BIOCOMBUSTÍVEIS, GLOBALIZAÇÃO DOS PROBLEMAS AMBIENTAIS E A CRISE ALIMENTAR. Sharon Cristine Ferreira de Souza (Mestrado em Direito Negocial da UEL)

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1 BIOCOMBUSTÍVEIS, GLOBALIZAÇÃO DOS PROBLEMAS AMBIENTAIS E A CRISE ALIMENTAR Sharon Cristine Ferreira de Souza (Mestrado em Direito Negocial da UEL) PALAVRAS-CHAVE: Globalização; desenvolvimento econômico; Biocombustíveis. INTRODUÇÃO Não se pode negar a quantidade de discussões que os biocombustíveis estão gerando, não só em razão do afã da sociedade global em solucionar os problemas ambientais decorrentes da emissão de gases poluentes na atmosfera produzidos pela combustão do petróleo e seus derivados, mas também porque o sistema econômico apresenta uma crise que deve encontrar um ponto final. Fome, miséria, desigualdade e demais desastres ambientais e sociais tão ruins ou piores do que aqueles causados pela poluição por resíduos do petróleo são algumas das acusações feitas aos agrocombustíveis em nível mundial, tendo como palco das acirradas críticas, órgãos internacionais como a Organização das Nações Unidas. Propositalmente a exposição começa com breves comentários acerca da globalização, tema de indispensável presença quando se trata de qualquer discussão política, social ou econômica nos dias de hoje, para posteriormente estabelecer um paralelo com a situação dos biocombustíveis. Juntamente com as saídas propostas por alguns autores ao problema da mundialização, faz-se uma rápida digressão acerca das alternativas de fontes de energia renovável e, especificamente, sobre os biocombustíveis, bem como sua situação no âmbito interno e externo ao Estado brasileiro. Por fim, a análise da crise e possíveis soluções para os problemas que se afiguram. Vale lembrar que se tem como base muitos textos jornalísticos, haja vista o desiderato de comentar sob enfoque jurídico situações fáticas que se impõem. 1 GLOBALIZAÇÃO E PROBLEMAS AMBIENTAIS Após as guerras mundiais, seguindo-se as décadas até os anos 80, houve uma série de acontecimentos que deram um novo rumo ao cenário estabelecido pela estrutura do Estado de Bem Estar Social na Europa que fora planejado economicamente com o

2 escopo de recuperar o continente depois das devastações econômica (capitalismo avassalador) e humana (atropelamento dos direitos individuais e sociais) vividas pósconflitos mundiais. O fim da Guerra Fria, que polarizara o mundo em duas frentes ideológicas divergentes, a descolonização de muitos países dominados por nações européias e a já mencionada construção do Estado Social representaram profundas mudanças vividas em dimensões globais. Assim, o capitalismo até então estatal, caracterizado como um sistema de mercado no qual o Estado avoca para si uma série de atribuições, a fim de intervir na economia e no social para evitar abusos do mercado e problemas sociais observados nas falhas da auto-regulação do mercado pela mão invisível, é substituído por ideais neoliberais, isto é, um capitalismo liberal preconizado pelos setores privados, dada a nova configuração da sociedade moderna (OLIVEIRA, p. 3). A globalização traz essa nova configuração à sociedade, transpondo os limites geográficos dos Estados, unificando suas economias, por assim dizer, uma vez que os mercados financeiros estão interligados numa rede global e o capital circula livremente, descompromissadamente e de maneira acelerada sem se importar com as políticas econômicas de qualquer Estado. Por isso, diz-se que hoje são antes os Estados que se acham incorporados aos mercados, e não a economia política às fronteiras estatais (HABERMAS, 1999, p. 3). Isso significa ao Estado não apenas a perda de autonomia e capacidade de ação, como também a exigência de um movimento de regionalização, uma junção, criação de acordos de cooperação e integração entre nações geograficamente vizinhas a fim de conseguir um maior poder de imposição e possibilidade de enfrentamento de certas dificuldades decorrentes do próprio processo de globalização. São problemas de repercussão global os relacionados ao meio ambiente, crime organizado, terrorismo, tráfico de drogas, armas e pessoas, epidemias etc. Como algumas respostas políticas a esse processo global, como forma de tentar solucionar os contratempos que se colocam frente à sociedade moderna nesta nova configuração dada pela globalização, surgem as teorias neoliberais pregando a necessidade de se esperar uma possível estabilização dessas novéis relações econômicas, políticas e sociais, mesmo às custas da igualdade e unidade social e outros princípios morais conquistados com o sangue de lutas passadas;

