Limitações Constitucionais. Princípios Constitucionais Tributários. do Poder de Tributar. CAPÍTULO 2 QUESTÕES DO CAPÍTULO 2
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- Angélica Terra Gameiro
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1 CAPÍTULO 2 Limitações Constitucionais do Poder de Tributar. Princípios Constitucionais Tributários. QUESTÕES DO CAPÍTULO 2 1. (FCC/Procurador de Contas/TCE/MG/2007) Obedece ao princípio da anterioridade anual, mas não obedece ao princípio da anterioridade nonagesimal (noventena) o imposto sobre a renda (IR). produtos industrializados (IPI). importação (II). serviço de qualquer natureza (ISS). exportação (IE). 2. (FCC/Defensoria Pública/Pará/2009) Lei que fixa nova base de cálculo e majora as alíquotas do IPTU e do ITBI municipal, publicada em novembro de 2008 tem eficácia a partir do primeiro dia do exercício de a partir do primeiro dia do exercício de 2009 apenas para a nova base de cálculo do IPTU. noventa dias a contar da publicação da nova lei. noventa dias a contar da publicação da nova lei para base de cálculo e alíquota do ITBI e do primeiro dia do exercício de 2009 para base de cálculo e alíquota do IPTU. noventa dias a contar da publicação da nova lei para base de cálculo e alíquota do IPTU e do primeiro dia do exercício de 2009 para base de cálculo e alíquota do ITBI. 29
2 Edvaldo Nilo de Almeida 3. (FCC/Procurador Municipal/São Paulo/2008) Em relação aos impostos, haverá exceção aos princípios da anterioridade anual e nonagesimal a majoração de alíquotas do IPI. alíquotas do IR. alíquotas do IOF. base de cálculo do IPTU. base de cálculo do IPVA. 4. (FCC/Fiscal de Rendas /São Paulo/2006) NÃO se aplica o princípio da anterioridade nonagesimal (noventena criada pela Emenda Constitucional no 42/2003) ao imposto sobre propriedade territorial rural (ITR) e o imposto sobre propriedade predial e territorial urbana (IPTU). serviços de qualquer natureza e à fixação da base de cálculo do imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS) e do imposto sobre propriedade territorial rural (ITR). circulação de mercadoria e serviços (ICMS) incidente sobre as operações com lubrificantes e combustíveis derivados de petróleo e à contribuição de intervenção no domínio econômico (CIDE) relativa às atividades de importação ou comercialização de petróleo e seus derivados. renda e proventos de qualquer natureza (IR) e à fixação da base de cálculo dos impostos sobre propriedade de veículos automotores (IPVA) e sobre propriedade predial e territorial urbana (IPTU). produtos industrializados (IPI) e aos impostos sobre exportação (IE) e importação (II). 5. (FCC/Fiscal de Rendas/São Paulo/2006) De acordo com o princípio constitucional da anterioridade, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. O referido princípio tributário NÃO se aplica aos impostos sobre serviços de qualquer natureza, propriedade de veículos automotores e transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos. importação, exportação, produtos industrializados, operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários e imposto extraordinário instituído em caso de guerra ou sua iminência. a renda e proventos de qualquer natureza, produtos industrializados e propriedade predial e territorial urbana. importação, exportação, produtos industrializados, renda e proventos de qualquer natureza e propriedade territorial rural. propriedade territorial rural, circulação de mercadorias e serviços, renda e proventos de qualquer natureza e imposto extraordinário instituído em caso de guerra ou sua iminência. 30
3 Limitações Constitucionais do Poder de Tributar. Princípios Constitucionais Tributários. 6. (FCC/Auditor Fiscal Municipal/São Paulo/2007) O imposto A foi instituído por lei publicada no dia 05 de julho de 2004 e a taxa B foi instituída por lei publicada no dia 16 de novembro de Esses tributos já poderiam ser cobrados desde a data de suas respectivas publicações. em 02 de janeiro de 2005 e 02 de janeiro de 2005, respectivamente. em 05 de outubro de 2004 e 15 de fevereiro de 2005, respectivamente. em 02 de janeiro de 2005 e 15 de fevereiro de 2005, respectivamente. em 05 de outubro de 2004 e 02 de janeiro de 2005, respectivamente. 7. (FCC/Agente Fiscal de Rendas/São Paulo/2009) Dispõe o 2º, do art. 62, da Constituição Federal, que medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os impostos de importação, exportação, sobre operações de câmbio, crédito, seguro e valores mobiliários, produtos industrializados e extraordinário, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte, se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada. Por sua vez, dispõe o 1º do art. 150, in fine, da Constituição Federal, que a anterioridade mínima de 90 dias para a incidência de leis instituidoras ou majoradoras de tributos não se aplica aos seguintes tributos: empréstimos compulsórios para atender a despesas extraordinárias; imposto de importação; imposto de exportação; imposto de renda; imposto sobre operações de câmbio, crédito, seguro e valores mobiliários; e imposto extraordinário. Uma medida provisória editada em março de 2009 que venha a majorar o imposto de importação e o imposto de renda. terá eficácia imediata em relação a ambos os impostos. terá eficácia imediata apenas em relação ao imposto de importação, devendo ser convertida em lei até o último dia do exercício de 2009 para que tenha eficácia a partir de 01 de janeiro de 2010, em relação ao imposto de renda. só produzirá efeitos noventa dias a contar do exercício seguinte, se for convertida em lei até o último dia do exercício de 2009, em relação a ambos os impostos. só produzirá efeitos noventa dias a contar da sua edição, em relação ao imposto de importação, e no exercício seguinte se for convertida em lei até o último dia do exercício de 2009, em relação ao imposto de renda. só produzirá efeitos noventa dias a contar do exercício seguinte, se for convertida em lei até o último dia do exercício de 2009, em relação ao imposto de renda, e noventa dias a contar da sua edição em relação ao imposto de importação. 31
