Projeto. Nota Técnica 04. Análise do Balanço de Pagamentos do estado e a importância dos APLs no Fluxo de Comércio. Rio Grande do Norte

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1 Projeto 1 Análise do Mapeamento e das Políticas para Arranjos Produtivos Locais no Norte, Nordeste e Mato Grosso e dos Impactos dos Grandes Projetos Federais no Nordeste Nota Técnica 04 Análise do Balanço de Pagamentos do estado e a importância dos APLs no Fluxo de Comércio Rio Grande do Norte

2 2 Projeto Análise do Mapeamento e das Políticas para Arranjos Produtivos Locais no Norte, Nordeste e Mato Grosso e dos Impactos dos Grandes Projetos Federais no Nordeste Nota Técnica 04 ANÁLISE DO BALANÇO DE PAGAMENTOS DO ESTADO E A IMPORTÂNCIA DOS APLs NO FLUXO DE COMÉRCIO Rio Grande do Norte Equipe Estadual Coordenadora: Valdênia Apolinário Pesquisadores: Maria Lussieu da Silva Odair Lopes Garcia João Matos Filho Denílson da Silva Araújo Rosangela dos Santos Alves Pequeno Estévani Pereira de Oliveira Yuri César de Lima e Silva Estagiários: Franciane Alves Cardoso Equipe de Coordenação do Projeto / RedeSist Coordenadora: Valdênia Apolinário Maria Lussieu da Silva Thaís de Miranda Moreira

3 3 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ESTRUTURA ECONÔMICA DO RN E IMPORTÂNCIA DOS APLS CARACTERÍSTICAS SOCIOECONÔMICAS DO ESTADO MUDANÇAS RECENTES NA COMPOSIÇÃO DA PRODUÇÃO DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA PRODUÇÃO A IMPORTÂNCIA DOS APLS NA ECONOMIA ESTADUAL A BALANÇA COMERCIAL DO ESTADO FLUXOS DE COMÉRCIO Fluxos de comércio interestaduais Fluxos de comércio interestaduais por atividades econômicas Fluxos das entradas no Rio Grande do Norte Fluxos das saídas do Rio Grande do Norte Saldo dos fluxos de comércio interestaduais do Rio Grande do Norte Participação das atividades econômicas no fluxo de comércio interestadual FLUXO DE COMÉRCIO INTERNACIONAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE Composição da balança comercial em FLUXO DE COMÉRCIO TOTAL A IMPORTÂNCIA DOS APLS NO FLUXO DE COMÉRCIO DO ESTADO APLS COM ATIVIDADES FORMALIZADAS APL da Cadeia produtiva do petróleo e gás do Rio Grande do Norte APL têxtil-confecções APL da carcinicultura APL da fruticultura APLS COM ATIVIDADES PARCIALMENTE FORMALIZADAS APL da Apicultura APL da Mandioca APL da Cerâmica Estrutural APL da Ovinocaprinocultura Principal produto: carne ovina caprina Segundo produto: leite caprino Principais subprodutos Principais insumos utilizados Origem dos principais insumos Despesa média anual com os principais insumos Destino dos principais produtos Receita anual dos produtores da principal atividade desenvolvida no APL (em R$) Renda média anual dos trabalhadores envolvidos na atividade principal do APL (R$)... 85

4 Principais dificuldades para aquisição dos insumos Principais dificuldades para comercialização dos produtos Estimativa de pessoal ocupado no APL (incluindo todo o ciclo) APL da Bovinocultura do Leite Principais produtos e subprodutos Principais insumos utilizados e suas origens Despesa média anual com insumos Destino dos principais produtos (vendas) Receita média anual dos produtores da principal atividade desenvolvida no APL (em R$): leite Renda média anual dos trabalhadores envolvidos na atividade principal do APL (R$) Principais dificuldades para aquisição dos insumos Principais dificuldades para comercialização dos produtos Estimativa de pessoal ocupado no APL (incluindo todo o ciclo) APL de Laticínios Principais produtos e subprodutos Principais insumos utilizados e suas origens Despesa média anual com insumos Destino dos principais produtos (vendas) Receita média anual dos produtores da principal atividade desenvolvida no APL (em R$): leite Renda média anual dos trabalhadores envolvidos na atividade principal do APL (R$) Principais dificuldades para aquisição dos insumos Principais dificuldades para comercialização dos produtos Estimativa de pessoal ocupado no APL (incluindo todo o ciclo) APLS COM ATIVIDADES NÃO-FORMALIZADAS APL dos Bordados APL das Flores e Plantas Ornamentais Principais produtos e subprodutos Principais insumos utilizados e suas origens Despesa média anual com insumos Destino dos principais produtos (vendas) Receita média anual dos produtores da principal atividade desenvolvida no APL (em R$): flores e folhagens e abacaxi ornamental Renda média anual dos trabalhadores envolvidos na atividade principal do APL (R$) Principais dificuldades para aquisição dos insumos Principais dificuldades para comercialização dos produtos Estimativa de pessoal ocupado no APL (incluindo todo o ciclo) CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS ANEXO ESTATÍSCO

5 5 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Distribuição do PIB entre os municípios do Rio Grande do Norte Figura 2 - Frente de lavra de Pedrinhas, Ipanguaçu/RN Figura 3 - Estoque interacamadado, Pendências/RN LISTA DE QUADROS Quadro 1 - Distribuição do PIB, população e área entre os municípios do RN Quadro 2 - Rio Grande do Norte: percentuais e origens dos principais insumos adquiridos pelo APL da Apicultura no estado (2009) Quadro 3 - Destino do Mel Produzido no Rio Grande do Norte Quadro 4 - Percentuais e Origens dos Principais Insumos Adquiridos pelo APL da Mandioca no Estado do Rio Grande do Norte (2009) Quadro 5 - Origem dos Principais Insumos Consumidos Pelo APL da Cerâmica do Rio Grande do Norte Quadro 6 - Despesa Média Anual com Insumos no APL da Cerâmica do Rio Grande do Norte Quadro 7 - Destino da Produção do APL da Cerâmica do Rio Grande do Norte Quadro 8 - Percentuais e Origens dos Principais Insumos Adquiridos pelo APL dos Bordados no estado do Rio Grande do Norte (2009) Quadro 9 - Destino da Produção do APL de Bordados do Rio Grande do Norte LISTA DE TABELAS Tabela Composição do VAB do estado do Rio Grande do Norte Tabela Fluxo de comércio do estado do Rio Grande do Norte Tabela Fluxo de comércio interestadual do estado do Rio Grande do Norte por tipo de atividade Tabela Fluxo das entradas, por estado, das principais atividades econômicas e dos APLs do Rio Grande do Norte

