A Política Nacional sobre Drogas e o Atendimento a Usuários de Drogas no Horto Medicinal da SEMAS de Goiânia-Go.
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- Camila Dias Marreiro
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1 A Política Nacional sobre Drogas e o Atendimento a Usuários de Drogas no Horto Medicinal da SEMAS de Goiânia-Go. Marlene Fátima Stach Alves* Roberto Alves Pereira ** RESUMO: O presente artigo faz uma breve reflexão e discussão sobre A Política Nacional sobre Drogas (PNAD) e o trabalho de assistência desenvolvido pela Prefeitura de Goiânia por meio da Unidade de atendimento ao menor usuário e dependente de drogas, da Secretaria Municipal de Assistência Social (SEMAS) denominada Horto Medicinal. No primeiro momento focaliza-se no histórico da unidade em dois eixos: sua história de criação com os seus objetivos preconizados por ocasião desse período e o momento atual com o potencial e desafios. No segundo momento o foco se dará em breve discussão da PNAD e sua aplicação na Unidade tema do artigo. Palavras-chave: Horto Medicinal, PNAD,Usuários de Drogas Introdução: Os primeiros registros do homem na terra nos informam que os povos de comunidades mais antigas já faziam o uso de drogas, com objetivos terapêuticos e religiosos. Como os indígenas. Uso esse não caracterizado como abusivo ou sem um forte controle social como nos dias atuais, principalmente nos ambientes altamente urbanizados e com contornos modernos e pós-modernos. (Pereira, 2009) O Uso de drogas abusivo de drogas lícitas e ilícitas especialmente por população formada por infantis e jovens é cada vez mais recorrente, em nossa sociedade moderna. Alguns levantamentos sobre o uso de drogas pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas CEBRID, onde foram inclusas as cidades de Goiânia e Aparecida de Goiânia no Estado de Goiás, confirmam a presente afirmação: O Iº Levantamento Domiciliar sobre o Uso de Drogas Psicotrópicas no Brasil, realizado em 2001, aponta Goiânia com e Aparecida de Goiânia com alguns dados dos entrevistados em 7 (sete) cidades da região Centro Oeste,c mostram que dos que
2 responderam os questionários 36% pertence À classe social C, 30% a classe D, 18% a classe B, 10% a classe E, 6% a classe A. Outro dado importante que o levantamento mostrou foi quanto a escolaridade dos entrevistados e que 53,8% não são alfabetizados ou tem ensino fundamental incompleto,15,4% tem ensino fundamental completo,29,2 ensino médio incompleto e 1,6% ensino médio completo.sobre o uso de drogas 18,9% já fizeram uso qualquer droga,5,0% maconha,4,6% solventes,1,4%cocaína,1,7% solventes,4,8%xaropes(codeína),4,2%opiáceos,0,8%merla,0,4%crack.,23,3álcool,.fora m entrevistados 671 pessoas.já em 2004 e com universo de entrevistados um novo levantamento do CEBRID,foi realizado com estudantes do ensino fundamental e médio de escola publicas de Goiânia aqui estão inclusas as escolas da Rede Municipal. 7,6% dos estudantes do sexo masculino e 2,9% do feminino declararam o uso de maconha, 1,9% masculino e 0,6% feminino, declara o uso de cocaína, o crack que em 2001 aprecia com 0,4% de uso, agora já deposta com 1,0% entre os do sexo masculino e 0,6% entre o feminino, os solventes pularam de 1,4% em 2001 entre meninos e meninas par 19,4% entre os meninos e 13,6% entre as meninas, o álcool agora aparece com 65,9% entre os meninos e 66,4% entre as meninas das escolas publicas, o tabaco fica com 65,9% entre os meninos e 66,4%entre as meninas, Um dado importante a ser ressaltado e as meninas aparecem usando bebidas alcoólicas em maior medida do os meninos. A metodologia da pesquisa permitiu a declaração do uso de mais de uma droga por