4 Edvaldo Nilo de Almeida 8. (FCC/Auditor/TCE/AM/2007) A lei federal que criou o Adicional de Indenização ao Trabalhador Portuário (AITP) enunciou como sujeito passivo desse tributo, de modo genérico, o operador portuário. A União, por meio de decreto do Presidente da República, equiparou a operador portuário os importadores, exportadores e consignatários de mercadorias importadas do exterior. Tal equiparação é legal, pois ocorreu apenas adequação a um conceito previamente definido em lei. legal, de vez caber aos decretos a especificação dos conceitos definidos em lei. ilegal, porquanto a definição de sujeitos passivos é privativa de lei. ilegal, em razão de não competir ao Presidente da República, mas ao Ministro dos Transportes, a definição de operador portuário. ilegal, em razão de não competir ao Presidente da República, mas ao Ministro do Comércio Exterior, a definição de operador portuário. 9. (FCC/Auditor/TCE/AL/2008) Sujeita-se ao princípio da anterioridade nonagesimal, mas é exceção aos princípios da anterioridade anual e da legalidade o imposto sobre operações de câmbio. de importação. sobre produtos industrializados. de exportação. sobre circulação de mercadorias. 10. (FCC/Analista/Agência reguladora/ce/2007) Através de decreto do Presidente da República é possível, dentro dos limites legais e sem obediência aos princípios da anterioridade e da noventena a majoração de alíquotas do imposto de importação e imposto de renda. de exportação e imposto sobre a propriedade territorial rural. sobre produtos industrializados e imposto sobre operações de crédito. sobre produtos industrializados e imposto de renda. sobre operações de crédito e imposto de importação. 11. (FCC/Juiz de Direito/Roraima/2008) Diante da majoração da contribuição social sobre o lucro líquido das empresas através de decreto presidencial, para que tenha eficácia no mesmo exercício financeiro da sua publicação, é possível afirmar que é ilegal, pois depende de medida provisória, com eficácia de 60 dias, prorrogáveis por igual período uma única vez. 32
5 Limitações Constitucionais do Poder de Tributar. Princípios Constitucionais Tributários. inconstitucional, pois depende de lei tal majoração, ainda que tenha eficácia no mesmo exercício financeiro ao da sua publicação. inconstitucional, pois a majoração depende de lei e só pode entrar em vigor no exercício financeiro seguinte ao da publicação da lei. constitucional, por se tratar de tributo extrafiscal, sendo exceção aos princípios da legalidade e da anterioridade. legal, por ser uma contribuição de intervenção no domínio econômico, admitindo alíquota majorada por decreto e vigência no mesmo exercício financeiro. 12. (FCC/Procurador de Contas/Alagoas/2008) O Chefe do Poder Executivo poderá, através de decreto, dentro dos limites legais, majorar a alíquota da CIDE combustível. medida provisória, instituir empréstimo compulsório das despesas extraordinárias decorrentes de calamidade pública. medida provisória, instituir imposto residual, com fato gerador e base de cálculo distintos dos impostos já discriminados na Magna Carta. decreto, dentro dos limites legais, majorar a alíquota do imposto sobre operações de crédito, câmbio, seguro e valores mobiliários. decreto, instituir contribuição social para seguridade social, dentro da competência constitucional residual. 13. (FCC/Procurador Municipal/São Paulo/2008) Um Prefeito Municipal, através de Decreto, corrige a base de cálculo do IPTU em 45% (quarenta e cinco por cento), em 31 de dezembro de 2007, para que seja aplicada a nova base de cálculo a partir de 01 de janeiro de Esta medida é constitucional, porque correção monetária de base de cálculo é exceção ao princípio da legalidade, por não se caracterizar como majoração, apesar de dever obediência ao princípio da anterioridade anual. constitucional, porque além de poder ser feita por decreto a correção da base de cálculo, por ser exceção ao princípio da legalidade, é também exceção ao princípio da anterioridade anual. inconstitucional, porque a correção monetária depende da indicação de índice de correção monetária, enquanto no fato apresentado houve verdadeira majoração da base de cálculo, violando, portanto, o princípio da legalidade. inconstitucional, porque a correção monetária de base de cálculo depende de lei, visto que acarreta a majoração do tributo, e também porque não foi observado o princípio da anterioridade nonagesimal. inconstitucional, porque correção monetária de base de cálculo do IPTU deve obediência ao princípio da anterioridade nonagesimal, apesar de ser exceção ao princípio da legalidade. 33
6 Edvaldo Nilo de Almeida 14. (FCC/Procurador de Contas/Alagoas/2008) O Governo Federal, lançando mão de um pacote tributário em janeiro de 2008, adotou as seguintes medidas: I. majorou a alíquota do imposto de renda por medida provisória de eficácia imediata já para o ano calendário 2008; II. majorou a alíquota do imposto sobre operações de câmbio, crédito, seguro e valores mobiliários por decreto publicado em 10 de janeiro de 2008, que passará a ser aplicada a partir da publicação; III. encaminhou ao Congresso Nacional projeto de lei complementar para majorar a alíquota de contribuição social sobre o lucro líquido; IV. majorou a alíquota do IPI sobre cigarro, por decreto, que passará a ser aplicada a partir da publicação; V. concedeu, por medida provisória, isenção de imposto de importação sobre o combustível e, na mesma medida, de ICMS sobre o combustível. Dentre estas medidas, NÃO atendem aos princípios constitucionais tributários I, II e III. II, III e IV. I, III e IV. II, IV e V. I, IV e V. 15. (FCC/Procurador de Contas/Alagoas/2008) É exceção ao princípio da uniformidade geográfica a vedação da União em instituir tributo uniforme em todo o território nacional. concessão, pela União, de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre diferentes regiões do País. vedação aos Estados e Distrito Federal de instituir isenções de tributos de competência dos Municípios. concessão, pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, de diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão da procedência. vedação de estabelecer limitação ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais. 16. (FCC/Auditor/TCE/AM/2007) O princípio da não-cumulatividade, em relação ao Imposto Sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e Comunicação (ICMS), significa que o Fisco não poderá exigir, cumulativamente com o ICMS, qualquer outro tributo em tese incidente sobre a mesma operação. contribuinte poderá descontar, do valor devido em cada operação de circulação de mercadorias ou prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, o montante do tributo cobrado em operações anteriores. 34