6 Tabela Fluxo das saídas, por estado, das principais atividades econômicas e dos APLs do Rio Grande do Norte Tabela Saldo das transações, por estado, das principais atividades econômicas e APLs do Rio Grande do Norte Tabela Balança comercial internacional das transações do Rio Grande do Norte segundo suas principais atividades econômicas Tabela Balança Comercial Total das transações do Rio Grande do Norte segundo suas principais atividades Tabela Resumo da participação do APL têxtil/confecções nos fluxos de comércio do Rio Grande do Norte Tabela Expansão da Carcinicultura no Brasil e Rio Grande do Norte nos anos de 2001 a Tabela Resumo da participação do APL da carcinicultura nos fluxos de comércio do Rio Grande do Norte Tabela Valor bruto da produção da fruticultura e participação relativa no VBP agrícola no estado do Rio Grande do Norte de 1985 a Tabela Resumo da participação do APL da fruticultura nos fluxos de comércio do Rio Grande do Norte Tabela Rio Grande do Norte: produção de mel ( ) Tabela Rio Grande do Norte: exportação de mel em Kg e em valor US$ FOB ( ) Tabela Principais Países Produtores: área colhida, produção e rendimento de mandioca ano de Tabela Cultura da Mandioca no Nordeste: área plantada, produção, rendimento e valor da produção ano de Tabela Rio Grande do Norte: cultura da mandioca e os indicadores sociais na área de estudo Tabela Rio Grande do Norte: mão-de-obra na cultura de mandioca na área de estudo Tabela Rio Grande do Norte: evolução dos rebanhos caprino e ovino ( ) Tabela Usinas de beneficiamento de leite caprino no Rio Grande do Norte segundo a localização e a capacidade utilizada Tabela Origem dos principais insumos utilizados no APL da ovinocaprinocultura no estado do Rio Grande do Norte

7 Tabela Despesa média com os principais insumos utilizados no APL da ovinocaprinocultura no estado do Rio Grande do Norte Tabela Destino dos principais produtos e subprodutos do APL da ovinocaprinocultura no estado do Rio Grande do Norte Tabela Origem dos principais insumos utilizados na bovinocultura do Rio Grande do Norte Tabela Despesa anual com os principais insumos utilizados na bovinocultura do Rio Grande do Norte Tabela Destino dos principais produtos da bovinocultura do Rio Grande do Norte Tabela Receita bruta diária, mensal e anual dos produtores de leite do Rio Grande do Norte Tabela Relação das usinas de beneficiamento de leite no estado do Rio Grande do Norte segundo a localização Tabela Origem dos principais insumos utilizados na indústria de laticínios do Rio Grande do Norte Tabela Despesa anual com os principais insumos utilizados na indústria de lacticínios do Rio Grande do Norte Tabela Destino dos principais produtos da na indústria de lacticínios do Rio Grande do Norte Tabela Principais produtos do APL de flores e plantas ornamentais do Rio Grande do Norte Tabela Origem dos principais insumos utilizados no APL das flores e plantas ornamentais do Rio Grande do Norte Tabela Despesa anual com os principais insumos utilizados no APL das flores e plantas ornamentais do Rio Grande do Norte Tabela Destino dos principais produtos do APL de flores e plantas ornamentais do Rio Grande do Norte

8 8 INTRODUÇÃO Este relatório de pesquisa tem por finalidade atender aos objetivos do Termo de Referência para o Produto 4 do contrato BNDES/FUNPEC, cujo objetivo é a elaboração e a análise do balanço de pagamentos do estado do Rio Grande do Norte no ano de 2006, avaliando a importância dos APLs identificados e apoiados nos fluxos de comércio estadual. Para atingir esse objetivo e observando as especificações do referido Termo, o trabalho está dividido em três capítulos. No primeiro, trata-se da estrutura econômica do Rio Grande do Norte e da importância relativa dos APLs identificados e apoiados para a economia do estado. Para tanto, examina-se o comportamento recente da economia potiguar, comparando seu crescimento com o do país e da região e caracterizando sua estrutura econômica a partir das suas atividades. Também se estabelece a distribuição espacial da produção, enfatizando o grau de concentração da riqueza como forma de realçar a importância dos APLs que têm suas bases nos menores municípios do estado. No segundo capítulo elabora-se a balança comercial a partir da análise das relações comerciais interestaduais e internacionais, para compor a síntese das relações comerciais globais do estado. Para tanto foram examinados os valores das aquisições potiguares nos demais estados e suas vendas para as demais unidades da federação e estabelecido o saldo dessas transações, tanto agregadamente quanto por grupos de atividade econômica. Para compor o quadro mais amplo se estabeleceu o fluxo de entradas e saídas por atividade e por estado e, finalmente, o saldo dessas relações, destacando-se as atividades dos principais APLs. Procedimento semelhante foi adotado em relação às relações comerciais locais com o resto do mundo. Na análise dessas relações manteve-se o foco nas principais atividades econômicas e aquelas que envolviam os APLs identificados e apoiados, quando possível. No último capítulo é analisada a participação dos APLs mais representativos, divididos em três categorias, segundo seu grau de formalização. No caso dos APLS formalizados, apresenta-se um resumo de sua importância e destaca-se seu peso nos fluxos de comércio potiguar. Nos demais, utilizou-se pesquisa direta através da qual se procurou estabelecer a importância econômica e social dessas atividades. No último item são apresentadas as considerações finais nas quais são destacadas as principais conclusões do trabalho.

