HORIZONTE TEOLÓGICO. Ano VIII 2009 Nº 15 Janeiro/ Julho

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "HORIZONTE TEOLÓGICO. Ano VIII 2009 Nº 15 Janeiro/ Julho"

Transcrição

1 HORIZONTE TEOLÓGICO Ano VIII 2009 Nº 15 Janeiro/ Julho Revista Semestral do Instituto Santo Tomás de Aquino Centro de Estudos Filosóficos e Teológicos dos Religiosos ISSN

2 Horizonte Teológico Revista Semestral do Instituto Santo Tomás de Aquino Centro de Estudos Filosóficos e Teológicos dos Religiosos ISTA Diretor: Manoel José de Godoy Jornalista responsável: Purificacion Vega Garcia MTB: 3039 Conselho Editorial: Antônio M. Pinheiro, Cleto Caliman, Flávio Luís Rodrigues de Sousa, José Carlos Aguiar de Souza, Manoel José de Godoy, Sílvia Contaldo, Wolfgang Gruen. Diagramação: Tiago Parreiras Capa: Patrícia Rocha As matérias assinadas são da responsabilidade dos respectivos autores. Aceitamos livros para recensões ou notas bibliográficas, reservando-nos a decisão de publicar ou não resenha sobre os mesmos. Aceitamos permuta com revistas congêneres. Administração / Redação: Rua: Itutinga, 300 Bairro Minas Brasil Belo Horizonte MG Tel.: (0xx31) Telefax: (0xx31) horizonte.teologico@ista.edu.br Tiragem deste número: 200 exemplares Impressão: Editora O Lutador Pça. Pe. Júlio Maria, nº 01 Planalto Belo Horizonte MG

3 SUMÁRIO EDITORIAL... 5 ARTIGOS José Carlos Aguiar A atenção-plena metaxológica e a crítica ao conceito de consciência planetária... 9 Cristiano Andrade Teodoro O pluralismo religioso a partir de Claude Geffré Valeriano dos Santos Costa Resgate da mística na liturgia a partir do Concílio Vaticano II Solange do Carmo A boa-nova universal da salvação: Estudo bíblico-catequético a partir de At 10,1 11, COMUNICAÇÕES Jeferson Almeida de Souza A relação entre clérigos e leigos no código de direito canônico Grupo de estudos teológicos Natureza humana e pecado Grupo de pesquisa teológica UT UNUM SINT: o diálogo como pressuposto para o ecumenismo RECENSÃO NORMAS PARA COLABORADORES

4 ISTA Instituto Santo Tomás de Aquino Centro de Estudos Filosóficos e Teológicos dos Religiosos GRADUAÇÃO: Filosofia (licenciatura) Teologia Curso Superior de Gestão Pastoral PÓS-GRADUAÇÃO (Lato Sensu): Especialização para Formadores de Presbíteros Diocesanos 360 horas / aulas Janeiro/ Julho/ Janeiro Especialização para Formadores da Vida Religiosa 360 horas / aulas Janeiro/ Julho/ Janeiro Para mais informações: Rua: Itutinga, 300 Minas Brasil Belo Horizonte MG Telefax: (31) ista@ista.edu.br

5 EDITORIAL RESPEITANDO A ALTERIDADE, FO- MENTANDO A TOLERÂNCIA Pe. Manoel Godoy Diretor Executivo do ISTA A Revista Horizonte Teológico está debutando. Chega com esse número à sua 15ª edição. Esse símbolo dos quinze anos reflete bem o momento da Revista: é uma adolescente buscando sua maturidade. Neste número, além de seus artigos que nos instigam à reflexão, temos a contribuição dos alunos do ISTA, que ensaiam seus primeiros passos na produção do pensamento teológico. Este é um dos objetivos da revista: abrir espaço para a criatividade daqueles que não estão somente repetindo a filosofia e a teologia oficiais, mas ousando pensar. Numa conjuntura que busca unificar tudo e todos, por meio da avalanche globalizadora, somos chamados a contemplar a possibilidade de um pensamento distinto, cuidador das diferenças. O artigo do professor Dr. José Carlos Aguiar nos leva a considerar a amplitude de possibilidades de afirmação da identidade da consciência sem que isso implique um aniquilamento da alteridade da natureza. Identidade

6 6 e alteridade, temas correlatos na produção do pensar e na criação de novas relações. Aguiar abre perspectivas novas a partir do pensamento metaxológico, pois, como ele afirma, O pensamento metaxológico permanece sempre aberto ao ser em sua alteridade ao conceber a origem como plenitude: um excesso que inspira espanto e admiração para além de todo sistema conceitual de inteligibilidade. Assim, a metaxologia se apresenta como respeitosa da alteridade tão necessária em tempos de tão pouca tolerância. De outro ângulo, o teológico, o aluno Cristiano Teodoro afirma em seu artigo a atual necessidade de um pluralismo religioso. Passando pelas perspectivas mais marcantes no campo do diálogo inter-religioso exclusivismo, inclusivismo e pluralismo, Cristiano, inspirado pelo pensamento de Claude Geffré, toca num dos temais mais presentes no pensamento atual: a questão da hermenêutica. Com medo do relativismo, muitos terminam por se abster do árduo exercício hermenêutico, caindo numa posição perigosamente dogmática. Quem sabe o pensamento metaxológico possa aqui, mutates mutandis, se constituir numa abertura para novas considerações no seio do difícil diálogo respeitoso das alteridades. Valeriano dos Santos Costa nos leva a um passeio pela evolução semântica do termo mística, para nos ajudar a resgatá-la na dimensão orante e celebrativa da Igreja a partir do Concílio Vaticano II. Perceber Deus por meio de uma profunda experiência do Mistério de Cristo, que emerge com toda sua força na reforma conciliar, serve como trilha do pensamento desse artigo. Seguindo essa trilha, Valeriano nos conduz desde as experiências dos primeiros cristãos até as dos nossos dias. Fechando a sessão de artigos, temos a colaboração da Professora Solange, com o tema fascinante da abertura das primeiras comunidades aos gentios. Momento crucial para o futuro do cristianismo nascente. Rejeitados por aqueles que

7 se constituíam nos primeiros ouvintes da Palavra, os cristãos, por meio de seus expoentes máximos, sobretudo Paulo, reorientam a missão em direção aos que se abriam à novidade cristã. Quais seriam hoje os novos passos, tão audaciosos como os dos primeiros, necessários para sairmos da posição cômoda de conquistas passadas, que já mostram nítidos sinais de cansaço e de esgotamento? A sessão das comunicações quer servir de incentivo para a produção acadêmica de nossos alunos. Com muita alegria vemos os esforços daqueles que expressam sua recepção dos conteúdos ministrados pelo corpo docente. Orgulho para os mestres e todos os que apostam num exercício da missão evangelizadora com mais profundidade e qualidade. Não poderíamos terminar de apresentar esse número da Revista sem fazer um profundo agradecimento a Deus pelo dom da vida de nosso já saudoso Frei Prudente Nery (26/05/ /06/2009). Creio que é sentimento de todos: como você foi cedo demais! Homem profundo e de não muitas palavras. Só as essenciais. Ouso dizer a Deus que é com muita dificuldade que vivenciamos a partida de um irmão tão querido e mestre tão competente. O problema que se repete a cada dia está na reposição de pessoas desse nível. Estamos assistindo à partida de muitos sem vislumbrar, de imediato, essa reposição. São buracos abertos que nos deixam em situação de petição diante do Pai: suscite, ó Deus, gente com a capacidade e o coração do Prudente para que vejamos com mais facilidade sua eterna bondade e misericórdia em vir em socorro dos que ficamos sedentos por entender melhor Sua Palavra. 7

8

9 ARTIGOS A ATENÇÃO-PLENA METAXOLÓGICA E A CRÍTICA AO CONCEITO DE CONSCIÊNCIA PLANETÁRIA José Carlos Aguiar Desmond e o sentido quádruplo do ser O objetivo central deste artigo é estabelecer uma crítica filosófica ao conceito de consciência na medida em que o termo é central para o simpósio que discute a questão da consciência planetária. Usaremos como matriz teórica para a nossa crítica a metaxologia de William Desmond. Um dos pontos centrais do pensamento desmondiano é o sentido quádruplo do ser, que se constitui como modos do pensar que nos permitem refletir sobre o ser: univocidade, equivocidade, dialética e metaxologia. O sentido unívoco expressa uma unidade não mediada entre ser e pensar 1. Para a univocidade todo o ser é inteligível e toda inteligibilidade é determinada: ser é ser determinado 2. Esse modo unívoco do pensar não faz justiça, segundo Desmond, à plurivocidade do pensamento que vai além da mera instrumentalidade do espírito geométrico cientifico 3. O sentido unívoco se encontra associado às pretensões da ciência moderna de uma total inteligibilidade 1 DESMOND, 1995a, p DESMOND, 1995a, p.16 3 DESMOND, 1995a, p.17.

10 José Carlos Aguiar das coisas. O sentido equívoco acentua a diferença não mediada entre o pensamento e o que é outro ao pensamento. Tratase de uma pluralidade não mediada que não consegue em última instância pensar a totalidade respeitosa da diferença 4. A dialética consegue assegurar a identicalidade (Sameness) através da mediação das diferenças. O sentido dialético converte a mediação do self e do outro em duas faces de uma mesma moeda: o processo singular e abarcador de total automediação do pensamento consigo mesmo. Segundo Desmond, o processo final do movimento dialético estabelece uma espécie de univocidade dialética. A redução dialética dos outros modos do ser e do pensar à auto-mediação última do pensamento filosófico não faz jus à experiência fundamental da alteridade que Desmond concebe como a admiração agápica 5. Desmond propõe o sentido metaxológico do ser como uma alternativa que melhor responda à questão do ser do pensar, da identidade e da diferença, do self e do outro. Derivado do termo grego metaxu, metaxologia é o discurso do entre, um pensamento entre a total ignorância e o total conhecimento 6. O sentido metaxológico leva a sério a afirmação de Aristóteles de que o ser é dito de muitos modos e tenta incluir os outros modos do pensar na prática da filosofia, para além do pensamento sistemático. A metaxologia é respeitosa da alteridade que não pode ser compreendida apenas como um processo sistemático de inteligibilidade categorial. O pensamento tem que reconhecer o excesso da plenitude do ser que não poderá nunca ser totalmente mediado pela razão lógica 7. Trata-se do reconhecimento da comunidade do ser recalcitrante a toda redução unívoca ou dialética e que ao mesmo tempo não se dissipa numa fragmentação equívoca. 4 DESMOND, 1995a, p DESMOND, 1995a, p DESMOND, 1995a, p 6. 7 DESMOND, 1995a, p