7 Limitações Constitucionais do Poder de Tributar. Princípios Constitucionais Tributários. contribuinte tem o direito à redução progressiva do montante a recolher a título de ICMS, conforme o número de operações realizadas desde o início de suas atividades. Fisco deverá excluir o IPI ou o ISS da base de cálculo do ICMS, sempre que qualquer daqueles dois tributos for exigido concomitantemente com este. contribuinte tem o direito à redução progressiva da alíquota do ICMS, conforme o número de operações realizadas em determinado espaço de tempo. 17. (FCC/Procurador Municipal/São Paulo/2008) Em relação às imunidades e isenções tributárias, é correto afirmar: o Município não paga IPVA e taxa de licenciamento de veículo em relação aos veículos automotores de sua propriedade em razão da imunidade recíproca. os serviços comunitários prestados por igreja evangélica são isentos de ISS por disposição expressa na Constituição Federal. é constitucionalmente devida a taxa de expediente para expedição de certidão em repartição pública municipal, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal do requerente. a União e o Estado não podem ser sujeitos passivos, na qualidade de contribuintes, de contribuição de melhoria devida em razão de obra pública municipal que gera valorização de seus imóveis, por existir imunidade recíproca. o promitente comprador de imóvel de propriedade de autarquia municipal não se exonera da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel objeto da aquisição. 18. (FCC/Advogado/Metrô/São Paulo/2008) Sobre a limitação do poder de tributar, é correto afirmar que à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios é permitido cobrar imposto sobre o patrimônio, a renda ou serviços das fundações vinculadas a partidos políticos. cobrar imposto sobre o patrimônio e a renda com base em lei anterior à data inicial do exercício financeiro a que corresponda. cobrar imposto sobre o patrimônio, a renda ou os serviços uns dos outros em relação aos seus serviços próprios e inerentes aos seus objetivos. estabelecer limitações ao tráfego, no território nacional, de pessoas ou mercadorias, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais. cobrar imposto sobre papel destinado exclusivamente à impressão de livros. 35
8 Edvaldo Nilo de Almeida 19. (FCC/Analista Judiciário/TRF-5º Região/ Execução de mandados/2008) Dentre outras limitações ao poder de tributar da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios é vedado instituir impostos sobre templos de qualquer culto, sendo extensivo aos demais tributos como taxas, contribuições de melhoria e contribuições parafiscais, relacionados ou não com suas atividades essenciais. patrimônio, renda ou serviços das entidades sindicais patronais e dos trabalhadores, relacionados, ou não com as finalidades essenciais dessas entidades. patrimônio, renda ou serviço, uns dos outros, e é extensivo às autarquias e às fundações instituídas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades ou às delas decorrentes. livros, jornais, periódicos, revistas, o papel destinado à sua impressão, os noticiários por qualquer meio de radiodifusão, assim como os institutos de educação ou de assistência social, com ou sem finalidade lucrativa. patrimônio dos partidos políticos e coligações partidárias, salvo a renda, ainda que não contabilizada, assim como os serviços de qualquer natureza, mesmo decorrentes de suas finalidades. 20. (FCC/Defensoria Pública/São Paulo/2009) A respeito das limitações do poder de tributar, assinale a opção INCORRE- TA. A imunidade prevista sobre a tributação do patrimônio, renda ou serviços das instituições de assistência social inclui as rendas recebidas dos imóveis alugados, quando aplicadas em suas finalidades essenciais. A concessão da imunidade sobre livros, jornais e periódicos independe da prova do valor cultural ou pedagógico da publicação. À União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios é vedado instituir impostos sobre o patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros, inclusive nas hipóteses em que o patrimônio, a renda ou os serviços estejam relacionados com explorações de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino. Segundo entendimento consolidado no Supremo Tribunal Federal, a imunidade tributária recíproca se estende à Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, ECT, por se tratar de empresa pública prestadora de serviço público de prestação obrigatória e exclusiva do Estado. 36
9 Limitações Constitucionais do Poder de Tributar. Princípios Constitucionais Tributários. 21. (FCC/Agente Legislativo /ALESP/2010) Alguns tributos só podem ser instituídos por lei complementar, por disposição constitucional expressa. Se enquadram nesta hipótese os impostos extraordinário e residual. a contribuição de intervenção no domínio econômico e o empréstimo compulsório. o imposto residual e o empréstimo compulsório. o empréstimo compulsório e o imposto extraordinário. a contribuição social e a contribuição de interesse das categorias profissionais ou econômicas. 22. (FCC/Agente Legislativo /ALESP/2010) Submete-se integralmente aos princípios da legalidade, anterioridade anual e anterioridade nonagesimal o imposto sobre os produtos industrializados. a renda e proventos de qualquer natureza. a transmissão de bens causa mortis e doação. a propriedade de veículos automotores. a propriedade territorial urbana. 23. (FCC/APO/SP/2010) Na hipótese de majoração, por medida provisória editada em 15 de março de 2010, dos limites legais das alíquotas do Imposto de Importação, é correto afirmar que haverá eficácia imediata da medida provisória, aplicando-se os novos limites a partir da publicação da mesma. é inconstitucional, por violar a legalidade tributária. a medida provisória deverá ser convertida em lei até o último dia do exercício em que houver sido publicada, para que a lei entre em vigor e tenha eficácia no exercício seguinte. a medida provisória terá eficácia suspensa por 90 dias a contar da sua publicação, em atenção à anterioridade nonagesimal. a lei resultante da conversão ainda se submete à anterioridade nonagesimal, caso a medida provisória seja convertida em lei antes do final do exercício financeiro em que foi publicada. 37
