20 anos. da FaAC PUBLICIDADE JORNALISMO GESTÃO DE MODA ARTES VISUAIS PRODUÇÃO MULTIMÍDIA

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "20 anos. da FaAC PUBLICIDADE JORNALISMO GESTÃO DE MODA ARTES VISUAIS PRODUÇÃO MULTIMÍDIA"

Transcrição

1 JORNAL-LABORATÓRIO DO QUARTO ANO DE JORNALISMO DA FACULDADE DE ARTES E COMUNICAÇÃO DA UNISANTA ANO XVIII - N MARÇO/ DISTRIBUIÇÃO GRATUITA - SANTOS (SP) 20 anos JORNALISMO PRODUÇÃO MULTIMÍDIA PUBLICIDADE GESTÃO DE MODA ARTES VISUAIS Ao completar 20 anos, a Faculdade de Artes e Comunicação da UNISANTA se consolida como uma das principais do segmento no País, em razão dos inúmeros profissionais formados e com projeção em suas áreas de atuação. Outras conquistas são os prêmios obtidos e a relevância do papel social, mediante a prestação de serviços à comunidade como a edição, ininterrupta, desde 1996, do jornal-laboratório Primeira Impressão Edição nº1 do jornal Primeira Impressão de março de 1996 da FaAC

2 Editorial FaAC comemora 20 anos O tema do Primeira Impressão deste mês é a comemoração dos 20 anos da Faculdade de Artes e Comunicação (FaAC) da UNISANTA, que contempla os cursos de Jornalismo, Publicidade e Propaganda, Gestão Comercial em Moda e Produção Multimídia. E há muito o que comemorar, afinal são duas décadas e diversas turmas de formandos. Com o intuito de relembrar a trajetória da faculdade, sua evolução (e revolução em alguns casos) e alunos que passaram pela instituição, os repórteres realizaram várias entrevistas e elaboraram matérias a respeito dessa data significativa. O diretor e coordenadores da FaAC destacaram a importância de cada curso e as adequações nas grades curriculares visando favorecer o acesso ao mercado de trabalho. Nesta edição, os leitores encontrarão informações importantes sobre a vitoriosa trajetória da faculdade, constatar a evolução e modernização dos cursos, as mudanças que estão por vir e entrevistas com ex-alunos e que hoje são respeitados profissionais em suas respectivas áreas de atuação. Boa leitura! Prata da casa Aline Barboza Ao contrário do que muitos pensam, alguns jovens decidem o curso universitário que farão desde cedo. Para estes, a indecisão do vestibular e as maratonas de estudo não se fazem necessárias. Para o jornalista Igor Augusto, ex-aluno da Universidade Santa Cecília, a escolha da profissão foi algo bem natural, sem pressão ou desespero. Eu gostava de informação, de saber das coisas e achava que escrevia bem, conta. Como se identificava com o curso, entrou de cabeça na faculdade, mas nem tudo foram flores. Ele diz que o primeiro encontro com a hard news (estilo de notícia jornalística) foi bem diferente do que esperava. No entanto, mesmo com a diferençan entre a Coletiva Sem leitura, sem cultura Gustavo Klein condena a falta do hábito de ler dos brasileiros e faz um balanço de sua carreira Beatriz Lopez Ainda falta leitura para todas as pessoas. Isso precisa virar um hábito, desde a infância, porque o desinteresse ainda é maior. É preciso que haja incentivo. Essa foi uma das afirmações feitas por Luiz Gustavo Klein, atual chefe do Departamento de Formação e Pesquisa Cultural de Santos e ex-editor do caderno Galeria do jornal A Tribuna, em entrevista coletiva na Universidade Santa Cecília. O jornalista falou de sua experiência na área e de como está a situação da cultura regional. O jornalista disse que a cultura pode ser capaz de formar o cidadão em todas as áreas. Atualmente, há pouco espaço Caroline Menezes A falta de interesse da população pela leitura e a falta de aprofundamento do jornalismo cultural da Baixada Santista foram os temas de destaque da entrevista concedida aos alunos do 4º ano de jornalismo da UNISANTA pelo jornalista e chefe do Departamento de Formação e Pesquisa Cultural, da Secretaria de Cultura de Santos, Luiz Gustavo Klein. Na oportunidade, ele destacou a disponibilidade da informação que as pessoas possuem, porém admitiu que ainda existe a falta de hábito na população pela leitura e busca por conhecimento. De acordo com o jornalista, o pouco destaque da mídia com relação às matérias sobre cultura é um fator que exclui e enfraquece o repertório da população. Santos possui uma cultura própria, realidade e expectativa, ele ingressou no mundo do estágio, começando em 2010 no programa Espaço Unisanta como produtor. Em 2011, ele acumulou, além da produção do programa, a condição de repórter e ainda o estágio no suplemento Jornal Motor, de A Tribuna, onde escrevia reportagens, notas e buscava informações junto a assessorias de imprensa. Augusto conta que foi no Jornal Motor que teve sua primeira matéria assinada. Na época, uma montadora estava realizando testes com um novo modelo que seria lançado e o ainda estudante conseguiu fotografar o veículo, estacionado perto de sua residência. Eu estava voltando para casa, em uma sexta feira a noite e vi o carro estacionado. Perguntei para um flanelinha que estava no Klein se formou na FaAC em 1996, na primeira turma de Jornalismo para a cultura nos veículos. Talvez porque as pessoas acreditem que política e esporte vendam mais. Eu não acho isso. É difícil fazer uma boa cobertura cultural hoje porque é preciso caiçara, que poderia ser mais bem explorada pelos jornais, disse. Para ele, os artistas da Cidade deveriam ser mais abordados pelos meios de comunicação, com reportagens sobre a história e o trabalho desenvolvidos. Klein acredita que a regionalização das matérias sobre filmes, peças de teatro, entre outras atrações culturais que são oferecidas no Município em diversos bairros, são de grande importância para os santistas, visto que esse tipo de informação seria mais relevante para a região local e ele me disse que o carro estava quebrado, fui para casa, peguei a câmera, voltei e fiz a foto. Na mesma noite, ele enviou a foto ao editor do caderno, que decidiu publicá-la. Ainda como estagiário, retornou ao Espaço Unisanta, atuando como cinegrafista por um período, sendo em seguida contratado como produtor do Caderno Regional. Para ele, a produção é a alma do jornalismo. Aquilo é uma correria, as coisas vão acontecendo todas ao mesmo tempo e só tem o produtor para resolver. É uma loucura, acho que já envelheci 10 anos como produtor, observa entre risos. Mesmo passando por vários estágios, ele diz ter outras aspirações, acrescentando que, se falar de muita coisa em poucas linhas, comentou. Depois de trabalhar praticamente toda a carreira no principal jornal da região, ele resolveu aceitar o convite para do que as divulgadas atualmente, com maior frequência, sobre a cultura internacional. Os jornais precisam procurar outras maneiras de chamar a atenção do leitor para esse tema. Além dos meios de comunicação, as pessoas também devem ser responsáveis pela busca de conhecimento e informação. Atualmente, são inúmeras formas de se manter atualizado, porém, segundo o jornalista, a falta de hábito pela leitura e o desinteresse da população geram problemas na formação das pessoas. Todos tivesse que escolher um modelo, alguém para ser parecido, este alguém seria Caco Barcellos. Augusto diz que tem necessidade de aprender coisas novas e se cansa de executar sempre a mesma tarefa. Para não cair rotina, já se matriculou no curso de Produção Multimídia, na UNISANTA. chefiar um setor na Secretaria de Cultura do município e definiu a sua escolha como difícil. Eu estava há um ano e meio no cargo que sempre almejei que era a editoria de Cultura, mas há algo dentro de mim que me faz acreditar que posso fazer mais pela área ocupando esta função. Sair da zona de conforto sempre é complicado, disse o jornalista. Ele afirmou que alcançou esse patamar porque persistiu em seus objetivos, mas disse estar em constante mudança. A visão em torno da imparcialidade jornalística foi outro tema da entrevista. Klein garantiu que, mesmo que inconscientemente, o profissional insere em seus textos um pouco de suas crenças. Por isso, dificilmente é possível se ler uma matéria totalmente informativa, Mídia contribui pouco para formação cultural Para produtor da Santa Cecília TV, escolha da profissão foi natural Análise do professor Jornalistas do meio impresso estão acostumados a fazer entrevistas, mas, geralmente, ficam intimidados quando têm de mudar de posição. Klein não fugiu à regra: acostumado a escrever textos enxutos, deu respostas curtas e objetivas. Contribuiu, assim, para que quase todos os alunos pudessem fazer perguntas e ambientar-se com a atividade. Beatriz Lopez e Caroline Menezes souberam captar bem as respostas e produziram textos que já precisam se atualizar para ter opinião formada sobre diversos assuntos. Temos que reservar um tempo do dia para adquirir conhecimento, observou. Ainda segundo Klein, não importa a forma como a pessoa vai ler, seja por meio de aparelhos tecnológicos ou por livros, o que importa é que essa sempre será a maneira de se ampliar o vocabulário e o repertório pessoais. Como incentivo à leitura, Klein revelou a abertura de mais duas bibliotecas na cidade, uma no Centro de Atividades Integradas de Santos da Vila Mathias, e outra na Vila Gilda. Ele também possui planos para a descentralização dos cursos, levando-os para diversos bairros. Você consegue modificar a realidade de uma pessoa por meio da cultura. Produzir e acompanhar, palavras que resumem o dia a dia de Igor na profissão Para ele, esta diversidade de estágios e contratações em curtos períodos de tempo se deram por causa de seu interesse e constante envolvimento nas atividades extracurriculares. É muito importante que o estudante encare o estágio como uma profissão e conheça o maior número de pessoas possível, pois nunca se sabe EXPEDIENTE - Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Faculdade de Artes e Comunicação da UNISANTA - Diretor da FaAC: Prof. Humberto Iafullo Challoub - Coordenador de Jornalismo: Prof. Dr. Robson Bastos Responsáveis Prof. Dr. Adelto Gonçalves, Prof. Dr. Fernando De Maria e Prof. Francisco La Scala Júnior. Design Gráfico e diagramação: Prof. Fernando Cláudio Peel - Fotografia: Prof. Luiz Nascimento Redação, fotos, edição e diagramação: alunos do 4º ano de jornalismo Editora de foto: Primeira página: Rodrigo Monteiro - Foto capa: Reprodução Coordenador de Publicidade e Propaganda: Prof. Alex Fernandes - As matérias e artigos contidos nesse jornal são de responsabilidade de seus autores. Não representam, portanto, a opinião da instituição mantenedora UNISANTA UNIVERSIDADE SANTA CECÍLIA Rua Oswaldo Cruz, nº 266, Boqueirão, Santos (SP). Telefone: (13) , Ramal 191 CEP jornalpi@gmail.com 2 Edição e diagramação: Gustavo Pereira

3 FaAC completa 20 anos de ensino de qualidade A Faculdade de Artes e Comunicação é motivo de orgulho para alunos, professores e dirigentes da instituição Onã Tolentino Laís Dias Os vários cursos mantidos pela Faculdade de Artes e Comunicação (FaAC) da UNISANTA são exemplo de inovação, competência e avanço do conhecimento. Dialogam com a criação, transformando o entendimento do mundo das Ciências e da Estética. Estão presentes o compromisso permanente com o ensino de qualidade e a formação integral dos profissionais que apresentamos ao exigente mercado de trabalho, marcas da UNISANTA. Assim, a presidente do Instituto Superior de Educação Santa Cecília, professora doutora Lúcia Maria Teixeira Furlani, ressalta a importância do ensino somado à qualidade e tecnologia que os cursos da FaAC proporcionam aos alunos. Há 20 anos criava-se a FaAC, junção do curso já existente desde 1973, o de Artes Visuais (chamado antigamente de Artes Plásticas), com os cursos recém-criados de Jornalismo e Publicidade e Propaganda, fato que a consolidou. Silvia, Marcelo e Lúcia Teixeira manifestam orgulho pelo êxito da FaAC com a colocação de tantos profissionais no mercado de trabalho ao longo dessas duas décadas Com equipamentos e instalações modernas, a FaAC sempre proporcionou aos estudantes um ensino de ponta, facilitando o acesso dos formandos ao mercado de trabalho. Desde o começo, o conjunto de laboratórios e os estúdios da TV e Rádio Santa Cecília colocados à disposição dos alunos já eram referência de inovação e qualidade, destaca a reitora da UNISANTA, professora doutora Silvia Angela Teixeira Penteado. A maior prova da importância dos laboratórios e aulas práticas são os prêmios que o jornal digital Unisanta Online da disciplina de Jornalismo ganhou em diversas edições da Expocom e o projeto Animachat, do curso de Publicidade e Propaganda, premiado em A colocação profissional de tantos ex-alunos no mercado de trabalho é motivo de orgulho para os professores e dirigentes da instituição. O pró-reitor Administrativo e presidente do Sistema Santa Cecília de Comunicação, Marcelo Teixeira, manifesta a satisfação de encontrar exalunos em empresas da região e capitais do País. É motivo de muito orgulho encontrálos desenvolvendo funções de vanguarda em rádios, jornais, revistas, emissoras de televisão e internet, diz. A semente foi lançada em terreno fértil, há 20 anos, e os frutos que se multiplicam simbolizam o que há de mais importante para os educadores: saber que o sonho de formar cidadãos capazes e responsáveis transformou-se em realidade, conclui a reitora Silvia Angela Teixeira Penteado. Joyce Serra Há 37 anos na Universidade Santa Cecília, Aquelino José Vasques, ex-diretor da FaAC e pró-reitor comunitário, ajudou a incorporar os cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda, que neste ano estão completando 20 anos. A faculdade foi criada em 1973 e contava apenas com o curso de Artes. Com os cursos de comunicação incorporados, nasceu, então, a FaAC. Segundo Vasques, a ideia do curso surgiu em 1992, após o Dia das Carreiras Profissionais, evento realizado até os dias de hoje na universidade, quando houve grande procura pelo curso de Comunicação Social, pois havia apenas uma instituição oferecendo tais cursos na região. A partir disso, Vasques começou a pesquisar juntamente com outros colegas qual o procedimento para iniciar os cursos de Jornalismo e de Publicidade e Propaganda na universidade. O receio era de que o curso não trouxesse o devido retorno. No entanto, a surpresa foi a quantidade de pessoas no anfiteafro do bloco D da universidade, conta. Para atender à demanda, foi montada uma sala para os interessados nos dois cursos, sendo convidados para conversar com eles, o ex-diretor da TV Tribuna já falecido, Carlos Manente, a ex-editora chefe do jornal A Tribuna, Miriam Guedes de Azevedo e outros professores que ministravam aulas em outras escolas. Para a implantação do curso, Vasques conta que percorreu Uma realização que deu certo Joyce Serra várias universidades de São Paulo, que já tinham estrutura montada. Carlos Conde, que era redator-chefe do jornal Correio Brasiliense, vinha pelo menos três vezes por semana para participar e ajudar a montar o curso. Há 20 anos, não havia tanta tecnologia. A era da internet estava no começo e não tinha o alcance de hoje, então tudo era mais difícil, conta Vasques, referindo-se às dificuldades que os alunos enfrentavam à época. Até que em 1994 começou-se a pensar no primeiro jornal impresso da universidade. Ele conta que a escolha do nome do jornal foi um fato curioso. Vários profissionais se reuniram para a escolha. Diversos nomes foram sugeridos como Ceciliano e Olhar Acadêmico, até que um professor comentou que tinha que escolher direito, porque a primeira impressão é a que ia ficar, conta o professor. Assim o nome escolhido ficou Primeira Impressão. Vasques deixou a direção da FaAC em 1996 sendo substituído pelo jornalista e professor Humberto Challoub, que está na direção até hoje. Mas não abandonou a universidade, tornou-se pró-reitor comunitário e continua acompanhando o trabalho dos alunos. No início, a universidade precisava trazer professores de fora da cidade. Profissionais de grandes veículos de comunicação vinham de São Paulo e de outras universidades. Hoje, ele se orgulha de saber que grande parte dos alunos formados na primeira turma estão no mercado de trabalho. Tenho muito orgulho de saber Vasques deixou a direção da FaAC em 1996 e tornou-se pró-reitor comunitário que eles prosperaram, diz. Nesses 20 anos, o curso já conta com uma grande estrutura e suporte para seus alunos, contando com os laboratórios de rádio, televisão e fotografia, que foram sendo adquiridos e construídos no decorrer dos anos. Hoje, o curso atrai muitos alunos e Vasques atribui isso também à universidade. O que valeu muito na época foi a boa vontade da UNISANTA, pois os diretores acreditaram e nos deram carta branca para fazer acontecer, revela. Ele acrescenta que a direção da universidade fez apenas uma exigência quando da criação dos cursos: a de que nos propuséssemos a fazer o melhor, como até os dias de hoje ainda é exigido. O pensamento sempre foi esse, conclui. ANÚNCIO ELABORADO POR ALUNOS DO 1º ANO DE PUBLICIDADE E PROPAGANDA Edição e diagramação: Gustavo Pereira 3

4 Diretor destaca importância da faculdade Carolina Ramires Há 18 anos na UNISANTA, o professor Humberto Challoub relembra os tempos em que era estudante, reconhecendo que as dificuldades para o aluno eram maiores. Formado em Jornalismo, conta que as tecnologias de hoje aumentaram as possibilidades e que o profissional pode experimentar várias áreas até se identificar com uma específica. E cita o papel da faculdade nesse processo. Primeira Impressão - Quando o senhor começou a trabalhar na UNISANTA? Como foi o processo? Humberto Challoub - Entrei em 1995, por indicação do jornalista Eduardo Silva, que hoje é editor-chefe da TV Tribuna. O professor Aquilino Vasques, que foi meu antecessor, era diretor do curso de Educação Artística, que depois se atrelou ao de Comunicação. O curso foi criado em O coordenador do curso de Jornalismo na época era o jornalista Carlos Conde. PI - Na sua opinião, o que é indispensável numa faculdade? Challoub - A faculdade precisa ter infraestrutura, laboratórios atualizados, para que o aluno possa manusear e experimentar de tudo e, no final, escolher o que realmente quer seguir na profissão. É preciso ter um quadro de professores qualificados e entusiasmados, que gostem daquilo que fazem e se dediquem. E também o interesse do aluno, pois não adianta isso tudo se o aluno não estiver interessado. Então, quando se pode fazer essa engrenagem funcionar, a escola, com certeza, será de qualidade. PI - Qual é o diferencial da faculdade? Challoub Não somos melhores nem piores que ninguém. Temos o nosso estilo de fazer e esse é o diferencial da UNISAN- TA. A gente nunca se preocupou Professor Humberto Challoub revela nesta entrevista o que planeja para os cursos da FaAC PPPPPPPPPjjjjjjjjjjjjjjj PPPPPPPPPjjjjjjjjjjjjjjj em copiar métodos, mas em pegar bons exemplos, conhecendo experiências de sucesso e metodologias que foram aplicadas e possam ser usadas também aqui. Criamos um curso adequado às necessidades da região. PI Para o senhor, o que é mais gratificante na UNISANTA? Challoub - Vemos as pessoas crescerem, trabalhando e constituindo uma família, o que é gratificante. Nesse momento, sentimos que o esforço dispensado serviu como contribuição para o sucesso daquele aluno, independente de quanto ganha. O importante é ver que ele conseguiu realizar e utilizar aquilo que a faculdade proporcionou, pois, às vezes, vemos pessoas que entram aqui sem eira nem beira, não sabem para onde vão e saem daqui profissionais realizados. Há também os momentos gratificantes de ver: produtos bem feitos, trabalhos que emocionam. Paixão pelo jornalismo trouxe Conde à UNISANTA Willian Roemer Na década de 1990, a Universidade Santa Cecília dava seus acordes iniciais na Faculdade de Artes e Comunicação e, com isso, veio o curso de Jornalismo, que teve como primeiro mestre regente o jornalista, advogado e santista Carlos Conde, ganhador do Prêmio Esso de Jornalismo de 1977 a maior premiação dada à categoria. Conde assumiu a coordenação do curso por seu amor à profissão e à cidade de Santos, sua terra natal, e pelos laços de amizade que tem até os dias de hoje com a família Teixeira, mantenedora da universidade. São esses três motivos que me faziam vir uma vez por semana de São Paulo a Santos para conversar com os professores e com os alunos, porque, na época, eu morava e trabalhava na Capital e, às vezes, pegava neblina ou fortes chuvas na rodovia, mas foi uma época muito agradável, relembra. No início do curso de Direito, da Fundação São Leopoldo, atual Universidade Católica de Santos, em 1964, Conde teve seu primeiro contato com aquela que seria sua grande 4 Edição PPPPPPjjjjjjjjjjjjj PPPPPPjjjjjjjjjjjjj PPPPPPjjjjjjjjjjjjj Humberto Challoub, diretor da FaAC: a faculdade precisa ter infraestrutura para que o aluno possa experimentar de tudo e diagramação: Laércio Mendes PI O senhor poderia relatar algum fato marcante? Challoub - Os alunos que tivemos com deficiência constituíram uma experiência inesquecível. Foram momentos em que a gente viu o esforço da pessoa, foi algo muito marcante. O gratificante da faculdade é ter a possibilidade de aprender com isso. PI - O senhor costuma ouvir muitas reclamações? Challoub - Reclamação sempre haverá. Há uma história que diz o seguinte: tem um copo pela metade. Haverá pessoas que vão reclamar porque o copo não está cheio e haverá aquelas que vão ficar felizes pelo copo não estar vazio. paixão, a profissão de jornalista no jornal O Diário, órgão dos Diários Associados, de Assis Chateaubriand ( ), que circulou em Santos de 1936 a Em 1966, transferiu-se para a redação de A Tribuna, trabalhando sob a direção de jornalistas experientes como Geraldo Ferraz ( ) e Juarez Bahia ( ), editores-chefes. De lá para cá, ele passou pelo jornal Última Hora, de Samuel Wainer ( ), e Estado de S. Paulo o Estadão que, a seu pedido, o transferiu para a sucursal de Brasília. Foi diretor do jornal Correio Brasiliense em sua sucursal em São Paulo, visitou mais de 87 paí- -ses e escrevia para o caderno cultural de um dos principais jornais argentinos, o Clarín. Hoje um dos mais antigos jornais do País, com mais de 100 anos de história, A Tribuna está sob a batuta de Carlos Conde, seu editor-chefe, desde agosto de Ele lidera também a edição do periódico Expresso Popular, da publicação semanal AT Revista e o site jornal A Tribuna. Todos os dias, quando acordo, tenho que sentir aquele sentimento do foca, uma chama motivadora, que, quando não sentir, será um sinal de que terei de parar de fazer jornalismo, relata Conde com os olhos brilhando. Antes de se transferir para A Tribuna pela segunda vez na carreira, foi diretor da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, durante três anos. Uma dica dada por Conde é que o jornalista não pode desafinar na leitura e na escrita, pois ambas têm que estar no Raíssa Ribeiro PI - Como foi para o senhor se atualizar como jornalista ao longo dos anos? Challoub - Fui de uma geração marcada pela dificuldade, que não tinha tanta liberdade. Era uma luta para estudar. Hoje, o ensino é mais facilitado. Fora a tecnologia, pois na minha época ainda se usava máquina de escrever. Procuro aperfeiçoar e atualizar o curso, mas nunca será possível acompanhar o ritmo das profissões porque é da sua natureza o próprio processo de evolução. Nunca podemos confundir a ferramenta com o conhecimento que acumulamos. Quem tem conhecimento vai aplicá-lo em qualquer ferramenta, seja em que época for. PI - O que é necessário para ser um diretor de universidade? Challoub - É preciso ter paixão pelo que se faz. Pois quando você gosta de alguém, por exemplo, você quer ficar com essa pessoa. Para mim, isso não é um peso, porque eu gosto do que faço e, quando a gente gosta, não vê o tempo passar, não se incomoda de ficar até mais tarde trabalhando. O prazer vem naturalmente, a adaptação se dá rapidamente. PI - Qual é o maior esforço para os professores? Challoub - O maior esforço é lidar com pessoas de diferentes tipos. Os alunos que entram nas universidade públicas, por exemplo, são os melhores. Porque há grande concorrência na acorde certo. Salienta também que toda matéria deve ser checada e muito bem apurada. Algumas vezes, durante a entrevista, ele cita o caso Watergate, um trabalho de jornalismo investigativo que culminou com a renúncia do presidente norte-americano Richard Nixon. O editor do jornal Washington Post sempre dizia aos repórteres para eles se identificarem e terem calma com a seleção. Aqui recebemos alunos de vários níveis. Por isso, a nossa maior dificuldade é poder estimular e elevar o nível de ensinar os alunos que, muitas vezes, estão desinteressados. Mas há aqueles que sabem aproveitar. Por isso, é necessário saber diferenciá-los e ajudá-los. PI - Como o aluno pode se destacar na faculdade? Challoub - A universidade é uma vitrine de futuros profissionais. Eu conheço profissionais que me pedem indicações de alunos dedicados para trabalhar ou estagiar em jornais e em agências de publicidade. E o aluno que se esforça, que faz bons textos, é esse que vai ganhar a oportunidade. Agora, o que não está interessado pode até se formar, mas fará a faculdade por fazer. PI - Houve alguma conquista importante durante seu período como diretor da FaAC? Challoub - A TV foi muito importante, pois deu muitas oportunidades para o estudante ingressar na profissão. Um diferencial que tivemos foi fazer a sala de redação em formato de U, para que o clima fosse parecido com o de uma empresa jornalística e para também aproximar mais a classe na hora de fazer os jornais. PI - O que o senhor planeja para a FaAC? Challoub - Planejamos continuar atualizando tudo o que for possível, incrementando com as novidades. Nós estamos fazendo uma reforma curricular em nossos cursos pela necessidade que encontramos de adequa-las às novidades da comunicação, principalmente em função das redes sociais que estão surgindo. Quando entrei aqui, não havia nem internet direito. A evolução é violenta. Este ano já começou com um currículo novo, adaptado. Como profissionais, somos obrigados a nos adaptar a isso. Carlos Conde, primeiro coordenador do curso de Jornalismo da UNISANTA e atual editor-chefe do jornal A Tribuna Willian Roemer matéria e que o trabalho fosse bem feito, dizia também que é melhor o jornalista perder o furo do que dar notícia errada. Conde destaca que a ética não pode ser deixada de lado. As faculdades precisam ensinar essa matéria. Digo ética de modo geral, pois, fazendo isso, com certeza, formarão bons profissionais, ressalta, dando o último acorde da entrevista.