11 A atenção-plena metaxológica e a crítica ao conceito de consciência planetária O pensamento metaxológico permanece sempre aberto ao ser em sua alteridade ao conceber a origem como plenitude: um excesso que inspira espanto e admiração para além de todo sistema conceitual de inteligibilidade. O espanto ou maravilhar-se agápico é o inverso da intencionalidade da razão no sentido moderno do termo. A origem agápica é o fundamento de uma pluralidade genuína não redutiva 8. Trata-se de uma plenitude dinâmica presente desde o início e não o fruto de um processo dialético a ser constituído no final. O absoluto agápico, diferentemente do absoluto erótico do processo dialético, que oferece um senso de eternidade no processo de se constituir a si mesmo, é o absoluto original e aponta para o outro radical que resiste às pretensões do pensamento de atingir uma completa e absoluta automediação. Aqui se encontra o ponto central da crítica feita ao conceito moderno de consciência entendida em termos do cogito cartesiano do eu penso kantiano 9. De fato, desde que Platão estabeleceu um elo intrínseco e ontológico entre a atividade do intelecto humano e constituição da verdade última do ser, o pensamento ocidental tem buscado modos cada vez mais precisos de determinação ou domesticação conceitual do ser. A razão encontra-se de tal modo incorporada à ordem do ser 8 DESMOND, 1995b, p A palavra consciência vem do latim con (com) e scire (conhecer ou saber). O termo grego equivalente é syneidesis. Sócrates identifica a consciência com a voz interior de alerta sobre o certo e errado, que para ele possui a sua origem em Deus. Ou seja, a consciência é a voz universal da razão capaz de guiar o homem na sua vida. Na Idade Média o termo deixa de se referir apenas à consciência que o homem tem das regras universais de conduta, passando a ser empregado no sentido mais circunscrito de aplicação das regras universais às situações específicas. A consciência foi vista como a voz de Deus presente no ser humano. No sentido sociológico e antropológico, o termo consciência possui o significado literal de se possuir um saber ou ter conhecimento de algo: com-ciência. O ser humano, diferentemente do animal, se posiciona no mundo com saber. Isso faz com o que o homem não seja apenas o seu mundo, como é o caso dos animais, mas ele tem o seu mundo. O ser humano não é a sua existência, mas tem a sua existência como tarefa a ser construída. Sartre estabelece essa diferença usando os termos em-si (en soi) e para-si (pour soi) como tentativa de diferenciar o estar no mundo dos animais e o nosso modo de estarmos jogados na existência e no próprio mundo. Assim sendo, o ser humano é sapiens sapiens, ou seja, um ser que sabe que sabe. O animal sabe, mas ele não tem essa abertura fundamental de saber que sabe. Neste sentido sociológico e antropológico a consciência planetária significa um estar atento aos destinos do planeta que é a nossa casa comum conscientes dos problemas que o afetam. 11

12 José Carlos Aguiar que em última instância ser e pensar se tornam a mesma coisa. Ou seja, o ser só é se puder ser totalmente determinado pela atividade do intelecto. O ser sem a determinação do pensar é o mesmo que o nada. Um dos problemas fundamentais com este modo do pensar fundado por Platão e que encontra em Hegel o seu ápice é que toda determinação é negação e toda negação tem que ser negada e assim sucessivamente. O advento da modernidade não rompe com o elo estabelecido por Platão entre o intelecto e a verdade. De fato, a primeira certeza da razão é encontrada no cogito cartesiano. Descartes estabelece uma ruptura clara entre a res cogitans e a res extensa. Juntamente com essa distinção ele estabelece um projeto de senhorio e domínio do cogito sobre a natureza: maître et possesseur de la nature. Para se afirmar o cogito tem que efetuar um processo de negação na medida em que o mundo é visto como um grande vazio (um grande nada) a ser moldado segundo a imagem e a semelhança da razão. A ciência moderna ofereceu os meios para que o self pudesse estabelecer seu domínio sobre a natureza. A consciência moderna e a matematização da natureza Com o advento da Idade Moderna o termo consciência passa a ser empregado no sentido do autoconhecimento advindo da capacidade da mente humana de refletir sobre si mesma. O termo foi utilizado também no sentido mais amplo da propriedade geral dos estados mentais. A modernidade traz consigo o ideal de uma razão autônoma, ou seja, a fundamentação da verdade passa a ser buscada nas próprias estruturas autônomas da razão e não mais numa matrix teológica ou heteronômica de fundamentação. A consciência autônoma tenta um controle objetivo do mundo que desde a mecânica de Newton é concebido como um grande mecanismo a ser autocompreendido e dominado. O século XVII inaugura um novo modelo de ciência caracterizado pela recusa em aceitar o mundo como nós 12

13 A atenção-plena metaxológica e a crítica ao conceito de consciência planetária normalmente o percebemos. A pressuposição básica da nova ciência é que o mundo possui uma estrutura matemática por detrás de sua aparência perceptiva. O conhecimento objetivo e científico da natureza só é possível através do uso do método matemático. Para Galileu, um dos precursores da ciência moderna, o grande livro do universo se encontra aberto ao nosso olhar. Contudo, o livro só pode ser lido se aprendermos a compreender, em primeiro lugar, a linguagem em que foi escrito e sermos capazes de ler o alfabeto que o compõe. O universo foi escrito na linguagem matemática e os seus caracteres são os triângulos, os círculos e todas as outras figuras geométricas, sem as quais se torna humanamente impossível entender uma única palavra do que se encontra revelado na natureza. Sem a matemática e a geometria estaremos vagando por um labirinto escuro 10. Descobrir essa estrutura matemática se torna a tarefa principal da ciência de Galileu e de todo o desenvolvimento subsequente da ciência moderna. A ciência moderna herdou da Grécia antiga duas importantes características: o modelo de conhecimento científico e a técnica de medição do espaço, ou seja, a geometria. A ciência moderna empenhou todos os seus esforços para obter o conhecimento científico e objetivo do mundo. O mundo que aparece para nós é o mundo da experiência comum, ou seja, um mundo para nós. Nós o aceitamos como algo válido e existente. Entretanto, nós sabemos que esse mundo aparece de modo diferente para diferentes pessoas. Na nossa experiência do dia a dia o mundo nos é dado de modo relativo e subjetivo. Cada um de nós tem a sua visão do mundo, muito embora nós saibamos que existe apenas um mundo que é o mesmo para todos nós. A ciência moderna concebe que para além das aparências mutáveis tem de existir um mundo constante e real como substrato para todas as diferentes aparências que cada um de nós possui. Esse conteúdo constante é a verdadeira natureza BUCKLEY, 1992, p HUSSERL, 1970, p

14 José Carlos Aguiar No mundo de nossa percepção imediata nós encontramos figuras empíricas como formas de matéria da nossa experiência sensitiva. Essas formas são dadas com outras qualidades como cor, cheiro, som etc... Essas qualidades são características reais das coisas percebidas. Estas não podem ser as qualidades primárias das coisas, mas são qualidades secundárias. O caráter espaço-temporal e as características secundárias dependem de nós enquanto sujeitos de percepção. A ciência moderna buscou arduamente compreender a causalidade universal da nossa experiência do mundo de modo determinado. Existia a convicção de uma possível aplicabilidade universal da matemática, que pudesse ser transcrito em um método em que cada quantificação se aproximasse do ideal: a idealidade matemática definitiva. A ideia básica que norteou o caminho da ciência moderna é que muito embora a quantificação atual contenha limitações, ainda assim é possível conceber uma melhora progressiva até atingirmos a idealidade que se encontra no infinito. Em outras palavras, as inter-relações causais dos dados da nossa experiência comum podem ser expressas matematicamente em fórmulas, e uma vez que as entidades matemáticas ideais possam ser descobertas para cada experiência é possível projetar regularidades empíricas esperadas para o mundo experienciado por cada um de nós em todos os seus aspectos. O método da matemática possui uma aplicabilidade universal. Em todo processo de quantificação nós trabalhamos com aspectos individuais e particulares. Cada aspecto individual é uma instância ou tipo. Existe uma variedade imensa de instâncias e o mundo é a totalidade dos diferentes tipos de instâncias. O conhecimento obtido acerca de uma instância pode ser aplicado a todas as instâncias do mesmo tipo. Assim, a ciência moderna descobriu as possibilidades de conhecer o universo completa e objetivamente através do método matemático. A hipótese de entidades idealizadas efetuadas através 14

15 A atenção-plena metaxológica e a crítica ao conceito de consciência planetária da formalização e idealização da quantificação da natureza produziu um efeito tal que passou a ser vista como algo independente e autossuficiente. Os objetivos práticos desta hipótese de compreender o mundo pouco a pouco passaram a ser vistos como o modo como o mundo de fato é constituído: a verdadeira realidade do mundo 12. O mundo que aparece através da nossa percepção imediata é relegado pela ciência moderna ao reino da mera subjetividade. A ciência é a única capaz de revelar a realidade verdadeira. As nossas experiências de cor, tons, frio e calor se tornam vibrações, meros eventos no reino das formas. A matematização da natureza foi um passo decisivo para a ciência, que se dedicou ao aperfeiçoamento do método de compreensão do mundo. A consciência moderna cartesiana se torna muito eficaz ao aplicar os procedimentos metódicos no domínio da natureza. O conhecimento da natureza se torna uma questão meramente técnica: o universo consiste de entidades que são meramente definidas e definíveis em termos matemáticos. Todas as atividades do sujeito humano são descartadas nesse processo. Em outras palavras, o mundo em que vivemos é relegado a um segundo plano e a natureza é projetada em termos meramente fisicistas, em contraste com a natureza da vida perceptiva de nossa experiência comum. A ciência se torna uma atividade meramente técnica e o objetivismo teórico da ciência se torna o único conhecimento verdadeiro da realidade. O conhecimento é o resultado da quantificação. A ciência se torna um instrumento de domínio técnico da natureza 13. Trata-se da vitória do espírito geométrico sobre o espírito de sutileza. O serviço agápico como resposta à soberania erótica da consciência Na soberania erótica, a consciência retorna a si mesma 12 GURWITSCH, 1974, p HEELAN, 1988, p

16 José Carlos Aguiar através da alteridade. A consciência se percebe a si mesma em relação à alteridade e retorna a si como uma força dinâmica. Nesse retorno à sua própria identidade, porém, a tensão entre a identidade e a alteridade se torna um indicativo da natureza dinâmica do ser, percebida no início e que não pode ser afetada por nenhuma forma de mediação fechada. A equivocidade volta à cena novamente, só que, desta vez, seu relacionamento com a identidade ocorre no espaço do entre (between). Esse espaço intermediário do entre é o terreno comum onde a identidade e a alteridade podem se encontrar e juntas habitar e conviver numa mesma comunidade. Entretanto, para manter a soberania do sujeito sobre a sua própria identidade, a ipseidade busca se apropriar da alteridade 14. Desse modo, a plena-atenção metafísica termina por perceber a identidade orientada para si mesma. Este ethos filosófico levou ao domínio da natureza e estabeleceu a consciência como maître et possesseur de la nature. Trata-se aqui da soberania erótica. Ela é erótica porque a consciência parte de sua própria carência para o autopreenchimento; ela é soberana porque a consciência termina retornando a si e sendo reafirmada em sua própria identidade bem como em seus próprios poderes de domínio da natureza 15. A comunidade da soberania erótica faz com que a consciência retorne a si mesma como consciência autônoma 16. Para Desmond, a afirmação da identidade da consciência não implica um aniquilamento da alteridade da natureza. A soberania não pode ser confundida com uma supremacia absoluta. A consciência soberana é livre (autônoma), mas essa autonomia não significa submissão. Para Desmond, um verdadeiro soberano é alguém livre para uma camaradagem e comunhão com a alteridade da natureza 17. Numa verdadeira comunidade de soberania erótica, cada 14 DESMOND, 1995a, p DESMOND, 1995a, p DESMOND, 1995a, p DESMOND, 1995a, p

17 A atenção-plena metaxológica e a crítica ao conceito de consciência planetária soberano é uma totalidade individual aberta para a alteridade e todos se unem na comunidade do ser. Para Hegel, a soberania erótica é fruto da luta pelo reconhecimento, da qual a dicotomia ou dialética do senhor e do escravo é uma manifestação. Tal dicotomia, contudo, nunca atinge uma verdadeira soberania, já que tanto o senhor como o escravo se encontram numa posição de total dependência um do outro para a constituição e afirmação de sua própria identidade. A consciência autônoma moderna é a absolutização de um sujeito que tudo abarca, já que, em seu retorno dialético para a identidade, a alteridade é apropriada pelo sujeito. Consequentemente, o soberano erótico nada mais é do que a caricatura de uma verdadeira e original soberania. Esse falso soberano subordina a tensão dinâmica entre a identidade e a alteridade à primazia da autorrelação. O amor erótico é um amor auto-orientado, através do qual o sujeito busca suprassumir tudo que lhe é outro. O soberano erótico termina por tornar-se prisioneiro de um amor narcisista, de um amor de si mesmo. Contudo, para que seja verdadeiramente autônoma, a plena-atenção metafísica tem de se libertar do movimento erótico e retornar ao movimento agápico caracterizado por uma abertura fundamental à alteridade. Desse modo, a plena-atenção metafísica será capaz de entrar numa submissão mais fundamental e que se encontra além de qualquer aniquilação da diferença, no amor pela alteridade 18. Somente quando a plena-atenção retornar à liberdade do amor agápico, onde a identidade e a alteridade participam de uma comunivocidade de respeito mútuo e reconhecimento, onde o amor se constitui como um elo de união, o pleno significado da tensão entre a identidade e a alteridade iluminará a verdadeira natureza do ser. A relevância do serviço, enquanto meio para se estabelecer o reconhecimento entre a identidade e a alteridade, é de 18 DESMOND, 1987, p