10 Edvaldo Nilo de Almeida 24. (FCC/Auditor Fiscal/RO/2010) O Estado de Rondônia majorou a base de cálculo do IPVA para o exercício de 2010, em 20 de novembro de 2009, conforme lei publicada no diário oficial do Estado naquela data. Considerando que a lei entrou em vigor na data de sua publicação, é correto afirmar que esta lei terá eficácia 90 dias a contar do início do exercício de 2010, tendo em vista a anterioridade nonagesimal. na data de sua publicação, podendo ser aplicada imediatamente, ainda no exercício de 2009, por ser exceção à anterioridade. 90 dias a contar da publicação, por dever obediência apenas à anterioridade nonagesimal. a partir do início do exercício financeiro de 2010, por ser exceção à anterioridade nonagesimal, mas se submeter à anterioridade anual. 90 dias da publicação, desde que já no outro exercício financeiro, por dever obediência às regras de anterioridades nonagesimal e anual. 25. (FCC/Juiz de Direito/PE/2011) A regra da anterioridade, que veda cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, NÃO se aplica aos impostos de importação e exportação. ao IR. ao ITR. às contribuições sociais. aos impostos estaduais. 26. (FCC/Juiz de Direito/PE/2011) Em nosso sistema tributário, a não-cumulatividade e a essencialidade são atributos exclusivos do ICMS. do IR. dos impostos residuais. do ITR. do IPI. 27. (FCC/Procurador de Estado/MT/2011) A Constituição Federal fixa regras que limitam o exercício da competência tributária. Dentre elas podem ser citadas as regras da anterioridade anual e da anterioridade nonagesimal. Estas regras não são absolutas, comportando exceções. NÃO se submete às regras da anterioridade anual e nonagesimal, ao mesmo tempo, a majoração de alíquota do imposto sobre 38
11 Limitações Constitucionais do Poder de Tributar. Princípios Constitucionais Tributários. produtos industrializados (IPI). a renda e proventos de qualquer natureza (IR). operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários (IOF). a propriedade territorial rural (ITR). circulação de mercadorias e sobre prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS). 28. (FCC/Técnico da Fazenda/SP/2010) Nos termos da Constituição Federal, sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é permitido à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios exigir ou aumentar tributo mediante lei que o estabeleça e autorize. cobrar tributo no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que o instituiu ou aumentou. tributar patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros. utilizar tributo com efeito de confisco. instituir imposto sobre templos de qualquer culto. GAB 1 A 2 B 3 C 4 D 5 B 6 D 7 B 8 C 9 C 10 E 11 B 12 D 13 C 14 E 15 B 16 B 17 E 18 B 19 C 20 C 21 C 22 C 23 A 24 D 25 A 26 E 27 C 28 A QUESTÕES COMENTADAS 1. (FCC/Procurador de Contas/TCE/MG/2007) Obedece ao princípio da anterioridade anual, mas não obedece ao princípio da anterioridade nonagesimal (noventena) o imposto sobre a renda (IR). produtos industrializados (IPI). importação (II). serviço de qualquer natureza (ISS). exportação (IE). 39
12 Edvaldo Nilo de Almeida De início, destaca-se que a anterioridade genérica ou anual é a proibição do poder estatal fiscal cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que tenha sido publicada a lei que tenha instituído ou majorado o tributo. Por sua vez, o poder constituinte derivado através da EC n. 42/2003 revigorou a certeza e a segurança no direito tributário, garantindo-se ainda mais o sujeito passivo da relação tributária contra uma tributação inesperada ou surpresa, vedando a cobrança de alguns tributos antes de decorridos 90 dias da data em que tiver sido publicada a lei que os tenha instituído ou aumentado (art. 150, inciso III, alínea c ), consoante já era igualmente fixado pelo poder constituinte originário para as contribuições da seguridade social (art. 195, 6º, da CF/88). Esta é anterioridade nonagesimal. Desta forma, a tabela das exceções ao princípio da anterioridade e à noventena é a que segue. Preste atenção: se é exceção é porque não deve observar o princípio. E todos os demais tributos devem observar as duas anterioridades, porque a regra é a observância ao princípio. ANTERIORIDADE ANUAL II IE IPI IOF Imposto extraordinário por motivo de guerra externa (IEG) Empréstimo compulsório por motivo de guerra externa ou de calamidade pública Restabelecimento de alíquotas do ICMS Combustíveis e da CIDE Combustíveis Contribuições para a seguridade social NOVENTENA II IE IR IOF Imposto extraordinário por motivo de guerra externa (IEG) Empréstimo compulsório por motivo de guerra externa ou de calamidade pública Base de cálculo do IPTU Base de cálculo do IPVA A letra A é correta. O imposto sobre a renda (IR) obedece ao princípio da anterioridade anual, mas não obedece ao princípio da anterioridade nonagesimal (noventena), portanto a alternativa a é a correta. A letra B é incorreta. O IPI deve observar a noventena e não deve observar a anterioridade anual. 40