5 Coordenação atuante e moderna Coordenador do curso de Jornalismo desenvolve trabalho pedagógico e sintonizado com novas tecnologias Daiane Zanellato O curso de Jornalismo da Universidade Santa Cecília comemora 20 anos de existência e desde o primeiro ano, em 1993, o professor Robson Bastos dedica-se ao curso ministrando aulas da disciplina de História do Jornalismo. Há sete anos foi nomeado coordenador de Trabalhos de Conclusão de Curso e alguns meses depois, foi nomeado coordenador do curso de Jornalismo. Desde então, está à frente de inúmeros projetos, mudanças e responsabilidades que um cargo como esse exige. A Faculdade de Artes e Comunicação (FaAC) dispõe de disciplinas e atividades conceituadas e que são reconhecidas pelo MEC. O curso já obteve a nota 4 numa escala de 0 a 5, o que consolida a tradição que o curso tem na Baixada Santista e no Brasil. Os alunos também podem usufruir de um andar com os maiores estúdios de rádio e TV da região para atividades práticas. A instituição também oferece estágio no sistema Santa Cecília de Comunicação, Rádio e TV Educativas e eventos realizados durante o semestre escolar, como por exemplo, os Jogos da UNISANTA e a cobertura das eleições. Esses eventos trazem aos alunos experiências práticas. Nos Jogos, além da cobertura na TV, os alunos produzem um jornal diário com as principais notícias e destaques. Já nas eleições a cobertura é feita toda online e essa é uma experiência muito importante para os nossos estudantes, já que a internet faz parte dessa geração, comenta Bastos. Ainda no primeiro semestre, os estudantes já começam a escrever textos direcionados ao jornal impresso. As aulas teóricas também fazem parte da grade curricular e são imprescindíveis, como Teoria da Comunicação, Estudos da Linguagem, Filosofia, Sociologia, entre outras. Graduado em Comunicação Social pela Universidade Católica de Santos, mestre em Comunicação Social pela Universidade Metodista de São Paulo e doutor em Comunicação e Semiótica na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Bastos se dedica integralmente ao ensino. Há 26 anos é professor na Universidade de Taubaté e tem em seu currículo inúmeros artigos e trabalhos de pesquisa publicados. O profissional diz que sua coordenação é inteiramente pedagógica, Suas responsabilidades vão além do que é dado em sala de aula. Eu procuro estar sempre por perto dos alunos, saber se eles estão satisfeitos, saber as opiniões de cada um, assim como procuro estar ao lado do corpo docente, pois gosto de entender as dificuldades de cada um, explica. Outra preocupação do coordenador em relação ao curso são as atividades curriculares. As grades curriculares vêm mudando ao longo dos anos e o que nós buscamos fazer aqui é uma adaptação dessas novas diretrizes para que o nosso curso continue sendo destacado entre as melhores universidades. Segundo Bastos, todas as mudanças necessárias para que o curso acompanhe as novas gerações, as novas tecnologias e a mudança que o jornalismo sofre a cada ano são bemvindas e respeitadas pelo corpo docente e, principalmente, vão sendo analisadas e introduzidas no dia a dia dos estudantes. Além das responsabilidades da profissão, o coordenador é um dos integrantes das equipes que avaliam instituições de ensino pelo MEC. Esse é mais um trabalho que agrega a minha condição de coordenador. Fazendo esse trabalho, posso observar como funcionam as outras universidades, tirar o melhor de lá e trazer para o nosso curso e também levar as experiências daqui para essas universidades, diz. O curso de Jornalismo da Universidade Santa Cecília é realizado em quatro anos ou oito semestres. Pode ser feito no período da manhã ou à noite. São oferecidas 130 vagas para os estudantes e totaliza 3240 horas de ensino. Todo o corpo docente do curso é composto por professores, mestres e doutores e profissionais atuantes no mercado de trabalho. Dificuldades e futuro Uma das maiores dificuldades apontadas pelo coordenador do curso é a quantidade de informações dispostas nos meios de comunicação. A internet é uma forte aliada nessa profissão, porém, o que me preocupa é a falta de interesse Robson Bastos: previsão de incremento na área de iniciação científica é o próximo passo da nova geração. O que percebo é que os estudantes não estão se aprofundando no universo jornalístico e todas as informações dispostas, sem um trabalho aprofundado, não vão formar jornalistas conceituados. É preciso dedicação por parte dos profissionais, dos educadores e de toda a sociedade, ensina. Um projeto que vem sendo estudado há anos por Bastos e que ainda não foi concretizado no curso de Jornalismo é o de iniciação científica. Eu faço parte da comissão que apresenta e avalia esse tipo de trabalho. Neste ano vamos começar a introduzir no ensino meios que estimulem nossos alunos a fazer parte de projetos desse porte. Essa é mais uma conquista que Bastos quer trazer para a UNISANTA, qualificando e despertando a atenção de estudantes de todas as localidades. Fazer um trabalho de iniciação científica é mais que se aprofundar em um tema, é estar a par de um projeto que pode transformar um meio e uma parte da Amaral diz que experiência foi significativa Raíssa Ribeiro Mônica Barreto O jornalista Rodolfo Amaral coordenou o curso de Jornalismo por dois anos O jornalista e consultor econômico Rodolfo Amaral disse que a experiência como coordenador do curso de Jornalismo da UNISANTA foi bastante significativa. Ele lembrou que o atual diretor da Faculdade, Humberto Challoub, havia assumido a direção do curso e como haviam trabalhado juntos, foi convidado para dar aula aos alunos do 4º ano e também para assumir a coordenação. Toda situação nova enseja um período de adaptação e comigo não foi diferente, afirmou Amaral, lembrando que enfrentou dificuldades no início, até que conseguiu implantar algumas ideias que foram bem sucedidas. É difícil assumir uma coordenação de um curso em fase de implantação, pois as reivindicações dos alunos são constantes. Porém, a faculdade e a direção da universidade sempre que possível adotavam inovações para melhorar o desempenho das atividades. Ele ficou apenas dois anos à frente do trabalho na UNI- SANTA, pois logo assumiu o cargo de secretário de Finanças da Prefeitura de Santos e esta nova missão tomava grande parte de seu tempo, não dando para conciliar com as atividades exercidas. Assim, optou por desligar-se da coordenação e, em seguida, do compromisso de ministrar aulas aos alunos. Para o jornalista, a experiência contribuiu para o engajamento de sua carreira profissional, lidar com o entusiasmo dos alunos e gerou novas expectativas. As duas missões, coordenar e ministrar aulas, também exigiram um processo de reciclagem permanente, além de lhe oferecer a oportunidade de acompanhar o pensamento e a visão crítica de um público mais jovem, que seriam as aspirações e também o medo de enfrentar o mercado de trabalho. Mônica Barreto Fazendo uma retrospectiva da época, Amaral disse que havia uma sala própria para o coordenador do curso, e no intervalo das aulas, o movimento de alunos era intenso no local. Muitos o procuravam para pedir melhorias materiais, outros para reclamar de professores, mas, com o tempo, as reclamações foram diminuindo e a turma passou a procurar o local para bater papo, tirar dúvidas sobre o exercício da profissão, ou seja, a sala do coordenador acabou se tornando um ambiente de reforço de conteúdo acadêmico. Ele acrescentou que os recursos tecnológicos avançaram bastante e que isso vem contribuindo para a melhoria do conteúdo acadêmico. Se o professor atual não tiver o cuidado de preparar bem suas aulas, atualmente as chances de ser contestado online pelos alunos é bem maior. Há, igualmente, uma ampla variedade de bancos de dados públicos que permite consultas das mais diferenciadas e o aluno que souber aproveitá-los adequadamente pode produzir matérias jornalísticas bem mais interessantes. Entre as tarefas realizadas, ele teve o prazer de idealizar e sugerir a criação do Núcleo de Estudos Socioeconômicos (Nese) da UNISANTA, que continua em atividade até hoje. Formado em 1984, Amaral continua aprendendo. Para ele, a informação ágil ganha cada vez mais dinâmica e exige de todos os profissionais e estudantes um esforço cada vez maior para permanecer atualizado a cada 30 minutos ou menos. Ele assinalou ainda que todo sucesso profissional é decorrência de esforço direcionado ao objetivo. Sempre fui muito dedicado em tudo que faço e procuro corrigir os erros de imediato. No mundo do jornalismo, aprendi que toda informação é importante e que vai se tornar ainda mais importante se se juntar a outra informação. Preguiça não combina com jornalismo. Hoje tenho plena consciência de que fazemos jornalismo para os leitores, para contribuir com a sociedade e não para saciar nosso ego, para assinar matérias e ficar conhecido como um profissional competente. Segundo Amaral, os jornalistas e artistas (respeitadas as raras exceções) acreditam que têm uma missão mais nobre do que outras profissões. Ele reiterou que isto não é verdade, pois todos dependem uns dos outros. Confessou também que demorou para chegar a esta conclusão, mas disse que fica triste de ver que muitos companheiros de profissão ainda acreditam que são melhores, mais honestos e mais justos do que o restante da sociedade. Para os estudantes de Jornalismo, Amaral deixou uma mensagem : Que persistam na trajetória da profissão, pois não somos melhores do que ninguém. Se temos alguma capacidade crítica, devemos utilizá-la em prol da sociedade. Não podemos nos limitar a criticar o buraco da rua, a fila no hospital ou as péssimas condições estruturais das escolas públicas, por exemplo. Devemos procurar investigar os detalhes que geram estes cenários, buscando todo dia uma informação adicional que torne o jornalismo uma ferramenta capaz de contribuir com a reorganização da sociedade, concluiu. Edição e diagramação: Gustavo Pereira 5

6 Irreverência e exigência, as marcas de Moreira Lima Daniela Origuela Conhecido pela irreverência e exigência em classe, principalmente nas provas, o professor universitário e jornalista Gerson Moreira Lima leciona desde Seus cabelos brancos denotam o quanto tempo ele lida com os alunos, cuja trajetória começou na Universidade Metodista, em São Bernardo do Campo. Na Universidade Santa Cecília, Lima está desde 1993, junto com o surgimento da Faculdade de Artes e Comunicação (FaAC) e também do curso de Jornalismo. Foi convidado a ministrar aulas pelo então coordenador Carlos Conde. Eram 104 alunos e as aulas eram ministradas com o uso do microfone, lembra. Foi entre os anos de 1997 e 2003, que Moreira Lima teve a oportunidade de deixar impressa a sua marca na universidade. Convidado a coordenar o curso de Jornalismo, ele implantou modificações que persistem até hoje. Sentamos eu e o (Humberto) Challoub (diretor da FaAC) e iniciamos o processo de reformulação. Claro que também contamos com a ajuda dos outros professores, conta. Durante sua gestão foram criadas as disciplinas de revista, Primeiro Texto, a atividade extracurricular Jornal dos Jogos (realizada nos meses de maio quando ocorrem dos Jogos da Unisanta), além do jornal digital Online. Era algo experimental implantado de forma voluntária pelo professor Darrell Champlin, recorda. Trouxemos a atividade para a estrutura curricular do curso, lembra. Ex-coordenador do curso de Jornalismo relembra fatos marcantes e fala sobre o futuro da profissão O Unisanta Online é o primeiro jornal universitário online do País, ou seja, o primeiro jornal elaborado pela Internet por uma instituição de ensino superior de jornalismo brasileira. Os programas de rádio e TV do curso também surgiram no período em que Moreira Lima esteve à frente do curso de Jornalismo. Publicações Há 15 anos, um acidente no clube Regatas Santista, após o show da banda Raimundos, na madrugada de uma sextafeira, deixou oito mortos e 63 feridos. Na época, o Primeiro Texto ainda não fazia parte da grade curricular do curso. A publicação, que era feita voluntariamente aos sábados, pelos mesmos alunos que ajudavam o professor Darrell no Online, chegaria às mãos do público antes dos jornais impressos com as informações da tragédia. Foi uma experiência de jornal diário. Todos estavam aqui no sábado pela manhã. A equipe foi para a rua, apurou os fatos, fez o texto, diagramou, imprimiu e às 20 horas estávamos todos distribuindo no Gonzaga, lembra Moreira Lima, com orgulho. À frente deste projeto também estava o então voluntário e atual professor do curso Luiz Carlos Bezerra, trazido pelo professor Moreira Lima para a Unisanta. Ele (Bezerra) e o André Rittes vieram atuar como monitores e acabaram se tornando professores, conta. Outro item destacado por ele foi o prêmio recebido, durante Gerson Moreira Lima acredita que o jornal impresso não vai acabar, mas vê na convergência de mídias o futuro do jornalismo um Congresso Brasileiro de Comunicação (Intercom), com o Tema, jornal institucional elaborado pelos alunos do curso de Jornalismo. Era um jornal voltado às questões de Ongs, associações de bairro, entidades filantrópicas, como a Santa Casa, entre outras, relembra. A publicação foi premiada na categoria Melhor Jornal Universitário. Futuro Onã Tolentino Ex-aluno de Paulo Freire, patrono da Educação no Brasil e idealizador da pedagogia crítica, que prega o conhecimento técnico aliado à realidade, Moreira Lima vê diferença entre seus primeiros alunos da FaAc em 1993 e os atuais. Os alunos de 20 anos atrás eram culturalmente melhores. Podiam não saber escrever nem ler corretamente, mas sabiam falar sobre temas que lhes atingiam como política, por exemplo. Eram mais articulados e ligados ao mundo. Hoje, percebo que eles são mais alienados às questões que lhes rodeiam, desabafa. Com relação ao jornalismo impresso, o professor acredita que a pior fase já passou. Sou otimista e acho que o futuro do impresso está no aprofundamento das informações que os veículos mais rápidos como internet, rádio e tv não conseguem dar, afirma. Para ele, o caminho do futuro profissional do Jornalismo está na capacitação de convergências das mídias. Questionado sobre o futuro pessoal, o professor ainda pretende permanecer por um bom tempo na sala de aula, mas reservando um tempo maior para a família. Eu sou professor, não estou professor, explica Moreira Lima manifestando seu amor à profissão. Nos seus planos também está uma especialização em Cobertura de Tragédias. Segundo ele, o mundo está propício a conviver cada vez mais com catástrofes ambientais e acidentes, mas o jornalista não está preparado para cobri-las. Exemplo disso são as matérias mal feitas, superficiais e sensacionalistas que vemos todos os dias. Desde o 11 de setembro até o incêndio da boate Kiss (em Santa Maria - RS) não foi diferente, critica. ANÚNCIO ELABORADO POR ALUNOS DO 1º ANO DE PUBLICIDADE E PROPAGANDA 6 Edição e diagramação: Laércio Mendes

7 Produção Multimídia prepara profissionais há seis anos Aluno é preparado para atuar com design gráfico para todos as mídias visuais do mercado Joyce Serra A paixão por artes visuais levou a designer gráfica Márcia Okida a sugerir a criação do curso de graduação de Produção Multimídia, que há seis anos integra a Faculdade de Artes e Comunicação (FaAC) da UNISANTA. Durante anos ela pesquisou e se inspirou em outros cursos para montar a grade curricular que poderia formar um profissional completo para o mercado de trabalho, já que a região era carente dessa formação. Com o projeto pronto, ela foi chamada pelo diretor da FaAC, Humberto Challoub, para apresentar a proposta, que foi aceita pela direção e reitoria. Assim, o sonho iria virar realidade. Algumas adaptações foram feitas e em 2007 o curso já abria inscrições para o primeiro vestibular. Eu não imaginava que fosse dar certo, mas não custava sonhar, conta. O foco do curso é o design gráfico, mas o aluno também aprende web design, cinema e vídeo, podendo fazer criação visual para todas as mídias. De acordo com Márcia, o interessado não precisa ter nenhum tipo de conhecimento específico na área. Muitos alunos chegam aqui sem saber muito de informática, então ensinamos tudo desde o início, explica. Mas Márcia também tem outra paixão, o jornalismo, área em que ministrou aulas de design editorial por vários anos. Docente na instituição desde 1996, foi chamada para dar aulas para os cursos de Publicidade e Propaganda (PP) e Jornalismo. Após três anos, deixou de ministrar aulas para o curso de PP e decidiu se dedicar somente ao Jornalismo. Foi responsável pela parte de design do jornal Primeira Impressão até Hoje é professora e coordenadora do curso de Produção Multimídia, curso que forma neste ano sexta turma. Raíssa Ribeiro Márcia Okida: o interessado no curso não precisa saber muito de informática Curso de Moda é único na região Joyce Serra A ideia de que Santos fosse ter um grande crescimento econômico por conta do pré-sal fez com que um novo curso fosse criado na UNISANTA em 2004, o de tecnólogo de Gestão Comercial (Moda). O boom tão esperado ainda não aconteceu, mas o sucesso do curso foi garantido. Segundo a coordenadora e professora do curso, Camila Gonçalves, Santos é uma cidade de grande comércio a wvarejo e oferece uma área muito ampla de atuação. Focando nessa visão de mercado, o curso teve continuidade e forma neste ano a sua nona turma. Com duração de dois anos, os alunos possuem aulas teóricas e práticas, divididos nas áreas operacionais, gestão e design, tendo como foco principal o varejo ligado à moda. Os estudantes aprendem desde a montagem de um negócio próprio à criação de uma marca e coleções de moda. Seja por preconceito ou por falta de informação, mas o curioso do curso é a procura em sua maioria, pelas mulheres. Na última turma que formamos dá para contar nos dedos quantos homens havia. Eram quatro e nesta nova turma são só mulheres, conta Camila. Mas é com orgulho que ela diz que vários ex-alunos estão hoje no mercado de trabalho à frente de seus próprios negócios. Por ser um curso de curta duração, é necessário que haja uma continuação desse estudo. O curso é intenso, justamente por ser rápido, mas o estudante deve buscar sempre aprimorar aquilo que aprende. Apesar de fornecer uma formação, ele não é uma graduação, é tecnólogo e exige uma continuidade desse aprendizado. Muitas pessoas o procuram apenas por ser um curso curto, explica. O aluno depois de formado pode requerer o registro no Conselho Regional de Administração (CRA). O órgão fiscaliza o exercício profissional do administrador. Porém, presta contas ao Tribunal de Contas da União (TCU) e ao Conselho Federal de Administração (CFA). Camila Gonçalves é formada em Gestão Produtiva e mestre em Gestão de Negócios, atuando há 18 anos na área. Possui hoje seu próprio negócio e marca própria. Ela mantém na internet um blog sobre tendências de moda e também com divulgação dos trabalhos de alunos. Quem desejar conhecer mais sobre o curso pode conferir no profacamilagoncalves.blogspot.com. ANÚNCIO ELABORADO POR ALUNOS DO 1º ANO DE PUBLICIDADE E PROPAGANDA Edição e diagramação: Natacha Negrão 7

