LEI MUNICIPAL Nº 2.979/2006, de 22 de agosto de 2006.

Transcrição

1 LEI MUNICIPAL Nº 2.979/2006, de 22 de agosto de AUTORIZA A CRIAÇÃO DE EMPREGOS PÚBLICOS MUNICIPAIS PELO REGIME DA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. ARMIN RUDY BLOS, Vice-Prefeito em exercício no cargo de Prefeito Municipal de Campo Bom, no uso de suas atribuições legais, tendo a Câmara Municipal de Vereadores aprovado, sanciona e promulga a seguinte: L E I: Art. 1º - O Poder Executivo Municipal, nos termos do parágrafo 4º do art. 198 da Constituição Federal, introduzido pela Emenda Constitucional nº 51, de , e a vista do disposto na Medida Provisória nº 297/2006, de , fica autorizado a criar os seguintes empregos públicos municipais, regrados pelo regime da Consolidação das Leis do Trabalho CLT: EMPREGO NÚMERO CONTRAPRESTAÇÃO MENSAL agente comunitário da saúde agente de combate a endemias JORNADA LABORAL SEMANAL 50 (cinqüenta) R$ 350,00 40 horas 3 (três) R$ 748,25 40 horas 1º - O detalhamento das atividades, e os demais requisitos necessários para o preenchimento dos empregos de que trata este diploma, constam do respectivo Anexo I. 2º - A contraprestação pecuniária estabelecida para os empregos públicos municipais de que trata esta Lei, será revista nas mesmas datas e pelos mesmos índices de correção que forem aplicados aos servidores integrantes do Quadro Funcional do Município, assegurado em qualquer caso, aos respectivos titulares, o salário mínimo nacional. Art. 2º - São igualmente garantidos aos titulares dos empregos públicos municipais instituídos na forma desta Lei, além do previsto na Consolidação das Leis do Trabalho CLT, a qual restam especificamente submetidos,, os seguintes direitos previstos no :artigo 7º da Constituição Federal:

2 I - seguro-desemprego, no caso do inciso III do art. 4º desta Lei; II - fundo de garantia do tempo de serviço; III - décimo terceiro salário com base na remuneração integral; IV - salário-família, nos termos da legislação federal pertinente; V - duração do trabalho normal não superior a quarenta e quatro horas semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo escrito; VI - gozo de férias anuais remuneradas com um terço a mais do que o salário normal; VII - licença-paternidade, nos termos fixados em lei federal; VIII contribuição previdenciária patronal e seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, na forma da legislação federal; IX - ação, quanto aos créditos resultantes da relação de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos, até o limite de dois anos após a extinção do contrato. Art. 3º - O recrutamento, para o preenchimento dos empregos de que trata este diploma dar-se-á através de processo seletivo público - de provas escritas, ou de provas escritas e de títulos -, que atenda aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, dentre os profissionais que preencham os requisitos estabelecidos nesta lei. Art. 4º - A rescisão unilateral, pelo Município, dos contratos de trabalho firmados na forma do estatuido neste diploma, que se transformarem em ajustes a prazo indeterminado, pelo decurso do período máximo de experiência de 90 (noventa) dias, nos termos do parágrafo único do art. 445 do diploma consolidado, poderá ser feita nos seguintes casos: I - prática de falta grave enumeradas no art. 482 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT; II - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas; III - necessidade de redução de quadro de pessoal, por excesso de despesa, nos termos da Lei Federal nº 9.801, de 14 de junho de 1999; IV - insuficiência de desempenho, apurada em procedimento no qual se assegurem pelo menos um recurso hierárquico dotado de efeito suspensivo, que será apreciado em trinta dias, e o prévio conhecimento dos padrões mínimos exigidos para a continuidade da relação de emprego, obrigatoriamente estabelecidos de acordo com as peculiaridades das atividades exercidas; V deixar o agente comunitário da saúde de residir na área da comunidade em que deve atuar e/ou fornecer declaração falsa de residência. Parágrafo Único. As áreas geográficas de atuação dos agentes comunitários da saúde, no território municipal de Campo Bom, serão definidas por decreto do Poder Executivo Municipal, observados os parâmetros estabelecidos pelo Ministério da Saúde.

