A vela nos ossos Conheça o ortopedista campeão nacional de vela
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- Vítor Gabriel Gameiro Filipe
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1 A vela nos ossos Conheça o ortopedista campeão nacional de vela ENTREVISTA Percurso de vida de José Maria Vieira, ortopedista com 40 anos de ortopedia e uma vida dedicada à profissão A FRACTURA DO REI Como tratava a fractura de Afonso Henriques? Paleopatologia e Ortopedia de mãos dadas na busca da verdade histórica
2 Director: Jorge F. Seabra Editor-Chefe: José Portela Editor-Executivo: Bruno Pires Fotografia: Bruno Pires Projecto Gráfico: Bruno Pires & Bürocratik Impressão: Litografia Coimbra, SA Tiragem: 1500 ex. Capa: Troféu de Vela D. Henrique 2006 (Foto de Francisco Lino)
3 Mensagem do Presidente Jorge Seabra - Presidente da SPOT Um velho filósofo disse um dia que tudo o que cresce adquire uma nova dimensão, parecendo pecar pela linear evidência. A frase, contudo, deve ser interpretada na inevitabilidade de uma mudança, no incontornável determinismo da alteração da qualidade advinda de um crescimento quantitativo. A evolução desenrola-se assim, enveredando às vezes por caminhos sinuosos, e a resposta a isso exige novas soluções, novas formas de actuar, que não só se adaptem, mas também enformem e influam nessa mudança. A SPOT cresceu, e o estatuto e lugar que, como ortopedistas, ocupamos, vai sendo alterado pelos ventos soprados pelos múltiplos factores que, de fora, intervêm na nossa profissão, nem sempre de forma tão benigna como desejaríamos. No manifesto programático com que, em 2005, me candidatei à Presidência da SPOT, apontava a previsibilidade dessa transformação, tantas vezes imposta em nome de valores que depressa vemos atraiçoados, referindo a necessidade de reforçar a unidade da nossa Sociedade tornando-a mais interventiva. Também por isso, dizia, devemos conhecermo-nos melhor. Saber o que se faz e quem o faz, na profissão, na carreira e para além da ortopedia. Os hobbies, o desporto e a cultura, onde colegas nossos tantas vezes se destacam. Transformar o boletim numa revista.... Ela aí está. Com um nome. Osteófito. De reacção osteoformadora. Falar sério numa tonalidade leve e atractiva. Uma informação que ajude a cimentar a nossa união pelo conhecimento mútuo, criando um espaço para basear e discutir opiniões, divulgando o que vamos fazendo. Um boletim que noticie as novidades com credibilidade científica e ao mesmo tempo registe e recupere a nossa História. Também uma forma de intervenção na defesa do nosso compromisso com uma Medicina solidária e humanista, que possa transbordar as nossas fronteiras. Sem corporativismo, mas com um compromisso. De rigor e responsabilidade. Ela aí está. Com um nome. Osteófito. De reacção osteoformadora. Falar sério numa tonalidade leve e atractiva (...) cimentar a nossa união pelo conhecimento mútuo, criando um espaço para basear e discutir opiniões (...)
4 A vela Ossos nos Foto de Francisco Lino Págs Págs Pág Págs ENTREVISTA Inês Balacó conta a sua experiência no Efort Fellowship 2006 OPINIÃO "Errar é humano" A opinião de Ciro Costa ENTREVISTA DE VIDA José Maria Vieira Da experiência vivida em Maio de 2006 ficaram raízes que o tempo não vai apagar. Inês Balacó caracteriza a sua participação como uma experiência marcante, que vai ficar gravada na minha memória e que marcou a minha especialização. Ciro Costa escreve nesta edição do Osteófito sobre o erro médico, temática cada vez mais sujeita a um escrutínio social e dos media, revelando números internacionais e soluções para a melhoria dos serviços de saúde e diminuição deste problema. Com mais de 40 anos dedicados à Ortopedia e à investigação médica, José Maria Vieira contesta o corte brutal com a profissão causado pela reforma, e defende a existência de uma forte componente humanista na prática da Medicina.
5 Como tratava a fractura de D. Afonso Henriques? Págs A LP ASSOCIAÇÃO ORTOPÉDICA DE LÍNGUA PORTUGUESA Págs Págs Págs DESTAQUE Portugal recebeu a edição de 2007 do Efort Fellowship ORTOPEDIA EM PORTGUÊS Língua Portuguesa é a base da AOLP HOSPITAIS COM HISTÓRIA A história do Hospital São João de Deus Como é habitual, jovens no último ano do internato de Ortopedia ou com ele há pouco finalizado, provenientes de toda a Europa, são seleccionados para visitar um país anfitrião durante uma semana, que para eles organiza um programa científico, social e cultural, procurando transmitir-lhes as diversas vertentes da realidade do país. Portugal foi o anfititrião da edição de O estudo e o tratamento de patologias do aparelho locomotor é a base da AOLP (Associação Ortopédica de Língua Portuguesa), uma nova estrutura associativa que pretende reunir ortopedistas, médicos e técnicos de saúde que sejam naturais ou residam em países de língua portuguesa. "Fazer o bem, bem feito" é o lema de todos os que trabalham no Hospital, ao serviço de uma comunidade que ultrapassa as fronteiras do Alentejo, que muito tem beneficiado do altruísmo do seu fundador e de todos os profissionais que ao longo de cinco décadas o têm representado.