13 Limitações Constitucionais do Poder de Tributar. Princípios Constitucionais Tributários. A letra C é incorreta. O imposto sobre importação (II) não deve observar a noventena e não deve observar a anterioridade anual. A letra D é incorreta. O imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISSQN ou simplesmente ISS) deve observar a noventena e deve observar a anterioridade anual. A letra E é incorreta. O imposto sobre exportação (IE) não deve observar a noventena e não deve observar a anterioridade anual. 2. (FCC/Defensoria Pública/Pará/2009) Lei que fixa nova base de cálculo e majora as alíquotas do IPTU e do ITBI municipal, publicada em novembro de 2008 tem eficácia a partir do primeiro dia do exercício de a partir do primeiro dia do exercício de 2009 apenas para a nova base de cálculo do IPTU. noventa dias a contar da publicação da nova lei. noventa dias a contar da publicação da nova lei para base de cálculo e alíquota do ITBI e do primeiro dia do exercício de 2009 para base de cálculo e alíquota do IPTU. noventa dias a contar da publicação da nova lei para base de cálculo e alíquota do IPTU e do primeiro dia do exercício de 2009 para base de cálculo e alíquota do ITBI. O IPTU não deve observar a noventena, mas deve observar a anterioridade anual. O ITBI deve observar a noventena e deve observar a anterioridade anual. Logo, a resposta correta é a letra B. 3. (FCC/Procurador Municipal/São Paulo/2008) Em relação aos impostos, haverá exceção aos princípios da anterioridade anual e nonagesimal a majoração de alíquotas do IPI. alíquotas do IR. alíquotas do IOF. base de cálculo do IPTU. base de cálculo do IPVA. 41
14 Edvaldo Nilo de Almeida A letra A é incorreta. A majoração das alíquotas do IPI não deve obedecer ao princípio da anterioridade anual, mas deve obedecer ao princípio da anterioridade nonagesimal (noventena). A letra B é incorreta. A majoração das alíquotas do imposto sobre a renda (IR) obedece ao princípio da anterioridade anual, mas não obedece ao princípio da anterioridade nonagesimal (noventena). A letra C é correta. A majoração das alíquotas do IOF não deve obedecer ao princípio da anterioridade anual e não deve obedecer ao princípio da anterioridade nonagesimal (noventena). A letra D é incorreta. A majoração da base de cálculo do IPTU deve obedecer ao princípio da anterioridade anual, mas não deve obedecer ao princípio da anterioridade nonagesimal (noventena). A letra E é incorreta. A majoração da base de cálculo do IPVA deve obedecer ao princípio da anterioridade anual, mas não deve obedecer ao princípio da anterioridade nonagesimal (noventena). 4. (FCC/Fiscal de Rendas /São Paulo/2006) NÃO se aplica o princípio da anterioridade nonagesimal (noventena criada pela Emenda Constitucional no 42/2003) ao imposto sobre propriedade territorial rural (ITR) e o imposto sobre propriedade predial e territorial urbana (IPTU). serviços de qualquer natureza e à fixação da base de cálculo do imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS) e do imposto sobre propriedade territorial rural (ITR). circulação de mercadoria e serviços (ICMS) incidente sobre as operações com lubrificantes e combustíveis derivados de petróleo e à contribuição de intervenção no domínio econômico (CIDE) relativa às atividades de importação ou comercialização de petróleo e seus derivados. renda e proventos de qualquer natureza (IR) e à fixação da base de cálculo dos impostos sobre propriedade de veículos automotores (IPVA) e sobre propriedade predial e territorial urbana (IPTU). produtos industrializados (IPI) e aos impostos sobre exportação (IE) e importação (II). Não se aplica o princípio da anterioridade nonagesimal (noventena) criada pela Emenda Constitucional no 42/2003 ao imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza (IR) e à fixação da base de cálculo dos impostos sobre 42
15 Limitações Constitucionais do Poder de Tributar. Princípios Constitucionais Tributários. propriedade de veículos automotores (IPVA) e sobre propriedade predial e territorial urbana (IPTU). Logo, a resposta correta é a letra D. 5. (FCC/Fiscal de Rendas/São Paulo/2006) De acordo com o princípio constitucional da anterioridade, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. O referido princípio tributário NÃO se aplica aos impostos sobre serviços de qualquer natureza, propriedade de veículos automotores e transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos. importação, exportação, produtos industrializados, operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários e imposto extraordinário instituído em caso de guerra ou sua iminência. a renda e proventos de qualquer natureza, produtos industrializados e propriedade predial e territorial urbana. importação, exportação, produtos industrializados, renda e proventos de qualquer natureza e propriedade territorial rural. propriedade territorial rural, circulação de mercadorias e serviços, renda e proventos de qualquer natureza e imposto extraordinário instituído em caso de guerra ou sua iminência. A letra A é incorreta. A anterioridade anual se aplica aos impostos sobre serviços de qualquer natureza (ISS), propriedade de veículos automotores (IPVA) e transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos (ITCMD). A letra B é correta. A anterioridade anual não se aplica aos impostos sobre importação (II), exportação (IE), produtos industrializados (IPI), operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários (IOF) e imposto extraordinário instituído em caso de guerra ou sua iminência (IEG). A letra C é incorreta. A anterioridade anual se aplica aos impostos sobre a renda (IR) e propriedade predial e territorial urbana (IPTU). A letra D é incorreta. A anterioridade anual se aplica aos impostos sobre a renda (IR) e propriedade territorial rural (ITR). A letra E é incorreta. A anterioridade anual se aplica aos impostos sobre a renda (IR), propriedade territorial rural (ITR) e circulação de mercadorias e serviços (ICMS). 43
16 Edvaldo Nilo de Almeida 6. (FCC/Auditor Fiscal Municipal/São Paulo/2007) O imposto A foi instituído por lei publicada no dia 05 de julho de 2004 e a taxa B foi instituída por lei publicada no dia 16 de novembro de Esses tributos já poderiam ser cobrados desde a data de suas respectivas publicações. em 02 de janeiro de 2005 e 02 de janeiro de 2005, respectivamente. em 05 de outubro de 2004 e 15 de fevereiro de 2005, respectivamente. em 02 de janeiro de 2005 e 15 de fevereiro de 2005, respectivamente. em 05 de outubro de 2004 e 02 de janeiro de 2005, respectivamente. Na questão não se identifica qual é a espécie de imposto. Portanto, deve-se partir da premissa que o imposto A deve observar a anterioridade anual e a anterioridade nonagesimal. A taxa deve sempre observar a anterioridade anual e a anterioridade nonagesimal (noventena). Assim sendo, se o imposto A foi instituído por lei publicada no dia 05 de julho de 2004 e a taxa B foi instituída por lei publicada no dia 16 de novembro de 2004, tais tributos só