Doenças por bactérias

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1 Doenças por bactérias As bactérias são seres unicelulares com tamanho microscópico pertencentes ao reino Monera 1, podendo viver isolados ou reunidos em agrupamentos com formas típicas variando entre as espécies. Normalmente possuem uma rígida parede celular que envolve externamente a membrana plasmática, constituída por uma trama de peptídeos (proteínas) interligados a polissacarídeos (açúcares), formando um complexo denominado pepdidoglicnas. Essa substância é responsável pela forma, proteção física e osmótica do organismo. Algumas espécies de bactérias possuem uma cápsula uniforme, espessa e viscosa, atribuindo uma proteção extra contra a penetração de vírus (bacteriófagos), resistência à ofensiva dos glóbulos brancos (fagocitose 2 ), além de proporcionar adesão quando conjuntas em colônia. As bactérias são seres procariontes, ou seja, não apresentam a carioteca, apresentam algumas organelas 3 (ribossomo) e possuem pequeno tamanho. Além dessas características, apresentam parede celular 4, membrana plasmática com invaginações que concentram as enzimas respiratórias (mesossomos), citoplasma, nucleoide, plasmídeo 5 e flagelos (locomoção), em alguns casos. O cromossomo bacteriano, constituído por uma molécula circular de DNA, fica mergulhado diretamente no citoplasma, sendo conhecido por nucleoide. Além do DNA cromossômico, a célula bacteriana também pode conter pequenas moléculas circulares adicionais de DNA, os plasmídeos, cuja presença não é essencial à vida da bactéria. Apresentar plasmídeos, entretanto, pode ser vantajoso, pois geralmente eles contêm genes para destruir moléculas de antibióticos, que poderiam matar as bactérias. As células bacterianas podem apresentar forma esférica (coco), de bastonete (bacilo), espiralada (espirilo), de vírgula (vibrião), entre outras. 1 Formado por bactérias, cianobactérias e arqueobactérias (ou arqueas) 2 Processo utilizado pela célula para englobar partículas sólidas, que lhe irão servir de alimento. 3 Ausência de organelas membranosas. 4 Envoltório extracelular rígido responsável pela formação da bactéria constituída por um complexo proteico glicídio (proteína + carboidrato) com a função de proteger a célula contra agressões físicas do ambiente além de dar forma a ela. OBS: não possui celulose como as das células vegetais. É constituída de uma substância química exclusiva das bactérias conhecida como mureína (ácido n-acetil murânimico). 5 Carregam informação genética não essencial à célula, mas podem prover uma vantagem seletiva para as bactérias que os possuem. Exemplo: contém genes para resistência de antibióticos; bacteriocinas; toxinas.

2 Nutrição das bactérias: 1. De acordo com a fonte de átomos de carbono para a produção de suas moléculas orgânicas, as bactérias são divididas em dois grandes grupos: Bactérias autotróficas: obtêm seus átomos de carbono diretamente do gás carbônico (CO2). Bactérias heterotróficas: obtêm seus átomos de carbono de moléculas orgânicas capturadas do ambiente. 2. Quanto a fonte de energia que utilizam, as bactérias são classificadas como: Bactérias fototróficas: utilizam a luz como fonte primária de energia. Bactérias quimiotróficas: dependem de reações de oxirredução de compostos inorgânicos ou de compostos orgânicos para a obtenção de energia. Juntando os grupos acima, podemos classificar as bactérias em outros quatro grandes grupos, quanto a suas necessidades nutricionais: Bactérias fotoautotróficas: elas mesmas produzem as substâncias orgânicas que lhes servem de alimento, tendo como fonte de carbono o gás carbônico e como fonte de energia a luz. Dentro desse grupo, podemos destacar as proclorófitas e as cianobactérias e as sulfobactérias. Bactérias foto-heterotróficas: utilizam luz como fonte de energia, mas não conseguem converter o CO2 em moléculas orgânicas. Assim, elas utilizam compostos orgânicos que absorvem do meio externo como fonte de carbono para a produção de compostos orgânicos de sua célula. Essas bactérias são anaeróbicas. Bactérias quimioautotróficas: utilizam oxidações de compostos inorgânicos como fonte de energia para a síntese de substâncias orgânicas a partir de CO2 e de átomos de hidrogênio provenientes de substâncias diversas. Bactérias quimio-heterotróficas: a fonte de energia e de átomos de carbono são moléculas orgânicas que ingerem como alimento. Podem ser classificadas em saprofágicas (alimentam-se de matéria orgânica sem vida) e parasitas (obtêm alimento a partir de tecidos corporais de seres vivos, em geral, causando doenças). As bactérias apresentam reprodução assexuada por divisão binária o cromossomo duplica e a bactéria estrangula-se ao meio, originando duas células-filhas idênticas à célula-mãe.