3 Art. 5º - As despesas decorrentes desta Lei correrão à conta das dotações próprias e já previstas no orçamento. Art. 6º - No que se fizer necessário, o Poder Executivo regulamentará, por decreto, o disposto neste diploma. Art. 7º - Esta Lei entrará em vigor na data da respectiva publicação, ficando revogada a Lei Municipal nº 2.881/2005. Gabinete do Prefeito Municipal de Campo Bom, 22 de agosto de Registre-se e Publique-se Armin Rudy Blos, VICE-PREFEITO EM EXERCÍCIO NO CARGO DE PREFEITO MUNICIPAL. Dércio Valdeci Machaski, SECRETÁRIO DE ADMINISTRAÇÃO.

4 LEI MUNICIPAL Nº 2.979/2006 Anexo I Detalhamento de funções e respectivas atividades I - FUNÇÃO: AGENTE COMUNITÁRIO DA SAÚDE REGIME: Consolidação das Leis do Trabalho ESCOLARIDADE MÍNIMA: Ensino Fundamental Completo, acrescido de curso específico introdutório de formação inicial e continuada, concluido com regular aproveitamento. REQUISITO ESPECIAL: residência na área de atuação na comunidade, desde a data da publicação do edital do processo seletivo público. JORNADA LABORAL SEMANAL: 40 horas FORMA DE RECRUTAMENTO: processo seletivo público ATRIBUIÇÕES: exercer atividades de prevenção de doenças e promoção da saúde, mediante ações domiciliares ou comunitárias, individuais ou coletivas, desenvolvidas em conformidade com as diretrizes do Sistema Único de Saúde, sob a direção e supervisão da Secretaria Municipal de Saúde; desenvolver atividades de diagnóstico demográfico e sociocultural da comunidade, promover ações de educação para a saúde individual e coletiva; promover o registro, para fins de controle e planejamento das ações de saúde, de nascimentos, óbitos, doenças e outros agravos à saúde; estimular a participação da comunidade nas políticas públicas voltadas para a área da saúde; realizar visitas domiciliares periódicas para monitoramento de situações de risco à família; participar de ações que fortaleçam os elos entre o setor saúde e outras políticas que promovam a qualidade de vida; demais atividades pertinentes. II - I - FUNÇÃO: AGENTE DE COMBATE A ENDEMIAS REGIME: Consolidação das Leis do Trabalho ESCOLARIDADE MÍNIMA: Ensino Fundamental Completo, acrescido de curso específico introdutório de formação inicial e continuada, concluído com regular aproveitamento. JORNADA LABORAL SEMANAL: 40 horas FORMA DE RECRUTAMENTO: processo seletivo público ATRIBUIÇÕES: desenvolver atividades de vigilância, prevenção e controle de doenças e promoção da saúde, em conformidade com as diretrizes do Sistema Único de Saúde, sob a direção e supervisão da Secretaria Municipal de Saúde; realizar ações diretas e indiretas, individuais ou coletivas, de planejamento e educação; promover o registro de endemias na região, para fins de controle e planejamento das ações de saúde; promover a participação da comunidade nas políticas públicas voltadas para o combate a endemias; monitorar as situações de risco; participar de ações que promovam a prevenção e o combate de endemias, e que objetivem a melhoria da qualidade de vida da população; demais atividades pertinentes.

