Serviços Farmacêuticos no CAPS. Centros de Atenção Psicossocial
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- Jerónimo Balsemão Brandt
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1 Serviços Farmacêuticos no CAPS Centros de Atenção Psicossocial
2 Saúde Mental A Organização Mundial de Saúde afirma que nãoexiste definição "oficial" de saúde mental. Diferenças culturais, julgamentos subjetivos, e teorias relacionadas concorrentes afetam o modo como a "saúde mental" édefinida. Saúde mental éum termo usado para descrever o nível de qualidade de vida cognitiva ou emocional.
3 Saúde Mental A saúde Mental pode incluir a capacidadede um indivíduo de apreciar a vida e procurar um equilíbrioentre as atividades e os esforços para atingir a resiliência psicológica. Admite-se, entretanto, que o conceito de Saúde Mental émais amplo que a ausência de transtornos mentais.
4 A Reforma Psiquiátrica A Reforma Psiquiátrica e A Luta Antimanicomial Ambos estão ligados àexperiência de desinstitucionalização da Psiquiatria principalmente na Itália, França e Inglaterra por voltanos anos60.
5 Reforma Psiquiátrica Como processo decorrente destes movimentos, temos areforma Psiquiátrica brasileria, definida pela Lei de 2001 (Lei Paulo Delgado) como diretriz de reformulação do modelo de Atenção àsaúde Mental, transferido o foco do tratamento que se concentrava na instituiçãohospitalar, para uma Rede de Atenção Psicossocial, estruturada em unidades de serviços comunitários e abertos.
6 Quando surgem os CAPS? Primeiro Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) do Brasil foi inaugurado em março de 1986, na cidade de São Paulo: Centro de Atenção Psicossocial Professor Luiz da Rocha Cerqueira, conhecido como CAPS da Rua Itapeva.
7 CAPS Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) éum serviço de saúde aberto e comunitário do Sistema Único de Saúde (SUS). Ele éum lugar de referência e tratamento para pessoas que sofrem com transtornos mentais, psicoses, neuroses graves e demais quadros, cuja severidade e/ou persistência justifiquem sua permanência num dispositivo de cuidado intensivo, comunitário, personalizado e promotor de vida.
8 CAPS prestar atendimento em regime de atenção diária; gerenciar os projetos terapêuticos oferecendo cuidado clínico eficiente e personalizado; promover a inserção social dos usuários através de ações intersetoriais que envolvam educação, trabalho, esporte, cultura e lazer, montando estratégias conjuntas de enfrentamento dos problemas.
9 CAPS dar suporte e supervisionar a atenção àsaúde mental na rede básica, PSF (Programa de Saúde da Família), PACS (Programa de Agentes Comunitários de Saúde); regulara porta de entrada da rede de assistência em saúde mental de sua área. Os CAPS também têm a responsabilidade de organizar a rede de serviços de saúde mental de seu território;
10 CAPS coordenar junto com o gestor local as atividades de supervisãode unidades hospitalares psiquiátricas que atuem no seu território; manter atualizada a listagemdos pacientes de sua região que utilizam medicamentos para a saúde mental.
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12 CAPS Os CAPS são diferentes: a) Quanto ao tamanho do equipamento, estrutura física, profissionais e diversidade nas atividades terapêuticas. b) Quanto àespecificidade da demanda, isto é, para crianças e adolescentes, usuários de álcool e outras drogas ou para transtornos psicóticos e neuróticos graves.
13 CAPS CAPS I e CAPS II: atendimento diário de adultos, em sua população de abrangência, com transtornos mentais severos e persistentes. CAPS III: são CAPS para atendimento diário e noturno de adultos, durante sete dias da semana, atendendo àpopulação de referência com transtornos mentais severos e persistentes.
14 CAPS CAPSi: CAPS para infância e adolescência, para atendimento diário a crianças e adolescentes com transtornos mentais. CAPSad: CAPS para usuários de álcool e drogas, para atendimento diário àpopulação com transtornos decorrentes do uso e dependência de substâncias psicoativas, como álcool e outras drogas. Esse tipo de CAPS possui leitos de repouso com a finalidade exclusiva de tratamento de desintoxicação.