6 Factos 1061 de modo a evitar repeti-lo. Um erro deve servir para aperfeiçoar e melhorar o sistema Ciro Costa, Patient Safety - Risk Management Nº de total de sócios da SPOT 2 Correspondentes 11 Honorários 50 Eméritos 705 Titulares 293 Extraordinários Homónimos SPOT 5Panamá Paraguai Perú Porto-Rico Portugal $00 Preço da viagem para o 1º Congresso da SPOT, que decorreu em Luanda em Data da criação da SPO (Sociedade Portuguesa de Ortopedia) Número de visitas ao website da SPOT no mês de 4273 Junho
7 Ossos do Ofício XX Jornadas de Ortopedia do Hospital de São João Jubilação do Prof. Luís de Almeida O Hospital de São João do Porto, comemorando o seu 48º aniversário, realizou nos dias 3 e 4 de Maio as XX Jornadas de Ortopedia, com a participação de mais de duas centenas de participantes. No dia 25 de Maio, o Prof. Luís de Almeida proferiu a sua íúltima aula na Faculdade de Medicina do Porto, no dia 25 de Maio, perante uma numerosa assistência, constituída por amigos, coelgas e professores de outras faculdades de Medicina do País. Congresso Nacional de Medicina e Cirurgia do Pé na Figueira da Foz A Sociedade Portuguesa de Medicina e Cirurgia do Pé (SPMCP) organizou, nos passados dias 3, 4 e 5 de Maio, o Congresso Nacional de Medicina e Cirurgia do Pé. 25 anos depois das memoráveis jornadas realizadas em Coimbra e Figueira da Foz com o Mondego a seus pés, em 1982, cuja data coincidiu com a criação da Sociedade Portuguesa de Medicina e Cirurgia do Pé, e o posterior nascimento da Secção do Pé da SPOT, o Congresso Nacional do Pé voltou à Figueira da Foz. Foram abordadas questões relacionadas com a Instabilidade do Tornozelo, Artrodeses vs Próteses do Tornozelo, Pé do Desportista, e sobre os quais foram apresentados posters e comunicações livres de mais de inúmeros participantes. Para Rodrigues da Fonseca, um dos responsáveis pela sua organização, este regresso constituiu um reavivar de emoções científicas e artísticas que continuama projectar-se no futuro daqueles que um dia se sintam apaixonados pelo Estudo do Pé. A LP ASSOCIAÇÃO ORTOPÉDICA DE LÍNGUA PORTUGUESA AOLP em formação A Língua Portuguesa é o elemento unificador do projecto da fundação desta associação O estudo e o tratamento de patologias do aparelho locomotor nos países de língua portuguesa é a base da AOLP (Associação Ortopédica de Língua Portuguesa), uma nova estrutura associativa que pretende reunir ortopedistas, médicos e técnicos de saúde que sejam naturais ou residam em países de língua portuguesa. Os interessados em participar na sua fundação poderão ter mais informações em I Jornadas de Ortopedia de Ovar Grande afluência nas primeiras Jornadas de Ortopedia do Hospital Dr. Francisco Zagalo Decorreram no passado dia 18 de Maio, na Biblioteca Municipal de Ovar as primeiras Jornadas de Ortopedia do Hospital Dr. Francisco Zagalo. Médicos e enfermeiros de vários hospitais da Península Ibérica abordaram diversas questões importantes para a especialidade, como a artroplastia primária total da anca cimentada e não cimentada, pares de fricção, artroplastia de superfície - Resurfacing, grandes diâmetros, artroplastia de revisão de anca e novas tecnologias em artroplastia de revisão. Julho
8 Foto Reportagem Próteses produzidas nas Oficinas Ortopédicas do Hospital São João de Deus, em Montemor-o-Novo. Estas oficinas são cada vez mais raras nas instituições hospitalares contemporâneas. 08 de Maio de 2007, Montemor-o-Novo.
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10 Destaque Congresso da EFORT reuniu 7000 ortopedistas em Florença O Congresso Internacional da European Federation of National Associations of Orthopaedics and Traumatology (EFORT), escolheu Florença para a sua edição de 2007, e o elevado número de participantes indica que foi uma escolha acertada. A cidade dos Medici recebeu o congresso com um programa bastante completo e que foi do agrado de todos sem excepção. O novo Secretário-Geral da EFORT é português, Manuel Cassiano Neves, e foi o responsável pela organização do Congresso de Lisboa em 2005, considerado pela Sociedade Europeia como um excelente exemplo de uma representação da EFORT. Numa Sociedade que pretende unir e ajudar a consolidar a excelência na Ortopedia Europeia, Cassiano Neves apresenta uma visão sobre o passado e o presente e projecta o futuro da Sociedade Europeia, e da relação da EFORT com a SPOT. 10 Julho 2007
11 A Basilica di Santa Maria del Fiore foi pequena para a cerimónia de abertura do VIII Congresso da EFORT, que se realizou no passado mês de Maio. Ao som de Gloria in D, RV 589 de Vivaldi, os mais de 7000 ortopedistas participantes, vindos de toda a Europa, deram início à reunião mais importante do calendário internacional, com o objectivo de discutir um largo conjunto de questões directamente relacionadas com a profissão. A Osteoporose e os novos fármacos para melhorar a estabilidade do osso foi um dos temas fortes do congresso, tal como a Osteoartrite e o Controle da Dor. O Transplante de Menisco e o Tratamento do Joelho foram outros dos temas a que o congresso deu grande importância, e aos quais os participantes deram grande atenção. Mas a par de todos estes temas, o vector custo não foi esquecido. George Bentley, Chairman do Comité Científico e Educacional da EFORT, afirmou sem rodeios: Não podemos ignorar os custos. Vamos estabelecer guidelines para as boas práticas que considerarem os custos de forma eficaz. No mesmo sentido, o Presidente da EFORT Wolfhart Puhl referiu a importância de questões políticas neste campo: Mais idosos significam mais doenças ortopédicas, mais implantes (por exemplo), e isto é um cost-conflict que tem que ser discutido. Noutro campo, o Presidente eleito Frantz Langlais conferiu extrema importância à investigação, reconhecendo que é uma área que requer bastante tempo e apelou à troca de saberes e experiências no benefício de todos os presentes em Florença. 3 PERGUNTAS A: Manuel Cassiano Neves Secretário-Geral da Efort P_ Depois do encontro da Efort em Lisboa, qual foi o desenvolvimento da Sociedade até este encontro? R_ É uma pergunta difícil de responder, porque há modificações dentro do contexto da sociedade europeia, nomeadamente na relação com as sociedades nacionais e com as sociedades especiais, que vão com certeza levar a outras modificações na organização dos congressos. Neste momento estamos naquilo a que eu chamaria de uma fase de transição. Mas a verdade é que, relativamente a este congresso, não houve grandes modificações quanto à sua linha de orientação. P_ Qual é o comentário acerca da participação portuguesa neste congresso? R_ Tem a ver directamente com a nossa participação no congresso em Lisboa. Não há dúvida nenhuma que o congresso em Lisboa teve um impacto para a nossa Sociedade ao nível da Europa, e vem demonstrar exactamente a importância destes congressos europeus, que constituem, por assim dizer, o palco para a apresentação das pequenas Sociedades, como a nossa. Teve reflexo no número de trabalhos enviados ao congresso de Florença, bem como no número de trabalhos aceites, quer nos papers quer nos posters. P_ Foi responsável pelo ensino, hoje é secretário-geral da Efort. Como encara essas novas responsabilidades? R_ É um peso grande, porque, como disse, o maior problema coloca-se nos desafios que se nos vão pôr em relação ao futuro, quanto à evolução de uma sociedade europeia. É fundamental que haja uma integração com as sociedades especiais, fundamentalmente, de forma a que possa haver um balanço na evolução científica da nossa sociedade. Julho
