Missão Belém - Diário Espiritual Junho 2015

Transcrição

1 Missão Belém - Diário Espiritual Junho 2015 Vinde a mim, todos vós, que estais cansados e oprimidos, que Eu vos aliviarei... Aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração e encontrareis descanso para o vosso espírito. (Mt. 11, 28-30)

2 Mensagem da Rainha da Paz (Medjugorie) Queridos ilhos! ilhos! EU estou com vocês também hoje para guiálos à salvação. Sua alma está inquieta porque seu espírito está fraco e cansado de todas as coisas mundanas. Vocês, ilhinhos, rezem ao ESPÍRITO SANTO para que Ele possa transformá-los e preencher vocês com a SUA Força de fé e esperança, para que vocês possam ser irmes nesta batalha contra o mal. EU estou com vocês e intercedo por vocês diante do MEU FILHO JESUS. Obrigada por terem respondido ao MEU Chamado. 25 de abril de 2015 Queridos filhos! Abram seus corações e procurem sentir quanto os amo e quanto desejo que amem meu filho. Desejo que possam conhecê-lo ainda mais, pois é impossível conhece-lo e não ama-lo, pois ele é amor. Eu os conheço, filhinhos meus, conheço as suas dores e sofrimentos, pois já os vivi. Sorrio junto com vocês nas suas alegrias e choro com vocês as suas dores. Jamais os abandonarei, sempre darei a minha benção maternal, mas, eu como mãe, preciso dos seus corações abertos para que com sabedoria e simplicidade difundam o amor de meu filho. Preciso que estejam abertos e sensíveis para o bem e a misericórdia. Preciso que estejam unidos a meu filho, pois desejo que sejam felizes e ajudem-me a trazer a minha felicidade a meus filhos. Apóstolos meus, preciso que vocês mostrem a todos a verdade de Deus, para que o meu coração que já suportou tanto e ainda hoje suporta tanto sofrimento possa no amor triunfar. Rezem pela santidade dos seus pastores para que em nome do meu filho possam operar milagres, pois a santidade opera milagres, Obrigada. 2 de maio de 2015 Deus entra e as drogas fogem. Ele derrama seu imenso amor nos nossos pobres corações, seu tesouro nos nossos vasos de barro. Somos Náufragos, salvando náufragos, pelo poder de Deus. Vaso de Barro Edivan Sou Edivan Dourado da Silva da casa Matheus 25, da Vila Bom Samaritano. Tenho 31 anos de idade e sou do Estado do Tocantins. Sou filho de Maria da Paz Dourado da Silva. Fui criado por minha mãe e convivi com ela até os meus 24 anos de idade, quando ela faleceu. A convivência que eu tive com meu pai foi muito pouca, e quando ele se separou de minha mãe eu tinha apenas oito anos de idade. Aos sete anos eu já trabalhava, vendia geladinho e ficava pouco em casa. Gostava de ganhar meu dinheirinho e com ele eu comprava balas, picolés e até os lápis e caderno para ir à escola era eu que comprava. Quando o meu pai se separou de minha mãe, eu o vi ir embora. Ele passou por mim, disse que estava indo embora e que não voltaria mais. Ele até me convidou a ir com ele, mas eu falei que não, que eu não ia largar a minha mãe, eu ia ficar com ela. Naquele momento em que ele foi embora, eu estava com uma caixa de geladinho, vendendo na rua. O fato de eu ver o meu pai partindo, não me deixou alegre nem triste. Não tive pena, não tive vontade de ir com ele, não tive dó de vê-lo saindo assim. Não tive nenhum tipo de sentimento, até porque ele trabalhava fora e ficava muito pouco em casa. Ele bebia muito e quando chegava em casa era com ignorância, queria bater em minha mãe, em mim e no meu irmão. Eu não tinha nenhum apego por ele. Eu gostava era da minha mãe. Sempre gostei dela. Ainda hoje gosto. Mesmo ela estando morta, tenho-a no meu coração. 2 3

3 Ficou muito marcado na minha lembrança o fato de eu ver a minha mãe sempre trabalhando de sol a sol na lavoura por uma mixaria para nos sustentar, comprar um calçado, um pente que seja, ou uma carne para a gente comer. Sempre tirou da própria boca para dar aos filhos. Saía cedo, chegava tarde e não ligava se estava doente ou não. Isso foi muito marcante na minha vida. Chegou a morar na casa dos outros porque meu pai a deixou na rua da amargura. Enfrentou o trabalho duro, com toda dificuldade pra nos sustentar, pra nos criar, porque mãe é mãe e não tem nada melhor. A gente só vem dar o devido valor quando chega a faltar. O meu irmão também trabalhava, mas era um menino muito bandoleiro, andava na companhia de outros garotos fazendo coisas erradas. Sempre brigava com ela e saía de casa, minha mãe ia atrás dele e ele não queria nem dar atenção a ela. Enfim, eu fui o único que convivi bastante com ela. Até o último dia de sua vida. Já estava com nove anos e mesmo eu me virando, vendendo os meus geladinhos, fazendo meus biquinhos, foi uma época muito difícil para ela. Mas nunca deixou de nos dar atenção ou carinho. Ela brigava quando eu aprontava, mas tudo que ela falava era para o meu bem. Ela também brincava, tivemos bons momentos juntos. Eu era o caçula e não saía de perto dela. O meu irmão mais velho é por parte de pai e mãe. Depois que meu pai se separou de minha mãe, ele arrumou outra mulher, com quem teve quatro filhos. Por isso tenho outros quatro irmãos, mas só por parte de pai. Eu os conheci depois da morte de minha mãe. É estranho conhecer os irmãos já grande, adulto, depois de 20 anos de idade, sem ter tido acesso antes, sem intimidade. Mas graças a Deus, não tivemos nenhum contratempo. Fizemos amizade e nos demos muito bem. Eu ia lá na casa deles, ou nos encontrávamos na rua. Meu sofrimento começou quando tinha somente 12 anos de idade e tive que parar com os estudos e ir trabalhar na roça, para ajudar minha mãe, pois nós vivíamos numa cidade pequena do interior do Tocantins, onde o ganho era muito pouco e não dava para sobreviver. Eu saía para trabalhar fora, depois de uns 15, 20 dias eu voltava, ficava uma semana ou um final de semana em casa e voltava para trabalhar. Para mim, trabalhar não era um problema, até porque, eu comecei a trabalhar desde pequeno. Agora estou vendo o quanto Deus me mudou e nem sei explicar... A primeira vez que eu coloquei bebida alcoólica na boca, foi quando eu tinha seis anos de idade. Meu pai algumas vezes nos levava para a cidade. Ele passava no bar, comprava umas balinhas e ali ele ficava. Bebia umas e mandava o dono do bar colocar um pouquinho pra mim e outro para o meu irmão. Falava: Toma aí pra esquentar o frio. Imagina eu, uma criança com seis anos de idade e ele mandando beber um golinho de pinga. E foi já daí que começou a minha tendência ao alcoolismo. Eu bebia e achava bom. Houve vezes de eu achar pinga lá em casa, tomar escondido e ficar bêbado. Teve um dia que no sítio, tinha eu uns sete anos de idade mais ou menos, um pessoal veio até o sítio onde havia uma cachoeira, um rio de água muito limpa, uma maravilha. Fiquei ali no meio deles e comecei a tomar caipirinha e em poucas horas eu estava completamente bêbado. Cheguei em casa ruim, vomitando muito. A partir daí, foi o início da minha bebedeira, apesar da minha inocência. Dos sete para os dez anos continuei bebendo. Minha mãe deixava. Ia para as festas com ela e tomava uma cervejinha aqui, outra acolá, mas era pouco e ela achava normal. Naquela época, a maioria das crianças já bebia e, como eu, vivia mais fora do que dentro de casa. Para mim tudo isso era normal e assim fui me deixando levar pelos vícios. Daí em diante, comecei a beber de verdade. Passando para os doze anos, passei a tomar todo final de semana e tomava tomando mesmo. Não era mais cervejinha, era pinga misturada com cerveja, vinho, catuaba. E também nessa época eu já fumava escondido. E isso foi através do meu irmão com quem de vez em quando eu fumava escondido; e fui aprendendo; e com dez anos eu já comprava o meu maço de cigarro e fumava normalmente na frente da minha mãe e de todos. Aos catorze anos de idade eu conheci a maconha. Um dia meu irmão estava dentro do quarto fazendo um cigarro e perguntou se eu queria experimentar. Aceitei. Dei uns dois tragos e foi a mesma coisa que levar uma martelada. Fiquei tonto, parecia que tinha um monte de buracos ao meu redor e eu não agüentei e fui me deitar. E nessa de fumar e deitar, eu ficava relaxado e dava aquele soninho e eu fui entrando cada vez mais... Acabei viciando nisso. O tempo foi passando e continuei trabalhando pesado na roça e ganhando muito pouco. Nesse tempo eu praticamente nem mesmo sabia o que era rezar, nem conhecia Deus. Sabia que Deus existia, mas não tinha nenhum sentimento por Ele. Meu problema era trabalhar, a noite era para descansar, jogar um baralho, assistir televisão ou até mesmo, quando tinha, fumar maconha. Nunca fui de ir à igreja. Cheguei a ir algumas vezes numa igreja evangélica, mas ia bêbado e porque estava interessado numa menina. Não deu certo e eu acabei desistindo. Meu negócio era trabalhar e no final de semana ou de quinze em quinze dias ir para a cidade. Ia para a balada, ia curtir, beber e estourava todo o meu dinheiro. 4 5