9 9 1. ESTRUTURA ECONÔMICA DO RN E IMPORTÂNCIA DOS APLS O processo de crescimento recente foi acompanhado por significativas alterações na estrutura produtiva do Rio Grande do Norte. O atual perfil econômico explica em parte os resultados dos fluxos de comércio interestadual e internacional. A concentração na produção da riqueza, por sua vez, ratifica a importância dos APLs identificados e apoiados, especialmente aqueles localizados nas regiões mais deprimidas do território potiguar Características socioeconômicas do estado O estado do Rio Grande do Norte possui um território de ,791 km 2, o que corresponde a 0,62% do território nacional e 3,41% do nordestino. Sua extensão supera somente os estados de Alagoas e Sergipe no Nordeste, sendo que em cerca de 60% do seu território predomina o clima semi-árido (IDEMA, 2002). A contagem da população realizada pelo IBGE em 2007 somou habitantes, correspondendo a 5,85% da população nordestina e 1,64% da brasileira. Residiam em zonas urbanas 73,3% dos potiguares, verificando-se elevado grau de concentração na distribuição entre seus 167 municípios: os dez municípios maiores agregam 52,36% da população total, sendo que indivíduos (25,69% do total) residem na capital; por outro lado, 103 municípios possuem menos de dez mil habitantes e, dentre esses, 51 têm menos de cinco mil residentes (IBGE, 2008). A economia potiguar apresentou desempenho bastante satisfatório entre 1985 e 2006: a taxa geométrica de crescimento da economia local (3,45% aa) foi maior que a brasileira (2,93% aa) e a nordestina (2,58% aa) entre esses anos 1. Considerando o intervalo entre 1996 e 2000, os resultados foram ainda mais favoráveis, com taxas de 5,02% aa, 2,12% aa e 1,96% aa, respectivamente. No período de 2001 a 2006, apesar da diferença ter diminuído, a economia norte-rio-grandense (5,92% aa) continuou crescendo mais que a nacional (4,75% aa) e a regional (4,76% aa). O PIB do Rio Grande do Norte cresceu 4,8% neste último ano, superando a média brasileira (4,0%) e atingindo R$ milhões. Esse valor corresponde a 0,87% do PIB nacional, classificando o estado em 18º lugar entre as demais unidades da federação e na 5ª 1 Calculado a partir do PIB a preços de mercado constantes de Dados disponíveis em

10 colocação no contexto nordestino. Seu PIB per-capita alcançou R$ 6.754, ficando 12,01% acima da média regional (R$ 6.029), mas representando apenas 53,23% da média nacional (R$ ). Esse valor coloca o estado na 3ª posição entre os estados nordestinos e em 22ª entre as demais unidades da federação (IBGE, 2008a). A análise da estrutura econômica do Rio Grande do Norte revela que o estado depende fortemente dos gastos públicos, uma vez que a participação da administração, saúde e educação públicas e seguridade social (APU) atingiram 25,81% do valor agregado bruto (VAB) em 2006 (Tab. 1.1), mais que o dobro da registrada pela segunda atividade mais importante (comércio com 12,73%). Entre as atividades industriais, a indústria extrativa mineral (10,17%) tem a contribuição mais significativa, seguida da indústria de transformação (6,97%), construção civil (5,78%) e produção e distribuição de energia elétrica, gás, água e saneamento básico - SIUP - (2,56%). No setor primário, a pecuária e pesca (3,50%) suplantaram a importância da agricultura (2,86%), enquanto entre os demais serviços destacaram-se as atividades imobiliárias (8,29%), transporte, armazenagem e correio (3,73%), intermediação financeira (3,68%), serviços de informação (3,05%), serviços prestados às empresas (3,00%) e alojamento e alimentação (2,50%). Tabela Composição do VAB do estado do Rio Grande do Norte VA PART.% ATIVIDADES (R$ MILHÃO) NO VA TOTAL AGRICULTURA, SILVICULTURA E EXPL. FLORESTAL 517 2,86 PECUÁRIA E PESCA 631 3,50 INDÚSTRIA EXTRATIVA MINERAL ,17 INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO ,97 CONSTRUÇÃO CIVIL ,78 PROD. E DISTR. DE ELETRICIDADE, GÁS, ÁGUA, ESGOTO E LIMP.URBANA 462 2,56 COMÉRCIO E SERVIÇOS DE MANUT. E REPARAÇÃO ,73 SERVIÇO DE ALOJAMENTO E ALIMENTAÇÃO 450 2,50 TRANSPORTES, ARMAZENAGEM E CORREIO 674 3,73 SERVIÇOS DE INFORMAÇÃO 550 3,05 INTERM. FINANCEIRA, SEGUROS E PREV. COMPL ,68 SERVIÇOS PRESTADOS ÀS FAMÍLIAS E ASSOC ,97 SERVIÇOS PRESTADOS ÀS EMPRESAS 541 3,00 ATIVIDADES IMOBILIÁRIAS E ALUGUEL ,29 ADMINISTRAÇAO, SAÚDE E EDUCAÇÃO PÚBLICAS ,81 SAÚDE E EDUCAÇÃO MERCANTIS 359 1,99 SERVIÇOS DOMÉSTICOS 254 1,41 VALOR ADICIONADO TOTAL Fonte: IBGE/DCN/

