1.Visão histórica e princípios: Obs. Art.100 ECA 12 princípios expressos- Lei /09
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- Bruno Regueira Belmonte
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1 MPU / Visão histórica e princípios: Obs. Art.100 ECA 12 princípios expressos- Lei /09 Art.100. Parágrafo único. São também princípios que regem a aplicação das medidas: I - condição da criança e do adolescente como sujeitos de direitos: crianças e adolescentes são os titulares dos direitos previstos nesta e em outras Leis, bem como na Constituição Federal; II - proteção integral e prioritária: a interpretação e aplicação de toda e qualquer norma contida nesta Lei deve ser voltada à proteção integral e prioritária dos direitos de que crianças e adolescentes são titulares; III - responsabilidade primária e solidária do poder público: a plena efetivação dos direitos assegurados a crianças e a adolescentes por esta Lei e pela Constituição Federal, salvo nos casos por esta expressamente ressalvados, é de responsabilidade primária e solidária das 3 (três) esferas de governo, sem prejuízo da municipalização do atendimento e da possibilidade da execução de programas por entidades não governamentais; IV - interesse superior da criança e do adolescente: a intervenção deve atender prioritariamente aos interesses e direitos da criança e do adolescente, sem prejuízo da consideração que for devida a outros interesses legítimos no âmbito da pluralidade dos interesses presentes no caso concreto; V - privacidade: a promoção dos direitos e proteção da criança e do adolescente deve ser efetuada no respeito pela intimidade, direito à imagem e reserva da sua vida privada; VI - intervenção precoce: a intervenção das autoridades competentes deve ser efetuada logo que a situação de perigo seja conhecida; VII - intervenção mínima: a intervenção deve ser exercida exclusivamente pelas autoridades e instituições cuja ação seja indispensável à efetiva promoção dos direitos e à proteção da criança e do adolescente; VIII - proporcionalidade e atualidade: a intervenção deve ser a necessária e adequada à situação de perigo em que a criança ou o adolescente se encontram no momento em que a decisão é tomada; IX - responsabilidade parental: a intervenção deve ser efetuada de modo que os pais assumam os seus deveres para com a criança e o adolescente; X - prevalência da família: na promoção de direitos e na proteção da criança e do adolescente deve ser dada prevalência às medidas que os mantenham ou reintegrem na sua família natural ou extensa ou, se isto não for possível, que promovam a sua integração em família substituta; 1
2 2. Súmulas importantes para o estudo do ECA. 3. Jurisprudência STF/STJ INFORMATIVO 505 STF XI - obrigatoriedade da informação: a criança e o adolescente, respeitado seu estágio de desenvolvimento e capacidade de compreensão, seus pais ou responsável devem ser informados dos seus direitos, dos motivos que determinaram a intervenção e da forma como esta se processa; XII - oitiva obrigatória e participação: a criança e o adolescente, em separado ou na companhia dos pais, de responsável ou de pessoa por si indicada, bem como os seus pais ou responsável, têm direito a ser ouvidos e a participar nos atos e na definição da medida de promoção dos direitos e de proteção, sendo sua opinião devidamente considerada pela autoridade judiciária competente, observado o disposto nos 1 o e 2 o do art. 28 desta Lei. Súmula 74 STJ Para efeitos penais o reconhecimento da menoridade do réu requer prova por documento hábil. Súmula 108 STJ A aplicação de medida socioeducativa ao adolescente pela pratica de ato infracional é da competência exclusiva do juiz. Súmula 265 STJ È necessária a oitiva do menor infrator antes de decretar-se a regressão da medida socioeducativa. A prescrição penal é aplicada nas medidas socioeducativas. Súmula 338 STJ Súmula 342 STJ Súmula vinculante nº11(uso de algemas) Súmula 705 STF Súmula 718 STF No procedimento de medida socioeducativa é nula a desistência de outras provas em face da confissão do adolescente. Só é licito o uso de algemas em caso de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade disciplinar, civil, e penal do agente. A Renúncia do réu ao Direito de Apelação, manifestada sem a assistência do defensor, não