4 Lógico que minhas roupas eu comprava e ajudava com alguma coisa em casa. O resto eu estourava tudo, não dava valor ao que eu tinha. Não tinha nenhum objetivo, não pensava no futuro, não sabia guardar. Se eu tivesse cabeça naquela época, com certeza eu teria segurado alguma coisa, teria construído um futuro melhor. Mas também, serviço de roça não dá muito futuro para ninguém, não leva a lugar nenhum, a gente só se acaba. Mesmo assim, ainda é melhor do que viver vagabundeando e roubando. Pelo menos nessa época eu gostava de trabalhar e assim sustentava o meu vício. Comecei a curtir com as meninas do bairro. Andava também muito em cabaré e foi em um desses cabarés que eu, em grupinho comecei a fumar pedra. Naquele tempo chamavam o craque de brita. Enfim, foi aí que começou a minha perdição. Até então, nunca tinha deixado de trabalhar. Sempre gostei de ter o meu próprio dinheiro. Na verdade, eu nem sabia que a minha vida poderia ficar pior do que já estava. Aos poucos fui caindo cada vez mais nas coisas erradas e tudo que conquistei foi jogado fora. Tudo o que me restava para viver como um homem de respeito eu decidi largar. Vendi tudo e gastei todo o dinheiro com amigos, bebedeiras e prostituição. Quando não tinha mais nada, todos aqueles que diziam ser meus amigos me viraram as costas e a partir daí eu caí de vez na depressão, pois não tinha mais nada, nem mesmo a vergonha de estar naquela situação. Percebi que estava tudo perdido e começou o desânimo, não tinha mais casa e ninguém me aceitava. Então passei a viver na rua, mendigando de um e de outro. Não tinha esperança de mais nada, só queria beber e usar drogas. Coragem para pedir um prato de comida eu não tinha, e também tinha vergonha de ir nas casas dos parentes e amigos pois tinha medo deles falarem algo sobre mim que era verdade e que eu não queria ouvir. Porque tudo isso que tinha acontecido foi algo que eu mesmo tinha escolhido, e sabia que eles tocariam no assunto. Foi assim que conheci um andarilho e ele me convidou para andar com ele. Não tive outra escolha para mim naquele momento, pois esta era a única saída. Pelo menos com ele eu poderia comer sendo que ele sabia pedir. Foi assim que passamos a ser amigos. Então, também descobri que para ganhar facilmente as coisas, precisava mentir, enganar, manipular as mentes das pessoas. No começo, eu fiquei um pouco acanhado, mas depois eu fui aprendendo e percebi que pedir era a forma mais fácil para ganhar dinheiro para usar droga, beber cachaça, jogar sinuca. Aqui eu tenho uma família que me valoriza e me trata com dignidade. Nessa época eu tinha que correr o trecho, aprontando umas coisas aqui, outras ali, ainda era um pouco barriga verde, não tinha muita malícia. Tinha a minha mochilinha nas costas. Andava bem vestido, sempre com roupa limpa porque jogava a suja fora e vestia a limpa que eu ganhava. Antes eu não tinha conhecimento de como seria a vida de uma pessoa sem teto, na rua, e agora eu não tinha a mínima idéia de como foi que me encontrei naquela situação. E para complicar mais a minha situação, perdi todos os meus documentos e roubaram todas as minhas roupas. Numa noite, acabei tomando demais e usando muita droga, dormi na calçada junto com outras pessoas ali da maloca e quando acordei não tinha mais nada. Levaram tudo, até meu tênis, tudo. Levaram minha carteira achando que tinha alguma coisa dentro, mas já não tinha mais nada, a não ser meu documento que levaram e eu fiquei sem. Agora era partir para outra e conquistar mais. Assim fiquei sem nada e nessa confusão toda eu conheci uma mulher da rua. A família dela era daqui do interior de São Paulo, da cidade de Paulínia. O meu antigo companheiro que me ajudou foi embora pra outra cidade e essa mulher me convidou para vir junto com ela pra São Paulo. Saí do meu estado do Tocantins junto com ela com destino a São Paulo. Passei por muita humilhação, pois ela sabia pedir e eu não tinha muita experiência nesse ramo e me sentia um inútil. Levei muitos xingos das pessoas para conseguir as coisas. O momento de maior sofrimento era quando acordava no meio da noite com fome e tinha que revirar as latas de lixo em busca de comida, isso depois que os outros irmãos de rua já tinham rejeitado os restos de comidas. Tudo isso eu passei durante dois anos de rua aqui em São Paulo. Teve uma noite que apareceu um irmão pedindo o meu chinelo, dizendo que estava vindo de longe e os pés dele estavam feridos e não estava aguentando mais. Eu olhei para ele e tirei os meus calçados e dei pra ele. O outro irmão que estava do lado disse: Você deu seu chinelo e agora vai ficar descalço. Eu respondi: Não tem problema, eu tenho outro guardado, o irmão estava precisando e eu dei e não me arrependo. Hoje eu percebo que esse irmão era Jesus que estava fazendo seu primeiro encontro comigo. Depois disso aconteceram várias vezes. Jesus nunca me abandonou. Posso dizer estou vivo hoje porque Ele quis. Hoje sinto Deus em meu coração. 6 7