8 Uma escola de talentos Com duas décadas de tradição, curso de Publicidade e Propaganda é um dos pioneiros regionais na formação de novos profissionais Gabriel Pereira Os cursos de Gestão Comercial em Moda, Jornalismo, Produção Multimídia e Publicidade e Propaganda têm muito o que comemorar. Em duas décadas de escola, cada curso já revelou grandes talentos da comunicação, enquanto professores já tiveram sua marca registrada em salas de aula e fizeram parte da história. Criado para ser uma inovação, em 1993, o curso de Publicidade e Propaganda já formou mais de 1500 alunos e cerca de 30 professores já rabiscaram as lousas do curso com suas experiências e técnicas. Só coordenadores já foram cinco: começou pelo fundador do curso, Aristides Brito, seguido de Paula de Jesus, Edison Delmiro, João Batista e o atual Alex Fernandes. A ideia de criar o curso foi justamente formar algo diferente e chamativo. Como já existiam outros cursos de Publicidade na região, não queríamos ser mais um, pois o foco era ser original, contratando professores que fossem publicitários de formação, o que, para a época, era novo e, em cima disso, trabalhar a grade curricular, fortalecendo cada matéria a ser lecionada, conta Brito. Partindo do princípio de que para ser publicitário ninguém precisa de diploma, isso sempre serviu de desafio para a primeira equipe do curso. Porém, esse aspecto parece nunca ter afetado na escolha dos calouros. Desde a primeira turma, a procura foi muito grande e as melhorias foram gradativas. A humanidade evoluiu da máquina de escrever para o computador, vieram os celulares e os smartfones e o curso precisou seguir essas inovações. A faculdade tem a obrigação de acompanhar a linha do tempo do mercado e suas tecnologias, usando como exemplo o fato de que, em 1993, formávamos alunos que escreviam com máquina de escrever e, com o tempo, vieram os computadores. Então, tivemos que nos adaptar para seguir o mercado. Tínhamos aulas de noções de Informática, por termos alunos que nem sabiam da existência de uma CPU, algo que hoje vemos como absurdo, explica o fundador do curso. Ao mesmo tempo que o curso passou por mudanças, com os alunos não poderia ser diferente. A sociedade é influenciada e muda conforme o que é criado no mercado. Um aluno da década de 90 não tinha o mesmo acesso à informação que os de hoje e, por conta disso, entrava mais cru na universidade, dependendo cada vez mais do professor, conta Edison Delmiro, terceiro coordenador do curso. A cabeça do aluno de 1990 sofreu uma mudança radical para hoje em dia, diz. A internet ajudou nesse aspecto, pois hoje o aluno entra na faculdade até com uma base sobre o que é tratado durante os quatro anos de curso e até sobre como está o mercado de trabalho, coisa que não víamos antigamente, completa. Para Delmiro, o mercado de 20 anos para cá não mudou tanto. Como qualquer curso de comunicação, sempre houve muita concorrência e dificuldade para alguns ingressarem nele, diz. Ele conta também que, por mais que seja um ramo muito competitivo, essa é uma área em que existe muita reciclagem, sempre entram e Sílvio Muniz Um dos pioneiros, Aristides Brito relembra a evolução que o curso de Publicidade e Propaganda passou ao longo das décadas saem profissionais, gerando vagas para novatos. Desde a minha época de estudante, na década de 1980, não há tanta vaga como gostaríamos, mas quem tem talento sempre entra, isso é inevitável, afirma. Para se ter uma noção da força e capacidade da graduação, vários prêmios e concursos de publicidade já foram ganhos por alunos formados pela casa. TCCs já viraram fonte de renda e trabalho para muitos e a estrutura da Universidade conta uma agência-laboratório, que pega alunos para estágio. Esse laboratório presta serviços para dentro e fora do campus. A coordenação atual é do professor Alex Fernandes, que possui experiência de sobra nas área de marketing. O curso está em constante mudança esta é a frase de todos que já passaram pela coordenação, incluindo a atual, diz. Eu, juntamente com os professores e o diretor Challoub, sempre busquei trazer a atualidade para a grade. Não digo que temos apenas um novo plano, pois não estamos em uma ciência exata, tudo muda rapidamente. Por exemplo, queremos montar novos laboratórios só com máquinas da Apple, tanto na agência como nas salas, atendendo a todos. Mas vem muito mais por ai, promete. Delmiro: internet ajudou alunos a conhecer o mercado de trabalho na área Sílvio Muniz Criatividade, marca registrada dos trabalhos de alunos de PP Onã Tolentino Giovanna Fornaro Criado em 1992, o curso de Publicidade e Propaganda coleciona uma série de prêmios, fruto do empenho e dedicação de seus alunos. Festup, FestGraf, Intercom são alguns dos festivais e eventos que garantiram prêmios a alunos ao longo deste período. Não é à toa, que vários destes jovens publicitários já conquistaram espaço no concorrido mercado de trabalho. Além disso, a agência de Publicidade e Propaganda oferece oportunidade para os alunos exercitarem seus conhecimentos. E a agência também tem orgulho de fazer parte da história de uma iniciativa bem sucedida da Associação dos Profissionais de Propaganda, pois dois alunos da instituição venceram no ano passado o concurso de cartaz. As Copeiras foram idealizadas pelos estudantes Oswaldo Barthalo Neto e Rafael Lopes. No final do ano passado, outros alunos também conquistaram o troféu da categoria universitária do Festival de Publicidade de Mídia Impressa FestGraf, com o trabalho de Conclusão de Curso (TCC) sobre um plano 8 Edição de comunicação e divulgação de uma marca de leite. Adelson Fukumoto, um dos responsáveis pelo trabalho, explica o quanto esse acontecimento foi importante para sua vida. Até a entrega do pré-projeto não tínhamos algo, mas corremos e conseguimos entregar um bom TCC. Eu já havia ganhado prêmio de direção em 2011 e desta vez ficou para o outro integrante do grupo, o Phillipe Bittencourt, conta Adelson. O coodernador do curso de PP, Alex Fernandes, relembra o quanto se sentiu emocionado com o prêmio. Com tantos trabalhos da região expostos na competição, ver os alunos que cresceram ao longo desse tempo levarem a melhor é muito bom. Sem contar que a iniciativa de viajarem com o trabalho até Ribeirão Preto surpreendeu e me deixou muito feliz. Fernandes conta, ainda, que não somente os trabalhos premiados mas outros também chamam atenção por sua irreverência. Em meados de 2009 o portal Fanáticas foi feito. Era uma página desenvolvida especialmente para mulheres que gostavam de futebol e o que me e diagramação: Gustavo Pereira Cartazes elaborados pelos universitários buscam encontrar novos estagiários interessados em atuar na agência do curso chamou mais atenção foi o tipo de conteúdo que era apresentado e a coragem de inovar com o tema e sendo feito por mulheres. Bruna Dacal, uma das alunas do projeto, explica o quanto o produto lhe rendeu frutos. Vimos que não existia um espaço específico para mulheres que falasse de futebol e vendesse produtos femininos. Cumprimos nossa meta com muita pesquisa e aprofundamento no assunto e o trabalho foi tão completo que é uma ideia que ainda pode ser colocada em prática, porque se colocássemos o portal, de fato, no ar, poderíamos ganhar dinheiro com isso, conta. Hoje, ela atua como modelo mas não abandonou em definitivo o seu antigo TCC. Em 2011, o curso também participou com dois trabalhos na Exposição da Pesquisa Experimental em Comunicação da Região Sudeste (Expocom Sudeste) nos segmentos de Campanha Promocional e Rede Social Meera. Fernandes ressalta, ainda, a importância de expor os trabalhos em congressos. É fundamental o aluno ter vontade de mostrar seu trabalho de alguma forma ao público. Participar do Intercom ou qualquer outro concurso é uma atitude importante para começar bem a carreira.

9 Jornais-laboratórios preparam alunos para o mercado Primeiro Texto, Unisanta Online e Primeira Impressão são experiências confirmadas por várias premiações Jéssica Branco No total, existem três jornaislaboratórios na Universidade. São eles: Primeiro Texto, Unisanta Online e Primeira Impressão. O senso comum entre os professores responsáveis pelos veículos da UNISANTA é de que funcionam como uma porta de entrada para o mercado de trabalho. Todos os produtos jornalísticos possuem histórico de premiações, devido ao comprometimento dos alunos e professores que já passaram pelos veículos ao longo de suas trajetórias Primeiro Texto (PT) O Primeiro Texto e o Unisanta Online são veículos produzidos pelos alunos matriculados no 2º ano de Jornalismo. São também a primeira oportunidade dos estudantes verem seus textos lidos pelo público em geral. Ambos foram iniciados em 1994, com participação da primeira turma de Jornalismo. Segundo o professor Luiz Carlos Bezerra, o Primeiro Texto surgiu com base em indicações do antigo Ministério da Educação e Cultura (MEC), mas, principalmente por causa do espírito de inovação dos professores envolvidos. A princípio, o veículo se tratava de um boletim, apenas uma sequência de textos noticiosos produzidos em máquinas de escrever, diz, lembrando que era feito e impresso em um único dia e não possuía imagens ou diagramação, embora já houvesse distribuição de exemplares na própria faculdade e em locais próximos. De acordo com Bezerra, com o tempo, chegou-se à conclusão que a visibilidade do jornal aumentaria, transformando-o em mural, devido ao tempo de exposição a estudantes e visitantes da faculdade. O Primeiro Texto sempre teve em torno de dez editorias, devido à abrangência de assuntos que os alunos podem trabalhar, acrescenta o professor, que está à frente do jornal desde Apesar de sua essência ser o texto, o PT é uma plataforma de convergência das disciplinas de Jornalismo, comenta Bezerra, que é formado em Jornalismo e mestre em Publicidade, Propaganda e Religião, além de ter experiência como radialista. até o produto final, desenvolvendo habilidades de relacionamento humano e social, levantamento de dados, capacidade de abordagem e planejamento da matéria, entre outras questões. É um exercício completo, garante. No jornal, colocamos em prática teorias da Filosofia, Antropologia e Psicologia, entre outras disciplinas que fazem parte do curso. A teoria tem seu valor, ensina a capacidade de pensar, destaca. No ano passado, o PT iniciou um trabalho conjunto com a disciplina de Radiojornalismo, com o aproveitamento do conteúdo das entrevistas realizadas e a inserção dos boletins de rádio em um blog. Já neste ano, foi inaugurado o blog www. primeirotextounisanta.wordpress. com, que permite a divulgação de textos e fotos sobre eventuais notícias de Santos e região. Temos um sonho que é possibilitar que as comunidades carentes absorvam o blog como um veículo deles, durante a edição do Jornal Comunidade, acrescenta Bezerra. Jornal da Comunidade Ao final do 2º e último semestre da disciplina de Laboratório de Texto, os alunos participam de uma edição especial do PT, chamada de Jornal da Comunidade. Um bairro carente é escolhido e a classe inteira é envolvida no trabalho, realizando diferentes tipos de reportagem e entrevistas no local, vivenciando a realidade dos moradores. Bezerra explica que o Jornal da Comunidade é fundamental para colocar o aluno em contato com vários segmentos da sociedade: O jornalismo não é só divulgar o que acontece, pois isso é muito pouco. Temos que nos desconectar do nosso ego, para poder entender a realidade do outro. É transformar pessoas e comunidades porque produzir informação pela informação é só volume, temos que dar significado Histórico de premiações PT: Expocom º lugar - modalidade Processo Informativo Especial Alemoa à ela, explica. Segundo ele, o foco inicial do PT é o texto informativo, mas, aos poucos, o aluno é incentivado a produzir outros tipos de reportagem. Jéssica Branco Unisanta Online Somente em 2012, o jornal-laboratório Unisanta Online recebeu mais de 216 mil acessos únicos. O veículo é pioneiro: foi o primeiro jornallaboratório digital criado no País. É também o único site de notícias com produção regular entre universidades da Baixada Santista. Por causa do domínio da utilização da tecnologia de programação Search Engine Optimization (SEO), 85% dos PT comunitário leva os alunos à realidade nem sempre conhecida acessos aos textos dos alunos são efetuados Ele explica que o aluno trabalha por meio de buscas do Google, o que a reportagem em si, desde a pauta inclui visualizações de diferentes países. Segundo informações do professor e responsável técnico pelo jornal desde 2002, Alexandre Sobrino, mestre em Computação Gráfica e Realidade Virtual, o Unisanta Online foi desenvolvido em 1994, quando os alunos participavam voluntariamente de sua produção. A partir de 1998, por determinação do MEC, a atividade prática em um veículo digital se tornou necessidade para a grade curricular do curso. Desde então, instituiu-se a disciplina Laboratório de Jornalismo Digital. Produzir para o Online é diferente de produzir para qualquer outra mídia, explica o professor da disciplina Marcus Vinicius Batista, que é formado em Jornalismo, História e mestre em Educação. Para ele, o mundo do Primeiro Texto se difere do Online porque o aluno necessita aprender a enriquecer sua reportagem com a utilização de recursos gráficos e multimídia, entre outras características específicas da internet. Devido ao cenário do mercado atual, Batista acredita que é fundamental a compreensão do aluno sobre o que ele pode produzir na internet. Agora, todo veículo de notícias tem a produção de conteúdo digital como um braço. O aluno que aprende Jornalismo Online na UNISANTA sai da Premiado, Unisanta Online é elaborado pelos alunos do segundo ano do curso de Jornalismo faculdade com uma boa visão sobre geração de conteúdo e também sobre como a internet funciona. O esquema de postagem de conteúdo do site é bem profissional., afirma Daniella Aragão, também professora da disciplina, mestre em Ciências da Comunicação, contratada em 2001 para iniciar aulas teóricas com alunos. Nas aulas, os alunos aprendem a realizar produções para mídias sociais, como o Twitter e o Facebook e obtêm noções sobre linguagem HTML, Web 2.0/3.0, texto e pauta de internet. Na prática, realizam oito matérias por ano e circulam em diferentes editorias do site: Campus, Gerallis, Regional, Porto, Cultura, Esportes e Saúde. As questões estruturais e de design do site estão sempre em estado de mudança, acompanhando as tendências jornalísticas atuais, além de ser permitido o contato de leitores com os alunos para permissão de republicação da notícia, o que ocorre com certa frequência. No Online, os alunos têm a oportunidade de cobrir as eleições de forma voluntária. Em 2012, a cobertura foi realizada pela quinta vez Histórico de premiações Unisanta online: 1998 (EXPOCOM) - 1º Lugar: Melhor Jornal Digital 1999 (EXPOCOM) - 2º Lugar: Melhor Jornal Digital 2000 (PMS) - 1º Lugar: A Cidade do Patriarca 2002 (EXPOCOM) - 3º Lugar: Melhor Jornal Digital 2003 (EXPOCOM) - 2º Lugar: Melhor Jornal Digital 2005 (EXPOCOM) - 2º Lugar: Melhor Jornal Digital 2007 (EXPOCOM Sudeste) - 1º Lugar: Melhor Jornal Digital 2007 (EXPOCOM) - 1º Lugar: Melhor Jornal Digital consecutiva e trouxe 80 mil acessos únicos para o veículo e ainda atingiu um milhão de menções no site de busca Google. A cobertura é realizada ininterruptamente desde Primeira Impressão (PI) Em 1996, o Primeira Impressão circulou pela primeira vez, também por exigência curricular do MEC. É realizado com os alunos matriculados no 4º ano do curso de Jornalismo e, desde o início, possui o formato tradicional standard (semelhante aos veículos da grande imprensa). Como o nome já indica, é no PI que os estudantes têm a sua primeira matéria em um jornal impresso. Histórico de premiações PI: INTERCOM Sudeste º lugar Jornallaboratório impresso Expocom Esteve também entre os 5 finalistas do prêmio Prêmio Giusfredo Santini /Câmara de Santos 1999 Para Francisco La Scala, coordenador da disciplina Laboratório de Texto V e um dos professores que contribuíram para o desenvolvimento do projeto do jornal, o objetivo do envolvimento dos alunos vai além de questões curriculares: É mais do que isso, é também a tentativa de aproximar o ambiente da redação escolar ao de uma redação de um grande jornal, diz. De acordo com La Scala, o jornal tenta ser dinâmico e despertar nos alunos a agilidade que os profissionais necessitam ter em uma redação. No PI, os alunos têm a possibilidade de trabalhar como editores, repórteres fotográficos, repórteres de texto e diagramadores. Todas as habilidades que são aprendidas ao longo do curso são testadas nesse jornallaboratório. O PI é uma realização pessoal para o estudante de Jornalismo. O aluno pode levar para casa, para a família... Isso é uma satisfação muito grande, comenta La Scala. São distribuídos três mil exemplares do jornal nas dependências da Universidade e em algumas bancas de bairros próximos. Jéssica Branco O Primeira Impressão sempre teve uma produção regular, assim como o Online. No total, são produzidas oito edições por turma, com cerca de 40 textos cada uma. Até 2007, o jornal era dividido em editorias, mas, para incentivar o trabalho individual, tornou-se temático. La Scala explica outro motivo dessa reformulação: Jornalista não pode ter preconceito e com o jornal temático os alunos podem escrever sobre o Porto de Santos, por exemplo. Para ele, esta é uma forma de mostrar aos alunos diferentes áreas em que o jornalista pode atuar. Os temas das edições são definidos pelos professores e as pautas também. Assim como o Online, no PI também existe a cobertura das eleições, que é realizada no dia da votação e envolve alunos e professores. Além disso, é realizado o exercício de coletiva e os alunos produzem textos logo após a entrevista. Depois, dois textos são selecionados para publicação no jornal. Edição e diagramação: Laércio Mendes 9

10 Primeira Impressão completa maioridade O jornal impresso, que teve sua primeira edição em março de 1996, já ajudou na formação de 17 turmas de Jornalismo Cris Challoub Neste ano, o Primeira Impressão completa a maioridade. Fazendo história desde 1996, o jornal-laboratório produziu 136 edições e ajudou a formar 17 turmas de Jornalismo, dando aos futuros profissionais uma perspectiva sobre a produção de um jornal impresso. Pode-se somar mais cinco meses à idade deste meio de comunicação, já que em setembro de 95 foi dada a largada de sua projeção. O diretor da FaAC, Humberto Iafullo Challoub, por ter vasta experiência com jornal impresso, foi convidado naquele ano para montar a estrutura do PI, incluindo a redação informatizada que ainda era uma novidade. Os jornais eram produzidos no método antigo: redação com máquina de escrever e lauda, conta Challoub. A primeira edição do Primeira Impressão, que saiu em março de 96, já foi editada no computador. Apenas os três ofícios, com quatro páginas cada, foram feitos do modo antigo. Para formar a equipe, O Primeira Impressão estreou em 1996 com o título Nossa Primeira Impressão e foi premiado três anos depois Challoub convidou profissionais que trabalhavam na área, como Francisco La Scala Júnior, Fernando de Maria dos Santos e Rodolfo Amaral, então coordenador do curso, que comandaram a redação. Depois de algum tempo, Amaral deixou a função, sendo substituído pelo professor Gerson Moreira Lima. A área de Fotografia era coordenada pelo professor Reinaldo Ferrigno. Participaram ainda do PI ao longo de sua existência os professores Cláudio Lemos e Márcia Okida (diagramação); Tadeu Nascimento e André Luiz Ferreira (fotografia); Kátia Locatelli e Márcio Calafiori (textos e edição); e a saudosa professora Valéria Nader (língua portuguesa). Atualmente, o Primeira Impressão, que tem a coordenação do professor La Scala, conta também com os professores De Maria e Adelto Gonçalves, na área de textos e edição; professor Fernando Cláudio Peel Furtado de Oliveira, na disciplina de diagramação, e o professor Luiz Nascimento, em fotografia. Prêmios Em apenas três anos o trabalho foi reconhecido. Em 99, o Primeira Impressão ganhou o prêmio Giusfredo Santini pela denúncia sobre os ossos comercializados nos cemitérios da Cidade. No mesmo ano, o jornal foi citado no Intercom como um dos cinco melhores jornais-laboratórios do País, conquista depois reiterada em pesquisa da Revista Imprensa. La Scala e De Maria lecionam desde a primeira edição Natasha Albert Um dos produtos elaborados pelos alunos do curso de Jornalismo e que faz parte da história desses 20 anos da Faculdade de Artes e Comunicação é o jornal Primeira Impressão. Conhecido como PI, o jornal comemora 18 anos de muita história. O Primeira Impressão é feito pelos alunos do 4 ano de Jornalismo e conta desde o início com os professores Francisco La Scala Júnior e Fernando De Maria, que lecionam desde 1996, quando da primeira turma. La Scala, formado em Comunicação Social, na Universidade Católica de Santos, se especializou em jornalismo político. O jornalismo é uma profissão fascinante, pois tem a ausência da rotina, diz. Em 1996, foi convidado para ajudar a implantar o Primeira Impressão, convite feito pelo diretor Humberto Challoub. No Primeira Impressão, os alunos têm a oportunidade de desenvolver as técnicas que aprenderam durante os primeiros três anos do curso, diz. Ao longo das 136 edições, uma das histórias mais marcantes, segundo La Scala e De Maria, foi uma reportagem exclusiva publicada em setembro de 1998 em que quatro alunas do curso denunciaram a prática ilegal de compra de ossos e dentes em um cemitério de Santos. Outras reportagens foram e ainda são importantes como as coberturas das eleições, em que todos os alunos participam da edição no próprio domingo do pleito. De Maria se formou no curso de Jornalismo na UniSantos. Fez mestrado na Universidade Metodista e doutorado da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo. Atualmente, é professor de Jornalismo e Publicidade e Propaganda e um dos sócios da editora Enfoque, responsável pelo jornal BoqNews. O professor destaca a importância que o jornal-laboratório tem para todos. O Primeira Impressão é a cereja do bolo, é muito importante para os alunos que estão no último ano do curso, diz. Ele ainda afirma com grande satisfação: É maravilhoso passar as experiências para os alunos, ter contato direto com todos e, apesar de o jornal ser mensal, sempre conseguimos Professor La Scala leciona desde o começo do Primeira Impressão, em 1996 atingir as nossas metas. De Maria e os outros professores já estão pensando em futuras mudanças para o PI. A ideia é os alunos do 3 ano de Jornalismo também produzirem edições do PI. Para os dois professores do Primeira Impressão, nunca houve nenhum tipo de problema grave durante esses anos, com exceção de algumas dificuldades com o tempo de fechar as edições, mas nada que atrapalhasse a circulação do jornal. No Primeira Impressão, os alunos têm a oportunidade de desenvolver as técnicas que aprenderam durante os primeiros três anos do curso Francisco La Scala Júnior, professor do jornal-laboratório Fernando De Maria participou das 137 edições do Primeira Impressão 10 Edição e diagramação: Rodrigo Monteiro-