3 os protecionistas, que pensam simplesmente poder fechar os olhos à situação real posta e enclausurarem-se dentro dos limites do Estado-soberano, como se hodiernamente existisse possibilidades de um país ser auto-suficiente e completamente independente dos demais; e finalmente aqueles que aceitam o fenômeno da globalização e tentam encontrar meios de adequar-se à nova realidade propondo um capitalismo sem barreiras mundiais, mas que encontra certa atenuação nos limites estatais; e aqueles que entendem haver o mister da criação de uma política supranacional, com a criação de órgãos legitimados a resolver tais problemas que se mostram além do alcance do Estado nacional (HABERMAS, 1999, p. 7-11). Nesse cenário de mundo globalizado se põe um problema recente a respeito dos biocombustíveis. A celeuma instala-se quando se discute a mundialização dos problemas ambientais, com a iminente necessidade de reduzir o impacto ambiental causado pela emissão de CO2 e outros resíduos poluentes na atmosfera, causando aquecimento global, ameaça à biodiversidade e à própria sobrevivência da espécie humana (BETHGE, 2008, p. 1). A comunidade internacional desde 1970 vem se mobilizando no sentido de discutir e procurar soluções ao meio ambiente. A Organização das Nações Unidas (ONU) cria em 1972 o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), demonstrando justamente essa tendência de organização supranacional para discussão de problemas globais, extremamente difíceis de serem realizados no âmbito isolado de apenas um Estado. Mas somente na Conferência Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, realizada em 2002 em Joanesburgo, houve uma ênfase especial para o assunto das fontes de energia renováveis. Os debates foram, porém, aprofundados na Conferência Internacional sobre Energias Renováveis, dois anos depois, em Bonn, com a presença de 154 delegações de países diferentes. Todas essas discussões giravam em torno de busca de alternativas renováveis de energia para serem implementadas ao longo dos próximos anos, que correspondessem às expectativas de desenvolvimento sustentável.

4 2 CONSIDERAÇÕES ACERCA DAS FONTES RENOVÁVEIS DE ENERGIA E O BIOCOMBUSTÍVEL NO BRASIL A energia renovável é cada vez mais utilizada como importante instrumento para realização de políticas energéticas, as quais têm como papel fundamental a sustentabilidade do sistema energético. Houve a necessidade de se criar fontes alternativas de energia renovável - como a biomassa, eólica, solar, hidroelétrica, de marés -, não só para priorizar o desenvolvimento econômico e proteger o meio ambiente, mas para possibilitar a criação de novas tecnologias a serem lançadas no mercado, proporcionando independência tecnológica e autonomia dos Estados. Isso porque com a detenção de tecnologias de ponta para a produção de energia, os Estados garantem sua auto-suficiência, tornam-se independentes com relação às fontes energéticas de outros países (ou mesmo à dominante no mercado atual o petróleo), logo, também às intempéries do preço dessas matrizes energéticas, sem contar a segurança de possuir outra fonte de energia que não seja proveniente de um bem escasso e finito. Porém, o fato mais importante, neste pensamento, é garantir a democratização da energia pelos Estados (COSTA, 2005, p. 8-9). Ressalte-se que, a exemplo do Brasil, bem como em muitos outros países em desenvolvimento, milhões de pessoas, principalmente aquelas que se encontram nas zonas rurais de estados no Norte e Nordeste do país, não têm acesso à eletricidade. Assim, com o desenvolvimento de fontes energéticas alternativas, o país pode investir em seu sistema produtivo, fornecer o serviço de abastecimento de energia à população, tudo sem a demasiada preocupação com o mercado energético (COSTA, 2005, p. 8) O movimento de busca por fontes energéticas alternativas deu-se precipuamente na década de 70, quando os preços do petróleo dispararam e forçaram inovações no desenvolvimento de novas tecnologias, como a energia nuclear, melhor aproveitamento do gás natural e até mesmo a promoção do uso eficiente da energia. Mais especificamente, o Brasil, uma vez que seu território possui abundância de recursos naturais, optou por investir na geração de energia por meio de recursos hídricos e biomassa (FAVERET FILHO, 2008, p.23; COSTA, 2005, p. 12).