11 Mudanças recentes na composição da produção Nos últimos trinta anos a economia norte-rio-grandense passou por profundas alterações na composição da produção dos diferentes setores, com reflexos na sua estrutura e na distribuição espacial da produção. A mais importante ocorreu na agricultura, com o virtual desaparecimento da produção de algodão, historicamente a principal atividade agrícola do estado. A decadência dessa lavoura começou em meados da década de 1970, acentuando-se na década de 1980 e passando a ter uma participação marginal no valor da produção e na ocupação da área plantada a partir da década seguinte. Em meados dos anos 1980, cresce o peso da produção de frutas, com a expansão e a diversificação das culturas, fazendo com que sua participação no valor da produção agrícola aumentasse gradativamente e hoje corresponda a mais de 50,00% do seu valor bruto. O valor da produção agrícola, entretanto, não atinge os montantes alcançados no período áureo da produção algodoeira, refletindo-se no pequeno peso que essas atividades têm na formação do PIB do estado nos últimos anos. Na pecuária a recuperação e melhoria da qualidade dos rebanhos bovinos, a expansão dos rebanhos ovinos e caprinos e de galináceos e o crescimento da produção dos produtos derivados da pecuária foram acompanhados pela introdução e expansão da carcinicultura. Impulsionada no final dos anos 1990, seu crescimento foi explosivo até 2004, quando problemas comerciais com importadores, incidência de enfermidades e, mais recentemente, a valorização do real, resultou na diminuição do ritmo de expansão e no redirecionamento da produção para o mercado interno. Apesar disso, o estado mantém-se como o maior produtor e exportador nacional de camarão. Na atividade pesqueira, o Rio Grande do Norte também é o maior exportador nacional de atuns e outras espécies capturadas em alto mar. Entre as atividades industriais, a principal alteração aconteceu na indústria extrativa. Ocorrem no estado diversos elementos minerais como o calcário, caulim, feldspato, pegmatitos, entre muitos outros. Entretanto, a produção de tungstênio e a extração de sal marinho eram as duas atividades principais desse setor até o início da década de O estado era o principal produtor nacional de schellita, cuja extração foi interrompida ao longo daquela década. Quase que ao mesmo tempo, ocorreu o crescimento das atividades relacionadas à exploração de petróleo e gás, as quais mais que compensaram, em todos os aspectos, a interrupção da produção de tungstênio. Mais recentemente, a exploração e exportação de ferro diversificaram a produção e a pauta de exportação da indústria. Aliada à retomada da produção de tungstênio essa nova atividade contribuiu para elevar o peso da indústria extrativa na composição do PIB estadual.

12 A indústria de transformação, embora continue baseada na produção de bens de consumo, sofreu modificação importante na estrutura de capital das empresas. Os grupos locais, instalados durante a década de 1970 não resistiram à crise econômica dos anos 1980, sendo substituídos principalmente por grupos nacionais e regionais. Com matrizes localizadas nos estados do sudeste, as empresas têm unidades espalhadas por diversos estados do Nordeste e em outras regiões do país. Além disso, a expansão das atividades relacionadas à produção e processamento do petróleo e gás induziu a diversificação industrial e a atração de empresas prestadoras de serviços industriais. Nas atividades comerciais ocorreu fenômeno semelhante ao observado na indústria de transformação. Na área do comércio varejista de alimentos, somente uma rede de supermercados local sobreviveu aos anos Atualmente, todas as grandes redes de distribuição estão presentes em Natal, que concentra mais de 70% do comércio do estado. No comércio varejista de eletrodomésticos, as redes locais também sucumbiram, sendo substituídas por grupos regionais, cujas matrizes estão localizadas nos estados vizinhos. Nas outras atividades de serviços, a expansão do turismo tem tido reflexos em uma ampla gama de atividades, extrapolando aquelas que lhe são normalmente associadas. A construção civil é uma delas, através de investimentos estrangeiros na construção de equipamentos turísticos e na compra de imóveis, afetando com isso os serviços imobiliários e financeiros a ela associados. Apesar das mudanças estruturais observadas o sistema produtivo do estado continua dependente dos recursos naturais existentes em seu território, das quais resulta a produção de commodities destinadas aos mercados locais e internacional. As atividades mais dinâmicas da agricultura, da indústria extrativa exceção feita aos derivados de petróleo e gás - e parte dos produtos industrializados, apresentam baixo valor agregado e pouca diferenciação. Com isso a economia fica fragilizada diante de determinantes macroeconômicos como as taxas de juro e de câmbio, que determinam a remuneração dos produtores, especialmente da produção voltada para o mercado externo. O perfil traçado acima constitui uma referência para o padrão revelado pelos fluxos de comércio do estado. As relações com as demais unidades da federação são marcadas, no setor industrial, pelas transações intra-empresas, uma vez que as principais mercadorias transacionadas são de produtos intermediários. No comércio, as redes regionais, além dos centros de distribuição localizados em alguns dos estados vizinhos, também se revelam nos resultados encontrados. Na agropecuária, as transações interestaduais da fruticultura se destacam o mesmo ocorrendo com a carcinicultura entre as atividades da pecuária e pesca. No 12

13 comércio internacional a inserção potiguar ocorre através da exportação de produtos agropecuários, especialmente frutas in natura, camarão e peixes e suas importações são marcadas pelas compras de máquinas, equipamentos e peças para o setor têxtil e do petróleo, produtos químicos e outros insumos para a indústria e a agricultura Distribuição espacial da produção Uma conseqüência do processo de transformação da economia local foi o deslocamento da distribuição espacial da produção da riqueza e o conseqüente aumento da sua concentração. Um resumo dos resultados, relacionando a participação dos municípios no PIB, suas áreas e populações está no quadro 1. A contribuição agregada para o PIB estadual dos 139 municípios que integram as faixas de 1 a 3 do quadro era de apenas 20,36%. A participação individual variava entre 0,039% e 0,492% do PIB e o PIB per capita anual médio dessas unidades ficava entre R$ e R$ 2.440, o que correspondia a 43,18% e 60,87%, respectivamente, da média potiguar. Entretanto, eles abrigavam 35,56% da população em 2007 e ocupam 65,95% da área do estado. FAIXAS PARTICIPAÇÃO NO PIB % LIMITE INF. SUP. DO GRUPO ACUMU- LADA PIB PER CAPITA (R$) N O DE MUNICI- PIOS MÉDIA POPUL. (N O HAB.) PART. NO TOTAL DA POP. % ÁREA MÉDIA (KM 2 ) PART. ÁREA (%) 1 0,039 0,098 3,95 3, , ,62 2 0,100 0,194 6,98 10, , ,59 3 0,201 0,492 9,43 20, , ,74 4 0,502 0,913 9,74 30, , ,01 5 1,037 1,609 6,32 36, , ,37 6 2,010 2,923 12,06 48, , ,05 7 5,884 5,88 54, , , ,619 10,62 65, , , ,011 35,01 100, , ,32 Fonte: CONAC/DPE/PIB Contagem da População 2007/IBGE. Elaboração Própria Quadro 1 - Distribuição do PIB, população e área entre os municípios do RN A quarta faixa concentra 15 municípios, com população média acima de vinte mil habitantes e cuja área média é 74% maior que a da faixa três, fazendo com que ocupem 17,01% do total do estado. A contribuição desse grupo para o PIB potiguar varia entre 0,5% e 1,0% e sua participação agregada (9,74%) é praticamente a mesma que a observada no grupo anterior, que abrange mais que o dobro de municípios. Sua maior densidade populacional torna o PIB per capita anual médio do grupo (R$ 3.140) igual a 78,32% da média estadual.

