado na Europa dois anos depois, enquanto o Brasil ainda convive com combustível que emite 2 mil ppm, (a quantidade de miligramas de enxofre emitido por quilo de combustível), embora esteja disponível o diesel e+10, mais limpo, desde o final de Os debates levaram a uma crise que tinha a Petrobras como ponto Não se trata apenas de modernizar o sistema de propulsão. É preciso romper o círculo histórico que construiu a prioridade para o transporte individual central, entre 2008 e 2009, e que acabou por fazer a empresa ser excluída do Índice de Sustentabilidade Empresarial da Bovespa. Desde então, um termo de conduta foi ajustado entre a petroleira, os órgãos de defesa ambiental e outros protagonistas, como a indústria automobilística. Essa ainda é uma solução paliativa, pois o problema vai muito além da substância que é queimada no interior dos motores. Passa pela dificuldade de romper acertos econômicos e políticos entre jogadores poderosos. A própria escolha dos ônibus como eixo central dos sistemas de transportes é parte desse acerto, origem das dificuldades que rapidamente evoluem para a impossibilidade de transformar o modelo de transporte coletivo, por exemplo, com a implantação de grandes redes de metrô ou dos veículos leves movidos a eletricidade. O desafio se torna ainda mais complexo com a crescente deterioração das cidades, vítimas da falta de planejamento, acumulando grandes parcelas da população em bairrosdormitórios distantes dos lugares onde há oportunidades de renda. As carências são imensas, e mesmo assim é preciso celebrar a chegada do etanol como uma grande conquista. Nesse trajeto, pode-se imaginar os ônibus movidos a sistemas híbridos, cujos motores evoluem rapidamente nos centros de pesquisa. Mas não se pode perder de vista que não se trata apenas de modernizar o sistema de propulsão. É preciso romper o círculo histórico que construiu a prioridade para o transporte individual e encarar definitivamente a tarefa de colocar o transporte coletivo como parte de estratégias sustentáveis para nossas cidades. DECLARAÇÃO À PRAÇA Andrade e Lai Sociedade de Advogados, Rua Caramuru, 417 cj 82, Saúde, São Paulo - SP, CNPJ / Comunica o extravio de folhas de Cheques do banco Bradesco de nº a Diante da facilidade de obtenção do gás na Petrobras, o governo do Rio optou por investir em um ônibus flex, movido a gás e diesel, que começa a ser testado com apoio da Coppe da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O ônibus abastecido com 70% de gás natural veicular e 30% de diesel, deve emitir 20% menos dióxido de carbono que os convencionais. TERMINAIS PORTUÁRIOS DA PONTA DO FÉLIX S.A. CNPJ Nº / NIRE nº ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA EDITAL DE CONVOCAÇÃO Ficam convidados os Senhores Acionistas da TERMINAIS PORTUÁRIOS DA PONTA DO FÉLIX S.A. ( Companhia ) a se reunir em Assembleia Geral Extraordinária, a ser realizada no dia 10 de junho de 2011, às 16:00 horas, na sede social da Companhia, situada na Rua Engenheiro Luiz sobre a seguinte ordem do dia: a) Analisar pedidos de renúncia às suas funções, de membros dos Conselhos de Administração e Fiscal; b) Apreciar proposta de destituição de membros dos Conselho de Administração e Fiscal. c) Eleger e dar posse aos novos membros do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal, em substituição aos referidos nos itens a e b supra; d) Outros assuntos do interesse da Companhia. Antonina (PR), 16 de maio de 2011.Valdécio Antônio Bombonatto - Presidente do Conselho de Administração.

