Estudo de Caso: O significado de Família e Saúde para o Idoso institucionalizado a partir do procedimento do Desenho de Família com Estórias.

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1 Estudo de Caso: O significado de Família e Saúde para o Idoso institucionalizado a partir do procedimento do Desenho de Família com Estórias. SAMPAIO, A. E. de M., Mestre; FONSECA, Y. X. F da, Mestre; MARTINS, E., Doutora e MACHADO, F. F., Mestre. Universidade Ibirapuera, SP. RESUMO: O objetivo deste trabalho foi compreender o significado de família e saúde para o idoso institucionalizado a partir da aplicação do procedimento do Desenho de Família com Estórias e de entrevista semi-estruturada. As categorias de análise construídas numa perspectiva fenomenológica. Neste estudo participou um sujeito do sexo masculino com 84 anos. Os resultados encontrados evidenciaram os conflitos existentes sobre o significado de família e saúde no processo de envelhecimento, aliado a momentos de dor e sofrimento intenso vividos, com a perda dos entes queridos. Percebeu-se, também, atitudes regressivas como mecanismo para continuar a viver, mas nem sempre, mostrando superação. Através da verbalização revelou a forma de organizar o pensamento e as emoções, mostrando a frustração, pelo fato de não conseguir realizar o que deseja, assim como ter que aprender a conviver com a solidão da instituição e o fantasma da morte. Palavras-chave: Família, Desenho de Família com estórias, idoso 1. INTRODUÇÃO No Brasil o crescimento das pessoas em fase de envelhecimento tem gerado sérias dificuldades para a sociedade. Assim, percebe-se uma necessidade urgente em realizar pesquisas que mostrem o perfil psicológico e físico para inserir políticas públicas objetivando adequar esse novo perfil demográfico da população, organizando serviços que de assistência aos idosos (SIMÕES, 2002). As pesquisas que estudam o envelhecimento têm aumentado significativamente em todas as áreas. Mas, ainda se conhece muito pouco da dinâmica psicológica e dos aspectos orgânicos que envolvem a terceira idade, sua subjetividade, a percepção com relação ao envolvimento familiar, sua construção histórica, o momento que o idoso está vivendo. A psicologia tem demonstrado que o ser humano possui capacidades internas que podem contribuir com sua maneira peculiar de estar no mundo. Porém, é necessário que o mundo externo seja favorável, que lhe permita adquirir conhecimento, buscando realizar seus desejos na luta pela vida (BERES, 2002).

2 Esse trabalho procurou compreender a psicodinâmica familiar do idoso a partir da investigação do Desenho de Família com Estória. Para tanto se faz necessário resgatarmos alguns aspectos relevantes sobre o processo psicológico do envelhecimento. Birman (1997) destaca que o ser humano passou a ser representado não apenas como sendo um ser histórico, mas também como sendo o agente crucial da sua historia. Percebendo as evidências da passagem do tempo através do relacionamento social e interpessoal mostrando os sinais no próprio corpo como perda da força física, as rugas insinuando o fim da juventude da pele, o surgimento dos cabelos brancos, uma lentidão no caminhar, além das necessidades de outros recursos, como aparelho para audição, óculos, prótese dentária (BERES, 2002). Percebem também, dificuldades cognitivas como a memória recente, as lembranças dos conteúdos passados são mais preservadas. O relacionamento social é o espelho refletindo as especificidades de cada um, ou seja, podendo mostrar o contexto da própria história evidenciando as significações entre as relações de vida e morte imprimindo neles suas fantasias e desejos (TASSARA & DAMERGIAN, 1996). Beauvoir (1990) destaca que abordar a questão da velhice é muito difícil, pois ao interiorizar as experiências e colocar-se no mundo, a pessoa o faz de um modo particular, pois deposita no convívio social não somente o que observou do meio externo, mas aspectos do seu mundo interno. Destaca ainda, que passado, presente e futuro estão intimamente relacionados ao longo de toda a existência, determinando o jeito peculiar de cada pessoa envelhecer. Nesse contexto a psicologia pode contribuir de maneira significativa no conhecimento das pessoas que estão vivendo mais tempo. Porém, a escassez de bibliografia acerca de envelhecimento no âmbito da psicanálise justifica o interesse deste estudo de caso. Pois procura investigar através dos aspectos subjetivos, um caminho que leve ao mundo interno desta população. Para tanto se utilizou de produções gráficas através do procedimento de Desenhos de Família com Estórias (DF-E), enfatizando respectivamente o mundo interno e o mundo externo do sujeito. De acordo com Lima (1997) O procedimento de DF-E tem como característica principal detectar angústias inconscientes que estão presentes nos aspectos afetivos das relações familiares. A aplicação desse instrumento combina duas técnicas projetivas usuais: desenhos de família (como forma de expressão gráfica) e técnica de apercepção temática. A utilização desse procedimento clínico tem possibilitado o acesso às informações subjetivas das relações