15 CAPS II A assistência prestada ao paciente no CAPS II inclui as seguintes atividades: atendimento individual (medicamentoso, psicoterápico, de orientação, entre outros); atendimento em grupos (psicoterapia, grupo operativo, atividades de suporte social, entre outros); atendimento em oficinas terapêuticas executadas por profissional de nível superior ou nível médio;
16 atendimento à família; CAPS II atividades comunitárias enfocando a integração do doente mental na comunidade e sua inserção familiar e social; os pacientes assistidos em um turno (quatro horas) receberão uma refeição diária: os assistidos em dois turnos (oito horas) receberão duas refeições diária visitas domiciliares;
17 1 médico psiquiatra CAPS II 1 enfermeiro com formação em saúde mental 4 profissionais de nível superior de outras categorias profissionais: psicólogo, assistente social, terapeuta ocupacional, pedagogo, professor de educação física ou outro profissional necessário ao projeto terapêutico 6 profissionais de nível médio: técnico e/ou auxiliar de enfermagem, técnico administrativo, técnico educacional e artesão
18 Distribuição de Medicamentos A necessidade de medicação de cada usuário do CAPS deve ser avaliada constantemente com os profissionais do serviço. Os CAPS podem organizar a rotina de distribuição de medicamentos e/ou assessorarusuários e familiares quanto àsua aquisição e administração, observando-se o uso diferenciado e de acordo com o diagnóstico e com o projeto terapêutico de cada um.
19 Distribuição de Medicamentos Os CAPS poderão também ser uma central de regulação e distribuição de medicamentos em saúde mental na sua região. Isso quer dizer que os CAPS podem ser unidades de referência para dispensação de medicamentos básicos, alto custo e excepcionais, conforme decisão da equipe gestora local.
20 Distribuição de Medicamentos Os CAPS poderão dar cobertura às receitas prescritas por médicos das equipes de Saúde da Família e da rede de atenção ambulatorial da sua área de abrangência e, ainda, em casos muito específicos, àqueles pacientes internados em hospitais da região que necessitem manter o uso de medicamentos excepcionais no seu tratamento.
21 Distribuição de Medicamentos Caberátambém, a esses serviços e àequipe gestora, um especial empenho na capacitação e supervisão das equipes de saúde da família para o acompanhamento do uso de medicamentos e para a realização de prescrições adequadas, tendo em vista o uso racional dos medicamentos na rede básica.
22 Distribuição de Medicamentos O credenciamento dos CAPS na rede de dispensação de medicamentos não é automático e deveráestar sujeito às normas locais da vigilância sanitária, da saúde mental e da assistência farmacêutica, esperando-se que o princípio de fazer chegar os medicamentos às pessoas que precisam deva prevalecer, em detrimento de normas ideais dissociadas da realidade concreta.
23 Legislação Lei Federal 5.991/73, que dispõe sobre o controle sanitário do comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos;
24 Legislação Lei nº8.080, de 19 de setembro de 1990 Lei orgânica da Saúde que dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Port. SVS-MS 344/98, que aprova o Regulamento Técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial;
25 Legislação Portaria GM Nº3.916, 30 Outubro 1998 Política Nacional de Medicamentos Adoção de relação de medicamentos essenciais(rename) Regulamentação sanitária de medicamentos Reorientação da assistência farmacêutica Promoção do uso racional de medicamentos Desenvolvimento científico e tecnológico Promoção da produção de medicamentos
26 Legislação Portaria GM Nº3.916, 30 Outubro 1998 Política Nacional de Medicamentos Garantia da segurança, eficácia e qualidade dos medicamentos Desenvolvimento e capacitação de recursos humanos.
27 Legislação Portaria nº2.693-sms.g de São Paulo, de 12 de Dezembro de Normatiza a prescrição e dispensação de medicamentos no âmbito das unidades pertencentes ao Sistema Único de Saúde sob gestão municipal. Portaria SMS.G Nº2.748/02, que institui a Comissão Farmacoterapêutica da SMS (CFT- SMS) e estabelece a Relação Municipal de Medicamentos Essenciais (REMUME-São Paulo)
28 Legislação Resolução 338 de 06 de Maio de 2004 que estabeleceu a Política Nacional de Assistência Farmacêutica (PNAF), que define Assistência Farmacêutica como um conjunto de ações voltadas àpromoção, proteção e recuperação da saúde, tanto individuais como coletivo, tendo o medicamento como insumo essencial e visando o acesso e ao seu uso racional.