12 Destaque Anca Pediátrica dominou XIII Jornadas da SEOI As Jornadas da Secção para o Estudo da Ortopedia Infantil da SPOT (SEOI), realizaram-se este ano no Funchal, e apostaram no estudo da patologia da Anca como único tema de análise e debate. A presença de prestigiados conferencistas nacionais e internacionais, bem como dos representantes das sociedades congéneres francesa (SOFOP), inglesa (BSCOS) e americana (POSNA), permitiu organizar um programa científico de excelência. O Coordenador da SEOI e organizador das jornadas, Luís Filipe Costa Neves, Director do Serviço de Ortopedia do Centro Hospitalar do Funchal, faz um balanço dos trabalhos e levanta o véu sobre o futuro próximo da Secção, apontando o caminho da sua rápida transformação em Sociedade Portuguesa da Ortopedia infantil, mantendo, naturalmente, a filiação na SPOT. Foto de Helder Santos 12 Julho 2007
13 A articulação coxo-femural foi o tema escolhido para debate das Jornadas da SEOI, centrando assim todas as atenções numa única área anatómica, a Anca. Para os seus responsáveis, isso só trouxe vantagens, permitindo concretizar um excelente programa científico, possibilitando o aprofundamento dos temas e um mais extenso balanço da experiência nacional e internacional na patologia escolhida. Foram abordados temas como a Displasia do Desenvolvimento da Anca (DDA), do nascimenton e nos dois primeiros anos de vida, até às sequelas mais tardias. As experiências nacionais foram analisadas e discutidas e as diversas estratégias de tratamento mereceram uma atenção especial de convidados dos Profs. Georges Philipe e Ganz. Para além de uma análise profunda da DDA, foram tamém abordadas outras doenças importantes da articulação, nomeadamente a Epifisiólise Femoral Superior (EFS), a Doença de Legg-Calvé-Perthes, infecções e as alterações da anca nas doenças neuro-musculares. Realizou-se também a Assembleia Geral da SEOI que, para além de aprovar a candidatura dos Serviço localmente responsável pelas proximas Jornadas (Serv. de Vila Nova de Gaia), analisou o processo de desenvolvimento no quadro dos novos estatutos da SPOT, que abriu novas alternativas para as secções mais prestigiadas como a SEOI, que tenderão a transformar-se em Sociedades Afiliadas. Estas sociedades continuarão a fazer parte da SPOT, ganhando, contudo, maior dignidade e uma quase total autonomia, mantendo, naturalmente, uma coordenação com a sociedade-mãe. O seu relacionamento com as suas congéneres estrangeiras ganhará nova dimensão formal com a aquisição deste novo estatuto, correspondendo ao desenvonvimento já verificado em muitos dos países desenvolvidos. 3 PERGUNTAS A: Luís Filipe Costa Neves Coordenador da SEOI P_ Como correram os trabalhos deste 13º encontro jornadas da SEOI? R_ Decorreram excelentemente, revelando um grande nível cientìfico em todas as áreas de debate. P_ Como classifica a participação dos colegas que vieram de fora, e como correspondeu à formação dos colegas portugueses? R_ A colaboração dos colegas estrangeiros foi importantíssima, mas também há que enaltecer a intervenção dos palestrantes portugueses de topo da ortopedia nacional. P_Como coordenador para a continuação de mandato, quais são os objectivos primordiais da SEOI? P_Um dos objectivos é continuar a divulgar a Ortopedia Infantil, continuar a organizar as reuniões inter-serviços, valorizando também a colaboração de outros colegas que não estejam ligados à Ortopedia Infantil. É também um desígnio importante na nossa acção transformar a secção em Sociedade Portuguesa de Ortopedia Infantil, mantendo-a naturalmente afiliada à SPOT. Julho
14 Opinião Patient Safety Risk Management Ciro Costa * Errar é humano. Patient safety / Risk management é assunto muito discutido nos Estados Unidos, Austrália e Europa. Nos Estados Unidos com particular ênfase por vários motivos. Um deles foi o aparecimento de um livro To err is human que fala de cerca de 45 a 98 mil perdas de vidas por erros no sistema de saúde e de um número pelo menos 10 vezes superior em morbilidade séria com a mesma causa. O outro dos motivos é que a lógica da culpa, que existe no sistema, torna a Medicina mais defensiva, cada vez mais cara, por um lado, enquanto, por outro lado, os prémios de seguro de responsabilidade médica têm custos exorbitantes e aumentos exponenciais sempre que há uma decisão judicial com elevadas indemnizações. No Estado de Nova Iorque, em 2004, o seguro de responsabilidade chegou aos 100 mil dólares/ano!!! Há muitos médicos que limitam ou mesmo abandonam a actividade por não poderem suportar o prémio de seguro. Há especialidades - por exemplo Obstetrícia que «desapareceram» de alguns condados. A tendência até agora tem sido culpar os médicos. Ao fim e ao cabo são eles que dão a cara e decidem. Na maior parte dos locais, projectase a responsabilidade dos actos nos médicos e a definição da qualidade assistencial exclusivamente na avaliação/punição da performance individual dos profissionais nas suas diversas vertentes. Logicamente, sendo eles considerados os «culpados» devem ser castigados quando há algo que não corre bem e, por outro lado, para que tudo corra bem têm de ser «perfeitos» do ponto de vista técnico e científico. Para isso nada melhor do que «obrigá-los» a terem muitos conhecimentos, impondo a frequência de acções de formação - os créditos - e levando isso até ao extremo com a recertificação periódica para o exercício profissional. Mas nos países do mundo em que isso é levado muito a sério, com formação médica contínua individual obrigatória organizada e recertificação profissional individual periódica, continua a haver um elevado índice de «erros médicos» como o provam diversos estudos (The Harvard study 1991, The Utah/ Colorado study 1999, The UK pilot study 2000, Tue quality of australian health care study 1995, The danish pilot study 2001, etc.). 14 Julho 2007