14 Na quinta faixa estão cinco municípios cuja população os caracteriza como de porte médio para os padrões norte-rio-grandenses, concentrando 7,44% da população. A área média do grupo correspondendo a 8,37% da área estadual. As respectivas participações no PIB ficam entre 1,00% e 1,61%, com a participação agregada alcançando 6,34% e o PIB per capita médio representando 75,32% da média estadual. A sexta faixa também comporta cinco municípios com população média semelhante à da faixa anterior, porém ocupando área muito menor e com peso relativo no PIB entre 2% e 3%. A contribuição agregada para o produto interno é quase o dobro dos cinco municípios representados na quinta faixa e seu PIB per capita ultrapassa em 57,96% a média estadual. Dos cinco municípios, dois estão localizados na região metropolitana de Natal (São Gonçalo do Amarante e Macaíba) e os outros três pertencem à Zona Litoral Norte (Areia Branca, Macau e Guamaré). Nas três últimas faixas estão os maiores municípios potiguares. Parnamirim, o terceiro mais populoso, concentrava 5,88% do PIB estadual, em 0,52% de sua área. Apesar de sua contribuição para formação do PIB ser elevada, a alta densidade populacional faz com que o seu PIB per capita corresponda a 91,01% da média estadual. Mossoró é o município mais extenso abarcando 3,95% da área total do estado. Sua população só é menor que a da capital (7,78% do total) assim como sua participação no PIB (10,62%) o que torna seu PIB por habitante 21,03% maior que a média potiguar. Finalmente, a capital do estado abriga um quarto da população, responde por 35,01% do PIB em apenas 0,32% do território. Seu PIB per capita, entretanto, é menor que o de Mossoró, ultrapassando em 20,81% a média estadual. Assim, esses três municípios concentram 52,52% do PIB estadual, 39,19% da população em apenas 4,77% de sua área. Mais do que a concentração espacial do PIB, deve-se atentar para sua composição, uma vez que os gastos da administração pública correspondem a parte significativa do seu valor, assim como o consumo de energia elétrica, água e os gastos com telecomunicações 2. A figura 1 mostra que os menores municípios, com participação abaixo de 0,5% no PIB, distribuem-se por todas as regiões. A Zona Litoral Norte e o oeste concentram número relativamente maior de municípios com participação acima de 1,00%. Neles concentram-se as principais atividades da fruticultura, da exploração, produção e refino de petróleo e gás e da carcinicultura Em 2006, em 57 municípios as despesas do governo (APU) representavam entre 61% e 50% do PIB; em 48 deles esse peso ficava entre 49% e 40%. As despesas com os serviços industriais de utilidade pública (SIUP) são computados na categoria indústria na estimativa do PIB enquanto os de telecomunicações são contabilizados nos serviços.

15 Figura 1 - Distribuição do PIB entre os municípios do Rio Grande do Norte

16 Considerando as atividades mais dinâmicas da economia potiguar e os investimentos previstos, especialmente os relacionados às atividades de exploração e refino de petróleo e gás, a concentração da distribuição espacial da produção deverá se acentuar nos próximos anos. Com isso, a importância da implementação e expansão de atividades que geram ocupação e renda nas demais regiões do estado assumem importância ainda maior A importância dos APLs na economia estadual A importância dos APLs identificados e apoiados para a economia estadual, dada sua diversidade e níveis de organização e formalização, transcende os aspectos meramente econômicos. As atividades da cadeia produtiva do petróleo, gás e energia é o que apresenta, sem dúvida, o maior significado do ponto de vista econômico. Segundo a Pesquisa Industrial Anual por Empresa (PIA-Empresa) de 2007 o valor da transformação industrial (VTI) da indústria extrativa (R$ mil) correspondia a 52,6% do VTI industrial agregado, sendo que deste total R$ mil foram obtidos nas atividades na extração de petróleo e serviços relacionados. A indução à adoção de inovações em processos e organizacional adotado no desenvolvimento de fornecedores locais também se reflete no aumento da eficiência dos prestadores de serviços às empresas líderes nas atividades de prospecção, exploração e refino de petróleo. Com isso, eleva-se a aquisição local de mercadorias e serviços, ampliando o efeito multiplicador na economia interna. Os APLs da indústria de transformação identificados e apoiados cerâmica estrutural da região do Apodi-Assu, telha cerâmica do Seridó, tecelagem do Seridó, água mineral da grande Natal e de móveis de Natal e sua região metropolitana -, embora formalizadas, têm impacto menor. Os três primeiros, entretanto, têm importância local significativa, pois estão distribuídos em municípios com participação decrescente na composição do PIB estadual. Os APLs relacionados às atividades agropecuárias têm diferentes graus de organização e formalização, como é o caso da bovinocultura de leite e de corte e a caprinocultura. As atividades da apicultura têm características específicas tanto na organização da produção quanto na forma de comercialização de seus produtos. Finalmente, há APLs cujo grau de formalização, do ponto de vista do registro do emprego e do rendimento, é ainda mais precário, embora sejam importantes na geração de ocupação e renda nos municípios em que estão localizados ou representem a introdução de novas atividades econômicas no estado. Esses são os casos dos APLs de bordados do Seridó e da produção de flores. As atividades mais expressivas, do ponto de vista da geração de produto e emprego serão analisados no capitulo 3 do presente relatório.