5 Um dia estava numa praça bêbado no centro de São Paulo e de repente apareceu um irmão que falou: Vocês querem comer? Ali perto da Catedral tem uns irmãos servindo comida. Podem ir até lá, vamos servir vocês também. Eu não tinha nem força para andar e o mesmo irmão me pegou e me levou até lá. Quando cheguei fui recebido com um forte abraço, um abraço que há muito tempo que eu não ganhava. E esses irmãos eram os missionários da Missão Belém que no mesmo instante em que me serviam, me faziam um convite para vir para umas das casas de acolhida. Isso aconteceu no momento que eu mais precisava e não pensei duas vezes. Dei o meu sim e eles me trouxeram para a Missão. Vim para umas das casas de triagem no sítio São Miguel Arcanjo em Jarinu no dia Com carinho e respeito lá também fui muito bem recebido. Durante uns dois dias meus pensamentos eram de voltar pra rua de novo, mas logo na mesma semana aconteceu um encontro que mudou minha vida e meus pensamentos de vez. Esse encontro foi o Jê-Shuá. Desde o momento que comecei a participar eu percebi o quanto é maravilhoso sentir o poder do Espírito Santo dentro de mim. Este encontro foi tão forte que comecei a chorar. Cada momento que eles apresentavam tocava profundamente em mim. Era como se eles estivessem falando de toda minha vida e isso me incentivou muito e decidi dar continuidade na minha caminhada. Passei por muitas tentações, fui atribulado várias vezes, mais continuei perseverando na minha caminhada. Fui transferido várias vezes para outras Casas, mas sempre procurei dar continuidade. Já estou com dois anos e meio na Missão desde quando eu cheguei. Nunca quis voltar para a vida louca de antes. Lá fora não tenho ninguém, mas aqui eu tenho uma família que me valoriza e me trata com dignidade. Hoje, durante o meu dia-a-dia, faço minhas atividades da vila como assessor, ajudo na área da medicação e, nos momentos vagos, eu faço minha adoração na capela e procuro estar sempre partilhando com os idosos e monitores da vila. Agora eu estou vendo o quanto Deus me mudou e nem sei explicar como Ele fez isso na minha vida. Deus tirou tudo o que eu tinha de vícios, de maldade, tirou tudo de ruim que eu tinha no meu coração. É como se tivesse lavado com uma bucha, água e sabão. Hoje sou um homem feliz por estar cuidando dos irmãos idosos. O sentimento de mudança é muito grande. Hoje me sinto um outro homem, totalmente mudado e transformado. Não penso mais como antes. Para eu chegar até aqui, eu tive que fazer muitas escolhas: suportar, aceitar, obedecer, servir, rezando e orando. Foi a única forma de encontrar força na minha vida e disso eu não tenho nenhuma dúvida. A partir do momento que eu conheci Deus, eu senti que Ele me segurou com as duas mãos e me acolheu. Me senti como se fosse um filhotinho de estimação, que a gente pega e não quer soltar mais. Eu sinto que Deus faz isso comigo. Hoje sinto Deus no meu coração. Sinto força para seguir em frente, tenho esperança. Sinto apego, sinto apoio, mesmo estando aflito, em dificuldade é a Ele que eu vou atrás de socorro. E é Ele que me salva, que me ajuda. Eu sou muito grato ao que Deus me fez até hoje. Me colocou na sua presença para servir em sua obra, me doando a cada dia o seu amor. Desejo dar continuidade na obra de Deus por muito tempo, pois sei que sem sua presença não consigo estar firme. Preciso de Deus a todo instante da minha vida e isso me faz feliz. O que faço hoje é realmente gratificante para mim. Sou um homem feliz por estar cuidando dos irmãos idosos. Eu me sinto responsável por eles. Obrigado, Senhor, por tudo e agradeço à Missão Belém por me resgatar do lixo e me dar uma vida nova. Avisos - Junho JE-SHUA - SP: Fraternidade Remidos - dias 26/ 27 e 28 de Junho. - JUNDIAI: Fraternidade Shalon - dias 26/27 e 28 de Junho. Fraternidade Kayros - dias 26/27 e 28 de Junho. CANA -São Bernardo: dias 20 e 21 de Junho - Informaçoes Tatiane tel

6 Êxodo Espiritualidade Belém: Eis o Cordeiro de Deus que tira (e carrega) o pecado do mundo (João 1,29). A Ação de Javé que liberta e salva o seu povo é um contínuo carregar. (Estatutos 101) TRECHO PARA O DIÁRIO: Salmo 111 (112) 1 Aleluia! Feliz quem teme o Senhor e muito se alegra nos seus mandamentos. 2 Poderosa sobre a terra será sua descendência, a posteridade dos justos será abençoada. 3 Na sua casa há riqueza e bemestar, e sua justiça permanece para sempre. 4 Surge nas trevas como luz para os justos, ele é bom, misericordioso e justo. 5 Feliz quem é compassivo e empresta, administra seus bens com justiça. 6 Não vacilará para sempre. O justo será sempre recordado. 7 Não tem medo de notícias más, seu coração é firme, confia no Senhor; 8 seu coração está seguro, nada teme, até ele vencer seus inimigos. 9 Ele reparte e dá aos pobres, sua justiça permanece para sempre, seu poder se eleva na glória. 10 O ímpio vê e se irrita, range os dentes e definha. Vão é o desejo dos ímpios