impede o conhecimento da apelação por este interposta. A opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime não constitui motivação idônea para a imposição de regime mais severo do que o permitido segundo a pena aplicada. ECA: Remissão e Medida Sócio-Educativa - 1 A Turma deu provimento a recurso extraordinário para reformar acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo que, por reputar inconstitucional a parte final do art. 127 do Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA, afastara medida sócio-educativa aplicada a adolescente ("Art A remissão não implica necessariamente o 2 Arquivo:Texto ECA PC e PF 2011.doc
3 reconhecimento ou comprovação da responsabilidade, nem prevalece para efeito de antecedentes, podendo incluir eventualmente a aplicação de qualquer das medidas previstas em lei, exceto a colocação em regime de semiliberdade e internação."). Salientou-se que a remissão é instituto jurídico expressamente previsto no ECA (artigos 126 a 128) e que pode ser identificado como a possibilidade da suspensão ou do encerramento do procedimento judicial iniciado para a apuração de ato infracional, sem incursão no exame da autoria e da materialidade do caso sub judice. Ademais, aduziu-se que Lei 8.069/90 prevê duas espécies de remissão, a saber: a) pré-processual ou ministerial (ECA, art. 126, caput), proposta pelo Ministério Público antes do início do procedimento judicial para averiguação de ato infracional e que tem como conseqüência a exclusão do processo; e b) judicial (ECA, art. 126, parágrafo único), cabível depois de iniciado o procedimento judicial e proposta pela autoridade judiciária, podendo suspender ou extinguir o processo. Na espécie, entendeu-se que a medida sócio-educativa aplicada ao menor dera-se por imposição da autoridade judiciária, que homologara remissão cumulada à medida de advertência cominada por promotora de justiça. Assim, concluiu-se pela ausência de violação de garantia constitucional, porquanto a medida sócio-educativa emanara de órgão judicial competente. RE /SP, rel. Min. Joaquim Barbosa, (RE ) ECA: Remissão e Medida Sócio-Educativa - 2 Em seguida, ultrapassada a questão referente à legitimidade para imposição da medida sócio-educativa, asseverou-se que a argüição incidental de inconstitucionalidade da parte final do art. 127 do ECA merecia apreciação. Considerou-se, no ponto, que não haveria afronta ao devido processo legal na cumulação da remissão com a medida de advertência. Enfatizou-se que a incidência dessa medida poderia ser vista, na hipótese, como um modo de o Poder Judiciário chamar a atenção do adolescente, alertando-o para a gravidade de seus atos, sem ter que submetê-lo ao streptus inerente a um procedimento judicial. Ademais, destacou-se que o Pleno desta Corte já assentara que o aludido dispositivo legal não violaria qualquer norma constitucional. RE provido para reformar o acórdão impugnado, afastando-se a declaração de inconstitucionalidade nele contida, e reconhecendo-se a possibilidade de aplicação de medida sócio-educativa, pela autoridade judiciária, a requerimento do Ministério Público, em remissão por este concedida. Precedente citado: RE /SP (DJU de ). RE /SP, rel. Min. Joaquim Barbosa, (RE ) Informativo n Período: 24 de outubro a 4 de novembro de ADOLESCENTE. DESCUMPRIMENTO. MEDIDA SÓCIO-EDUCATIVA. PRESCRIÇÃO. As medidas sócio-educativas previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente não têm a mesma natureza e intensidade das penas estabelecidas no Código Penal, pois devem ser regidas pelos princípios da brevidade, excepcionalidade e observância da condição peculiar de pessoa em desenvolvimento. Entretanto, preservado o escopo principal das medidas sócio-educativas (pedagógico), não há como negar o seu caráter repressivo (punitivo); admiti-lo, inclusive, é útil não só aos autores de atos infracionais (adolescentes) mas também às vítimas de tais condutas ilícitas. Assim, as medidas sócio-educativas são, tanto quanto as sanções penais, mecanismos de defesa social, porquanto permitem ao Estado delimitar a liberdade individual do adolescente infrator. Torna-se arbitrária a concessão ao Estado do poder de aplicar ou executar tais medidas a qualquer tempo. Assim, perfeitamente possível a aplicação da prescrição penal aos atos infracionais. No caso, o adolescente, em 19/2/2004, descumpriu medida sócio-educativa (liberdade assistida) imposta, ato que ensejou o início da contagem do prazo da prescrição. A medida, cujo prazo é inferior a um ano, prescreve em dois anos (art. 109, parágrafo único, do CP). Por equiparação, é reduzido de metade o prazo da prescrição quando o agente era, ao tempo do fato, menor de vinte e um anos. Assim a medida sócio-educativa prescreveu em 18/2/2005. A Turma concedeu a ordem. HC SP, Rel. Min. Nilson Naves, julgado em 27/10/ Arquivo:Texto ECA PC e PF 2011.doc