3 familiares, facilitando o trabalho de intervenção do profissional neste contexto com a apreensão de conteúdos do mundo interno (LIMA, 1997). O Procedimento de DF-E foi originalmente proposto por Trinca em Em 1986, o autor fez uma ampliação e aprofundamento, introduziu algumas alterações como a ordem de apresentação das unidades de produção. 2. METODOLOGIA O Lócus da Pesquisa O estudo de caso foi realizado em uma instituição de Longa Permanência, privada na zona sul da cidade de São Paulo em Agosto de A Instituição tem mais de 40 anos no ramo, possui 60 idosos que pagam uma quantia mensal de setecentos a mil e duzentos reais, dependendo da acomodação. A parte física compreende três casas e um apêndice, três salas de espera, uma cozinha que abastece todas as casas, doze banheiros e vinte e dois quartos (para uso de um a cinco idosos). O quadro de funcionários consta de dois administradores, um médico, uma enfermeira, um nutricionista, um terapeuta ocupacional, dez técnicos de enfermagem, cinco cuidadores, oito serviços gerais, duas cozinheiras e uma ajudante de cozinha. A instituição ainda conta com convênios com Universidades e outras Associações AMOSTRA Foi realizada uma pesquisa sobre o Significado de família e saúde para idosos: um estudo em instituição de Longa Permanência da cidade de São Paulo (Autores MARTINS, E., Doutora; MACHADO, F. F., Mestre; FONSECA, Y. X. F da, Mestre e SAMPAIO, A. E. de M., Mestre. Universidade Ibirapuera, SP). Participaram desta pesquisa 10 pessoas de ambos os sexos, na faixa etária de 65 a 97 anos que se encontravam em estado de internação há no mínimo seis meses. A partir dos dados coletados selecionou-se, para esse estudo de caso, um sujeito do sexo masculino com 84 anos que se encontra na instituição desde 2006 e que voluntariamente aceitou participar deste trabalho assinando um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido INSTRUMENTOS E PROCEDIMENTOS Como instrumento para a coleta de dados utilizou-se do Índice de Katz (escala de avaliação descritiva que avalia capacidade funcional ou autonomia) e entrevista semi-estruturada. As categorias de análises foram construídas numa perspectiva fenomenológica, buscando a compreensão das falas de cada entrevistado. A aplicação do procedimento de DF-E que