7 Êxodo Espiritualidade Belém: Ele envolveu seu povo com sua atenção, guardou-o qual menina de seus olhos; como a água excitando sua ninhada, ele abre suas asas e o carrega, transporta-o sobre suas penas e o leva às alturas... (Deuteronômio 32,-13). (cont.estatutos 101) TRECHO PARA O DIÁRIO: Marcos 12, Então, mandaram alguns fariseus e partidários de Herodes, para apanhar Jesus em alguma palavra. 14 Logo que chegaram, disseram-lhe: Mestre, sabemos que és verdadeiro e não te deixas influenciar por ninguém. Tu não olhas a aparência das pessoas, mas ensinas segundo a verdade o caminho de Deus. Dize-nos: é permitido ou não pagar imposto a César? Devemos dá-lo ou não? 15 Ele percebeu-lhes o fingimento e respondeu: Por que me armais uma armadilha? Trazei-me a moeda do imposto para eu ver. 16 Trouxeram-lhe uma moeda. Ele perguntou: De quem é esta figura e a inscrição?. Responderam: De César. 17 Então, Jesus disse: Devolvei, pois, a César o que é de César e a Deus, o que é de Deus. E estavam extremamente admirados a respeito dele

8 Expresse com suas palavras a(s) resposta(s) acima: 14 Luís Gonzaga foi uma das almas eleitas sobre as quais Deus derrama graças e dons em superabundância para mantêlas na inocência. Altíssimo foi o grau de santidade alcançado por ele nessa vida. Nada de terreno o atraía, vivia em contemplação e todas as suas ações estavam em conformidade plena com os desígnios divinos. Eis como o famoso dominicano Padre Garrigou-Lagrange descreve uma alma nesse estado de perfeição: Depois da purificação passiva do espírito, os perfeitos conhecem a Deus de uma maneira quase experimental, não mais passageira, porém quase contínua. Não somente durante as horas da Missa, do Ofício Divino ou demais orações, mas também no meio das ocupações exteriores, sua alma permanece voltada para Deus. Por assim dizer, eles não perdem sua presença e guardam a união atual com Ele. Compreenderemos com facilidade a questão se a analisarmos em contraposição ao estado de alma do egoísta. Este pensa sempre em si mesmo e, naturalmente, refere tudo a si; entretém-se sem cessar consigo mesmo sobre suas veleidades, suas tristezas, ou suas superficiais alegrias; sua conversa íntima, por assim dizer, é incessante, mas vã, estéril e esterilizante para todos. O perfeito, ao contrário, em lugar de pensar em si, pensa constantemente em Deus, em Sua glória, na salvação das almas e, para isso, faz tudo convergir para este objetivo, como por instinto. Sua conversa íntima não é consigo mesmo, mas com Deus. Vejamos alguns episódios da existência terrena, breve, mas pervadida de santidade, de São Luís Gonzaga, que refletem bem sua inocente alma. RETIDÃO DESDE A INFÂNCIA Luís Gonzaga nasceu no dia 9 de março de 1568, no Castelo de Castiglione delle Stiviere, na Lombardia (Itália). Era primogênito de Fernando, Marquês de Castiglione e príncipe do Sacro Império e de Laura Gonzaga. Foi o primogênito de oito filhos. Os trabalhados de parto estavam difíceis e todos lá temiam pela vida da mãe e da criança. Foi então que, por inspiração divina, Dona Laura fez uma promessa a Nossa Senhora de Loreto, de consagrarlhe esse primeiro filho e de levá-lo em peregrinação ao seu santuário, tão logo ambos se recuperassem. Imediatamente o menino nasceu, e com grande alegria. Puseram-lhe o nome de Luís, Luís de Gonzaga. O recém-nascido haveria de ser a maior glória da dinastia dos Gonzaga, uma das mais ilustres de toda a Itália. Desde muito pequeno, Luiz gostava de ouvir falar de Deus; da mãe herdara a piedade e as virtudes cristãs e do pai o espírito determinado e corajoso dos militares. O pai ocupava lugar de destaque na corte de Felipe II, da Espanha, e a mãe era dama de honra da Rainha. Luís, por ser filho mais velho, tinha direito à sucessão dos títulos honoríficos e era herdeiro natural do feudo do pai. O marquês de Castiglione queria preparar o filho para as funções a que era destinado: ser um grande soldado. A mãe preocupava-se em dar-lhe uma educação cristã. Logo que o menino começou a balbuciar as primeiras palavras, notou-se-lhe uma simpatia extraordinária a tudo que era de Deus. Cinco anos tinha apenas, e não raras vezes era encontrado num ou noutro cantinho da casa, fazendo devotamente as orações. E, desde menino, Luís fazia diariamente suas orações de manhã e à noite; apenas com sete anos já recitava todos os dias o ofício de Nossa Senhora e outras orações de sua devoção, e o fazia de joelhos. 15

9 Êxodo Espiritualidade Belém: No deserto, Israel se sente carregado como um pai carrega um filho com todo carinho (Deuteronômio 1,31). (Estatutos 101) TRECHO PARA O DIÁRIO: Salmo 25 (24), Bom e reto é o Senhor, por isso indica aos pecadores o caminho certo; 9 guia os humildes na sua justiça, aos pobres ensina seus caminhos. 10 Todas as veredas do Senhor são amor e verdade para quem observa sua aliança e seus preceitos. 11 Por teu nome, Senhor, perdoa meu pecado, por maior que seja. 12 Qual é o homem que teme ao Senhor? Indica-lhe o caminho a seguir. 13 Ele viverá feliz, sua descendência possuirá a terra. 14 O Senhor se faz íntimo de quem o teme, dá-lhe a conhecer sua aliança. 15 Tenho os olhos fixos no Senhor, pois ele livra do laço o meu pé. 16 Volta-te para mim e tem misericórdia, porque sou só e infeliz. 17 Alivia as angústias do meu coração, livra-me das aflições. 18 Vê minha miséria e minha pena e perdoa todos os meus pecados

10 Êxodo Espiritualidade Belém: Deus é sempre um amoroso Pai, mesmo não correspondido: Era para ele como quem ergue um bebezinho em seus braços e o acarinhava com meu rosto (Oséias 11,4). (cont. Estatutos 101) 18 TRECHO PARA O DIÁRIO: Marcos 14, No primeiro dia dos Pães sem Fermento, quando se sacrificava o cordeiro pascal, os discípulos perguntaram a Jesus: Onde queres que façamos os preparativos para comeres a páscoa? 13 Jesus enviou então dois dos seus discípulos, dizendolhes: Ide à cidade. Um homem carregando uma bilha de água virá ao vosso encontro. Segui-o 14 e dizei ao dono da casa em que ele entrar: O Mestre manda perguntar: Onde está a sala em que posso comer a ceia pascal com os meus discípulos? 15 Ele, então, vos mostrará, no andar de cima, uma grande sala, arrumada. Lá fareis os preparativos para nós! 16 Os discípulos saíram e foram à cidade. Encontraram tudo como ele tinha dito e prepararam a ceia pascal. 22 Enquanto estavam comendo, Jesus tomou o pão, pronunciou a bênção, partiu-o e lhes deu, dizendo: Tomai, isto é o meu corpo. 23 Depois, pegou o cálice, deu graças, passou-o a eles, e todos beberam. 24 E disse-lhes: Este é o meu sangue da nova Aliança, que é derramado por muitos. 25 Em verdade, não beberei mais do fruto da videira até o dia em que beberei o vinho novo no Reino de Deus. 19