poderiam ser cobrados em 02 de janeiro de 2005 e 15 de fevereiro de 2005, respectivamente. Logo, a resposta correta é a letra D. 7. (FCC/Agente Fiscal de Rendas/São Paulo/2009) Dispõe o 2º, do art. 62, da Constituição Federal, que medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os impostos de importação, exportação, sobre operações de câmbio, crédito, seguro e valores mobiliários, produtos industrializados e extraordinário, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte, se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada. Por sua vez, dispõe o 1º do art. 150, in fine, da Constituição Federal, que a anterioridade mínima de 90 dias para a incidência de leis instituidoras ou majoradoras de tributos não se aplica aos seguintes tributos: empréstimos compulsórios para atender a despesas extraordinárias; imposto de importação; imposto de exportação; imposto de renda; imposto sobre operações de câmbio, crédito, seguro e valores mobiliários; e imposto extraordinário. Uma medida provisória editada em março de 2009 que venha a majorar o imposto de importação e o imposto de renda. terá eficácia imediata em relação a ambos os impostos. terá eficácia imediata apenas em relação ao imposto de importação, devendo ser convertida em lei até o último dia do exercício de 2009 para que tenha eficácia a partir de 01 de janeiro de 2010, em relação ao imposto de renda. 44
17 Limitações Constitucionais do Poder de Tributar. Princípios Constitucionais Tributários. só produzirá efeitos noventa dias a contar do exercício seguinte, se for convertida em lei até o último dia do exercício de 2009, em relação a ambos os impostos. só produzirá efeitos noventa dias a contar da sua edição, em relação ao imposto de importação, e no exercício seguinte se for convertida em lei até o último dia do exercício de 2009, em relação ao imposto de renda. só produzirá efeitos noventa dias a contar do exercício seguinte, se for convertida em lei até o último dia do exercício de 2009, em relação ao imposto de renda, e noventa dias a contar da sua edição em relação ao imposto de importação. A questão é puramente interpretativa. A própria banca examinadora já deu a resposta no enunciado. Em relação à medida provisória, segundo o entendimento jurisprudencial predominante, realçamos a informação de que para se atender a anterioridade nonagesimal ou noventena se deve contar da publicação da medida provisória se esta for convertida em lei sem alterações substanciais realizadas pelo Poder Legislativo. Ao contrário, se a medida provisória for significativamente modificada, a noventena é contada da data da conversão da medida provisória em lei. Assim, em razão do 2º, do art. 62, da CF/88, a resposta é a b. 8. (FCC/Auditor/TCE/AM/2007) A lei federal que criou o Adicional de Indenização ao Trabalhador Portuário (AITP) enunciou como sujeito passivo desse tributo, de modo genérico, o operador portuário. A União, por meio de decreto do Presidente da República, equiparou a operador portuário os importadores, exportadores e consignatários de mercadorias importadas do exterior. Tal equiparação é legal, pois ocorreu apenas adequação a um conceito previamente definido em lei. legal, de vez caber aos decretos a especificação dos conceitos definidos em lei. ilegal, porquanto a definição de sujeitos passivos é privativa de lei. ilegal, em razão de não competir ao Presidente da República, mas ao Ministro dos Transportes, a definição de operador portuário. ilegal, em razão de não competir ao Presidente da República, mas ao Ministro do Comércio Exterior, a definição de operador portuário. 45
18 Edvaldo Nilo de Almeida O art. 97, inc. III, do CTN, dispõe que a definição do fato gerador da obrigação tributária principal e do seu sujeito passivo deve ser feita por lei. E a jurisprudência do STJ entende da mesma forma, a saber: Ementa: Adicional de indenização do trabalhador portuário. Lei 8.630/93. Definição do sujeito passivo da obrigação. Decreto nº 1.035/93. Ofensa ao princípio da legalidade. II. O art. 3º do Decreto n /93, ao regulamentar a Lei n /93, que instituiu o Adicional de Indenização do Trabalhador Portuário, extrapolou os seus limites, ao incluir como sujeitos passivos da obrigação tributária os importadores, exportadores, ou consignatários de mercadorias, afrontando, em conseqüência, o Princípio da Legalidade Tributária, previsto no art. 97, inciso III, do CTN. (STJ. REsp /SP) Logo, a resposta correta é a letra C. 9. (FCC/Auditor/TCE/AL/2008) Sujeita-se ao princípio da anterioridade nonagesimal, mas é exceção aos princípios da anterioridade anual e da legalidade o imposto sobre operações de câmbio. de importação. sobre produtos industrializados. de exportação. sobre circulação de mercadorias. O IPI se sujeita ao princípio da anterioridade nonagesimal, mas é exceção aos princípios da anterioridade anual e da legalidade o imposto, conforme o art. 150, 1º, c/c 153, 1º, da CF/88. Lembro aqui novamente que no caso do ICMS, apenas no ICMS Combustíveis e Lubrificantes (art. 155, 4º, IV, da CF/88) é que as alíquotas poderão ser reduzidas e restabelecidas, sendo que a exceção se refere à incidência monofásica do imposto, e as alíquotas são definidas nacionalmente por convênios dos Executivos Estaduais, ou seja, por ato de deliberação do Poder Executivo dos Estados e do Distrito Federal. Logo, a resposta correta é a letra C. 46