29 RENAME RENAME Relação Nacional de Medicamentos Essenciais -lista de medicamentos essenciais, aqueles produtos considerados básicos e indispensáveis para atender a maioria dos problemas de saúde da população. Deveráser a base para a organização das listas estaduais e municipais, favoreceráo processo de descentralização da gestão.
30 REMUME REMUME Relação Municipal de Medicamentos Essenciais -lista de medicamentos essenciais, aqueles produtos considerados básicos e indispensáveis para atender a maioria dos problemas de saúde da população. A Comissão Farmacoterapêutica (CFT) da SMS é responsável, principalmente, pela seleção dos medicamentos que compõem a Relação Municipal de Medicamentos Essenciais (Remume) e pela elaboração de diretrizes terapêuticas.
31 Dispensasão
32 Paciente Intensivo Semi-intensivo Não-Intensivo Externo Prescrição Interna (2 vias) 2º via 1º via Dispensação p/ Enfermagem Farmacêutico Receita Branca (2 vias) ou Notificação de receita (A, B,) Enfermage m Ass. Farmacêutica Dispensação Paciente GSS Arquivo Farmacêutico Ass. Dispensação Farmacêutica Paciente Receitas e Notificações GSS Arquivo
33 GSS GSS ou Gestão de Sistemas em Saúde, éum sistema que tem por objetivo fazer o Controle de Estoques de Materiais das unidades básicas de saúde de forma informatizada.
34 GSS
35 GSS
36 GSS Saída de Materiais
37 GSS
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39 GSS
40 Farmacêutico de CAPS Manter articulação/integração com as áreas envolvidas na Assistência Farmacêutica da STS/CRS. Proporcionar suporte técnico para outras Unidades de Saúde; Assessorar os profissionais da unidade de saúde nas questões relacionadas à Assistência Farmacêutica;
41 Farmacêutico de CAPS Interagir sistematicamente com os profissionais da unidade de saúde, articulando a integração das ações da assistência farmacêutica junto àequipe multiprofissional das unidades; Auxiliar nas ações de educação em saúde realizando atividades educativas em conjunto com os demais profissionais de saúde;
42 Farmacêutico de CAPS Fornecer orientações técnicas sobre medicamentos para os profissionais de saúde, apoiadas pelo Centro de Informações sobre Medicamentos da ATAF-SMS.G, quando necessário; Assessorar a equipe de saúde nas questões referentes ao uso antissépticos, esterilizantes, saneantes, detergentes e similares;
43 Farmacêutico de CAPS Realizar e avaliar a capacitação técnica contínua da equipe de farmácia; Capacitar a equipe de farmácia quanto às orientações sobre a utilização de medicamentos; Manter a equipe de farmácia atualizada quanto às normas e legislação pertinente;
44 Farmacêutico de CAPS Promover o uso racional dos medicamentos através de ações educativas para prescritores, gestores, equipe multiprofissional e usuários, em nível individual e coletivo; Participar, em todos os níveis, do processo de organização, estruturação, reestruturação e funcionamento da Farmácia;
45 Farmacêutico de CAPS Supervisionar todas as atividades desenvolvidas pela equipe de profissionais sob sua responsabilidade (técnicos de farmácia, auxiliares administrativos, etc.); Divulgar e incentivar a Notificação de ocorrências referentes a Problemas Relacionados a Medicamentos (Reações Adversas, Queixas Técnicas); e encaminhálas para as instâncias competentes.