3 Outra forma de reprodução é a esporulação, em que a bactéria produz endósporos quando a bactéria está desidratada e forma uma parede grossa e resistente em torno do citoplasma desidratado, possibilitando a suspensão da atividade metabólica por vários anos e resistindo a diversas condições, tais como calor intenso, falta de água etc. Uma bactéria pode adquirir genes de outras bactérias e misturá-los aos seus de três maneiras diversas: Transdução bacteriana: consiste na transferência de segmentos de moléculas de DNA de uma bactéria para outra por meio de vírus bacteriófagos. Estes, enquanto se formam no interior das células bacterianas infectadas, podem eventualmente incorporar um pedaço do DNA da bactéria hospedeira, em vez de DNA viral. Ao ser liberado e infectar outra bactéria, esse bacteriano que pode se recombinar com o cromossomo da bactéria receptora, conferindo-lhe novas características. Resumindo: transferência de material genético medida por vírus (bacteriófagos).

4 Conjugação bacteriana: consiste na transferência de DNA diretamente de uma bactéria doadora para uma receptora através de um tubo de proteína denominado pelo sexual ou pili 6, que conecta as duas bactérias. Os pili estão presentes apenas em bactérias doadoras de DNA. Na bactéria receptora pode ocorrer recombinação genética entre o cromossomo e o fragmento de DNA recebido da bactéria doadora. Resumindo: processo de transferência de DNA de uma bactéria para outra, envolvendo o contato entre as duas células. Transformação bacteriana: ocorre pela absorção de moléculas ou fragmentos de moléculas de DNA dispersas no ambiente, provenientes de bactérias mortas e decompostas. A célula bacteriana transformada passa a apresentar novas características hereditárias, condicionadas pelo DNA incorporado. Este não precisa ser de bactérias da mesma espécie; em princípio, qualquer tipo de DNA pode ser capturado se as condições forem adequadas. Entretanto, um DNA capturado só será introduzido no cromossomo bacteriano se for semelhante ao DNA da bactéria receptora. Resumindo: é a incorporação de DNA livre, geralmente decorrente da lise celular. O processo de transformação foi utilizado em bactérias E. Coli, para produção de insulina. Para isso, pedaços de DNA humano, com a sequência que determinava a produção de insulina, foram introduzidos em bactérias que passaram a sintetizar esse hormônio. Atualmente, grande parte da insulina comercializada provém da ação dessas bactérias transgênicas. Experimento de Griffith: As bactérias não encapsuladas vivas absorvem material genético das encapsuladas mortas pelo calor e passam a produzir cápsula, o que lhes conferiu a capacidade de causar doença. As bactérias não encapsuladas foram transformadas em encapsuladas. Experimentos subsequentes comprovam que o fator de transformação era DNA. 6 Formação de uma ponte que conectará duas bactérias. A bactéria que doar seu material genético não sofrerá modificação, mas a receptora sairá desta conjugação modificada. Durante a ligação é transferido, da bactéria doadora, um pedaço de DNA chamado de plasmídeo F (de fertilidade) que se recombina com o material genético da bactéria receptora, ocorrendo modificações. Essa forma de recombinação é a que leva ao surgimento de linhagens de bactérias resistentes à ação de vários tipos de antibióticos, caracterizando a infecção hospitalar.