11 Noite Dourada - São Paulo Saber enxergar o bem do irmão: Uma noite por semana, cada casa da Missão Belém vive uma troca testemunhos, em que todos falam do bem que viram o irmão fazer durante a semana. Flores de Santidade - SP Santos Borges da Silva São José de Anchieta O irmão que se destacou esta semana foi Santos Borges pela sua dedicação que tem com a casa. Sempre arruma as camas dos irmãos que se levantam cedo para irem à cozinha. É um simples gesto, mas demonstra atenção e generosidade. Por isso ele foi o mais votado e ganhou a nossa Noite Dourada. Sebastião Luiz Pereira Maria Auxiliadora Hoje, a maioria dos votos da nossa Noite Dourada vai para o Sebastião. Ele é Vice-Coordenador, mas atua também na acessoria, ajudando com a documentação dos idosos e em outras necessidades da vila e da casa. O irmão já tem um ano de caminhada e quer continuar se dedicando aos idosos; é por esses motivos e por sua dedicação que indicamos o nosso irmão Sebastião Luiz para a nossa Noite Dourada. Bruno Cosme São João da Cruz O irmão foi o escolhido desta noite pelo seu desempenho em fazer suas tarefas na casa, junto aos acolhidos e de se preocupar com irmãos e lidar com humildade com cada um. Está se doando, dando o seu sim buscando as Providências. Michel Pereira Beato Paulo VI Michel Pereira foi o mais votado, pois estar se mostrando bastante interessado em sua caminhada. Está ajudando muito a fazer a diferença em nossa casa. É bastante esforçado e procura sempre aprender mais. Tem bastante aceitação. Italo Desatadora de Nós O irmão escolhido para a Noite Dourada da semana foi o Italo, pois estava eu descansando durante a tarde, quando fui convidado pelo irmão para ajudar a dar banho em um senhor que ele acolheu na rua. Com alegria, fui ajudar o irmão de rua fraco e muito machucado, sujo e com fome nem conseguia ficar em pé. Com carinho, o irmão foi limpo e seco, com amor fizemos o seu café e, depois de ter limpas as feridas dos pés, ele foi para o descanso. Hoje esse irmão de rua já caminha sozinho e está bem graças a Deus. Valdir Bueno de Oliveira - Maria Auxiliadora Meu propósito hoje é Aceitar, concretamente procurando entender o que é melhor para mim. Hoje dei banho e depois dei de comer ao mesmo idoso. Ao anoitecer eu o coloquei para dormir. Vejo que hoje consigo aceitar o que antes, no mundão, não imaginava ser capaz de fazer: ajudar a quem precisa, sem querer nada em troca. Marcos da Cruz Santa Edwiges Eu tirei o propósito de Agradecer. Logo pela manhã estava um pouco desanimado, não tinha vontade de fazer nada porque estava me lembrando da minha família e a tarde fui para a capela e lá estava o meu coordenador Bruno. Contei a minha dificuldade para ele e ele me falou só coisas boas, positivas. Foi nessa hora que me lembrei do meu propósito a agradeci a Deus e ao irmão Bruno. Obrigado, Senhor. Claudinei Loss São José de Anchieta Meu propósito foi Prosperar, concretamente prosperando neste dia de hoje. Hoje pude ter um dia bom, aonde pude prosperar, pois tinha acabado de almoçar e já fui ajudando o irmão a limpar o refeitório. Pois foi bom para mim, poder ajudá-lo. Apesar de eu ser motorista, devo ajudá-lo a limpar a nossa vida. E foi assim que eu vivi o meu propósito neste dia de hoje. Amém. Célio Fernando B. Junior São José de Anchieta Propósito Vigiar, concretamente em palavras e atividades. De manhã fui à capela rezar e fazer o diário e o Tratado de Maria. E logo pela manhã, pude viver o meu proposito, pois teve um acolhido que me xingou e eu, olhar para o meu pulso, vi o meu propósito e saí de perto do irmão sem falar nada, por mais que minha vontade fosse de retrucar. Nas minhas orações, rezei pela vida do irmão e Deus me confortou junto com a Virgem Maria. Amém. Carlos Ferreira dos Santos Bom Samaritano Meu propósito foi Matar o velho homem. Hoje eu vivi a mesma rotina levantei de madrugada, fui para a cozinha. Mesmo sendo o cozinheiro, ajudei um novato a tomar o café da manhã. O irmão é deficiente no corpo, porém tem a mente boa e me xingou várias vezes. Eu quebrei o meu orgulho e deixei Deus trabalhar na minha vida, porém reconheço que tenho que mudar o meu modo de agir com os demais, e vou buscar a Deus

12 Expresse com suas palavras a(s) resposta(s) acima: Muito agradava à marquesa ver quão bem seu filho assimilava, desde pequeno, suas maternais instruções de piedade. Seu pai, porém, se inquietava, pois temia que a devoção o desviasse da carreira das armas, à qual se destinavam os primogênitos. Quando Luís tinha cinco anos de idade, o marquês recebeu ordem de partir para Túnis à frente de três mil homens da infantaria italiana e, devendo passar em revista as tropas na cidade de Casalmaior, levou-o consigo, para acostumá-lo ao sabor das armas. O pequeno nobre, recebeu de presente de seu pai, uma pequena armadura, elmo espadinha e um pequeno arcabuz de verdade; assim fardado foi levado para o acampamento e para revista das tropas. Luís passou o menino lá alguns meses. Ele gostava de estar junto das tropas, imitava seus gestos e muitas vezes até os palavrões, sem saber o que significavam. Por ocasião de uma parada militar, que se ia realizar em Casale, foi com o pai assistir àquele espetáculo. Essas evoluções foram acompanhadas pelo pequeno Luiz com um interesse tal que, sem que alguém o tivesse percebido, carregou uma peça de artilharia e deitou-lhe fogo. Pouco faltou que pagasse com a vida a imprudência, pois a carreta recuando com a descarga, só por milagre não o apanhou nas rodas. Estando muito tempo com os soldados, era inevitável os ouvisse pronunciar palavras pouco decentes, que, na sua inexperiência, começou a repetir sem lhe saber a significação. De fato, de volta a Castiglione, seu tutor chamou sua atenção dizendo que aquela não era linguagem de lábios limpos e puros. Luiz comoveu-se as lagrimas e por toda a sua vida dizia que aquele episódio marcou a sua conversão. Tinha somente 5 anos. Desde então, não apenas nunca mais proferiu tais palavras, mas manifestava grande enfado quando ouvia alguém pronunciá-las. Essas duas faltas (os palavrões e a bala de canhão) Luiz as chorou toda a vida, como se fossem gravíssimos pecados. Muito se envergonhou por essas faltas e, quando já religioso, costumava contá-las para provar como fora mau desde criança. DEVOÇÃO A MARIA E VIRTUDES EXEMPLARES Na idade de sete anos, começou Luiz a perder o gosto pelas coisas deste mundo e a dedicar-se ao serviço de Deus. Este sétimo ano era por ele mesmo chamado o ano de sua conversão, o ponto de partida para uma vida mais perfeita. Desde aquela época, cumprindo o propósito feito, rezava diariamente, de joelhos, o ofício de Nossa Senhora e os sete salmos penitenciais, devoção esta que nunca mais abandonou, praticando-a até nos últimos dias da doença. Em seu coração sempre nutriu um grande amor pela Santíssima Virgem Maria e para ela dispensava longas e carinhosas manifestações de sua devoção. Apesar dos fortes apelos da sociedade e das outras crianças da época, que sonhavam com as glórias das conquistas militares e das honras da nobreza, o pequeno Luiz cada dia crescia nas virtudes cristãs. Deus rapidamente construía a bela catedral da alma de Luís, o qual, com a simplicidade de uma criança, deixava-se conduzir pelo Pai celestial. As lições de disciplina que aprendeu com o pai, ele as aplicava em sua vida espiritual e, por isso, cresceu nele um zelo pela virtude da castidade, aliada a uma vida de oração, apesar do ambiente da corte em que vivia. Quando Luís fez nove anos de idade, Dom Fernando o levou, juntamente com seu irmão Rodolfo, para a corte do Grãoduque da Toscana, em Florença, onde seu pai o colocou com o seu irmão Ridolfo aos cuidados do tutor Francesco de Medici para ensina-los o Latin e o italiano puro da Toscania