4 consiste na realização de quatro desenhos de família (cromático ou acromático), seguidos cada qual de estória, inquérito e titulo. A aplicação do DF-E foi realizada das unidades menos estruturadas para as mais estruturadas. Cada desenho de família foi realizado numa folha de papel A4 tendo a disposição sobre a mesa além do lápis preto (ponta grafite) os lápis coloridos de doze unidades, nos tons cinza, marrom, preto, vermelho, amarelo-escuro, amarelo-claro, verde-claro, verde-escuro, azul-claro, azul-escuro, violeta e cor-de-rosa, todos fora da caixa bem apontados. As instruções e ordem no processo de aplicação são as seguintes: a)"desenhe uma família qualquer"; b) "Desenhe uma família que você gostaria de ter"; c) "Desenhe uma família em que alguém não está bem"; d) "Desenhe a sua família" ANÁLISE DE DADOS Para a integração do embasamento teórico e clínico do DF-E utilizou-se a interpretação segundo referencial Lima (1997). A partir da leitura e reflexão sobre cada uma das falas do entrevistado, foram construídas as seguintes categorias de análise: 1- A Chegada do idoso na instituição: o distanciamento da família construída; 2- relação com outros idosos da instituição, 3 relação com a família; 4- Sobre o estar e gostar da instituição; 5- O significado de saúde para o idoso; 6- O significado de família para quem não vive com a família; 3. DISCUSSÃO A reflexão sobre cada uma das falas do examinando, a partir das seguintes categorias de análise: 1. A Chegada do idoso na instituição: o distanciamento da família construída; Gerson: eu vou contar porque que eu estou aqui, eu tinha a minha esposa, uma companhia muito boa que eu tinha, mas ela tava com doença de Alzheimer e nós morávamos na praça da Árvore, que eu tenho apartamento na praça e nós morávamos lá e cada vez a doença dela foi agravando, agravando, agravando até que ela não pode mais ficar comigo sozinha lá, porque ela não cozinhava mais, já não saia mais TAMBÉM, então minha filha falou: pai a melhor coisa que nós temos que fazer? Eu vou arranjar um lugar na minha casa, você vai

5 morar comigo lá na minha casa. A casa da minha filha é aqui perto, aqui perto Shopping Morumbi. 2. Envelhecimento e solidão: a falta do outro Gerson: ela (a esposa) então,quando ela tava boa, ela sempre falava pra mim: querido eu sei que vou morrer primeiro do que você, você... é um homem muito forte quando ficar assim, quando eu morrer não fique sozinho, arranje uma outra companheira, ela falava isso para mim sabe? Relação com os outros idosos da instituição Gerson: não tem, não tem porque aqui ninguém fala coisa com coisa, né... com quem que eu vou conversar aqui? Não tem, não tem ninguém para mim conversar, a única pessoa que eu converso, que eu saia daqui nesse outro quarto aqui tem a dona H, ela tem a cabeça boa, com ela eu converso, então criou uma espécie de confidente minha, converso as coisas com ela e ela me aconselha sabe?... ela tá com 87 anos...ela conversa muito bem, como eu tava falando então com ela só Relação com a família Gerson: olha, falar nisso faz muito tempo que meu filho num vem aqui sabe? a última vez ele veio com a minha neta mais velha, vieram aqui, agora fazia um tempo que ele não ligava pra mim, foi ontem ou anteontem de manhã o telefone tocou era ele... ligou pra mim perguntando se tava tudo bem, mas ele ta sempre em contato aqui com a instituição, porque a minha aposentadoria cobre a despesa, sabe?... e o aluguel que eu tenho do apartamento, cobre o convênio, os remédios que eu preciso tomar, tudo isso aí... ta tudo certo, eu não dou despesa pros filhos nenhuma despesa......todo sábado, se ela (a filha) não vem sábado, ela vem domingo. Ela que cuida da minha roupa, sabe? porque ela não quer que lava a roupa aqui... as minhas camisas, ela fala: pai eu levo as camisa eu lavo e trago tudo passadinho, as roupa minha aqui... ela quer que seja bem na linha,... a minha filha já falou pra mim, sabe?, a minha filha falou: - pai a hora que o Sr. enjoar, não quer ficar mais aqui, eu arranjo um lugar lá na minha casa, o Sr. vai morar comigo. Mas, eu não quero... eu não quero porque ela trabalha, ela sai de manhã, eu fico sozinho lá na casa dela, não tenho companhia, pior do que aqui... aqui não..., tem as enfermeiras, sou muito bem querido aqui sabe?, até o paciente que mais recebe visita aqui sou eu... já falaram aqui pra mim, eu recebo visita aqui, ontem eu tinha 2 senhores aqui, que fica conversando comigo, sabe? 5. Sobre o estar e gostar da instituição Gerson:... tanto que eu falei, eu gosto e não gosto...tem uma colega que é daqui da clínica, ela se queixa tanto, você tem sua geladeira, tem sua televisão tem seu aparelho de som, tenho telefone na cabeceira, o que mais você quer? Eu falo: eu quero uma companhia, isso