11 Talento marca primeira turma de Jornalismo Alunos se destacam no mercado de trabalho Divulgação Desirée Soares Ano: Cenário: 102 alunos ingressando em novos cursos da Universidade Santa Cecília (UNISANTA). Estrutura: máquinas de escrever, mesa de madeira para diagramação, estúdio de revelação fotográfica e equipamentos de vídeo. Esse foi o começo da Faculdade de Artes e Comunicação (FaAC), hoje composta pelos cursos de Jornalismo, Moda, Publicidade e Propaganda e Produção Multimídia. No começo, os cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda tinham algumas disciplinas em comum, como Teoria da Comunicação, Sociologia, Filosofia e Realidade Sócio-Econômica-Política Brasileira. Na época, era uma competição saudável e sempre brincávamos que quem pagava o salário dos jornalistas éramos nós, publicitários, mas tudo em clima bem descontraído, relembra Giovanna Capomaccio, ex-aluna de PP. A UNISANTA formou alguns bons jornalistas em virtude disso, pela grande estrutura que ela teve afirma Célso Évora, assessor de imprensa da Prefeitura de Santos. Na época, a região possuía apenas um curso de Jornalismo e, com a abertura de outro, novas possibilidades surgiram, já que a UNISANTA foi a primeira a ter um laboratório de rádio e TV. É legal ser da primeira turma, pois a gente vira história. Eu falei: vou para a Santa Cecília ser da primeira turma e fazer a diferença lá, conta Luís Trevisan, jornalista do programa Comunidade Policial. Os professores, claro, também fizeram parte dessa receita de sucesso. Para Michella Guijt Lopes, editora do jornal A Tribuna, os estudantes deram sorte de ter grandes mestres. Tivemos aula com Rodolfo Amaral, Francisco La Scala e Antonio Marques Fidalgo, que são grandes nomes do jornalismo local. Eles e também outros foram muito importantes para o curso, para nossa base jornalística, diz. Jamile Guimarães, editorachefe de jornalismo da Santa Cecília TV, também relembra alguns professores. O Michella Guijt, Luís Trevisan e Celso Évora são alunos que fizeram parte da turma inicial do curso Fernando De Maria estava começando, era assistente na época, era o que mais se aproximava da gente; o Gerson Moreira Lima me marcou porque no primeiro ano ele dá aquele choque na gente do que é o jornalismo e o Robson Bastos fazia a gente ter cada vez mais vontade de aprender. Porém, as dificuldades também apareceram. Para Célso Évora, a falta de tecnologia na época foi uma dificuldade. Bons momentos E o que mais marcou essa primeira turma? Lembro da reação dos professores nas apresentações dos TCCs. Todos ficaram surpresos (positivamente), o que foi muito gratificante para nós. Lembro também de quando escolhemos o nome do Primeira Impressão. Foi no último ano do curso, comenta Michella. Para Celso Évora, as amizades são as melhores lembranças. A gente passou a se encontrar nos últimos dois, três anos. Nós nos reunimos, trocamos informações... A gente também interagia muito com os outros cursos. Outro marco importante foi a atuação do Diretório Acadêmico com a presidência de Luís Trevisan. Fizemos a banda do Santa Cecília, que saiu às ruas com os integrantes da Escola de Samba Última Hora e toda a corte carnavalesca, com o ilustre chanceler Milton Teixeira na frente da banda. Ex-alunos voltam à faculdade como professores Lizie Rodrigues Estudaram na mesma turma, foram precursores de matérias para o Online e o Primeiro Texto, e retornaram para a faculdade posteriormente. Só que, desta vez, como professores e da mesma maneira: convidados pelos coordenadores do curso de Jornalismo. A professora de Comunicação Integrada, Katia Locatelli, e o professor de Fotojornalismo,Luiz Nascimento, fazem parte da história dos 20 anos da FAaC. Ensinando na Universidade Santa Cecília há 13 anos, Katia afirmou que nunca imaginou que se tornaria professora, mas um convite do professor Gerson Moreira Lima, então coordenador do curso, acabou trazendo-a recém- -formada de volta às salas de aula. Ele praticamente me obrigou, livremente me coagiu. Encontrou-me um dia na faculdade e perguntou se eu gostaria de ser sua assistente. Assisti o professor dar a aula para a primeira turma do primeiro horário e eu dei para a segunda, explicou. Para Katia, a adaptação do curso com o mercado de trabalho foi de grande importância, uma vez que quando aluna, não teve algumas matérias que são dadas atualmente. Foi uma coisa muito positiva. Com o decorrer do tempo eles foram sentindo o termômetro do mercado.porque não adianta dar um curso maravilhoso se quando você se forma não consegue emprego. Dar aula tornou-se uma paixão para a professora, que admitiu que nem mesmo o cansaço tira a sua vontade de ensinar. Às vezes, venho me arrastando, cansadíssima. Mas quando eu entro aqui, não sei o que acontece, só por Deus, eu Luiz Nascimento se formou na terceira turma de Jornalismo e hoje dá aula de Fotojornalismo no mesmo curso Formada em 1998, Kátia Locatelli divide suas atividades como editora do Diário Oficial e aulas de Comunicação Integrada saio renovada, disse. A professora destacou ainda a importância de sua matéria, Comunicação Integrada, já que é a área que mais se expande e melhor paga. Ela comentou o orgulho de ver seus ex-alunos atuando na profissão. Eu fico muito orgulhosa, de coração. Não tem preço, Edição e diagramação: Rodrigo Monteiro PRIMEIRA IMPRESSÃO MARÇO de 2013 isso vale qualquer sacrifício, de verdade. Sem dúvidas de que queria ser jornalista, o professor Luiz Nascimento também passou a dar aulas na UNISANTA por meio de um convite. Ele foi chamado pelo coordenador Robson Bastos e pelo diretor Humberto Challoub para lecionar Fotojornalismo, sua grande paixão. Nunca imaginei dar aula na universidade em que estudei. Em uma ocasião, conversando com eles, me perguntaram se eu tinha vontade de dar aula de Fotojornalismo. Eu falei que tinha, mas não tinha ainda uma ideia. Mas eles falaram que eu era capaz, e aí eu acabei aceitando. Agora faz 10 anos que eu estou dando aula, explicou Nascimento. O jornalista afirmou que, desde o momento em que se tornou professor, passou a ter uma visão do todo. De acordo com ele, é necessário se aprofundar no assunto que vai ministrar, para que consiga transmitir o conteúdo. Segundo ele, não é necessário o aluno se preocupar com a concorrência no mercado de trabalho. Após sair da faculdade, o formando vai estar junto com o professor no mercado de trabalho, atuando junto, discutindo junto. Não tem diferença, o mercado está aí para isso. O que não pode nunca é parar de estudar, argumentou. O professor disse ainda que o mercado para fotojornalistas na atualidade é amplo. É um espaço fabuloso, porque ele não precisa só trabalhar num local, ele pode ser um profissional independente. É claro que o detalhe que vai levar o profissional a estar numa redação ou agência é a vontade, é a leitura, é o entendimento, é a leitura da linguagem. Isso é no mundo todo, não só aqui, completou. 11

12 No mesmo dia, fui da palafita ao navio de luxo Vagner Lima A santista de 38 anos Audrey Kleys (quem não a conhece arrisca menos de 30) é tão graciosa quanto a atriz Audrey Hepburn, que deu vida a Holly Golightly, na versão para o cinema da obra de Trumam Capote. Com gestos contidos e firmes, sorridente e simpática, recebeu a reportagem do Primeira Impressão em sua sala de trabalho na Secretaria de Educação de Santos (Seduc). Agora ela é chefe do Departamento de Planejamento Educacional da Seduc, mas, durante mais de uma década, entrava quase diariamente nas casas dos telespectadores da Baixada Santista como repórter dos telejornais da TV Tribuna, afiliada da Rede Globo na região. Audrey entrou na faculdade logo depois da morte do pai, vítima de um câncer de laringe e faringe. Fumou dos 14 aos 47 anos. Todos lá em casa o recriminavam por fumar e até hoje eu odeio cigarro, diz. Audrey tem uma ligação muito forte com o pai e, durante meia hora de conversa para esta reportagem, deixou escapar lágrimas duas vezes ao lembrá-lo. Ele sempre dizia: nesta vida podem te levar tudo, minha filha, menos Vinícius Morales Na TV, Audrey se especializou na cobertura de matérias da área de Educação a educação. E tenho isso muito forte na minha cabeça. O pai de Audrey devia estar certo e sua família acredita que, onde estiver, deve estar contente pelos rumos que a filha tomou. Com muito esforço e dedicação, a jornalista construiu uma sólida carreira. Já tive vontade de ir para São Paulo, mas sou muito ligada à minha família. Agradeço a Deus por ter tido oportunidade de construir carreira na minha cidade. Antes de entrar no curso, ser médica estava nos planos de Audrey. Mas a mãe a incentivou a ser jornalista, para que a filha não tivesse que se mudar de Santos. Como diz o ditado, mãe sempre tem razão. E a prova da credibilidade que Audrey conquistou é que telespectadores desatentos ainda pedem foto e autógrafo ou a param no supermercado. Audrey se formou na turma de Jornalismo de 1998 da Universidade Santa Cecília e credita parte de seu sucesso profissional ao curso. A UNISANTA era um pool: tinha jornal na web, impresso, TV e rádio. Fiz estágio durante todo o curso, e todos dentro da universidade. Lá era minha segunda casa, entrava de manhã e saía à noite. Ter feito estágio na TV Santa Cecília lhe abriu as portas da empresa onde trabalharia nos anos seguintes. O professor André Rittes me apresentou na TV Tribuna. Todos os professores me ajudaram muito. Os alunos que souberam aproveitar a lição, com certeza, estão bem colocados no mercado de trabalho, diz. Neste momento, as lágrimas surgem nos olhos de Audrey outra vez. De certa forma, a faculdade serviu como válvula de escape para a perda do pai. Na TV Tribuna, só fez amigos. Começou na produção, passando pela apuração, apresentou a previsão do tempo e foi para a reportagem de rua, que era seu sonho. Apresentou também o Câmera Educação, o Amigos da Escola e todas as reportagens relacionadas à educação que eram exibidas nos telejornais da emissora. Nesse tempo, cursou Direito e fez uma especialização em Educação, o que lhe possibilitou dar aula em universidades, abrindo portas para o novo desafio assumido há pouco. Meu objetivo é ajudar o governo a estruturar a Educação no município. As pessoas que viam a Audrey como jornalista não absorveram de forma fácil a novidade, porque elas se acostumam com o que têm à mão. Entendo elas terem estranhado. Algumas diziam: você é louca, vai sair da TV?, mas críticas construtivas são sempre positivas, explica, sobre a polêmica gerada quando foi anunciada como contratada da nova gestão municipal. Dos bancos escolares, fica a saudade. As melhores lembranças são os amigos que tenho até hoje. Éramos uma turma muito unida e trabalhávamos bem em grupo. A diferença entre o curso da UNISANTA e o de outras faculdades é o amor que os professores têm pelo que fazem e por cada um dos alunos, diz. Audrey é enfática sobre o que o jornalismo trouxe de bom para sua vida: Tudo. Conhecer realidades que pareciam muito distantes de mim. Ir da palafita a um navio de luxo no mesmo dia. Valorizo e agradeço a Deus tudo que ele me deu e pela minha saúde. Pude entrar em um hospital e ver que a imprensa pode desfazer uma fila imensa de doentes agonizando em questão de minutos. Essa vivência não tem dinheiro que pague e não pode ser expressa em palavras. Para quem está entrando ou saindo da faculdade, ela dá um conselho. Procure um estágio já no primeiro ano do curso. A faculdade ajuda, mas só os quatro anos dentro das paredes da sala de aula não são suficientes. O jornalismo Paixão pelo jornalismo vem desde cedo O jornalismo na vida de Nara Assunção não é coisa recente. Desde cedo, a repórter do Jornal Boqnews, um dos veículos mais conhecidos da Baixada Santista, já tinha a certeza de que seu futuro profissional estaria envolvido com a arte de escrever artigos e notícias para o público. Ela conta que, na época da escola, já tinha certeza que era isso o que queria fazer. Percebi nesta época que tinha jeito para escrever. Depois que participou de um projeto social, então, a vontade ficou maior ainda. Jornalista e advogada, Audrey chefia hoje um departamento na Secretaria de Educação de Santos Fizemos reportagens de cidadania em Santos, que acabaram sendo publicadas em um livro. Formada desde 2007, Nara assume que passou a ver o mundo de uma maneira diferente depois de entrar na faculdade. Segundo ela, a escola foi fundamental para ampliar horizontes e mostrar todas as áreas que poderia atuar dentro da profissão. E ampliou em muito minha visão sobre o que era jornalismo e meu papel na sociedade. Quando perguntada se conseguiria imaginar-se em outra profissão, ela não titubeia e diz o que qualquer um que conheça seu amor pela profissão espera ouvir: Não. E para quem estiver pensando em se tornar jornalista, Nara deixa um recado: Experimente todas as áreas ainda durante o curso, aproveitando principalmente o que a universidade oferece, como o Espaço Unisanta, em TV, estágios na Assessoria de Comunicação da Universidade, e todos os demais projetos, como o de Cobertura dos Jogos. Palavras de quem vive a profissão e defende-a com todas as forças. Carreira meteórica e que já traz reconhecimento Cris Challoub Nara Assunção: projetos sociais estimularam ingresso na atividade jornalística Mariana já trabalhou em emissoras de TV e hoje está no Santa Portal 12 Edição Beatriz Lopes e diagramação: Laércio Mendes Vinícius Morales Pouco foi o tempo necessário para que a jovem Mariana Rio conseguisse se destacar na profissão. Com apenas 23 anos e recém-formada em Jornalismo, a atual repórter do Santaportal, site de notícias da Santa Cecília TV, passou pelo Espaço Unisanta, em 2009, como estagiária; em 2010, como produtora; e em 2011, como apresentadora. No ano seguinte, a jovem trabalhou no programa apenas como colaboradora. Mas o sucesso não fica restrito apenas aos programas da Santa Cecília. Mariana também já trabalhou em uma revista de moda durante alguns meses, quando, no ano passado, voltou às tevês, dessa vez como apresentadora do programa Copa CNA, na TV Band Litoral. Foi uma oportunidade que surgiu graças à visibilidade que tive com a minha atuação no programa Espaço Unisanta. Graças a ele, fui chamada para fazer o teste e passei, conta. À frente do programa, Mariana passou três meses de muito aprendizado e que, segundo ela, deu mais respaldo para evoluir e crescer profissionalmente. Enquanto aluna, a jovem adquiriu uma enorme admiração pelos professores que teve no curso, em especial por quem, mais à frente, se tornaria companheira de trabalho. Com muito respeito, Mariana não hesita em dizer que tudo o que tem acontecido com a sua carreira tem sido único, e que, além de amiga e ex-chefe, a professora Alessandra Pereira é responsável por tudo o que tem acontecido até agora.

13 De estagiário a repórter da Rede Globo Aos 32 anos, jornalista Mauro Júnior, formado na FaAC em 2002, trabalha no Globo Esporte, no Rio de Janeiro Tatyane Brito Agarrar as oportunidades. Foi assim que o jornalista Mauro Júnior, 32 anos, formado há 11 anos pela Universidade Santa Cecília, conquistou um dos postos mais importantes da carreira. Repórter do Globo Esporte da Rede Globo no Rio de Janeiro, Mauro produz diariamente reportagens exclusivas sobre universo esportivo do Brasil e do mundo. O então estagiário da Prefeitura de São Vicente passou por vários empregos pelo interior do Brasil e em outras localidades onde o esporte é relegado ao segundo plano. Os jovens optam por serem jornalistas por admirarem os profissionais que conseguiram chegar ao patamar desejado. Esse caminho é longo e doloroso. Exige muito trabalho, determinação, paciência, aconselha o jornalista formado na FaAc em Após uma década de formado, Mauro relembra algumas passagens como estudante. Foi muito bacana o período na faculdade. Foi lá que eu me apaixonei ainda mais pelo jornalismo, lembra Mauro, conhecido pelos colegas, como Bauru, em homenagem à cidade de origem. Foram quatro anos de muita dedicação e persistência. Por meio das aulas práticas, o jornalista destacou que as aulas laboratoriais do Primeira Impressão e Unisanta Online foram as principais disciplinas de sua formação. Foi uma fase bacana porque eu participava dos fechamentos do PI e do Online. Eu sempre gostei desse clima de agitação, brincou. O primeiro estágio do repórter foi na assessoria de imprensa da Prefeitura de São Vicente. Lá, Mauro foi contratado depois do término da faculdade. Foi legal porque foi o meu primeiro emprego como repórter de vídeo. Depois de formado, ele foi trabalhar em uma afiliada da Rede Globo em São José do Rio Preto, onde ficou por dois meses. Logo em seguida foi chamado pela TV Centro América, outra afiliada, localizada no interior do Mato Grosso. Nunca pensei em trabalhar em TV. Estava aceitando tudo que viesse pela frente, mas acabei me dedicando, aprendendo e gostando da coisa. Lá, eu fiquei por três anos e claro, fazendo de tudo, destacou. E foi no Mato Grosso que o jornalista começou a colocar em prática o que tinha aprendido na faculdade. Eu fazia reportagem, produção, edição e também apresentação. Eu digo que Mauro: jornalista da TV Globo Divulgação foi uma grande experiência e foi o que me direcionou para onde estou agora. Na sala de aula eu treinava isso. Por mais que eu não pensasse em atuar na TV, as aulas foram importantes porque eu já tinha a noção de como fazer e não fazer. Com toda a bagagem adquirida na universidade e nos estágios e confiante em seu desempenho, surgiu uma oportunidade para trabalhar em Cuiabá na área desejada: jornalismo esportivo. Dei um salto enorme indo para Cuiabá. Foi nesse período que tive a certeza de que estava no caminho certo, comentou. Então, ele se especializou ainda mais. Eu já sabia como fazer a reportagem, como esqueletar e entrevistar. Então, era só mostrar o que eu fazia de melhor. Achar a notícia, personagens e montar a reportagem. Em quase dois anos de reportagens produzidas sendo veiculadas pelo Brasil afora, Mauro deu o ponta pé para se tornar repórter do Globo Esporte, agora no Rio de Janeiro. Fiquei maravilhado quando fui chamado para trabalhar lá. Melhor: pulando de alegria porque sabia que estaria trabalhando naquilo que eu mais gosto. Inicialmente eu fui para cobrir férias, mas, depois, fui contratado. Era sonho de todo recémformado na profissão e amante de esportes. Foi bom saber que estava sendo visto, reconhecido pelo trabalho, disse. Das experiências durante a faculdade, o jornalista lembra-se de aulas de Oficina de Texto, ministradas pelo professor Gerson Moreira Lima. Faz tanto tempo que eu me formei e ainda lembro-me das aulas insistentes e bem elaboradas do Gerson. Foi com ele que acabei gostando da parte escrita e foi com essas aulas que consegui encontrar a notícia. Ele pulava de um lado e insistia incansavelmente para enfiar em nossas cabeças como organizar o lead, riu. Na faculdade, apareceram produções impecáveis que resultaram em um projeto viabilizado por longos dois anos de pesquisas. O TCC de Mauro foi um livro sobre o jornalista Ricardo Kotscho. Sempre levei a sério todos os trabalhos da faculdade. E o TCC, óbvio, não poderia ser diferente. O livro Lugar de Repórter Ainda é na Rua O jornalismo de Ricardo Kotscho conseguiu ser concretizado em 2010, quando foi lançado pela Editora Tinta Negra. Foi muito bacana porque ele veio de um trabalho de conclusão de curso. Eu e o José Roberto de Ponte (ex aluno) trabalhamos duro após a faculdade para consertar algumas informações e enfim, lançálo. Eu me orgulho muito. A produção é sobre a carreira do jornalista Ricardo Kotscho, considerado uma referência entre profissionais. O livro conquistou o segundo lugar no Prêmio Jabuti, o mais importante da literatura nacional, na categoria Reportagem. Isso, com certeza, foi o melhor trunfo da carreira. Sempre falo para os estagiários que entram na redação que vale a pena lutar pelos seus desejos. Tudo na vida tem resultados, basta querer e acreditar, concluiu o repórter. Ex-aluno dirige a redação do Diário do Grande ABC Suellen Brandão Formado em 1998, na terceira turma de Jornalismo da Universidade Santa Cecília, Sérgio Vieira, 36 anos, é diretor de redação do jornal Diário do Grande ABC. Desde pequeno, sempre gostou de escrever e de ler. E tinha a certeza de que queria fazer jornalismo. Por isso, a escolha da faculdade não foi difícil e com ótimas referências da UNISANTA, prestou o vestibular. O jornalista lembra que na época em que estava na faculdade nasceu a Santa Cecília TV e que um dos seus professores comandava a emissora. Ele diz ter um carinho especial por cada professor, mas segundo ele, os que mais o marcaram foram Gerson Moreira Lima, no início do curso, e no final, Francisco La Scala Júnior, que, por sinal, denomina a turma de É um prazer ter esses professores como colegas de profissão, acrescenta. Assim que se formou, Vieira trabalhou em agência de comunicação, campanha política e foi assessor de prefeituras como Mongaguá, Diadema e São Paulo. Trabalhou na produção da TV Tribuna, foi chefe da pauta da RedeTV, e até repórter no Canal Rural. Em 2005, recebeu convite para ser repórter de política do Diário do Grande ABC. Para mim foi uma realização trabalhar em um jornal diário na área de política; eu me encontrei, conta. Apaixonado por política, Vieira teve a satisfação de ver uma matéria que fez como manchete do Diário no quarto dia de trabalho. Foi uma entrevista feita com os irmãos de Lula, que era o presidente da República. Em 2006, assumiu o cargo de editor de Política; três anos depois, foi chefe de reportagem. Em 2010, assumiu como editor-chefe e, no ano seguinte veio o convite para ser diretor de redação. Nunca imaginei no começo da minha carreira que chegaria a um cargo desses em um jornal, mas isso se deve ao esforço, ao trabalho e eu me orgulho disso. A minha base foi fantástica, um alicerce que me garantiu estar hoje com segurança ocupando esse cargo, revela. Para Vieira, a matéria mais importante de sua carreira foi a entrevista exclusiva com o presidente Lula no Palácio do Planalto, em 2008, quando ainda era repórter e o Diário completava 50 anos Assim como um jornalista que gosta de esportes tem o sonho de entrevistar o Pelé, o de política tem o sonho de entrevistar o presidente da Republica, diz. Uma dica que o ex-aluno deixa para os futuros jornalistas é que não tenham medo de arriscar, muito menos se contentar com a primeira reposta. Um bom profissional, segundo Vieira, sempre tem que buscar mais. O mercado é difícil, mas para quem não corre atrás, conclui. Sérgio Vieira trabalhou na TV Tribuna, RedeTV e Canal Rural Suellen Brandão Vereador Douglas Gonçalves (DEM) também faz parte da história da FaAC Vereador diz que curso contribuiu para agregar conhecimento Eduardo Corrêa Na história da FaAC, o atual vereador santista Douglas Gonçalves (DEM) também fez parte. Radialista desde 1986, entrou no curso com a finalidade de se aperfeiçoar na profissão buscando agregar conhecimentos que só a vida acadêmica oferece. A faculdade completou o que eu precisava. Já atuava em comunicação, rádio e TV e, depois da conclusão do curso superior, apenas aperfeiçoei a técnica jornalística, diz Gonçalves, que concluiu o curso em Ao se referir a seus anos em bancos escolares, Gonçalves afirma que a convivência dentro de uma universidade em seu caso contribuiu para que passasse a ter opiniões fortes e com conteúdo, o que, até os dias de hoje, auxilia em sua função que é a de defender na Câmara os interesses da população. Cursar uma faculdade e conviver com pessoas de várias idades torna o cidadão mais crítico para poder ter conteúdo, garante. O vereador diz ainda que, de seus tempos de curso de Jornalismo na FaAC ficaram as palestras, os amigos e os intercâmbios de informação, além do fascínio que o ambiente escolar traz. Ele recomenda a qualquer estudante que pretende ingressar na FaAC que tenha sempre um foco em mente e que não desista nunca. Através da dificuldade da profissão é que daremos valor Edição e diagramação: Natacha Negrão 13