13 Êxodo Espiritualidade Belém: Essa é a Missão do profeta, mesmo quando dura, como na experiência de Moisés: Porventura fui eu que concebi todo esse povo? Fui eu que o gerei? Para que hoje (Tu Javé) me diga: Carrega-o nos braços, como a ama a criança que amamenta? (Números 11,12) (cont.estatutos 101) 24 TRECHO PARA O DIÁRIO: Salmo 145 (146) 1 Aleluia! Louva o Senhor, minh alma, 2 louvarei o Senhor enquanto eu for vivo, enquanto viver, cantarei hinos a meu Deus. 3 Não confieis nos poderosos, em seres humanos que não podem salvar, 4 Exalam o espírito e voltam ao pó da terra; nesse dia se acabam seus planos. 5 Feliz quem recebe auxílio do Deus de Jacó, quem espera no Senhor seu Deus, 6 criador do céu e da terra, do mar e de quanto contém. Ele é fiel para sempre, 7 faz justiça aos oprimidos, dá alimento a quem tem fome. O Senhor livra os prisioneiros, 8 o Senhor devolve a vista aos cegos, o Senhor levanta quem caiu, o Senhor ama os justos, 9 o Senhor protege os estrangeiros, ampara o órfão e a viúva, mas transtorna o caminho dos ímpios. 10 O Senhor reina para sempre, o teu Deus, Sião, por todas as gerações. Aleluia! 25

14 Levitico Espiritualidade Belém: A verdade é que o pecado cria uma carga pesada : Vossos cadáveres ficarão no deserto... Vossos filhos andarão errantes por quarenta anos, no deserto, para expiar (carregar) vossa iniqüidade (Números 14,32-33). (Estatutos 102) TRECHO PARA O DIÁRIO: Marcos 12, Ao ensinar, Jesus dizia: Cuidado com os escribas! Eles fazem questão de andar com amplas túnicas e de serem cumprimentados nas praças, 39 gostam dos primeiros assentos na sinagoga e dos lugares de honra nos banquetes. 40 Mas devoram as casas das viúvas, enquanto ostentam longas orações. Por isso, serão julgados com mais rigor. 41 Jesus estava sentado em frente do cofre das ofertas e observava como a multidão punha dinheiro no cofre. Muitos ricos depositavam muito. 42 Chegou então uma pobre viúva e deu duas moedinhas. 43 Jesus chamou os discípulos e disse: Em verdade vos digo: esta viúva pobre deu mais do que todos os outros que depositaram no cofre. 44 Pois todos eles deram do que tinham de sobra, ao passo que ela, da sua pobreza, ofereceu tudo o que tinha para viver

15 Expresse com suas palavras a(s) resposta(s) acima: GOTAS DE ESPIRITUALIDADE Da Escola de perfeição cristã de S. Afonso Maria de Ligório A ESSÊNCIA DA PERFEIÇÃO 1. FELICIDADE QUE NOS PROCURA A PERFEIÇÃO Se Nosso Senhor te concede o desejo da perfeição, é um sinal de que te chama à verdadeira felicidade. Deus tem sempre em vista em todas as suas ações o nosso maior bem. Poderemos achar um amigo que nos ame mais que nosso Deus? Ele não quer que alguém se perca, mas que todos façam penitência (2 Ped 3, 9), para que todos se salvem, pois esta é a vontade de Deus, vossa santificação (1 Tes 4, 3). Deus faz consistir sua honra em nos fazer felizes, pois a bondade é a sua natureza, na expressão de S. Leão. Ora, como à essência da bondade é próprio o comunicar-se, tem Deus um desejo infinito de fazer a almas participantes de sua bondade e bem aventuranças. Sendo ele infinitamente feliz e a mesma perfeição, quanto mais intimamente uma alma se unir a ele, tanto mais perfeita e feliz se tornará. A perfeição torná-la-á feliz na vida na morte e sobretudo na eternidade. I. A perfeição nos torna verdadeiramente felizes na vida Como já vimos, a perfeição consiste na conformidade da nossa vontade com a vontade de Deus; nessa conformidade baseia-se também nossa felicidade, enquanto se pode falar de felicidade neste vale de lágrimas. Perguntado uma vez Afonso o Grande, rei de Aragão, qual o homem que julgava mais feliz, respondeu: O que se atém à vontade de Deus recebe tudo, quer agradável, quer desagradável, como um presente de sua mão. Para os que amam a Deus todas as coisas concorrem para o bem (Rom 8, 28). Os que amam a Deus estão sempre contentes, porque sentem prazer em executar a vontade de Deus, mesmo em coisas que os contrariam. Até os sofrimentos oferecem-lhes motivo de alegria, por que sabem que agradam a seu Senhor, suportando-os pacientemente. Nada, pois, impede lhes a felicidade, Nada contristara o justo, aconteça o que acontecer (Prov 12, 21). Poderia haver maior felicidade para nós que ver realizados todos os nossos desejos? Ora, quem quer só o que Deus quer, vê a realização de todos os seus desejos, visto que tudo o que acontece é por vontade de Deus. Le-se na vida dos Padres do deserto que um campo de um pobre aldeão frutificava mais que de seu vizinho. Perguntando pela causa, respondeu que era por que tinha sempre o tempo que precisava. Mas como isso é possível? Porque nunca desejo outro tempo que o que Deus me envia e por que desejo só o que Deus deseja, concede me Ele sempre os frutos que desejo. Quando as almas que amam a Deus são humilhadas, recebem elas o que desejam; quando são pobres, amam a pobreza e assim se contentam com tudo o que lhes sobrevém e isso torna as felizes. Quando faz frio ou calor, quando chove ou venta diz o que se conforma a vontade de Deus: estou satisfeito com esse tempo por que Deus assim o quer. Visita o a pobreza; a perseguição, a doença, a morte mesmo, ele se contenta com a vontade de Deus. Deseja ser pobre, perseguido e mesmo morrer, diz ele, por que Deus assim o determinou. Esta é a santa liberdade de que gozam os filhos de Deus e a qual mais apreciam do que todos os impérios e reinos deste mundo; esta é a paz bem aventurada que é a prerrogativa das almas puras e que excede todo o entendimento (Filip 4, 7)

