Produção Mais Limpa Aplicada à Construção Civil

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1 UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO FACULDADE DE ENGENHARIA E ARQUITETURA CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL Scheila Henrich Pimentel Produção Mais Limpa Aplicada à Construção Civil Passo Fundo 2009

2 2 Scheila Henrich Pimentel Produção Mais Limpa Aplicada à Construção Civil Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Engenharia Ambiental, como parte dos requisitos exigidos para obtenção do título de Engenheiro Ambiental. Orientadora: Profª. DSc. Aline Ferrão Custódio Passini Passo Fundo 2009

3 3 RESUMO A conscientização a respeito dos problemas ambientais enfrentados no mundo moderno tem conduzido a procura de produtos e serviços que motivem a existência de processos industriais voltados para um consumo limpo dos recursos naturais. A necessidade da indústria de se adequar ambientalmente tem feito com que muitas empresas revejam seus processos. Em tempos de profunda preocupação da sociedade pelos problemas ambientais, as empresas estão deixando as posturas passivas e reativas para adotar um comportamento ambiental pró-ativo. A indústria da construção civil, em especial, caracteriza-se pelo alto índice de desperdício de materiais, energia e água. Princípios de prevenção da poluição podem ser aplicados a esse ramo da atividade econômica com ganhos econômicos e ambientais. O presente trabalho procura mostrar que a Metodologia da Produção Mais Limpa pode ser aplicada ao setor da construção civil interferindo positivamente em seus processos com a consequente redução da demanda de matérias primas e da quantidade de resíduos produzidos, com a geração de grandes benefícios ambientais e econômicos. O método apresentado pode ser utilizado para qualquer tipo de construção. Palavras-Chave: Produção Mais Limpa, Construção Civil, Minimização de Resíduos.

4 4 ABSTRACT The awareness of environmental issues facing the modern world has led a demand for products and services that motivate the existence of industrial processes aimed at a clean consumption of natural resources. The industry necessity of adjusting itself environmentally has made many companies to review their processes. In times of deep concern of society about environmental issues, companies are leaving the passive and reactive posture to adopt an environmental proactive performance. The building construction industry, in particular, is characterized by the high rate of material, energy and water waste. Principles of pollution prevention can be applied to this branch of economic activity with economic and environmental gains. This article shows that the methodology of Cleaner Production can be applied positively to the construction industry interfering in its processes with a consequent reduction of the demand for raw materials and the amount of waste produced, with the generation of large environmental and economic benefits. The method presented can be used for any type of construction. Keywords: Cleaner Production, Construction, Waste Minimization.

5 5 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1: Evolução das questões ambientais...19 Figura 2: Formas de priorização na nova e da antiga abordagem ambiental...25 Figura 3: Custos e benefícios com implementação de medidas de Produção Mais Limpa...28 Figura 4: Fluxograma das etapas de uma obra Figura 5: Fluxograma de geração de resíduos...32 Figura 6: Fluxograma da metodologia da Produção Mais Limpa...36 Figura 7: Passos para implementação de Programa de Produção Mais Limpa...37 Figura 8: Fluxograma qualitativo do processo produtivo...41 Figura 9: Análise quantitativa de entradas e saídas do processo produtivo Figura 10: Resíduo é matéria-prima não utilizada corretamente...50 Figura 11: Ilustrações antes e depois da P+L Figura 12: Ilustrações antes e depois da P+L...55 Figura 13: Ilustrações de antes e depois da P+L...56 Figura 14: Ilustrações de antes da P+L e depois da P+L...57 Figura 15: Vista 1 da reforma do empreendimento...58 Figura 16: Vista 2 da reforma do empreendimento...59 Figura 17: Vista 3 da reforma do empreendimento...59 Figura 18: Pavilhão presente no local antes da construção Figura 19: Novos pavilhões construídos Figura 20: Interior do pavilhão onde serão desenvolvidas as atividades Figura 21: Metais retirados da sustentação da cobertura do posto...61 Figura 22: Metais retirados durante a reforma do posto de combustível Figura 23: Lâmpadas retiradas durante a reforma do posto de combustível...62 Figura 24: Madeira utilizada durante a reforma do posto de combustível Figura 25: Blocos de concreto armazenados de forma desregrada...63 Figura 26: Lixeiras de coleta seletiva construídas com o reaproveitamento da madeira Figura 27: Reordenamento dos blocos de concreto...65 Figura 28: Metal restante da construção da fábrica...66 Figura 29: Sobras de retalhos de madeira e folhas de isopor dispensados da construção da fábrica....66

6 6 LISTA DE TABELAS Tabela 1: Estimativa da geração de resíduos sólidos da construção e demolição em diferentes cidades do Brasil para o ano base de Tabela 2: Perdas de materiais...30

7 7 LISTA DE QUADROS Quadro 1: Diferenças entre a Produção Mais Limpa e Tecnologias de Fim-de-Tubo...24

8 8 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO Problema e Contextualização Justificativa Objetivos Objetivo Geral Objetivos Específicos Estrutura do Trabalho REVISÃO DE LITERATURA Desenvolvimento Sustentável Evolução das Questões Ambientais Produção Mais Limpa Histórico da Produção Mais Limpa Tecnologias de Fim de Tubo e a Produção Mais Limpa Benefícios Decorrentes da Implantação da Produção Mais Limpa Benefícios Ambientais da Produção Mais Limpa Benefícios Econômicos da Produção Mais Limpa A Indústria da Construção Civil e a Geração de Resíduos Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil A Produção Mais Limpa e sua Aplicação na Construção Civil Descrição das fases da aplicação da Metodologia da Produção mais Limpa na construção civil Início do Programa Etapa Etapa Etapa Etapa Etapa Práticas de Produção Mais Limpa no Setor da Construção Civil Exemplos de Aplicação Prática Prática Prática Prática METODOLOGIA DA PESQUISA Caracterização das Áreas de Estudo Obra: Posto de Combustível Obra: Empresa de Eletroeletrônicos RESULTADOS E DISCUSSÕES Obra: Posto de Combustível Reaproveitamento do metal Reaproveitamento da madeira Reordenamento da disposição dos blocos de concreto Obra: Empresa de Eletroeletrônicos Reaproveitamento do metal Reaproveitamento dos retalhos de madeira e folhas de isopor CONCLUSÕES E SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS...68