6 é de menos, pode trazer sua companheira pra cá, pode trazer, só que você vai pagar dobrado 6. Significado da saúde Gerson: você ta vendo, eu converso muito bem?... tenho boa disposição.... disposição pra tudo, pra tudo, porque se eu não tivesse disposição pra tudo eu não queria uma companheira também, o que que vocês acham? 7. Significado da família Gerson: bom a minha família é meus filhos e meus neto, porque o resto eu não tenho mais ninguém, tenho minha sobrinhada lá de Jundiaí... que é muito importante pra mim... muito importante, é minha neta, meu neto, meu neto começou a trabalhar comigo também...e gostou do que eu estava fazendo, ele foi na faculdade, se formou... a mesma profissão que eu, só que ele é um pouquinho mais do que eu...é que ele fez mecatrônica, ele é eletrônico também... é um grau a mais... sabe porque que eu queiro uma companheira?... vamos supor, com todo respeito, vamos supor que você fosse minha companheira... o que nós estaríamos junto, estaríamos conversando, trocando idéias entende?... então, eu falo assim: a segunda feira vai numa agência de turismo vê se arranja uma viagem pra nóis faze uma viagem, faze uma viagem de turismo, que nem minha esposa fazia isso, sabe?... vai numa agência arruma um lugar pra gente fazer uma viagem, sai, vai passear, isso que eu quero, isso que eu quero viu? não quero mais nada não 8. Quanto a ter uma nova família Gerson: não, uma família que eu entendo é a assim: - é a esposa, um filho, dois filhos, é uma família, do jeito que eu quero não é uma família, eu quero uma companheira, entende? Quero uma companheira que não tem aquela intenção, uma companheira com o pensamento da cama, não, não é isso, quero, naturalmente a gente deita junto, conversa troca idéias tudo, fazer planos, entende?... isso que eu quero... SÍNTESE DA ANÁLISE DO PROCEDIMENTO DO DESENHO DE FAMÍLIA COM ESTÓRIAS Produção 1 Produção 2 Desenhe uma família qualquer Desenhe uma família que você gostaria de ter

7 Produção 3 Produção 4 Desenhe uma família em que alguém Desenhe a sua família Não está bem Produção 1 - Desenhe uma família qualquer Fala enquanto faz o desenho: "- Este jardim é uma família. É a família da Letícia. Neste jardim tem uma árvore e existem 2 galhos. Deste galho sai outro galho... é daqui (aponta para o galho direito) agora sai outro. Então são dois galhos que saem de um. Cada galho representa uma flor. Tem duas flores. Estas flores representam os filhos deste casal. Um casal muito bonito. Ela é a mulher e ele é o homem. Desta união saíram 2 filhas, 2 flores, muito bonitas. Esta aqui é a flor principal. É uma mulher muito bonita e naturalmente só poderia ter uma filha muito bonita também que são: Letícia e a irmã dela. Esta menina Letícia eu conheci aqui. Foi uma das primeiras fisioterapeutas que cuidou de mim. Muito dedicada. Aprendi muito com ela. A família dela é só dois. Ela teve um filho também, mas morreu. Tem mais um galho, mas a flor caiu. Quer dizer que morreu, né!!... A Letícia é uma moça que esta estudando. É uma moça muito bonita...muito bonita. Se eu pudesse voltar minha vida pra trás eu ia casar com ela. É uma moça linda, loira de olhos verdes. Quando ela fez aniversario eu fui numa loja aqui perto e escolhi uma blusa verde pra ela. Achei que o verde combinava com os olhos dela. A mãe dela me dá muito conselho que é coisa que eu sempre preciso mesmo. É uma mulher com uma

