SUPLEMENTO TEOLÓGICO

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1 SUPLEMENTO TEOLÓGICO

2 YOX CONCORDIANA SUPLEMENTO TEOLÓGICO Editado pela faculdade da Escola Superior de Teologia do Instituto Concórdia de São Paulo Editor: Paulo W. Buss Diretor responsável: Dr. Rudi Zimmer Faculdade: Dr. Rudi Zimmer, diretor; Ari Lange, vice-diretor; Paulo F. Flor; Paulo W. Buss; Raul Blum; Paulo M. Nerbas; Erní W. Seibert; Deomar Roos; Ari Gueths. Os artigos assinados são da responsabilidade de seus autores, não refletindo necessariamente a posição da faculdade como um todo. Devem ser encarados mais como ensaios para reflexão do que posicionamentos definitivos sobre os temas abordados. Endereço para correspondência: Instituto Concórdia de São Paulo Rua Raul dos Santos Machado, 25 Jardim Helga Campo limpo São Paulo - SP

3 Palavra ao Leitor O ano de 1986 foi muito significativo para a história do Instituto Concórdia de São Paulo em diversas áreas. Entre os acontecimentos que marcaram o ano destacam-se em primeiro lugar as formaturas. Formaram-se as primeiras turmas de alunos dos cursos de Magistério, Diaconia e Teologia. Esses jovens foram colocados à disposição da igreja onde, com a graça de Deus, poderão servir em seu reino com os conhecimentos, habilidades e atitudes que aqui adquiriram e/ou aperfeiçoaram. Nem todos os que desejam trabalhar no reino de Deus tem a possibilidade de realizar cursos com vários anos de duração. Muitos deles, porém, sentem a necessidade de um melhor preparo e aperfeiçoamento. Visando ir ao encontro dessas pessoas o Diretório Acadêmico Concórdia (DAC) do ICSP decidiu promover a primeira "Semana do Leigo". Esse encontro de estudos, realizado no início do mês de junho, procurou levar a reflexão teológica para junto do trabalho do povo de Deus nas congregações. (O termo "leigo", no caso, foi entendido no sentido amplo de "povo de Deus" e não apenas com referência aos homens da igreja). Para esse primeiro encontro foi escolhido o tema da Liderança Cristã um tema relevante e atual visto enfocar uma das grandes preocupações da IELB. O presente número do Suplemento Teológico quer levar os estudos apresentados na Semana do Leigo para um público maior. É nosso desejo e esperança que seu estudo em particular e em grupos traga bênçãos para a igreja de Cristo. PWB Liderança Cristã Introdução: Vivemos na era dos grandes planejamentos. Dia e noite pessoas estão prostradas sobre computadores, planejando novas máquinas e desenvolvendo novos projetos. E o que faz a Igreja Cristã? Cristo confiou a ela a mais importante de todas as tarefas: "Pregar o evangelho a toda a criatura" (Mc 16.15). Um trabalho que traz frutos para a eternidade (1 Co 15.58). Para a realização desta obra, Deus mantém o mundo. E todo o verdadeiro cristão vive para a missão. "Pois o nosso viver é Cristo" (Fp 1.2.). E o apóstolo Paulo recomenda: "Tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai" (Cl 3.17). Sem dúvida alguma, esta importante obra também precisa ser cuidadosamente planejada. Ao planejarmos este trabalho, não estamos programando a ação do Espírito Santo. A missão é de Deus. O Espírito Santo é livre em sua ação, e age "quando e onde lhe aprouver" (1 Co 12.13). Não somos nós que nos valemos do Espírito Santo. Pelo contrário, somos instrumentos do Espírito Santo neste trabalho (Cat. Maior, 2a. parte, 53, FC, p. 454). Mas Deus gera seus filhos por Palavra e Sacramentos (Rm 10.17; Tt 3.5; Jo 1.13; Ef 2.5; At 4.47). Proclamar a palavra e administrar os sacramentos é a tarefa que Deus conferiu à sua igreja. E esta tarefa deve ser planejada. Quando, por isso, falamos em planejamento nos referimos ao cuidadoso cumprimento de nossa ação, como instrumentos de Deus Espírito Santo. Cabe-nos cumprir nossa tarefa de proclamar a palavra de Deus a todas as nações e para tanto engajar todas as forças e dons que Deus concedeu à sua igreja. Foi isso que os homens santos de Deus fizeram em todos os tempos. Lembremos Josué, que recebeu de Deus a ordem de conquistar a terra de Canaã. Deus disse a Josué que ele deveria ser forte e corajoso. Observe com que cuidado Josué planejou todas suas guerras. Planejou com muita oração, firmado na ordem e promessa de Deus (Js 7). Veja como o bom pastor zela por seu rebanho a ponto de notar a ausência de uma ovelha (Lc 15). Em si, toda a ação obedece a um planejamento, mesmo sendo este empírico. Por isso diz um ditado: Mesmo não planejando, estamos planejando o fracasso. É nosso dever ser diligentes (Pv 21.5; 1 Tm 4.15). No planejar, cumpre compreender bem nosso propósito na missão, analisar a situação existente (diagnose), fixar os objetivos, elaborar um plano de ação e avaliar os resultados. Para este planejamento e execução Deus usa as pessoas, nós, os cristãos. Dentre todos que devem agir, são necessárias pessoas que lideram, orientam e dimencionam as diversas tarefas. No exemplo -1-

4 citado, encontramos Josué, que era um do povo, mas que recebeu a incumbência de líder. Assim Deus também escolhe líderes hoje, diversos líderes, cada qual no seu setor e no seu lugar para alcançar os objetivos da igreja, para que a tarefa da igreja seja feita e os propósitos alcançados. Propósito: Qual a tarefa da igreja? A pergunta pode parecer primária. Mas sempre houve e há ainda dúvidas a respeito. É preciso lembrar que a tarefa da igreja não é reformar o mundo, lutar por uma melhor justiça social, por melhor forma de governo, lutar pela preservação do meio-ambiente, ou por mais moralidade. A tarefa da igreja é chamar ao arrependimento e proclamar remissão de pecados pela graça que há em Cristo (Lc 24.47).Ou, resumindo, fazer discípulos (Mt ; Mc 16.15, 16; At 1.8). E isto é feito somente pela pregação da palavra de Deus. Cabe à igreja zelar para que a palavra de Deus cresça (At 12.24; 19, 20; 2 Co 5.19; Cl ). Do ofício das chaves emana todo o poder para este trabalho. Em segundo lugar cumpre lembrar que nossa tarefa não consiste simplesmente em proclamar a palavra de Deus em determinado lugar, mas alcançar todas as nações com a pregação do evangelho. Isso é uma tarefa enorme. Para poder alcançar este objetivo precisamos reunir nossas forças com nossos irmãos na fé em nível local, distrital e nacional. Em terceiro lugar não queremos perder de vista o propósito principal da congregação: fazer discípulos. Portanto, não só semear a palavra. Nossa tarefa inclui as etapas de semear, cultivar, colher e usar o fruto colhido. Isto é, queremos semear a palavra de Deus para que o Espírito Santo possa operar a fé (Mc ). Queremos cultivar a jovem planta da fé para que possa crescer (Mt 28.20; Cl 3.15). Queremos colher esta planta para a comunhão dos irmãos, na congregação (At ; Hb 10.25). Queremos treinar os discípulos para o desempenho de sua missão como sacerdotes de Deus (Ef 4.12; 1 Pe 2.8). Frequentemente executamos somente algumas funções e desleixamos outras. Por isso o trabalho não progride. É nossa incumbência organizar o trabalho cuidadosamente para que as quatro etapas sejam executadas, e todas as forças que Cristo concedeu à sua igreja sejam engajadas na missão da igreja. Análise da Situação: A análise da situação compreende os seguintes passos: O olhar para trás, o olhar para a situação atual e confrontar a situação com o propósito da igreja. Para isso são necessários dados estatísticos. Estes dados deverão ser analisados para compreendermos como temos cumprido nossa missão até o presente momento. Convoque para isso suas lideranças: a diretoria da congregação, diretorias dos departamentos, líderes da congregação (ex-presidentes) e faça com eles uma avaliação da situação. Uma boa análise (diagnose) é fundamental para um bom planejamento. Objetivos: Clarificados os desafios e as oportunidades, formule sua filosofia de ação. Mesmo sendo o propósito da igreja cristã um só, cada congregação tem seu desafios próprios e suas oportunidades especiais e peculiares. Daí a necessidade de desenvolver sua filosofia própria de ação. Isto é, determinar os objetivos e colocá-los em ordem de prioridades. Os objetivos precisam ser formulados com clareza. Descreva-os como resultados finais da ação. Os objetivos devem ser mensuráveis, ousados (firmados na ordem e promessa de Deus, conforme a fé), realistas e limitados no tempo. Os objetivos devem refletir os propósitos da congregação. Plano de Ação: Clarificados os objetivos e ordenados em sua ordem de prioridades, começa a parte mais difícil do planejamento. O planejar pelo fixar de etapas e metas, como alcançar os alvos, objetivos estabelecidos. Nesta tarefa serão analisadas as perguntas: O que deve ser feito? Como isso deve ser feito? Quem deve fazer o quê? Em que espaço de tempo cada tarefa deverá ser feita? a) O que deve ser feito? É preciso descrever com clareza a ação a ser desenvolvida; b) Como isso deve ser feito? Que material é necessário, que recursos são necessários? Em quantas etapas o trabalho deverá ser dividido? c) Quem deve fazer o quê? Quantas pessoas são necessárias para fazer a tarefa. Esta tarefa merece cuidado especial no planejamento. Cada nova tarefa precisa de novos líderes. Empilhar projetos nos mesmos líderes conduz ao fracasso. d) Em que espaço de tempo cada tarefa deverá ser feita? Cronograma. Assim devemos planejar cada área de ação da congregação. Cada setor da congregação deveria ser cuidadosamente planejado, também a participação da congregação em âmbito distrital e nacional. Fixados os diferentes planos, eles deverão ser cuidadosamente coordenados. A fim de evitar que um plano venha a prejudicar ou esvaziar projetos em andamento. Por exemplo, programas de congregações versus programas distritais. -2-