9 5.1 Conclusões Sugestões para Trabalhos Futuros...68 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

10 10 1 INTRODUÇÃO 1.1 Problema e Contextualização Até duas décadas atrás, a grande maioria dos países ocidentais considerava o meio ambiente como um local de aquisição de matéria-prima e destinação de resíduos. Os resultados do crescimento econômico a qualquer custo colocaram o Planeta Terra em uma posição não privilegiada em relação aos respectivos impactos ambientais decorrentes das atividades produtivas. Conforme Chehebe (1998), a escassez e poluição das águas, o agravamento da poluição atmosférica, as mudanças climáticas, a geração e disposição inadequada de resíduos tóxicos, a poluição do solo, a perda da biodiversidade e a escassez de alguns recursos naturais são alguns exemplos das conseqüências do comportamento não-sustentável da humanidade. Desta forma, verifica-se que as empresas, atualmente, têm presenciado o surgimento de novos papéis que devem ser desempenhados como resultado das alterações, valores e ideologias de nossa sociedade, entre elas, a crescente conscientização ambiental. Como conseqüência, as organizações modernas, além das considerações econômicas produtivas, começam a incluir nos seus planos de gestão questões de caráter social e ambiental, que envolvem a diminuição dos níveis de poluição, melhoria nas condições de trabalho, melhoria da imagem, entre outras. Em tempos de profunda preocupação da sociedade pelos problemas ambientais, as empresas estão deixando as posturas passivas e reativas para adotar um comportamento ambiental pró-ativo. Neste momento, o problema ambiental se torna uma oportunidade de negócios. Verifica-se que ao mesmo tempo em que a crise ambiental constitui uma ameaça à sobrevivência do homem e da natureza, ela apresenta-se como uma oportunidade de continuar a vida com base em novos paradigmas. O meio ambiente deixa de ser um aspecto de nenhum ou pouco interesse, onde a única preocupação era cumprir minimamente as obrigações legais, e passa a ser uma fonte adicional de eficiência e competitividade, conforme descreve Lora (2000). O setor de construção civil, em especial, tem sido foco constante de críticas da mídia especializada com relação aos desperdícios de matéria-prima e insumos. Segundo a CEF Caixa Econômica Federal (2001), estima-se que o setor seja responsável por cerca de 40% dos

11 11 resíduos gerados na economia. Este número é altamente significativo, pois grande parte da matéria-prima utilizada nos processos de construção de empreendimentos urbanos é de origem não-renovável, como é o caso dos recursos minerais. Neste contexto, a busca pela otimização dos materiais utilizados pelo setor é de fundamental importância. A implementação de ações efetivas voltadas para a redução do impacto ambiental representam a possibilidade de se atenuar o atual quadro de degradação ambiental presente tanto em países desenvolvidos, como em países em desenvolvimento. Conforme Tibor (1996), a chave para a prevenção de resíduos é a integração bemsucedida das questões ambientais, das operações e da estratégia do negócio. A prevenção reduz custos, diminui o uso de material e energia, enquanto os controles de final dos processos apenas buscam atender os parâmetros legais de controle de poluição, geralmente com custos elevados de manutenção dos equipamentos, bem como de assistência técnica e disposição final de resíduos perigosos. A Produção Limpa implementa o Princípio Precatório uma nova abordagem holística e integrada para questões ambientais centradas no produto. Essa abordagem assume como pressuposto que a maioria de nossos problemas ambientais por exemplo: aquecimento global, poluição tóxica, perda de biodiversidade é causada pela forma e ritmo no qual se produz e se consume os recursos. Também considera a necessidade da participação popular na tomada de decisões políticas e econômicas.

12 Justificativa Apesar do número de pesquisas, em nível acadêmico e empresarial, relacionados à preservação e conservação do meio ambiente, ainda estarem em crescimento, os casos de temas relacionados à minimização de resíduos na fonte no setor de construção civil tornam-se de extrema relevância para o atual contexto em que vivemos. A maioria dos estudos concentra-se em propor técnicas de reciclagem para os resíduos gerados nos processos construtivos, com destaque especial para o entulho. Neste sentido, verifica-se que, geralmente, procura-se agir após a ocorrência do problema, medida esta caracterizada como corretiva, pois não age na causa do problema, e sim nos sintomas por ele produzidos. A humanidade, atualmente, vem enfrentando problemas ambientais extremamente complexos, cuja solução parece estar mais na aplicação de uma estratégia ambiental preventiva, do que em ações corretivas. Sendo assim, verifica-se a importância de se utilizar métodos consagrados de gestão ambiental. Diante da situação exposta, surge a Produção Mais Limpa que, com sua metodologia de aplicação, visa tornar acessível para empresas de pequeno, médio e grande portes, de todos os setores industriais, formas de se obter a minimização de resíduos. Assim, o termo prevenção passa a ser o elemento chave da metodologia, pois considera que se há uma menor geração de sobras no processo produtivo, conseqüentemente menos resíduos existirão. Sendo assim, busca-se através deste trabalho, propor através da prática da Produção Mais Limpa, ações voltadas para a melhoria ambiental no setor de construção civil, principalmente, através da minimização de resíduos na fonte, evitando que resíduos sejam gerados. Isto conduz as empresas do setor de construção civil a otimizarem seus processos produtivos, demonstrando a possibilidade de se obter lucro com ações voltadas para o meio ambiente.

13 Objetivos Objetivo Geral Contextualizar, apresentar e analisar a metodologia de Produção Mais Limpa aplicada a área de construção civil Objetivos Específicos a) Identificar oportunidades de Produção Mais Limpa para o Setor de Construção Civil. b) Apresentar os benefícios que podem ser obtidos com a futura implementação das oportunidades de Produção Mais Limpa.