5 De qualquer maneira, vale frisar que mesmo os Estados sendo levados a apostar em inovações no setor energético em decorrência de todos os problemas acima apontados, há ainda grande necessidade de investimentos por meio de recursos públicos para pesquisa, desenvolvimento e subsídios às fontes renováveis de energia, objetivando a consecução de maior potencial de penetração no mercado e posição de igualdade para competir com as fontes convencionais (COSTA, 2005, p ). Esses investimentos têm retorno no âmbito social, econômico e ambiental, pois o desenvolvimento local gerado traz melhorias na produtividade da agricultura, reduz as desigualdades regionais, fomenta a geração de empregos, aumenta a qualidade de vida da população local em termos de infra-estrutura, isso sem mencionar os benefícios que podem ser auferidos na comercialização da tecnologia de fontes renováveis de energia. No caso do Brasil, a tecnologia na produção de biocombustíveis (etanol e biodiesel) é comercializada a países em desenvolvimento (COSTA, 2005, p. 17). Na verdade, concomitantemente às preocupações ambientais que cresciam continuamente desde a década de 60, culminando num debate em 1990 entre diversos países sobre um processo de conscientização pública a respeito dos problemas no meio ambiente (COSTA, 2005, p ; VIOLA, 1996, p. 32), houve um movimento internacional surdido em resposta à crise do petróleo de , desembocando na criação da Agência Internacional de Energia (AIE) em 1974, que visava à união entre os principais consumidores do referido recurso energético para traçar políticas a fim de garantir o abastecimento de petróleo, tendo em vista a segurança energética, o desenvolvimento econômico e a proteção ambiental. Houve um movimento global em prol da adoção de energias renováveis, tanto em função dos patentes problemas ambientais surgidos, quanto, e principalmente, por razões econômicas, resultando, depois de tantas mobilizações, em reflexos consideráveis com a redução de 10,6% da participação dos derivados de petróleo como fonte de energia, segundo dados ofertados pela AIE. De acordo, também, com o mesmo órgão, do total de 10,2 bilhões de teps consumidos mundialmente em 2002, 13,6% são de origem renovável (COSTA, 2005, p. 11 e 13).