18 José Carlos Aguiar fundamental importância. Somente quando o serviço é realizado no movimento agápico da plena-atenção é que a verdadeira autoconsciência se torna possível. Desmond é categórico ao afirmar que é um erro conceber a soberania erótica como um fim em si mesma. Do mesmo modo como foi importante para a consciência se mover de uma plenaatenção dialética para uma plena-atenção metaxológica, a fim de capturar o caráter dinâmico do ser de uma forma mais rica e plena, assim também a soberania erótica da autoidentidade tem de se elevar ao nível de um serviço agápico. No serviço agápico ocorre a passagem de uma plenaatenção dialética da soberania erótica para uma intermediação aberta da plena-atenção metaxológica, através de uma percepção da identidade e da alteridade, habitando o espaço de mútua complementaridade oferecida pelo espaço do inter da intermediação, no qual todos são participantes na comunidade do ser. A palavra inter vem do latim e significa literalmente estar ou situar-se entre, no meio dos outros, em comunidade. Ser em comunidade, entretanto, não significa nenhum tipo de redução ou cerceamento. A comunidade é um estar-junto, cada qual a partir de sua própria diferença, numa relação que tem por base um interesse comum. A comunidade enquanto tal não implica necessariamente uma dissolução das diferenças entre os seus diferentes participantes. Conceber a comunidade como dissolução da diferença significa deixar de reconhecer a alteridade como realmente outra. Consequentemente, ser um participante dessa complementaridade do inter é colocarse aberto e voluntariamente entre os outros participantes da plena-atenção metafísica. Se alguém participa voluntariamente no entre, essa pessoa demonstra um interesse pessoal que excede o interesse próprio. Quando o sujeito (self) se lança além da determinação segura e previsível da identidade para a indeterminação dinâmica e imprevisível da alteridade, ele está, de fato, abrindo-se para 18

19 A atenção-plena metaxológica e a crítica ao conceito de consciência planetária alteridade de um modo livre e despojado. A consciência moderna deixa de reconhecer o aspecto positivo e criativo do ser tomado e entendido enquanto plenitude originária. Nesse sentido, o seu interesse é desinteressado. Segundo Desmond, todo interesse genuíno é um inter-esse, que, em muito, se distancia do que nós normalmente concebemos como interesse próprio 19. Nesse sentido, o verdadeiro interesse é um contentamento com o ser no espaço intermediário do entre (being in the between). Existe aqui uma verdadeira motivação para se ir além da identidade mediada da plena-atenção dialética na direção de uma abertura irrestrita à alteridade. Esse movimento não pode ser concebido como erótico, mas tem de ser visto como um movimento agápico, no qual o sujeito não espera receber qualquer tipo de benefício próprio de seu relacionamento com o outro. Em outras palavras, o movimento de transcendência que se inicia nesse momento agápico é motivado por um espírito de integridade genuinamente altruísta, em que o sujeito se dá livremente, apesar de todos os riscos que ele corre com essa atitude. Trata-se aqui de uma atitude inicial não centrada em si. Os benefícios porventura recebidos não constituem a determinação principal iniciadora do próprio movimento. Quando o sujeito se dá a si mesmo livremente, existe sempre a oportunidade de que alguém possa se aproveitar da natureza generosa do seu ser. Dedicando-se ao serviço agápico, porém, o sujeito corre o risco de ver o seu próprio ser reduzido por um soberano erótico, alguém que ainda não tenha se movido para além de uma plena-atenção dialética. Segundo Desmond, esse risco é parte constitutiva do modo de ser de um serviço agápico 20. Somente quando o sujeito retorna para o inter da comunidade, verdadeiramente terá transcendido a si mesmo e, enquanto tal, poderá reconhecer a 19 DESMOND, 1995a, p DESMOND, 1995a, p

20 José Carlos Aguiar alteridade nos outros através dessa transcendência. Porque o movimento agápico de transcendência traz consigo um desejo de arriscar a certeza e a segurança da autoidentidade, o serviço agápico pode ser visto como uma espécie de sacrifício. A palavra sacrifício tem aqui a conotação de tornar sagrado, sacer facere, através do serviço divino 21. A atenção-plena planetária e o serviço agápico O sacrifico agápico significa um dar-se ao outro por causa da alteridade e não por causa de um retorno à identidade. Somente assim pode o sujeito superar a oposição dualista entre identidade e alteridade. Em outras palavras, o que está em jogo aqui é um verdadeiro entendimento do ser que ultrapasse uma plena-atenção que almeje o completo domínio da natureza. Trata-se de se cultivar outro modo de atenção-plena que se aventure para além da soberania erótica da consciência moderna e se arrisque na insegurança de um serviço agápico metaxológico. Uma abertura genuína à natureza e um verdadeiro conhecimento do mundo pedem que se corra o risco de ir além do que já é conhecido e revelado pela linguagem neutra da matemática. Consequentemente num só movimento uma nova consciência plenamente atenta se encontra genuinamente presente tanto a si mesma quanto à alteridade da natureza. Aqui não existe mais a pretensão do domínio erótico, mas uma nova soberania forjada no serviço agápico que oxalá nos conduza a uma nova consciência planetária 22. Referências BUCKLEY, Philip R. Husserl, Heidegger and the Crisis of Philosophical Reponsability. Dordrecht: Kluwer Academic Publishers, DESMOND, 1995a, p Ver DESMOND, Ver também DESMOND,

21 A atenção-plena metaxológica e a crítica ao conceito de consciência planetária DESMOND, William. Being and the between. New York: University Press, 1995a. DESMOND, William. Beyond Hegel and Dialectic: Speculation, Cult and Comedy. Albany: State University of New York Press, DESMOND, William. Desire Dialectic and Otherness: An Essay on Origins. New Haven: Yale University Press, DESMOND, William. Perplexity and Ultimacy. New York: University Press, 1995b. DESMOND, William. Philosophy and Its Others: Ways of Being and Mind. Albany: State University of New York Press, GURWITSCH, Aron. Phenomenology and the Theory of Science. Evanston: Northwestern University Press, HEELAN, Patrick A. Husserl s Philosophy of Science. Husserl s Phenomenology: A Textbook. Washington: Catholic University of America Press, HUSSERL, Edmund. The Crisis of European Sciences and Transcendental Phenomenology an introduction to phenomenological philosophy. Evanston: Northwestern University Press, José Carlos Aguiar reitorces@terra.com.br 21

22 O PLURALISMO RELIGIOSO A PARTIR DE CLAUDE GEFFRÉ Cristiano Andrade Teodoro Introdução O trabalho aqui elaborado será fundamentado no pensamento teológico do francês Claude Geffré 1. Este traz para o centro da reflexão teológica atual a necessidade de um pluralismo religioso. Torna-se evidente, ao depararmos com a obra aqui analisada, Crer e Interpretar: a virada hermenêutica da teologia, que o teólogo propõe um olhar novo para o pluralismo religioso. Este é posto como novo paradigma para as religiões. As linhas metodológicas do texto se dividirão em dois grandes blocos. O primeiro, A hermenêutica como princípio teológico em Claude Geffré, buscará na hermenêutica proposta por ele luzes que clareiem a reflexão. No segundo bloco, Pluralismo religioso em Claude Geffré, realizaremos uma aproximação específica nas diretrizes alcançadas pelo teólogo no que diz respeito ao tema levantado. Portanto, o pequeno artigo confeccionado não está acabado, pois o tema é amplo e merece mais aprofundamento. Assim, trabalharemos com Claude Geffré como força 1 Claude Geffré, nascido em Niort, França, em 1926, é padre da Ordem dos Pregadores, mais conhecidos por Dominicanos. Dedicou-se ao ensino de teologia na Faculdade Dominicana de Saulchoir e no Instituto Católico de Paris. Também esteve na direção da Escola Bíblica e Arqueológica de Jerusalém; colabora na revista internacional de teologia Concilium.

23 O pluralismo religioso a partir de Claude Geffré iluminadora das linhas que se seguem. Entretanto, no desenvolvimento do texto dialogar-se-á com outros autores que poderão ajudar na busca incansável de um diálogo fecundo e promissor do debate, a saber: Faustino Teixeira, Roberlei Panasiewicz, José Maria Vigil, Leonardo Boff e André Torres Queiruga. Portanto, colocar-se-á o tema do pluralismo religioso no cerne da reflexão teológica. 1 A hermenêutica como princípio teológico em Claude Geffré No caminho por buscar uma aproximação hermenêutica na sua reflexão teológica, Claude Geffré formula, como teólogo católico no universo cristão, suas reflexões e inovações diante de uma teologia dogmática por vezes considerada como a maneira certa de fazer teologia. É importante ressaltar que para Geffré a razão teológica baseia-se numa compreensão histórica e não numa mera especulação. Portanto, a hermenêutica toma o lugar de prioridade absoluta no pensamento do francês e é o primado de sua teologia 2. O capítulo se dividirá em duas grandes partes. A primeira buscará esclarecer a hermenêutica como novo paradigma de fazer teologia. A segunda, quais as consequências trazidas por esse modelo. 1.1 Fazer teologia: busca hermenêutica No início do primeiro capítulo do livro de Geffré, o autor salienta que teologia como hermenêutica entende-se como forte e crítica 3. Com efeito, o autor busca uma dimensão no interior da razão que coloque a hermenêutica como pano de fundo da sua reflexão teológica. A questão em foco é, segundo o autor: o que vem a ser a razão teológica quando a 2 PANASIEWICZ, 2004, p GEFFRÉ, 2004, p

24 Cristiano Andrade Teodoro teologia se dá conta não apenas de uma ruptura com a antiga metafísica, em particular a metafísica da substância, mas também uma ruptura com as filosofias do sujeito, enquanto que a filosofia moderna tende a tornar-se cada vez mais uma filosofia da linguagem 4? Geffré elucida que durante séculos a razão teológica foi identificada com a razão especulativa, a chamada Ratio. Entretanto, na atual conjuntura é necessário que façamos um distanciamento pedagógico da metafísica e nos aproximemos de um compreender histórico no sentido de Heidegger e de Gadamer [...] com Paul Ricouer da hermenêutica filosófica contemporânea 5. Assim, verifica-se que uma tentativa de colocar a teologia nos princípios da ciência moderna é um risco constante, pois a noção de ordem estabelecida na modernidade exige transformação axiomática para uma compreensão empírica e histórica da ciência. É necessário perceber a teologia como linguagem. Não é um mero discurso, porém um incansável esforço interpretativo sobre Deus. Enfaticamente, Geffré escreve que não existe saber direto da realidade fora da linguagem e a linguagem é sempre uma interpretação 6. A partir disso, se elenca no pensamento de Claude que a teologia vai justamente levantar a questão da relação do teólogo hermeneuta com o seu texto 7. É nesse itinerário que o hermeneuta coloca no seu horizonte os textos fundadores do cristianismo que transmitem, em linguagem humana, Deus. A hermenêutica dos textos fundadores se volta, portanto, de um lado, à positividade de uma revelação e, de outro lado, à intencionalidade da fé do sujeito que crê 8. Aqui cabe distinguir que um texto fundador resiste a uma interpretação definitiva. 4 GEFFRÉ, 2004, p GEFFRÉ, 2004, p GEFFRÉ, 2004, p GEFFRÉ, 2004, p GEFFRÉ, 2004, p