5 Biotecnologia Definição: desenvolvimento científico e tecnológico que possibilita o aproveitamento de seres vivos em tecnologias úteis à humanidade ou, como a ONU define, qualquer aplicação tecnológica que utilize sistemas biológicos, organismos vivos, ou seus derivados, para fabricar ou modificar produtos ou processos para utilização específica. A Biotecnologia moderna engloba áreas de aplicações biológicas em saúde e biomedicina, na agricultura e na produção de insumos industriais (metanol, butanol e acetona, por exemplo), com uma forte orientação multidisciplinar e experimental. Bactérias do gênero Lactobacillus e Streptococcus: são indispensáveis na produção de queijo, iogurte e requeijão; Acetobacter: convertem o álcool do vinho em ácido acético, participam da produção de vinagre; Corynebacterium: produzem o aminoácido glutamato, substância muito utilizada em temperos por sua propriedade de intensificar o sabor dos alimentos; Steptomyces: utilizadas para produzir o antibiótico neomicina 7 ; Hoje contamos com plantas resistentes a doenças, plásticos biodegradáveis, detergentes mais eficientes, biocombustíveis, processos industriais e agrícolas menos poluentes, métodos de biorremediação 8 do meio ambiente e centenas de testes diagnósticos e novos medicamentos. KPC A bactéria KPC (Klebsiella Pneumoniar Carbapenemase) sofreu uma mutação genética, que lhe conferiu resistência a múltiplos antibióticos e a capacidade de tornar resistentes outras bactérias. Essa característica pode estar diretamente relacionada com o uso indiscriminado ou incorreto de antibióticos. As pessoas que estão hospitalizadas, ou em contato com ambiente hospitalar têm maiores riscos de contrair a bactéria. Essa bactéria pode causar febre, prostração, dores no corpo, especialmente na bexiga, quando a infecção atinge o trato urinário, e tosse nos episódios de pneumonia. As superbactérias podem se disseminar no ambiente hospitalar, em geral, por meio da transmissão cruzada entre pacientes. Isso é, são transportadas de um paciente a outro por meio das mãos dos profissionais de saúde. A contaminação do local, especialmente por meio dos equipamentos e superfícies próximas ao paciente, também pode contribuir para essa transmissão. Independentemente de o paciente estar infectado ou colonizado no ambiente hospitalar, ele será isolado em um quarto, as visitas serão restringidas, os profissionais da área saúde que o atenderem usarão medidas de barreira como avental e luvas que deverão ser desprezados antes de saírem do quarto do paciente. Se possível estes profissionais não deverão prestar atendimento a pacientes não infectados ou colonizados, para não contaminá-los também. 7 Interfere na síntese proteica da bactéria. 8 Utilização de microrganismos, principalmente bactérias, para limpar áreas ambientais contaminadas por poluentes. Esse processo é mais barato, mais simples e menos prejudicial ao ambiente.

6 Uma característica importante da KPC é que, além de se multiplicar com rapidez, ela tem a capacidade de transmitir para outras bactérias o gene produtor da enzima, que destrói os antibióticos. Bactérias patogênicas As bactérias patogênicas geralmente causam doenças pela liberação de exotoxinas ou endotoxinas e são armas potenciais para o bioterrorismo. A transferência genética horizontal pode passar genes associados à virulência para cepas inofensivas. Ao penetrar no corpo humano, as bactérias se instalam e se multiplicam nos tecidos de diversos órgãos, causando as infecções bacterianas. Enquanto os vírus sempre penetram nas células, as bactérias geralmente vivem entre as células dos tecidos e nas superfícies e cavidades de órgãos. As exceções são clamídias e rickéttsias, parasitas intracelulares obrigatórios. Muitos dos sintomas das infecções bacterianas são causados por substâncias tóxicas (toxinas) que as bactérias eliminam ou por substâncias presentes em suas paredes celulares. Certas bactérias só conseguem causar doenças quando o sistema de defesa está debilitado, sendo, por isso, denominadas bactérias oportunistas. Um dos principais problemas da infecção pelo HIV é fragilizar o sistema imunitário, abrindo caminho para uma série de infecções oportunistas que não afetam pessoas sadias. O tratamento das infecções bacterianas é feito com antibióticos, substâncias capazes de matar bactérias. O primeiro antibiótico foi descoberto em 1929 por Alexander Fleming, que o extraiu de um fungo do gênero Penicillium; por isso o nome penicilina. Todos os antibióticos continuam sendo extraídos de bactérias e de fungos, mas grande parte é modificada por processos químicos que aumentam seu potencial de cação, saí serem chamados de antibióticos sintéticos. A prevenção de certas doenças bacterianas é feita pela vacinação. A higiene é, com certeza, a principal atitude preventiva contra muitas doenças bacterianas. Algumas doenças humanas causadas por bactérias 1. Doenças bacterianas associadas à pele a) Acne Provavelmente a doença de pele mais comum, afetando principalmente adolescentes, causando a formação de espinhas, cravos e lesões vermelhas inflamadas. Resulta do bloqueio dos ductos secretores das glândulas sebáceas do pelo, com acúmulo de secreção e formação de um ponto esbranquiçado característico, ou seja, quando orifícios minúsculos na superfície da pele (poros) ficam obstruídos. O folículo piloso rompe-se e é invadido por Propionibacterium acnes normalmente presente na pele. Essas bactérias alimentam-se da secreção do folículo e produzem ácidos graxos que induzem a resposta inflamatória de pústulas 9 que podem resultar em cicatrizes. A acne, segundo o site Minha Vida 10, é um problema causado por inchaço e inflamação, não por um problema causado por bactérias. 9 São pequenas lesões em forma de bolha, inflamadas e cheias de pus na superfície da pele. 10