6 Países industrializados europeus implementaram programas de governo incentivando as fontes de energia renováveis, como, por exemplo, Áustria com biomassa (geração de calor) e solar térmico (coletores solares); Espanha com fotovoltaico (fotovoltaico conectado à rede), eólica (fazendas eólicas) e biomassa (geração elétrica); Portugal com energia eólica (projetos eólicos) etc (COSTA, 2005, p. 22). No Brasil houve (e ainda há) vários programas governamentais incentivando fontes renováveis energéticas alternativas ao petróleo a partir dos anos 70. Como aqui se dará ênfase ao assunto dos biocombustíveis no Brasil, inicia-se o incentivo, criado em 14 de novembro de 1975 pelo decreto n , o Programa Nacional do Álcool (Proálcool), cujo desiderato era a substituição em larga escala de derivados do petróleo pelo álcool, para atender as necessidades do mercado interno e externo e estimular a política de combustíveis automotivos (FAVERET FILHO, 2008, p. 25). 3 A CRISE DOS BIOCOMBUSTÍVEIS O crescimento do etanol como matriz energética no Brasil tende a crescer cada vez mais nos próximos anos em virtude, principalmente, do aumento do preço do petróleo e do ascendente problema com o aquecimento global. Prova dessa situação favorável, como foi verificado com dados acima, é o crescente volume de financiamentos concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no valor de aproximadamente 3,5 bilhões de reais em 2007 ao setor energético de biocombustíveis. Essa posição privilegiada e promissora do país no atinente aos biocombustíveis foi consolidada recentemente quando da introdução dos veículos com motor flexível (os chamados flex), promovendo não só o investimento na área em termos financeiros, como também originando pesquisas em tecnologia (FAVERET FILHO, 2008, p. 23). Porém, não obstante as exportações mostrem-se crescentes e as projeções da demanda de etanol futuras sejam animadoras (FAVERET FILHO, 2008, p. 28 e 32), há uma explosão de críticas aos biocombustível em nível mundial. É inegável que a queima de combustíveis fósseis para a produção de energia (elétrica, ao abastecimento industrial e no setor de transportes) custou caro à humanidade, figurando o petróleo e

7 seus derivados como principais culpados pelas alterações climáticas e desastres naturais. O último relatório de 2004 da AIE apontou a tendência crescente de emissão de CO2 a 60% dos níveis atuais até 2030 se não houver mudanças drásticas na condução das políticas energéticas. Demonstrou-se no capítulo anterior as saídas apontadas por estudiosos de todas as partes do planeta no sentido de investir em energias alternativas para tentar amenizar os problemas ambientais, dentre eles o largo incentivo às políticas prol biocombustíveis. No entanto, recentes estudos de especialistas, inclusive muitos deles ligados a organizações supranacionais como a ONU, apontam para os perigos da expansão dessa matriz energética (CALVÁRIO, 2008, p. 4). Apontam-se impactos negativos diretamente ligados à produção dos agrocombustíveis como: desmatamento florestal, perda da biodiversidade, substituição da produção agrícola alimentar, contribuição ao aumento dos preços e esgotamento das reservas alimentares e, portanto, agravamento da crise alimentar, disputas de terras, trabalho escravo ou crescimento de empregos informais, aumento da pobreza e exclusão social etc (CALVÁRIO, 2008, p. 4). Esses apontamentos colocam em xeque o argumento de que a matriz energética biocombustível é a melhor solução aos problemas ambientais correntes, muito pelo contrário, uma vez que no encerramento do encontro da Primavera entre o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI), em 11 de abril de 2008, os presidentes das referidas instituições tacharam os biocombustíveis de principais culpados pelo aumento dos preços dos alimentos, causando assim uma grave crise alimentar e sérios distúrbios sociais (CALVÁRIO, 2008, p. 4 e 6). A Organización de las Naciones Unidas para la Agricultura y la Alimentación (FAO) vem publicando relatórios advertindo os países sobre o aumento dos preços dos alimentos, chegando, em determinados casos, como no México, a ter uma alta de 400% no valor do milho, alimento base daquela população (CALVÁRIO, 2008, p. 6). Jean Ziegler, relator especial da ONU para o direito à alimentação, propôs à Assembléia Geral da ONU em dezembro de 2007 a aplicação de uma moratória de 5 anos à produção de biocombustíveis sob a alegação de aumento de preços gerados pela matriz energética está levando comunidades pobres ao redor do mundo a passar fome, causando tanto ou mais prejuízos do que as fontes de energia derivadas do petróleo.

