Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas. Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas NETP/RS
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- Ana Laura Brás Medina
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1 Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas NETP/RS
2 NETP/RS Secretaria da Segurança Pública do Estado É um dos programas do RS na PAZ Programa Estadual de Segurança Pública com Cidadania. COMIRAT Comitê de Atenção aos Migrantes Refugiados, Apátridas e Vítimas do Tráfico de Pessoas Disque Denúncia do RS - 181
3 Migrações - As principais motivações para migrar estão associadas a razões econômicas; à busca de oportunidades de ascensão social; à fuga de situações de guerra; e à discriminação por origem étnica ou racial, religião ou opiniões políticas. - Desejo de mudar de vida, dificuldades financeiras, desemprego, problemas de relacionamento familiar, aventura, fuga, ameaça de morte, delitos cometidos, motivo de trabalho, motivos familiares, saúde.
4 VOLUNTÁRIA quando há o consentimento de quem migra FORÇADA- quando o migrante não tem outra opção senão migrar; a migração acontece sem o seu consentimento manifesto. REGULAR - quando acontece dentro das regras estabelecidas pelo país de destino IRREGULAR - quando não há a observância dos limites impostos pela lei do país de destino.
5 Contrabando X Tráfico - O contrabando de migrantes acontece quando há a introdução clandestina de migrantes, isto é, a facilitação da entrada ilegal de uma pessoa num Estado do qual essa pessoa não é nacional ou residente. O transporte da pessoa é feito com o seu consentimento, sem a finalidade de exploração. Quando a situação é de tráfico de pessoas, sempre há a exploração como finalidade
6 Os casos se confundem e é fundamental sensibilidade e atenção para identificar casos de tráfico de pessoas: - Muitas vezes, vítimas de tráfico de pessoas são também migrantes contrabandeados e sua condição de vítima acaba ocultada, dando-se foco apenas a sua situação de migrante irregular. - O migrante, independentemente de sua condição migratória, é sujeito de direitos fundamentais inerentes à sua condição de ser humano.
7 Trabalho escravo - escravidão contemporânea Rural: - Família dos trabalhadores aliciados pode receber adiantamento. - São transportados, muitas vezes, à noite (alcoolizados) ou por estradas clandestinas para que vítima não tenha certeza da localidade em que se encontra. - Gastos com viagem e mantimentos são anotados em caderno com preços superfaturados, o que garante a servidão por dívida.
8 Trabalho escravo - escravidão contemporânea Urbano: - Mais comum envolver estrangeiros. - Promessa de bons salários. - Se estrangeiro retenção dos documentos. - Cobrança de passagem, moradia e alimentação (mesmo que precárias)
9 Exploração Sexual - Vítimas em sua maioria são mulheres e crianças; - Aliciamento com diferentes promessas (prostituição, atendente, modelo, etc); - Retenção de documentos; - Cárcere privado (subjetivo); - Endividamento prévio; - Envolvimento da família (geralmente em situação social vulnerável) ; - População LGBT.
10 Outras formas de exploração - Modelos - Jogadores de futebol - casamento servil - trabalho doméstico
11 Dados Pesquisa ENAFRON lançada em 18 de outubro de 2013 Principal modalidade de exploração no Rio Grande do sul é a exploração do trabalho escravo, com vítimas adolescentes e homens com idade entre 12 e 40 anos, baixa escolaridade e vulnerabilidade financeira, entre outras. Há poucos dados concretos sobre exploração sexual no RS. Nos estados do arco norte a maior exploração é a sexual com vítimas mulheres, travestis e transgêneros adolescentes e jovens adultas.
12 Dados Pesquisa ENAFRON lançada em 18 de outubro de 2013 No RS há registro de casos de comerciantes chineses que facilitam vinda de outros chineses ao país/estado e depois são explorados. Região da Serra na colheita das frutas. Região Norte trabalho escravo rural. Exploração do trabalho em algumas regiões de exploração do corte da madeira.
13 Sugestão Metodológica Dinâmicas: Primeiramente é bom garantir que grupos menores sejam diversificados. Antes das atividades fazer dinâmicas de apresentação ou de aquecimento. Dica de exercícios: - Histórico familiar de migrações: discussão em pequenos grupos e apresentação ao grupo maior. (qual origem de seus avós, seus pais, demais familiares e você? Você já migrou? Por que? Tem esse desejo?)
14 Sugestão Metodológica - Em pequenos grupos, definição de colega de apartamento: menino pegador, mulher namoradeira, pagodeiro, atleta, modelo, etc. Grupo precisa dar ordem de preferência por cada personagem justificando. - Concordo/Discordo/Tenho dúvidas Sugestão: Jogos para atores e não atores Autor: Augusto Boal. Editora: Civilização Brasileira.
15 Vítimas Danos sofridos pelas vítimas: - Impacto Psicológico: síndrome pós traumática, depressão, tendências suicidas, dificuldade de interação e formar relações de afeto. - Impacto Físico: problemas no sistema reprodutor, pulmões, sistema imunológico. - Impacto Econômico: endividamento e perda de bens - Impacto Social: isolamento, desconfiança, ruptura de antigos laços. - Impacto Legal: encarceramento, deportação, perda de guarda de filhos.
16 Crianças ou adolescentes sujeitos ao tráfico podem: Não ter acesso aos seus pais ou tutores; Parecerem intimidadas e não apresentar comportamento esperado para sua idade; Estar fazendo trabalhos que não são apropriados para crianças; Não ter acesso a educação; Não ter tempo para brincar; Receber sobras de comidas Viajar sem estar acompanhadas de adultos Presença de brinquedos ou roupas de crianças em local inapropriado.
17 Pessoas sujeitas ao tráfico para exploração de trabalho doméstico podem: Viver com uma família; Não comer com o resto da família; Dormir em espaço compartilhado ou inadequado; Não abandonar a casa por motivos sociais; Não sair da casa sem empregador Receber restos de comida; Estar sujeito a insulto, ameaças ou violências.
18 Pessoas sujeitas ao tráfico para fins de exploração sexual podem: Sair escoltar quando vão e voltam do trabalhos, compras, etc; Ter tatuagens ou marcas que as identifiquem como propriedade de seus exploradores; Ter pouco ou nenhum tempo livre; Viajar em grupo, algumas vezes com pessoas que não falam a mesma língua; Ter pouca roupa; não portar documento; Não ter dinheiro próprio em espécie.
19 Pessoas sujeitas ao tráfico para exploração laboral podem: Viver em grupo no mesmo local de trabalho; Não estar vestido adequadamente ao trabalho que realiza; Não ter contrato de trabalho, nem salário; Ter jornada muito longa de trabalho; Ter mobilidade reduzida; Estar sujeito a ameaça, abuso ou violências; Ser castigada com multa.
20 Referências * * * I Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas * II Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas * DIAS, Claudia; SOUZA, Fernando; VILLANOVA, Cristina - Curso Ead SENASP * ASBRAD, Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas: Experiência da ASBRAD no atendimento às vtimas e na capacitação das redes de atenção. Garulhos, setembro de 2011 * OIT, Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas no Brasil ( ): Brasilia: OIT, *O Tráfico de Mulheres com Fins de Exploração Sexual no Mercosul. Reunião de Ministras e Altas Autoridades da Mulher do Mercosul, dezembro * TERESI, Verônica.Guia de referência para rede de enfrentamento ao tráfico de pessoas no Brasil. Brasília, 2012.
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