14 Estrutura do Trabalho Este trabalho de Conclusão de Curso está distribuído em 5 capítulos. No presente capítulo, estão apresentados o problema e contextualização da pesquisa, a justificativa, os objetivos do trabalho, sendo subdivididos em objetivos gerais e específicos, e a estrutura do trabalho. O capítulo 2 apresenta uma ampla revisão de literatura, abordando temas importantes para o desenvolvimento deste trabalho. O capítulo 3 expõe a metodologia da pesquisa, e os resultados e discussões, são apresentados no capítulo 4. Por fim, o capítulo 5 apresenta as conclusões finais do presente trabalho e sugestões para trabalhos futuros. Após o capítulo 5 são apresentas as referências bibliográficas.

15 15 2 REVISÃO DE LITERATURA 2.1 Desenvolvimento Sustentável De acordo com Montibeller Filho (2001), a preocupação com o meio ambiente conjugada com a melhoria das condições socioeconômicas da população fez surgir o conceito de ecodesenvolvimento, substituído posteriormente pelo de desenvolvimento sustentável. O termo ecodesenvolvimento foi introduzido por Maurice Strong durante a Conferência de Estocolmo, em 1972, e, amplamente, difundido por Ignacy Sachs, a partir de Criada em 1983, por decisão da Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas, a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD) se caracteriza pela importância no desenvolvimento de conceitos e propostas relacionados ao desenvolvimento sustentável. Segundo a CMMAD (1988, p. 46), também conhecida como Comissão Brundtland, o desenvolvimento sustentável é aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade das gerações futuras de atenderem as suas próprias necessidades. Durante a década de 90, realiza-se no Brasil a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (ECO 92), mais precisamente no Rio de Janeiro. O conceito de desenvolvimento sustentável e recomendações da Comissão Brundtland são aprovados e incorporados a Agenda 21, Agenda de 21 Compromisso para Ações Futuras, consagrando as linhas mestras do relatório, principalmente a relação entre pobreza e degradação ambiental. A Agenda 21 visa pôr em prática as declarações firmadas na Conferência do Rio. Propõe a redução da quantidade de energia e de material utilizados na produção de bens e serviços, a disseminação de tecnologias ambientais e a promoção de pesquisas que visem o desenvolvimento de novas fontes de energia e de recursos naturais renováveis (VALLE, 1995). Para Barbieri (1997), a expressão Desenvolvimento Sustentável já traz consigo uma combinação de palavras contraditórias. O desenvolvimento que evoca as idéias de crescimento econômico, mudança do padrão de vida da população e base do sistema

16 16 produtivo, e o termo sustentável, de origem biológica, ou seja, aplicável apenas aos recursos renováveis, ou seja, aqueles que podem ser extintos pela exploração descontrolada, como são os casos dos cardumes de peixes e espécies vegetais das florestas naturais. Após cinco anos da realização da ECO 92, realiza-se em Kyoto, Japão, a Conferência sobre Mudança no Clima (RIO + 5). Conforme Lerípio (2001), o objetivo principal era estabilizar a concentração de gases que provocam o efeito estufa em níveis toleráveis que não impliquem em mudanças prejudiciais no clima. Aprovado em 11 de dezembro de 1997, o documento oficial da Conferência, conhecido como Protocolo de Kyoto, estabeleceu uma meta média de cerca de 6% de redução de emissões de gases de efeito estufa nos países industrializados até o período de 2008 a O protocolo também menciona premissas para o estabelecimento de compra e venda de cotas (direito de poluir). No ano de 2000, a Comissão de Desenvolvimento Sustentável da ONU (CDS) sugeriu a realização de uma nova cúpula mundial, desta vez sobre Desenvolvimento Sustentável. Assim, em dezembro de 2000, a Assembléia Geral das Nações Unidas resolveu realizar, em 2002, a Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável em Johannesburgo, na África do Sul. Segundo John (2002), a Rio+10, iniciada em 23 de agosto de 2002, concentrou as negociações oficiais sobre a Agenda 21, documento que também foi assinado durante a Rio 92 e gerou respostas muito diferentes em cada país, durante estes dez anos, variando de nenhuma reação a programas participativos, amparados por leis nacionais e locais. Sendo assim, o objetivo desta Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável foi discutir novos acordos sobre trechos da Agenda 21 que não funcionaram, visando sua implementação daqui para frente. Segundo o CEBDS (2002), a falta de consenso internacional e os interesses comerciais, deste ou daquele país, não devem ser motivo de desânimo para a corrente que defende uma mudança no rumo do desenvolvimento em nome da sobrevivência das futuras gerações. Não há dúvida que a exigência do mercado vai conduzir o mundo, mais cedo ou mais tarde, para a sustentabilidade, independentemente da vontade de alguns governantes que estejam no poder em eventual momento. Para Barbieri (1996), a ordem econômica internacional vigente atualmente é desnivelada e injusta, sendo uma das principais causas da deterioração ambiental e humana. O sistema de livre mercado que busca o lucro a qualquer custo, permite facilmente o desrespeito à natureza. Sendo assim, as organizações procuram atuar em países onde a legislação