19 Limitações Constitucionais do Poder de Tributar. Princípios Constitucionais Tributários. 10. (FCC/Analista/Agência reguladora/ce/2007) Através de decreto do Presidente da República é possível, dentro dos limites legais e sem obediência aos princípios da anterioridade e da noventena a majoração de alíquotas do imposto de importação e imposto de renda. de exportação e imposto sobre a propriedade territorial rural. sobre produtos industrializados e imposto sobre operações de crédito. sobre produtos industrializados e imposto de renda. sobre operações de crédito e imposto de importação. A letra A é incorreta. O imposto de renda (IR) deve obedecer ao princípio da anterioridade anual. A letra B é incorreta. O imposto sobre a propriedade territorial rural (ITR) deve obedecer ao princípio da anterioridade anual e a noventena. A letra C é incorreta. O imposto sobre produtos industrializados (IPI) deve obedecer a noventena. A letra D é incorreta. O imposto sobre produtos industrializados (IPI) deve obedecer a noventena e o imposto de renda (IR) deve obedecer ao princípio da anterioridade anual. A letra E é correta. O imposto sobre operações de crédito (IOF) e imposto de importação (II) são exceções ao princípio da anterioridade anual e a noventena. 11. (FCC/Juiz de Direito/Roraima/2008) Diante da majoração da contribuição social sobre o lucro líquido das empresas através de decreto presidencial, para que tenha eficácia no mesmo exercício financeiro da sua publicação, é possível afirmar que é ilegal, pois depende de medida provisória, com eficácia de 60 dias, prorrogáveis por igual período uma única vez. inconstitucional, pois depende de lei tal majoração, ainda que tenha eficácia no mesmo exercício financeiro ao da sua publicação. inconstitucional, pois a majoração depende de lei e só pode entrar em vigor no exercício financeiro seguinte ao da publicação da lei. constitucional, por se tratar de tributo extrafiscal, sendo exceção aos princípios da legalidade e da anterioridade. legal, por ser uma contribuição de intervenção no domínio econômico, admitindo alíquota majorada por decreto e vigência no mesmo exercício financeiro. 47
20 Edvaldo Nilo de Almeida É inconstitucional, uma vez que desobedece ao princípio da legalidade, que proíbe a União de aumentar tributo sem lei que o estabeleça (art. 150, I) e a contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL) não é exceção a tal princípio. Por outro lado, a contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL) disposta no art. 195, I, c, da CF/88 é contribuição para seguridade social e não deve observar a anterioridade anual, mas somente a noventena (art. 195, 6º), podendo, portanto, ter eficácia no mesmo exercício financeiro ao da sua publicação. Logo, a resposta correta é a letra B. 12. (FCC/Procurador de Contas/Alagoas/2008) O Chefe do Poder Executivo poderá, através de decreto, dentro dos limites legais, majorar a alíquota da CIDE combustível. medida provisória, instituir empréstimo compulsório das despesas extraordinárias decorrentes de calamidade pública. medida provisória, instituir imposto residual, com fato gerador e base de cálculo distintos dos impostos já discriminados na Magna Carta. decreto, dentro dos limites legais, majorar a alíquota do imposto sobre operações de crédito, câmbio, seguro e valores mobiliários. decreto, instituir contribuição social para seguridade social, dentro da competência constitucional residual. A letra A é incorreta. A alíquota da CIDE combustível poderá apenas ser reduzida e restabelecida, ou seja, o Poder Executivo reduz a alíquota e, uma vez reduzida, pode restabelecê-la, tendo, como teto, a alíquota, prevista anteriormente em lei, conforme o art. 177, 4º, I alínea b, da CF/88. A letra B é incorreta. O empréstimo compulsório somente pode ser instituído por lei complementar aprovada pelo Poder Legislativo federal (Câmara dos Deputados e Senado Federal), de acordo com o art. 148 da CF/88. A letra C é incorreta. O imposto residual apenas pode ser criado mediante lei complementar, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição, segundo o art. 154, I, da CF/88. A letra D é correta. O Chefe do Poder Executivo poderá, através de decreto, dentro dos limites legais, majorar a alíquota do imposto sobre operações de crédito, câmbio, seguro e valores mobiliários, segundo art. 153, 1º, da CF/88. 48
21 Limitações Constitucionais do Poder de Tributar. Princípios Constitucionais Tributários. A letra E é incorreta. A contribuição social para seguridade social, dentro da competência constitucional residual, apenas pode ser criado mediante lei complementar, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição, segundo o art. 154, I c/c 195, 4º, da CF/88. Realço que o 4º, do art. 195, da CF/88, trata especificadamente das contribuições residuais da seguridade social. A interpretação do STF a respeito desta norma afirma é que para criação das contribuições residuais da seguridade social é necessária lei complementar, além de obediência ao princípio da não-cumulatividade e base de cálculo ou fato gerador diferentes das contribuições especiais já referidas na CF/88. Noutros termos, a contribuição residual ou nova contribuição social (art. 154, I, da CF/88) não pode ter base de cálculo ou fato gerador igual à de qualquer contribuição especial já discriminado na CF/88 (por exemplo, COFINS, CSLL etc.), mas pode ter base de cálculo igual ou fato gerador semelhante à de imposto já descrito na CF/88 (por exemplo, IR, IPI, II, IE, IOF etc.). 13. (FCC/Procurador Municipal/São Paulo/2008) Um Prefeito Municipal, através de Decreto, corrige a base de cálculo do IPTU em 45% (quarenta e cinco por cento), em 31 de dezembro de 2007, para que seja aplicada a nova base de cálculo a partir de 01 de janeiro de Esta medida é constitucional, porque correção monetária de base de cálculo é exceção ao princípio da legalidade, por não se caracterizar como majoração, apesar de dever obediência ao princípio da anterioridade anual. constitucional, porque além de poder ser feita por decreto a correção da base de cálculo, por ser exceção ao princípio da legalidade, é também exceção ao princípio da anterioridade anual. inconstitucional, porque a correção monetária depende da indicação de índice de correção monetária, enquanto no fato apresentado houve verdadeira majoração da base de cálculo, violando, portanto, o princípio da legalidade. inconstitucional, porque a correção monetária de base de cálculo depende de lei, visto que acarreta a majoração do tributo, e também porque não foi observado o princípio da anterioridade nonagesimal. inconstitucional, porque correção monetária de base de cálculo do IPTU deve obediência ao princípio da anterioridade nonagesimal, apesar de ser exceção ao princípio da legalidade. O artigo 150, inc. I, da CF/88, dispõe que os tributos não poderão ser aumentados ou exigidos sem lei que o estabeleça. É o princípio da legalidade, que não abrange exceção no caso da base de cálculo. Este é o entendimento dominante. 49