5 Avaliação: Muitos têm medo da avaliação, mas ela é necessária. O objetivo da avaliação é notar o que Deus está fazendo e detectar nossas falhas e os empecilhos. A fim de podermos aperfeiçoar e melhorar nosso trabalho, nosso planejamento. Algumas perguntas poderão ajudar: 1) O que foi planejado? 2) Como isso deveria ser executado? 3) Quem faria o que no trabalho? 4) O que foi feito? 5) O que não foi executado e porque não? 6) Quais foram os empecilhos? 7) Como as coisas poderão ser melhoradas? 8) Que providências deverão ser tomadas? Cumpre lembrar que a avaliação do trabalho de uma congregação é feita de forma diferente da avaliação do trabalho de uma firma. Na avaliação do trabalho de uma congregação nos interessa em primeiro lugar se os servos foram fiéis à palavra de Deus (1 Co 4.2). Nos interessa, portanto, mais como o trabalho foi feito, do que os resultados numéricos do trabalho. O que não nos leva a descuidar os resultados numéricos. A Necessidade de Lideranças: Em todas as atividades e empreendimentos são necessários líderes. Na prática, não existe progresso nem grandes realizações sem grandes líderes. Grandes lideranças conseguiram transformar situações adversas em grandes realizações. Uma boa liderança transforma uma pequena organização, um país insignificante em grandes empresas e países de respeito. Boas lideranças sempre encontram tempo necessário para transformar objetivos modestos em superações e altas conquistas. Algumas colocações sobre a necessidade de liderança: Um grupo sem liderança é um grupo inseguro. O grupo sem liderança caminha sem rumo. Uma liderança negativa destrói, desvia dos objetivos e confunde. Liderança sólida, leal e forte é uma das necessidades mais desesperadas no país e no mundo de hoje. Não apenas o país e o mundo chamam por líderes íntegros, mas também a igreja necessita desesperadamente de líderes bons e fortes. O autodidatismo em liderança não é mais suficiente. Hoje são investidas grandes somas na formação de lideranças. Isto não significa que se despreza a experiência e a prática. A igreja Cristã também necessita de lideranças. A necessidade é maior porque os objetivos e valores são eternos, consequentemente mais elevados. É preciso que o líder coloque o bem da organização acima das necessidades individuais. Melhor é treinar dez pessoas para o trabalho, do que trabalhar por dez. O que é Liderança: Um líder não diz: eu mesmo faço tudo, assim tenho certeza que será bem feito Liderança verdadeira é uma qualidade encontrada em poucas pessoas. Devem ser aproveitados os reais líderes. BUTLER, diretor da Universidade de Columbia, diz: "Há 3 espécies de pessoas no mundo - aqueles que não sabem o que acontece, aqueles que observam o que acontece e aqueles que fazem as coisas acontecer". Uma característica comum a todos os líderes é a habilidade de fazer as coisas acontecer ("Quem sabe faz a hora, não espera acontecer"). Eles agem para ajudar outros a atuar envolvendo-os para que cada um dos liderados se sinta muito encorajado e estimulado a ponto de ajudar na realização usando seu inteiro potencial, contribuindo significativamente para que os objetivos sejam alcançados. Ação é a chave da liderança. O líder geralmente é um bom executivo, mas o bom executivo não é necessariamente um bom líder, pois lhe pode faltar capacidade de motivação a outros. Não se deve confundir a liderança com posição social, status, conhecimento e magnetismo pessoal. Liderança é exercida em cada palavra e ação para influenciar em direção do fim desejado. Homens de fé têm sido sempre homens de ação ou, ação de liderança requer fé. O fato de reconhecer que Cristo motiva líderes para ação, não significa que o ser humano é boneco passivo. Paulo admite que Deus age nele (1 Co 5.6), mas ele nunca abdicou da atividade para conseguir resultados. No fim da vida pode dizer: "Combati o bom combate" (2 Tm 4.7). Alguns Princípios de Liderança, para Alcançar Resultados: O líder deve agir de forma a alcançar resultados. Para que isto aconteça, deverá observar certos princípios: 1. Determine seus objetivos - Escreva-os, precisos, breves e claros. 2. Planeje as atividades necessárias Ordene seus objetivos: gerais, específicos, a longo, médio e curto prazo. Questione cada um (É necessário? é importante? por quê?). 3. Organize o seu programa Lembre que as coisas urgentes não são necessariamente importantes. Eisenhower: "O importante raramente é -3-

6 urgente, o urgente raramente é importante". Ordem de prioridade. 4. Prepare um cronograma. E siga-o! 5. Estabeleça pontos de controle Quando revisar. Ajustamentos necessários. 6. Torne claro as responsabilidades de cada um - Autoridade, delegação, relacionamento, coordenação e controle. 7. Mantenha canais de comunicação - Superiores e subordinados, todos informados. Racionalize e torne os canais fáceis. 8. Desenvolva cooperação - o sucesso depende do trabalho conjunto do grupo. 9. Resolva os problemas - O grupo pensando, multiplica o pensamento Atritos são entrave. a) Identifique o problema - Aparências enganam. b) Desenvolva possíveis soluções, selecione a melhor. c) Determine um plano de ação e o execute. d) Verifique os resultados. 10. Dê credito a quem de direito. O reconheci mento é de fundamental importância. A BÍBLIA E A LIDERANÇA CRISTÃ Liderança cristã representa ação. É também instrumento para os guias espirituais (clérigos). Se a liderança e suas técnicas podem ser usadas para propósitos do mundo, a igreja pode usar os mesmos instrumentos para a glória de Deus. Onde vamos procurar os instrumentos para liderança na Igreja? É suficiente emprestá-los do mundo secular e de sua literatura? Se as Escrituras Sagradas são a norma de fé e de vida para cada cristão individualmente e para o conjunto, ou seja para a Igreja, também a liderança cristã deve buscar na Palavra de Deus suas normas e orientação. Deus sempre usou líderes no trabalho do seu Reino no mundo. Ler Êx Seguiremos o roteiro proposto por Ted W. Engstrom, no seu livro The Making of a Chistian Leader, onde ele propõe o estudo do assunto dividido em: I. O ANTIGO TESTAMENTO E A LIDERANÇA, II. CRISTO E LIDERANÇA NOS EVANGELHOS e III. AS EPÍSTOLAS E LIDE- RANÇA. I. O ANTIGO TESTAMENTO E A LIDERANÇA Deus Escolhe Líderes A Bíblia está cheia de exemplos como Deus usa líderes. É verdade que muitas vezes falharam em alguns pontos. Eles, porém aprenderam com os erros arrependendo-se e sendo usados, depois, mais intensamente. Vejamos alguns exemplos: José após sua venda pra o Egito pelos irmãos, tornou-se líder do povo. Administrou as fartas colheitas. Teve que usar todas as técnicas, pois os homens com quem trabalhou provavelmente pouco cooperavam. Cf. Gn Deus não lhe deu soluções prontas mas usou suas aptidões. O povo de Deus precisa ser guiado. Na figura do Pastor, tão usada, é mostrado como o "líder" indica o caminho. Ex Conselhos de Jetro a Moisés. I Cr 24. A ordem do Sacerdócio em vários escalões. 1 Tm Como o marido é cabeça do lar. Assim na igreja. Obs.: O líder não deve se sentir prepotente ao exigir cumprimento. É ordem divina. Outro exemplo: Pais têm problemas hoje por acharem não ser humano mandar. Não se deve confundir igualdade diante de Deus com a ordem hierárquica e organizacional. Deus adverte contra isto (cf. Rm 13.1 e Lc 7.6-9). A autoridade carrega consigo grande responsabilidade. A autoridade é ordenada por Deus para ser usada para os objetivos seus. Deverá haver sensibilidade para os que mandam como para os que servem. A natureza da autoridade pode ser mais completa do que se pensa geralmente. A autoridade depende da atitude com que é recebida pela pessoa que a exerce. MOISÉS, um líder - Êx Anotamos algumas idéias e princípios de administração sugeridas no texto: V.13 - Observação e inspeção pessoal. V.14 - Questionamento - uma finalidade. V Resolver conflitos - correção. V.16 Julgamento. Constatação sem vacilação. Conclusão V. 18 Avaliação. Do efeito sobre o líder e o povo. V.19 Coação, aconselhamento, representação, esclarecimento de procedimentos. V.20,21 Ensinamento, demonstração, atribuição específica, delegação, seleção, estabelecimento de qualificações, determinação de responsabilidades, ordem hierárquica. V.22 Especificação do controle, julgamento, avaliação, limite de decisão e administração por excessão. -4-