14 Tatyane Brito A boa reportagem sempre o atraiu. Em razão de produções de jornalistas como Eduardo Faustini, do Fantástico, Evandro Siqueira decidiu cursar jornalismo por pura paixão. No tempo em que a profissão tinha muito mais romantismo, ele encarou a difícil missão de reportar os acontecimentos de uma maneira mais investigativa. Formado na UNISANTA em 1998, Siqueira passou pelo jornal A Tribuna, TV Tribuna e hoje compõe a equipe de jornalismo investigativo do Fantástico, da Rede Globo. Os profissionais da notícia têm funções que, às vezes, se assemelham às dos policiais. Os repórteres acabam resolvendo alguns mistérios. Ele conta que as melhores histórias estiveram sempre por trás da notícia e que todo o processo de criação das suas reportagens foi por meio desse método, aperfeiçoado com o passar de cada matéria. Em sua atividade profissional, Siqueira já viveu várias aventuras, presenciou cenas chocantes e descobriu matérias interessantes. Foi na faculdade que produziu as primeiras reportagens. Desses momentos, ele recorda os principais desafios. Os melhores períodos sempre foram nos fechamentos do Primeira Impressão. Era uma loucura. O clima era inusitado, com todo mundo produzindo textos nas máquinas de escrever. Fernando de Maria e Chico La Scala corrigindo e eu, agitado como sempre. Era demais, relembra. Durante os quatro anos da faculdade, Siqueira aproveitou cada aula. Nunca fez estágio, mas assume que isso lhe fez Do Primeira Impressão ao Matérias especiais e investigativas veiculadas no Fantástico, da TV Globo, fazem parte do trabalho de Evandro Siqueira falta. Contudo, não o abalou e muito menos o intimidou ao ponto de desistir da carreira. Pelo contrário, correu atrás. O primeiro emprego sempre é uma conquista. Para Siqueira, esse momento foi comemorado. Sem carteira assinada, ele encarou uma assessoria de imprensa para advogados localizada, na época, em São Vicente. Fiquei por um período curto, mas foi a primeira oportunidade que me apareceu. Agarrei mesmo, conta. Seis meses se passaram e uma vaga para repórter no jornal A Tribuna apareceu. Por oito anos, ele assumiu diversas editorias no jornal. Divulgação Uma delas, a principal, na sua avaliação, foi a de Local. Como repórter, sempre procurou cultivar boas fontes. Todas as pessoas com quem conversei, entrevistei, eu encontrava novamente. Sempre digo que cultivar as fontes é essencial. Você mostra que é profissional e não está brincando, diz. Em razão de suas reportagens investigativas, foi chamado pelo editor-chefe da TV Tribuna, Eduardo Silva, em 2009, para compor a equipe de jornalismo da casa. Fui chamado para produzir esse tipo de reportagem. Foi sensacional porque foi por meio delas que a equipe da Rede Globo começou a me chamar para produzir também para eles. Digo que foi uma oportunidade de ouro, alcançada com muito esforço. Então, saiu da TV Tribuna em 2010 para compor a equipe de jornalismo do Fantástico. Mais tempo para investigar, produzir, analisar, contextualizar. Na mais recente, exibida no dia 26 de fevereiro, conseguiu uma entrevista exclusiva com o primo do goleiro Bruno, acusado de assassinar a amante, Elisa Samúdio, em Foram meses até conseguir convencer o cara. Passei dias, meses em Minas Gerais (estado onde sua fonte residia). Deu certo. Fechei o texto e foi muito bom, conta. Tudo começou com alguns textos publicados nos jornais laboratoriais do curso. Siqueira ressalta que todo o trabalho proposto em sala de aula valeu a pena para a sua trajetória. A verdadeira aula de jornalismo investigativo eu não tive, mas todas as demais tiveram o seu papel na minha carreira. De verdade, agradeço tudo que foi me ensinado em quatro anos de curso. Os professores fizeram de mim o profissional que sou hoje. Dedicação, paciência e vontade em querer saber de tudo levaram Siqueira para um status sonhado por todos os alunos. Se todo estudante tiver garra, força de vontade em absorver tudo dentro da sala Ex-aluna supera timidez e se destaca O desejo que se tornou realidade Guilherme Miranda Divulgação Guilherme Miranda Arquivo pessoal Extremamente tímida. Era como se sentia a jornalista Cristiane Amaral, 26 anos, ex-aluna da Faculdade de Artes e Comunicação (FaAC). Formada no ano de 2007, Cristiane sempre recebeu apoio dos professores para seguir carreira no telejornalismo. Aprendi a deixar a timidez de lado na hora da reportagem. Acredite: consegui., afirma. Atualmente, Cristiane trabalha como repórter da TV Tribuna, afiliada da Rede Globo. Mas, antes dessa função, trabalhou como estagiária de produção e produtora. A repórter não sabe por que quis fazer jornalismo, mas diz que sempre gostou de telejornalismo. Ela acredita que é algo que está na sua cabeça desde quando era criança. Desde seu primeiro ano no curso de Jornalismo, Cristiane fez questão de participar de todas as atividades extracurriculares que a universidade proporciona aos alunos. Aproveitei tudo. Fiz cobertura dos Jogos da UNISANTA em todos os anos. Deixava a faculdade de madrugada feliz por realizar o trabalho e ver minha matéria no jornalzinho no outro dia, mesmo que virando bolinha de papel ou aviãozinho, diz ela. Toda experiência profissional de Cristiane no telejornalismo se dá ao fato de que ela começou ainda como estagiária no programa Espaço Unisanta, da TV Santa Cecília. Cristiane: ex-estagiária à repórter da TV Tribuna Aprendi sobre ética e princípios que levo até hoje, a sempre sair do óbvio, a me relacionar com colegas, e o que é um bom trabalho em equipe. Aprendi o que é texto de TV, o que é edição, a fazer uma locução em off e um texto próprio, sem o medo do meu jeito de ser, sem seguir os padrões, apesar de entender que eles precisam existir, afirma Cristiane. Para a repórter, a passagem pelo curso de Jornalismo da FaAC foi muito importante para seu desempenho profissional, tanto na correria que era na faculdade como agora no dia a dia do trabalho. A FaAC me formou mesmo. Ofereceume experiências práticas ótimas. Se o estudante souber aproveitar, tem Vou trabalhar com esporte e ainda vou para uma Copa do Mundo. Esse foi o pensamento no primeiro dia de faculdade do jornalista José Gonzalez, 36 anos, ex-aluno da Faculdade de Artes e Comunicação. Formado no ano de 1999, Zé Gonzalez, como é mais conhecido, já sabia qual seria seu destino como jornalista. Atualmente, Gonzalez é editor do site de esportes do G1 (portal de notícias da Globo). Gonzalez começou a trabalhar já no terceiro ano de faculdade no jornal Lance! e, desde então, nunca mais saiu do jornalismo esportivo. Com seu trabalho, o ex-aluno UNISANTA conseguiu realizar o sonho de trabalhar em uma Copa do Mundo. Depois de sete anos da formação acadêmica, no dia 13 de junho de 2006, Gonzalez estava na Copa do Mundo da Alemanha fazendo a sua primeira cobertura, o jogo Brasil x Croácia. Após sua primeira cobertura, Gonzalez fez um especial da Copa da África do Sul e, no ano que vem, estará em seu terceiro campeonato, desta vez, no Brasil. Na época de faculdade, Gonzalez se interessava mais pela prática do que pela teoria. Sempre gostei mais das disciplinas práticas, ir para a rua, entrevistar e fotografar, afirma. Para ele, lembranças marcantes dessa época eram os primeiros desafios. Os primeiros contatos com o mundo do jornalismo, ver quando algo aprendido na teoria saía bem na Gonzalez hoje é editor do site globoesporte.com prática e a relação com os professores, colegas e o início da minha trajetória profissional, enumera. Ele afirma ainda que a sua passagem pela FaAC significou bastante para sua formação profissional. A faculdade me proporcionou a base teórica para ingressar na prática da profissão. Mas, se hoje Gonzalez pudesse voltar atrás, teria aproveitado algumas aulas que na época da faculdade relutava em assistir. Com certeza, teria aproveitado mais as aulas de telejornalismo. Na época, preferia me dedicar ao impresso, à fotografia e ao online. Dava menos importância à TV. Hoje, trabalho dentro de uma empresa que 14 Edição e diagramação: Gustavo de Sá

15 Da indústria à redação O assessor de imprensa da UNISANTA, Christian Miranda, formou-se na primeira turma de Jornalismo da FaAC Daniel Paiva Ele é assessor de imprensa, coordenador do programa Universidade Aberta e mestre de cerimônias da Universidade Santa Cecília. Quando não está à frente de um computador, está atrás de um microfone ou intermediando a relação da imprensa com a universidade. Não há dúvida de que ele é um profissional de comunicação nato. No entanto, esse não era o caminho que estava traçado para a vida de Christian Miranda. A primeira formação de Miranda foi técnica, como se espera de um filho de funcionário da Petrobras. Fez ensino médio técnico em Eletrônica e cursou Instrumentação no Senai. Logo, conseguiu estágio na empresa em que o pai trabalhava e estava exercendo sua profissão, fazendo a manutenção e operação dos instrumentos da Petrobras. Mas ele tinha uma qualidade que era notada por todos os colegas e não estava relacionada à instrumentação: boa voz. De tanto que falavam que ele tinha uma voz perfeita para o rádio, o estagiário da Petrobras começou a se interessar pela profissão e cedo entrou no curso de locução de rádio do Senac. Os alunos eram levados a várias emissoras da região e de São Paulo e, quanto mais conhecia o ofício, mais gostava dele. A satisfação profissional está na aptidão, diz. Ao longo desse tempo, percebeu que precisava se aprofundar nessa área. Foi então que participou de uma Semana de Comunicação da UniSantos e descobriu o que queria seguir: o jornalismo. Não foi fácil conseguir apoio paterno para seguir essa nova paixão. Quando manifestou o novo desejo de fazer Jornalismo, o pai se apavorou. Ele quase teve um infarto do miocárdio. Achava que jornalista ganha mal e que eu ia passar dificuldades. Mas, naquele dia, eu disse: se fizer o que gosto, vou me dar bem. Então, ele teve que aceitar, diz. Miranda ingressou na UNISANTA e há exatos 20 anos sua vida no jornalismo teve início. Ele relata que o curso passou por algumas adaptações ao longo dos semestres por se tratar da primeira turma. Eu via que, acima de tudo, a direção tentava criar um curso de qualidade, para ser o melhor de Santos. Tinha ótimos professores, como Darrel Onã Tolentino Christian Miranda: O emprego que eu tenho foi um presente de Deus Champlin, Beatriz Rota-Rossi e Gerson Moreira Lima, que já falava da mãe dele desde aquela época, lembra. O aluno participou da criação do jornal-laboratório digital Unisanta Online, que alcançou o primeiro lugar no Prêmio Expocom em Durante a faculdade, estagiou nas rádios Enseada e Serra do Mar, na assessoria da Cohab Santista e na TVB. No fim do terceiro ano, fazendo uma reportagem acadêmica, o estudante entrou em contato com a assessoria de imprensa da Universidade Santa Cecília. Durante as conversas com os assessores, eles notaram que Miranda tinha facilidade com comunicação e perguntaram se ele tinha interesse na vaga de estagiário que seria aberta. Passou no processo seletivo e entrou como auxiliar-administrativo no início do quarto ano do curso. Assim que se formou, em 1996, foi contratado como assessor de imprensa da universidade, posição que ocupa até hoje. Carreira O jornalista Christian Miranda nunca foi um profissional que negasse desafios. A universidade, sabendo da familiaridade do assessor com a locução, convidou-o para ser mestre de cerimônia da inauguração do teto retrátil da piscina, evento que reuniu nomes como Gustavo Borges, Pelé e várias autoridades da região. Ele aceitou o convite e passou a ser convidado a apresentar evento atrás de evento. Em 1997, o assessor ganhou mais uma oportunidade: foi chamado para fazer o programa Notícias do Campus, da Santa Cecília TV. Ele aceitou o desafio sem pensar duas vezes. Com o auxílio de apenas duas estagiárias, ele escrevia as matérias, gravava o off e as reportagens, ajudava na edição e apresentava o telejornal. E ainda trabalhava em uma rádio.ele manteve essa jornada tripla durante dois anos, até que um grave acidente de carro o obrigou a largar o telejornal. Esse incidente me fez repensar na minha rotina. Eu já estava seguro na profissão, para quê viver aquela loucura? Não havia necessidade de tanto trabalho, relembra. Há pouco mais de 10 anos, a UNISANTA deu mais uma oportunidade para o exaluno: trabalhar no programa Universidade Aberta, que tem a missão de abrir as portas do complexo para todos. Ele largou a rádio e aceitou o convite. Depois do acidente de carro, estava querendo mais tranquilidade. Por isso, a chance de trabalhar no mesmo local de manhã e de tarde foi muito bem recebida. Sou muito grato à direção da universidade pelas inúmeras oportunidades que me foram dadas. Assessoria de imprensa Após trabalhar em quase todas as áreas do jornalismo, ele afirma estar satisfeito em atuar em uma assessoria de imprensa. O emprego que eu tenho foi um presente de Deus, pois se encaixa ao meu perfil e minhas necessidades. Acima de tudo, eu prezo Deus, minha família e minha igreja, a Cristo é a Resposta. E, na assessoria, posso planejar minha vida pessoal, férias e festas de família, explicou. Aos 41 anos e mais do que tranquilo profissionalmente, o assessor não quer parar de estudar. Com a tecnologia mudando o tempo todo, não dá para dizer que se sabe tudo e parar de estudar. Pretendo fazer o lato sensu em Gestão em Comunicação Estratégica e Marketing, revela. FaAC O ex-aluno também parabenizou a Faculdade de Artes e Comunicação pelos 20 anos de existência. Destaco a felicidade que tenho de ver muitos colegas de faculdade bem colocados no mercado e também de ver que a FaAC continua formando excelentes profissionais. Ex-aluno dribla limitações e chega à ESPN Brasil Onã Tolentino Caroline Menezes Foi durante as férias na cidade de Atibaia, no interior de São Paulo, que o ex-aluno da Faculdade de Artes e Comunicação (FaAC), Frederico Marcondes de Carvalho, teve seu primeiro contato com a vida de jornalista. Aos cinco anos de idade, Carvalho foi convidado a participar de um jornal da sala de cinema hotel onde estava hospedado com a família e fez sua primeira entrevista com a atriz Mira Haar, a matriarca da série Mundo da Lua, na TV Cultura. A primeira coisa que eu quis saber foi o que era aquele objeto que ficava preso na camisa dos entrevistados, o microfone de lapela, lembra o jornalista de 31 anos, que, atualmente, trabalha como produtor do programa Linha de Passe, do canal esportivo ESPN. Esse foi apenas o primeiro passo de Carvalho que diz ter enfrentado problemas durante sua formação na escola por conta de paralisia cerebral, que comprometeu sua coordenação motora e a fala. Quando nasceu, o cordão umbilical estava enrolado em seu pescoço, o que provocou a falta de oxigenação no cérebro durante 10 segundos. A dificuldade para falar e para se movimentar fez com que ele enfrentasse alguns problemas durante a adolescência, abandonasse a escola aos 17 anos e fosse trabalhar com o pai como oficce boy. O jornalista também conta que nessa época não gostava muito de estudar, o que contribuiu para que largasse os estudos. Tempos mais tarde, após ser intimado pela mãe, decidiu voltar a estudar e iniciou um curso supletivo. Após receber o diploma, prestou vestibular para Jornalismo na UNISANTA e iniciou a segunda etapa de sua vida já destinada à formação de jornalista. Antes mesmo de dar início ao curso universitário, estava no meio dos profissionais de comunicação. Durante os Jogos Abertos do Interior, realizados em Santos no ano de 2000, ele conheceu o jornalista e diretor da ESPN Brasil, José Trajano. Além de Trajano, ele tornouse amigo de outros repórteres como Juca Kfouri, ex-diretor da revista Placar, da Editora Abril, e outros que atuavam no jornal A Tribuna e na rede de rádio Jovem Pan. Nos dois primeiros anos da universidade, Carvalho conta que pensou em desistir, mas recebeu o apoio dos pais e da família para seguir adiante e se formar. Tudo que sou hoje devo aos meus pais. Foram eles que sempre me incentivaram nos momentos em que mais precisava. Tudo que eu precisava, desde o primário, eles me proporcionaram, conta, referindo-se ao fato de ter sido obrigado a usar máquinas de escrever na escola, devido à limitação nos movimentos das mãos. Com dedicação e persistência, nunca deixou que suas dificuldades fossem motivos para não correr atrás de boas matérias e boas fontes para as disciplinas da faculdade como, por exemplo, o jornal-laboratório Unisanta Online. Na oportunidade, o produtor da ESPN Brasil entrevistou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, os ex-prefeitos de Santos João Paulo Tavares Papa e Paulo Gomes Barbosa, o ex-presidente de Portugal, Mário Soares, o cantor Cauby Peixoto e o compositor Chico Buarque. Segundo ele, o estudante precisa insistir e correr atrás de suas fontes, esgotar todas as possibilidades para conseguir uma entrevista. Usei a faculdade para abrir portas para mim. A gente precisa ser chato e sempre ter um bom relacionamento com as fontes, conhecê-las bem e saber sobre o que está falando. Aqui, Frederico de Carvalho: Aprendi a me preparar antes de ir para entrevistas eu aprendi a me preparar antes de ir para entrevistas. Isso é algo que carrego comigo até hoje. E foi o bom relacionamento com as fontes, aliado ao bom desempenho na universidade, que o ajudou a entrar no canal esportivo em que trabalha. Em seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), um rádiodocumentário sobre sambacanção, obteve nota máxima. Na ESPN, começou atuando no programa Pontapé Inicial, um programa que mistura futebol e cultura e, atualmente, além de produtor do Linha de Passe e Futebol no Mundo, ajuda na sonorização e tradução de outros programas, além de procurar e editar imagens do arquivo. Ele já desfrutou de outras experiências como repórter na cobertura dos Jogos Parapan- Americanos realizados no Rio de Janeiro, em agosto de 2007, e do evento Virada Esportiva, em São Paulo, do qual também participou efetivamente jogando esportes adaptados como vôlei e natação. Pelo fato dos programas serem semanais, ele revela que a vida não é tão agitada quanto a de um repórter de jornal impresso diário, por exemplo. Carvalho passa a semana na Capital e vem a Santos somente aos finais de semana em que não está de plantão. Desde o tempo da faculdade, o jornalista sempre procurou se adaptar às necessidades físicas. Ele conta que possuía dificuldades para escrever e, apesar de já ter superado parte do problema, utiliza a tecnologia a seu favor, como computadores de mão para fazer anotações. Sobre o futuro, o santista diz que deseja trabalhar como correspondente internacional para ter experiência fora do País e conhecer outras culturas. Edição e diagramação: Natacha Negrão 15