25 O pluralismo religioso a partir de Claude Geffré O texto ganha um caráter universal pela sua abrangência na comunidade e seus interlocutores. Na realidade de cada pessoa o texto se configura em uma nova forma e se equaciona num movimento aspiral crescente e aberto. A universalização nesse aspecto não significa dogmatizar, mas abertura ao novo sempre contagiante. Nas palavras de Leonardo Boff, o cristianismo não é um fóssil petrificado em suas fórmulas doutrinárias e em suas expressões históricas. Ele possui a natureza de um organismo vivo que cresce e se enriquece como fazem todos os organismos vivos: trocando valores e verdades a partir de sua identidade básica. 9 Contudo, a teologia católica, sobretudo no que diz respeito à interpretação dos textos fundadores, defende a ideia de que o saber é definido pela autoridade 10. Com a reforma protestante levantada a partir de Martinho Lutero, elucidando as 96 teses sobre o valor e a eficácia das indulgências e outros temas como penitência, culpa, pena, purgatório, primado, e acrescido a isto, as mudanças sociais, o fim da Idade Média e as revoluções oriundas da ciência, política e filosofia, provoca-se um processo de fechamento contínuo. Cresce o reforço da identidade sugerindo cada vez mais uma teologia dogmática ou Escolástica Pós Tridentina 11. Há uma ausência total de diálogo da teologia católica com as tendências novas. Preferiu-se o caminho de defesa, buscando a proteção nas afirmações doutrinárias da teologia patrística (séculos I a VII) e, sobretudo, da teologia escolástica (séculos VIII a XV) 12. O ponto de partida dessa teologia é o ensinamento do magistério e a Tradição ulterior. Geffré ilumina a questão escrevendo 9 Boff, Leonardo. É o Cristo cósmico maior que Jesus de Nazaré. In: Concilium, n.319, p PANASIEWICZ, 2004, p PANASIEWICZ, 2004, p PANASIEWICZ, 2004, p

26 Cristiano Andrade Teodoro que: O discurso teológico que é, no fundo, o reflexo da igreja institucional, tende a tornar-se um sistema irrefutável no sentido de Popper, correndo, além disso, o risco de degradar-se em ideologia, isto é, um ensinamento oficial que justifica as decisões do magistério seja qual for a resistência dos textos escriturísticos e das tradições interpretativas destes textos 13. O grande ganho de uma teologia dogmática é a segurança do magistério e de fé no que diz respeito às verdades da mesma. O risco dessa postura é a perda de autonomia reflexiva, transformando o pensamento numa ideologia a serviço, meramente, do poder institucional. Com isso, perdese a dimensão criativa e irradiadora do novo que o ser humano é capaz na sua inteligibilidade. Torna-se necessário dizer que o hermeneuta deve estar inscrito na tradição que o texto lido está sendo interpretado, pois só assim, a partir de sua realidade, forjam-se novos conceitos. A linguagem adquire um mecanismo neutro e maleável. Com efeito, novos conceitos surgem da tensão entre o texto, a realidade onde se encontra o sujeito e o próprio interlocutor. Nas palavras de Geffré, é fundamentalmente importante discernir os elementos fundamentais da experiência cristã e dissociá-los das linguagens nas quais esta experiência foi traduzida 14. Portanto, levanta-se a boa situação hermenêutica elencada por Geffré. A relação se estabelece entre a experiência cristã das primeiras comunidades e a experiência atual. A atualidade da experiência cristã se faz quando nesse encontro olha-se para trás e projeta-se para frente. Assim, cabe perguntar sempre qual o texto que faz vislumbrar o acontecimento de Cristo 13 GEFFRÉ, 2004, p GEFFRÉ, 2004, p

27 O pluralismo religioso a partir de Claude Geffré sempre contemporâneo. E possibilitar o discernimento dos elementos fundamentais e da experiência cristã será tarefa da hermenêutica O modelo hermenêutico e suas consequências numa virada teológica Na busca por um novo modelo de fazer teologia, Geffré estabelece a hermenêutica como fundamento. Com efeito, a partir disso, representa-se um momento novo da reflexão teológica, pois traz possibilidades de descobertas, articulações, perspectivas e, sobretudo, um diálogo com a cultura moderna 16. Já no Concílio Vaticano II 17, se percebem tensões no interior da Igreja diante das propostas elaboradas, pois a consciência cristã sempre esteve marcada pelo axioma extra ecclesiam nulla salus (fora da Igreja não há salvação). A irradiação desse imperativo provoca uma conclusão: o máximo que se concede às outras religiões é a presença de uma ânsia de conhecer a Deus 18. Portanto, o autor busca um distanciamento dessa postura neo-fundamentalista e serão, as consequências de sua proposta, luzes para redefinir o pluralismo religioso como paradigma para as religiões. São três consequências aqui desenvolvidas: 1) A Escritura: uma abordagem nova. 2) Re-criar a Tradição. 3) Uma nova prática eclesial a partir da hermenêutica A Escritura: uma abordagem nova 15 PANASIEWICZ, 2004, p PANASIEWICZ, 2004, p Conferir, especificamente, a constituição pastoral Gaudium et Spes, bem como os decretos Unitatis Redentegratio e Orientalium Ecclesiarum e as declarações Dignitatis Humanae e Nostra Aetate. 18 TEIXEIRA, Faustino. O pluralismo religioso como novo paradigma para as religiões. In: Concilium, n.319, p.25. Ver João Paulo II, Redemptoris missio. Petrópolis: Vozes,1991, n

28 Cristiano Andrade Teodoro Geffré utiliza como pano de fundo a hermenêutica textual proposta por Paul Ricouer. Esse estudo interessa para o teólogo em duas faces. A primeira diz respeito ao distanciamento aos preconceitos ou ilusões positivistas de uma objetividade textual. Já a segunda, à ilusão romântica de uma congenialidade entre o leitor de hoje e o autor de um texto passado 19. É importante destacar que o texto escapa ao seu autor. Quando escrito ou falado já não é mais do autor. O discurso ganha uma vida própria e fecunda-se nos ouvidos dos interlocutores. Nas palavras de Ricouer: Compreender-se é compreender-se diante do texto e receber dele as condições de um outro eu que aquele vem a leitura 20. Sendo assim, quando a leitura adquire um significado para o leitor esta o transformará. A sagrada escritura narra a história de fé do povo de Israel. A questão é como entender que uma construção histórica particular tenha alcance universal. Aqui se projetam dois riscos. O primeiro diz respeito a uma hermenêutica que se prende ao mundo do texto e não à idéia de um sentido já existente 21. Quer se chegar das palavras do autor ao querer de Deus. Nas palavras de Geffré é o que se pode chamar ao mesmo tempo uma teoria da generalidade e também uma certa concepção do profetismo 22. Já o segundo risco torna-se claro quando o hermeneuta não tem consciência de que está diante de um texto no qual a escrita já é uma interpretação do fenômeno, isto é, do fato em si. Segundo o autor, portanto, o trabalho do hermeneuta é interpretar uma interpretação. E essa interpretação nos remete a uma experiência de que ela própria já é uma experiência interpretante do evento Re-significar a tradição 19 GEFFRÉ, 2004, p RICOUER apud GEFFRÉ, 2004, p GEFFRÉ, 2004, p GEFFRÉ, 2004, p GEFFRÉ, 2004, p

29 O pluralismo religioso a partir de Claude Geffré Uma leitura nova da escritura nos faz pensar em uma resignificação da tradição. Nesse sentido está no horizonte do pensamento de Geffré que re-criar a tradição não simboliza apenas uma adaptação atualizada de uma afirmação da tradição, mas sim para re-situar e re-interpretar a verdade de fé 24. Existe aqui um conflito emergente entre teólogos e magistério da Igreja. É uma oposição entre leitura histórica e leitura dogmática. Nas palavras do autor, a teologia dogmática elucida as verdades de fé de maneira autoritária, como garantidas unicamente pela autoridade do magistério ou da bíblia, sem nenhuma preocupação com a verificação crítica concernente à verdade testemunhada pela Igreja 25. Não obstante, a teologia hermenêutica é contrária a todo fechamento em certezas pré-estabelecidas. Enquanto uma teologia dogmática se diz portadora da revelação, uma teologia hermenêutica é aberta ao risco de interpretação, tanto da escritura quanto da Tradição. Portanto, para Geffré, uma leitura que busque a reinterpretação da tradição ou de um enunciado dogmático pode conduzir a reformulações Uma nova prática eclesial a partir da hermenêutica A releitura da tradição e uma nova abordagem escriturística provocam uma prática eclesial diferente e, consequentemente, aberta. Entende-se eclesial como comunhão entre irmãos. O conceito de ecclesia não poderá ser fechado. Ele está circunscrito na prática cristã 27. Nessa perspectiva, a teologia se baseia em uma lógica indutiva, ou seja, parte da realidade até 24 PANASIEWICZ, 2004, p GEFFRÉ, 1989, p PANASIEWICZ, 2004, p GEFFRÉ, 1989, p.28. Na elaboração teológica no contexto latino-americano o primado da práxis tem seu lugar assegurado. Para aprofundar essa reflexão cf. BOFF, Clodovis. Teologia e prática: teologia do político e suas mediações. 2. ed. Petrópolis: Vozes, p

30 Cristiano Andrade Teodoro a conceituação. Diferentemente desse método temos o método dedutivo: a aplicação na realidade de conceitos de antemão já organizados. Neste, perde-se a dimensão da novidade que poderia ser vislumbrada no contato com o real e suas manifestações diversas. Geffré adota o método indutivo. Ele norteia-se no seguinte princípio: não existe teologia cristã sem prática eclesial de fé. Com isso, Deus manifesta-se na atuação da comunidade de fé, pois a liberdade humana é a porta para a novidade da interpretação divina no mundo 28. Um novo lugar de fazer teologia proporciona uma abertura a um pluralismo de teologias. Valorizam-se as interpretações e as realidades culturais adversas. Não se trata de um relativismo da identidade cristã. Porém, um reforço originário na busca por uma percepção da identidade sempre em construção. Para Geffré um bom exemplo de teologia baseada na hermenêutica prática é a Teologia da libertação: Nela há uma reinterpretação da salvação cristã a partir da situação de opressão, e a mensagem dos textos bíblicos é interpretada a partir desse contexto. O lugar teológico de fazer hermenêutica, para a teologia da libertação, é a história compreendida como história dos oprimidos e dos empobrecidos 29. Por fim, nas palavras de Geffré percebe-se que prática não é apenas a aplicação de um discurso teórico: a prática é em si mesma uma matriz de sentido QUEIRUGA, 1999b, p PANASIEWICZ, 2004, p GEFFRÉ, 2004, p.55. A Teologia da Libertação tem por mística a percepção de que Deus sofre no rosto do empobrecido e está gritando por libertação. Para reparar tal opressão, ela dá atenção especial à prática, entretanto não é prática isolada, mas inserida num método. Este possui três mediações: mediação socioanalítica (ver), mediação hermenêutica (julgar) e mediação prático-pastoral ou dialética teoria-práxis (agir). Para aprofundamento: BOFF, Clodovis. Teologia e prática: teologia do político e suas mediações. 2. ed. Petrópolis: Vozes, p. 30