7 V.23 Apresentação dos benefícios. V.24 Anotações, implementações e execução do plano. V.25 - Escolha, seleção, atribuição específica de responsabilidades. V. 26 Julgamento e avaliação. Ficou claro que Moisés recebeu uma boa orientação e encorajamento para a grande tarefa para a qual tinha recebido incumbência. Em muitas oportunidades demonstrou grandes qualidades de liderança. Sua missão específica começou somente quando já tinha 80 anos de idade. O povo não entendeu logo a sua missão para qual Deus o chamou (cf. At ). Mais tarde, no deserto, Moisés teve a atitude correta, quando soube que era tempo de treinar outros para liderança. Soube que não entraria na terra prometida. Não se lastimou, nem se consumiu em auto-piedade. Estava mais preocupado em dirigir corretamente e preparar a liderança futura. No Novo Testamento encontramos detalhes que nos oferecem melhor compreensão sobre as qualidades que Moisés possuía.vejamos Hebreus, cap.11: v.24 - Fé; v.25 - integridade; v.26 - Visão; v.27 - Decisão; v.28 - Obediência (Também necessária para um líder); v.29 - responsabilidade. DAVI - um forte líder espiritual. Davi, o 2o. rei de Israel, lutava contra Saul, o primeiro rei. Enquanto Davi era nobre, generoso e admirado, Saul foi ignóbil e não tinha a maioria das qualidades que se espera de um líder. Davi chegou ao trono aproximadamente a.c. e reinou por ca. 40 anos. Conduziu muitas conquistas e guerras, lançou os fundamentos para o grande império salomônico. Iniciou um período de esplendor e poder para a nação israelense. O sucesso de Davi era baseado na bênção de Deus. As razões para o seu sucesso não são difíceis de encontrar. Quando Davi foi apresentado aos anciãos, eles reconheceram suas qualidades e fortes traços de liderança (2 Sm 5.1-3). Foi ele o real poder no governo de Saul, que passou a ser mera figura decorativa. O motivo de os representantes das tribos o escolherem para seu rei foi o fato de reconhecerem que ele foi escolhido de Deus. Líderes cristãos servem melhor quando estão convencidos que foram escolhidos por Deus. Como líder, Davi tinha qualidades que atraíam outros. Os anciãos vieram a ele (2 Sm 5.1-3), não foi ele que se impôs. Mostrou serviço anteriormente: valentes conquistas e sábia administração. Vejamos os segredos do sucesso de Davi: 1. 2 Sm Sábia diplomacia distinguia o seu reinado. Sabia aplacar inimigos, vencer amigos. Era amoroso. Fez amigos verdadeiros Sm Reconheceu a bênção de Deus. Não creditou a si o sucesso e a prosperidade. Reconheceu em Israel o Povo de Deus. A diferença do líder cristão: Atribui a Deus os sucessos e realizações. 3. Davi procurou a bênção do Senhor continuamente (2 Sm 6.12, 15). Sabia da absoluta necessidade desta bênção. 4. Como líder, Davi não se envergonhou em sacrificar a Deus (2 Sm 6.13). Também não se esqueceu de agradecer ao Senhor (2 Sm 6.14). O resultado foi que o povo trouxe de volta a arca do Senhor. Davi ilustra claramente que o líder cristão também deve estar disposto a usar meios espirituais e estimular seus colegas e liderados. Deus abençoa quem nele confia. NEEMIAS - Um líder de líderes Um exemplo de liderança forte é Neemias, que juntamente com Esdras e Zorobabel, foi instrumento na reconstrução de Jerusalém e seus muros. Falou sobre organização. Tinha muitas qualidades de excelente liderança. Seu caráter era irrepreensível. Demonstrou grande coragem, mesmo diante de muita oposição. Tinha grande consideração por seu povo, demonstrou, por seu tato, imparcialidade e caráter e decisão. Além disto, ele não rejeitou a responsabilidade que lhe foi dada. Neemias tinha grande habilidade de encorajar seus conterrâneos e, então, expressar apreço quando agiam. Ele tratava os problemas prontamente, antes de se tornar severo. Sua habilidade de organização, acompanhada pela estratégia e planos detalhados, são exemplos para todo o futuro líder. A leitura completa do livro de Neemias é importante para descobrir princípios de liderança e administração. II. CRISTO E LIDERANÇA NOS EVANGELHOS Qualquer estudo sobre liderança cristã é incompleto sem o estudo da vida de Cristo. É essencial reconhecer o conceito por Jesus emitido sobre liderança: "O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir", ou ainda "Estou entre vós como um que serve" (Mc e Lc 22.27). Se Cristo usou tanto do seu tempo com seus discípulos, certamente quis instruí-los com o exemplo de sua vida também. Ele veio servir, assim os discípulos também deveriam proceder. Este era o seu método de liderança. Ele mesmo deu sua vida, que culminou com sua morte na cruz. O AT profetizou que o Messias seria um "servo sofredor". Seu servir não degenerou. Era humilde, mas -5-

8 manteve a dignidade. Voluntariamente lavou os pés dos discípulos. Sua vida perfeita, sem pecado, terminou no sacrifício pela causa proposta no Calvário. Jesus ensinou o tempo todo que a grandeza não está na posição social, mas na capacidade de servir. Ele tornou claro que a verdadeira liderança está baseada no amor que deve produzir frutos no servir. Observando mais de perto, vamos descobrir que seu ministério estava baseado no ensinar. Dizem os evangelhos em vários lugares que Ele ensinava como quem tem autoridade. Os letrados da sinagoga se admiraram de seus ensinamentos, mesmo que discordassem. Ele sabia que para perpetuar a verdade, teria que ensinar. Por isto treinou seus discípulos. CRISTO E A AMBIÇÃO O apóstolo Pedro nos conclama a "crescer na graça, no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo". No mundo as pessoas têm muita ambição pessoal de controlar outros, ter poder, ser inescrupulosos no "fazer dinheiro" e de dominar sobre os outros. Mas Cristo transmitiu aos discípulos um conceito diferente de ambição e grandeza. "Mas Jesus, chamando-os para junto de si... quem quiser ser o primeiro entre vós, será o servo de todos" (Mc ). A ambição cristã deve estar vestida de humildade. Não é o número de servos que nos servem que conta, mas o número de pessoas quem nós servimos. Verdadeira grandeza, verdadeira liderança está no nosso serviço aos outros. O QUE LIDERANÇA NÃO É Liderança bíblica, em termos da vida de Cristo, é vista também claramente quando consideramos o lado negativo da questão. Lc 22 é uma passagem que proporciona alguns valiosos princípios para ajudar-nos a analisar a visão do Senhor sobre liderança. A passagem, nos versículos 24 a 27 contém estes princípios. Mas o contexto é importante. Jesus havia instituído a Santa Ceia, o grande ministério do Deus encarnando. É inacreditável que aquilo que está descrito nestes versículos pudesse ter acontecido neste contexto. 1.A liderança no NT não é jogo político de poder. A Escritura recorda a disputa dos discípulos logo após terem participado da Ceia do Senhor. O jogo do poder político na igreja é mesmo mais repreensível do que no mundo. Infelizmente este jogo tem se multiplicado na igreja nestes anos. 2. Liderança no NT não é atitude autoritária. Lc mostra a reação do Senhor aos argumentos de seus discípulos. Este tipo de disputa é para os "reis da terra", que buscam honras. Liderança não exerce sua autoridade e poder para subjugar os liderados. Lc 22.26: "Mas vós não sois assim". É diferente com os discípulos de Cristo que devem liderar o trabalho do Reino de Deus. 3. Liderança no NT não é controle cultural. Uma das palavras mais lindas e significativas no trabalho da igreja é diácono. Significa "serviço" e é precisamente o que Cristo fez por seus discípulos naquele cenáculo. Segue-se a pergunta retórica e a resposta: "Sou eu quem serve..." CONCLUSÃO: A liderança no Novo Testamento não é brilhantismo, relações públicas e plataforma pessoal mas humilde serviço para o grupo. O trabalho de Deus deve ser desenvolvido por poder espiritual. Paulo aponta para isto em 1 Co Alguns líderes servem a Palavra e outros servem as mesas, mas todos SERVEM (At 6.1-7). O LADO POSITIVO Kenneth O. Gangel no seu livro Competent to Lead, sugere 4 itens positivos da liderança cristã. 1. A liderança de nosso Senhor focaliza o individual. Sua conversa pessoal com Pedro é um exemplo (cf. Jo 21). 2. A liderança do Senhor focaliza as escrituras. O tratamento das verdades absolutas de Deus não ficaram diluídas com filosofia relativista. Coloca o AT em alta estima: "Ouvistes o que foi dito..." (Mt ). 3. A liderança do Senhor focaliza a si mesmo (Jo 14.9). 4. A liderança do Senhor focaliza o propósito. Cristo estabeleceu claramente objetivos para o seu ministério no mundo. III. AS EPISTOLAS E LIDERANÇA É interessante notar que Cristo não revelou uma completa estrutura ordenada de igreja pronta, quando entregou as chaves do Reino dos Céus aos discípulos e à Igreja. A estrutura da igreja no NT desdobrou-se conforme as lideranças de homens comprometidos com a causa. As Epístolas nos fornecem mais material para o estudo da liderança no N.T. Atos dos Apóstolos é narrativa histórica. As epístolas, especialmente as de Paulo e de Pedro, que aparentemente foram -6-