15 A conjugação destes dois factores, Medicina defensiva e custos de seguro ligados à responsabilidade profissional, tornam, a curto prazo, o exercício médico quase impossível pela parte dos profissionais e com custos assustadores e proibitivos para a sociedade, colocando cada vez mais cidadãos sem acesso a cuidados de saúde. Ora isto não é aceitável em países civilizados. Nos Estados Unidos há um forte movimento na sociedade envolvendo médicos, políticos, opinião pública e organizações para impor, por lei, um tecto (até 500 mil dólares) às indemnizações por danos não patrimoniais e, assim, limitar os custos de seguro nos orçamentos de saúde. Têm tido um sucesso limitado - até agora poucos estados adoptaram leis deste género. Nova organização da prática médica A prática médica terá também de ser organizada de outra maneira. É preciso mudar os processos de controlo, avaliação e actuação se quisermos ter êxito na guerra por uma Medicina de qualidade, centrada na segurança do paciente e diminuindo o risco da nossa actividade. A nossa actividade é de alto risco, tal como, por exemplo, a indústria nuclear, a indústria química ou o transporte aéreo. Nestas indústrias há políticas de qualidade muito rigorosas que diminuíram drasticamente os erros e acidentes, pelo que teremos algo a aprender com eles. O risco de acidente ou erro na prestação de cuidados de saúde é comparado ao do montanhismo e ligeiramente menor que o bungee jumping!!! É um sistema muito pouco seguro mas poderia ser muito pior se não fossem os cuidados que os profissionais têm e vigilância que há sobre o sistema. Os voos charter e a indústria química revelam melhores níveis de segurança e, no topo desta lista de actividades de risco, temos o transporte aéreo regular, os caminhos-de-ferro e a indústria nuclear. Estas últimas actividades atingiram o topo da segurança porque alteraram os seus procedimentos e implementaram políticas adequadas. A grande diferença está na forma como se olha para os erros. De uma maneira geral, num sistema organizado, os erros serão do sistema, resultam de várias falhas concorrentes e não dos indivíduos em si. Um erro deve servir para aperfeiçoar e melhorar o sistema de modo a evitar repeti-lo. E não se melhora o sistema castigando o vector do erro, mas sim analisando o que correu mal e o que se deve fazer para não voltar a acontecer. Uma política de castigo, vergonha e punição a quem é considerado o responsável da falha leva a que se tente desculpar, a esconder o problema ou a transferi-lo para outrem em vez de encarar a falha de frente, expondo-a para que seja possível evitá-la no futuro. As queixas e a punição tornam as coisas piores. É muito melhor aprender com o erro e redesenhar os processos de actuação. Portanto, temos de mudar a cultura das nossas organizações e utilizar os conhecimentos das ciências da segurança para tornar a nossa actividade mais segura. Erros são causados por maus sistemas O erro é próprio da actividade humana, não pode ser alterado por punição, mas pode ser evitado e podemos proteger os doentes das suas consequências. Na epidemiologia do erro, até agora, os erros eram falta de cuidado, davam origem a queixas, vergonha e punição e, por isso, considerava-se que se deveria insistir no treino individual para a perfeição. Mas não, os erros são causados por maus sistemas e não por más pessoas. As queixas e a punição tornam as coisas piores. É muito melhor aprender com o erro e redesenhar os processos de actuação. Por isso começam a ser adoptadas políticas de prevenção e estudo dos erros nos serviços de saúde. Devemos melhorar o desenvolvimento científico e técnico nesta área do conhecimento aproveitando e adaptando o que de melhor se faz em outras actividades mais avançadas em termos de segurança. Há muito a fazer para melhorar as nossas hipóteses de evitar os erros: - Adoptar medidas simples, como a obrigatoriedade de serem comunicados todos os acontecimentos adversos; - Desenvolver sistemas padronizados e rigorosos de identificação dos doentes e dos locais da cirurgia; - Criar bases de dados de efeitos adversos por comunicação voluntária; - Fazer auditorias clínicas periódicas, como instrumento de aprendizagem de gestão de risco clínico. - Promover cultura de informação e aprendizagem. - Melhorar o relacionamento entre os diversos níveis de decisão, alterando os argumentos de autoridade e hierarquia nas instituições para decisões partilhadas e discutidas transversalmente. - Fazer campanhas de formação em questões específicas, como por exemplo, lado errado da intervenção, prevenção de infecções, identificação de doentes, prevenir erros de medicação. A Ortopedia está em foco nestes problemas. Num estudo italiano, a especialidade registava 16,5% das queixas, contra 13% da Oncologia, 10,6% da Cirurgia e 10,8 % da Ginecologia. Por isso quando se fala e discute «erro médico», a Ortopedia e os ortopedistas devem estar na linha da frente *Ortopedista no Centro Hospitalar de Coimbra (Hospital dos Covões) Ex-Vice-Presidente da União Europeia dos Médicos Especialistas Julho
16 Ortopedia em Português O estudo e o tratamento de patologias do aparelho locomotor nos países de língua portuguesa é a base da AOLP (Associação Ortopédica de Língua Portuguesa), uma nova estrutura associativa que pretende reunir ortopedistas, médicos e técnicos de saúde que sejam naturais ou residam em países de língua portuguesa. O apoio à fundação da AOLP tem-se escorado numa, cada vez mais, alargada base de apoio, contando com o empenho de ortopedistas e médicos angolanos, cabo-verdianos e guineenses. A LP ASSOCIAÇÃO ORTOPÉDICA DE LÍNGUA PORTUGUESA
17 A nível institucional, o apoio à criação da AOLP tem sido impulsionado pela Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia (SPOT), bem como pela Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), nomeadamente, através do empenho pessoal dos seus presidentes. A AOLP tem a sua base fundada nas duas sociedades científicas e em Associações e Ordens relacionadas com as suas áreas de abrangência, mas será constituída por sócios individuais, estando em curso a recolha de apoios para a definição do seu núcleo fundador. A SPOT centralizará todos os contactos a este nível. Mapear e responder às necessidades 2metas da SPOT para 2007 A formação da AOLP insere-se num programa mais vasto de cooperação entre a direcção da SPOT e os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP). As acções de cooperação desenvolvidas, ou em desenvolvimento, assentam num mapeamento constante das necessidades assistenciais e de formação desses países, que possam ser colmatadas ou supridas por estadias voluntárias de curta ou média durações de ortopedistas portugueses, tal como vem referido nas linhas programáticas da direcção da SPOT. A implementação destas acções tem-se repartido por diversas fases e por acções de diferentes tipologias. O Hospital Batista de Sousa, na cidade do Mindelo, em Cabo Verde, tem recebido vários médicos portugueses, desde Julho de 2006 Gonzalez (Hospital da Figueira da Foz), Fernando Carneiro (Hospital de Ponta Delgada) Arruda (Hospital de Ponta Delgada), Ferreira Mendes (Hospital da Universidade de Coimbra), Delgado Martins (Lisboa) e Cornélio (Centro Hospitalar do Funchal). Em Janeiro de 2007, na cidade de Luanda, e ainda no âmbito dos objectivos de cooperação preconizados pela direcção da SPOT, decorreu o primeiro Curso Prático sobre o Método de Ponseti para o Tratamento dos Pés Botos, envolvendo ortopedistas, médicos e técnicos de saúde angolanos. O Hospital Pediátrico David Bernardino foi o local escolhido para o desenvolvimento deste curso ministrado por Jorge F. Seabra, que se insere no desenvolvimento de projectos específicos de formação e assistência na área da patologia do aparelho locomotor. No futuro, irão decorrer acções idênticas, em parceria com médicos e instituições científicas e governamentais de países lusófonos. Lançamento da AOLP A Associação Ortopédica de Língua Portuguesa esboçou os primeiros passos em público no primeiro Congresso da Comunidade Médica de Língua Portuguesa, que se realizou em Novembro de 2006, na Cidade da