18 18 Brasil Econômico Quinta-feira, 26 de maio, 2011 EMPRESAS Editora: Rita Karam Subeditoras: Estela Silva Isabelle Moreira Lima Mendonça de Barros traz caminhão chinês ao Brasil Ex-ministro importará da montadora Foton e planeja abrir linha de montagem no país Ana Paula Machado amachado@brasileconomico.com.br Após anos à frente de uma consultoria econômica, a Quest Investimentos, Luiz Carlos Mendonça de Barros está em uma nova empreitada. Alçado a posição de destaque na cena política e econômica do país quando foi um dos responsáveis pelo fomento à indústria nacional, no período que ocupou a cadeira da presidência no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e no Ministério das Comunicações durante o governo Fernando Henrique Cardoso, Mendonça de Barros é o responsável pela entrada no Brasil de uma marca de caminhões chineses, a Foton Aumark. O lançamento da nova empresa será feito em outubro deste ano durante o Salão Internacional do Transporte, em São Paulo, mas o empresário já traçou o plano de negócios para abocanhar uma fatia significativa de um dos mercados que mais cresce dentro do segmento de caminhões, o de veículos até de 3 a 9 toneladas, os chamados leves e semileves. Vamos trazer primeiro caminhões urbanos, aqueles ideais para entregas dentro das cidades e que não entram dentro de rodízios municipais. Depois, o plano é partir para os veículos mais pesados, diz Mendonça de Barros. No primeiro ano de vendas, a Foton Aumark do Brasil espera vender 6 mil caminhões. Para apresentar os veículos algumas unidades já estão em fase de testes com potenciais clientes. A Foton é a maior montadora de caminhões da China. São caminhões que tem os mesmos fornecedores que as marcas que atuam aqui há mais tempo. Então, acredito que não será difícil convencer o cliente brasileiro de que é um caminhão bom, ressalta. Mas, para ter sucesso nessa empreitada, não é somente a qualidade do caminhão que conta. Segundo o consultor automotivo, Ronaldo Rondinelli, a rede de distribuição e o pósvenda são questões importantes para o estabelecimento dos novos concorrentes no mercado brasileiro. Quem está há mais Estamos confiantes no sucesso da marca e já programamos construir uma fábrica no país até 2015 Luiz Carlos Mendonça de Barros tempo no Brasil leva uma certa vantagem em relação à distribuição. As novas empresas que terão mais sucesso serão aquelas que tiverem uma rede bem estruturada, diz Rondinelli. Concessionárias A Foton já traçou o seu plano de abertura de concessionárias da marca no Brasil. Neste ano serão instaladas seis revendas em São Paulo. Entre 2012 e 2015, 20 novos pontos de vendas serão abertos por ano. Sabemos que temos que ter uma rede estruturada para conseguirmos ganhar mercado no Brasil. Vamos concorrer com empresas de peso, como Mercedes-Benz, Hyundai e Man, por isso temos que nos resguardar, afirma Mendonça de Barros. As primeiras lojas Foton serão abertas com recursos próprios. Depois faremos uma concorrência para definir os representantes da marca no Brasil. Além disso, teremos garantias e um pós-venda eficiente, pois, essa éamarcada Foton na China. Eles são bem rígidos na abertura de lojas, afirma o empresário. Outro problema que a Foton tem que resolver é a questão do financiamento. No Brasil, a compra de caminhões é, em sua maioria, realizada por meio de uma linha de crédito do BNDES, que tem como premissa o índice de nacionalização de peças de 60%. Teremos um sistema de leasing e financiamentos por meio de fundos de recebíveis. Já estamos em negociação com dois bancos para realizar essas operações, enquanto não atingimos o teto do Finame, diz. Mendonça de Barros informa que até 2015 a Foton Aumark fincará as estacas em solo brasileiro. Os planos são de uma fábrica no Brasil. Estamos confiantes no sucesso da marca no país, pois, é um produto que o mercado quer, afirma o empresário. O mercado consumidor é crescente. Segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), até abril foram comercializados cerca de 68 mil caminhões leves e semileves no país. No mesmo período de 2010, foram vendidos cerca de 55 mil unidades. Líder MONTADORA É A MAIOR FABRICANTE DA CHINA A Foton