17 17 ambiental é mais flexível, ou seja, onde as exigências ambientais não são tão rigorosas, o que, geralmente, ocorre em países em desenvolvimento. Os países desenvolvidos possuem enormes débitos em relação aos países em desenvolvimento, principalmente débitos ecológicos e sociais. São responsáveis por setenta por cento dos três gases estufas, dióxido de carbono (CO2), clorofluorcarbono (CFC) e metano (CH4), causadores do aquecimento global, sendo que representam aproximadamente a quinta parte da população mundial, no entanto consomem setenta por cento da energia mundial, setenta e cinco por cento dos metais, oitenta e cinco por cento da madeira e sessenta por cento dos alimentos (BARBIERI, 1996). Em recente relatório, baseado em dados estatísticos da ONU, a organização não governamental WWF concluiu que os níveis atuais de consumo das classes mais ricas, incluindo a minoria de favorecidos dos países em desenvolvimento, são tão altos, que para providenciar um estilo de vida comparável para o restante do mundo seria necessário 2,6 planetas do tamanho da Terra. Essa estatística ajuda a compreender o dilema entre desenvolvimento e conservação e preservação do meio ambiente (TEICH, 2002). Referindo-se aos países ricos, a CMMAD (1988) descreve que o desenvolvimento sustentável não é um estado permanente de harmonia, mas um processo de mudança, no qual a exploração dos recursos, a orientação dos investimentos, os rumos do desenvolvimento tecnológico e a mudança institucional devem estar de acordo com as necessidades atuais e futuras. Barbieri (1996) descreve que os países em desenvolvimento devem procurar a redução da pobreza através do crescimento econômico, observando para tal, os respectivos impactos ambientais decorrentes. Para os países industrializados ou desenvolvidos, a redução do consumo não constituiria uma opção muito pragmática para a proteção do meio ambiente mundial, pois se o crescimento é mais lento nos países industrializados, esta redução colocará em perigo a taxa de crescimento dos países pobres, uma vez que estes são dependentes do mercado daqueles. Verifica-se que o crescimento contínuo dos países industrializados é necessário tanto para gerar tecnologias ecológicas seguras, como para transferir recursos para os países pobres. O que se deve fazer é mudar a qualidade do crescimento, enfatizando o crescimento qualitativo e não o quantitativo. Krause (1997) descreve de forma simples, e em poucas palavras, a relevância do tema, se o meio ambiente for destruído, não restará nada, nem empresários, nem matéria-prima, nem consumidor. Todos, sem exceção, devem buscar alternativas para um maior equilíbrio entre as atividades produtivas e o meio ambiente.

18 18 Houve um tempo em que as pessoas não se preocupavam com as questões ambientais. Os resíduos gerados pelas empresas eram despejados na água, no ar ou no solo, sem controle, não existindo dentro da empresa a figura de um responsável pelo meio ambiente. Com o crescimento e a diversificação das atividades produtivas e o consequente aumento da geração de resíduos, os órgãos ambientais estaduais, que são responsáveis pela qualidade do meio ambiente, passaram a solicitar das empresas o Licenciamento Ambiental, bem como o controle e tratamento de suas emissões atmosféricas, resíduos sólidos e águas servidas (efluentes líquidos). Tornou-se necessária a figura de um responsável pela área ambiental dentro da empresa. Com o passar do tempo e em função de alguns graves acidentes ambientais que ocorreram nas últimas décadas, muitas empresas resolveram melhorar seu desempenho ambiental, reduzindo emissões. Desaparece a figura do responsável único pela área ambiental e tem início uma fase em que todos os trabalhadores da empresa são responsáveis pelo meio ambiente (essa responsabilidade coletiva está prevista na Lei dos Crimes Ambientais ). Surgiram também as certificações de empresas pela ISO São atestados de que elas, além de cumprirem a legislação ambiental, estão comprometidas com a melhoria contínua. Aconteceu, porém, que muitas empresas, mesmo certificadas, começaram a perceber que o custo ambiental, ou seja, o custo para tratar seus resíduos, aumentava na mesma proporção do crescimento da produção. A conscientização a respeito dos problemas ambientais enfrentados no mundo moderno tem conduzido a procura de produtos e serviços que motivem a existência de processos industriais voltados para um consumo limpo dos recursos naturais. Uma mentalidade voltada para o desenvolvimento sustentável na construção civil não permite a concepção de que os recursos naturais e os locais de deposição de resíduos são abundantes. Uma construção sustentável baseia-se na prevenção e redução dos resíduos pelo desenvolvimento de tecnologias limpas, no uso de materiais recicláveis ou reutilizáveis, no uso de resíduos como materiais secundários e na coleta e deposição inerte. Assim, devem ser tomadas medidas para se transformar resíduos em recursos reutilizáveis (VÁZQUEZ, 2001).

19 Evolução das Questões Ambientais Analisando o histórico do gerenciamento ambiental pode-se visualizar nitidamente as tendências seguidas pela evolução das questões ambientais nas últimas décadas, conforme mostrado na Figura 1. Fonte: CNTL (2003). Figura 1: Evolução das questões ambientais Nos últimos 50 anos, a partir do melhor entendimento da cadeia de geração de resíduos, as políticas de controle da poluição evoluíram dos métodos conhecidos como de fim-de-tubo para as tendências mais recentes, baseadas no princípio de prevenção, que modificou a abordagem convencional de O que fazer com os resíduos? para O que fazer para não gerar resíduos?. Nisso se fundamenta a Produção Mais Limpa. Esta nova abordagem sobre a questão dos resíduos levou a uma mudança de paradigma. O resíduo, que antes era visto apenas como um problema a ser resolvido, passou a ser encarado também como uma oportunidade de melhoria. Isto só foi possível após a percepção de que o resíduo não era inerente ao processo mas, pelo contrário, era um claro indicativo da ineficiência deste. Portanto, é a identificação e análise do resíduo que dará início à atividade de avaliação de Produção Mais Limpa. Até pouco tempo, as tecnologias ambientais convencionais trabalhavam principalmente no tratamento dos resíduos, efluentes e emissões existentes (exemplos:

20 20 tecnologia de tratamento de emissões atmosféricas, tratamento de águas residuais, tratamento do lodo, incineração de resíduos, etc.). Como esta abordagem estuda os resíduos no final do processo de produção, ela também é chamada de técnica fim-de-tubo. É essencialmente caracterizada pelas despesas adicionais para a empresa e uma série de problemas (Exemplos: produção de lodo de esgoto através do tratamento de águas residuais, produção de gesso na tubulação de gás, etc.). Comparada à disposição através de serviços externos ou às tecnologias de fim-de-tubo a Produção Mais Limpa apresenta várias vantagens: a) Produção Mais limpa, no sentido de reduzir a quantidade de materiais e energia usados, apresenta essencialmente um potencial para soluções econômicas; b) Devido a uma intensa exploração do processo de produção, a minimização de resíduos, efluentes e emissões geralmente induz a um processo de inovação dentro da empresa; c) A responsabilidade pode ser assumida para o processo de produção como um todo e os riscos no campo das obrigações ambientais e da disposição de resíduos podem ser minimizados; d) A minimização de resíduos, efluentes e emissões é um passo em direção a um desenvolvimento sustentável. 2.3 Produção Mais Limpa Produção Mais Limpa é a aplicação de uma estratégia técnica, econômica e ambiental integrada aos processos e produtos, a fim de aumentar a eficiência no uso de matérias-primas, água e energia, através da não geração, minimização ou reciclagem dos resíduos e emissões geradas, trazendo benefícios ambientais, de saúde ocupacional e econômicos. A Produção Mais Limpa considera a variável ambiental em todos os níveis da empresa, e relaciona as questões ambientais com ganhos econômicos para a empresa. Se caracteriza por ações que são implementadas dentro da empresa com o objetivo de tornar o processo mais eficiente, gerando mais produtos e menos resíduos.

21 21 Para Nascimento (2000), a P+L é, antes de tudo, uma ação econômica, porque baseiase no fato de que qualquer resíduo de qualquer sistema produtivo só pode ser proveniente das matérias-primas ou insumos de produção utilizadas no processo. Todos os resíduos, ontem, eram matéria-prima e foram comprados e pagos como tal. Entretanto o Centro Nacional de Tecnologias Limpas - CNTL (2009a) descreve que a P+L não é apenas um tema ambiental e econômico, mas também um tema social, pois considera que a redução da geração de resíduos em um processo produtivo, muitas vezes, possibilita resolver problemas relacionados à saúde e à segurança ocupacional dos trabalhadores. Desenvolver a P+L minimiza estes riscos, na medida em que são identificadas matérias-primas e insumos menos tóxicos, contribuindo para a melhor qualidade do ambiente de trabalho. Misra (2000) menciona que a P+L requer a aplicação contínua de uma estratégia ambiental preventiva integrada aos processos e produtos, a fim de reduzir riscos para os seres humanos e o ambiente. Araújo (2002) diz que a P+L considera a variável ambiental em todos os níveis da organização. Caracteriza-se por ações que são implementadas dentro da empresa, principalmente as ligadas ao processo produtivo (chão de fábrica). Tem como objetivo tornar o processo mais eficiente no emprego de seus insumos, gerando mais produtos e menos resíduos. Conforme UNEP/UNIDO (1995), P+L significa a aplicação contínua de uma estratégia ambiental preventiva e integrada aos processos, produtos e serviços, a fim de aumentar a eficiência no uso de matérias primas, água e energia e reduzir os riscos para os homens e o meio ambiente. Segundo Valle (1995), a estratégia da P+L visa prevenir a geração de resíduos, em primeiro lugar, e ainda minimizar o uso de matérias primas. Em outras palavras, pode-se concluir, que ela busca antecipar-se aos problemas ambientais gerados no processo produtivo, como a geração de resíduos, efluentes e emissões atmosféricas. Tem como objetivo maximizar a eficiência produtiva através da otimização do uso de materiais, como conseqüência, tem-se a redução de cargas poluidoras. Enfim, reconhece que a produção implica em degradação ambiental. Contudo, considera que a prevenção de resíduos é a maneira mais apropriada para reduzir o impacto ambiental.

22 Histórico da Produção Mais Limpa Segundo Becker (2007), pode-se dizer que as preocupações da indústria quanto ao meio ambiente, começaram após grandes acidentes ambientais no século passado, como a inversão térmica que matou 4000 pessoas em Londres em 1952 devido à poluição do ar e o desastre da Baía de Minamata, no Japão em 1956, que matou 50 pessoas por contaminação dos peixes com metil-mercúrio e deixou seqüelas neurológicas em mais 500 pessoas. Pode-se afirmar que o grande marco para a conscientização ambiental foi a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, realizada em junho de 1972 em Estocolmo, na Suécia. Após a conferência, através da resolução 2997 da Assembléia Geral das Nações Unidas, em 15 de dezembro de 1972, foi criado o PNUMA Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. O PNUMA, através de seu escritório em Paris, que já vinha trabalhando com o apoio de associações internacionais da indústria, criou em 1982 um banco de dados de tecnologias limpas e começou a publicar relatórios sobre o tema e a fazer reuniões semestrais sobre o assunto com a Divisão de Meio Ambiente da UNIDO Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial, em Viena. Em 1989, foi lançado pelo PNUMA o Programa de Produção Mais Limpa.(LEMOS, 2006a). Segundo Barros (2006), o fim da guerra fria, que teve como marco a queda do muro de Berlim, em 1989, expôs os países da Europa Oriental ao conhecimento de todos: parques industriais completamente ultrapassados, poluidores e sem nenhuma chance para competir com as modernas indústrias ocidentais. Isto certamente causaria uma forte corrente migratória no sentido Leste-Oeste, que deveria ser evitada. Para resolver este problema, foi utilizada a Metodologia da Produção Mais Limpa sob a orientação do PNUMA e da UNIDO, com o auxílio da Universidade de Graz, na Áustria, quando se passou a estudar formas práticas de viabilizar as indústrias do Leste europeu, tendo sido obtido grande sucesso. Em 1994,verificou-se que a Metodologia da Produção Mais Limpa praticamente não tinha sido utilizada em países em desenvolvimento. O PNUMA e a UNIDO se associaram então para criar os Centros Nacionais de Tecnologias Limpas em países em desenvolvimento, dos quais o CNTL em Porto Alegre RS foi um dos primeiros.(lemos, 2006b). Pode-se dizer que historicamente as primeiras atitudes ambientalistas voltaram-se para o controle da poluição, ou seja, tentava-se impedir que os resíduos produzidos chegassem ao meio ambiente. Chamavam-se estes controles de end of pipe, ou fim-de-tubo, porque