8 cabeça muito boa. Com minha filha não posso conversar. Minha filha é contra e diz que eu to louco. Eu não to louco, porque se eu tivesse minha esposa não falava o que ela falava pra mim. Minha mulher falava pra eu arrumar outra companheira, mas não morar com os filhos porque senão vai sofrer muito. O meu filho mora em Bauru e de vez em quando...telefona. É difícil ele aparecer aqui... a minha aposentadoria fica toda aqui, cobre meu aluguel, convenio médico, a TV A e os remédios." Estória sobre a família desenhada A Letícia é uma moça muito esforçada muito estudiosa quando ele vinha de manhã para a fisioterapia nós ficamos ali naquele canto (aponta para o canto da sala). Foi uma grande amizade e até hoje Deus sabe o que eu faço por esta menina. No aniversário comprei uma blusa, ela veio aqui e ficou um negócio nela. O pai dela me ligou e disse que eu tinha muito bom gosto. Eu comprava roupa pra minha esposa. Eu viajava muito, fazia assistência técnica. Quase não parava aqui em SP. Minha esposa nunca perguntou onde é que eu fui ou cheirava minhas roupas. Não tinha ciúmes de nada. Acho que por isto a gente vivia bem. A Letícia fazia faculdade de fisioterapia na Ibirapuera. Na colação de grau eu fui. Foi muito bonita a festa. Eu ia de táxi, mas minha filha foi comigo. A figura mais importante neste desenho é a Letícia. Eu comprei outro presente pra ela, mas sem minha filha saber. Eu comprei um brinco com uma pedrinha verde. O melhor sou eu porque me dou bem com a família toda e eles me querem muito bem. Eu sou a raiz... não... a raiz é o Sr. Rubens ( pai de Letícia )...eu... sou o principal. Eu estaria ligado aqui com o pai (mostra no desenho), aqui coma mãe... com a família toda. Não tem o pior... porque a mãe me quer muito bem, o pai também. Eu falo pra ele vir aqui pra tomar uma cervejinha. Ele fala que qualquer hora vai vir...o mais feliz sou eu porque eu me dou muito bem com esta família. Hoje de manhã eu não agüentei. Liguei e falei com a mãe dela...o menos feliz sou eu porque eu não sou desta família. Eu sou um amigo da família. E dou graças a Deus por ter conhecido esta família. Eu tenho muita tristeza... Brinquei um dia com a Letícia e disse que ia me congelar e quando ela tiver 60 anos eu me descongelo. Ela é uma moça muito importante pra mim porque ela não tinha segredos comigo. Tudo ela me contava. Até do namorado ela perguntava o que eu achava. A preferida é a Letícia se não fosse ela eu não conheceria esta família...esta árvore, pra mim já é uma árvore já ta no passado porque como eu te disse, hoje eu liguei a mãe dela disse que ela tava dormindo pra eu ligar às 10 horas. Eu liguei...ela pediu desculpas, disse que tava estava estudando, fazendo um outro curso. Ela tem 23 anos. Então uma parte da árvore já morreu... a parte onde esta a Letícia, porque eu não me