22 Edvaldo Nilo de Almeida Nesse rumo, você deve conhecer o 1º e 2º, do art. 97, do CTN, que foram recepcionados pelo texto constitucional. Estes dispositivos afirmam, respectivamente, que se equipara à majoração do tributo a modificação da sua base de cálculo, que importe em torná-lo mais oneroso e que não constitui majoração de tributo a atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo. No caso, um Prefeito Municipal, através de Decreto, corrige a base de cálculo do IPTU em 45%, em 31 de dezembro de 2007, para que seja aplicada a nova base de cálculo a partir de 01 de janeiro de Isto é, há observância do princípio da anterioridade anual, mas não há obediência ao princípio da legalidade, eis que a correção em 45% constitui verdadeira majoração do tributo e não mera atualização do valor monetário do tributo, que poderia ser feita por Decreto. Logo, a resposta correta é a letra C. Realço novamente que a majoração da base de cálculo do IPTU não precisa observar a noventena ou anterioridade nonagesimal. 14. (FCC/Procurador de Contas/Alagoas/2008) O Governo Federal, lançando mão de um pacote tributário em janeiro de 2008, adotou as seguintes medidas: I. majorou a alíquota do imposto de renda por medida provisória de eficácia imediata já para o ano calendário 2008; II. majorou a alíquota do imposto sobre operações de câmbio, crédito, seguro e valores mobiliários por decreto publicado em 10 de janeiro de 2008, que passará a ser aplicada a partir da publicação; III. encaminhou ao Congresso Nacional projeto de lei complementar para majorar a alíquota de contribuição social sobre o lucro líquido; IV. majorou a alíquota do IPI sobre cigarro, por decreto, que passará a ser aplicada a partir da publicação; V. concedeu, por medida provisória, isenção de imposto de importação sobre o combustível e, na mesma medida, de ICMS sobre o combustível. Dentre estas medidas, NÃO atendem aos princípios constitucionais tributários I, II e III. II, III e IV. I, III e IV. II, IV e V. I, IV e V. O item I não atende ao princípio da anterioridade anual. 50
23 Limitações Constitucionais do Poder de Tributar. Princípios Constitucionais Tributários. O item II é constitucional, eis que a majoração da alíquota do imposto sobre operações de câmbio, crédito, seguro e valores mobiliários (IOF) por decreto publicado em 10 de janeiro de 2008, que passará a ser aplicada a partir da publicação não fere anterioridade anual ou nonagesimal, bem como o princípio da legalidade, conforme art. 150, 1º, c/c 153, 1º, da CF/88. O item III é constitucional, pois não há qualquer problema jurídico no encaminhamento ao Congresso Nacional de projeto de lei complementar para majorar a alíquota de contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL). De acordo com a jurisprudência do STF a majoração da alíquota poderia ser até por lei ordinária. Senão, vejamos: As contribuições do art. 149, CF contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse de categorias profissionais ou econômicas posto estarem sujeitas à lei complementar do art. 146, III, CF, isto não quer dizer que deverão ser instituídas por lei complementar. (...) A contribuição não é imposto. Por isso, não se exige que a lei complementar defina a sua hipótese de incidência, a base imponível e contribuintes. O item IV não atende ao princípio da anterioridade nonagesimal ou noventena. O item V não atende ao princípio da legalidade, uma vez que o ICMS sobre o combustível é de competência dos Estados e do Distrito Federal. Logo, a resposta correta é a letra E. Os itens I, IV e V não atendem aos princípios constitucionais tributários. 15. (FCC/Procurador de Contas/Alagoas/2008) É exceção ao princípio da uniformidade geográfica a vedação da União em instituir tributo uniforme em todo o território nacional. concessão, pela União, de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre diferentes regiões do País. vedação aos Estados e Distrito Federal de instituir isenções de tributos de competência dos Municípios. concessão, pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, de diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão da procedência. vedação de estabelecer limitação ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais. 51
24 Edvaldo Nilo de Almeida O princípio da uniformidade geográfica está estabelecido no art. 151, I, da CF/88, afirmando que é vedado à União instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do País. Portanto, o princípio da uniformidade geográfica prega que é vedado a União instituir ou majorar tributos de forma desigual em todo o território nacional. Assim, por exemplo, o tributo de competência da União deve conter a mesma alíquota em todo o Brasil. Entretanto, existe uma atenuação a este princípio no caso de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do País. Por exemplo, a União deve conceder a Zona Franca de Manaus benefícios fiscais até 2023, conforme o art. 92 dos Atos das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT). Logo, a resposta correta é a letra B. 16. (FCC/Auditor/TCE/AM/2007) O princípio da não-cumulatividade, em relação ao Imposto Sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e Comunicação (ICMS), significa que o Fisco não poderá exigir, cumulativamente com o ICMS, qualquer outro tributo em tese incidente sobre a mesma operação. contribuinte poderá descontar, do valor devido em cada operação de circulação de mercadorias ou prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, o montante do tributo cobrado em operações anteriores. contribuinte tem o direito à redução progressiva do montante a recolher a título de ICMS, conforme o número de operações realizadas desde o início de suas atividades. Fisco deverá excluir o IPI ou o ISS da base de cálculo do ICMS, sempre que qualquer daqueles dois tributos for exigido concomitantemente com este. contribuinte tem o direito à redução progressiva da alíquota do ICMS, conforme o número de operações realizadas em determinado espaço de tempo. A resposta correta é a letra B, pois, como expliquei na questão anterior, o princípio da não-cumulativa quer dizer exatamente que o contribuinte poderá descontar, do valor devido em cada operação de circulação de mercadorias ou 52
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