Praia, em Cabo Verde. As pontes com os médicos e restantes países lusófonos têm-se assumido como uma dimensão importante do trabalho da direcção da SPOT, reforçada, ainda no congresso da Cidade da Praia, pelo contacto pessoal e discussão de projectos de intercâmbio futuro com colegas e autoridades de Cabo Verde, Angola Guiné e Brasil, como é referido no documento de apresentação da AOLP. O reforço do relacionamento entre Portugal e a restante comunidade lusófona tem sido desenvolvido em diversas ocasiões, nomeadamente, no terceiro Congresso Internacional de Médicos de Luanda, evento em que o presidente da SPOT voltou a reforçar o empenho da direcção da Sociedade no desenvolvimento de actividades assistenciais e formativas com os países de Língua Portuguesa. A cooperação no âmbito da lusofonia será reforçada no XXVII Congresso da SPOT, que se realizará nos dias 13 a 16 de Novembro de 2007, em Vilamoura, e para o qual estão convidados a participar os ortopedistas dos países lusófonos. O Congresso da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, que se realizará entre 5 e 7 de Julho, no Rio de Janeiro, será o próximo marco na fundação da AOLP, culminando, como refere o documento de apresentação da Associação, num acto fundador a realizar no XXVII Congresso da SPOT. Reforçar as relações com os colegas e associações dos países lusófonos e a formação da Associação Ortopédica de Língua Portuguesa Julho
18 Hospitais com História SãoJoão Hospital de Deus Montemor-o-Novo
19 Cinco décadas a «fazer o bem, bem feito» Está um dia de calor intenso, embora longe da canícula alentejana que háde marcar os meses seguintes. Lisboa olha-nos pelo retrovisor, enquanto nos afastamos rumo ao sul. As primeiras curvas a seguir à ponte dissipam os restos de capital. As construções começam a rarear na paisagem, e a perder de altura, como se preferissem esticar as suas paredes pela planície, em vez de a dominarem do alto. Montemor-o-Novo fica a menos de cem quilómetros, a distância que separa o viajante do Hospital S. João de Deus. Longe, como longe foi o ano de 1943, data da aquisição dos terrenos do futuro hospital que viria a nascer sete anos depois, em Tdavia, a sua origem, dir-se-ia o seu momento criador, remonta a 1495, data de nascimento do seu patrono, S. João de Deus, que depois de contactar com diferentes organizações assistenciais, criou em Granada, Espanha, uma Instituição sanitária, que se prefigura como a base do hospital moderno e que viria a ser implementada, em Portugal., no conventohospital de Montemor-o-Novo, no final do 1.º quartel do século XVII, local de nascimento de S. João de Deus. Com o Decreto de exclaustração das Ordens Religiosas, perdeu-se a continuidade da sua acção, durante 2 séculos e só seria restaurada em meados do século XX. Número de doentes triplica A construção demorou três anos, tendo terminado a tempo de ser inaugurado numa altura muito importante para a Ordem: as comemorações do quarto centenário da morte de S. João de Deus, em O hospital tinha, à época, capacidade para o internamento gratuito de 37 doentes e era composto por uma estrutura que permitia fazer operações (nomeadamente tratando as sequelas da poliomielite, que assolou a região com particular intensidade) um serviço de gessos, três médicos e seis Irmãos da Ordem. Chegou a receber doentes de todo o país. A partir da década de 60, os anos seguintes seriam decisivos, com a colaboração da Fundação Calouste Gulbenkian, para a construção de um novo edifício (1966) e das novas Oficinas Ortopédicas (1969), e com uma evolução qualitativa e logística incomparável com o momento inicial. A capacidade de internamento duplicava, as Oficinas Ortopédicas perdiam o seu carácter rudimentar inicial, que tanto impressionara o presidente da fundação, Azeredo Perdigão. E apesar da cirurgia pediátrica continuar a ser a principal valência, começava a assumir um insuspeito protagonismo a cirurgia plástica, longe, ainda, da utilização massiva da actualidade e totalmente empenhada na correcção de malformações, de que restam imagens fortes que integram o acervo fotográfico do Hospital. Eduardo Rosado Pinto, chefe de equipa de cirurgia pediátrica do Hospital, que acompanhou o seu crescimento, no início dos anos 80, definiu (no suplemento da Revista Hospitalidade, datada de 1981) a importância da fundação da instituição como o mais emocionante e brilhante da vida do Hospital. O seu lançamento e a conquista de uma reputação que o convertesse num pólo de atracção. Daqui emergiria o seu futuro e, nestes primeiros dez anos, teriam de ser fundados os alicerces de uma obra estável e perdurável. As duas décadas seguintes procuram responder às exigências colocadas pelo aumento da capacidade do Hospital e pela crescente procura dos seus serviços. Os anos 70 e 80 do século XX representam a alteração da gestão do Hospital e a sua profissionalização. O número de doentes tratados triplica em trinta anos, atingindo quase os 10 mil, ao mesmo tempo que as consultas externas disparam quase para a centena de milhar e o número de operações não pára de crescer.
20 Atenção às necessidades das pessoas Excelência e referência Cruzado o século e o milénio, o Hospital S. João de Deus continua a crescer e a ser reconhecido e a proveniência diversa dos seus milhares de doentes atestam a qualidade do trabalho desenvolvido. À Ortopedia somam-se outras especialidades, como a Cirurgia Geral, a Cirurgia Plástica, a Cirurgia Vascular, a Clínica Geral e a Fisiatria. Sob o lema do fundador da Ordem Hospitaleira fazer o bem, bem feito, estão disponíveis outras seis especialidades Cirurgia da Coluna, Otorrinolaringologia, Estomatologia, Traumatologia Desportiva, Reumatologia e Oftalmologia. O actual director clínico, Augusto Marinheiro, sintetiza a linha condutora da evolução do Hospital: Encontrar as novas necessidades das pessoas e dar resposta a essas necessidades. Exemplo da implementação deste lema é a manutenção das oficinas ortopédicas, prestando assistência, por exemplo, aos doentes que sofrem as sequelas da poliomielite. Esta valência do Hospital S. João de Deus está em fase de actualização geracional, com vários jovens a fazerem a ponte de saberes com os mais antigos mestres, recuperados e formados na instituição. Este rejuvenescimento, a par da necessidade de dotar a estrutura com meios humanos capazes de fazer face à crescente necessidade de resposta às crescentes solicitações, conferiram outro peso comunitário ao Hospital, que, como revela Augusto Marinheiro, a seguir à Câmara Municipal, é o segundo maior empregador do concelho. Os Irmãos da Ordem de S. João de Deus são omnipresentes em toda a estrutura, desenvolvendo uma série de operações especializadas, sobretudo, no sector de enfermagem do Hospital, coordenado pelo Irmão Jorge Dias, na Ordem há mais de 20 anos. Esta ligação reflecte-se no funcionamento do Hospital, de acordo com o seu director clínico, na forma de encarar o doente, conferindo uma humanização aos cuidados médicos. Augusto Marinheiro está há vinte anos no Hospital S. João de Deus. Ocupa o cargo de director clínico há seis anos, encontrando-se em licença sem vencimento do sector público, pertence aos quadros do Hospital de S. José, para melhor se dedicar à actividade do Hospital de Montemor-o- Novo. Destaca a dimensão nacional dos serviços que tutela: Recebemos doentes de todo o país são os doentes que procuram o Hospital. Numa altura em que os discursos dos agentes de Saúde referem insistentemente os centros de referência e os centros de excelência, a Ordem Hospitaleira de S. João de Deus fundou um Hospital que concretiza o lema do seu patrono: Fazer o bem, bem feito. 20 Julho 2007