31 O pluralismo religioso a partir de Claude Geffré 2 Pluralismo religioso em Claude Geffré: Jesus como universal concreto O norte de nosso estudo sobre o pensamento de Claude Geffré é a dimensão cristológica. Esta deve sofrer uma modificação a partir do momento em que fixamos a universalidade no Cristo e não no cristianismo. A reflexão nesse âmbito exige uma atitude kenótica. Esvaziar-se dos velhos paradigmas para se iluminar de outros. Com efeito, oriundo de um paradigma cristocêntrico, Geffré sistematizou seu pensamento sobre o pluralismo religioso a partir do conceito de Jesus como universal concreto. Posto a hermenêutica como princípio teológico e a mesma como novo paradigma de fazer teologia, urge abordar a dimensão cristológica e alguns desdobramentos que se seguem. 2.1 Jesus Cristo: Filho encarnado de Deus A encarnação ocupa lugar especial no diálogo salvífico de Deus 31. Deus se auto-oferta (revela-se) ao ser humano. É uma oferta gratuita, sem nenhuma relação mercantil da fé. Assim a graça não pode ser cobrada e a princípio é dada a todos. Nota-se que a encarnação é ato salvífico de diálogo entre Deus e seu povo; a partir disso algumas questões poderão ser levantadas: um Deus que se encarna contribui ou atrapalha no diálogo interreligioso? A encarnação de Jesus o torna, para o cristianismo, mediador do Pai. Nesse âmbito seria somente através de Jesus Cristo que alcançaríamos a salvação? Nunca se buscou tanto em nosso tempo o sagrado e suas diferentes formas para alcançar a salvação ou ainda uma relação com o transcendente. Houve momentos de profundo ateísmo bem como o retorno ao sagrado. Nas palavras de Geffré, percebe-se que, para 31 Para aprofundamento: cf. MIRANDA, Mario de França. A salvação de Jesus Cristo: a doutrina da graça. São Paulo: Loyola, p. 31

32 Cristiano Andrade Teodoro fazer um diagnóstico sobre a nossa experiência histórica contemporânea, deve-se conciliar ao mesmo tempo o que nem sempre é evidente, a permanência da secularização, o ateísmo, a indiferença religiosa e o que se chama retorno do religioso, o retorno do sagrado 32. Claude Geffré, aprofundando essa temática, afirma que o evento Jesus é o dado novo do cristianismo. Jesus, no que tange a relação com Deus, propõe uma maneira nova de estabelecêla. Segundo o autor, essa novidade se traduz especialmente no espírito novo com o qual são assumidos um universo de pensamento, uma visão do mundo e do homem, um estilo de vida e categorias éticas, que podem ser antigos 33. A novidade não se equaciona com um relativismo, pelo contrário, ela fará que o cristianismo pense com criatividade e elegância o relacionamento com essa realidade emergente, o pluralismo religioso 34. Por conseguinte, essa maneira nova de Geffré pensar a teologia está submersa nas reflexões tipológicas abordadas 35 no ponto posterior. 2.2 Debate tipológico: exclusivismo, inclusivismo e pluralismo A nomenclatura utilizada e os teóricos que a defendem não são homogêneas. Na tentativa de responder ao debate sobre o pluralismo religioso, os teólogos fundamentaram suas posturas a partir de exclusivismo, inclusivismo e 32 GEFFRÉ, 2004, p.134. Para aprofundamento: cf. OTTO, Rudolf. O Sagrado. Petrópolis: Vozes, GEFFRÉ, 1989, p Na reflexão sobre o pluralismo religioso Geffré irá assumir um pluralismo de princípio como possibilitador no desenvolvimento progressivo da teologia. 35 Seguem as reflexões a partir do pensamento de Panasiewicz sobre as tipologias. Para compreender melhor as tipologias ou paradigmas, ou, ainda, correntes da teologia das religiões com os respectivos representantes, ver: TEIXEIRA, Faustino. Teologia das religiões: uma visão panorâmica. São Paulo: Paulinas, p ; DUPUIS, Rumo a uma teologia cristã do pluralismo religioso, p ; HAIGHT, Roger. Jesus, símbolo de Deus. São Paulo: Paulinas, p

TRADIÇÃO. Patriarcado de Lisboa JUAN AMBROSIO / PAULO PAIVA 2º SEMESTRE ANO LETIVO 2013 2014 1. TRADIÇÃO E TRADIÇÕES 2.

TRADIÇÃO. Patriarcado de Lisboa JUAN AMBROSIO / PAULO PAIVA 2º SEMESTRE ANO LETIVO 2013 2014 1. TRADIÇÃO E TRADIÇÕES 2. TRADIÇÃO JUAN AMBROSIO / PAULO PAIVA 2º SEMESTRE ANO LETIVO 2013 2014 1. TRADIÇÃO E TRADIÇÕES 2. A TRANSMISSÃO DO TESTEMUNHO APOSTÓLICO 3. TRADIÇÃO, A ESCRITURA NA IGREJA Revelação TRADIÇÃO Fé Teologia

Leia mais

Os encontros de Jesus. sede de Deus

Os encontros de Jesus. sede de Deus Os encontros de Jesus 1 Jo 4 sede de Deus 5 Ele chegou a uma cidade da Samaria, chamada Sicar, que ficava perto das terras que Jacó tinha dado ao seu filho José. 6 Ali ficava o poço de Jacó. Era mais ou

Leia mais

Antonio Manzatto J. Décio Passos José Flávio Monnerat. a força dos pequenos. teologia do Espírito Santo

Antonio Manzatto J. Décio Passos José Flávio Monnerat. a força dos pequenos. teologia do Espírito Santo Antonio Manzatto J. Décio Passos José Flávio Monnerat a força dos pequenos teologia do Espírito Santo Direção editorial: Claudiano Avelino dos Santos Assistente editorial: Jacqueline Mendes Fontes Revisão:

Leia mais

José Eduardo Borges de Pinho. Ecumenismo: Situação e perspectivas

José Eduardo Borges de Pinho. Ecumenismo: Situação e perspectivas José Eduardo Borges de Pinho Ecumenismo: Situação e perspectivas U n i v e r s i d a d e C a t ó l i c a E d i t o r a L I S B O A 2 0 1 1 Índice Introdução 11 Capítulo Um O que é o ecumenismo? 15 Sentido

Leia mais

ITAICI Revista de Espiritualidade Inaciana

ITAICI Revista de Espiritualidade Inaciana ITAICI Revista de Espiritualidade Inaciana 93 ISSN - 1517-7807 9!BLF@FB:VWOOUWoYdZh outubro 2013 Que a saúde se difunda sobre a terra Escatologia e Exercícios Espirituais Pedro Arrupe, homem de Deus 1

Leia mais

Por uma pedagogia da juventude

Por uma pedagogia da juventude Por uma pedagogia da juventude Juarez Dayrell * Uma reflexão sobre a questão do projeto de vida no âmbito da juventude e o papel da escola nesse processo, exige primeiramente o esclarecimento do que se

Leia mais

DILMA MARIA DE ANDRADE. Título: A Família, seus valores e Counseling

DILMA MARIA DE ANDRADE. Título: A Família, seus valores e Counseling DILMA MARIA DE ANDRADE Título: A Família, seus valores e Counseling Projeto de pesquisa apresentado como Requisito Para obtenção de nota parcial no módulo de Metodologia científica do Curso Cousenling.

Leia mais

DESCRIÇÃO DOS CURSOS E ENCONTROS DA PJM

DESCRIÇÃO DOS CURSOS E ENCONTROS DA PJM DESCRIÇÃO DOS CURSOS E ENCONTROS DA PJM 1 Páscoa Jovem 1.1. Descrição A Páscoa Jovem é um encontro vivencial realizado para proporcionar uma experiência reflexiva e celebrativa da Paixão, Morte e Ressurreição

Leia mais

Colégio La Salle São João. Professora Kelen Costa Educação Infantil. Educação Infantil- Brincar também é Educar

Colégio La Salle São João. Professora Kelen Costa Educação Infantil. Educação Infantil- Brincar também é Educar Colégio La Salle São João Professora Kelen Costa Educação Infantil Educação Infantil- Brincar também é Educar A importância do lúdico na formação docente e nas práticas de sala de aula. A educação lúdica

Leia mais

A Sociologia de Weber

A Sociologia de Weber Material de apoio para Monitoria 1. (UFU 2011) A questão do método nas ciências humanas (também denominadas ciências históricas, ciências sociais, ciências do espírito, ciências da cultura) foi objeto

Leia mais

OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE

OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE Maria Cristina Kogut - PUCPR RESUMO Há uma preocupação por parte da sociedade com a atuação da escola e do professor,

Leia mais

Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e, como se assentasse, aproximaram-se os seus discípulos; e Ele passou a ensiná-los dizendo... Mateus 5.

Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e, como se assentasse, aproximaram-se os seus discípulos; e Ele passou a ensiná-los dizendo... Mateus 5. Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e, como se assentasse, aproximaram-se os seus discípulos; e Ele passou a ensiná-los dizendo... Mateus 5.1-2 E na minha nação excedia em judaísmo a muitos da minha

Leia mais

FORMAÇÃO DOCENTE: ASPECTOS PESSOAIS, PROFISSIONAIS E INSTITUCIONAIS

FORMAÇÃO DOCENTE: ASPECTOS PESSOAIS, PROFISSIONAIS E INSTITUCIONAIS FORMAÇÃO DOCENTE: ASPECTOS PESSOAIS, PROFISSIONAIS E INSTITUCIONAIS Daniel Silveira 1 Resumo: O objetivo desse trabalho é apresentar alguns aspectos considerados fundamentais para a formação docente, ou

Leia mais

Questão (1) - Questão (2) - A origem da palavra FILOSOFIA é: Questão (3) -

Questão (1) - Questão (2) - A origem da palavra FILOSOFIA é: Questão (3) - EXERCICÍOS DE FILOSOFIA I O QUE É FILOSOFIA, ETIMOLOGIA, ONDE SURGIU, QUANDO, PARA QUE SERVE.( 1º ASSUNTO ) Questão (1) - Analise os itens abaixo e marque a alternativa CORRETA em relação ao significado

Leia mais

Gestão da Informação e do Conhecimento

Gestão da Informação e do Conhecimento Gestão da Informação e do Conhecimento Aula 05 Aquisição da Informação Dalton Lopes Martins dmartins@gmail.com 2sem/2014 Aquisição da Informação PROCESSO 2 - A aquisição da informação envolve as seguintes

Leia mais

Idealismo - corrente sociológica de Max Weber, se distingui do Positivismo em razão de alguns aspectos:

Idealismo - corrente sociológica de Max Weber, se distingui do Positivismo em razão de alguns aspectos: A CONTRIBUIÇÃO DE MAX WEBER (1864 1920) Max Weber foi o grande sistematizador da sociologia na Alemanha por volta do século XIX, um pouco mais tarde do que a França, que foi impulsionada pelo positivismo.

Leia mais

Selecionando e Desenvolvendo Líderes

Selecionando e Desenvolvendo Líderes DISCIPULADO PARTE III Pr. Mano Selecionando e Desenvolvendo Líderes A seleção de líderes é essencial. Uma boa seleção de pessoas para a organização da célula matriz facilitará em 60% o processo de implantação

Leia mais

COMPETÊNCIAS E SABERES EM ENFERMAGEM

COMPETÊNCIAS E SABERES EM ENFERMAGEM COMPETÊNCIAS E SABERES EM ENFERMAGEM Faz aquilo em que acreditas e acredita naquilo que fazes. Tudo o resto é perda de energia e de tempo. Nisargadatta Atualmente um dos desafios mais importantes que se

Leia mais

John Locke (1632-1704) Colégio Anglo de Sete Lagoas - Professor: Ronaldo - (31) 2106-1750

John Locke (1632-1704) Colégio Anglo de Sete Lagoas - Professor: Ronaldo - (31) 2106-1750 John Locke (1632-1704) Biografia Estudou na Westminster School; Na Universidade de Oxford obteve o diploma de médico; Entre 1675 e 1679 esteve na França onde estudou Descartes (1596-1650); Na Holanda escreveu

Leia mais

1.3. Planejamento: concepções

1.3. Planejamento: concepções 1.3. Planejamento: concepções Marcelo Soares Pereira da Silva - UFU O planejamento não deve ser tomado apenas como mais um procedimento administrativo de natureza burocrática, decorrente de alguma exigência

Leia mais

dóxa e epistéme. sensível e inteligível. fé e razaão.

dóxa e epistéme. sensível e inteligível. fé e razaão. dóxa e epistéme. sensível e inteligível. fé e razaão. Senso comum... aranha caranguejeira ou aranha-marrom? Epistemologia Moderna e Contemporânea EPISTEMOLOGIA investiga o conhecimento. limites. possibilidades.