16 GOTAS DE ESPIRITUALIDADE Da Escola de perfeição cristã de S. Afonso Maria de Ligório A ESSÊNCIA DA PERFEIÇÃO 1.FELICIDADE QUE NOS PROCURA A PERFEIÇÃO Esta divina paz bem merece ser preferida a todas as festas, aos esplendidos banquetes, ás honras e alegrias terrestres de toda espécie; ela supera imensamente todas aquelas satisfações que por momentos lisonjeiam os sentidos, mas que afligem o espirito por serem vãs e passageiras e não trazem verdadeiro contentamento. Amargamente desiludido confessou por isso Salomão (Ecle 4, 16) depois de ter gozado de todas as alegrias terrenas, que só tinha achado nelas vaidade e aflição de espirito Um homem santo permanece em sua sabedoria, como o Sol; um estulto, porém, muda se como a lua (Ecle 27,12). O estulto, isto é mutável como a lua, que ora cresce, ora decresce: hoje ri, amanhã chora; agora mostra mansidão, logo depois está furioso como um tigre. E porque tudo isto? Só por que seu bom humor depende de seu bem ou mal estar. O Justo no entanto, permanece imutável como o sol, aconteça o que acontecer, por que acha seu contentamento em se acomodar em tudo com a vontade de Deus; daí provem aquela paz inalterável que é sua partilha: Paz na terra aos homens de boa vontade (Lc 2,4), ouviram os pastores os anjos cantar. Quais são esses homens de boa vontade, senão aqueles que em tudo se conformam com a vontade de Deus? (Rom 12,2) A vontade de Deus é boa agradável e perfeita, pois Deus só quer o que é melhor e mais perfeito. Os santos, conformando se com a vontade de Deus, já na terra começaram a participar da felicidade celestial. Segundo S Dositeo, os Padres do deserto gozavam de uma grande paz interior, porque consideravam como vindo das mãos de Deus tudo que lhes sucedia. S. Maria Madalena de Pazzi bastava ouvir a palavra vontade de Deus para entrar logo em êxtase, tão grande era a alegria que dela se apossava. É verdade que a virtude não nos torna insensíveis e que as contrariedades ocasionam sempre certa apreensão, mas isto só se dá na parte inferior da alma ao passo que na superior reina a paz e tranquilidade, contanto que nossa vontade se conforme com a de Deus. Ninguém vos roubara vossa alegria (Jo 16,22), disse o Salvador a seus apóstolos, e ainda: Pedi e recebereis, para que a vossa alegria seja, completa (Jo 16, 24). Aquele que sempre visa executar a vontade de Deus goza de uma felicidade completa e constante, porque possuirá tudo o que deseja e porque ninguém lhà poderá roubar, visto que ninguém pode impedir que se realize a vontade de Deus. Quão grande é a loucura daqueles que não querem submeter-se à vontade de Deus! Não padecerão menos por isso, pois ninguém pode frustrar os desígnios de Deus. Quem poderá resistir à sua vontade? (Rom 9, 19). Se Deus nos envia tribulações é em vista de um bem superior e porque isso é melhor para nós. Para os que amam a Deus, todas as coisas cooperam para o hem (Rom 8, 28). A virtuosa Judite nos atesta que o Senhor não nos castiga com a intenção de nos perder, mas de nos corrigir e tornar felizes: Devemos pensar... que os flagelos do Senhor devem servir para a correção e não para a punição (Jdt 8, 27). PARA SUA MEDITAÇÃO - Compare em seu coração as alegrias do mundo e as alegria de Deus: já chegou a entender quais são as verdadeiras? - Você procura em seu coração fazer a vontade de Deus? Como acontece isso concretamente? - Pense como experimentou os castigos de Deus e quais frutos produziram em sua vida. Noite Dourada - Mulheres e Mães Saber enxergar o bem do irmão: Uma noite por semana, cada casa da Missão Belém vive uma troca testemunhos, em que todos falam do bem que viram o irmão fazer durante a semana. Shirley Aparecida Antero Maria Madalena A nossa irmã Shirley foi a escolhida por ter humildade e amor com todas, além de ter um coração de nossa mamãe. Ela é muito especial para nós todas. É super carinhosa com todas e quando precisamos, ela está ali para nos ajudar com uma palavra de consolo. Na semana passada, ela também foi a escolhida porque quando uma irmã estava querendo ir embora, ela a chamou para partilhar e no fim ela acabou ficando. Foi um gesto muito bonito da parte dela. Fez com amor e carinho e com toda paciência do mundo. Rita de Cássia dos Santos Nossa Senhora de Lourdes A irmã vem se esforçando bastante para cuidar de tudo quando a coordenadora não se encontra na casa. E também foi dormir no hospital com o pequeno Gabriel. E pela dedicação que a irmã tem com todas as crianças, mesmo as suas não morando com ela, por esta e outras boas atitudes, a escolhemos para ser a vencedora da Noite Dourada. Amém. Elaine Firmino Gonçalves Maria Gorete A Noite Dourada vai para Elaine que vem sempre mostrando o seu lado bom e positivo. Está sempre de bem com a vida e se esforça para aprender e passar para as irmãs tudo o que já aprendeu. É a primeira a se levantar e a última a ir dormir para dar conta e deixar tudo em ordem. Está sempre partilhando e incentivando as outras. Maria Aparecida da Silva Sara A irmã tem problema no coração, mas ficou no nosso coração porque foi a que mais se destacou nesta semana. Ela se doou ficando na cozinha e nos ajudou no que foi preciso. Está sempre disposta em fazer tudo o que lhe é pedido com muito amor e humildade. Está sempre de bem com a vida. Obrigada, irmã pelo seu esforço, apesar de sua dificuldade. Que Deus a ilumine sempre. Vanderly Belo da Silva Maria Gorete A Noite Dourada vai para a irmã Vanderly, pois mesmo com todas as suas dificuldades é uma pessoa muito esforçada. É sempre muito dedicada em tudo o que faz. Vem se doando para ajudar o próximo e mesmo tendo pouca leitura, sempre procura aprender mais