46 Farmacêutico de CAPS Coletar e registrar ocorrências de reações adversas e efeitos colaterais relativos ao uso de medicamento, através de formulário próprio; Atentar para os alertas dos Problemas Relacionados a Medicamentos e da Vigilância Sanitária, pertinentes aos medicamentos da rede. Tomar as providências cabíveis;
47 Farmacêutico de CAPS Providenciar rápidaintervençãoerecolhimentodos medicamentos interditados; Atender e supervisionar o cumprimento das normas vigentes para o descarte de medicamentos com prazo de validade expirado;
48 Farmacêutico de CAPS Cumprir e supervisionar o cumprimento das exigências legais da vigilância sanitária no que diz respeito aos medicamentos; Cumprir e supervisionar o cumprimento da Portaria SVS/MS nº344/98;
49 Farmacêutico de CAPS Atender e supervisionar o cumprimento das Boas Práticas de Recebimento e de Armazenamento de Medicamentos de modo a manter a qualidade e eficácia dos mesmos; Realizar e supervisionar o controle de temperatura para os medicamentos termolábeis;
50 Farmacêutico de CAPS Atender e supervisionar o cumprimento das Boas Práticas de Dispensação; Conhecer e divulgar a Portaria SMS.G nº1.535/06 (Anexo 2) que normatiza a prescrição e dispensação de medicamentos no âmbito das unidades pertencentes ao Sistema Único de Saúde sob gestão municipal
51 Farmacêutico de CAPS Conhecer, divulgar e supervisionar o fluxo para os MMC (medicamentos da média complexidade); Atender e supervisionar o cumprimento das normas de dispensação de medicamentos essenciais, medicamentos da média complexidade (MMC) e estratégicos;
52 Farmacêutico de CAPS Conhecer, divulgar e acompanhar o fluxo das solicitações extra-remume (Portaria SMS-G nº71/2004 anexo 1); Analisar a solicitação de medicamentos extra-remume gerada na unidade e avaliar o cumprimento das exigências para estes casos. Encaminhar para a STS somente as solicitações completas e pertinentes, devidamente embasadas pelo prescritor.
53 Farmacêutico de CAPS Verificar a prescrição, considerando entre outros: se o prescritor está legalmente habilitado para fazer a prescrição, se a receita estápreenchida de acordo com as normas legais vigentes e se hárisco de interações medicamentosas clinicamente significantes;
54 Farmacêutico de CAPS Participar de trabalho de prevenção ao uso de drogas, caso faça parte das atividades desenvolvidas no CAPS; Acompanhar o processo farmacoterapêutico do paciente (adesão, queixas com relação a efeitos colaterais) mantendo a equipe informada;
55 Farmacêutico de CAPS Identificar as necessidades do paciente em relação ao uso dos medicamentos e prover as informações necessárias; Orientar o usuário sobre os cuidados e guarda dos medicamentos, especialmente os termolábeis e aqueles sob controle especial (psicotrópicos e entorpecentes);
56 Farmacêutico de CAPS Desenvolver trabalho de orientação ao usuário com relação àimportância do tratamento farmacológico, como utilizar o medicamento, cuidados relativos aos efeitos colaterais mais comuns (ex: diminuição da salivação, tontura, sedação, alteração da coordenação motora, etc.;
57 Farmacêutico de CAPS Desenvolver procedimentos de entrega fracionada de medicamentos para pacientes com risco de suicídio ou abuso de medicamentos; Participar das reuniões de discussão de caso; Orientar os profissionais do CAPS nas questões relativas a medicamentos;
58 Farmacêutico de CAPS Utilizar o Sistema de Informatização municipal para dispensação e controle logístico de medicamentos de linha geral e psicofármacos; Acompanhar, supervisionar e encaminhar soluções pertinentes à logística de medicamentos da unidade de saúde para que seu abastecimento seja mantido em níveis adequados;
59 Farmacêutico de CAPS Acionar remanejamentos de medicamentos entre suas unidades supervisionadas, quando necessário e possível, respeitando as normas para controle de estoque informatizado, incluindo as necessidades emergenciais das unidades AMA;
60 Farmacêutico de CAPS Supervisionar o controle de estoques e a reposição de medicamentos;confrontar a solicitação eletrônica com os medicamentos entregues, tomando as providências cabíveis no caso de intercorrências; Providenciar para que as unidades de saúde atendam ao cronograma de pedidos de emergência e afins;
61 Obrigado! Tiago Moraes Coelho Dale Caiuby Responsável Técnico CAPS II M Boi Mirim tiagofarmaceutico@yahoo.com
62 Referências: Referencia: Saúde mental no SUS: os centros de atenção psicossocial / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção àsaúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Brasília: Ministério da Saúde, 2004.
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