5 LEI MUNICIPAL Nº 2.979/2006 Anexo II - IMPACTO ORÇAMENTARIO-FINANCEIRO: AGENTE COMUNITÁRIO DA SAÚDE ESTIMATIVA MÍNIMA CRÉDITOS DO EMPREGADO VALOR salário mensal R$ 350,00 adicional de insalubridade (º médio) R$ 70,00 1/12 de 13º salário R$ 29,17 1/12 de férias com acres. constitucional R$ 38,90 SUB-TOTAL R$ 488,07 ENCARGOS PATRONAIS % VALOR Contribuição previdenciária 20,00 R$ 97,62 Seguro Acidentes do Trabalho 1,00 R$ 4,88 Salário.Educação 2,50 R$ 12,21 INCRA/SENAI/SESI/SEBRAE 3,30 R$ 16,11 FGTS (a partir de ) 8,50 R$ 41,49 PIS 1,00 R$ 4,88 SUB-TOTAL 36,30 R$ 177,19 TOTAL GERAL R$ 665,25 ACRÉSCIMO MENSAL NA DESPESA ATUAL, presente que mantidos até então contrato temporários que previam o pagamento das parcelas relacionadas, com exceção do FGTS e PIS R$ 2.318,50 (R$ 41,49 + R$ 4,88 x 50 empregados) ACRÉSCIMO ANUAL R$ ,00 AGENTE DE COMBATE À ENDEMIAS ESTIMATIVA MÍNIMA CRÉDITOS DO EMPREGADO VALOR salário mensal R$ 748,25 adicional de insalubridade (º médio) R$ 70,00 1/12 de 13º salário R$ 62,36 1/12 de férias com acres. constitucional R$ 83,15 SUB-TOTAL R$ 963,76 ENCARGOS PATRONAIS % VALOR Contribuição previdenciária 20,00 R$ 192,76 Seguro Acidentes do Trabalho 1,00 R$ 9.64 Salário.Educação 2,50 R$ 24,10 INCRA/SENAI/SESI/SEBRAE 3,30 R$ 31,81 FGTS (a partir de ) 8,50 R$ 81,92 PIS 1,00 R$ 9.64 TOTAL 36,30 R$ 349,87 ACRÉSCIMO MENSAL NA DESPESA ATUAL R$ 3.940,89 (R$ 963,76 + R$ 349,87 x 3 empregados) ACRÉSCIMO ANUAL R$ ,68 TOTAL DO ACRÉSCIMO ANUAL COMPUTADOS OS DOIS CARGOS R$ ,68

6 Considerando o levantamento em pauta, temos que o acréscimo mensal estimado, a ocorrer sobre a folha de pagamentos do Município, em razão da criação de dois empregos públicos municipais, totalizando 53 vagas, é de R$ 6.259,39, já computado os encargos sociais incidentes, o que implica em um dispêndio anual estimado de R$ ,68. Veja-se, consoante já salientado no demonstrativo em foco, que como mantidos até então contratos temporários com 50 agentes comunitários da saúde - contratos estes que previam o pagamento da quase totalidade das parcelas que serão necessárias creditar aos novo empregados o aumento da despesa relativamente aos mesmos, centrase nos recolhimentos relativos ao FGTS e ao PIS. Já decorridos quase que 8 meses do exercício em curso, teremos, no mesmo, quando muito, um impacto orçamentário-financeiro igual a R$ ,56 ( R$ 6.259,39 mensais nos meses de setembro, outubro, novembro e dezembro de 2006). E, considerada uma correção média anual dos vencimentos e salários, não superior a 10%, uma estimativa do impacto orçamentário-financeiro no próximo exercício ( 2007 ), de, no máximo, R$ ,96 (R$ 6.259, % = R$ 6.885,33 mensais x 12 meses). No exercício de 2008, a estimativa do impacto orçamentáriofinanceiro, considerada a mesma correção média anual dos vencimentos, não superior a 10%, será de, no máximo, R$ ,44 ( R$ 6.885, % = R$ 7.573,87 mensais x 12 meses ). Campo Bom, 22 de agosto de CÉLIA FROEHLICH, Secretária de Finanças.

7 LEI MUNICIPAL Nº 2.979/2006 Anexo III DECLARAÇÃO DE ADEQUAÇÃO ORÇAMENTARIO- FINANCEIRO: DECLARAÇÃO Na qualidade de ordenador da despesa, declaro para os devidos fins, especialmente os constantes da Lei Municipal de Diretrizes Orçamentárias para 2.005, e da Lei Complementar n 101/2000, que a reestruturação e criação de cargos, e aumento de determinados vencimentos, objeto do projeto de lei em foco, assim como o aumento da despesa da mesma decorrente na forma do impacto orçamentáriofinanceiro anexo -, tem adequação orçamentário-financeira com a lei orçamentária anual, e compatibilidade com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias, e não extrapola o limite legal de comprometimento para as despesas com pessoal, de que trata a Lei de Responsabilidade Fiscal. Campo Bom, 22 de agosto de Armin Rudy Blos, VICE-PREFEITO EM EXERCÍCIO NO CARGO DE PREFEITO MUNICIPAL.