9 comissionadas pelo Espírito de Deus para organizar igrejas (congregações) locais, apresentam o plano de Deus e padrões para o funcionamento destas igrejas. 1 Ts 2 nos servirá de modelo. LIDERANÇA DA IGREJA NO N. T. É EDUCA- ÇÃO Em 1 Ts 2.7, 8 Paulo usa a palavra "dóceis" para marcar a relação pessoal na liderança (epioi). Em 2 Tm 2.24 Paulo emprega a palavra que foi traduzida por "brando" para descrever "o servo do Senhor". O mundo indentifica maculinidade como vigoroso e rígido, mas Deus define como "brandura". Entende o mundo a liderança como manipulação de adultos, mas Deus a entende como orientação a crianças. Um líder é qual um pai que orienta seus filhos pela exortação e pelo encorajamento. LIDERANÇA NO N T. É EXEMPLO O duro trabalho de Paulo é apresentado em 1 Ts 2.9. Durante o dia e a noite, com grande esforço ele trabalhou entre os convertidos. Sua vida foi um exemplo de santidade, justiça e correção diante de Deus. Em 1 Ts 2.5, 6 Paulo assegura aos Tessalonicenses que seus líderes eram "homens", não uma espécie de super-homens, gigantes eclesiásticos. LIDERANÇA NO NT. É PATERNAL O que faz um pai? Segundo Ef. 6.4 ele é responsável pela criação dos filhos. Em 1 Ts 2.11, 12 são usadas as palavras "exortamos" e "consolamos". Estas duas palavras no original são muitas vezes usadas juntas por Paulo. A primeira é usada para o ministério divino, mas a segunda é sempre uma palavra humana. O "consolar", que também significa "encorajar", nunca é usado diretamente para o consolo de Deus, mas é, forma de descrever a maneira que Deus usa pessoas para ministrar a outros na comunhão de fé. Um pai também "exorta" seus filhos. A palavra também tem a idéia de admoestação ou testemunho da verdade de forma que se conduzam em padrões aceitáveis a Deus. Primeiramente apresentamos o padrão positivo de Cristo no treinamento de liderança. Agora mencionamos o exemplo de Paulo. O desenvolvimento da igreja no N.T. estava na multiplicação daquelas poucas pessoas de Atos 1. Muitos líderes da igreja foram treinados pessoalmente por Paulo. Ele foi de fato o "projeto piloto": Timóteo, Silas, Tito, Epafrodito, os anciãos de Éfeso e muitos outros. Existem congregações hoje que se parecem com as lideranças exercidas no mundo, condenadas pelo Senhor em Lc 22. Há, sem dúvida diferença entre uma e outra liderança. ANCIÃOS, PRESBÍTEROS, BISPOS E DIÁCO- NOS Uma das passagens chaves para a qualificação de líderes é Tm Parece evidente que os líderes na igreja do N.T. eram escolhidos geralmente entre os "anciãos', os mais idosos (cf Tt 1.5). Em At nos é dito que na primeira viagem missionária Paulo e Barnabé escolheram"presbíteros". Dentre estes "presbíteros" e "anciãos" emergiam líderes especiais, que se tornaram conhecidos por "bispos". Estes assumiam uma função toda especial. A instituição dos "ANCIÃOS" tem uma longa história que precede, inclusive, a constituição da igreja no N.T. Temos a palavra "presbítero" do grego. Em Nm é registrada a escolha de setenta anciãos para ajudar Moisés na administração do povo. Estes anciãos existiam antes que fossem escolhidos para a tarefa especial. Neste tempo cada sinagoga tinha seus anciãos que eram reconhecidos como guias espirituais na comunidade. Na formação de uma sinagoga eram necessários dez homens. Estes, normalmente, eram fortes líderes comunitários. Os anciãos ou "presbíteros" eram respeitados, figuras paternas, usados pelo Senhor para dar orientação à igreja. O segundo termo usado em 1 Tm 3 é "epískopos", de onde vem a palavra "episcopado". Esta palavra pode ser traduzida como "supervisor" ou "superintendente". Este conceito também tem uma longa história. Na Septuaginta esta palavra é encontrada diversas vezes. Em 2 Cr há uma descrição dos homens que "dirigem a obra e dos que executam". No N.T. seria uma pessoa que tem supervisão de uma igreja ou um grupo de igrejas (congregações). SEPARADO PARA... Antes de estudar as qualificações, deve-se notar que os líderes no N.T. eram formalmente "separados" para os seus ofícios (At 13.2). Eles eram ordenados (Tt 1.5). Tinham que se submeter a testes para provar a si mesmos (1 Tm 3.10). Geralmente eram pagos por seus serviços (Tm 5.18). Eram sujeitos a censura (1 Tm ). Paulo observava suas tarefas não apenas na -7-

10 igreja, mas também em outras áreas. Afirma que se eles falhassem nestas, haveria grande probabilidade de falharem também naquelas. A primeira tarefa foi a de ser ancião em sua própria casa. Pois quem não tinha condições de instruir sua própria casa, não seria apto de treinar a igreja. O segundo critério era o de responsabilidade de bispo no mundo. Ele devia ter "bons testemunhos dos de fora" (l Tm 3.7). Ver Tb. At 6.3. Este era o teste real. Pouca coisa tem machucado mais a igreja do que líderes que falharam nas suas obrigações sociais. Paulo aponta outras qualificações importantes em I Tm 3.1ss. Vejamos as qualidades: 1. irrepreensível (que não deixa margem para ser atacado), 2. Esposo de uma só mulher, 3.Temperante... (até v. 13) PEDRO TAMBÉM FALA SOBRE LIDERANÇA Pedro fala sobre o assunto de liderança cristã em sua primeira Epístola (1 Pe 5.1-7). Quando escreveu esta carta ele era uma figura proeminente na primitiva igreja. Além de estar ligado muito a Jesus, ele era honrado e respeitado por causa de seu papel vital na formação da 1ª igreja em Jerusalém. Foi ele quem pregou aquele sermão relatado em Atos dos apóstolos, cap. 2. É importante observar seus conselhos. Poucas passagens mostram o significado da liderança cristã mais claramente que em 1 Pe 5. Seu escrito começa endereçando suas palavras aos colegas presbíteros. Ele relaciona os perigos e privilégios da liderança. Primeiro, Pedro diz que os líderes devem cuidar do rebanho. Eles devem ser motivados de maneira apropriada não por coerção, mas espontaneamente. Eles aceitarão suas responsabilidades, não como profissionais, mas com real compaixão pelos outros. Em segundo lugar, Pedro ressalta o honroso chamado de liderança. O interesse do líder não deve ser a procura de vergonhoso proveito próprio. As decisões em seu trabalho não devem ser afetadas por interesse de ganho pessoal. Além disto, um líder não deve ser ditatorial nem tirano. Sua maior preocupação deve ser a de se tornar um exemplo digno para o seu rebanho. Suas ações não são dirigidas pelo amor ao poder ou à autoridade. Humildade, diz Pedro, deve ser evidente em seu relacionamento com os outros. "Cíngi-vos todos de humildade", concluí o texto (v. 5). Formalmente, os verdadeiros líderes cristãos não se revoltarão contra as más experiências da vida, mas aceitarão a mão de Deus sobre suas vidas. Terão presente que Deus os está moldando para serem mais parecidos com seu Filho, mesmo que seja pela tribulação. Pelo sofrimento Deus pode colocar uma pessoa no devido lugar, bem como restaurar alguém que confiava em sua própria carne. CONCLUSÃO Deus quer usar todas as nossas capacidades para a construção do seu reino. Toda a liderança visa tornar mais eficiente o trabalho da igreja no sentido de alcançar os objetivos da própria igreja: A SALVAÇÃO DAS PESSOAS. Cada um de nós tem algumas capacidades para liderar algum setor de trabalho da Igreja, sempre visando o bem daqueles que nos cercam. Se a igreja não consegue realizar melhor as suas tarefas é porque nós não colocamos a seu serviço todas as nossas capacidades de servir. Importante para sermos melhores servos de Cristo é nos adestrarmos sempre melhor. Aprender técnicas de liderança e administração são muito importantes. Mais importante, porém, é o uso constante de sua Palavra e dos sacramentos. Estes meios da graça aumentarão a fé. A fé, por sua vez, vai nos fazer agir. Não deixemos para depois, argumentando que ainda não estamos suficientemente preparados. Enquanto nos preparamos melhor, simultaneamente devemos agir. O agir e o aprimorar são constantes e simultâneos na vida do cristão. Quando sentires que, vez por outra fracassaste, não desanima. Os grandes líderes da Bíblia e na história da Igreja também tiveram suas fraquezas e fracassos. Mesmo os que citamos como exemplo. Davi, Moisés, Pedro e outros, também tiveram seus erros e fracassos. Importante é começar já, e, se fracassaste, busca o perdão com arrependimento, recomeçando novamente. Não há tempo a perder. "Vai alta a noite e vem chegando o dia". Tu és importante no trabalho da Igreja. Neste pouco tempo de graça que nos resta, há muito que fazer. Busca em Deus a força e capacidade que necessitas. "O amor de Cristo nos constrange". Rev. Werner N. Sonntag Diretor do Colégio "Concórdia" de Porto Alegre e presidente da ANEL (Associação Nacional dos Educadores Luteranos) -8-