Motors China produziu no ano passado cerca de 700 mil unidades na China. É hoje a principal montadora de caminhões daquele país com um faturamento de US$ 26 bilhões em A marca emprega 80 mil pessoas em 11 fábricas espalhadas pelo país da Grande Muralha. Desde 1996 até o ano passado, a Foton vendeu mais de 3 milhões de veículos na China. Eles se interessaram pelo mercado brasileiro e há três anos estamos negociando a entrada no Brasil. Os executivos da Foton nos procuraram e o acordo foi selado em março, diz Luiz Carlos Mendonça de Barros, presidente da Foton Aumark Brasil. Eles queriam entender o mercado. Na China não há grandes frotistas, os caminhoneiros são, geralmente os donos do caminhão. A.P.M. Man já Montadora alemã desenvolveu um veículo especialmente para as operações militares A Man Latin America está aumentando a presença no Exército Brasileiro. A montadora que desde 2007 vende caminhões adaptados para o órgão é hoje a segunda marca na frota militar. Este ano, serão entregues 330 veículos e com isso totalizarão 600 caminhões Man no Exército. O presidente da montadora, Roberto Cortes, explicou que o caminhão que hoje roda na parte terrestre das forças armadas

19 Quinta-feira, 26 de maio, 2011 Brasil Econômico 19 Henrique Manreza Petrobras precisa triplicar número de plataformas A avaliação foi feita ontem pelo presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, para que a estatal consiga dobrar a produção de gás e petróleo em O Brasil deve se tornar o terceiro maior produtor mundial de petróleo novo nos próximos anos e o primeiro entre países fora da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Vamos ter um grande desafio para adicionar capacidade, disse Gabrielli, durante uma conferência. A capacidade precisa crescer. Edson Silva/Folhapress Luiz Carlos Mendonça de Barros, presidente da Foton no Brasil: seis revendas em 2011 e mais 20 por ano até 2015 tem 600 unidades na frota do Exército foi desenvolvido pela empresa em conjunto com o órgão para operações de transporte de tropas e equipamentos em terrenos de difícil acesso. O caminhão Woker foi homologado após alguns testes em campo. Agora, já somos a segunda frota na corporação, disse Cortes. Até 2007, o Exército só comprava caminhões Mercedes-Benz. O projeto do caminhão militarizado da Man incluiu um ano de testes em campos de provas militares em todo o Brasil. Um protótipo rodou 34 mil quilômetros nas bases das cidades Henrique Manreza Roberto Cortes Presidente da Man Latin America Com a homologação desse veículo, poderemos participar de concorrências em outros países. E já há interesse de órgãos latino-americanos por nosso caminhão. É um mercado promissor fluminenses do Rio de Janeiro (Restinga da Marambaia), Mangaratiba (Itacuruçá) e Duque de Caxias. O veículo também passou por Goiânia (GO), Cachoeira do Sul (RS) e por manobras no estado do Espírito Santo, atendendo aos Requisitos Operacionais Básicos (ROB) do Exército. A homologação incluiu testes de rodagem por terrenos arenosos, alagados e com lama, além de manobras de embarque aéreo e marítimo, transporte de pontes, uso de biodiesel em mistura B2 (2% de mistura ao diesel convencional) e até testes de balística, conferindo a resistência da cabine a estilhaçamentos. Este é um mercado que, segundo Cortes, poderá ser bem explorado junto às Forças Armadas. Isso porque o Exército está em processo de renovação de sua frota, o que poderá render negócios para a Man. Estamos prospectando essas vendas e acreditamos que poderemos aumentar o números de caminhões para o Exército. Além disso, com a homologação deste caminhão podemos entrar em concorrência em outros países, disse Cortes. Segundo ele, países da América Latina já se interessaram pelo projeto brasileiro. Empreitada da Iveco EnãoésóaManeaMercedesque têm veículos rodando nas Forças Armadas Brasileiras. A Iveco Latin America ganhou a concorrência para fornecer os novos veículos blindados de transporte de pessoas. Serão unidadeseocontratototaléder$6 bilhões e deverão ser entregues até Para dar conta da produção, a montadora italiana abriu uma nova linha de montagem em sua fábrica instalada em Sete Lagoas, Minas Gerais.