Leia mais

Projeto Político-Pedagógico Estudo técnico de seus pressupostos, paradigma e propostas

Projeto Político-Pedagógico Estudo técnico de seus pressupostos, paradigma e propostas Projeto Político-Pedagógico Estudo técnico de seus pressupostos, paradigma e propostas Introdução A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional afirma que cabe aos estabelecimentos de ensino definir

Leia mais

MARKETING DE RELACIONAMENTO UMA FERRAMENTA PARA AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR: ESTUDO SOBRE PORTAL INSTITUCIONAL

MARKETING DE RELACIONAMENTO UMA FERRAMENTA PARA AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR: ESTUDO SOBRE PORTAL INSTITUCIONAL MARKETING DE RELACIONAMENTO UMA FERRAMENTA PARA AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR: ESTUDO SOBRE PORTAL INSTITUCIONAL Prof. Dr. José Alberto Carvalho dos Santos Claro Mestrado em Gestão de Negócios Universidade

Leia mais

UNIDADE I OS PRIMEIROS PASSOS PARA O SURGIMENTO DO PENSAMENTO FILOSÓFICO.

UNIDADE I OS PRIMEIROS PASSOS PARA O SURGIMENTO DO PENSAMENTO FILOSÓFICO. UNIDADE I OS PRIMEIROS PASSOS PARA O SURGIMENTO DO PENSAMENTO FILOSÓFICO. PARTE 1 O QUE É FILOSOFIA? não é possível aprender qualquer filosofia; só é possível aprender a filosofar. Kant Toda às vezes que

Leia mais

Educar hoje e amanhã uma paixão que se renova. Prof. Humberto S. Herrera Contreras

Educar hoje e amanhã uma paixão que se renova. Prof. Humberto S. Herrera Contreras Educar hoje e amanhã uma paixão que se renova Prof. Humberto S. Herrera Contreras O que este documento nos diz? Algumas percepções iniciais... - O título já é uma mensagem espiritual! tem movimento, aponta

Leia mais

A constituição do sujeito em Michel Foucault: práticas de sujeição e práticas de subjetivação

A constituição do sujeito em Michel Foucault: práticas de sujeição e práticas de subjetivação A constituição do sujeito em Michel Foucault: práticas de sujeição e práticas de subjetivação Marcela Alves de Araújo França CASTANHEIRA Adriano CORREIA Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Filosofia

Leia mais

São Paulo, Ano I, n. 01, jan./abr. de 2014 ISSN 2358-0224. Podemos falar de ética nas práticas de consumo?

São Paulo, Ano I, n. 01, jan./abr. de 2014 ISSN 2358-0224. Podemos falar de ética nas práticas de consumo? São Paulo, Ano I, n. 01, jan./abr. de 2014 ISSN 2358-0224 9 772358 022003 Podemos falar de ética nas práticas de consumo? São Paulo, Ano I, n. 01, jan./abr. de 2014 164 A teologia católica e a ética no

Leia mais

A LEITURA NA VOZ DO PROFESSOR: O MOVIMENTO DOS SENTIDOS

A LEITURA NA VOZ DO PROFESSOR: O MOVIMENTO DOS SENTIDOS A LEITURA NA VOZ DO PROFESSOR: O MOVIMENTO DOS SENTIDOS Victória Junqueira Franco do Amaral -FFCLRP-USP Soraya Maria Romano Pacífico - FFCLRP-USP Para nosso trabalho foram coletadas 8 redações produzidas

Leia mais

SOCIEDADE E TEORIA DA AÇÃO SOCIAL

SOCIEDADE E TEORIA DA AÇÃO SOCIAL SOCIEDADE E TEORIA DA AÇÃO SOCIAL INTRODUÇÃO O conceito de ação social está presente em diversas fontes, porém, no que se refere aos materiais desta disciplina o mesmo será esclarecido com base nas idéias

Leia mais

LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA, EXPRESSÃO E RELIGIÃO NO BRASIL Rev. Augustus Nicodemus Lopes APRESENTAÇÃO CARTA DE PRINCÍPIOS 2011

LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA, EXPRESSÃO E RELIGIÃO NO BRASIL Rev. Augustus Nicodemus Lopes APRESENTAÇÃO CARTA DE PRINCÍPIOS 2011 LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA, EXPRESSÃO E RELIGIÃO NO BRASIL [SLIDE 1] CAPA [SLIDE 2] UM ASSUNTO ATUAL APRESENTAÇÃO CARTA DE PRINCÍPIOS 2011 Os conceitos de liberdade de consciência e de expressão têm recebido

Leia mais

www.projeto-timoteo.org 2ª edição Como Viver a Plenitude de Deus Projeto Timóteo Apostila do Aluno

www.projeto-timoteo.org 2ª edição Como Viver a Plenitude de Deus Projeto Timóteo Apostila do Aluno Como Viver a Plenitude de Deus Projeto Timóteo 1 Apostila do Aluno Como Viver a Plenitude de Deus Projeto Timóteo Coordenador do Projeto Dr. John Barry Dyer Equipe Pedagógica Marivete Zanoni Kunz Tereza

Leia mais

O professor faz diferença?

O professor faz diferença? Artigo publicado no Correio do Estado em 24/07/09 Campo Grande - MS A pedagogia faz diferença. Esta é a tese que será defendida no Seminário Internacional promovido pela Secretaria Estadual de Educação

Leia mais

5. Autoconsciência e conhecimento humano de Jesus

5. Autoconsciência e conhecimento humano de Jesus 5. Autoconsciência e conhecimento humano de Jesus Através do estudo dos evangelhos é possível captar elementos importantes da psicologia de Jesus. É possível conjeturar como Jesus se autocompreendia. Especialmente

Leia mais

Teologia e Prática da Espiritualidade. Unidade 01: Espiritualidade e espiritualidades. Introdução

Teologia e Prática da Espiritualidade. Unidade 01: Espiritualidade e espiritualidades. Introdução Teologia e Prática da Espiritualidade Unidade 01: Espiritualidade e espiritualidades Introdução Esta primeira unidade se trata de uma tentativa de encontrar definições possíveis para a espiritualidade,

Leia mais

Elaboração de Projetos

Elaboração de Projetos Elaboração de Projetos 2 1. ProjetoS John Dewey (1859-1952) FERRARI, Márcio. John Dewey: o pensador que pôs a prática em foco. Nova Escola, São Paulo, jul. 2008. Edição especial grandes pensadores. Disponível

Leia mais

Catecumenato Uma Experiência de Fé

Catecumenato Uma Experiência de Fé Catecumenato Uma Experiência de Fé APRESENTAÇÃO PARA A 45ª ASSEMBLÉIA DA CNBB (Regional Nordeste 2) www.catecumenato.com O que é Catecumenato? Catecumenato foi um método catequético da igreja dos primeiros

Leia mais

LIDERANÇA, ÉTICA, RESPEITO, CONFIANÇA

LIDERANÇA, ÉTICA, RESPEITO, CONFIANÇA Dado nos últimos tempos ter constatado que determinado sector da Comunidade Surda vem falando muito DE LIDERANÇA, DE ÉTICA, DE RESPEITO E DE CONFIANÇA, deixo aqui uma opinião pessoal sobre o que são estes

Leia mais

O olhar do professor das séries iniciais sobre o trabalho com situações problemas em sala de aula

O olhar do professor das séries iniciais sobre o trabalho com situações problemas em sala de aula O olhar do professor das séries iniciais sobre o trabalho com situações problemas em sala de aula INTRODUÇÃO Josiane Faxina Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho Câmpus Bauru e-mail: josi_unesp@hotmail.com

Leia mais

Apresentamos as partilhas que enriqueceram o nosso Seminário Nacional de Iniciação Cristã.

Apresentamos as partilhas que enriqueceram o nosso Seminário Nacional de Iniciação Cristã. Apresentamos as partilhas que enriqueceram o nosso Seminário Nacional de Iniciação Cristã. Na sexta-feira, pela manhã, foi a vez do Nordeste 3 - Aracaju - com sua experiência de iniciação à vida cristã

Leia mais

Ajuda ao SciEn-Produção 1. 1. O Artigo Científico da Pesquisa Experimental

Ajuda ao SciEn-Produção 1. 1. O Artigo Científico da Pesquisa Experimental Ajuda ao SciEn-Produção 1 Este texto de ajuda contém três partes: a parte 1 indica em linhas gerais o que deve ser esclarecido em cada uma das seções da estrutura de um artigo cientifico relatando uma

Leia mais

LÍDER: compromisso em comunicar, anunciar e fazer o bem.

LÍDER: compromisso em comunicar, anunciar e fazer o bem. ESCOLA VICENTINA SÃO VICENTE DE PAULO Disciplina: Ensino Religioso Professor(a): Rosemary de Souza Gelati Paranavaí / / "Quanto mais Deus lhe dá, mais responsável ele espera que seja." (Rick Warren) LÍDER:

Leia mais

A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA FORMAÇÃO DE Universidade Estadual De Maringá gasparin01@brturbo.com.br INTRODUÇÃO Ao pensarmos em nosso trabalho profissional, muitas vezes,

Leia mais

Katia Luciana Sales Ribeiro Keila de Souza Almeida José Nailton Silveira de Pinho. Resenha: Marx (Um Toque de Clássicos)

Katia Luciana Sales Ribeiro Keila de Souza Almeida José Nailton Silveira de Pinho. Resenha: Marx (Um Toque de Clássicos) Katia Luciana Sales Ribeiro José Nailton Silveira de Pinho Resenha: Marx (Um Toque de Clássicos) Universidade Estadual de Montes Claros / UNIMONTES abril / 2003 Katia Luciana Sales Ribeiro José Nailton

Leia mais

QUESTÕES FILOSÓFICAS CONTEMPORÂNEAS: HEIDEGGER E O HUMANISMO

QUESTÕES FILOSÓFICAS CONTEMPORÂNEAS: HEIDEGGER E O HUMANISMO QUESTÕES FILOSÓFICAS CONTEMPORÂNEAS: HEIDEGGER E O HUMANISMO Bernardo Goytacazes de Araújo Professor Docente de Filosofia da Universidade Castelo Branco Especialista em Filosofia Moderna e Contemporânea

Leia mais

Estado da Arte: Diálogos entre a Educação Física e a Psicologia

Estado da Arte: Diálogos entre a Educação Física e a Psicologia Estado da Arte: Diálogos entre a Educação Física e a Psicologia Eixo temático 1: Fundamentos e práticas educacionais Telma Sara Q. Matos 1 Vilma L. Nista-Piccolo 2 Agências Financiadoras: Capes / Fapemig

Leia mais

PROJETO MEIO AMBIENTE NA SALA DE AULA

PROJETO MEIO AMBIENTE NA SALA DE AULA PROJETO MEIO AMBIENTE NA SALA DE AULA Conceito: PROJETO: -Proposta -Plano; Intento -Empreendimento -Plano Geral de Construção -Redação provisória de lei; Estatuto Referência:Minidicionário - Soares Amora

Leia mais

PROJETO MEIO AMBIENTE NA SALA DE AULA

PROJETO MEIO AMBIENTE NA SALA DE AULA PROJETO MEIO AMBIENTE NA SALA DE AULA Conceito: PROJETO: -Proposta -Plano; Intento -Empreendimento -Plano Geral de Construção -Redação provisória de lei; Estatuto Referência:Minidicionário - Soares Amora

Leia mais

O Deus testemunhado por Jesus Cristo o Pai. Objetivos 12/4/2012. Identidade e relevância da cristologia. Cláudio Ribeiro

O Deus testemunhado por Jesus Cristo o Pai. Objetivos 12/4/2012. Identidade e relevância da cristologia. Cláudio Ribeiro O Deus testemunhado por Jesus Cristo o Pai Cláudio Ribeiro Objetivos Avaliar a doutrina de Trindade suas raízes, premissas fundamentais, ênfases e mudanças no contexto global da história da Igreja e as

Leia mais

Projeto Pedagógico Institucional PPI FESPSP FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA DE SÃO PAULO PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL PPI

Projeto Pedagógico Institucional PPI FESPSP FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA DE SÃO PAULO PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL PPI FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA DE SÃO PAULO PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL PPI Grupo Acadêmico Pedagógico - Agosto 2010 O Projeto Pedagógico Institucional (PPI) expressa os fundamentos filosóficos,

Leia mais

RESENHA. Magali Aparecida Silvestre. Universidade Federal de São Paulo Campus Guarulhos e-mail: magali.silvestre@unifesp.br

RESENHA. Magali Aparecida Silvestre. Universidade Federal de São Paulo Campus Guarulhos e-mail: magali.silvestre@unifesp.br RESENHA Magali Aparecida Silvestre Universidade Federal de São Paulo Campus Guarulhos e-mail: magali.silvestre@unifesp.br Resenha da obra: Didática: embates contemporâneos Maria Amélia Santoro Franco (org.)