8 Críticas são lançadas a países como os Estados Unidos, os quais além de produzir o biocombustível a partir da fermentação do milho ainda concedem subsídios para o cultivo desse produto destinado à produção do etanol, fazendo-se produzir mais biocombustível em detrimento do cultivo de alimentos para o suprimento das necessidades da população. Quando se trata especificamente do etanol ou biodiesel brasileiros, o principal argumento é o desmatamento provocado pelo cultivo da cana-deaçúcar, o qual é responsável por emissões 17 a 420 vezes maiores do que a redução anual resultante da substituição de combustíveis fósseis por agrocombustíveis. Além disso, há ainda o registro de atentados contra os direitos humanos em plantações de cana-de-açúcar, óleo de palma e soja no Brasil, Argentina, Paraguai, Colômbia e Sudoeste Asiático, englobando casos de escravidão, salários míseros, condições de trabalho degradantes (periculosidade e insalubridade), conflitos violentos envolvendo disputas de terras e desmatamento florestal. A desflorestação em larga escala, inclusive, têm um custo ainda mais elevado em termos de perda de biodiversidade e destruição do meio ambiente do que o efeito estuda, segundo artigo publicado na revista Science, em 04 de janeiro de 2008 (CALVÁRIO, 2008, p. 7). 4 SOLUÇÕES APONTADAS AO PROBLEMA DOS BIOCOMBUSTÍVEIS Diante de todos os problemas apontados, podem-se fazer algumas considerações. Patente está a necessidade de se encontrar soluções a serem implementadas pelos Estados enquanto atores de um cenário global, mas em conjunto com decisões específicas tomadas pelos países dentro de seu próprio território. O grande papel das organizações internacionais como a ONU é estabelecer alguns parâmetros mínimos, porém essenciais à busca de desenvolvimento sustentável, o que significa a relegação de fontes poluentes e não-renováveis de energia, como é o caso do petróleo, e também da produção de biocombustíveis que não atendam aos requisitos de sustentabilidade, imprescindíveis a qualquer tipo de atividade econômica nos tempos atuais.

9 Relevante trazer o que se entende, então, por desenvolvimento econômico sustentável, consistente no crescimento econômico combinado com a melhoria e a garantia de uma vida melhor e mais saudável à sociedade, juntamente com o equilíbrio na distribuição de renda, posse de bens materiais, aumento da capacidade de consumo e manutenção do meio ambiente equilibrado (DERANI, 2001, p. 99). No tocante ao Brasil, também se pode dizer que se almeja com o desenvolvimento econômico um processo de conhecimento social que leve ao máximo de inclusão possível, não devendo ficar o Estado adstrito somente à noção simplista de crescimento econômico. Mesmo porque são determinações da Constituição Federal e constituem objetivos fundamentais da República a construção de uma sociedade livre, justa e solidária; a garantia do desenvolvimento nacional; a erradicação da pobreza e da marginalização e redução das desigualdades sociais e regionais; e, finalmente, a promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação (Art. 3º, CF). Ou seja, pela leitura do suprareferido artigo do Texto Constitucional, deve haver sustentabilidade no processo de desenvolvimento e não apenas a verificação pura e simples de crescimento econômico (GRILLO, 2007, p. 75). Cabe ao Estado incentivar e investir no setor energético para tentar mitigar os problemas ambientais por meio da emulação das tecnologias referentes às fontes renováveis de energia, especificamente a dos biocombustíveis, mas com permanente observância ao desenvolvimento sustentável. Alguns autores entendem que esse processo predatório no sistema econômico, guiado pela lógica do mercado, que ocasiona o esgotamento de recursos naturais, a poluição e mais uma série de prejuízos ambientais, a desigualdade e injustiça sociais, persiste até os dias de hoje, muito embora o foco da discussão tenha mudado para uma fonte energética alternativa. De nada adianta cogitar novas formas de recursos se a racionalidade do sistema econômico perdura. Assim, não se vislumbrará problema em utilizar os biocombustíveis, desde que sua utilização não seja em larga escala industrial e num modo de produção e consumo orientados pela racionalidade instrumental, ou seja, pela ética da eficiência técnica como um fim em si mesma, elegendo a livre iniciativa como

