TIME DE RESPOSTA RÁPIDA EM PACIENTES DURANTE O TRABALHO DE PARTO E ATENÇÃO ANESTÉSICA PARA O PARTO ADEQUADO SEGURO CMA
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1 TIME DE RESPOSTA RÁPIDA EM PACIENTES DURANTE O TRABALHO DE PARTO E ATENÇÃO ANESTÉSICA PARA O PARTO ADEQUADO SEGURO CMA Pacientes em trabalho de parto podem apresentar quadros de deterioração clínica em determinados momentos do trabalho de parto, a depender das condições clínicas da paciente e condições de evolução do trabalho de parto. O período expulsivo e aquele logo após o nascimento são períodos críticos, nos quais complicações podem ocorrer e necessitam de um atendimento imediato. Sangramento, hipotensão, atonia uterina, dor, injeção inadvertida de anestésico local intravascular durante anestesia local para episiorrafia acarretando intoxicação, síncope, alteração do nível de consciência, retenção placentária acarretando complicações hemorrágicas, choque hemorrágico, etc. A detecção e a intervenção precoce, nessas situações de instabilidade clínica são oportunidades de prevenir complicações evitáveis e aumentar a segurança do paciente em trabalho de parto. Em termos de segurança, é fundamental uma avaliação periódica multidisciplinar da equipe de enfermagem e disponibilidade do anestesiologista para avaliação e atendimento em qualquer momento necessário que envolva risco à paciente, havendo necessidade de haver equipe de suporte disponível, uma vez que o obstetra, nestes momentos críticos, não poderá atender a paciente em relação ao suporte clínico necessário. A finalidade de formação do time de resposta rápida na atenção de pacientes em trabalho de parto colabora com o projeto do parto adequado, reforçando a segurança e garantindo atendimento de qualidade, além de prevenir complicações. Essa iniciativa visa ainda oferecer às mulheres e aos recém-nascidos o cuidado certo, na hora certa, ao longo do trabalho de parto e puerpério imediato, considerando a estrutura e o preparo da equipe Protocolos e Política de Qualidade CMA Página 1
2 multiprofissional, a medicina baseada em evidência e as condições socioculturais e afetivas da gestante e família. O time de resposta rápida atuará sempre que houver sinais de deterioração clínica da paciente durante o trabalho de parto, mesmo que esta não esteja submetida a procedimento de analgesia de parto. Poderá ser solicitado pela enfermagem, obstetra e indicada pela própria equipe de anestesia responsável pela assistência a pacientes no centro obstétrico. O objetivo será diagnóstico das condições clínicas e hemodinâmicas da paciente, avaliação de dor, estabilização hemodinâmica, hidratação e suporte avançado de vida, caso necessário. Além disso, visando um atendimento seguro e de qualidade às pacientes em trabalho de parto, inclusive àquelas não submetidas a analgesia de parto por opção, é de fundamental importância uma avaliação anestésica após o nascimento, antes da paciente ser transportada para o quarto. Isto garante uma atenção especial à paciente e família quanto ao conforto, dor eventual, náuseas e permite uma avaliação médica das condições clínicas antes da alta para o quarto (realizada na RPA), concedendo uma boa qualidade percebida. Segue abaixo fluxograma de atendimento anestésico no time de resposta rápida e melhora da qualidade percebida em pacientes submetidas a trabalho de parto. Sinais de deterioração clínica 1 Hipotensão Redução de mais de 20% da PA inicial 2 Sinais clínicos de choque, sangramento intenso, hipotonia uterina grave 3 Retenção placentária e outras complicações obstétricas 4 Dor intensa, impedindo progressão adequada do trabalho de parto 5 Arritmias cardíacas, hipoxemia 6 Sinais de intoxicação por anestésico local - arritmias, depressão respiratória, alteração do nível de consciência 7 Náuseas e vômitos Protocolos e Política de Qualidade CMA Página 2
3 FLUXOGRAMA - TIME DE RESPOSTA RÁPIDA EM PACIENTES DURANTE O TRABALHO DE PARTO E ATENÇÃO ANESTÉSICA PARA O PARTO ADEQUADO SEGURO. Alta segura e satisfação da paciente e família Trabalho de parto e sinais de deterioração clínica Obstetra, enfermagem, anestesiologista: detecção de sinais de perigo Objetivo: melhora da qualidade percebida e conforto às pacientes, melhorando a segurança e assitência prestada Disponibilidade do anestesiologista e enfermeiro para atendimento - Time de resposta rápida Registro em evolução médica no prontuário sobre cuidado anestésico, avaliação da dor, NVPO e possíveis complicações na RPA Avaliação anestésica - Diagnóstico Avaliação anestésica de todas as pacientes após trabalho de parto não submetidas a analgesia Conduta: estabilização do quadro, prevenção de complicações, tratamento Protocolos e Política de Qualidade CMA Página 3
4 FLUXOGRAMA ALTA SEGURA NA RPA PARA PACIENTES SUBMETIDAS A TRABALHO DE PARTO REFERÊNCIAS 1 - Resolução CFM 1802/2006. CFM garante maior segurança ao ato anestésico e paciente. Publicada no D.O.U em 01 de novembro de 2006 a Resolução do CFM n de 2006, a qual substitui a Resolução de Febrasgo. Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia. Atenção qualificada durante o parto. Rio de Janeiro (RJ): FEBRASGO; Protocolos e Política de Qualidade CMA Página 4
5 Protocolos e Política de Qualidade CMA Página 5
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