16 Tradição nas eleições Com as edições do Primeira Impressão e as coberturas em tempo real do Unisanta Online, a FaAC é presença marcante nas eleições desde 1996 Leandro Marçal As eleições transformam um domingo qualquer em um evento com ampla cobertura de toda a imprensa, especialmente em tempos de informação tão rápida quanto atualmente. E desde 1996, a Faculdade de Artes e Comunicação da Universidade Santa Cecília (FaAC) se faz presente realizando coberturas em edições especiais deste Primeira Impressão. São edições que trazem entrevistas com políticos, eleitores, comerciantes e todos os que participam do dia que muda a história das cidades e do País com a escolha dos milhões de eleitores brasileiros. Cobri as eleições do ano passado para o Primeira Impressão, analisando o cenário do comércio no entorno da universidade. Esse tipo de iniciativa mostra bem ao aluno o que o mercado espera dele no dia a dia de uma redação, afirma Bruna Dalmas, que se formou jornalista em dezembro de Bruna está entre tantos outros jornalistas, alguns até bem conhecidos do público, que se formaram na UNISANTA e tiveram nas eleições o primeiro contato com uma cobertura importante dos grandes veículos. Se o ato de fazer edições especiais relativas ao dia do voto já dá mais ânimo para que os jornalistas universitários entendam como é sua profissão na prática, em 2004 dois professores tiveram a ideia de informar leitores da internet em tempo real sobre o que acontecia no dia em que a população pode mudar os Juliana Sousa Máquinas de escrever, longas bancadas e uma mesa de reunião. Este era o cenário da redação do jornal-laboratório Primeira Impressão, produzido pelos alunos do quarto ano, da Faculdade de Artes e Comunicação (FaAC), na sua primeira fase, em Tudo era novo. No entanto, alunos e professores, trabalhando como uma verdadeira equipe, driblavam os desafios mês após mês e publicavam o jornal. Entre os desafios, estava a diagramação do jornal. A modernidade e a praticidade com que os alunos trabalham hoje são bem diferentes da realidade anterior. O atual responsável pela diagramação do projeto, professor Fernando Cláudio Peel, acompanhou de perto os processos de modificação do jornal. Ele lembra que os textos eram redigidos em máquinas de escrever, a elaboração das páginas feitas no diagrama (páginas com linhas onde o jornal era rascunhado) e, depois disso, o material seguia para a gráfica do jornal A Tribuna onde era montado e impresso. Peel 16 Edição Os professores Marcus Vinicius Batista, Alexandre Sobrino e Daniella Aragão governantes para os quatro anos seguintes. Alexandre Sobrino foi um conta que o processo, apesar de trabalhoso, utilizava componentes simples para rascunhar o jornal. Os alunos usavam caneta azul e preta para delimitar o texto, caneta vermelha para marcar as bordas das páginas e lápis para identificar os quadros. No ano seguinte, houve mudanças significativas na disciplina. Com a informatização e a chegada de computadores à universidade, as oportunidades de diagramação e criação se ampliaram. Programas como PageMaker e Indesign faziam em minutos a elaboração de uma página que antes era projetada à mão. O professor enfatiza a importância da experiência proporcionada pelo Primeira Impressão para a formação do aluno: É uma disciplina fundamental, como todas as outras. O aluno tem de sair do curso sabendo os vários Jéssica Barros Jéssica Barros deles. Professor de Jornalismo Digital para alunos do segundo ano, ele fez do Unisanta Online aspectos do jornalismo, diz. Segundo o professor, os alunos participam dando sugestões e ideias para a cada ano aperfeiçoar ainda mais o jornal-laboratório. A gente faz uma reunião, com a opinião e sugestão de todos os alunos para mudanças no Primeira Impressão e, depois que chegamos a um denominador comum, colocamos em prática as novas ideias, diz. Entre os anos de 1999 a 2009, a atual coordenadora do curso de Produção Multimídia, professora Márcia Okida, assumiu o projeto gráfico, trazendo importantes inovações para o jornal. Entrei com um objetivo: trazer o design gráfico para o jornalismo. Fui convidada pelo então coordenador do curso, professor Gerson Moreira Lima, com o intuito de acabar com uma linguagem mais antiga e trazer uma uma ferramenta que, com base no trabalho dos alunos, informa os eleitores da região da Baixada Santista sobre tudo das eleições. A ideia surgiu a 20 dias das eleições daquele ano (2004). Imagino que não há precedentes do tipo em nenhuma outra universidade, analisa o docente. Em 2012, na quinta cobertura em tempo real, foram 25 os repórteres universitários que produziram 311 notas durante todo o dia, cobrindo tudo o que acontecia nas nove cidades da Baixada Santista. Todos coordenados por Sobrino e os professores Marcus Vinicius Batista e Daniella Aragão. Foram quase 20 horas de trabalho. A redação não existia fisicamente, eu e os outros professores corrigíamos as matérias enviadas pelos alunos através da internet, cada um em suas respectivas casas. Só íamos ao banheiro e saíamos da frente do computador para votarmos, sendo que para isso fizemos um rodízio e não abandonamos a cobertura do Online, conta Batista, que participou das coberturas universitárias nas duas últimas votações e as cobre como jornalista desde Em 2012, ainda houve uma integração entre o Primeira Impressão e o Unisanta Online, que ainda tiveram suas principais notícias veiculadas também durante a programação da Santa Cecília TV. E com uma pane que travou por algumas horas o site do jornal A Tribuna, considerado o maior jornal da região, até jornalistas que cobriam as eleições acessavam de conhecimento de cores, tipografia, uma linguagem gráfica. É muito importante para o jornalista conhecer também essa parte de técnica de design, explica. Em reuniões, as equipes determinavam as mudanças e as ideias para as próximas edições. Eu deixava sempre o aluno criar à vontade. Ele apresentava as ideias e os seus projetos e era nesse momento que acontecia a aula, conta Márcia. As experiências que o aluno vai acumulando ao longo da aulas, certamente, vão servir de base para atuar no mercado de trabalho, inclusive no design editorial, área que cresce cada vez mais no mercado da comunicação. Para Márcia, a aula é uma oportunidade de criação. O jornal-laboratório é o momento que o aluno tem para inovar e criar, explica. Márcia se lembra do modo o Online para se informar, levando o portal a um pico de cinco visualizações por segundo durante a apuração dos votos. Além disso, todos os nove prefeitos eleitos na região foram entrevistados pelos alunos. Com a evolução tecnológica,também temos uma maior preocupação não apenas com a cobertura, mas a pré-cobertura do dia das eleições, além de agora monitorarmos não apenas o tráfego no site mas também quais as informações que os internautas mais procuram ao acessar o Online analisa Daniella Aragão. Nossa maior recompensa é que a cada ano os alunos vêm mais empolgados para nos ajudar na cobertura, completa. No terceiro ano da faculdade, Carolina Huerte é uma das que se empolgam só de falar na sua primeira cobertura de eleições, que aconteceu em Foi maravilhoso, durante o dia eu comentava com o professor Marcão que era uma correria muito boa, tanto que eu nem comi direito naquele dia. Rodei a cidade de Itanhaém inteira e usei muito o telefone para elaborar minhas matérias, lembra. Assim, tendo contato com autoridades e outros profissionais da área, o curso de Jornalismo da FaAC traz a vivência da prática para o universo acadêmico, tornando o currículo do formando algo além de um mero documento pendurado na parede. Jornal-laboratório, sinônimo de inovação e criação e diagramação: Laércio Mendes Onã Tolentino Capa histórica anunciava segundo turno nas eleições municipais de 2000 A disciplina do Primeira Impressão é muito importante, pois é onde o aluno aprende. É uma experiência bem próxima da realidade Márcia Okida como interagia com os alunos e, em especial, recorda-se com carinho e orgulho do seu último ano fazendo parte da equipe de professores. Conta sobre os trabalhos e projetos de capa desse último ano, que, segundo ela, eram verdadeiramente profissionais, dignos de prêmios na categoria. Referese também a alunos muito especiais e competentes dos quais diz que se lembra até hoje. Sempre antenada às tendências que vinham de fora, Márcia e cada vez oferecia mais conhecimento aos alunos. Durante os anos em que esteve no Primeira Impressão, trouxe mudanças para o jornal, sempre com o intuito de criar um importante conjunto entre texto e design gráfico. A professora acredita que a experiência vivenciada no jornal-laboratório acrescenta muito na vida do aluno. A disciplina do Primeira Impressão é extremamente importante, pois é onde o aluno aprende. É uma experiência muito próxima da realidade, finaliza.

17 Polêmicas, histórias e informação Mais de 90 coletivas já foram realizadas Renan Belini No decorrer dos 18 anos de história do Primeira Impressão, as coletivas sempre foram um diferencial do jornal laboratório produzido pela FaAC. Nas 93 coletivas realizadas de 1998 a 2013, grandes personalidades da região estiveram diante dos alunos do 4º ano de Jornalismo e momentos marcantes não faltaram. Polêmica com religioso, puxão de orelha de treinador de futebol e até vaias para um delegado de polícia marcam essa trajetória. Visando mostrar a percepção de cada aluno, por meio de várias versões sobre um mesmo fato, as coletivas começaram a fazer parte do Primeira Impressão, inicialmente como o projeto Mão do Repórter (assim permaneceria até 2005). A intenção era observar o ponto de vista de cada aluno, mostrando sua criatividade, explica o jornalista Francisco La Scala, professor da UNISANTA desde o início do projeto, que traz duas matérias com visões distintas, escolhidas pelos professores. Para La Scala, o fato de o aluno não ter muito tempo para produzir e revisar o texto torna o exercício um dos mais importantes. Nas coletivas, temos a oportunidade de avaliar o desempenho do aluno sob pressão e a sua capacidade de compreensão para encontrar o fato principal. A primeira coletiva, em 1998, foi recheada de polêmica. Frei Rozântimo Antunes Costa, então reitor do Santuário do Valongo, formado em Relações Públicas, se destacava pela juventude, charme e a fama de ser vaidoso, algo não muito comum aos padres. Vários assuntos foram abordados, entre eles o marketing que o religioso fazia para melhorar o santuário participava de provas de pedestrianismo e possuía uma rádio para divulgação -, além de temas polêmicos como o aborto, homossexualidade e até posição partidária. Entretanto, o ponto alto da entrevista aconteceu quando a então estudante Paula Quagliato questionou as vestimentas do religioso, que apesar de ser franciscano e ter feito voto de pobreza, vestia roupas de grife. No momento o clima ficou tenso, ele demorou um pouco, mas respondeu a pergunta, conta o professor La Scala. O frei alegou que as roupas haviam sido doações de fieis Professor Leão Em abril de 1999, foi a vez do então treinador do Santos Futebol Clube, Emerson Leão. Sempre com muita personalidade e respondendo todas as questões, Leão admitiu ser uma pessoa agressiva. Jogo junto com o time e sinto as emoções. Admito que às vezes passo dos limites, disse o treinador. Questões sobre seleção brasileira, o jejum de títulos do Santos e sua relação com os dirigentes foram os temas da coletiva. Mas foi o lado professor de Leão que ficou marcado. Ele corrigia os alunos após as perguntas, mandando que as formulassem adequadamente, lembra o professor. Numa pergunta Professores Adelto, Francisco La Scala e Fernando Di Maria coordenam os alunos nas coletivas do PI Entrevista de Frei Rozântimo causou polêmica logo na estreia das coletivas do Primeira Impressão, em 1998 sobre a convulsão do Ronaldo na Copa de 98, ele não respondeu enquanto o aluno não reformulou a pergunta. Era também uma forma de intimidar os repórteres para não receber perguntas muito embaraçosas, explica La Scala. Outro fato curioso na coletiva de Leão aconteceu antes mesmo do início das perguntas. O técnico repentinamente parou sua apresentação para reclamar da presença do ex-aluno José Antônio Gonzalez, que na época era estagiário no diário Lance!, na cobertura do Santos. Assim que o aluno abriu o laptop, o Leão se manifestou dizendo que não queria outros veículos de comunicação na coletiva, lembra o jornalista e professor Fernando De Maria, que juntamente com os outros professores, logo esclareceu o mal entendido. Já para José Gonzalez, hoje editor do Globoesporte.com, em São Paulo, tudo não passou de uma brincadeira. O Leão me conhecia do dia a dia dos treinos do Santos e ele não sabia que eu estudava ali. Quando me viu na coletiva, achou que eu estava pelo jornal e meio que brincou comigo, explica o jornalista formado em Gonzalez também mencionou a importância do contato com as coletivas no período em que foi aluno. Até aquele momento eram raros os alunos que já tinham tido alguma participação em coletiva assim. A dinâmica de uma coletiva é diferente de uma exclusiva, de uma entrevista por telefone... Ali começamos a aprender como lidar com isso, conta o jornalista, que dá a dica. Ir para uma entrevista significa se preparar antes. Seja ela exclusiva ou coletiva. Corrupção, pena de morte e vaias O ano 1999 ainda teve outra entrevista polêmica que não sai da memória dos professores. No mês de outubro, Anivaldo Registro, delegado regional da Polícia Civil na época, foi abordado sobre maioridade, drogas e corrupção na polícia. O delegado, sempre cuidadoso nas respostas, jogou parte da culpa da criminalidade nos problemas sociais, pedindo mais investimento nas causas que geram a criminalidade. Quando questionado sobre corrupção, Registro admitiu que existiam transgressões e fraudes na polícia, mas fez questão de defender a classe. A polícia não pode ser julgada por uma minoria. Entretanto, a atitude dos alunos marcou a coletiva negativamente. Em certo momento, um aluno cujo pai tinha um restaurante denunciou ao delegado que a família era achacada por policiais, observa La Scala. Registro ainda anotou o nome do aluno e disse que iria investigar. Também na entrevista, o delegado se colocou a favor da pena de morte no Brasil, após ser questionado. Ele então recebeu vaias de grande parte dos alunos. Para o professor La Scala, a atitude foi antiética. Temos de dar sempre o direito de o entrevistado falar algo que não concordamos. É o exercício do contraditório. O julgamento deve ser do leitor, explica. Calafiori destaca momentos importantes do curso Isabela Haiek Nos 20 anos da Faculdade de Artes e Comunicação (FaAC), muitos professores passaram e deixaram sua marca. No curso de Jornalismo, não poderia ser diferente. Contratado pela UNISANTA em 1999, Márcio Calafiori atuou na disciplina de Revista e foi um dos professores responsáveis pela produção dos dois jornais acadêmicos do curso: o Primeiro Texto e o Primeira Impressão. Quando Gerson Moreira Lima, então coordenador, viu a necessidade de contratar mais um professor para a matéria de Revista, o nome de Calafiori entrou em pauta. Ele já tinha 15 anos de experiência no jornalismo diário, passando por jornais como A Tribuna, Cidade de Santos, Folha de S. Paulo e Diário do Povo, de Campinas. A disciplina de Revista foi criada em 1998 e as aulas eram ministradas por Renato Rovai, da editora Publisher Brasil, de São Paulo, e com vasta experiência no mercado de revistas. Rovai dominava os aspectos técnicos e comerciais do veículo, enquanto Calafiori era responsável pelo texto, reportagem e edição. A disciplina trouxe à sala de aula um gênero até então esquecido: o jornalismo literário. Na disciplina, procurávamos incentivar a construção de histórias e o aprofundamento do sentido da reportagem. A UNISANTA foi uma das primeiras universidades do Brasil a implantar o chamado Novo Jornalismo. Calafiori conta que, com a presença da professora Elaine Saboya, especialista neste tipo de jornalismo, o estilo, muito utilizado nos EUA nos anos 60, virou o foco das matérias produzidas na disciplina. Outra aquisição importante foi a da professora Márcia Okida, em Como ela é designer, o produto gráfico ganhou um projeto personalizado, diz. A proposta editorial combinada aos elementos gráficos foi importante para o crescimento da disciplina, que, segundo Calafiori, foi muito bem colocada na grade curricular no terceiro ano. Professor Calafiori deixou fortes marcas no curso de Jornalismo Jornal dos Jogos Criado em 1997, o Jornal dos Jogos, segundo Calafiori, foi um diferencial no Jornalismo da UNISANTA. A universidade sempre foi referência no plano esportivo e, para cultuar a tradição, foram criados os Jogos da Unisanta, competição que reúne diversas faculdades da região. Sendo um evento interno, o professor Gerson Moreira Lima incentivou os alunos a participarem da cobertura. Calafiori assumiu o Jornal dos Jogos em 2001 e, com a ajuda de Márcia Okida, formou uma equipe de repórteres e diagramadores para a realização da cobertura. Em 2003, ficou decidido que um aluno seria responsável pela edição do jornal e pela formação das equipes que fariam a cobertura. O diferencial do Jornal dos Jogos é que o fechamento era feito diariamente, fazendo com que os alunos tivessem seu primeiro contato, de fato, com a rotina da profissão. Era gratificante porque os alunos faziam. Eles tinham que aprender a tomar decisões, se organizar e trabalhar com o jornalismo, conta. Edição e diagramação: Rodrigo Monteiro O formato atual, com textos de cabeça para baixo, começou a ser utilizado em 2003 e fez o jornal ser mais notado. Quando viu, o Gerson achou uma loucura e me pediu argumentos para que o jornal ficasse daquela maneira. Criei um manifesto dizendo que ele era inspirado na arte do pintor russo Marc Chagall ( ), o argumento colou e o formato foi mantido desde então, recorda. Primeira Impressão O ritmo de jornal diário, a discussão de manchetes e a divisão de tarefas fizeram do jornal Primeira Impressão, produzido pelos alunos do 4º ano, um dos pontos altos do curso de Jornalismo, segundo Calafiori. Fiz parte da produção, juntamente com os professores Francisco La Scala Jr. e Fernando De Maria, lembra, acrescentando que a experiência que os alunos obtinham era grande e satisfatória, fazendo do Primeira Impressão um jornal importante. Tal importância foi reconhecida quando o produto laboratorial foi premiado pela Revista Imprensa, em Naquele momento, vimos que o esforço da equipe de professores e alunos estava tendo retorno, e isso incentivou ainda mais os alunos, completa Calafiori. 17

18 Arquivo Pessoal Ferrigno IT Professor Reinaldo Ferrigno na antiga redação do jornal-laboratório Primeira Impressão ainda no tempo das máquinas de escrever: fotografia sempre desperta o interesse dos alunos Narrativas fotográficas Os ex-professores de Fotojornalismo Roberto Konda, Reinaldo Ferrigno e Tadeu Nascimento contam as suas recordações Arquivo Pessoal Ferrigno IT Raíssa Ribeiro O ambiente era escuro. Expressões de espanto se voltavam para o que acabara de acontecer. Era impressionante o que se passava diante de seus olhos, a forma como aquela tomada com um pouco de componentes químicos deu lugar a algo físico, mas surreal. Até 2000, época em que a Universidade Santa Cecília obteve as suas primeiras Mavicas (modelo digital da Sony), essa disposição de fatos era natural. Naquela época, as aulas de Fotojornalismo da UNISANTA eram compostas por um elemento incomum para os dias atuais: a câmara escura. Primeiro, aprendia-se a processar, revelar, ampliar e ver o resultado no papel. Somente a seguir viriam a teoria e a prática. Da esquerda para a direita, Reinaldo Ferrigno e os ex-alunos Kátia Locatelli e Luiz Nascimento, hoje professoras Era gratificante ver e sentir a vibração dos alunos quando faziam suas ampliações e viam a imagem surgir diante dos seus olhos no revelador, conta o professor Roberto Konda. O processo analógico, uma das principais recordações tanto de Konda quanto do exprofessor Tadeu Nascimento, gerava expectativas muitas vezes melhor exploradas pelos próprios mestres. A ansiedade não se restringia apenas aos filmes que, às vezes, demoravam quatro dias para ficar prontos. A surpresa estava presente no desenrolar da revelação. Revelar foto colorida é sem graça. A fotografia é colocada em um recipiente, onde não é possível visualizar o filme ou a revelação da cópia, explica Nascimento. Optar pela imagem preta e branca era um convite à descoberta, à participação da formação da imagem, que podia ser manipulada ou corrigida caso necessário. Nascimento também se lembra do interesse que a fotografia despertava nos alunos. Principalmente em relação à monitoria de foto. Naquele tempo, a ocupação de monitor de fotografia era superdisputada, pois, além do estudante enriquecer o currículo e ter desconto na mensalidade, ganhava da UNISANTA todo o material de filme e papel fotográfico. Entre as lembranças de Ferrigno, estão três edições do jornal Primeira Impressão, das quais ainda guarda os exemplares: Sangue e Suor e Lágrimas, uma cobertura da morte do ex-governador Mário Covas e seu funeral em Santos; a edição especial da cobertura das eleições de 1992, que contou com oito fotógrafos, inclusive em São Paulo; e a edição sobre a venda de ossos do cemitério da Areia Branca (o jornal teve uma caveira estampada na primeira página e atualmente há um exemplar emoldurado na sala de redação). Na época, a reportagem investigativa foi furo de reportagem e o Primeira Impressão foi homenageado com o prêmio Giusfredo Santini pela Câmara Municipal de Santos. O início de tudo A tradição fotográfica da UNISANTA é uma herança do curso de Artes Plásticas da universidade, a primeira faculdade a oferecer a disciplina em Santos. Os ex-professores Roberto Konda e Reinaldo Ferrigno, atual fotógrafo da Agência Estado em Brasília, foram convidados a ministrar as aulas de Fotojornalismo e Foto Publicitária. Foram eles os responsáveis pela elaboração do laboratório fotográfico e compra de equipamentos como câmeras, ampliadores e químicos. Além disso, Ferrigno também preparou a grade das aulas de foto, inicialmente ministradas onde funcionava uma antiga padaria na esquina da universidade. O fotógrafo Tadeu Nascimento só iria se juntar à dupla de professores em 1996, durante a segunda turma do jornal Primeira Impressão. Não participou diretamente do jornal universitário. Era responsável, como ele mesmo diz, pela alfabetização dos alunos em fotografia. Ficava nos bastidores. Entretanto, já colaborou com o jornal em grandes eventos como: Jogos Abertos, eleições e Jogos da Unisanta. Era gratificante ver e sentir a vibração dos alunos quando faziam suas ampliações e viam a imagem surgir diante dos seus olhos no revelador Roberto Konda, ex-professor de Fotojornalismo da UNISANTA Hoje, Roberto Konda é professor do curso de Publicidade e Propaganda 18 Edição e diagramação: Natacha Negrão

19 Espaço Unisanta: uma escola e fábrica de talentos Depois de sete anos de existência, o programa acumula prêmios e serve de vitrine para os alunos Beatriz Lopez Foi no dia 29 de agosto de 2005 que as telas da Santa Cecília TV receberam pela primeira vez um programa universitário em sua grade. Entrava no ar o Espaço Unisanta, um programa produzido por alunos da Faculdade de Artes e Comunicação da Universidade Santa Cecília e comandado pela professora Alessandra Pereira. Até aquele momento, a televisão educativa não tinha uma programação diária organizada e com produção de conteúdo por estagiários. Foi, então, que, em junho daquele ano, o diretor Humberto Challoub resolveu convidar Alessandra para montar um núcleo universitário. Ela foi escolhida para esse projeto porque já desenvolvia um trabalho parecido em São Bernardo do Campo, na televisão da Universidade Mackenzie. A diferença, agora, é que comandaria sozinha um programa diário, enquanto todo o trabalho seria desenvolvido pelos alunos que participassem do grupo. Foram dois meses de trabalho para pensar o projeto e preparar a infraestrutura para receber os estagiários e, finalmente, colocar o programa no ar. Quando eu vim para cá, já tinha uma percepção clara de que televisão e educação funcionam muito bem juntas, mas não fazia ideia do desafio que seria montar um programa diário. Tudo foi correndo conforme o trabalho, conta a professora. E, então, o programa foi ganhando forma. Foi definido seu formato, de revista eletrônica, e que seu conteúdo seria essencialmente cultural. Para incrementar os 15 minutos no ar durante os dias de semana e 22 aos sábados e domingos seriam fixados alguns quadros sobre temas diversos: música, literatura, cinema e vida no campus, por exemplo. E, como não dá para fazer televisão sozinho, além da condução da professora Alessandra e da vontade de trabalhar e aprender dos alunos, editores de arte, imagem e um repórter cinematográfico também estiveram voltados para o projeto. Foram adquiridos os equipamentos e montados um estúdio e uma redação no oitavo andar do bloco E da UNISANTA. Em 2009, o Espaço Unisanta começou a receber reconhecimento pelo País. Ganhou o prêmio de melhor programa de TV no V Festival Aruanda de Áudio Visual Universitário Brasileiro, concorrendo com outros projetos universitários da USP e Mackenzie. No ano seguinte, o programa ganhou o Sul do Brasil: melhor programa universitário do País no 18º Festival de Gramado. Apresentadores O primeiro rosto a apresentar o programa foi o de Thalita Oliveira, que, na época, cursava o terceiro ano de Jornalismo e hoje trabalha na Rede Record, em São Paulo. De lá para cá, outras cinco mulheres e um único homem, Diogo Venturelli, ancoraram a revista eletrônica. A apresentadora de número seis, Mariana Rio, define a Jamile Guimarães, editora de Jornalismo do Sistema Santa Cecília de Comunicação A professora universitária Alessandra Pereira dedicou seis anos de sua carreira ao projeto Espaço Unisanta experiência de ter participado de um projeto tão importante para o jornalismo da região. Foi muito enriquecedor e me deu uma visibilidade muito grande, além de me fazer evoluir como profissional. Sem dúvida, o Espaço Unisanta foi uma das melhores coisas que aconteceram na minha vida, pois me proporcionou muita coisa boa, permitindo principalmente conhecer profissionais queridos que hoje são amigos e levo para a vida toda, diz. Hoje, Mariana trabalha como repórter em outro veículo da casa, o Santa Portal, emprego esse que conseguiu graças ao destaque no programa universitário. Muitos foram os nomes que cresceram a partir do estágio realizado nos bancos da faculdade. Rodrigo Nardelli e Cristiane Amaral são repórteres da TV Tribuna, Felipe Gongola e Andressa Ramirez que foi apresentadora em 2009 são repórteres da Santa Cecília TV, e Gabriela Góis está na Rede Record Litoral, entre outros. Em 2011, Alessandra fez o anúncio de que deixaria o comando do projeto para seguir outros trabalhos. O Espaço Unisanta é o projeto da minha vida. Tenho um carinho imenso pelo programa porque pensamos nele em cada detalhe, foi tudo bem estruturado. O programa é a prova de que com vontade de trabalhar é possível conseguir grandes resultados, resume. Para assumir a difícil missão de dar continuidade ao projeto, foi escolhida a ex-aluna da UNISANTA e então repórter da TV Tribuna, Jamile Guimarães. A nova coordenadora chegou em outubro de 2011 para o comando de um programa que julgava imprescindível para o curso de Jornalismo. O projeto em si me atraiu pela gama de possibilidades. É incrível ver que um aluno pode, ainda dentro da faculdade, participar de todas as partes de uma matéria. A coordenadora não sabia, até aquele momento, que tinha tanta facilidade em ensinar. Foi ganhando os alunos e, aos poucos, descobriu uma vocação que parecia ter morado escondida desde que começou a carreira. Numa emissora de televisão tradicional, acabamos esquecendo que sabemos das coisas, é como se tudo se tornasse mecânico. Aqui, descobri que gosto de estudar e de ensinar e sei que ainda quero avançar mais. Em 2012, toda a linguagem foi readaptada e o programa ganhou nova apresentadora. Neste ano, o mesmo aconteceu. Novas vinhetas, quadros em 3D e uma novidade: além do âncora principal, outros alunos terão a chance de apresentar alguns quadros. E a tendência para os próximos anos é essa: cada vez mais universitários terão a oportunidade de participar do programa. Integração Em 2013, novo cenário e nova apresentadora, a estudante Lia Heck Beatriz Lopes Desde setembro do ano passado, a redação do Espaço Unisanta desceu um andar, unindo-se à redação de Jornalismo da Santa Cecília TV. Agora, os estagiários do programa podem interagir com os outros profissionais, participar das coberturas da emissora e produzir matérias para o telejornal da casa e para o outro programa universitário da Santa Cecília TV, o Redação Regional. Com essa união, Jamile assumiu o cargo de editora-chefe de todo o sistema de comunicação. Jamile estuda agora a possibilidade de unir outras áreas da FaAC à redação de Jornalismo da Santa Cecília TV. Nós temos aqui dentro o curso de Produção Multimídia e temos a agência de publicidade universitária. Eles também podem produzir conteúdo que integre ainda mais os cursos e desenvolvam as suas habilidades. Esse é um caminho. Edição e diagramação: Gustavo Pereira 19