17 17 2. A BALANÇA COMERCIAL DO ESTADO A Balança Comercial de um estado (BCE) compreende suas operações de compra e venda de bens e serviços com os outros estados da federação (OE) e com o resto do mundo (RM). Esquematicamente pode ser representada por: ET = E OE + M RM ST = V OE + X RM SBC E = ST ET Onde: ET = Entradas Totais, corresponde à soma das compras de B&S de outros estados (E OE ) e às importações do resto do mundo (M RM ); ST = Saídas Totais corresponde à soma das vendas de B&S para outros estados (V OE ) e às exportações para o resto do mundo (X RM ). SBCE = Saldo da balança comercial do Estado, que será positivo caso ST > ET. Como as fontes de informação para os fluxos de comércio interestadual e internacional são distintas, assim como os graus de desagregação e o tratamento estatístico dos dados, a BC será tratada em três etapas. Primeiramente serão examinados os fluxos de comércio interestaduais, posteriormente as relações comerciais internacionais e, finalmente, serão agregados para se obter o resultado global das relações comerciais do estado. Em cada uma dessas etapas são destacadas as principais atividades produtivas nos fluxos de comércio e a participação dos APLs identificados e apoiados nesses fluxos, quando possível Fluxos de comércio Fluxos de comércio interestaduais As informações prestadas pelos contribuintes à Secretaria de Estado da Tributação (SET) são as principais fontes para a análise do fluxo de comércio interestadual. Entre as diferentes fontes disponíveis, há três em que são declarados ou captados dados sobre suas transações interestaduais 3 : I) A Guia de Informação das Operações e Prestações Interestaduais (GI/ICMS), que possui, entre outras, informações sobre o valor contábil, isto é, do valor das compras e vendas do contribuinte, assim como das respectivas origens e destinos; 3 Dos dados cadastrais dos contribuintes constam a identificação da empresa, seu endereço e ramo de atividade, segundo a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), versão 2.0.

18 II) A Guia de Informação Mensal (GIM), que contém informações sobre as operações intraestadual e interestaduais realizadas pelos contribuintes, sendo que estas últimas são agregadas, não discriminando a origem das compras e o destino das vendas de mercadorias e serviços. Nela também são registradas as importações e exportações realizadas com o resto do mundo; III) A terceira fonte é constituída pela captação das entradas e saída (DETNOT), através do registro das notas fiscais nos postos de fiscalização nas divisas do estado. A GI/ICMS foi criada especificamente para captar as informações sobre o fluxo de comércio interestadual. Entretanto, a análise dos dados revelou alto grau de inconsistência, especialmente nas vendas informadas pelas empresas locais 4. A GIM, por sua vez, não explicita o estado de origem e o de destino das mercadorias. Finalmente, a captação das informações pelo DETNOT apresenta o inconveniente de somente registrar a movimentação de mercadorias realizadas por vias terrestres e nas rotas em que há postos de fiscalização 5. A comparação dos valores das entradas e saídas constantes nessas três fontes revelou que os registrados através da GIM eram os mais elevados. As entradas somaram cerca de R$ 10,9 bilhões e as saídas R$ 6,9 bilhões. Os valores registrados pela GI foram menores nas compras (-18,73%) relativamente às registradas na GIM, mas principalmente nas saídas (-94,79%). O sistema de fronteiras, por sua vez, registrou pequena diferença nas entradas (-5,02%) e, maior, nas saídas (- 34,85%), quando comparadas à primeira fonte. Entretanto, somando-se às informações desta última fonte os registros referentes às atividades relativas ao petróleo e gás obtidas através da GIM, a diferença nas entradas passa a ser positiva (9,24%) e reduzida a -21,88% nas saídas 6. Dada a deficiência incontornável apresentada pela GIM no que diz respeito à origem e destino das transações e a sub-notificação das saídas registradas na GI, optou-se por utilizar os dados do sistema de divisas. Os dados foram agregados nos seguintes níveis: a) O movimento de entrada e saída no Estado foi classificado por tipo de atividade segundo a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE 2.0) e estado de origem e destino; b) Os dados básicos foram organizados pelo valor absoluto das transações de entrada e saída, pelos respectivos estados de origem e destino e agregados pela atividade ao nível de grupo (três dígitos da CNAE 2.0); 18 4 O número de declarantes das saídas correspondia somente a 40% dos que declararam entradas interestaduais. 5 Equívocos na classificação das empresas ou mudança na natureza de suas atividades, não acompanhadas de alteração no cadastro e reclassificação da CNAE é dificuldade comum a todas as fontes. Entretanto, esses casos não afetam os resultados de forma significativa. 6 Essas diferenças são semelhantes às encontradas pesquisa realizada com dados de 2005 (Garcia, 2006), quando foram registradas -4,11% nas entradas e de +30,95% nas saídas. As informações sobre as transações da indústria petrolífera não são captadas corretamente pela fonte de dados utilizadas devido ao fato de que grande parte de seus produtos é transportada através de dutos ou por via marítima.