9 dou mais com ela. Eu só converso. Agora é uma amizade muito longe. Nome da estória; A minha árvore da minha alegria. Alegria em latim é Leticia Interpretação A verbalização de Gerson vai ocorrendo juntamente com a realização da produção gráfica. Nota-se que este comportamento auxilia-o na elaboração do pensamento e das emoções. Demonstra desejo latente de constituir uma nova família nuclear. Percebe-se a importância da família com todas as suas atribuições e papeis bem delimitados. Porém denota tristeza ao perceber a impossibilidade de constituir outra família, e, que o tempo não para (congelarse ), nesta tomada de consciência se depara com os conflitos, dificuldades e as limitações físicas que a idade lhe impôs, cai na realidade, o único vinculo que pode ter com a garota é de amizade. Produção 2 Desenhe uma família que você gostaria de ter Fala enquanto faz o desenho: Aqui é um pequeno jardim. Este jardim tá cheio de florzinhas. Estas florzinhas representam crianças. Tudo criança. Como aqui vem bastante visita, eu recebi uma visita tão importante de criançada que eu fiquei aborrecido porque nenhuma falava. Eram todas mudas. Era um projeto. A professora me ajudava. Teve um dia que veio uma moça com um moço, eles eram namorados. Essa moça tem uma filha pequena, uma garotinha. Então eles estavam arrumando o jardim, a menininha pequena vira e mexe vinha e me dava um beijo. Eu perguntei pra ela porque ela me beijava e ela disse porque eu gosto de você ai...que abracei ela e disse que também gostava dela. Ai... passou um tempo ela foi lá no jardim e veio com uma florzinha na mão e perguntou se eu achava a flor bonita. Eu disse que ela era muito mais bonita. Ela se derreteu toda. Ela não largou mais de mim. Pra você ver a estima que eu tenho com as crianças. Meus filhos... Minha :filha era uma :filha que eu não queria. Não queria saber mais de filho de jeito nenhum. Eu não parava em casa. Eu viajava muito. Eu fiquei três meses trabalhando em Campos do Jordão e só ia pra casa no sábado. Minha mulher não reclamava. Estória sobre a família desenhada "A menina que estava mexendo no jardim e foi com uma florzinha na mão me perguntar qual era flor mais bonita e eu disse : A flor mais bonita é você. De fato,não é pela beleza, mas pela naturalidade da menina; Tanto é que eu já reclamei com o namorado da mãe dela, por que eles

10 não trazem mais a menina aqui. Ele disse que ela também quer vir. Ela deve ter uns 7 ou 8 anos." Nome da estória: Estória da minha vida Interpretação Nesta produção mostra um contexto regressivo saudades da infância, dos filhos e da dinâmica familiar. Produção 3 - Desenhe uma família em que alguém não está bem "Esta flor representa minha sobrinha. Ela tem marido e filhos. Não vou desenhar tudo que não dá...eu fiquei chocado quando a v...é a mesma coisa que eu largar mão de mim, ficar um trapo. Ela tá uma velha ( se levanta e se curva para demonstrar ).Minha sobrinha deu mal jeito na coluna. Fiquei impressionado. Eu falei pra ela fazer fisioterapia mas ela disse que dói muito. Ela deve ter 50 anos. É filha da minha irmã. Não tenho mais nada pra falar" Nome da estória: Uma triste vida de uma sobrinha minha Interpretação Percebe-se nesta produção que Gerson lida com o conflito emocional referente à saúde, transferindo, deslocando o sentimento para um outro objeto, sua sobrinha. Produção 4 - Desenhe a sua família Fala enquanto faz o desenho: Minha família agora é minha filha. Meu filho que não vem pra São Paulo. Vou fazer um cemitério, morreu todo mundo. Aqui é um portão...um campo sagrado... sabe...eu nunca vou ficar de costa para a porta. Não gosto. Eu nunca sei o que pode vir por detrás de mim. Sou desconfiado. Estória sobre a família desenhada: Minha mãe teve eu mais 3 irmãos. Foi minha irmã...,mais um irmão e outro irmão.eu lembro que eu e meus dois irmãos fomos criados no interior. São dois homens e uma mulher. Minha irmã morreu agora a pouco tempo. Então não tenho mais ninguém. Estes dois irmãos também não existem mais. Morreu todo mundo. Eu não sei se eles merecem ou não. A gente saia para brincar quando era garoto. Minha vida foi no interior, no rio, pescar, brincar. Eles eram meus companheiros, não tinha companheiros diferentes. Desde pequeno eu já tinha vocação pra mecânica. Eu fazia meus carrinhos, ia às oficinas de automóveis ver, fazia carrinho com roda de madeira. O mais importante é meu irmão que nasceu antes de mim, em De todos eles o