10 valor precípuo e basilar do sistema de mercado, utilizado somente para a consecução de valores e interesses individuais (OLIVEIRA, p. 10). O desafio maior do ponto de vista econômico é construir um processo produtivo baseado numa sócio-economia solidária, em que o sistema de mercado não vai mais guiar as relações sociais, ocupando esse papel o interesse público direcionado à integração social, distribuição de bens (igualdade) e sustentabilidade (OLIVEIRA, p ). À luz desse novo paradigma de solidariedade como um dos principais valores emancipatórios do indivíduo, o Governo pode conduzir as relações mediante políticas econômicas direcionadas à consecução do crescimento econômico do setor energético, com o desenvolvimento de tecnologias e produção de biocombustíveis, sim, porém, com a geração de empregos diretos, distribuição de renda, justiça social, respeito e preservação do meio ambiente às futuras gerações e a efetivação dos valores escolhidos e almejados pela sociedade. No caso em tela, pode-se dizer o Estado tem a possibilidade de enrijecer as leis ambientais, agravando os crimes cometidos contra o meio ambiente. Criar e conceder incentivos aos produtores de cana-de-açúcar que agem ecologicamente e seguem à risca os demais parâmetros trazidos ordenamento jurídico. A exemplo do ocorrido posteriormente à Rio-92 criação da ISO pode o Estado, outrossim, intervindo indiretamente sobre o domínio econômico mediante a regulação, criar selos verdes ou quaisquer outros tipos de certificações que representem a credibilidade e o compromisso com o meio ambiente que uma empresa deve ter, fornecendo, assim, um diferencial positivo perante o mercado (marketing) e conscientizando as pessoas da importância dessas políticas pró-meio ambiente e desenvolvimento sustentável (SANTOS, 1997, p. 101). Enfim, há várias formas de fazer das políticas econômicas instrumentos de distribuição de renda e justiça social (MOSQUERA, 2005, p ). Conforme dito acima, não basta unicamente um estabelecimento de balizas e critérios à produção e utilização dos agrocombustíveis em nível de organizações internacionais e supraestatais sem que haja políticas econômicas por parte dos países a fim de dar efetividade no âmbito interno ao desenvolvimento econômico sustentável.

11 CONCLUSÃO Não é de agora e nem são os biocombustíveis os únicos motivos para a crise atualmente instalada. Os problemas referentes à má distribuição de renda, gerando um abismo de desigualdade entre os mais ricos e os mais pobres, a observância apenas do crescimento econômico com o olvido da sustentabilidade - tema este só levantado no final do século passado -, o crescente desemprego, a explosão demográfica, a falta de alimento, enfim, são todos problemas duradouros, talvez já solucionados em grande parte pelos países desenvolvidos, mas ainda amargurados pelos Estados em desenvolvimento. Enquanto estes se preocupam com os problemas acima expostos, as nações industrializadas vêem o reflexo dessa crise e se fecham em suas fronteiras impedindo a imigração de indivíduos que buscam novos horizontes e oportunidades de trabalho e inclusão social. Esses são apenas mais alguns sintomas da globalização que geram crises como a tratada no presente estudo. Mas o fato de existir uma crise alimentar e social instalada é mais um motivo para se vislumbrar políticas que primem pelo desenvolvimento sustentável, e não o contrário, não a negação de utilização de fontes de energia renováveis (mais limpas) e que se mostram soluções interessantes para os problemas ambientais vividos. Não é certo falar-se em crescimento econômico quando da exploração dessa nova tecnologia do setor energético sem o fator sustentabilidade, palavra que carrega em seu bojo os valores de justiça social, distribuição de renda, pleno emprego, qualificação da mão-de-obra, preservação ambiental e demais valores relevantes à sociedade. É justo falar em reunião dos países mediante a ONU ou outro órgão internacional para se discutir critérios para a utilização e exploração dos biocombustíveis, bem como estabelecer metas a serem alcançadas pelos países em desenvolvimento em termos de sustentabilidade, bem como também é válida a política econômica adotada por cada país, dentro de suas fronteiras, para extirpar os problemas sociais, políticos e econômicos de seus limites. Quando se trata de meio ambiente, economia ou qualquer outro tema cujas ações e conseqüências têm repercussões globalizadas, não se pode falar em autonomia,