19 c) O saldo do comércio interestadual foi obtido pela subtração do valor das entradas em relação às saídas, por atividade econômica e por estados. Dos valores correspondentes ao total das entradas e das saídas foram excluídos: aqueles que eram evidentemente incoerentes, os que não especificavam o estado de origem ou de destino, os que se referiam às operações internas ao estado e os valores correspondentes ao comércio internacional. Os resultados obtidos mostram que a soma das entradas de mercadorias no Rio Grande do Norte em 2006 atingiu R$ milhões, enquanto as saídas chegaram a R$ milhões, gerando um déficit de R$ milhões (Tabela 2.1) 7. A diferença entre a participação das entradas e saídas no fluxo total do comércio revela que o Estado é importador líquido, constituindo-se em mercado para os fornecedores de outros estados nos diferentes setores econômicos 8. Há um alto grau de concentração nos fluxos de entrada e saída. As regiões Nordeste (46,01%) e Sudeste (38,42%) são as principais fornecedoras do Rio Grande do Norte, seguidas pelo Sul (8,30%), Centro-Oeste (3,55%) e Norte (3,72%). Cerca de 63,00% do total das compras estão concentradas em cinco estados: São Paulo é o principal fornecedor, sendo responsável por 26,80% das compras, seguido por quatro estados nordestinos: Pernambuco (18,53%), Ceará (10,57%), Paraíba (8,09%) e Bahia (5,49%). A produção estadual é endereçada principalmente para o Nordeste (53,07%), seguido do Sudeste (36,55%), Sul (4,33%), Norte (4,36%) e Centro-Oeste (2,73%). São Paulo é o principal destino da produção local (26,72%), seguido de Pernambuco (16,09%), Ceará (14,00%), Paraíba (9,45%) e Bahia (5,21%). O saldo negativo da balança comercial (R$ mil) foi registrado principalmente no comércio com São Paulo (R$ mil), Pernambuco (R$ mil), Ceará (R$ mil), Minas Gerais (R$ mil), Paraíba (R$ mil) e Bahia (R$ mil). Agregados, concentraram mais de 75% do total do déficit. Os pequenos saldos positivos nas relações comerciais internas com cinco estados concentramse na região Norte Rondônia (R$ mil), Acre (R$ mil) Roraima (R$ mil) e Amapá (R$ mil) -, e com o Piauí (R$ mil) e Sergipe (R$ mil) no Nordeste No trabalho de Garcia (2006), a soma das entradas de mercadorias no Rio Grande do Norte atingiu R$ 9,32 bilhões, enquanto as saídas chegaram a R$ 3,89 bilhões, gerando um déficit de R$ 5,43 bilhões. O grau de concentração nas regiões e estados captados aqui repetem o comportamento verificado no referido estudo. 8 A inclusão das atividades relativas à extração, produção de petróleo e gás e seus derivados modificaria significativamente o resultado, uma vez as compras aumentariam cerca de R$ 592 milhões e as saídas R$ 2,970 bilhões, reduzindo o déficit estadual para R$ 3,914 bilhões.

20 Tabela Fluxo de comércio do estado do Rio Grande do Norte 2006 ESTADOS ENTRADAS (R$ MIL) (E) PART. NO TOTAL DAS ENTRADAS (%) SAÍDAS (R$ MIL) (S) PART. SAÍDAS (%) SALDO (R$ MIL) (S-E) 20 PART. SALDO (%) NORTE , , ,01 RO 864 0, , ,13 AC 13 0, , ,03 AM , , ,28 RR 83 0, , ,03 PA , , ,36 AP 127 0, , ,06 TO , , ,61 NORDESTE , , ,39 MA , , ,12 PI , , ,61 CE , , ,32 PB , , ,19 PE , , ,12 AL , , ,67 SE , , ,10 BA , , ,68 SUDESTE , , ,65 MG , , ,32 ES , , ,67 RJ , , ,81 SP , , ,86 SUL , , ,87 PR , , ,58 SC , , ,93 RS , , ,36 CENTRO-OESTE , , ,09 MS , , ,11 MT , , ,76 GO , , ,84 DF , , ,38 BRASIL , , ,00 Fonte: SET/DETNOT. Elaboração própria A composição das entradas agregadas por grupos de atividades revela que o comércio, isoladamente, respondeu por 62,63% das compras do estado (Tab. 2.2) 9. Observa-se que as demais atividades de serviços são pouco significativas, uma vez que o objeto de suas transações são intangíveis e, portanto, não captados completamente pela base de dados utilizada. 9 Aqui deve ser esclarecido um aspecto importante sobre a natureza dos dados utilizados: nas atividades de comércio estão classificadas tanto aquelas destinadas ao consumidor final através do comércio atacadista e varejista de bens de consumo (durável ou não) quanto as que comercializam insumos para as demais atividades econômicas. Por exemplo, a compra de insumos para as atividades agropecuárias podem ser realizadas diretamente pela empresa - e assim ficará registrada como uma entrada dessa atividade -, ou por um comerciante local. A venda para a empresa agropecuária não será registrada como entrada na agropecuária posto que é uma transação interna.

21 Tabela Fluxo de comércio interestadual do estado do Rio Grande do Norte por tipo de atividade 2006 SETORES E ATIVIDADES AGRICULTURA, PECUÁRIA, PROD. FLORESTAL, PESCA E AQÜICULTURA ENTRADAS (R$ MIL) (E) PART. NAS ENTRADAS (%) SAÍDAS (R$ MIL (S) PART. NAS SAÍDAS (%) SALDO (R$ MIL (S-E) 21 PART. SALDO (%) , , ,12 INDÚSTRIA EXTRATIVA , , ,89 INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO , , ,82 ELETRICIDADE E GÁS , , ,86 ÁGUA, ESGOTO, ATIV. DE GESTÃO DE RESÍDUOS E DESCONTAMINAÇÃO , , ,40 CONSTRUÇÃO , , ,69 COMÉRCIO; REP. DE VEÍC. AUTOMOTORES E MOTOC. TRANSPORTE, ARMAZENAGEM E CORREIO , , , , , ,74 ALOJAMENTO E ALIMENTAÇÃO , , ,60 INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO , , ,50 ATIV. FINANCEIRAS, DE SEGUROS E SERV. RELAC ,00 0,00 0, ,00 ATIV. IMOBILIÁRIAS 640 0,01 6 0, ,01 ATIV. PROFISSIONAIS, CIENT. E TÉCNICO , , ,24 ATIV. ADMINISTRATIVAS. E SERV. COMPLEMENTARES , , ,28 ADM. PÚBLICA, DEFESA E SEGURIDADE SOCIAL 669 0,01 0 0, ,01 EDUCAÇÃO , , ,02 SAÚDE HUMANA E SERV. SOCIAIS , , ,06 ARTES, CULT, ESPORTE E RECR , , ,02 OUTRAS ATIV. DE SERVIÇOS , , ,13 NÃO IDENTIFICADOS , , ,20 TOTAL GERAL , , ,00 Fonte: SET/DETNOT. Elaboração própria As atividades industriais, agregadamente, responderam por mais de 31% do total das entradas em 2006, sendo que a indústria de transformação (18,77%) foi a mais significativa, seguida da indústria extrativa (6,04%), do SIUP (3,67%) e da construção civil (2,60%). Finalmente, a agropecuária respondeu por pequena parte do total das entradas (1,72%). A indústria respondeu por 73,15% das vendas potiguares para outros estados em 2006, sendo que a indústria de transformação foi responsável 57,95% do total, seguida da indústria extrativa mineral (13,91%). Os outros dois grupos, pela própria natureza de suas atividades, registraram um pequeno volume de saídas. O comércio respondeu por 22,19% das vendas totais. Finalmente, o setor agropecuário, com 2,64%, completou o total das saídas.