21 As pessoas do S. João de Deus A primeira fase do Hospital São João de Deus, à época ainda Hospital Infantil, deu-se na altura dos grandes combates contra a Poliomielite e a Paralisia Cerebral, a par de um tratamento cuidado dos muitos deficientes que pediam esmola pelos campos, muitas vezes explorados por estranhos, o que levou o Hospital a adoptar uma política activa de acolhimento e tratamento, chegando em muitos casos a empregálos após o fim dos tratamentos. Os seus principais intervenientes foram Vicente Silva (Director Clínico), Alfredo Santos Saúde, Rosado Pinto, João de Almeida e Sá, Matos Coimbra, Teotónio Lança, entre outros. Numa segunda fase da vida do São João de Deus houve um grande incremento cirúrgico, pela mão do Prof. José Maria Vieira, consolidando o trabalho anteriormente realizado pelos pioneiros da instituição, e que abriu caminho a uma terceira fase mais direccionada para a ortopedia do adulto, factor resultante de um decréscimo da Ortopedia Infantil a nível nacional, não descurando no entanto o tratamento das sequelas das doenças que lhe deram origem. Nesta fase salienta-se igualmente a actividade de Mário M. da Silva, J. Manuel Cardoso e Helena Santos. A terceira fase do Hospital, sempre sob a orientação dos ortopedistas Manuel Guerra e José Eurico Parra, com início nos anos 80 e que se prolongou até aos dias de hoje, veio consolidar o estatuto do Hospital como um dos mais bem sucedidos a Sul do Tejo, e confirmar o valor da aposta dos seus fundadores. Augusto Marinheiro é o actual Director Clínico, coordenando uma equipa de 12 Cirurgiões Ortopedistas, 1 Cirurgião dedicado à Coluna, 1 Cirurgião especializado em traumatologia desportiva, 3 Cirurgiões Gerais, 4 Cirurgiões de Plástica e Reconstrução, 2 Oftalmologistas, 4 Otorrinolaringologistas, 8 Anestesistas, 1 Clínico Geral, 1 Estomatologista, 3 Fisiatras, 4 Reumatologistas e 5 Fisioterapeutas. Nas Oficinas Ortopédicas trabalham 3 Ortoprotésicos. Julho
22 Entrevista INÊS BALACÓ ORTOPEDISTA 22 Julho 2007
23 EFORT FELLOWSHIP Uma experiência fundamental Turquia, Maio de 2006 este foi o destino de Inês Balacó, médica portuguesa, actualmente a trabalhar no Hospital da Universidade de Coimbra, no âmbito do programa Efort Fellowship, que este ano se realizou em Portugal. Sete dias intensos de intercâmbio cultural e científico. Se politicamente, a Turquia parece estar muito longe da realidade portuguesa, científica e humanamente, os pontos de contacto são reais. Fundamental! É desta forma peremptória que Inês Balacó, uma das mais recentes participantes no Efort Fellowship, da European Federation of National Associations of Orthopaedics and Traumatology, caracteriza o programa. Cerca de um ano depois de ter estado na Turquia, país anfitrião da edição de 2006, a ortopedista portuguesa não regateia elogios à iniciativa, porque abre horizontes e possibilita aos participantes uma visão mais ampla do trabalho realizado noutros países. Não estamos virados só para nós, sublinha Inês Balacó, enquanto recorda a Turquia como uma agradável surpresa e a organização como pessoas extremamente simpáticas e afáveis, além de que demonstravam grande disponibilidade e interesse, providenciando um acompanhamento efectivo dos participantes. A função de desmistificador de culturas é um dos méritos do Efort Fellowship, contribuindo para um efectivo conhecimento entre médicos provenientes de diferentes países da Europa, discutindo e revelando as suas idiossincrasias culturais, ao mesmo tempo que debatem a evolução da Medicina nos seus países. Neste capítulo, para Inês Balacó é possível constatar que, ao contrário de outras áreas nacionais, na Medicina não estamos nada mal. E, tal como em relação à realidade portuguesa, também na Medicina turca, são facilmente detectáveis os avanços técnicos e científicos. PONTES PARA O FUTURO O programa Efort Fellowship destina-se aos internos do último ano, altura da formação que Inês Balacó considera a ideal para a participação numa iniciativa com estas características. É neste momento que é possível avaliar todo o impacto que um programa com a interactividade do Efort Fellowship proporciona, cruzando uma dinâmica de convívio com a componente científica e criando uma verdadeira inter-relação entre as várias populações envolvidas, afirma Inês Balacó. Da realidade dos colegas turcos, a médica portuguesa recorda a tendência de viver só a Medicina, ficando, inclusivamente, alojados em residências quase a viver nos hospitais. Este terá sido um dos pontos que mais vincou a distância entre a realidade portuguesa e a realidade turca a ausência de uma dimensão pessoal dos médicos turcos, a inexistência de vida para além do exercício profissional e, como sustenta a Inês Balacó, eu realizo-me como médica, mas também como mulher, como mãe. Da experiência vivida em Maio de 2006 ficaram raízes que o tempo não vai apagar. E Inês Balacó caracteriza a sua participação como uma experiência que me marcou, que vai ficar gravada na minha memória e que marcou a minha especialização. Dos dias passados na Turquia ficaram os contactos pessoais, a discussão de casos clínicos através da Internet e os s trocados entre participantes. Inês Balacó resume a memória do Efort Fellowship: Participar foi importante. Vou divulgar. Julho
24 Efort Fellowship Talvez o princípio de uma bela amizade A ideia é boa, e foi há alguns anos adoptada pela EFORT, procurando estimular as relações entre jovens ortopedistas, provenientes dos diversos países europeus que nela estão representados. De facto, os que têm a experiência de muitos anos de profissão e de vida, sabem que, como as amizades dos bancos de escola, os contactos tidos nos alvores da carreira, abrem portas para ligações profissionais e afectivas, que permanecem e se aprofundam com o passar dos anos, nos reencontros de Jornadas e Congressos, ultrapassando línguas e fronteiras. Assim, e seguindo a traça desse projecto, jovens no último ano do internato de Ortopedia ou com ele há pouco finalizado, provenientes de toda a Europa, são seleccionados pelo valor dos seus curricula para visitar um país anfitrião durante uma semana, que para eles organiza um programa científico, social e cultural, procurando transmitir-lhes as diversas vertentes da realidade do país. 24 Julho 2007