11 mais querido da minha mãe era eu. Eu era o caçula. Eu queria fazer carreira militar, mas minha mãe sofreu muito com meus irmãos. Meu irmão foi para Minas na Revolução e outro em São Paulo. Um lutando contra o outro. Pela minha mãe, eu desisti de ser militar. Mas se eu tivesse ido hoje estaria bem melhor. Meu pai queria tratar da minha mãe, ela ficou doente e minha esposa cuidou dela até ela morrer. Minha mãe sofreu com os filhos que bebiam e fumavam. Sabe Deus fez uma coisa muito errada comigo. Minha mulher morreu aqui....casei com ela duas vezes, uma no casamento e outra nas Bodas Nome da estória: A felicidade de um casamento. Interpretação Percebe-se que nesta produção Gerson lida com os conflitos emocionais evitando, supressão dos sentimentos, deliberadamente pensar na família que constituiu com a sua esposa e filhos. Prefere regredir a estágios anteriores que o levam a sua família nuclear (pai, mãe e irmãos), demonstrando muita angústia em falar da morte da esposa. Percebe-se, também dificuldades, medo de lidar com a sua própria morte. SÍNTESE GERAL DO PROCEDIMENTO DE DF-E Os resultados encontrados demonstraram que Gerson parece sentir-se muito só na instituição. Revela desejo latente de formar uma nova família, porém fantasia um relacionamento impossível de ser constituído (a aluna fisioterapeuta jovem de 23 anos que o atendeu). Assim, acaba utilizando mecanismos de defesas focados na dissociação dos afetos, lidando com o conflito emocional de forma distorcida prejudicando a percepção de si mesmo na relação com o outro, dificultando a integração da consciência. Os dados de realidade (como idade 84 anos, corpo curvado e força física rebaixada), quando percebidos pelo sujeito imediatamente desloca-o para outro objeto suprimindo da consciência o conflito emocional evitando deliberadamente pensar no problema ou experiências perturbadoras principalmente quando o foco é a saúde. Percebe a instituição não como extensão da família, mas como uma solução para sua condição de idoso. O fato de não ter mais uma família, gera sentimentos de isolamento dos afetos, porém permanece consciente de que se tivesse uma companheira a sua vida seria melhor. Entretanto, a pessoa por quem ele se inteireza mostra-lhe as suas impossibilidades, denuncia a condição de não ter mais perspectivas, os sentimentos de morte como fim, como o término da vida. Esse sentimento de abandono se faz mais presente quando recorda a morte da esposa (quando solicitado para desenhar a sua família: Vou fazer

12 um cemitério, morreu todo mundo...deus fez uma coisa muito errada comigo...minha mulher morreu aqui...casei com ela duas vezes, uma no casamento e outra nas Bodas ). 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS O procedimento de DF-E aliada à entrevista semi-estruturada forneceu informações do significado de família e saúde para o idoso institucionalizado. Evidenciaram-se as fantasias e os conflitos existentes sobre o processo de envelhecimento, aliado a momentos de dor e sofrimento intenso vividos, com a perda dos entes queridos. Percebeu-se, também, atitudes regressivas como mecanismo para continuar a viver, mas nem sempre, mostrando superação. Através da verbalização revelou a forma de organizar o pensamento e as emoções, mostrando aspectos significativos de frustração, pelo fato de não conseguir realizar o que deseja, assim como ter que aprender a conviver com a solidão da instituição e o fantasma da morte. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BEAUVOIR, S. A velhice. Trad. Maria H. F. Monteiro. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, BERES, V. L. G. Quando nos tornamos velhos: aspectos internos e externos desta questão. 1.ed.- São Paulo: Vetor, 2002 BIRMAN, J. Estilo e modernidade em psicanálise. São Paulo, editora 34, LIMA, C. B. de. Procedimento de Desenho de Família com Estórias Desenvolvimento e Atualização. In: Formas de Investigação Clínica em Psicologia. São Paulo, Vetor, p SIMÕES, J. A. A maior categoria do país: o aposentado como ator político. In: TELLES TASSARA, E.T.O. & DAMERGIAN, S. Para um novo humanismo: contribuições da psicologia social. Estudos Avançados (Inst. De Estudos Avançados da USP) 10(28):

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