23 23 atuavam no final do processo. Com o tempo percebeu-se que os processos poderiam ser modificados, obtendo-se com isso uma redução dos resíduos, que não demandariam tanto esforço e equipamentos para retê-los no final do processo. Os estudos dos processos industriais evoluíram então para a gestão da qualidade, depois para a gestão ambiental e recentemente para a gestão de produtos, com a avaliação do ciclo de vida e a rotulagem ambiental. (LEMOS, 2006b). A criação de valor sustentável tem sido buscada pelas indústrias visando manter-se no mercado, em posição igual ou superior à que ocupavam anteriormente. Agregar valor a uma empresa no mercado atual passa por manter uma política de meio ambiente que permita ter a certeza de que as matérias primas não são desperdiçadas, que a extração das mesmas causam os mínimos impactos ao meio ambiente e que ao longo do processo produtivo tem-se como objetivo o mínimo consumo de energia com a menor geração de resíduos, emissões e efluentes possível Tecnologias de Fim de Tubo e a Produção Mais Limpa A abordagem das ações de fim-de-tubo é diferente daquela apresentada pela Produção Mais Limpa. Enquanto a primeira dedica-se à solução do problema sem questioná-lo, na última é feito um estudo direcionado para as causas da geração do resíduo e o entendimento das mesmas. Verifica-se que as tecnologias de fim-de-tubo não mais respondem aos anseios da sociedade na busca pelo desenvolvimento sustentável. Estratégias ambientais convencionais que buscam atender às exigências ambientais legais deixam de serem vistas como única alternativa para melhorar o desempenho ambiental. A forma tradicional de atuar somente na solução da geração de resíduos é simplista e acaba geralmente resultando no aumento dos custos associados ao gerenciamento ambiental. Na abordagem tradicional, as primeiras ações tomadas são geralmente a disposição dos resíduos ou o seu tratamento, que representam um potencial menor para a solução do problema ambiental, além de serem mais caras no longo prazo, por apenas agregarem novos custos ao processo produtivo. Oliveira Filho (2001) descreve que a solução tecnológica do tipo fim-de-tubo corre atrás dos prejuízos ambientais causados por um sistema produtivo, remediando os seus

24 24 efeitos, mas sem combater as causas que os produziram. Ao contrário, as tecnologias de P+L contemplam mudanças nos produtos e processos produtivos a fim de reduzir ou eliminar todo tipo de rejeitos antes que eles sejam criados. Conforme o CNTL (2000), a implantação de técnicas de P+L em processos produtivos permite a obtenção de soluções que venham a contribuir para a solução definitiva dos problemas ambientais, já que a prioridade da metodologia está baseada na identificação de opções de não geração dos resíduos. A principal diferença está no fato de que a P+L não trata simplesmente do sintoma, mas tenta atingir nas raízes do problema. O Quadro 1 apresenta as principais diferenças entre as tecnologias de fim-de-tubo e a P+L. Quadro 1: Diferenças entre a Produção Mais Limpa e Tecnologias de Fim-de-Tubo TECNOLOGIA DE FIM DE TUBO Como se pode tratar os resíduos e as emissões existentes?...geralmente leva a custos adicionais. A proteção ambiental entra depois que os produtos e processos tenham sido desenvolvidos....aumenta o consumo de material e energia. Proteção ambiental surge para preenchimento de prescrições legais....é trazida de fora...é o resultado de um paradigma de produção que data de um tempo em que os problemas ambientais não eram conhecidos. Não tem a preocupação com o uso eficiente de matérias-primas, água e energia. Fonte: CNTL (2000). PRODUÇÃO MAIS LIMPA De onde vem os resíduos e emissões?...pode ajudar a reduzir custos. A proteção ambiental entra como uma parte integral do design do produto e da engenharia de processo....reduz o consumo de material e energia. Riscos reduzidos e transparência aumentada....é uma inovação desenvolvida dentro da empresa....é uma abordagem que pretende criar técnicas de produção para um desenvolvimento sustentável. Uso eficiente de matérias-primas, água e energia. A Figura 2 exemplifica as formas de priorização das duas formas de abordagem ambiental.

25 25 Fonte: CNTL (2000). Figura 2: Formas de priorização na nova e da antiga abordagem ambiental Benefícios Decorrentes da Implantação da Produção Mais Limpa A implementação de um Programa de Produção Mais Limpa possibilita à empresa reconhecer melhor o seu processo industrial através do monitoramento constante para manutenção e desenvolvimento de um sistema eco-eficiente de produção com a geração de indicadores ambientais e de processo. Este monitoramento permitirá à empresa identificar necessidades de: pesquisa aplicada, informação tecnológica e programas de capacitação Benefícios Ambientais da Produção Mais Limpa Ao longo das últimas duas décadas a abordagem de proteção ambiental sofreu uma mudança de paradigma, passando do controle para a prevenção. A Produção Mais Limpa insere-se naturalmente neste contexto, pois ao contrário de apenas minimizar o impacto ambiental dos resíduos pelo seu tratamento e/ou disposição adequada, ela procura evitar a

26 26 poluição antes que esta seja gerada. Entre as principais metas ambientais da Produção Mais Limpa podem ser incluídas: a) Eliminação/redução de resíduos: A Produção Mais Limpa procura eliminar o lançamento de resíduos no meio ambiente ou reduzi-lo substancialmente. Entende-se por resíduo todos os tipos de poluentes, incluindo resíduos sólidos, perigosos ou não, efluentes líquidos, emissões atmosféricas, calor, ruído ou qualquer tipo de perda que ocorra durante o processo de geração de um produto ou serviço. b) Produção sem poluição: Processos produtivos ideais, de acordo com o conceito de Produção Mais Limpa, ocorrem em um circuito fechado, sem contaminar o meio ambiente e utilizando os recursos naturais com a máxima eficiência possível. c) Eficiência energética: A Produção Mais Limpa requer os mais altos níveis de eficiência energética na produção de bens e serviços. A eficiência energética é determinada pela maior razão possível entre energia consumida e produto final gerado. d) Saúde e segurança no trabalho: A Produção Mais Limpa procura sempre minimizar os riscos para os trabalhadores através de um ambiente de trabalho mais limpo, mais seguro e mais saudável. e) Produtos ambientalmente adequados: O produto final, bem como todos os subproduto comercialmente viáveis, devem ser tão ambientalmente adequados quanto possível. Fatores relacionados à saúde e meio ambiente devem ser priorizados nos estágios iniciais de planejamento do produto e devem ser considerados ao longo de todo o ciclo de vida do mesmo, da produção à disposição, passando pelo uso.