22 O saldo das transações comerciais por vias internas revela que somente a indústria de transformação (R$ mil) apresentou resultado positivo. O comércio respondeu por 89,05% do déficit, seguido do SIUP (6,26%), da construção (3,69%), da agropecuária (1,12%) e da indústria extrativa mineral (0,89%) Fluxos de comércio interestaduais por atividades econômicas Restringindo os fluxos de comércio às atividades da agropecuária, produção florestal, aqüicultura e pesca, à indústria extrativa mineral e de transformação e às atividades do comércio, o valor total das compras estaduais passa a ser de R$ mil, das vendas R$ mil e o saldo negativo R$ mil. A exclusão das demais atividades não altera a relação dos principais parceiros comerciais interestaduais do Rio Grande do Norte e o grau de concentração, uma vez que seus sete principais parceiros concentram 78,82% do total das compras e 80,00% das vendas ao estado. São Paulo concentrava 24,87% das entradas e 26,99% das saídas, seguido por Pernambuco (19,14% e 15,74%, respectivamente), Ceará (10,44% e 14,05%), Paraíba (8,62% e 9,61%), Bahia (5,84% e 5,22%), Minas Gerais (5,82% e 4,00%) e, finalmente, entre os mais expressivos, o Rio de Janeiro com participação em 4,09% das entradas e 4,39% das vendas potiguares. Do total das compras norte-rio-grandenses 69,88% destinaram-se ao comércio, 27,03% à indústria e apenas 2,29% à agropecuária e pesca. As vendas, por sua vez, tiveram na indústria (74,32%) a principal fonte, seguida do comércio (22,95%) e da agropecuária e pesca (2,73%) Fluxos das entradas no Rio Grande do Norte A análise da composição dos fluxos comerciais interestaduais sugere os graus de complementaridade e integração entre suas economias 10. Seguindo a ordem de importância relativa nas relações interestaduais (Tab. 2.3), verifica-se que as vendas de São Paulo, no total de R$ mil, se distribuíram entre o comércio (71,68% do total), a indústria (26,72%) e a agropecuária (1,60%). A participação do estado no atendimento à demanda dos setores econômicos potiguares foi de 17,33% na agropecuária, 23,89% na indústria e 25,51% no comércio. As compras das empresas do setor agropecuário, de pesca e aqüicultura das empresas paulistas, incluindo aquelas realizadas através do comércio de produtos para essas atividades, tiveram como 10 Nas tabelas correspondentes aos fluxos de entrada e saídas as atividades de impressão e reprodução de gravações, fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos, metalurgia, fabricação de veículos automotores, reboques, fabricação de outros equipamentos de transporte, fabricação de equipamentos de informática, etc, fabricação de máquinas e aparelhos elétricos e fabricação de produtos de madeira foram agregados em outras atividades industriais. Também foram suprimidos os estados cujos valores de vendas para Rio Grande do Norte foram inferiores a R$ 10 milhões (Acre, Roraima e Rondônia) em 2006.

23 principal destino a agricultura (68,79% do total), especialmente as lavouras temporárias (45,03%) e, entre elas, a cultura de melão (20,89%) 11. As lavouras permanentes foram destino de 18,71% das entradas, dos quais a de banana respondeu por 14,87%. As atividades da pecuária demandaram 19,85% do total destinado ao setor e as empresas de aqüicultura e pesca responderam por 11,19%, concentrada principalmente na carcinicultura (9,63%). As empresas de extração de petróleo e gás foram responsáveis por 29,92% do total das aquisições da indústria local junto às empresas de São Paulo, concentrada principalmente nas atividades de extração de petróleo e gás e nos serviços relacionados (26,28%). A indústria de transformação, complementarmente, respondeu por 74,07% sendo que a fabricação local de produtos têxteis, com 20,10% do total, foi o principal destino das mercadorias, sobressaindo a fabricação de linhas de costura e de bordar, a fabricação de outros produtos têxteis e a tecelagem de fios e fibras naturais, exceto algodão. A confecção de artigos de vestuário e acessórios também tem peso expressivo nas compras (13,86%), sendo preponderante o segmento de confecção de roupas sob medida. A fabricação de produtos alimentícios (13,07%) e a fabricação de produtos de borracha e de material plástico (9,40%) também têm participação significativa. A composição das compras do Rio Grande do Norte mostra que no comércio 23,00% do total corresponderam à aquisições das empresas que comercializam veículos e peças, 19,05% no comércio atacadista de produtos não-alimentares com predominância de instrumentos e materiais para uso médico, cirúrgico e medicamentos e drogas de uso humano -, 17,71% do comércio varejista de produtos novos não especificados anteriormente (onde 77,50% corresponde à compra de artigos de vestuário e acessórios). As empresas atacadistas não especializadas, com predominância de alimentos foram receptoras de 8,09% do total das compras realizadas no mercado paulista, sendo que os hipermercados, supermercados, mercadinhos, foram os destinatários de 84,50% dessa categoria. O estado de Pernambuco é o principal fornecedor do Rio Grande do Norte para as atividades agropecuárias com vendas atingindo R$ mil, respondendo por 24,48% do total das compras do setor. Para o setor industrial, entretanto, sua contribuição é quase a metade da paulista (12,73%) com vendas no valor de R$ mil e no comércio o valor das vendas atingiu R$ mil, o que corresponde a 21,51% do total das entradas. As vendas pernambucanas para a agropecuária destinaram-se principalmente à agricultura (46,26%), seguido da aqüicultura e pesca (31,47%) e pela pecuária (21,50%). Na agricultura os principais destinos são as lavouras temporárias (31,43%), onde se destaca a cultura do melão com 9,56% do total; as culturas permanentes respondem por 12,65%, sendo que a produção de banana A participação nos fluxos de entrada e saída são resultado da análise das planilhas com os dados desagregados ao nível das atividades.

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