12 independência, porém, em integração, interdependência e concerto de interesses em prol de objetivos universais. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AGÊNCIA INTERNACIONAL DE ENERGIA - BETHGE, Philip; BREDOW, Rafaela Von; SCHWÄGERL, Christian. Quanto custaria para salvar a natureza? Trad. George El Khouri Andolfato. Disponível em: CALVÁRIO, Rita. Porque não vão os biocombustíveis salvar o planeta. VÍRUS, abr./maio, Disponível em: mid=26 COSTA, Ricardo Cunha da; PRATES, Cláudia Pimentel T. O papel das fontes renováveis de energia no desenvolvimento do setor energético e barreiras à sua penetração no mercado. BNDES Setorial, n. 21, p. 5-30, março, Rio de Janeiro: BNDES, Disponível em: DERANI, Cristiane. Direito Ambiental Econômico. 2. ed. São Paulo: Max Limonad, FAVERET FILHO, Paulo de Sá Campello; MILANEZ, Artur Yabe; ROSA, Sergio Eduardo Silveira da. Perspectivas para o etanol brasileiro. BNDES Setorial, n. 27, p , março, Rio de Janeiro: BNDES, Disponível em: FAO - FERRET, Grant. Especialista da ONU pede moratória de biocombustível. Disponível em: l, 2007 GRILLO, Fabio Artigas. Carga tributária e desenvolvimento econômico no Brasil. Revista Tributária e de Finanças Públicas. Ano 15, n. 73, mar./abr. São Paulo: revista dos Tribunais, HABERMAS, Jürgen. A Constelação pós-nacional: ensaios políticos. Trad. Márcio Seligmann-Silva. São Paulo: Littera Mundi, Nos limites do Estado. Trad. José Marcos Macedo. Folha de São Paulo, São Paulo, 18 jul. 1999, cad. 5 (mais!), p INPE -

13 LONGO, Carlos Alberto; TROSTER, Roberto Luis. Economia do Setor Público. São Paulo: Atlas, MOSQUERA, Roberto Quiroga. Tributação e Política Fiscal in Segurança Jurídica na tributação e estado de direito. São Paulo: Noeses, OLIVEIRA, Manfredo Araújo de. A Socioeconomia solidária e as Práticas de Vida Humana - um diálogo em construção. Disponível em: DOC PNUMA - PROINFA PROÁLCOOL PROGRAMA LUZ PARA TODOS - SANTOS, Antonio Silveira R. dos. Biodiversidade. Desenvolvimento sustentável. Revista de Direito Ambiental. Ano 2, nº 7, julh./set., São Paulo: Revista dos Tribunais, VIOLA, Eduardo. A multidimensionalidade da globalização, as novas forças sociais transnacionais e seu impacto na política ambiental do Brasil, in Incertezas de sustentabilidade na globalização. FERREIRA, Leila da Costa; VIOLA, Eduardo. 2. Tir. Campinas: UNICAMP, ; Como, por exemplo, o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (PROINFA) Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB) Programa LUZ PARA TODOS, que tem o objetivo de levar energia elétrica para mais de 10 milhões de pessoas do meio rural até O presidente do BM à época alertou que em poucos meses fez-se retroceder em 7 anos a luta contra a pobreza do mundo, problema que potencialmente ainda ameaça mais de 100 milhões de pessoas (CALVÁRIO, 2008, p. 6).

14 l Segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) em 23 de janeiro de 2008, foram desmatados cerca de km2 da floresta amazônica brasileira no período de

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