25 Este ano, Portugal acolheu o Spring Travelling Fellowship da Efort. E foi lá se ensina e o que lá se investiga, tudo bem explicado pelos Profs. Abel no último domingo de Maio, já com o sol da Primavera, que, dos aviões Nascimento, José Casanova e Fernando Fonseca. Depois, casos clínicos. A apontados ao aeroporto da Portela, young fellows vindos de Itália, Reino Unido, Turquia, Suiça, Noruega, Suécia, Dinamarca, Alemanha, Eslovétónio Figueiredo, António Laranjo, Rui Cabral, Reis e Reis, Fernando Judas, anca, a bacia, o ombro, tumores, microcirurgia e banco de ossos, com Annia, Lituânia, Eslováquia, Espanha e Holanda, puderam avistar a mancha José Teixeira e José Portela que coordenou. Pela avaliação deixada nos verde do Tejo e o branco mosqueado do casario de Lisboa, juntando-se ao papeis, a jornada foi por eles classificada, no mínimo, como boa, e, pela representante português, Pedro Matos. maioria, como excelente. A estadia foi projectada para assegurar boas condições mas sem luxos, Leitão, no Rui dos Leitões, para dar a conhecer o sabor da região, com o cumprindo linhas orientadoras da EFORT. E a semana começou com uma fado dos estudantes, e a despedida do sexto ano médico no Coimbra manhã de conferências no Hospital Egas Moniz organizada pelo Dr. José tem mais encanto cantada em coro pelas almas animadas. Consciência, também responsável global do Travelling Fellowship em Viagem para a capital do Norte. Dia livre para conhecer o Porto, com o Portugal. cinzento da baixa, o rio dos barcos rebelos, o angulado arrojo da Casa da A coluna (instumentação lombar dinâmica, vertebroplastia/cifoplastia, Música, talvez uma volta até ao mar, na Foz. Ao finar da tarde, jantar na coluna cervical), o pé reumatóide, investigação e cultura de condrócitos, Ribeira, no Chez Lapin com tantos anos de vida, que talvez ainda nem a segurança e o risco, foram os temas desta primeira sessão, decorrida antes do almoço. Participaram como palestrantes os Drs. Tavares de Matos, A semana dos ossos acabou na sexta-feira, com arranque a cargo do tivessem nascido. João Salgueiro, Isabel Rosa e João Campagnolo. Hospital de S. João, o mesmo da festa da cidade, tendo o Prof. Gilberto A tarde, passada já no Hospital Fernando Fonseca, foi coordenada pelo Costa na regência. Dr. Paulo Felicissímo, contando com os Drs Anabela Barradas, Carlos Martins, Vítor Coelho e Pedro Dantas, mas agora vem o trauma e a degenerativa, por quem faz bem o que faz. Coluna, sempre a coluna, pelo menos isso temos, dizem os optimistas, Factores de crescimento, artroscopia e a utilização de sistemas de navegação na anca e no joelho, foram os assuntos em foco, continuados, te e Vitorino Veludo. Palestras também a cargo dos Drs.Rui Matos, Nuno Neves, Nuno Alegre- com acrescentado interesse, em work-shops, onde os nossos visitantes À tarde, foi a vez do Hospital de St. António, com o Prof. António Oliveira e Seabra Lopes, puderam ter uma aproximação à prática das técnicas ex- e postas. Seguiu-se o jantar no restaurante 5 Oceanos, num ambiente informal, comendo bem e conhecendo-se melhor. Na manhã seguinte, partida para Coimbra, com um almoço a ver o mar, no Restaurante Marveja, como teria de ser para fazer jus ao nome. Faltou o sol, mas ainda assim sem desencorajar passeios na praia mas com menos coragem para o banho, porque o clima parecia fresco para as gentes do Sul, embora com calor bastante para os chegados do Norte. Meia hora até Coimbra, a tempo de uma visita á Alta, aos Gerais, com a velha Torre da Universidade e o esplendor da Capela e da Biblioteca. Quarta-feira inicia-se com um regresso à Ciência. Ortopedia Infantil, para começar, no Hospital Pediátrico. Organização do Dr. Jorge Seabra, com Gabriel Matos e Tah Pu Ling. Problemas da coluna cervical da criança, tumores, dismetrias e alongamento dos membros. Pelo que nos deixaram em escrito e em palavras, foi boa a ciência e ainda melhor a companhia. Esperamos que levem de Portugal, a memória dos ossos, mas também do coração. Talvez aqui tenham encontrado, o princípio de uma bela amizade, como dizia Bogart, em Casablanca. de novo a coluna, agora com as suas deformidades por quem as sabe corrigir, mais as metástases e degenerativa com Pedro Cardoso e José Vilarinho. A ortopedia acabou, fica o sábado para o passeio de barco no Douro, o regresso a Lisboa, e o adeus no voo de volta a casa. Pelo que nos deixaram em escrito e em palavras, foi boa a ciência e ainda melhor a companhia. O debate foi interessante, participação activa, perguntas de quem sabe Esperamos que levem de Portugal, a memória dos ossos, mas também do bem o que quer saber. coração. Talvez aqui tenham encontrado, o princípio de uma bela amizade, Tarde nos Hospitais da Universidade (HUC), com o que lá se faz, o que como dizia Bogart, em Casablanca. Julho
26 Para além da Ortopedia 26 Julho 2007
27 Temos 500 anos de preparação na modalidade Pedro Beckert, ortopedista, cede passagem a Pedro Beckert, velejador, presidente da Federação Portuguesa de Vela. Há 35 anos, ainda antes da Medicina, o futuro ortopedista, sulcava as águas pela primeira vez, nos Lusitos, iniciando as rotas que o levariam ao topo, até aos dragões. Nesta classe existem campeões de vários barcos, até mesmo campeões olímpicos, frisa Pedro Beckert, enquanto recorda as duas tentativas para participar em duas edições dos Jogos Olímpicos Seul e Barcelona. Tão longe como o mais distante dos horizontes já tinham ficado as outras classes de embarcações. A modalidade foi um complemento de todas as actividades e estendeu-se por várias fases da minha vida: liceu, faculdade, internato, hospital. Cada etapa ficou catalogada por momentos diferentes ligados à Vela. Na faculdade, o transporte de barcos, de França para Portugal, com as férias a serem ocupadas por regatas. No internato, o projecto de participação em duas olimpíadas. Actualmente, a presidência da Federação de Vela. Não quero fazer carreira de dirigente desportivo, mas houve uma necessidade de responder aos desafios, afirma Pedro Beckert, recordando a sua primeira experiência nesta área, em 1984, com o Professor Mário Quina. As vantagens da adversidade Pedro Beckert considera que a Vela está a atravessar um período de forte exposição mediática, existindo um interesse cada vez maior na modalidade. Este momento representa o seu relançamento e do país nos desportos náuticos, salienta, destacando os ventos muito duros, uma adversidade que poderá ser um factor que irá atrair a atenção sobre Portugal. Pedro Beckert destaca, ainda, a realização, no Verão, do campeonato do mundo de 11 classes olímpicas, em Cascais. Uma prova do concurso da Taça América, a realizar em águas nacionais, é outro dos factores a potenciar a visibilidade da modalidade, apesar de não termos ganho o leilão de 400 milhões de euros para obter a organização integral da prova. Dos velejadores portugueses, Pedro Beckert destaca a sua qualidade a equipa olímpica é notável já temos 500 anos de preparação. Julho