4 4. Prazos: 1. Permanência em estabelecimento policial - 2. Apresentação ao MP - 5. Medidas socioeducativas A. Advertência Art.115 B. Obrigação de reparar o dano Art Internação provisória - 4. Internação sanção 5. Internação 6. Semi-liberdade 7. Reavaliação da internação/semi-liberdade 8. Prazo da apelação 9. Liberação compulsória 10. Prestação de serviços a comunidade Liberdade assistida Adolescente privado da liberdade / visitas Mandato dos conselheiros Membros do Conselho Tutelar Manutenção de documentos no hospital Criança Adolescente Jovem Adulto - C. Prestação de serviço à comunidade Art.117 D. Liberdade assistida Art E. Inserção em regime de semiliberdade Art.120 F. Internação Arts Arquivo:Texto ECA PC e PF 2011.doc
5 6.Terminologia utilizada pelo ECA LEIS PENAIS ECA 1. Crime e contravenção Flagrante delito Mandado de prisão Maior preso Prisão provisória Imputação de crime Pena Denúncia 8. 5 Arquivo:Texto ECA PC e PF 2011.doc
6 9. Réu Interrogatório Sumário de acusação e de defesa Defesa prévia Crimes e infrações administrativas Dos crimes em espécie. Do art 228 ao 244 b Das infrações administrativas Do Art. 245 ao 258 b 6 Arquivo:Texto ECA PC e PF 2011.doc
7 Ato infracional 8. Esquema Autorização para viajar: (Do art 83 ao 85 do ECA) I. Embarque para o exterior: A) Regra geral crianças e adolescentes necessitam de autorização judicial. B) É dispensada a referida autorização judicial se: 7 Arquivo:Texto ECA PC e PF 2011.doc
8 estiver acompanhado de ambos os pais ou responsável, viajar na companhia de um dos pais, autorizados expressamente pelo outro através de documento com firma reconhecida. Obs: Embarque de criança ou adolescente para o exterior acompanhada de estrangeiro autorização judicial. II. Embarque no território nacional: A) Adolescentes podem viajar livremente não necessitam de autorização. B) Crianças podem viajar acompanhadas dos pais ou responsável. podem viajar com autorização judicial C) Dispensa-se a autorização judicial se: - a criança esta acompanhada por: - ascendente; - colateral maior até o 3º grau; - pessoas expressamente autorizada pelos pais ou responsável 8. Conselho Tutelar Do art. 131 ao 140 do ECA: 1. Conceito: É órgão permanente, autônomo, sem função jurisdicional, 2. Objetivo: zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente. 3. Natureza Jurídica: - É fiscalizado pelo MP. - Regido pelo principio da Democracia Participativa. 4. Base-legal: - art. 227 CF 7º - art 204, II CF - art 131 ECA; 5. Composição: 6. Mandato: 7. Processo de escolha dos conselheiros: - eleição pela comunidade, pode ser direta ou por colégio eleitoral formados por representantes da sociedade local, sob a fiscalização do MP; 8. Requisitos: A ) B) C) 9. Remuneração: - a remuneração dos conselheiros somente deve ser feita se houver recursos financeiros no município; - É a lei orçamentária do município que deve trazer previsão dos recursos necessários ao funcionamento do CT; - O CT tem presunção relativa de idoneidade moral; - É considerado funcionário público em comissão; 8 Arquivo:Texto ECA PC e PF 2011.doc
9 - Tem direito a prisão especial até o trânsito em julgado; 10. Atribuições do CT: art. 136 I ao XI; Rol é exaustivo 11. Limites de competência: Territorial(no município); Impedimentos para atuar no mesmo Conselho tutelar : a. b. c. d. 12.Decisões: 13. Revisão: DA FAMÍLIA SUBSTITUTA GUARDA TUTELA ADOÇÃO 11.DA REMISSÃO: 9 Arquivo:Texto ECA PC e PF 2011.doc
10 A. NATUREZA JURÍDICA: B. CLASSIFICAÇÃO Remissão pré-processual ministerial: Art. 180 Art. 188 Remissão judicial: Obs. A remissão não implica necessariamente a responsabilização do adolescente e nem caracteriza antecedentes. 10 Arquivo:Texto ECA PC e PF 2011.doc
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