20 Reprodução Ao longo de suas 137 edições, o Primeira Impressão abordou diversos temas importantes dedicados ao desenvolvimento da Baixada Santista e temas relacionados à vida do País Joyce Serra Ensaio Juliana Sousa Prof. Aquelino Vasquez: primeiro diretor da FaAC Jessica Branco Nos últimos 20 anos, a UNISANTA viu um de seus filhotes nascer, crescer e se tornar motivo de muito orgulho. A Faculdade de Artes e Comunicação, ou simplesmente FaAC, consolidou-se e se mantém graças ao espírito de equipe que predomina em seu corpo docente, alunos e administradores. E que venham mais 20 anos! Parabéns, FaAC! Jessica Branco Prof. Peel: três décadas de experiência e dedicação Prof. Challoub dirige a faculdade desde 1996 Luiz Nascimento Sílvio Muniz Prof. Adelto Gonçalves: reconhecimento internacional Saudosa professora Valéria Nader dá nome à redação do 3ª andar Estúdio de TV alia a teoria à prática de programas, como o Espaço Unisanta, referência entre os universitários Acervo em Comunicação é um dos mais completos entre as faculdades do gênero no País A faculdade conta com moderno estúdio de rádio para a realização das atividades acadêmicas

Estudo de Caso. Cliente: Rafael Marques. Coach: Rodrigo Santiago. Duração do processo: 12 meses

Estudo de Caso. Cliente: Rafael Marques. Coach: Rodrigo Santiago. Duração do processo: 12 meses Estudo de Caso Cliente: Rafael Marques Duração do processo: 12 meses Coach: Rodrigo Santiago Minha idéia inicial de coaching era a de uma pessoa que me ajudaria a me organizar e me trazer idéias novas,

Leia mais

Manual prático de criação publicitária. (O dia-a-dia da criação em uma agência)

Manual prático de criação publicitária. (O dia-a-dia da criação em uma agência) Manual prático de criação publicitária (O dia-a-dia da criação em uma agência) MANUAL final2.indd 1 14/3/2006 23:19:58 Flávio Waiteman Manual prático de criação publicitária (O dia-a-dia da criação em

Leia mais

Os desafios do Bradesco nas redes sociais

Os desafios do Bradesco nas redes sociais Os desafios do Bradesco nas redes sociais Atual gerente de redes sociais do Bradesco, Marcelo Salgado, de 31 anos, começou sua carreira no banco como operador de telemarketing em 2000. Ele foi um dos responsáveis

Leia mais

Objetivo: Relatar a experiência do desenvolvimento do software Participar. Wilson Veneziano Professor Orientador do projeto CIC/UnB

Objetivo: Relatar a experiência do desenvolvimento do software Participar. Wilson Veneziano Professor Orientador do projeto CIC/UnB Transcrição do vídeo Projeto Participar Duração: 10 minutos e 43 segundos Objetivo: Relatar a experiência do desenvolvimento do software Participar Wilson Veneziano Professor Orientador do projeto CIC/UnB

Leia mais

ASSESSORIA DE IMPRENSA 1 Felipe Plá Bastos 2

ASSESSORIA DE IMPRENSA 1 Felipe Plá Bastos 2 ASSESSORIA DE IMPRENSA 1 Felipe Plá Bastos 2 RESUMO: O presente trabalho tem como objetivo saber como é desenvolvido o trabalho de Assessoria de Imprensa, sendo um meio dentro da comunicação que através

Leia mais

Apesar de colocar-se no campo das Engenharias, profissional destaca-se, também, pelo aprimoramento das relações pessoais

Apesar de colocar-se no campo das Engenharias, profissional destaca-se, também, pelo aprimoramento das relações pessoais Lustre sem graxa Engenharia de Produção Apesar de colocar-se no campo das Engenharias, profissional destaca-se, também, pelo aprimoramento das relações pessoais Falo sempre com a minha família que não

Leia mais

Relatório de Atividades Maio e Junho

Relatório de Atividades Maio e Junho Relatório de Atividades Maio e Junho ANA LISE MENSAL MAIO/JUNHO Devido a Copa do Mundo FIFA Brasil 2014 o horário do Projeto Construindo o Saber Pré Vestibular durante a semana foi modificado (16h50min

Leia mais

O papel do CRM no sucesso comercial

O papel do CRM no sucesso comercial O papel do CRM no sucesso comercial Escrito por Gustavo Paulillo Você sabia que o relacionamento com clientes pode ajudar sua empresa a ter mais sucesso nas vendas? Ter uma equipe de vendas eficaz é o

Leia mais

ABCEducatio entrevista Sílvio Bock

ABCEducatio entrevista Sílvio Bock ABCEducatio entrevista Sílvio Bock Escolher uma profissão é fazer um projeto de futuro A entrada do segundo semestre sempre é marcada por uma grande preocupação para todos os alunos que estão terminando

Leia mais

Área de Comunicação. Tecnologia em. Produção Multimídia

Área de Comunicação. Tecnologia em. Produção Multimídia Área de Comunicação Produção Multimídia Curta Duração Produção Multimídia Carreira em Produção Multimídia O curso superior de Produção Multimídia da FIAM FAAM forma profissionais preparados para o mercado

Leia mais

GRITO PELA EDUCAÇÃO PÚBLICA NO ESTADO DE SÃO PAULO

GRITO PELA EDUCAÇÃO PÚBLICA NO ESTADO DE SÃO PAULO Apresentação Esta cartilha representa um grito dos educadores, dos estudantes, dos pais, dos trabalhadores e da sociedade civil organizada em defesa da educação pública de qualidade, direito de todos e

Leia mais

Veículo: Site Estilo Gestão RH Data: 03/09/2008

Veículo: Site Estilo Gestão RH Data: 03/09/2008 Veículo: Site Estilo Gestão RH Data: 03/09/2008 Seção: Entrevista Pág.: www.catho.com.br SABIN: A MELHOR EMPRESA DO BRASIL PARA MULHERES Viviane Macedo Uma empresa feita sob medida para mulheres. Assim

Leia mais

RELATO DE ESTÁGIO PEDAGÓGICO VOLUNTÁRIO NA DISCIPLINA DE FUNDAMENTOS HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO

RELATO DE ESTÁGIO PEDAGÓGICO VOLUNTÁRIO NA DISCIPLINA DE FUNDAMENTOS HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO RELATO DE ESTÁGIO PEDAGÓGICO VOLUNTÁRIO NA DISCIPLINA DE FUNDAMENTOS HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO Elaine Cristina Penteado Koliski (PIBIC/CNPq-UNICENTRO), Klevi Mary Reali (Orientadora), e-mail: klevi@unicentro.br

Leia mais

> Folha Dirigida, 18/08/2011 Rio de Janeiro RJ Enem começa a mudar as escolas Thiago Lopes

> Folha Dirigida, 18/08/2011 Rio de Janeiro RJ Enem começa a mudar as escolas Thiago Lopes > Folha Dirigida, 18/08/2011 Rio de Janeiro RJ Enem começa a mudar as escolas Thiago Lopes Criado em 1998, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), inicialmente, tinha como objetivo avaliar o desempenho

Leia mais

MARKETING DE RELACIONAMENTO UMA FERRAMENTA PARA AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR: ESTUDO SOBRE PORTAL INSTITUCIONAL

MARKETING DE RELACIONAMENTO UMA FERRAMENTA PARA AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR: ESTUDO SOBRE PORTAL INSTITUCIONAL MARKETING DE RELACIONAMENTO UMA FERRAMENTA PARA AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR: ESTUDO SOBRE PORTAL INSTITUCIONAL Prof. Dr. José Alberto Carvalho dos Santos Claro Mestrado em Gestão de Negócios Universidade

Leia mais

PROGRAMA JOVEM APRENDIZ

PROGRAMA JOVEM APRENDIZ JOVEM APRENDIZ Eu não conhecia nada dessa parte administrativa de uma empresa. Descobri que é isso que eu quero fazer da minha vida! Douglas da Silva Serra, 19 anos - aprendiz Empresa: Sinal Quando Douglas

Leia mais

JOSÉ DE SOUZA CASTRO 1

JOSÉ DE SOUZA CASTRO 1 1 JOSÉ DE SOUZA CASTRO 1 ENTREGADOR DE CARGAS 32 ANOS DE TRABALHO Transportadora Fácil Idade: 53 anos, nascido em Quixadá, Ceará Esposa: Raimunda Cruz de Castro Filhos: Marcílio, Liana e Luciana Durante

Leia mais

Teste sua empregabilidade

Teste sua empregabilidade Teste sua empregabilidade 1) Você tem noção absoluta do seu diferencial de competência para facilitar sua contratação por uma empresa? a) Não, definitivamente me vejo como um título de cargo (contador,

Leia mais

Indicamos inicialmente os números de cada item do questionário e, em seguida, apresentamos os dados com os comentários dos alunos.

Indicamos inicialmente os números de cada item do questionário e, em seguida, apresentamos os dados com os comentários dos alunos. Os dados e resultados abaixo se referem ao preenchimento do questionário Das Práticas de Ensino na percepção de estudantes de Licenciaturas da UFSJ por dez estudantes do curso de Licenciatura Plena em

Leia mais

Área de Comunicação. Tecnologia em. Produção Publicitária

Área de Comunicação. Tecnologia em. Produção Publicitária Área de Comunicação Tecnologia em Produção Publicitária Curta Duração Tecnologia em Produção Publicitária CARREIRA EM PRODUÇÃO PUBLICITÁRIA Nos últimos anos, a globalização da economia e a estabilização

Leia mais

Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática

Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática Rene Baltazar Introdução Serão abordados, neste trabalho, significados e características de Professor Pesquisador e as conseqüências,

Leia mais

Rio de Janeiro, 5 de junho de 2008

Rio de Janeiro, 5 de junho de 2008 Rio de Janeiro, 5 de junho de 2008 IDENTIFICAÇÃO Meu nome é Alexandre da Silva França. Eu nasci em 17 do sete de 1958, no Rio de Janeiro. FORMAÇÃO Eu sou tecnólogo em processamento de dados. PRIMEIRO DIA

Leia mais

Organizando Voluntariado na Escola. Aula 1 Ser Voluntário

Organizando Voluntariado na Escola. Aula 1 Ser Voluntário Organizando Voluntariado na Escola Aula 1 Ser Voluntário Objetivos 1 Entender o que é ser voluntário. 2 Conhecer os benefícios de ajudar. 3 Perceber as oportunidades proporcionadas pelo voluntariado. 4

Leia mais

Joice Vieira Estagiária do Jornal Correio

Joice Vieira Estagiária do Jornal Correio Considero o Programa Correio de Futuro um ponta pé inicial para minha carreira profissional, pois apesar de não ter experiência em redação de jornal, o programa foi uma porta aberta que me levou a fazer

Leia mais

SUA ESCOLA, NOSSA ESCOLA PROGRAMA SÍNTESE: NOVAS TECNOLOGIAS EM SALA DE AULA

SUA ESCOLA, NOSSA ESCOLA PROGRAMA SÍNTESE: NOVAS TECNOLOGIAS EM SALA DE AULA SUA ESCOLA, NOSSA ESCOLA PROGRAMA SÍNTESE: NOVAS TECNOLOGIAS EM SALA DE AULA Resumo: O programa traz uma síntese das questões desenvolvidas por programas anteriores que refletem sobre o uso de tecnologias

Leia mais

UMA PROPOSTA INOVADORA PARA ENSINAR EMPREENDEDORISMO AOS JOVENS

UMA PROPOSTA INOVADORA PARA ENSINAR EMPREENDEDORISMO AOS JOVENS UMA PROPOSTA INOVADORA PARA ENSINAR EMPREENDEDORISMO AOS JOVENS www.empreende.com.br emp@empreende.com.br FAZENDO ACONTECER Programa de ensino de empreendedorismo inovador em nível mundial, desenvolvido

Leia mais

CURSOS PRECISAM PREPARAR PARA A DOCÊNCIA

CURSOS PRECISAM PREPARAR PARA A DOCÊNCIA Fundação Carlos Chagas Difusão de Idéias novembro/2011 página 1 CURSOS PRECISAM PREPARAR PARA A DOCÊNCIA Elba Siqueira de Sá Barretto: Os cursos de Pedagogia costumam ser muito genéricos e falta-lhes um

Leia mais

Se você acredita que as escolas são o único e provável destino dos profissionais formados em Pedagogia, então, está na hora de abrir os olhos

Se você acredita que as escolas são o único e provável destino dos profissionais formados em Pedagogia, então, está na hora de abrir os olhos Se você acredita que as escolas são o único e provável destino dos profissionais formados em Pedagogia, então, está na hora de abrir os olhos O pedagogo David Bomfin, 50 anos, deixou, há algum tempo, de

Leia mais

Freelapro. Título: Como o Freelancer pode transformar a sua especialidade em um produto digital ganhando assim escala e ganhando mais tempo

Freelapro. Título: Como o Freelancer pode transformar a sua especialidade em um produto digital ganhando assim escala e ganhando mais tempo Palestrante: Pedro Quintanilha Freelapro Título: Como o Freelancer pode transformar a sua especialidade em um produto digital ganhando assim escala e ganhando mais tempo Quem sou eu? Eu me tornei um freelancer

Leia mais

COMO FAZER A TRANSIÇÃO

COMO FAZER A TRANSIÇÃO ISO 9001:2015 COMO FAZER A TRANSIÇÃO Um guia para empresas certificadas Antes de começar A ISO 9001 mudou! A versão brasileira da norma foi publicada no dia 30/09/2015 e a partir desse dia, as empresas

Leia mais

Transcriça o da Entrevista

Transcriça o da Entrevista Transcriça o da Entrevista Entrevistadora: Valéria de Assumpção Silva Entrevistada: Ex praticante Clarice Local: Núcleo de Arte Grécia Data: 08.10.2013 Horário: 14h Duração da entrevista: 1h COR PRETA

Leia mais

CURSINHO POPULAR OPORTUNIDADES E DESAFIOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA DOCENTE

CURSINHO POPULAR OPORTUNIDADES E DESAFIOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA DOCENTE CURSINHO POPULAR OPORTUNIDADES E DESAFIOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA DOCENTE INTRODUÇÃO Lucas de Sousa Costa 1 Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará lucascostamba@gmail.com Rigler da Costa Aragão 2

Leia mais

ações de cidadania Atendimento direto ECE-SP recebe a comunidade com equipe qualificada e atividades orientadas Revista Linha Direta

ações de cidadania Atendimento direto ECE-SP recebe a comunidade com equipe qualificada e atividades orientadas Revista Linha Direta ações de cidadania Atendimento direto ECE-SP recebe a comunidade com equipe qualificada e atividades orientadas Valéria Araújo Quando crianças, adolescentes, jovens e familiares do distrito da Brasilândia

Leia mais

medida. nova íntegra 1. O com remuneradas terem Isso é bom

medida. nova íntegra 1. O com remuneradas terem Isso é bom Entrevista esclarece dúvidas sobre acúmulo de bolsas e atividadess remuneradas Publicada por Assessoria de Imprensa da Capes Quinta, 22 de Julho de 2010 19:16 No dia 16 de julho de 2010, foi publicada

Leia mais

A INFLUÊNCIA DO SALÁRIO NA ESCOLHA DA PROFISSÃO Professor Romulo Bolivar. www.proenem.com.br

A INFLUÊNCIA DO SALÁRIO NA ESCOLHA DA PROFISSÃO Professor Romulo Bolivar. www.proenem.com.br A INFLUÊNCIA DO SALÁRIO NA ESCOLHA DA PROFISSÃO Professor Romulo Bolivar www.proenem.com.br INSTRUÇÃO A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo

Leia mais

5 Dicas Testadas para Você Produzir Mais na Era da Internet

5 Dicas Testadas para Você Produzir Mais na Era da Internet 5 Dicas Testadas para Você Produzir Mais na Era da Internet Uma das verdades absolutas sobre Produtividade que você precisa saber antes de seguir é entender que se ocupar não é produzir. Não sei se é o

Leia mais

COMO PARTICIPAR EM UMA RODADA DE NEGÓCIOS: Sugestões para as comunidades e associações

COMO PARTICIPAR EM UMA RODADA DE NEGÓCIOS: Sugestões para as comunidades e associações COMO PARTICIPAR EM UMA RODADA DE NEGÓCIOS: Sugestões para as comunidades e associações R E A L I Z A Ç Ã O A P O I O COMO PARTICIPAR EM UMA RODADA DE NEGÓCIOS: Sugestões para as comunidades e associações

Leia mais

coleção Conversas #14 - outubro 2014 - e r r Respostas perguntas para algumas que podem estar passando pela sua cabeça.

coleção Conversas #14 - outubro 2014 - e r r Respostas perguntas para algumas que podem estar passando pela sua cabeça. não Eu Não r que o f existe coleção Conversas #14 - outubro 2014 - a z fu e r tu r uma fa o para c ul m d im ad? e. Respostas perguntas para algumas que podem estar passando pela sua cabeça. A Coleção

Leia mais

No E-book anterior 5 PASSOS PARA MUDAR SUA HISTÓRIA, foi passado. alguns exercícios onde é realizada uma análise da sua situação atual para

No E-book anterior 5 PASSOS PARA MUDAR SUA HISTÓRIA, foi passado. alguns exercícios onde é realizada uma análise da sua situação atual para QUAL NEGÓCIO DEVO COMEÇAR? No E-book anterior 5 PASSOS PARA MUDAR SUA HISTÓRIA, foi passado alguns exercícios onde é realizada uma análise da sua situação atual para então definir seus objetivos e sonhos.

Leia mais

3 Dicas MATADORAS Para Escrever Emails Que VENDEM Imóveis

3 Dicas MATADORAS Para Escrever Emails Que VENDEM Imóveis 3 Dicas MATADORAS Para Escrever Emails Que VENDEM Imóveis O que é um e- mail bem sucedido? É aquele e- mail que você recebe o contato, envia o e- mail para o cliente e ele te responde. Nós não estamos

Leia mais

Encontro de Estudantes. Como Planejar sua carreira??!! Daniel Coêlho

Encontro de Estudantes. Como Planejar sua carreira??!! Daniel Coêlho Encontro de Estudantes Como Planejar sua carreira??!! Daniel Coêlho CURRÍCULO Universidade de Fortaleza Unifor: 2000 a 2004; Estagiário da Marpe Contadores: 2000 a 2003; Sócio Diretor da Giro s Contabilidade

Leia mais

A criança e as mídias

A criança e as mídias 34 A criança e as mídias - João, vá dormir, já está ficando tarde!!! - Pera aí, mãe, só mais um pouquinho! - Tá na hora de criança dormir! - Mas o desenho já tá acabando... só mais um pouquinho... - Tá

Leia mais

www.startercomunicacao.com startercomunic@gmail.com

www.startercomunicacao.com startercomunic@gmail.com 7 DICAS IMPERDÍVEIS QUE TODO COACH DEVE SABER PARA CONQUISTAR MAIS CLIENTES www.startercomunicacao.com startercomunic@gmail.com As 7 dicas imperdíveis 1 2 3 Identificando seu público Abordagem adequada

Leia mais

Opção. sites. A tua melhor opção!

Opção. sites. A tua melhor opção! Opção A tua melhor opção! Queremos te apresentar um negócio que vai te conduzir ao sucesso!!! O MUNDO... MUDOU! Todos sabemos que a internet tem ocupado um lugar relevante na vida das pessoas, e conseqüentemente,

Leia mais

HISTÓRIAREAL. Como o Rodrigo passou do estresse total para uma vida mais balanceada. Rodrigo Pinto. Microsoft

HISTÓRIAREAL. Como o Rodrigo passou do estresse total para uma vida mais balanceada. Rodrigo Pinto. Microsoft HISTÓRIAREAL Rodrigo Pinto Microsoft Como o Rodrigo passou do estresse total para uma vida mais balanceada Com a enorme quantidade de informação, o funcionário perde o controle do que é prioritário para

Leia mais

Blog da House Comunicação entre a Agência Experimental e acadêmicos de Publicidade e Propaganda da FURB 1

Blog da House Comunicação entre a Agência Experimental e acadêmicos de Publicidade e Propaganda da FURB 1 Blog da House Comunicação entre a Agência Experimental e acadêmicos de Publicidade e Propaganda da FURB 1 Fernanda Bento ZEN 2 Joaquim Cardeal Junior 3 Fabricia Durieux ZUCCO 4 Venilton REINERT 5 FURB

Leia mais

produtos que antes só circulavam na Grande Florianópolis, agora são vistos em todo o Estado e em alguns municípios do Paraná.

produtos que antes só circulavam na Grande Florianópolis, agora são vistos em todo o Estado e em alguns municípios do Paraná. SABOR, TRADIÇÃO E PUREZA Uma marca conhecida por sua tradicionalidade, reconhecimento no mercado e sabor irresistível, a empresa Bebidas Leonardo Sell, completa 106 anos em 2011 sendo a primeira empresa

Leia mais

Caderno do aluno UM POR BIMESTRE: teoria, exercícios de classe, as tarefas de casa atividades complementares.