11 Desenvolvendo a Capacidade de Liderar Liderança é assunto de extrema atualidade não apenas na igreja cristã. Grandes empresas estudam este assunto para aumentar sua produtividade, eficiência e lucros. O mundo da política estuda este assunto com enorme interesse. Compreender a liderança e saber exercê-la é fundamental tanto para aqueles que querem um bom governo como para aqueles que tem interesses dos mais variados para chegarem ou manterem-se no poder. Liderança é assunto importante para os que lutam por educação, por cultura, por saúde, e assim por diante. Reconhecer a importância da liderança em todos estes campos pode nos dar a visão da amplitude do tema. No entanto, não é apenas por isto que ela nos preocupa. Na igreja é fundamental que a liderança seja bem exercida. Neste estudo pretendemos abordar este tema da seguinte maneira: primeiro, queremos rapidamente relembrar o que é igreja e qual a sua razão de existir. Em seguida, vamos recordar a doutrina do sacerdócio universal dos crentes e a organização da igreja. A partir desta fundamentação vamos propor um correto exercício de liderança e maneiras de produzir efetivo crescimento tanto na liderança como através da liderança. CAPÍTULO I A IGREJA A igreja cristã vive em dias de crise de identidade. Pode-se observar esta crise nas declarações desencontradas dos líderes eclesiásticos quando eles falam sobre o que é a igreja e qual sua função. Parece que vão longe os tempos em que, como dizia Lutero nos artigos de Esmalcalde, uma criança de sete anos sabia o que é igreja. Na realidade, não há problema nem nas crianças de hoje, nem na definição de igreja. É que, por vezes, se complica o simples. Lutero ensinou que igreja é "os santos crentes e os cordeirinhos que ouvem a voz de seu pastor" 1 (Jo 10.3). A Confissão de Augsburgo, por sua vez, define igreja de forma bem semelhante. Diz o artigo VII da Confissão: "Ensina-se também que sempre haverá e permanecerá uma única santa igreja cristã, que é a congregação de todos os crentes, entre os quais o evangelho é pregado puramente e os santos sacramentos são administrados de acordo com o evangelho." 2 O que deve ficar claro no conceito de igreja é que quando se trata de definir a mesma, está se falando do povo de Deus. Igreja são todos aqueles que crêem no Salvador Jesus Cristo e que ouvem a sua voz. Igreja não são somente os pastores, ou somente os leigos, ou somente um grupo de pessoas. Igreja é todo o povo de Deus. E, para se ter a igreja, é necessário ter a palavra de Deus e os santos sacramentos. Não se tem igreja pelo fato de haver um aglomerado humano, ou haver uma organização de grupo, os estatutos registrados em repartição pública. Tem-se igreja quando Deus a cria através de sua santa palavra e dos seus sacramentos. CAPÍTULO II O SACERDÓCIO UNIVERSAL E O MINISTÉRIO Muita confusão e até mesmo desestímulo para o trabalho já causou a má compreensão de duas doutrinas: a do sacerdócio universal de todos os crentes e do ministério eclesiástico. Entende-se por sacerdócio universal de todos os crentes o fato que todos os cristãos, pelo batismo, recebem o Espírito Santo e são constituídos sacerdotes diante de Deus (1 Pe 2.5,9; Ap 1.6;5.10;Rm 12.1). 3 Esta doutrina ensina que todos os cristãos são convocados por Deus a apresentarem a si mesmos como sacrifício vivo pela expansão do reino de Cristo, todos os cristãos tem o direito de chegarem a Deus em oração, e tem o privilégio de agir no reino de Deus. A doutrina do ministério eclesiástico, ou do ofício da pregação, é distinta do sacerdócio universal dos crentes e não tem propriamente a sua origem na mesma. O ministério eclesiástico tem sua origem na instituição divina. Deus quer que o evangelho seja pregado para que as pessoas cheguem à verdadeira fé em Jesus Cristo e por Cristo tenham a salvação eterna. O ministério eclesiástico é um ministério específico, dado por Deus à igreja, que tem como finalidade pregar publicamente o evangelho. O ministério eclesiástico não está em oposição ao sacerdócio universal, antes, pelo contrário, fortalece o sacerdócio universal, pois o alimenta com a energia de Deus, palavra e sacramentos. Conferir CA V, 1-3; CA XIV; CA XXVIII, -9-

12 5, 8; Ap XIII, 12; Tr 31, Havendo compreensão correta destas duas doutrinas, amplia-se o campo de trabalho e de ação para o povo de Deus na igreja. O pastor não é aquele que deve fazer todo o trabalho, nem deve ser aquele que priva o povo de Deus para que este povo, por amor a Deus, pratique toda sorte de boas obras por Deus ordenadas. 4 Neste imenso campo de trabalho que se abre na igreja há inúmeras oportunidades para o exercício de uma sadia liderança. E a igreja irá funcionar como descreve o apóstolo Paulo em Efésios : "Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é o cabeça, Cristo, de quem todo corpo, bem ajustado e consolidado, pelo auxílio de toda junta, segundo ajusta cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor." CAPITULO III A ORGANIZAÇÃO DA IGREJA Quando estamos preocupados em desenvolver a capacidade de liderança cristã, um pressuposto básico é sabermos o que estamos liderando e onde pretendemos chegar. De uma forma geral é muito fácil responder esta pergunta: Estamos liderando o trabalho da igreja e pretendemos chegar à vida eterna com Deus no céu. Mas esta resposta, embora não esteja errada, não resolve a situação. Ser mais específico pode nos ajudar a compreendermos melhor a nossa missão e desafio. O grande objetivo de Deus para com o ser humano caído em pecado é salvá-lo mediante a fé Jesus Cristo (Jo 3.16). Isto deve ficar bem claro diante de nossos olhos: Deus quer salvar as pessoas através de seu Filho Jesus Cristo. Este é o ensino da Escritura Sagrada e é o que os luteranos confessam. Deus concede remissão dos pecados aos homens por graça, por causa de Cristo, mediante a fé. Esta fé é operada pelo Espírito Santo através da pregação da palavra e da administração dos sacramentos. Esta fé produz bons frutos e boas obras. E a grande missão da igreja é pregar o evangelho puramente e administrar os sacramentos de acordo com o evangelho (CA IV, V, VI, VII). A Bíblia Sagrada esmiuça este grande objetivo da igreja de forma tal que pode se subdividí-lo em cinco objetivos mais específicos. O evangelho é pregado (testemunho), criando o povo de Deus que ouve a voz do seu Pastor e o serve (culto). Este povo aprende a palavra do Senhor (ensino), é congregado pelo Espírito Santo (comunhão) e pratica toda sorte de boas obras por ele ordenadas (serviço social). O evangelho é o motor de todo o processo, que é contínuo. A igreja constantemente testemunha, ensina, cultua, vive em comunhão e serve ao próximo. Para não termos uma imagem distorcida dos objetivos da igreja não devemos dividí-la em compartimentos estanques, mas procurar vê-la como um organismo. Assim, no serviço social o evangelismo e todos os outros objetivos devem estar presentes. Este trabalho da igreja, que visa atingir os objetivos propostos por Deus em sua palavra, é desenvolvido por pessoas. Deus equipa seus filhos que nele confiam, tanto do sacerdócio universal como do ministério eclesiástico, com toda sorte de capacidades espirituais, habilidades e recursos necessários para que desenvolvam o trabalho por ele designado. Neste trabalho participa todo o povo de Deus e Deus concede o equipamento necessário para que o mesmo aconteça. Diz o Dr. Guido Merkens em seu livro Organized for Action (Organizados para agir): "Pelo Batismo nós somos feitos "acionistas" da morte de Cristo e, mais do que isto, "acionistas" de sua vida. Pertencer à igreja, tomar parte na responsabilidade deste trabalho, não é opcional para os cristãos; é parte de sua vocação e vida." 5 Baseados na doutrina do sacerdócio universal dos crentes e visando os objetivos que Deus propõe para a sua igreja, deveríamos lutar para que todo o povo de Cristo fosse engajado neste trabalho. A nossa liderança deveria ser no sentido de envolver todo o povo de Deus na missão que ele concedeu à sua igreja, e não no sentido de fazer o trabalho pelo povo de Deus, de tal sorte que ele não se sinta motivado a agir (IPe 4.10; 2 Co 3.2; Ap 1.5,6;1 Pe 2.5). Talvez aí esteja um dos pontos falhos no exercício da liderança que estamos desempenhando dentro da igreja. Nem sempre estamos empenha dos em envolver todo o povo de Deus no trabalho, e, além disto, nem sempre temos clareza sobre qual seja a nossa missão neste mundo. Há ainda outro fator que merece ser considera do. Muitas vezes percebe-se entre os cristãos uma grande insatisfação pelo desempenho da igreja. Queixam-se os cristãos que a igreja não faz nada, que o seu ensino e sua vida estão dissociados, que as decisões são de uma minoria e nem sempre em conformidade com a vontade do povo de Deus. Esta insatisfação pode ter muitas causas e estas causas podem mudar de situação para situação. No entanto, vale a pena refletirmos sobre as seguintes considerações do Dr. Merkens sobre o assunto: Hoje costumamos dizer: "Impressão sem expressão causa repressão." Esta máxima da psicologia pode ser muito bem aplicada ao povo cristão das congregações cristãs. Nós ensinamos que eles são sacerdotes reais do Rei ressuscitado; -10-