entrevistado. Um outro levantamento realizado também pelo CEBRID em 2003, aprece dados sobre a população em rua de Goiânia, traz dados importantes essa discussão:a pesquisa foi realizada para traçar um perfil sociológico dessa população,para foram ouvidas 41 crianças e adolescentes,de faixa etária entre 9 a 18 anos.41% declaram morar com a família e apenas 175% não residem com a família,questionados dos motivos por estar na rua 24% declaram que buscavam diversão,liberdade,sustento para a família,29% relações familiares conflituosas,com a presença de agressões,14% mudança na estrutura familiar e 4,9% morte de um dos pais,com relação ao sustento 4,8% disseram que
3 acontecia por meio de venda de drogas.a metodologia permetia mais de uma resposta.quanto ao uso de drogas a merla aparece com cerca de 26,8% ao ano e 17,1% ao mês e o crack aparece com uso de 7,3% ao ano e 2,4% ao mês. Vários outros dados podem mapear a realidade do uso de drogas em Goiânia e Aparecida de Goiânia, municípios de onde originam a maioria da clientela do Horto Medicinal. Porém entende-se que os apresentados são suficientes para indicar parte da realidade fática do uso indevido de drogas em Goiânia por crianças e adolescentes. Passaremos a analisar os pontos norteadores, para o enfrentamento do problema, no que se refere ás políticas publicas de tratamento do uso e da dependência química, preconizados pela a Secretaria Nacional de Políticas sobre Droga (SENAD). Política Nacional sobre Drogas (PNAD) A SENAD publicou em 2005 a PNAD, que traz pressupostos, objetivos, orientações gerais, objetivos e diretrizes quanto a: prevenção, tratamento, recuperação, reinserção social estudos, pesquisa, avaliação, redução da oferta, redução de danos sociais e a saúde e processo de realinhamento da PNAD. Alguns pontos dos pressupostos, dos objetivos, do tratamento, recuperação, reinserção social e redução de danos sociais e á saúde serão destacados no presente artigo, devido a relevância dos mesmos para a política de atenção a dependência química desenvolvida na SEMAS por meio do Horto Medicinal. Destaca-se nos pressupostos: O direito de tratamento adequado a todos que enfrentam problemas por causa do uso indevido de drogas. O alerta para não se confundir ações de redução de danos como incentivo ao uso indevido de drogas.
4 A garantia, o incentivo e a articulação por meio do Conselho Nacional de Política sobre Drogas (CONAD) o desenvolvimento de políticas de educação, assistencial social, acesso à saúde e serviços de segurança publica em todas as áreas relacionadas ao uso de drogas. A garantia de implantação, efetivação, melhoria de programas e ações de tratamento e reinserção social, considerando os indicadores de qualidade de vida e o respeito dos princípios étnicos. A realização de pesquisas, o experimento e a implantação de novos programas, projetos pragmáticos, sem preconceitos e com fundamentação e resultados comprovados cientificamente. Destaques dos objetivos: Informação, formação, capacitação de pessoal de todos os segmentos sociais para atuação em programas sobre drogas, com fundamentação em conhecimentos científicos, validados e adaptados á realidade local. Drogas. Avaliar e acompanhar de forma sistemática os diferentes trabalhos terapêuticos e de vários modelos e promover os melhores resultados. Reduzir para indivíduos, a comunidade e a sociedade em geral, as conseqüências sociais e de saúde causadas pelo uso indevido de drogas. Realizar estudos para a inovação da metodologia e dos programas. Assegurar em todos os níveis de governos ou: federal, estadual e municipal dotação orçamentária e o controle social das mesmas, seguindo os preceitos do CONAD.