27 27 f) Embalagens ambientalmente adequadas: A embalagem do produto deve ser eliminada ou minimizada sempre que possível. Quando a embalagem é necessária para proteger, vender, ou para facilitar o consumo do produto, esta deve ter o menor impacto ambiental possível Benefícios Econômicos da Produção Mais Limpa Como em qualquer tipo de projeto, a decisão de investir em Produção Mais Limpa depende da relação custo-benefício que o investimento terá. Na prática, frente às restrições de capital e às pressões dos órgãos ambientais e das ONG s, opta-se pela adoção de estratégias ambientais corretivas (tratamento da poluição ao final do processo: técnicas de fim-de-tubo) no lugar de estratégias preventivas, como é o caso da Produção Mais Limpa. Comparando as mudanças que ocorrem na estrutura de custos de uma empresa em duas situações possíveis, quando não há e quando há investimento em Produção Mais Limpa, verifica-se que neste último caso os custos decrescem significativamente com o tempo, resultado dos benefícios gerados a partir do aumento da eficiência dos processos, do uso eficiente de matérias-primas, água e energia, e da redução de resíduos e emissões gerados. A Figura 3 ilustra os ganhos com a Produção Mais Limpa. Quando não há investimentos, a estrutura de custos totais não apresenta variações substanciais ao longo do tempo, comportamento que está representado pela linha horizontal (sem produção mais limpa). Quando se toma a decisão de implantar ações de Produção Mais Limpa, a princípio ocorre uma redução dos custos totais pela adoção de medidas sem investimento, como por exemplo ações de boas práticas operacionais (good-housekeeping). Visualmente isto corresponde ao segmento A do gráfico. Num segundo momento (segmento B) ocorre um incremento nos custos totais, resultado dos investimentos feitos para as adaptações necessárias, incluindo a adoção de novas tecnologias e modificações no processo existente. Com a entrada em ação dos processos otimizados e novas tecnologias, ocorre uma redução nos custos totais que permite a recuperação do investimento inicial e, com o passar do tempo, os ganhos com a maior eficiência permitem uma redução permanente nos custos

28 28 totais. Visualmente esta redução de custos pode ser observada na diferença entre as duas curvas, no segmento C do gráfico. Fonte: CNTL (2003). Figura 3: Custos e benefícios com implementação de medidas de Produção Mais Limpa 2.4 A Indústria da Construção Civil e a Geração de Resíduos A indústria da construção civil apresenta grandes volumes de materiais de construção e de atividades nos canteiros de obras, o que acaba gerando um elevado índice de resíduos produzidos nas áreas urbanas, depositados de maneira indistinta e desregrada em locais de fácil acesso, como em terrenos baldios. A grande geração de resíduos sólidos não é uma problemática apenas de países em desenvolvimento, pois na comunidade européia gera-se aproximadamente 2,16 milhões de toneladas por ano, destacando-se alguns países de maior produção como Holanda que gera kg/ano/pessoa (Motta et al, 2004), Alemanha e Bélgica que passam de kg/ano/pessoa (John e Agopyan, 2000). Dados levantados por Schneider (2004) sobre a geração dos resíduos da construção civil mostram que essa questão é mundialmente reconhecida. Os Estados Unidos da América, por exemplo, geram, aproximadamente, 136 milhões de toneladas de resíduos de construção e demolição (RCD) por ano, e os dados mostram também que há nesse país, aproximadamente, 3500 unidades de reciclagem desses resíduos, que respondem pela reciclagem de 25% do total

29 29 gerado. Já nos Países Baixos 90% do volume gerado de resíduo de construção civil é reciclado. Para o Brasil, são estimados 68,5 milhões de toneladas por ano. O resultado pesquisado por Pinto (1999) para os municípios brasileiros foi de 0,51 ton/hab.ano, considerando o ano típico com 300 dias úteis, e dados populacionais do IBGE em Estudos realizados pela Limpurb (Departamento de Limpeza Urbana) na cidade de São Paulo adotaram um índice de 0,50 ton/hab.ano de RCD na zona Urbana, tendo como base um ano de 313 dias úteis (Filho et al., 2007). A margem de erro foi de 2% das estimativas anteriores. Dados adquiridos por John (2000) através de estudos realizados pela Europian Union em 1999 mostraram um índice de 0,32 ton/hab.ano e 0,40 ton/hab.ano em Portugal e Suécia respectivamente. A Tabela 1 abaixo, demonstra a geração de resíduos sólidos da construção civil em algumas das cidades brasileiras. Tabela 1: Estimativa da geração de resíduos sólidos da construção e demolição em diferentes cidades do Brasil para o ano base de MUNICÍPIO POPULAÇÃO GERAÇÃO DE GERAÇÃO DE RCC PER RCC (t/dia) CAPTA (Kg/hab.dia) Santo André - SP ,61 São José do Ribeirão Preto - SP ,12 São José dos Campos - SP ,51 Ribeirão Preto - SP ,29 Jundiaí - SP ,43 Vitória da Conquista - BA ,28 Salvador - BA ,66 Florianópolis - SC ,12 2,23 Fonte: (XAVIER & ROCHA, 2001). No município de Passo Fundo-RS, por exemplo, Bernardes A. (2006) afirma que os RCD chegaram a uma estimativa de geração de aproximadamente 0,55 kg/hab/dia, que comparando com a estimativa de geração de resíduos sólidos urbanos, que é de 0,6 kg/hab/dia; pode-se afirmar que Passo Fundo-RS não está longe das estimativas brasileiras. Nas obras de reforma a quantidade de resíduos gerados é proveniente da falta de uma cultura de reutilização e de reciclagem de materiais no meio técnico do setor. Nas obras de demolição a geração de resíduos é inerente à atividade, entretanto, muito dos materiais

30 30 poderiam ser reaproveitados, caso houvesse um procedimento de separação de seus componentes no próprio canteiro de obras. A Tabela 2 mostra os índices médios de perdas (em %) dos materiais empregados nas edificações. Tabela 2: Perdas de materiais Fonte: Adaptado Schenini (2004). As Figuras 4 e 5 apresentam, respectivamente, as etapas de uma obra e a geração de resíduos.