17 Levitico Espiritualidade Belém: O pecado nos torna uma carga pesada: Ouve-me casa de Jacó e os que restam da casa de Israel, vós minha carga desde o nascimento, meu fardo desde o seio materno, até a vossa velhice, eu serei o mesmo, até os vossos cabelos brancos, eu vos carregarei. quanto a mim, eu agi, eu assumirei, eu carregarei, eu salvarei! (Isaías 46,3-5). (cont.estatutos 102) TRECHO PARA O DIÁRIO: Marcos 3, Em verdade, vos digo: tudo será perdoado às pessoas, tanto os pecados como as blasfêmias que tiverem proferido. 29 Aquele, porém, que blasfemar contra o Espírito Santo nunca será perdoado; será réu de um pecado eterno. 30 Isso, porque diziam: Ele tem um espírito impuro. 31 Nisso chegaram a mãe e os irmãos de Jesus. Ficaram do lado de fora e mandaram chamá-lo. 32 Ao seu redor estava sentada muita gente. Disseram-lhe: Tua mãe e teus irmãos e irmãs estão lá fora e te procuram. 33 Ele respondeu: Quem é minha mãe? Quem são meus irmãos? 34 E passando o olhar sobre os que estavam sentados ao seu redor, disse: Eis minha mãe e meus irmãos! 35 Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe. 33

18 Levitico Espiritualidade Belém: A carga do pecado leva à morte: Habitavam em sombras e alguns embrutecidos pelos desregramentos, aviltados pelos seus pecados, estavam enfastiados de qualquer alimento e já tocavam as portas da morte (Sal 106,150). (cont.estatutos 102) TRECHO PARA O DIÁRIO: Mateus 5, Vendo as multidões, Jesus subiu à montanha e sentou-se. Os discípulos aproximaram-se, 2 e ele começou a ensinar: 3 Felizes os pobres no espírito, porque deles é o Reino dos Céus. 4 Felizes os que choram, porque serão consolados. 5 Felizes os mansos, porque receberão a terra em herança. 6 Felizes os que têm fome e sede da justiça, porque serão saciados. 7 Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. 8 Felizes os puros no coração, porque verão a Deus. 9 Felizes os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus. 10 Felizes os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus. 11 Felizes sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo mal contra vós por causa de mim. 12 Alegrai-vos e exultai, porque é grande a vossa recompensa nos céus. Pois foi deste modo que perseguiram os profetas que vieram antes de vós

19 Expresse com suas palavras a(s) resposta(s) acima: DEVOÇÃO A MARIA E VIRTUDES EXEMPLARES Mas Luiz fez mais progresso nos estudos dos santos que nos seus estudos. A Providência Divina utilizou esses dois anos em que ele viveu em Florença para fazê-lo progredir nos caminhos da santidade. A vida edificante, a prática das virtudes, importoulhe o apelido de Anjo. Foi em Florença que Luiz fez a primeira confissão, e fê-la com tanta dor de arrependimento, que caiu sem sentidos aos pés do confessor. Luís frequentava a catedral de Santa Maria in Fiore, onde costumava rezar diante da imagem de Nossa Senhora da Anunciação. A leitura de um livro sobre os mistérios do Rosário fez desabrochar em sua alma a devoção a Maria Santíssima. Contribuiu também para tal a fervorosa devoção a Nossa Senhora da Anunciata, venerada nessa cidade. Tanto se lhe inflamou o coração pela Virgem que, com apenas 9 anos de idade, consagrou sua vida a Virgem Maria, fazendo voto de castidade perpétua, muito embora sem o conhecimento de seus pais. Em novembro de 1579, partiu para Mantua e de lá para Castiglione. São Carlos Borromeu, Arcebispo de Milão e Visitador Apostólico do Papa Gregório XIII, numa das visitas pastorais passando por Castiglione, conheceu o santo menino. Muito se admirou o Cardeal por ver como aquele pequeno anjo discorria sobre os temas da Religião. Este ficou encantado com a pureza e santidade, tendo declarado que: Jamais encontrara jovem que, em tal idade, atingisse tão elevada perfeição. No final de duas horas de conversa com ele, descobrindo-lhe uma compreensão rara das coisas divinas e uma perfeição pouco comum, o Cardeal preparou-o para a primeira Comunhão, que recebeu com uma devoção comovedora. Desde então se podia notar em Luiz uma devoção terníssima ao Santíssimo Sacramento. Recebendo a Santa Comunhão aos domingos, dedicava três dias para preparar-se e outros três dias para fazer a ação de graças. São Carlos também aconselhou a Luiz a pratica da comunhão frequente e a leitura do catecismo romano. As diversas virtudes já eram robustas em sua alma. Adquirira uma completa guarda dos sentidos, uma obediência total aos superiores, além de um profundo recolhimento de alma e elevação de espírito. Luiz crescia em idade e sabedoria diante de Deus e dos homens. A meditação continua tornou-se hábito constante a ponto de um de seus criados afirmar: Todos seus pensamentos estavam fixos em Deus. Fugia dos jogos, dos espetáculos e das festas. Se dizíamos algum palavrão, logo chamava-nos e repreendia-nos com toda caridade. Viveu em plena época do renascimento, estudou as línguas clássicas, chegando a escrever latim em sua essência. Foi em latim que fez o discurso de saudação ao monarca espanhol Felipe II quando da sua vitória sobre Portugal. Em 1579, tendo sido nomeado para o cargo de Governador de Monserrate, o pai levou os meninos para a corte do Duque de Mântua. Luís, com apenas 11 anos, já desejava renunciar ao direito da sucessão e herança, pois já tinha recebido a investidura das mãos do Imperador. A oposição do pai foi ferrenha, pois depositava nele suas esperanças, tão inteligente era o jovem e com tanto tino diplomáticos mas, conhecendo bem Rodolfo, sabia-o sem tais atributos e, por isso, aceitava que ele escolhesse seu próprio caminho

20 Levitico Espiritualidade Belém: O amor de Deus carrega até as consequências do pecado: Em seu amor e piedade, ele mesmo os resgatou, soergueu-os, carregou-os e os sustentou todos os dias (Isaías 63,9). (Estatutos 103) TRECHO PARA O DIÁRIO: Mateus 5, Vós sois o sal da terra. Ora, se o sal perde seu sabor, com que se salgará? Não servirá para mais nada, senão para ser jogado fora e pisado pelas pessoas. 14 Vós sóis a luz do mundo. Uma cidade construída sobre a montanha não fica escondida. 15 Não se acende uma lâmpada para colocá-la debaixo de uma caixa, mas sim no candelabro, onde ela brilha para todos os que estão em casa. 16 Assim também brilhe a vossa luz diante das pessoas, para que vejam as vossas boas obras e louvem o vosso Pai que está nos céus