Leia mais

SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS ÀS AÇÕES DE FORMAÇÃO CONTINUADA DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DO RECIFE/PE

SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS ÀS AÇÕES DE FORMAÇÃO CONTINUADA DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DO RECIFE/PE SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS ÀS AÇÕES DE FORMAÇÃO CONTINUADA DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DO RECIFE/PE Adriele Albertina da Silva Universidade Federal de Pernambuco, adrielealbertina18@gmail.com Nathali Gomes

Leia mais

ANTROPOLOGIA FILOSÓFICA DE EDITH STEIN. Prof. Helder Salvador

ANTROPOLOGIA FILOSÓFICA DE EDITH STEIN. Prof. Helder Salvador ANTROPOLOGIA FILOSÓFICA DE EDITH STEIN Prof. Helder Salvador 3 - A ANTROPOLOGIA COMO FUNDAMENTO DA PEDAGOGIA. Para Edith Stein existe uma profunda relação entre os termos metafísica, antropologia e pedagogia

Leia mais

Você foi criado para tornar-se semelhante a Cristo

Você foi criado para tornar-se semelhante a Cristo 4ª Semana Você foi criado para tornar-se semelhante a Cristo I- CONECTAR: Inicie o encontro com dinâmicas que possam ajudar as pessoas a se conhecer e se descontrair para o tempo que terão juntas. Quando

Leia mais

Lev Semenovich Vygotsky, nasce em 17 de novembro de 1896, na cidade de Orsha, em Bielarus. Morre em 11 de junho de 1934.

Lev Semenovich Vygotsky, nasce em 17 de novembro de 1896, na cidade de Orsha, em Bielarus. Morre em 11 de junho de 1934. Lev Semenovich Vygotsky, nasce em 17 de novembro de 1896, na cidade de Orsha, em Bielarus. Morre em 11 de junho de 1934. Lev Vygotsky, viveu na mesma época que Piaget (ambos nasceram em 1896 entanto Vygotsky

Leia mais

CURSO: LICENCIATURA DA MATEMÁTICA DISCIPLINA: PRÁTICA DE ENSINO 4

CURSO: LICENCIATURA DA MATEMÁTICA DISCIPLINA: PRÁTICA DE ENSINO 4 CAMPUS CARAGUATUBA CURSO: LICENCIATURA DA MATEMÁTICA DISCIPLINA: PRÁTICA DE ENSINO 4 PROFESSOR: ANDRESSA MATTOS SALGADO-SAMPAIO ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS PARA A PRÁTICA DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO NO CURSO

Leia mais

Fragmentos do Texto Indicadores para o Desenvolvimento da Qualidade da Docência na Educação Superior.

Fragmentos do Texto Indicadores para o Desenvolvimento da Qualidade da Docência na Educação Superior. Fragmentos do Texto Indicadores para o Desenvolvimento da Qualidade da Docência na Educação Superior. Josimar de Aparecido Vieira Nas últimas décadas, a educação superior brasileira teve um expressivo

Leia mais

Domingos Terra, s. j. A Gramática da Fé Cristã

Domingos Terra, s. j. A Gramática da Fé Cristã Domingos Terra, s. j. A Gramática da Fé Cristã Lisboa Universidade Católica Editora 2015 Índice INTRODUÇÃO 9 CAPÍTULO 1. FÉ CRISTÃ: CONCEITO E IDENTIDADE 11 1. Clarificação concetual 12 1.1. O problema

Leia mais

Disciplina Corpo Humano e Saúde: Uma Visão Integrada - Módulo 3

Disciplina Corpo Humano e Saúde: Uma Visão Integrada - Módulo 3 3. A transversalidade da saúde Você já ouviu falar em Parâmetros Curriculares Nacionais? Já ouviu? Que bom! Não lembra? Não se preocupe, pois iremos, resumidamente, explicar o que são esses documentos.

Leia mais

COMUNIDADE TRANSFORMADORA UM OLHAR PARA FRENTE

COMUNIDADE TRANSFORMADORA UM OLHAR PARA FRENTE 23 3 COMUNIDADE TRANSFORMADORA UM OLHAR PARA FRENTE Por que você deve dar este estudo Nas duas semanas anteriores, conversamos sobre dois aspectos de nossa missão comunitária que envolve: (a) olhar para

Leia mais

O PAPEL DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

O PAPEL DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL 0 O PAPEL DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL 1 O PAPEL DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL Renato da Guia Oliveira 2 FICHA CATALOGRÁFICA OLIVEIRA. Renato da Guia. O Papel da Contação

Leia mais

O ser humano é comunicação

O ser humano é comunicação O ser humano é comunicação Sem. Andrey Nicioli anicioli@hotmail.com Catequese Arqudiocesana Pouso Alegre 14/11/2015 Primeira certeza O termo comunicação é abrangente e não se restringe aos meios midiáticos.

Leia mais

ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE ITAPETININGA CURSO CBMAE ARTIGO DE NEGOCIAÇÃO. A importância da comunicação na negociação. Aluna: Bruna Graziela Alves Cleto

ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE ITAPETININGA CURSO CBMAE ARTIGO DE NEGOCIAÇÃO. A importância da comunicação na negociação. Aluna: Bruna Graziela Alves Cleto ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE ITAPETININGA CURSO CBMAE ARTIGO DE NEGOCIAÇÃO A importância da comunicação na negociação Aluna: Bruna Graziela Alves Cleto TUTOR: EDUARDO VIEIRA 13/05/2013 1 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO...

Leia mais

INDISCIPLINA ESCOLAR E A RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO: UMA ANÁLISE SOB AS ÓTICAS MORAL E INSTITUCIONAL

INDISCIPLINA ESCOLAR E A RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO: UMA ANÁLISE SOB AS ÓTICAS MORAL E INSTITUCIONAL INDISCIPLINA ESCOLAR E A RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO: UMA ANÁLISE SOB AS ÓTICAS MORAL E INSTITUCIONAL ZANDONATO, Zilda Lopes - UNESP GT: Educação Fundamental/nº 13 Agência Financiadora: não contou com financiamento

Leia mais

ESPIRITUALIDADE E EDUCAÇÃO

ESPIRITUALIDADE E EDUCAÇÃO Instituto de Educação infantil e juvenil Outono, 2013. Londrina, de. Nome: Ano: Tempo Início: término: total: Edição IX MMXIII texto Grupo A ESPIRITUALIDADE E EDUCAÇÃO Há alguns meses estamos trabalhando

Leia mais

POR QUE SONHAR SE NÃO PARA REALIZAR?

POR QUE SONHAR SE NÃO PARA REALIZAR? POR QUE SONHAR SE NÃO PARA REALIZAR? Como Encontrar a Verdadeira Felicidade Rosanne Martins Introdução Este livro foi escrito com o intuito de inspirar o leitor a seguir o sonho que traz em seu coração.

Leia mais

ASPECTOS HISTÓRICOS: QUANTO A FORMAÇÃOO, FUNÇÃO E DIFULCULDADES DO ADMINISTRADOR.

ASPECTOS HISTÓRICOS: QUANTO A FORMAÇÃOO, FUNÇÃO E DIFULCULDADES DO ADMINISTRADOR. 1 ASPECTOS HISTÓRICOS: QUANTO A FORMAÇÃOO, FUNÇÃO E DIFULCULDADES DO ADMINISTRADOR. Rute Regina Ferreira Machado de Morais Universidade Estadual de Ponta Grossa-UEPG Este texto visa refletir sobre o papel

Leia mais

COMO FAZER A TRANSIÇÃO

COMO FAZER A TRANSIÇÃO ISO 9001:2015 COMO FAZER A TRANSIÇÃO Um guia para empresas certificadas Antes de começar A ISO 9001 mudou! A versão brasileira da norma foi publicada no dia 30/09/2015 e a partir desse dia, as empresas

Leia mais

Construção, desconstrução e reconstrução do ídolo: discurso, imaginário e mídia

Construção, desconstrução e reconstrução do ídolo: discurso, imaginário e mídia Construção, desconstrução e reconstrução do ídolo: discurso, imaginário e mídia Hulda Gomides OLIVEIRA. Elza Kioko Nakayama Nenoki do COUTO. Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Letras. huldinha_net@hotmail.com

Leia mais

(Tutorial do site) 1

(Tutorial do site) 1 (Tutorial do site) 1 Por que um novo site? Ao pensar em criar um novo site, nos concentramos nas faltas que sentíamos e em como poderíamos melhorar o que já estava funcionando. Quatro palavras foram essenciais

Leia mais

LISTA DE EXERCÍCIOS RECUPERAÇÃO. 1. Quais foram as principais características da escolástica? Cite alguns de seus pensadores.

LISTA DE EXERCÍCIOS RECUPERAÇÃO. 1. Quais foram as principais características da escolástica? Cite alguns de seus pensadores. LISTA DE EXERCÍCIOS RECUPERAÇÃO 1. Quais foram as principais características da escolástica? Cite alguns de seus pensadores. 2. Como acontecia a aprendizagem nas escolas no período medieval? Quem era apto

Leia mais

OS PROCESSOS DE TRABALHO DO SERVIÇO SOCIAL EM UM DESENHO CONTEMPORÂNEO

OS PROCESSOS DE TRABALHO DO SERVIÇO SOCIAL EM UM DESENHO CONTEMPORÂNEO OS PROCESSOS DE TRABALHO DO SERVIÇO SOCIAL EM UM DESENHO CONTEMPORÂNEO Karen Ramos Camargo 1 Resumo O presente artigo visa suscitar a discussão acerca dos processos de trabalho do Serviço Social, relacionados

Leia mais

Módulo 1 Questões Básicas da Economia. 1.1. Conceito de Economia

Módulo 1 Questões Básicas da Economia. 1.1. Conceito de Economia Módulo 1 Questões Básicas da Economia 1.1. Conceito de Economia Todos nós temos uma série de necessidades. Precisamos comer, precisamos nos vestir, precisamos estudar, precisamos nos locomover, etc. Estas

Leia mais

CURSO PARA CAPACITAÇÃO DE LIDERANÇA E COORDENADORES DE GRUPOS JOVENS

CURSO PARA CAPACITAÇÃO DE LIDERANÇA E COORDENADORES DE GRUPOS JOVENS CURSO PARA CAPACITAÇÃO DE LIDERANÇA E COORDENADORES DE GRUPOS JOVENS Apresentação A JUVENTUDE MERECE ATENÇÃO ESPECIAL A Igreja Católica no Brasil diz que é preciso: Evangelizar, a partir de Jesus Cristo,

Leia mais

Análise e Desenvolvimento de Sistemas ADS Programação Orientada a Obejeto POO 3º Semestre AULA 03 - INTRODUÇÃO À PROGRAMAÇÃO ORIENTADA A OBJETO (POO)

Análise e Desenvolvimento de Sistemas ADS Programação Orientada a Obejeto POO 3º Semestre AULA 03 - INTRODUÇÃO À PROGRAMAÇÃO ORIENTADA A OBJETO (POO) Análise e Desenvolvimento de Sistemas ADS Programação Orientada a Obejeto POO 3º Semestre AULA 03 - INTRODUÇÃO À PROGRAMAÇÃO ORIENTADA A OBJETO (POO) Parte: 1 Prof. Cristóvão Cunha Objetivos de aprendizagem