13 agora devemos permitir que vivam como príncipes e princesas no Reino. Nós pregamos que eles possuem todos os dons espirituais do Deus Triúno; agora devemos conduzi-los a usarem estes dons, ou eles duvidarão de nossas palavras, julgando-as insinceras, ou perderão seus dons por falta de uso. Nós falamos das fantásticas oportunidades e desafios de nosso tempo para ganhar e salvar almas; mas se não os engajarmos e treinarmos para realizar este trabalho, nós damos a entender que eles não são o "tipo" necessário para executar o programa de nosso Senhor. Em resumo, eles se tornam cristãos "reprimidos". 6 CAPITULO IV COMO ESTAMOS ORGANIZADOS No capítulo anterior vimos qual o objetivo de Deus para a sua igreja neste mundo e salientamos que toda a igreja deveria se movimentar em torno deste objetivo. A igreja não apenas deveria conhecer este objetivo, mas efetivamente se engajar no trabalho para alcançá-lo. O fato de a igreja se compor de seres humanos, faz com que ela necessite se organizar. A igreja se apresenta ao mundo como uma organização com uma estrutura mais ou menos definida. A igreja apresenta programas, promove encontros, faz construções, tem finanças, realiza serviços. Tudo isto requer organização, liderança. Mesmo sendo o trabalho da igreja um trabalho essencialmente espiritual, este trabalho se expressa e toma forma através de instituições terrenas, concretas. Examinando o quadro bíblico, vemos diversas formas de estrutura que a igreja naquele período assumiu. No entanto, em nenhum momento na Bíblia, há alguma determinação na forma como a igreja deve se estruturar. A exigência bíblica é que a igreja tenha em seu meio e difunda a Palavra e os sacramentos. Há, portanto, uma liberdade na forma como a igreja pode se organizar. Esta liberdade, no entanto, não deve ser usada para dar visão ao descaso e à falta de ação. Ela deve ser utilizada para que a organização sirva com maior eficiência os objetivos por Deus propostos. Em Êxodo capítulo 18 nos é descrita uma experiência de boa organização. Moisés estava liderando o povo de Israel e a tarefa era tremenda. Ele não conseguia atender os problemas de todos como gostaria e sabia de sua responsabilidade. Aí o sogro de Moisés, Jetro, lhe dá bons conselhos sobre liderança e organização. E isto ele faz porque reconhece que era dever de Moisés, diante de Deus, atender bem o povo. Administrar realmente tem a ver com Deus. Liderar, administrar, organizar é uma tarefa responsável que deve ser assumida diante de Deus. O Dr. Waldo Werning reproduz em seu livro The Radical Nature of Church (A Natureza Radical da Igreja) dois gráficos que ajudam visualizar a situação de liderança de Moisés antes e depois do conselho sábio dado pelo seu sogro. 7 Olhando para muitas congregações temos um quadro semelhante. Se perguntamos quem é responsável pelo evangelismo, pela comunhão, pelo ensino, pelo serviço social, pela adoração, a primeira resposta que virá à mente de muitos é "o pastor". Em outras situações, se perguntamos quem é responsável pelas ofertas da congregação, a resposta será "o tesoureiro". Há ainda outras situações em que se perguntarmos quem é responsável pelo dirigir das reuniões da comunidade, quem é responsável pelo conserto do telhado da igreja, quem é responsável pela limpeza do pátio da igreja e assim por diante, a resposta será "o presidente". Talvez aí resida um problema em nossa maneira de nos organizarmos. Quando uma congregação se organiza, ela se preocupa em ter em seu meio o ministério da palavra, e de preencher os requisitos necessários para poder registrar seus estatutos na repartição pública competente. Diante desta preocupação inicial, convoca-se uma assembléia geral de membros votantes, e escolhe-se uma diretoria que irá representar oficialmente e administrar os negócios da congregação, e se chama um pastor para pregar a palavra e administrar os sacramentos, Enquanto este procedimento em forma de organização demonstra preocupação em atender as necessidades básicas de administração e em alcançar o grande objetivo de pregar a palavra e administrar os sacramentos, não se vê, por outro lado, nenhuma preocupação em atender os objetivos específicos de evangelismo, educação, adoração, serviço social e comunhão. Esta falta de clareza nos objetivos específicos faz com que ou não se organize quase nada, ou com que se mantenha uma organização que tem muito pouco ou nada a ver com o grande objetivo (palavra e sacramentos). Isto se manifesta em muitas congregações de forma bastante estranha. Não há ninguém que se preocupe com evangelismo, ação social e assim por diante, mas há boa organização de festanças, excursões, bares e assim por diante. Em questões de equipamentos pode-se verificar o mesmo fenômeno. Muitas congregações têm melhores instalações para realizarem festas que para realizarem cultos. No salão de cultos não entra a metade do número de membros batizados, mas no salão de festas entram todos e mais alguns convidados. Há congregações que não tem nenhum folheto evangelístico para oferecer aos seus visitantes e tem muito -11-

14 pouco material didático para ser usado na instrução de seus membros; e estas mesmas congregações têm todo o equipamento necessário para servir um delicioso chá ou para preparar um suculento assado. Esta distância entre os objetivos que a igreja recebeu da parte de Deus e a organização para o trabalho tem implicações muito sérias no exercício da liderança. A liderança não sabe exatamente qual sua função e, também por isto, na boa vontade de fazer alguma coisa, lidera um trabalho que não tendo clareza de objetivos, alcança os resultados mais diferentes e, por vezes, até inesperados. Alguns líderes, na tentativa de alcançar comunhão e confraternização cristã organizam uma festa, mas por não terem bem clareza do que pretendem alcançar, alcançam brigas e confusão. Muitos membros de diretoria depois de passarem um ano ou mais, por não saberem bem em que direção estavam trabalhando, juntaram mágoas suficientes para não quererem nunca mais participar da liderança de uma congregação. Além da falta de clareza de objetivos, nota-se, no exercício da liderança em nossas congregações, uma ênfase muito grande em questões administrativas e pouca ênfase na liderança de assuntos como educação, evangelismo, e assim por diante. Isto faz com que haja concentração de funções na mão de poucos e excesso de organização sem tarefa na mão de muitos. Explicamos: na maioria da direto-rias existem cargos como vice-presidente, vice-secretário, vice-tesoureiro, revisores, cujo trabalho maior que fazem ao longo de toda uma gestão é participar das reuniões da diretoria. Por outro lado, quase todo o trabalho na área de evangelismo e ensino é feito pelo pastor e uns poucos professores de escola dominical. A constatação de problemas como falta de clareza de objetivos e organização deficiente, nos leva a considerar como deveríamos desenvolver a liderança de forma mais apropriada. CAPÍTULO V LIDERANÇA VISANDO OBJETIVOS A proposta que fazemos neste trabalho é que a congregação cristã se organize tendo em vista os seus objetivos. Isto modifica alguns conceitos que tradicionalmente são empregados para organização de congregação. Colocando em primeiro lugar os objetivos da congregação, não se irá procurar pessoas para simplesmente preencher os cargos de uma diretoria, mas se irá procurar dons e qualificar estes dons para o desempenho de tarefas que irão atingir os objetivos. O líder não irá se compreender como alguém que, enfim, precisa fazer o serviço, mas irá perceber que ele é um instrumento nas mãos de Deus para que os objetivos de Deus para o seu povo sejam alcançados. Dentro deste enfoque a congregação irá procurar em seu meio líderes que tenham capacidades ou características especiais para o exercício da liderança visando os objetivos que ela reconhece através do estudo da palavra de Deus. Existem características gerais necessárias para quem irá ocupar cargos de liderança. No livro Como se forma um Líder Cristão, de autoria de Ted Engstrom, o autor considera as seguintes perguntas como reveladoras do potencial de liderança de uma pessoa: 1. Poderá ele aprender a desempenhar as tarefas que lhe foram atribuídas? 2. Estará ele em harmonia com os ideais do grupo? 3. Será ele compatível com os membros do grupo? 4. Conseguirá ele "dizer" às pessoas o que devem fazer e como devem fazê-lo? 5. Aceitará ordens sem ressentimento ou resistência? 6. Será organizado? 7. Sentirá a responsabilidade? 8 No livro Grupos de Reflexión, são citadas as seguintes características do líder: 1. Deve ter consciência de sua responsabilidade. 2. Convicção profunda dos princípios que sustenta. 3. Conhecimento do grupo e seu meio ambiente. 4. Capacidade para detectar as aspirações do grupo. 5. Interesse e compromisso com o grupo. 6. Desejo de superação constante. 7. Mente razoável e aberta. 8. Espírito democrático. 9. Estabilidade emocional. 10. Imparcialidade. 11. Ser animador. 9 Engstrom ainda lembra que o líder deve ter caráter íntegro e personalidade equilibrada. O caráter tem a ver com decisões éticas e a personalidade com o relacionamento social. 10 Além destas características gerais que o líder deve ter para desenvolver a liderança em qualquer setor da congregação cristã, existem qualidades especiais ou dons especiais requeridos para tarefas específicas como o louvor, o ensino, o testemunho. É importante lembrar que estas características não estão prontas, acabadas, na pessoa do líder. Liderança é um aprendizado. Um aprendizado constante. É importante investir muito tempo para -12-