20 20 Brasil Econômico Quinta-feira, 26 de maio, 2011 EMPRESAS PETRÓLEO 1 Mitsubishi, Modec e Mitsui se juntam por plataforma da Petrobras A Mitsubishi, empresa de trading japonesa, acertou uma parceria com a Mitsui e com a Modec para construir uma embarcação de produção para a Petrobras, que será usada no desenvolvimento do campo de Guará. A embarcação de produção, armazenamento e distribuição deve ser entregue no primeiro trimestre de 2012, disse hoje a Mitsui em comunicado. A unidade deverá custar cerca de US$ 1,2 bilhão. Heidi Wideroe/Bloomberg PETRÓLEO 2 Statoil quer perfurar oito poços de exploração no país em 18 meses A Statoil quer aumentar a produção de petróleo no Brasil para 200 mil barris diários em 2020, disse ontem Kjetil Hove, presidente da unidade brasileira da companhia, em evento no Rio de Janeiro. A companhia vê um potencial significativo no campo Peregrino. A Petrobras anunciou ontem também que fez uma importante descoberta com a Statoil na Bacia do Espírito Santo, disse Guilherme Estrella, diretor de exploração. Novas usinas nucleares do país terão 70% de nacionalização Eletronuclear define entre R$ 150 e R$ 155 o preço do megawatt por hora das usinas que operarem após 2020 Divulgação Priscila Machado pmachado@brasileconomico.com.br A Eletronuclear avança nos estudos para a implementação das usinas nucleares previstas no Plano Nacional de Energia (PNE 2030). O preço da energia gerada pelas unidades que terão seu início comercial após 2020 será fixado entre R$ 150 o megawatt por hora (MW/h) e R$ 155 MW/h, de acordo com informações da própria Eletronuclear. Para o assistente da presidência da Eletrobras Eletronuclear, Leonam Guimarães, o valor é competitivo e consideravelmente maior que o previsto para Angra 3, de R$ 148 MW/h, com base em dezembro de No caso de Angra 1 e 2, o valor da tarifa pela energia produzida é de R$ 134 MW/h. Se estivesse em operação hoje, Angra 3 teria o preço de energia inferior aos dos projetos de biomassa, diz. Poucas semanas após o acidente da usina de Fukushima, no Japão, o representante na Eletronuclear avalia que o impacto em termos de custos para as novas usinas será mínimo tendo em vista que as medidas de mitigação de riscos já estão incluídas nos projetos. Além do preço, outro diferencial que as usinas terão é o índice de nacionalização, que deve chegar a 70%, superando os 54% previstos para Angra 3 e os 50% de Angra 2. Guimarães chama de índice de nacionalização a relação de investimentos feitos no país dividido pelos investimentos totais. Segundo o executivo, tratase de uma meta ambiciosa e será necessário um esforço na formação de uma cadeia de fornecedores. Tem que haver vantagem no processo de seleção para os fornecedores que decidirem trazer sua linha de produção para o país, diz. O ideal é que haja transferência de tecnologia. Entre as tecnologias disponíveis hoje no mercado Guimarães destaca as das companhias Westinghouse, controlado da Toshiba, a francesa Areva e a russa Rosatom. Guimarães chamou atenção ainda para a possibilidade de uma introdução da iniciativa privada na construção das no- Para a Eletronuclear, potencial de geração de energia hidrelétrica do país estará esgotado em 2020 vas centrais já que há alguns grupos interessados. Durante Conferência Internacional de Energia Nuclear, promovida pela Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), Guimarães defendeu a necessidade de aumentar a geração de energia no Brasil a partir de fonte nuclear para manter a expansão da oferta em um cenário em que, a partir de 2020, o potencial hidrelétrico do país estará em esgotamento. Ele destacou ainda que a entrada em operação de Angra 3, em 2015, não representará um aumento no percentual de energia nuclear na matriz brasileira, mas apenas irá manter a parcela nuclear na geração térmica. São Paulo Na definição sobre as próximas centrais nucleares, São Paulo está cada vez mais longe de ter sua usina. Hoje temos 40 áreas no país com potencial para receber as usinas, quando passarmos para a próxima fase de definição as opções em São Paulo devem ser suplantadas, afirma Guimarães. Dentro de alguns dias o Ministério de Minas e Energia (MME) irá publicar um atlas do potencial nuclear brasileiro, apontando as áreas de maior viabilidade para a instalação de usinas. Angra 3: se estivesse em operação hoje, teria o preço inferior a projetos de biomassa, diz a Eletronuclear PREÇO Em Angra 1 e 2, o valor para cada MW/H gerado é de R$134 NACIONALIZAÇÃO Nível de participação local de Angra 3 é de 54%

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