31 31 Fonte: Reginato et al. (2008). Figura 4: Fluxograma das etapas de uma obra.

32 32 Fonte: Reginato et al. (2008). Figura 5: Fluxograma de geração de resíduos. Os principais resíduos gerados durante as etapas de construção são: a) Solo de escavação; b) Blocos e tijolos; c) Azulejos, mármores e cerâmicas; d) Areia;

33 33 e) Pedra; f) Brita; g) Cimento; h) Concreto; i) Argamassa; j) Cal; k) Barras metálicas; l) Pregos; m) Plásticos (embalagens); n) Papéis (embalagens); o) Madeira (escoras, comprensados); p) Tintas, solventes; q) Gesso; r) Latas; Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil A necessidade de regulamentar o assunto dos resíduos da construção civil, seu transporte e sua destinação final, bem como estabelecer responsabilidades pelos mesmos, acabou por gerar uma legislação específica, que está em vigor no país, a Resolução CONAMA /07/02- DOU de 17/07/02, que estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil, disciplinando as ações necessárias de forma a minimizar os impactos ambientais, tendo pára esse fim definido as especificações de resíduos da construção civil. De acordo com a Resolução CONAMA 307 os resíduos da construção civil são classificados da seguinte forma: a) Classe A - são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais como: 1) De construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de infra-estrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem;

34 34 2) De construção, demolição, reformas e reparos de edificações: componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc.), argamassa e concreto; 3) De processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em concreto (blocos, tubos, meios-fios etc.) produzidas nos canteiros de obras. b) Classe B - são os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como: plásticos, papel/papelão, metais, vidros, madeiras, aço (inclusive do concreto armado) e outros. c) Classe C - são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem/recuperação, tais como os produtos oriundos do gesso. Nota: A Resolução SMAC 387 define que os resíduos vegetais provenientes da remoção de vegetação, poda e capina, dentre outros, serão considerados como resíduos da classe C, somente na impossibilidade de seu reaproveitamento, justificado tecnicamente pelo gerador dos resíduos. d) Classe D - são os resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais como: tintas, solventes, óleos e outros, ou aqueles contaminados ou prejudiciais à saúde oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros, bem como telhas e demais objetos e materiais que contenham amianto ou outros produtos nocivos à saúde. A Resolução CONAMA 307 determina que os Projetos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil deverão contemplar as seguintes etapas: a) Caracterização: nesta etapa o gerador deverá identificar e quantificar os resíduos; b) Triagem: deverá ser realizada, preferencialmente, pelo gerador na origem, ou ser realizada nas áreas de destinação licenciadas para essa finalidade, respeitadas as classes de resíduos estabelecidas nessa Resolução. c) Acondicionamento: o gerador deve garantir o confinamento dos resíduos após a geração até a etapa de transporte, assegurando em todos os casos em que seja possível, as condições de reutilização e de reciclagem; d) Transporte: deverá ser realizado em conformidade com as etapas anteriores e de acordo com as normas técnicas vigentes para o transporte de resíduos;

35 35 e) Destinação: deverá ser prevista de acordo com o estabelecido nesta Resolução; Os resíduos da construção civil deverão ser destinados das seguintes formas: I. Classe A: deverão ser utilizados ou reciclados na forma de agregados, ou encaminhados a áreas de aterro de resíduos da construção civil, sendo dispostos de modo a permitir a sua utilização ou reciclagem futura; II. Classe B: deverão ser reutilizados, reciclados ou encaminhados a áreas de armazenamento temporário, sendo dispostos de modo a permitir a sua utilização ou reciclagem futura; III. Classe C: deverão ser armazenados, transportados e destinados em conformidade com as normas técnicas específicas. IV. Classe D: deverão ser armazenados, transportados, reutilizados e destinados em conformidade com as normas técnicas específicas. 2.5 A Produção Mais Limpa e sua Aplicação na Construção Civil Segundo Araújo (2002), a Metodologia da Produção Mais Limpa utiliza-se de várias estratégias para a redução dos resíduos nos processos produtivos, como podemos ver abaixo e no fluxograma da Figura 6, a seguir: 1) A prioridade será sempre evitar a geração de resíduos, emissões e efluentes, caracterizada pelo Nível 1. 2) Em segundo lugar, será tentada a reintegração dos resíduos que não podem ser evitados ao processo produtivo, ou seja, o Nível 2. 3) Sendo impossível aplicar estas duas primeiras estratégias, deve-se procurar medidas de reciclagem fora da empresa, o Nível 3.

36 36 Fonte: CNTL (2009b). Figura 6: Fluxograma da metodologia da Produção Mais Limpa O fundamental é que o uso da Produção Mais Limpa leva ao desenvolvimento dos processos produtivos e a implantação de tecnologias limpas, tão importantes para a caminhada rumo ao desenvolvimento sustentável. A abordagem inicial para a implementação da metodologia nas indústrias deve variar conforme a situação em estudo. É possível que na maioria dos casos tenham-se os fatores econômicos como ponto de partida para a sensibilização da direção da indústria, obtendo-se no final do processo, além de um ganho econômico, uma minimização dos impactos ambientais. Por outro lado, pode-se também enfocar prioritariamente os fatores ambientais, passando os ganhos econômicos a serem conseqüência destes. Não se pode esquecer ainda que em alguns casos o enfoque inicial pode ser tecnológico, que trará ganhos econômicos como também para o meio ambiente.

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