Caderno do aluno UM POR BIMESTRE: teoria, exercícios de classe, as tarefas de casa atividades complementares. NOSSA META Que todos os alunos entendam todas as nossas aulas! TUDO GIRA EM TORNO DA AULA COMO? Aula bem proposta (autor) Aula bem preparada (professor) Aula bem dada (professor) Aula bem assistida (aluno)

Leia mais

coleção Conversas #7 - ABRIL 2014 - f o? Respostas que podem estar passando para algumas perguntas pela sua cabeça.

coleção Conversas #7 - ABRIL 2014 - f o? Respostas que podem estar passando para algumas perguntas pela sua cabeça. Eu quero não parar coleção Conversas #7 - ABRIL 2014 - de consigo.o usar que eu drogas f o? aç e Respostas para algumas perguntas que podem estar passando pela sua cabeça. A Coleção CONVERSAS da Editora

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Coordenação de Biblioteca 38 Discurso na cerimónia do V Encontro

Leia mais

05/12/2006. Discurso do Presidente da República

05/12/2006. Discurso do Presidente da República , Luiz Inácio Lula da Silva, no encerramento da 20ª Reunião Ordinária do Pleno Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Palácio do Planalto, 05 de dezembro de 2006 Eu acho que não cabe discurso aqui,

Leia mais

A Maior Triagem Odontológica do Mundo. Tá, entendi. Agora, como eu vou fazer isso?

A Maior Triagem Odontológica do Mundo. Tá, entendi. Agora, como eu vou fazer isso? A Maior Triagem Odontológica do Mundo. Em 18 de Março de 2013, o mundo inteiro vai sorrir mais bonito. Neste dia, realizaremos juntos em todo o Brasil, 10 países da América Latina e Portugal a MAIOR TRIAGEM

Leia mais

COMO INVESTIR PARA GANHAR DINHEIRO

COMO INVESTIR PARA GANHAR DINHEIRO COMO INVESTIR PARA GANHAR DINHEIRO Por que ler este livro? Você já escutou histórias de pessoas que ganharam muito dinheiro investindo, seja em imóveis ou na Bolsa de Valores? Após ter escutado todas essas

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Coordenação de Biblioteca 29 Discurso na cerimónia de premiação

Leia mais

WWW.MUSICALLEIZER.COM.BR

WWW.MUSICALLEIZER.COM.BR WWW.MUSICALLEIZER.COM.BR Índice Índice Prefácio Sobre o autor Introdução Como ser produtivo estudando corretamente Você já organizou o seu tempo e os seus dias para estudar? Definir o que vai estudar Organizando

Leia mais

PROPOSTA DE TRABALHO ENSINO MÉDIO 2010. Pais e Alunos

PROPOSTA DE TRABALHO ENSINO MÉDIO 2010. Pais e Alunos PROPOSTA DE TRABALHO ENSINO MÉDIO 2010 Pais e Alunos Proposta de Trabalho Ensino Médio 2010 A partir de 2010 o nosso projeto pedagógico do Ensino Médio estará ainda mais comprometido com a formação integral

Leia mais

Vamos fazer um mundo melhor?

Vamos fazer um mundo melhor? Vamos fazer um mundo melhor? infanto-junvenil No mundo em que vivemos há quase 9 milhões de espécies de seres vivos, que andam, voam, nadam, vivem sobre a terra ou nos oceanos, são minúsculos ou enormes.

Leia mais

Ano 3 / N 16. 37ª Convenção dos Lojistas do Estado de São Paulo reúne empresários lojistas.

Ano 3 / N 16. 37ª Convenção dos Lojistas do Estado de São Paulo reúne empresários lojistas. Ano 3 / N 16 37ª Convenção dos Lojistas do Estado de São Paulo reúne empresários lojistas. Artigo MÃO DE OBRA: HÁ COMO MELHORAR? Uma das principais reclamações dos lojistas, é a qualidade da mão de obra,

Leia mais

O QUE É ECONOMIA VERDE? Sessão de Design Thinking sobre Economia Verde

O QUE É ECONOMIA VERDE? Sessão de Design Thinking sobre Economia Verde O QUE É ECONOMIA VERDE? Sessão de Design Thinking sobre Economia Verde Florianópolis SC Junho/2012 2 SUMÁRIO Resumo do Caso...3 Natureza do Caso e Ambiente Externo...3 Problemas e Oportunidades...4 Diagnóstico:

Leia mais

GS Educacional www.gseducacional.com.br

GS Educacional www.gseducacional.com.br Curso: Completo de Importação Henrique, boa noite. Nós que pensamos a Meritocracia e valoramos a quem Realiza, nos vimos na obrigação de dar feedbacks. Em pouco tempo de curso e sem nem receber ainda a

Leia mais

Título do Case: O papel do Movimento Empresa Júnior na formação de empreendedores que transformam a vida das pessoas Categoria: EJ Empreendedora

Título do Case: O papel do Movimento Empresa Júnior na formação de empreendedores que transformam a vida das pessoas Categoria: EJ Empreendedora Título do Case: O papel do Movimento Empresa Júnior na formação de empreendedores que transformam a vida das pessoas Categoria: EJ Empreendedora Resumo: O Movimento Empresa Júnior (MEJ) brasileiro há mais

Leia mais

ED WILSON ARAÚJO, THAÍSA BUENO, MARCO ANTÔNIO GEHLEN e LUCAS SANTIGO ARRAES REINO

ED WILSON ARAÚJO, THAÍSA BUENO, MARCO ANTÔNIO GEHLEN e LUCAS SANTIGO ARRAES REINO Entrevista Cláudia Peixoto de Moura Nós da Comunicação tendemos a trabalhar com métodos qualitativos, porque, acredito, muitos pesquisadores desconhecem os procedimentos metodológicos quantitativos ED

Leia mais

Duração: Aproximadamente um mês. O tempo é flexível diante do perfil de cada turma.

Duração: Aproximadamente um mês. O tempo é flexível diante do perfil de cada turma. Projeto Nome Próprio http://pixabay.com/pt/cubo-de-madeira-letras-abc-cubo-491720/ Público alvo: Educação Infantil 2 e 3 anos Disciplina: Linguagem oral e escrita Duração: Aproximadamente um mês. O tempo

Leia mais

Homens. Inteligentes. Manifesto

Homens. Inteligentes. Manifesto Homens. Inteligentes. Manifesto Ser homem antigamente era algo muito simples. Você aprendia duas coisas desde cedo: lutar para se defender e caçar para se alimentar. Quem fazia isso muito bem, se dava

Leia mais

difusão de idéias EDUCAÇÃO INFANTIL SEGMENTO QUE DEVE SER VALORIZADO

difusão de idéias EDUCAÇÃO INFANTIL SEGMENTO QUE DEVE SER VALORIZADO Fundação Carlos Chagas Difusão de Idéias outubro/2007 página 1 EDUCAÇÃO INFANTIL SEGMENTO QUE DEVE SER VALORIZADO Moysés Kuhlmann :A educação da criança pequena também deve ser pensada na perspectiva de

Leia mais

Um mercado de oportunidades

Um mercado de oportunidades Um mercado de oportunidades Como grandes, pequenas e médias empresas se comunicam? Quem são os principais interlocutores e como procurá-los? Como desenvolver uma grande campanha e inovar a imagem de uma

Leia mais

CONFLITO DE SER MÃE EMPREENDEDORA

CONFLITO DE SER MÃE EMPREENDEDORA 1 CONFLITO DE SER MÃE EMPREENDEDORA Quando nos tornamos mãe, sem dúvida nenhuma é a melhor coisa desse mundo. Nossos filhos nascem, curtimos muito eles, nos dedicamos exclusivamente e chega uma hora que

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DAS DISCIPLINAS DE MATEMÁTICA E FÍSICA NO ENEM: PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO CURSO PRÉ- UNIVERSITÁRIO DA UFPB LITORAL NORTE

A IMPORTÂNCIA DAS DISCIPLINAS DE MATEMÁTICA E FÍSICA NO ENEM: PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO CURSO PRÉ- UNIVERSITÁRIO DA UFPB LITORAL NORTE A IMPORTÂNCIA DAS DISCIPLINAS DE MATEMÁTICA E FÍSICA NO ENEM: PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO CURSO PRÉ- UNIVERSITÁRIO DA UFPB LITORAL NORTE ALMEIDA 1, Leonardo Rodrigues de SOUSA 2, Raniere Lima Menezes de PEREIRA

Leia mais

coleção Conversas #20 - MARÇO 2015 - t t o y ç r n s s Respostas perguntas para algumas que podem estar passando pela sua cabeça.

coleção Conversas #20 - MARÇO 2015 - t t o y ç r n s s Respostas perguntas para algumas que podem estar passando pela sua cabeça. Vocês acham possam a coleção Conversas #20 - MARÇO 2015 - cer d o t t o a r que ga cr ia n y ç a s s? Respostas perguntas para algumas que podem estar passando pela sua cabeça. A Coleção CONVERSAS da Editora

Leia mais

MEMÓRIAS GEOGRÁFICAS À TONA:

MEMÓRIAS GEOGRÁFICAS À TONA: MEMÓRIAS GEOGRÁFICAS À TONA: Uma retomada da história do Curso de Geografia da UFU a partir de uma entrevista com a Profa. Dra. Suely Regina Del Grossi Revista OBSERVATORIUM: Qual (ais) a (s) razão (ões)

Leia mais

44% 56% 67.896 respostas no Brasil. 111.432 respostas na América Latina. 0,5% Margem de erro. Metodologia e Perfil. homens.

44% 56% 67.896 respostas no Brasil. 111.432 respostas na América Latina. 0,5% Margem de erro. Metodologia e Perfil. homens. Brasil A pesquisa em 2015 Metodologia e Perfil 111.432 respostas na América Latina 44% homens 67.896 respostas no Brasil 0,5% Margem de erro 56% mulheres * A pesquisa no Uruguai ainda está em fase de coleta

Leia mais

A DIVERSIDADE NA ESCOLA

A DIVERSIDADE NA ESCOLA Tema: A ESCOLA APRENDENDO COM AS DIFERENÇAS. A DIVERSIDADE NA ESCOLA Quando entrei numa escola, na 1ª série, aos 6 anos, tinha uma alegria verdadeira com a visão perfeita, não sabia ler nem escrever, mas

Leia mais

Os encontros de Jesus. sede de Deus

Os encontros de Jesus. sede de Deus Os encontros de Jesus 1 Jo 4 sede de Deus 5 Ele chegou a uma cidade da Samaria, chamada Sicar, que ficava perto das terras que Jacó tinha dado ao seu filho José. 6 Ali ficava o poço de Jacó. Era mais ou

Leia mais

Entrevista coletiva concedida pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, após encontro com a Senadora Ingrid Betancourt

Entrevista coletiva concedida pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, após encontro com a Senadora Ingrid Betancourt Entrevista coletiva concedida pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, após encontro com a Senadora Ingrid Betancourt São Paulo-SP, 05 de dezembro de 2008 Presidente: A minha presença aqui

Leia mais

PROJETO DE LEITURA CESTA LITERÁRIA

PROJETO DE LEITURA CESTA LITERÁRIA Escola de Ensino Médio João Barbosa Lima PROJETO DE LEITURA CESTA LITERÁRIA DESPERTANDO O GOSTO PELA LEITURA E A ARTE DE ESCREVER Projeto na Sala de PCA da Área de Linguagens e Códigos PROEMI -Programa

Leia mais

coleção Conversas #6 Respostas que podem estar passando para algumas perguntas pela sua cabeça.

coleção Conversas #6 Respostas que podem estar passando para algumas perguntas pela sua cabeça. coleção Conversas #6 Eu Posso com a s fazer próprias justiça mãos? Respostas para algumas perguntas que podem estar passando pela sua cabeça. A Coleção CONVERSAS da Editora AfroReggae nasceu com o desejo

Leia mais

Problemas em vender? Veja algumas dicas rápidas e práticas para aumentar suas vendas usando e-mail marketing

Problemas em vender? Veja algumas dicas rápidas e práticas para aumentar suas vendas usando e-mail marketing Problemas em vender? Veja algumas dicas rápidas e práticas para aumentar suas vendas usando e-mail marketing Conteúdo A chegada da internet e a mudança no comportamento das pessoas Novo modelo de concorrência

Leia mais

USANDO A REDE SOCIAL (FACEBOOK) COMO FERRAMENTA DE APRENDIZAGEM

USANDO A REDE SOCIAL (FACEBOOK) COMO FERRAMENTA DE APRENDIZAGEM Introdução USANDO A REDE SOCIAL (FACEBOOK) COMO FERRAMENTA DE APRENDIZAGEM Paula Priscila Gomes do Nascimento Pina EEEFM José Soares de Carvalho EEEFM Agenor Clemente dos Santos paulapgnascimento@yahoo.com.br

Leia mais

UM RETRATO DAS MUITAS DIFICULDADES DO COTIDIANO DOS EDUCADORES

UM RETRATO DAS MUITAS DIFICULDADES DO COTIDIANO DOS EDUCADORES Fundação Carlos Chagas Difusão de Idéias novembro/2011 página 1 UM RETRATO DAS MUITAS DIFICULDADES DO COTIDIANO DOS EDUCADORES Claudia Davis: É preciso valorizar e manter ativas equipes bem preparadas

Leia mais

Região. Mais um exemplo de determinação

Região. Mais um exemplo de determinação O site Psicologia Nova publica a entrevista com Úrsula Gomes, aprovada em primeiro lugar no concurso do TRT 8 0 Região. Mais um exemplo de determinação nos estudos e muita disciplina. Esse é apenas o começo

Leia mais

Lógicas de Supervisão Pedagógica em Contexto de Avaliação de Desempenho Docente. ENTREVISTA - Professor Avaliado - E 5

Lógicas de Supervisão Pedagógica em Contexto de Avaliação de Desempenho Docente. ENTREVISTA - Professor Avaliado - E 5 Sexo Idade Grupo de Anos de Escola docência serviço Feminino 46 Filosofia 22 Distrito do Porto A professora, da disciplina de Filosofia, disponibilizou-se para conversar comigo sobre o processo de avaliação

Leia mais

engenharia de embalagens UMA ABORDAGEM TÉCNICA DO DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS DE EMBALAGEM Maria Aparecida Carvalho Novatec

engenharia de embalagens UMA ABORDAGEM TÉCNICA DO DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS DE EMBALAGEM Maria Aparecida Carvalho Novatec engenharia de embalagens UMA ABORDAGEM TÉCNICA DO DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS DE EMBALAGEM Maria Aparecida Carvalho Novatec capítulo 1 Que é isso, companheiro? Sabíamos que você iria se interessar pelo

Leia mais

Trabalho submetido ao XVIII Prêmio Expocom 2011, na Categoria Cartaz Avulso, modalidade cartaz avulso.

Trabalho submetido ao XVIII Prêmio Expocom 2011, na Categoria Cartaz Avulso, modalidade cartaz avulso. RESUMO Email Marketing: Pós-Graduação em Arquitetura Contemporânea 1 Silvia Fernanda Santos de SENA 2 Thiago Jerohan Albuquerque da Cruz 3 Fernando Israel FONTANELLA 4 Universidade Católica de Pernambuco,

Leia mais

ESCOLA, LEITURA E A INTERPRETAÇÃO TEXTUAL- PIBID: LETRAS - PORTUGUÊS

ESCOLA, LEITURA E A INTERPRETAÇÃO TEXTUAL- PIBID: LETRAS - PORTUGUÊS ESCOLA, LEITURA E A INTERPRETAÇÃO TEXTUAL- PIBID: LETRAS - PORTUGUÊS RESUMO Juliana Candido QUEROZ (Bolsista) 1 ; Natália SILVA (Bolsista) 2, Leila BRUNO (Supervisora) 3 ; Sinval Martins S. FILHO (Coordenador)

Leia mais

Lógicas de Supervisão Pedagógica em Contexto de Avaliação de Desempenho Docente ENTREVISTA - Professor Avaliado - E 2

Lógicas de Supervisão Pedagógica em Contexto de Avaliação de Desempenho Docente ENTREVISTA - Professor Avaliado - E 2 Sexo Idade Grupo de docência Feminino 40 Inglês (3º ciclo/secundário) Anos de Escola serviço 20 Distrito do Porto A professora, da disciplina de Inglês, disponibilizou-se para conversar comigo sobre o

Leia mais

A PRÁTICA DE MONITORIA PARA PROFESSORES EM FORMAÇÃO INICIAL DE LÍNGUA INGLESA DO PIBID

A PRÁTICA DE MONITORIA PARA PROFESSORES EM FORMAÇÃO INICIAL DE LÍNGUA INGLESA DO PIBID A PRÁTICA DE MONITORIA PARA PROFESSORES EM FORMAÇÃO INICIAL DE LÍNGUA INGLESA DO PIBID Victor Silva de ARAÚJO Universidade Estadual da Paraiba sr.victorsa@gmail.com INTRODUÇÃO A monitoria é uma modalidade

Leia mais

Dicas para investir em Imóveis

Dicas para investir em Imóveis Dicas para investir em Imóveis Aqui exploraremos dicas de como investir quando investir e porque investir em imóveis. Hoje estamos vivendo numa crise política, alta taxa de desemprego, dólar nas alturas,

Leia mais

Portfólio fotográfico com o tema Unicamp Caroline Maria Manabe Universidade Estadual de Campinas Instituto de Artes

Portfólio fotográfico com o tema Unicamp Caroline Maria Manabe Universidade Estadual de Campinas Instituto de Artes Portfólio fotográfico com o tema Unicamp Caroline Maria Manabe Universidade Estadual de Campinas Instituto de Artes Introdução Como foi explicitado no Projeto de Desenvolvimento de Produto, a minha intenção

Leia mais

MANUAL DO ALUNO EM DISCIPLINAS NA MODALIDADE A DISTÂNCIA

MANUAL DO ALUNO EM DISCIPLINAS NA MODALIDADE A DISTÂNCIA MANUAL DO ALUNO EM DISCIPLINAS NA MODALIDADE A DISTÂNCIA ORIENTAÇÕES PARA OS ESTUDOS EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Caro (a) Acadêmico (a), Seja bem-vindo (a) às disciplinas ofertadas na modalidade a distância.

Leia mais

Autor: Marcelo Maia http://infoempreendedorismo.com

Autor: Marcelo Maia http://infoempreendedorismo.com Nesse ebook você irá aprender como gerar uma renda mesmo que do zero rapidamente na internet, se você já tem um produto irá aprender como aumentar suas vendas agora mesmo de forma garantida. Crie um sistema

Leia mais

FACULDADE CENECISTA DE OSÓRIO CURSO DE EXTENSÃO PROJETO NOSSA ESCOLA PESQUISA SUA OPINIÃO - PÓLO RS CURSO ESCOLA E PESQUISA: UM ENCONTRO POSSÍVEL

FACULDADE CENECISTA DE OSÓRIO CURSO DE EXTENSÃO PROJETO NOSSA ESCOLA PESQUISA SUA OPINIÃO - PÓLO RS CURSO ESCOLA E PESQUISA: UM ENCONTRO POSSÍVEL FACULDADE CENECISTA DE OSÓRIO CURSO DE EXTENSÃO PROJETO NOSSA ESCOLA PESQUISA SUA OPINIÃO - PÓLO RS CURSO ESCOLA E PESQUISA: UM ENCONTRO POSSÍVEL ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO PATRULHENSE PROJETO DE

Leia mais

ETAPAS. 1ª Inscrições. 2ª Seleção. 3ª Palestra Inaugural.

ETAPAS. 1ª Inscrições. 2ª Seleção. 3ª Palestra Inaugural. O PROJETO O curso de Residência em Jornalismo da Rede Gazeta atinge a maioridade e chega a sua 18º edição, cada vez mais se consolidando como uma importante porta de entrada de novos profissionais no mercado

Leia mais

Meu nome é José Guilherme Monteiro Paixão. Nasci em Campos dos Goytacazes, Norte Fluminense, Estado do Rio de Janeiro, em 24 de agosto de 1957.

Meu nome é José Guilherme Monteiro Paixão. Nasci em Campos dos Goytacazes, Norte Fluminense, Estado do Rio de Janeiro, em 24 de agosto de 1957. Rio de Janeiro, 5 de junho de 2008 IDENTIFICAÇÃO Meu nome é José Guilherme Monteiro Paixão. Nasci em Campos dos Goytacazes, Norte Fluminense, Estado do Rio de Janeiro, em 24 de agosto de 1957. FORMAÇÃO

Leia mais

TAM: o espírito de servir no SAC 2.0

TAM: o espírito de servir no SAC 2.0 TAM: o espírito de servir no SAC 2.0 Os primeiros passos do SAC 2.0 da TAM A trajetória da TAM sempre foi guiada pela disponibilidade de servir seus clientes; nas redes sociais, essa filosofia não poderia

Leia mais

Entrevista exclusiva concedida pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao SBT

Entrevista exclusiva concedida pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao SBT Entrevista exclusiva concedida pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao SBT Brasília-DF, 30 de outubro de 2006 Jornalista Ana Paula Padrão: Então vamos às perguntas, agora ao vivo, com

Leia mais

Nome e contato do responsável pelo preenchimento deste formulário: Allyson Pacelli (83) 88252115 e Mariana Oliveira.

Nome e contato do responsável pelo preenchimento deste formulário: Allyson Pacelli (83) 88252115 e Mariana Oliveira. Dados da empresa PRÊMIO ABF- AFRAS DESTAQUE SUSTENTABILIDADE 2012 FORMULÁRIO DE INSCRIÇÃO Categoria Franqueado Razão Social: Capacita Empreendimentos Educacionais Nome Fantasia: SOS Educação Profissional

Leia mais

COMECE A TRABALHAR COM A INTERNET

COMECE A TRABALHAR COM A INTERNET COMECE A TRABALHAR COM A INTERNET Comece a trabalhar com a internet Trabalhar na internet se tornou um dos principais focos das pessoas nos dias atuais devido a possibilidade de operar em mercados distintos

Leia mais

#10 PRODUZIR CONTEÚDO SUPER DICAS ATRATIVO DE PARA COMEÇAR A

#10 PRODUZIR CONTEÚDO SUPER DICAS ATRATIVO DE PARA COMEÇAR A #10 SUPER DICAS PARA COMEÇAR A Pantone 715 C 100% Black 80% Black C: 0 M: 55 Y: 95 K: 0 C: 0 M: 0 Y: 0 K: 100 C: 0 M: 0 Y: 0 K: 80 PRODUZIR CONTEÚDO ATRATIVO DE Confira estas super dicas para você produzir

Leia mais