Leia mais

Caracterização Cronológica

Caracterização Cronológica Caracterização Cronológica Filosofia Medieval Século V ao XV Ano 0 (zero) Nascimento do Cristo Plotino (204-270) Neoplatônicos Patrística: Os grandes padres da igreja Santo Agostinho ( 354-430) Escolástica:

Leia mais

A iniciação cristã como pedagogia de vida comunitária

A iniciação cristã como pedagogia de vida comunitária A iniciação cristã como pedagogia de vida comunitária A evangelização nos dá a alegria do encontro com a Boa Nova da Ressurreição de Cristo. A maioria das pessoas procura angustiada a razão de sua vida

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DAS DISCIPLINAS DE MATEMÁTICA E FÍSICA NO ENEM: PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO CURSO PRÉ- UNIVERSITÁRIO DA UFPB LITORAL NORTE

A IMPORTÂNCIA DAS DISCIPLINAS DE MATEMÁTICA E FÍSICA NO ENEM: PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO CURSO PRÉ- UNIVERSITÁRIO DA UFPB LITORAL NORTE A IMPORTÂNCIA DAS DISCIPLINAS DE MATEMÁTICA E FÍSICA NO ENEM: PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO CURSO PRÉ- UNIVERSITÁRIO DA UFPB LITORAL NORTE ALMEIDA 1, Leonardo Rodrigues de SOUSA 2, Raniere Lima Menezes de PEREIRA

Leia mais

MESTRADO EM EDUCAÇÃO. Mestranda Barbara Raquel do Prado Gimenez Corrêa. Prof. Orientador Dr. Sérgio Rogério Azevedo Junqueira

MESTRADO EM EDUCAÇÃO. Mestranda Barbara Raquel do Prado Gimenez Corrêa. Prof. Orientador Dr. Sérgio Rogério Azevedo Junqueira MESTRADO EM EDUCAÇÃO Mestranda Barbara Raquel do Prado Gimenez Corrêa Prof. Orientador Dr. Sérgio Rogério Azevedo Junqueira TEMA A CONCEPÇÃO DO SAGRADO DO PROFESSOR DE ENSINO RELIGIOSO PROBLEMA Que concepção

Leia mais

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS APRESENTAÇÃO ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS Breve histórico da instituição seguido de diagnóstico e indicadores sobre a temática abrangida pelo projeto, especialmente dados que permitam análise da

Leia mais

Entusiasmo diante da vida Uma história de fé e dedicação aos jovens

Entusiasmo diante da vida Uma história de fé e dedicação aos jovens Entusiasmo diante da vida Uma história de fé e dedicação aos jovens A obra salesiana teve início em Turim, na Itália, onde Dom Bosco colocou em prática seus ideais de educação associados ao desenvolvimento

Leia mais

DEMOCRÁTICA NO ENSINO PÚBLICO

DEMOCRÁTICA NO ENSINO PÚBLICO O PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO COMO INSTRUMENTO DE GESTÃO ROSINALDO PANTOJA DE FREITAS rpfpantoja@hotmail.com DEMOCRÁTICA NO ENSINO PÚBLICO RESUMO: Este artigo aborda o Projeto político pedagógico e também

Leia mais

O Programa Educativo Apetece-me chegou ao Pré-Escolar.

O Programa Educativo Apetece-me chegou ao Pré-Escolar. O Programa Educativo Apetece-me chegou ao Pré-Escolar. O Programa Educativo Apetece-me é uma iniciativa da Nestlé Portugal que conta com o apoio da Direção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular

Leia mais

FILOSOFIA SEM FILÓSOFOS: ANÁLISE DE CONCEITOS COMO MÉTODO E CONTEÚDO PARA O ENSINO MÉDIO 1. Introdução. Daniel+Durante+Pereira+Alves+

FILOSOFIA SEM FILÓSOFOS: ANÁLISE DE CONCEITOS COMO MÉTODO E CONTEÚDO PARA O ENSINO MÉDIO 1. Introdução. Daniel+Durante+Pereira+Alves+ I - A filosofia no currículo escolar FILOSOFIA SEM FILÓSOFOS: ANÁLISE DE CONCEITOS COMO MÉTODO E CONTEÚDO PARA O ENSINO MÉDIO 1 Daniel+Durante+Pereira+Alves+ Introdução O+ ensino+ médio+ não+ profissionalizante,+

Leia mais

ESCOLA, LEITURA E A INTERPRETAÇÃO TEXTUAL- PIBID: LETRAS - PORTUGUÊS

ESCOLA, LEITURA E A INTERPRETAÇÃO TEXTUAL- PIBID: LETRAS - PORTUGUÊS ESCOLA, LEITURA E A INTERPRETAÇÃO TEXTUAL- PIBID: LETRAS - PORTUGUÊS RESUMO Juliana Candido QUEROZ (Bolsista) 1 ; Natália SILVA (Bolsista) 2, Leila BRUNO (Supervisora) 3 ; Sinval Martins S. FILHO (Coordenador)

Leia mais

MISSÕES - A ESTRATÉGIA DE CRISTO PARA A SUA IGREJA

MISSÕES - A ESTRATÉGIA DE CRISTO PARA A SUA IGREJA MISSÕES - A ESTRATÉGIA DE CRISTO PARA A SUA IGREJA 1 40 dias vivendo para Jesus 12/05/2013 At 1 4 Um dia, quando estava com os apóstolos, Jesus deu esta ordem: Fiquem em Jerusalém e esperem até que o Pai

Leia mais

O TEMPO NO ABRIGO: PRESERVAÇÃO DA HISTÓRIA, GARANTIA DE SINGULARIDADE

O TEMPO NO ABRIGO: PRESERVAÇÃO DA HISTÓRIA, GARANTIA DE SINGULARIDADE Cuidando de quem cuida Instituto de Capacitação e Intervenção Psicossocial pelos Direitos da Criança e Adolescente em Situação de Risco O TEMPO NO ABRIGO: PRESERVAÇÃO DA HISTÓRIA, GARANTIA DE SINGULARIDADE

Leia mais

CLUBE DE PROGRAMAÇÃO NAS ESCOLAS: NOVAS ERSPECTIVAS PARA O ENSINO DA COMPUTAÇÃO. IF Farroupilha Campus Santo Augusto; e-mail: joaowinck@hotmail.

CLUBE DE PROGRAMAÇÃO NAS ESCOLAS: NOVAS ERSPECTIVAS PARA O ENSINO DA COMPUTAÇÃO. IF Farroupilha Campus Santo Augusto; e-mail: joaowinck@hotmail. CLUBE DE PROGRAMAÇÃO NAS ESCOLAS: NOVAS ERSPECTIVAS PARA O ENSINO DA COMPUTAÇÃO WINCK, João Aloísio 1 RISKE, Marcelo Augusto 2 AVOZANI, Mariel 3 CAMBRAIA, Adão Caron 4 FINK, Marcia 5 1 IF Farroupilha Campus

Leia mais

como fazer um planejamento pastoral

como fazer um planejamento pastoral josé carlos pereira como fazer um planejamento pastoral paroquial e diocesano Direção editorial: Claudiano Avelino dos Santos Assistente editorial: Jacqueline Mendes Fontes Revisão: Iranildo Bezerra Lopes

Leia mais

O COORDENADOR PEDAGÓGICO COMO FORMADOR: TRÊS ASPECTOS PARA CONSIDERAR

O COORDENADOR PEDAGÓGICO COMO FORMADOR: TRÊS ASPECTOS PARA CONSIDERAR Título do artigo: O COORDENADOR PEDAGÓGICO COMO FORMADOR: TRÊS ASPECTOS PARA CONSIDERAR Área: Gestão Coordenador Pedagógico Selecionadora: Maria Paula Zurawski 16ª Edição do Prêmio Victor Civita Educador

Leia mais

Unidade 3: A Teoria da Ação Social de Max Weber. Professor Igor Assaf Mendes Sociologia Geral - Psicologia

Unidade 3: A Teoria da Ação Social de Max Weber. Professor Igor Assaf Mendes Sociologia Geral - Psicologia Unidade 3: A Teoria da Ação Social de Max Weber Professor Igor Assaf Mendes Sociologia Geral - Psicologia A Teoria de Ação Social de Max Weber 1 Ação Social 2 Forma de dominação Legítimas 3 Desencantamento

Leia mais

A Alienação (Karl Marx)

A Alienação (Karl Marx) A Alienação (Karl Marx) Joana Roberto FBAUL, 2006 Sumário Introdução... 1 Desenvolvimento... 1 1. A alienação do trabalho... 1 2. O Fenómeno da Materialização / Objectivação... 2 3. Uma terceira deterninação

Leia mais

ABCEducatio entrevista Sílvio Bock

ABCEducatio entrevista Sílvio Bock ABCEducatio entrevista Sílvio Bock Escolher uma profissão é fazer um projeto de futuro A entrada do segundo semestre sempre é marcada por uma grande preocupação para todos os alunos que estão terminando

Leia mais

WALDILÉIA DO SOCORRO CARDOSO PEREIRA

WALDILÉIA DO SOCORRO CARDOSO PEREIRA UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO E ENSINO DE CIÊNCIAS NO AMAZONAS MESTRADO PROFISSIONAL EM ENSINO DE CIÊNCIAS NO AMAZONAS WALDILÉIA DO SOCORRO CARDOSO PEREIRA PROPOSTAS

Leia mais

APRENDER A LER PROBLEMAS EM MATEMÁTICA

APRENDER A LER PROBLEMAS EM MATEMÁTICA APRENDER A LER PROBLEMAS EM MATEMÁTICA Maria Ignez de Souza Vieira Diniz ignez@mathema.com.br Cristiane Akemi Ishihara crisakemi@mathema.com.br Cristiane Henriques Rodrigues Chica crischica@mathema.com.br

Leia mais

Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática

Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática Rene Baltazar Introdução Serão abordados, neste trabalho, significados e características de Professor Pesquisador e as conseqüências,

Leia mais

INSTITUTO FLORENCE DE ENSINO COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM (TÍTULO DO PROJETO) Acadêmico: Orientador:

INSTITUTO FLORENCE DE ENSINO COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM (TÍTULO DO PROJETO) Acadêmico: Orientador: INSTITUTO FLORENCE DE ENSINO COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM (TÍTULO DO PROJETO) Acadêmico: Orientador: São Luis 2015 (TÍTULO DO PROJETO) (NOME DO ALUNO) Projeto de Pesquisa do Programa

Leia mais

PROJETO DE PESQUISA. Antonio Joaquim Severino 1. Um projeto de bem elaborado desempenha várias funções:

PROJETO DE PESQUISA. Antonio Joaquim Severino 1. Um projeto de bem elaborado desempenha várias funções: PROJETO DE PESQUISA Antonio Joaquim Severino 1 Um projeto de bem elaborado desempenha várias funções: 1. Define e planeja para o próprio orientando o caminho a ser seguido no desenvolvimento do trabalho

Leia mais

difusão de idéias EDUCAÇÃO INFANTIL SEGMENTO QUE DEVE SER VALORIZADO

difusão de idéias EDUCAÇÃO INFANTIL SEGMENTO QUE DEVE SER VALORIZADO Fundação Carlos Chagas Difusão de Idéias outubro/2007 página 1 EDUCAÇÃO INFANTIL SEGMENTO QUE DEVE SER VALORIZADO Moysés Kuhlmann :A educação da criança pequena também deve ser pensada na perspectiva de

Leia mais

difusão de idéias AS ESCOLAS TÉCNICAS SE SALVARAM

difusão de idéias AS ESCOLAS TÉCNICAS SE SALVARAM Fundação Carlos Chagas Difusão de Idéias dezembro/2006 página 1 AS ESCOLAS TÉCNICAS SE SALVARAM Celso João Ferretti: o processo de desintegração da educação atingiu em menor escala as escolas técnicas.

Leia mais