28 Opinião R. Palma Rodrigues Ortopedista do Hospital do Outão Consultor da Direcção-Geral de Saúde (Divisão de Cooperação Internacional) CPLP O longo caminho da cooperação A frequência e periodicidade com que se tem verificado a realização de conferências, consultas, seminários e outros encontros, em que participam altos responsáveis dos países membros da CPLP, diz bem da sua sentida necessidade e da importância que revestem os temas de cooperação analisados e discutidos em tais areópagos. Dentre os assuntos recorrentemente tratados avultam a cooperação entre participantes e as conclusões incluem, de modo quase uniforme, questões de metodologia e questões temáticas fixando áreas de colaboração e de entreajuda. O tema Recursos Humanos tem estado e permanece na ordem do dia em vista do crescimento e desenvolvimento económico e social que se verifica já, ou se pressente vir a eclodir em breve, na maioria dos países da CPLP, em alguns de modo acelerado. No campo da saúde a acuidade do problema carência de recursos humanos é ainda maior, ou mais sentida, e a necessidade de garantir a prestação de cuidados de saúde às sociedades em transformação mais ou menos rápida, conduz directamente à necessidade de porfiar pela auto suficiência em técnicos do sector médico, fixados e inseridos nas comunidades e aí prestando valioso contributo no sentido do seu progresso. O dilema actual desses países, que se pode sintetizar na alternativa entre não ter técnicos porque os não formam ou formá-los no exterior e perdêlos, carece de ser resolvido. Assunto que tem preocupado a própria União Europeia, cujo Conselho reuniu no Luxemburgo em Abril de 2006, para aí definir a sua Estratégia de acção e onde, na sequência da aprovação das conclusões resultantes da reunião do Grupo dos Assuntos Gerais e das Relações Externas do Conselho, com Representantes dos Governos dos Estados-Membros, foi feita uma Declaração de compromissos da UE sobre a escassez de RHS nos países em desenvolvimento. O VII compromisso é constituído por um plano com doze acções prioritárias, correlacionadas, de entre as quais se transcrevem três: * Apoiar a mobilização de recursos financeiros e o desenvolvimento de capacidades técnicas para a gestão nacional e regional dos recursos humanos no sector da saúde, em particular em África; * Reforçar os meios consagrados aos programas de formação, se necessário desenvolvendo e revendo os currículos e métodos de formação, por forma 28 Julho 2007
29 a aumentar o número de trabalhadores qualificados do sector da saúde nos países em desenvolvimento; * Criar mecanismos e definir orientações que favoreçam as migrações circulares dos trabalhadores da saúde, incentivando-os a regressarem ao seu país de origem após períodos de formação e de experiência profissional em países mais prósperos, a fim de contribuírem para o desenvolvimento do sector da saúde nos seus países. Nesta perspectiva, a solução, parcial ao menos, parece passar pela aquisição de um máximo de capacidades de formação in loco, evitando a deslocalização e o natural enraizamento dos formandos em outras sociedades, Sustenta-se, que a estas medidas de algum modo restritivas devem corresponder, por outro lado, providências compensadoras traduzidas no reforço do apoio oficial no momento do regresso e início da vida profissional. Medidas cautelares que passam, antes de mais, pelo incremento da capacidade de formação nos países de origem através de uma cooperação bilateral, v.g. com Portugal, para o desenvolvimento de serviços e centros formadores, para a intensificação de acções envolvendo a prática médica nesses países o que pode ser conseguido pelas deslocações mais frequentes e as estadias mais prolongadas de médicos portugueses abertos à cooperação, que os há. [Veja-se, a este propósito, o programa da Comunidade Médica com alta probabilidade de não regresso às origens, uma vez terminado o processo formativo, frequentemente muito longo. No decurso da última década, diversas foram as ocasiões em que o problema da formação de técnicos foi abordado, ficando bem clara em todas elas a concordância das análises. Assim aconteceu em Lisboa em na Consulta Internacional de RH da Saúde, sob a égide da OMS; novamente em Lisboa em na Cimeira de Ministros da Saúde da CPLP; em Sandton, em com a Oficina de Trabalho sobre Desenvolvimento de Políticas de RH para os PALOPs e, finalmente, em Lisboa em , com o Seminário sobre RH da Saúde em Países da CPLP, onde, a título de exemplo e acerca da formação pós graduada de médicos, foi identificada como prioritária a realização dos Internatos da Especialidade nos países de origem, com exame de saída nesses países e com estágios no estrangeiro, de curta duração. O dilema actual desses países, que se pode sintetizar na alternativa entre não ter técnicos porque os não formam ou formálos no exterior e perdê-los, carece de ser resolvido. de Língua Portuguesa (CMLP) constituída em Fevereiro de 2006]. Este apoio técnico inicial, que nunca será visto com cariz de tutela, deve evoluir para um outro tipo de relação durante a vida profissional dos formados a quem convém ser garantida a possibilidade de manter ligação estreita com os serviços em que estagiaram em Portugal, nomeadamente através de acções de formação médica contínua ou da criação de relações de geminação entre serviços congéneres dos dois países. Numa palavra, parece ser do interesse dos formandos e dos governos dos seus países, que neles se faça toda a formação possível, tendendo para ser completa pela melhoria dos serviços formadores, reservando para o exterior, neste caso Portugal, os complementos de formação indispensáveis, realizados sempre em estágios de duração limitada Nestes encontros sempre se tem procurado que as medidas tomadas no sentido da transferência de responsabilidades e local de formação de cidadãos oriundos de países da CPLP para os seus países de origem, sejam acompanhadas de outras medidas dissuasoras da sua fixação no exterior. Tem sido sugerido e defendido que a permanência no estrangeiro, para a realização de estágios complementares de formação, deve ter curta duração, por períodos que não ultrapassem os seis meses em cada ano. E se é defendido que deve ser concedida ao cidadão estrangeiro, desse modo licenciado em medicina, a possibilidade de inscrição na Ordem dos Médicos isso não deveria significar equivalência de licenciatura ou autorização para o exercício autónomo da Medicina. Nestas circunstâncias admite-se como mais correcto, que o título de licenciatura e a correspondente autorização de exercício deve ser concedido no país de origem após o regresso, terminados os estágios e prestadas as provas finais da lei, pela entidade competente, ou seja a Ordem dos Médicos do país de onde o cidadão formado evitando a permanência prolongada e ininterrupta no estrangeiro. Desta breve retrospectiva sobre algo do que se tem feito no seio da CPLP, no sentido de fomentar a cooperação, ressalta o empenhamento das diversas partes envolvidas e o reconhecimento do proveito mútuo que um tal processo trás consigo, não só na manutenção e aprofundamento de indeléveis laços históricos, mas também e sobretudo nos horizontes que abre com vista ao percurso comum dos caminhos do futuro. Mas é também evidente que à clareza desta visão de companheiros de jornada histórica, tem de corresponder uma capacidade de concretização de objectivos que está em tempo de tomarmos em mãos, como tão bem sublinhou o Colega Dr Jorge Seabra, Presidente da SPOT, no seu discurso de tomada de posse. Pensamos que a futura Associação Ortopédica de Língua Portuguesa (AOLP) poderá dar um contributo inestimável nesta actividade sublime da cooperação entre os países e regiões lusófonas. é natural. Julho
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