15 desenvolver estas capacidades. Por isto que se fala em desenvolver a capacidade de liderar. Este desenvolvimento se consegue gradualmente e deve ser trabalhado. CAPÍTULO VI O CRESCIMENTO NA CAPACIDADE DE LIDERAR "O declínio de qualquer organização começa quando se despreza a necessidade de elevar o nível de preparação dos seus membros." 11 Esta afirmação de Engstrom é perfeitamente válida para a igreja cristã em geral, e para as congregações cristãs em particular. A congregação cristã não deveria se contentar com o mínimo de instrução de seus membros e o mínimo de preparo de seus líderes. A preocupação com a melhora do preparo dos membros em geral e dos líderes em particular deveria ser constante. E como fazer este preparo, como desenvolver a capacidade de liderar? Antes de mais nada, este assunto deveria ser ponto de preocupação para a congregação cristã. Devemos chamar a atenção da congregação para a necessidade de formação de líderes. Conscientes desta necessidade de líderes bem preparados para dirigirem a congregação em direção aos seus objetivos, a congregação pode tomar iniciativas bem concretas. Na instrução de confirmados pode-se educar os jovens não apenas a conhecerem a sã doutrina, mas a praticarem a mesma engajando-os na adoração, no testemunho, na comunhão, no serviço social. Na instrução de adultos, além do ensino doutrinário, oferecer oportunidades e treinar os que estão sendo instruídos para colocarem em prática a fé que Deus lhes concedeu. Para treinar os líderes que já assumiram e estão em postos de liderança, a congregação pode promover encontros onde estuda os objetivos da congregação e onde treina os mesmos a realizar as suas tarefas. Estes encontros podem ser a nível de congregação, paróquia ou distrito. Como a liderança enfrenta muitas dificuldades e tentações, é importante um trabalho sistemático no sentido de fortalecer a fé dos líderes através do estudo da palavra e do estímulo à participação dos mesmos na Santa Ceia. Nas reuniões de diretorias e comissões é importante haver estudo da palavra de Deus e este estudo deve ser relevante à situação por eles vivida. Na procura de novas lideranças a congregação pode investir em aperfeiçoamento de pessoal, encaminhando seus membros para cursos de profes- sores, diáconos e pastores. Pode também contratar pessoas que executem atividades especiais (secretaria, por exemplo), para liberar o pastor para tarefas em que ele tem melhor preparo. A busca de novas lideranças não deve ser descuidada. Existem formas de treinar novas lideranças. Engstrom cita cinco métodos de instrução anotados por Ordway em seu livro The Art of Discipleship (A Arte do Discipulado). São os seguintes: 1. Experiência numa situação de liderança sob alguma supervisão; 2. Progressão de pequenas situações de liderança para outras maiores; 3. Cursos de prática e de estudo de aprendizagem; 4. Conferências de estudo de métodos por grupos de líderes; 5. Conferências pessoais e sistemáticas do instrutor com o líder 12 Não será difícil imaginar formas de adaptar estas idéias para as nossas congregações. Quando alguém está se destacando na atividade da congregação e mostra sinais de capacidade de liderança, a congregação pode investir nesta pessoa preparando-a para gradativamente ocupar cargos cada vez mais importantes dentro da congregação. Talvez algumas adaptações na organização de nossas congregações se façam necessárias visando atingir melhor os objetivos da congregação e o desenvolvimento da capacidade de liderança. Via de regra nossas congregações se organizam para atingir a todos os membros na área de adoração (cultos). Também atingem parte dos membros na educação sistemática e continuada (crianças na escola dominical e confirmandos; instrução de adultos para ingresso na igreja). Além disto, muitas congregações se organizam para atingir os demais membros, ou por faixas etárias, ou por distinção de sexos (juventude, senhoras e leigos). Existem outras formas que podem ser tão ou mais eficazes para atingir a totalidade dos membros da congregação. Uma é organizar a congregação em torno de seus objetivos. Ter comissões ou departamentos encarregados de envolver toda a congregação em torno de evangelismo, serviço social, educação, comunhão e adoração. Outra é organizar os membros da congregação de tal forma que se atinjam as vocações presentes entre eles. Preparar lideranças que possam ajudar aquelas pessoas que são pais a serem pais cristãos. Preparar lideranças que ajudem aqueles que são empregados a serem empregados cristãos. Preparar lideranças que ajudemos patrões a serem patrões cristãos. E assim por diante, conforme nos é citado nas epístolas (Ef 5 e 6; Rm 12-14; Cl 3; 1 Tm 5-6). -13-

16 CONCLUSÃO Sendo a atividade de liderança na congregação cristã uma atividade que sempre precisa se renovar e que precisa estar atenta às transformações constantes pelas quais passa o mundo, importa que haja uma preocupação maior neste sentido e que algo seja constantemente feito para que os objetivos que Deus colocou sejam alcançados. Que Deus conceda sabedoria à sua igreja neste sentido. Prof. Erní W. Seibert Professor de Teologia Prática na E.S. de Teologia - ICSP. NOTAS 1 Os Artigos de Esmalcalde, III, XII, 2 - Livro de Concórdia, (São Leopoldo, Porto Alegre: Editora Sinodal, Editora Concórdia, 1980), p Confissão de Augsburgo, VII, 1 (Tradução do texto alemão) - Livro de Concórdia, p The Ministry, A Report of the Comission on Theology and Church Relations of The Lutheran Church - Missouri Synod, (1981), p.25 4 Confissão de Augsburgo, VI, 1. s Guido Merkens, Organized for Action, (St. Louis: Concórdia Publishing House, 1959), p Idem, ibidem, p Waldo Werning, The Radical Nature of Christianity, (Special Pre-publication Edition, 1975), pp Ted W. Engstrom, Como se Forma um Líder Cristão, (Queluz: Núleo - Centro de Publicações Cristãs, Ltda., 1984), p Arménio Pineros, Editor, Grupos de Reflexión, (Bogotá: Fondo Educativo del Comité Luterano de Literatura Zona Norte, 1980), p Engstrom, in op. cit., p Idem, ibidem, p Idem, ibidem, p

17 Liderança, Planejamento, Execução No estudo "Desenvolvendo a capacidade de liderar" tentamos dar uma boa fundamentação para o exercício da liderança e indicamos que a liderança deveria estar voltada para os objetivos a serem alcançados. Uma liderança voltada para os objetivos a serem alcançados é uma liderança que sabe o que quer e que pode desenvolver suas capacidades envolvendo novas lideranças no trabalho. CAPITULO I PLANEJAMENTO Planejamento é um aspecto do trabalho da igreja que fica, por vezes, em segundo plano. Pensa-se que, pela urgência do trabalho a ser feito, planejamento é uma perda de tempo e de energia não muito justificável. Até mesmo textos bíblicos são citados para provar que o planejamento não apenas é desnecessário, mas até errado (Mt 6.34). No entanto existem textos bíblicos que mostram necessidade do planejamento (Lc ). Há um ditado na área do planejamento que diz que se não é feito o planejamento para vencer, já está feito o planejamento do insucesso. O primeiro passo na área do planejamento é o estabelecimento de objetivos. Já vimos no trabalho acima citado que os objetivos gerais para o trabalho da igreja cristã estão estabelecidos por Deus em sua palavra. Teríamos como objetivos gerais pregar a palavra e administrar os sacramentos. Estes objetivos se manifestariam na atividade da igreja no testemunho, ensino, adoração, serviço social e comunhão. Graficamente poderíamos assim dispor os objetivos gerais. Pregar a palavra e administrar os sacramentos Pregar a palavra e administrar os sacramentos Testemunho Ensino Adoração Serviço Social Comunhão Quando se planeja a atividade de uma congregação e mesmo de um departamento dentro de uma congregação, tendo em vista os objetivos gerais, devemos estabelecer os objetivos específicos. Os objetivos específicos visam os objetivos gerais. De preferência os objetivos específicos devem ser mensuráveis. Vamos exemplificar. Uma congregação tem em vista o objetivo geral de pregar a palavra através do testemunho. Ela quer atingir os não cristãos, com a pregação do evangelho de Jesus Cristo. Diante deste objetivo geral ela se propõe objetivos específicos, como distribuir 2000 folhetos, ou então, visitar todas as 500 residências de uma determinada vila. Não é bom um objetivo que não seja mensurável, como, por exemplo, pregar a palavra de Deus para muitas pessoas, ou, distribuir alguns folhetos. Um objetivo desta natureza dificilmente pode ser avalidado. Uma vez estabelecidos os objetivos específicos, estabelecem-se os passos a serem dados para que estes sejam alcançados. Os passos são as metas. Neste ponto do planejamento é necessário prever que recursos humanos e que recursos materiais serão necessários. Vamos continuar desenvolvendo o exemplo do testemunho para as 500 residências de uma determinada vila. Na área dos recursos humanos, há necessidade de preparar, digamos, 20 duplas de visitadores, as quais irão visitar respectivamente, 25 residências. Além de recrutar estas 50 pessoas, é necessário organizar um pequeno curso de preparação, que precisa ser administrado por alguém. É preciso, também, que haja pessoas preparadas pra receberem estas pessoas na igreja e que dêem orientação para aqueles que desejarem. Além destes recursos humanos, é necessário prever os recursos materiais. São necessários folhetos missionários, local de encontro para os cursos de preparação, material de instrução para seguimento dos que manifestarem interesse pela Palavra de Deus, local de cultos apropriado, orçamento. Conhecidas as metas e os recursos humanos e materiais necessários, é preciso cronometrar as metas e estabelecer o nome dos responsáveis por todos os passos a serem percorridos. Voltamos ao exemplo que estamos desenvolvendo. 1. Escolha e compra do material evangelístico. Responsável: Precisa ser feito até: 2. Organização e execução do curso de prepara ção para os visitantes. Estabelecimento dos temas a serem estudados. Convite do palestrante (s). Preparação do local do curso (cadeiras, recurso didáticos, alimentação). -15-

18 Responsável: Precisa ser feito até: 3. Recrutamento dos visitadores. Responsável: Precisa ser feito até: 4. Organização da visitação (divisão geográfica, estabelecimento das duplas). Responsável: Precisa ser feito até: 5. Visitação. Responsável:. Será feito até: 6. Avaliação. Responsável:. Será feito em:. Estes passos devem ser claros na mente do líder quando planeja um trabalho. Este planejamento pode ser feito em grupo. Neste caso, o líder deve ter em mente clareza quanto ao processo do planejamento deixando o grupo estabelecer as metas e o desenvolvimento das mesmas. Quanto às metas, devemos lembrar que algumas necessitam um processo de planejamento completo, em virtude de sua complexidade. CAPITULO II ORGANIZAÇÃO Planejar ainda não é a mesma coisa que organizar. Cabe ao líder, depois do planejamento feito, organizar. Organizar significa criar condições para que o planejamento feito possa ser executado. É preciso dispor os recursos materiais, determinar os responsáveis, treinar os responsáveis em suas tarefas. Delegar responsabilidades. Sobre a delegação de responsabilidades, lembramos que o líder sempre permanece como o último responsável sobre todo o trabalho, mesmo sobre o que ele delegou. Por outro lado, o líder deve confiar nas pessoas a quem delega responsabilidades e deve dar-lhes autonomia suficiente para poderem realizar o que lhes é pedido. Deve também, ao delegar responsabilidade, dizer o que será considerado como um bom desempenho. Aí a pessoa que recebe a tarefa saberá como agir para ter um desempenho satisfatório. Ao longo da organização poderão ser necessários reajustes no planejamento. CAPITULO III EXECUÇÃO "Planeja o teu trabalho e trabalha o teu plano." Esta máxima deve nortear o líder neste ponto de seu trabalho. Planejar não é a mesma coisa que fazer. A energia não deve ser toda gasta apenas no planejamento. A execução irá dizer se houve ou não houve bom planejamento. Na execução é importante que se cumpram os passos pré - determinados, que haja boa supervisão em todo o processo, e que se façam os reajustes que se mostrarem necessários. Ao final da execução deve haver uma avaliação do trabalho feito, que servirá para estabelecer novos objetivos, que darão início a um novo processo de planejamento, organização e execução. CONCLUSÃO À medida que a igreja ouvir a Palavra do Senhor, ela irá aprender de Deus os propósitos que ele tem para ela. Sabendo destes propósitos, a igreja irá se organizar de tal forma que os atinja. Sabendo se organizar, sabendo planejar, e executar, haverá trabalho para todo o corpo de Cristo. Os líderes certamente irão desempenhar um papel importantíssimo neste processo. Que saibam de suas responsabilidades, das dificuldades, das alegrias, e que saibam também que no Senhor o seu trabalho não será em vão. Prof. Erní W. Seibert Professor de Teologia Prática da E.S. de Teologia-ICSP -16-