5 Orientações Gerais e Diretrizes: Tratamento e Reinserção Social: O Estado deve estimular e promover ações para que a sociedade possa assumir com ética e responsabilidades o tratamento de usuários de drogas, incluindo os próprios e familiares. Par isso é necessário oferecer apoio técnico e financeiro de forma descentralizada. As ações de tratamento, reinserção social, ocupacional devem ser amparadas por pesquisas cientificas, alocação de recursos técnicos e financeiros, inclusive para aperfeiçoamento dos programas. As ações de tratamento e reinserção social devem estar relacionadas as atividades voltadas para a família, convívio social e ocupacionais.pois só assim serão instrumentos de capazes de romper o ciclo consumo/tratamento. Capacitação continuada de pessoal dos setores governamentais e não governamentais, com instrumentos de avaliação. Promover e garantir a nível regional e nacional redes de integração com todos os órgão e instituições que posam colaborar e ainda com a sociedade civil organizada. Desenvolver e disponibilizar bancos de dados de informações cientificas e atualizadas, a fim de promover planejamento avaliações atualizado atualizadas. As informações devem ser abrangentes, com ampla divulgação, com fácil acesso e garantia de sigilo. Regulamentar normas mínimas sobre o funcionamento das instituições de tratamento, não importa o modelo, monitorar e fiscalizar o cumprimento,respeitando as especificidades das instituições.
6 Desenvolver e adaptar diversificadas modalidades de tratamento conforme os grupos específicos e realidades de recursos disponíveis. Desenvolver projetos com instituições que disponibilizam de recursos de patrocínios. Esses são os destaques das orientações quanto ao tratamento e reinserção social, passaremos para as ações especificas no Horto Medicinal. Horto Medicinal da Secretaria Municipal de Assistência Social de Goiânia (SEMAS) DIGITAR A HISTORIA E OBJETIVOS DO HORTO, DO FOLHETO. HISTÓRIA DE PARCERIAS O Programa Horto Medicinal Considerações finais: Percebe-se que nos objetivos da fundação do Horto Medicinal e na sua proposta de trabalho, incluindo as desenvolvidas na atualidade, estão em quase em sua totalidade de acordo com a PNAD, mesmo não havendo um estudo dessa política e sendo o Horto fundado em período anterior a publicação da PNAD. Apresenta-se como desafios para uma total adequação das práticas desenvolvidas no Horto, á PNAD considerando os potenciais da unidade, os seguintes pontos:
7 Abstract: This article presents a brief discussion as its reflects on the National Politics about drugs and the drugs users attendance by the Goiânia s Government at the Unity of Youth Users and Drugs Dependent, called Horto Medicinal an organization that belongs to the Social Assistance of the Goiânia (SEMAS). At the first moment, the paper will focus on the Unity ( Horto Medicinal ), according to two points: the history of its formation and the presented goals at that time and today, including its potential and challenges. At the second moment, attention will be given to a brief discussion on the PNAD and its usage at the studied Unity. Key words: Horto Medicinal, PNAD, Drugs User s. Bibliografia: BRASIL. Política Nacional sobre Drogas/Brasília, Presidência da Republica, Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, Carlini,E.C et al:ii Levantamento Domiciliar sobre uso de Drogas Psicotrópicas no Brasil:Brasília:Secretaria Nacional de Política sobre Drogas,2007. Galduróz, José Carlos et al: V Levantamento Nacional sobre o Consumo de Drogas Psicotrópicas entre Estudantes do Ensino Fundamental e Médio da Rede pública de Ensino: São Paulo: Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas, Goiânia. Divulgação Oficial das Ações do Horto Medicinal, Secretaria Municipal de Assistencial Social, Prefeitura Municipal de Goiânia, 2004 Noto, Ana Regina et al. Levantamento Nacional sobre uso de Drogas entre Crianças e Adolescentes em Situação de Rua.São Paulo:Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas,2004. PEREIRA, Roberto Alves. Drogas: Caso de Política, dissertação de mestrado. Anápolis: Centro Universitário de Anápolis - UniEVANGELICA,Anápolis, 2009.
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