19 Liderança na Congregação Cristã 1. Introdução 0 tema desta palestra é por demais abrangente e corre o risco de repetir muitas das coisas que já foram bordadas nesta 1ª Semana do Leigo. Foi-nos dito que deveríamos falar sobre como fazer com que a estrutura existente na congregação (diretoria, comissões, departamentos) tenha condições de funcionar melhor. Não deveremos nos preocupar em como modificá-la, mas em como fazer com que ela sirva melhor aos seus objetivos. Essencial para que os diversos grupos funcionem melhor é um bom planejamento. Mas como este aspecto já foi estudado, iremos abordar aqui aquilo que mais se faz em diretorias, comissões e departamentos, ou seja reuniões. Falaremos também sobre o papel de servo que o líder deve desempenhar nestas reuniões. 2. A Liderança nas reuniões da igreja Muitas vezes você já deve ter ficado cansado de ir a reuniões. Também já deve ter dito: "É tudo uma perda de tempo!" mesmo assim, o que mais se faz na igreja são reuniões reuniões de todas as espécies. Elas não precisam ser necessariamente cansativas e você pode fazer muita coisa para que elas se tornem mais produtivas. Além de todo um planejamento sobre o objetivo, os programas e o melhor método para realizar suas reuniões, existem alguns aspectos que merecem a sua atenção. Eles precisam ser observados para que a sua liderança torne as reuniões mais gratificantes. 2.1 Conteúdo Toda a reunião tem uma série de conteúdos que são abordados. A agenda é determinada pela própria natureza da reunião e pelas necessidades da congregação. Normalmente, você tem condições de auxiliar na elaboração desta agenda que trata, em resumo, de manter a igreja em andamento e expansão. Mas toda a reunião tem sempre um aspecto objetivo e outro subjetivo em andamento. O seu conteúdo inclui todos os assuntos que são abordados e todos os sentimentos que são expressos ou experimentados durante o desenrolar da reunião. Precisamos nos preocupar tanto com as idéias, como com estes sentimentos. E é para este segundo aspecto que quero chamar a sua atenção. A reunião deve servir aos interesses da igreja como instituição, mas também deve servir aos seus interesses como corpo de Cristo. Se você crê que o objetivo principal da igreja é reconciliar os homens com o seu Deus e também com os seus semelhantes, os sentimentos expressos devem ser uma preocupação constante nas reuniões que você assistir. Normalmente, nossas reuniões não deixam de iniciar com uma meditação sobre a Palavra de Deus, porém também devemos poder constatar nelas a fé cristã em ação. Richard Niebuhr afirma em um dos seus escritos que o conteúdo principal de qualquer reunião na igreja deveria ser Lc 10.27: "Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu entendimento; e amarás o teu próximo como a ti mesmo." Em outras palavras, a reunião deve servir para aumentar o nosso amor a Deus e ao próximo. Na reunião, deve ser praticado o ministério da reconciliação. Normalmente, nos preocupamos muito com vencer a agenda e prestamos pouca atenção aos sentimentos que também estão presentes durante o encontro. O resultado disto é que colocamos em perigo nossas decisões e enfraquecemos a comunhão cristã que existe em nosso meio. Quando você sai de alguma reunião com raiva ou ressentimento, é sinal de que pouca atenção foi prestada a este segundo aspecto do conteúdo do encontro. Se você começar a dar atenção a ele, provavelmente terá reuniões um pouco mais longas, pois o diálogo que fatalmente surgirá tomará um bom tempo da sua agenda. Porém vale a pena gastar este tempo. A reunião se tornará bem mais produtiva e será mais fácil implementar as suas resoluções. 2.2 Dinâmica Durante a reunião, você deve procurar observar como o grupo está trabalhando em sua agenda. A maneira como nós tratamos dos assuntos abordados em reunião e a maneira como nós nos comportamos com relação aos demais participantes da reunião devem ser uma expressão de nossa fé e amor cristãos. Nós falamos muito a respeito de -17-

20 amor, mas nem sempre o praticamos. Por isto, você precisa se preocupar com a manutenção da comunhão entre os participantes do encontro. Se não conseguirmos amar o irmão que está sentado ao nosso lado, não teremos condições de amar a Deus (1 Jo 4.20). No transcorrer da reunião, tente concentrar sua atenção na maneira como as pessoas estão se relacionando. Veja se elas estão se comunicando bem. Diferenças de opinião são coisas normais e não prejudicam o trabalho. Elas podem ser até benéficas, pois forçam os participantes a revisar seus procedimentos e procurar soluções. O que atrapalha a reunião é a falta de amor, pois esta resulta numa hostilidade nociva. Ela também gera suspeita, o isolamento e muitos problemas mais. Por isto, você deve procurar uma maneira de manter uma boa comunicação em andamento durante a reunião. Creio que só a experiência lhe mostrará o melhor caminho a seguir em cada situação, porém existem alguns sintomas que devem merecer a sua atenção para não impedirem o bom andamento dos trabalhos da reunião. Eles são a existência de uma pessoa ou de um pequeno grupo que: a. tenta bloquear o andamento da reunião usando argumentos irrelevantes, ignorando o que os outros dizem, rejeitando sumariamente as sugestões de outros, fazendo ameaças, não querendo ceder em suas posições; b. tenta dominar a discussão (isto sempre acaba provocando atitudes que prejudicam a reunião como, por exemplo, a agressão dos demais participantes ou a sua submissão); c. retrae-se e permanece em silêncio ou então começa uma conversa colateral que nada tem a ver com a reunião. Nestes casos, é bom deixar a agenda um pouco de lado e discutir francamente este tipo de procedimento. Para o bem de todos, mostre a estas pessoas que o seu modo de agir conflita com seus princípios cristãos. 2.3 Responsabilidade Responsabilidade é a marca de uma pessoa madura. É também a marca que caracteriza uma reunião produtiva. A doutrina do sacerdócio universal dos crentes exige muita responsabilidade da nossa parte, pois cada um de nós deve ministrar ao seu próximo. Também em nossas reuniões todos devem participar responsavelmente, procurando se desincumbir de seu ministério para com os irmãos. De quem é a culpa quando as coisas vão mal numa reunião? De todos os seus participantes. O sucesso de qualquer reunião depende de todos os seus membros. Quando só o líder é responsável pela reunião, as pessoas que participam normalmente desenvolvem um grande sentimento de dependência e não conseguem superar este problema. Tornam-se agressivas e rebeldes. Não querem participar das decisões. Nesta situação, o líder é a autoridade, só ele fala e a reunião não se torna nada produtiva, pois todos começam se comportar como filhos rebeldes. Quando ninguém é responsável pela reunião, surge a anarquia e não se consegue fazer quase nada. O ideal é quando todos os participantes da reunião assumem responsabilidade por ela. Nesta situação, há confiança mútua e boa comunicação entre as pessoas. Todos dão a sua colaboração. Todos se sentem na obrigação de agir. É a democracia em ação. Quando isto acontece, torna-se fácil colocar o amor cristão em prática. Poderíamos até dizer que a grande tarefa de um líder é libertar os participantes da reunião de uma dependência emocional da sua pessoa, deixando que eles encontrem o seu próprio rumo e assumam a responsabilidade pelo que está acontecendo no grupo. Faça um pequeno teste para ver como anda a responsabilidade dos participantes das suas reuniões. Quando o líder está ausente: a reunião é cancelada porque nada pode ser feito sem ele? alguém faz uma oração no início e no final da reunião? o grupo tem coragem de fazer uma resolução final sobre alguma matéria? Perguntas como estas o auxiliarão a identificar os rumos que você precisa seguir em sua liderança. Divida responsabilidades. 2.4 Avaliação Toda reunião é avaliada de uma forma ou de outra. Infelizmente a maior parte destas avaliações é feita no carro quando se está voltando para casa, ou no café da manhã quando se comenta o que aconteceu na noite anterior. Estas avaliações particulares não auxiliam em nada. Você pode perceber o resultado delas pelas ações das pessoas que participaram, mas isto não irá melhorar o andamento de suas reuniões. Quando as pessoas deixam de vir, deixam de fazer o que deveriam ter feito, ou formam uma "panelinha" para melhorar as coisas, você já sabe qual foi o resultado da avaliação. Para ser proveitosa, a avaliação deve ser feita durante a reunião. Deve fazer parte integrante da agenda desta. É preciso parar para falar sobre o que estamos fazendo e sobre como o estamos fazendo. -18-

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