7 As causas são alterações hormonais no organismo, proliferação da bactéria comum da pele, sujeira, resíduos, bactérias e células inflamatórias que acumulam os poros da pele. Como prevenção deve-se evitar uso de cosméticos e manter higiene cuidadosa da face e cabelos. O tratamento é feito com a aplicação de antissépticos e o uso de antibióticos específicos, com orientação de um dermatologista. b) Erisipela É causada por Streptococcus pyogenes do grupo A e ocorre mais frequentemente em crianças e em idosos. Caracteriza-se pela presença de feridas avermelhadas, inflamadas e dolorosas nas pernas, rosto e braços, produzidas pelas toxinas bacterianas que penetram na pele através de um ferimento, como uma picada de inseto ou micose de pé. A erisipela tem cura que pode ser alcançada entre 7 a 30 dias com o tratamento, no entanto, ela pode surgir de novo se o tratamento não for feito adequadamente. A erisipela bolhosa é um tipo mais grave de erisipela em que as feridas na pele são mais profundas e apresentam bolhas com líquido transparente, amarelo ou marrom. O quadro é, com frequência, acompanhado de febre alta, náuseas, vômito, calafrios, feridas vermelhas na pele, inflamadas e com dor e pode haver pequenas bolhas na pele. Como tratamento empregam-se antibióticos específicos durante cerca de 14 dias, sendo a penicilina a primeira opção de tratamento, repouso e elevação do membro afetado. A erisipela não é contagiosa. A erisipela só acontece quando um indivíduo possui uma ferida e entra em contato com a bactéria causadora da doença que pode estar em qualquer local. c) Impetigo Comum em crianças que vivem em condições não saudáveis; nas mais jovens é geralmente causada por Straphylococcus aureus, e nas em idade escolar, por Streptococcus pyogenes. Os sintomas são pústulas isoladas na pele, que se rompem e desenvolvem uma casca. O contágio dá-se por contato direto com pessoas portadoras; as bactérias penetram por pequenas lesões previamente existentes na pele. Como prevenção deve-se manter a higiene da pele. O tratamento é feito com antissépticos e antibióticos específicos, o objetivo é curar a infecção e aliviar os sintomas. 2. Doenças bacterianas associadas ao sistema nervoso a) Botulismo É causada pela ingestão da toxina botulínica produzida por Clostridium botulinum que é encontrada no solo e em água não tratada em todo o mundo. Ela produz esporos que sobrevivem em alimentos preservados ou enlatados de forma inadequada. Ao ingerir a toxina produzida pela bactéria, mesmo em quantidades mínimas, podem causar envenenamento grave. O principal sintoma é a paralisia muscular, pois a toxina bloqueia a transmissão de impulsos nervosos. Pode ser fatal se não é tratada rapidamente, em decorrência da paralisia dos músculos responsáveis pela respiração. Os outros sintomas são cólicas

8 abdominais, dificuldade respiratória (que pode causar insuficiência respiratória), dificuldade para engolir e falar, visão dupla, náusea, vômito e fraqueza, como paralisia. O tratamento é feito com soro antitoxina. O indivíduo deverá permanecer no hospital se apresentar problemas respiratórios. Uma sonda pode ser inserida através do nariz ou da boca para o interior da traqueia, para proporcionar uma passagem para o oxigênio. Pode ser necessário utilizar um aparelho de respiração artificial. Indivíduos com problemas para engolir podem receber líquidos pela veia (por IV). Pode ser inserida uma sonda de alimentação. Jogue sempre fora latas estufadas ou alimentos guardados com cheiro de estragado. Esterilize os alimentos em conservas caseiras cozinhando-os na panela de pressão a 120 C por 30 minutos para reduzir o rico de botulismo. Mantenha batatas assadas em papel-alumínio quentes ou na geladeira, nunca à temperatura ambiente. b) Hanseníase ou lepra O agente causativo é Mycobacterium leprae, que se aloja em nervos sensitivos próximos à superfície do corpo, levando à perda de sensibilidade e, por isso, são frequentes as lesões na pele e nas extremidades afetadas. O contágio dá-se pelo contato com secreções contaminadas de pessoas doentes; as bactérias penetram no corpo através de pequenas lesões na pele e mucosas. O tratamento da hanseníase é via oral, constituído pela associação de dois ou três medicamentos e é denominado poliquimioterapia. Os sintomas são sensação de formigamento, fisgadas ou dormência nas extremidades; manchas brancas ou avermelhadas, geralmente com perda da sensibilidade ao calor, frio, dor e tato; áreas da pele aparentemente normais que têm alteração da sensibilidade e da secreção de suor; caroços e placas em qualquer local do corpo; diminuição da força muscular (dificuldade para segurar objetos). É importante que se divulgue junto à população os sinais e sintomas da hanseníase e a existência de tratamento e cura, através de todos os meios de comunicação. A prevenção da hanseníase baseia-se no exame dermato-neurológico e aplicação da vacina BCG em todas as pessoas que compartilham o mesmo domicílio com o portador da doença. c) Meningite Os agentes causativos podem ser Neisseria meningitidis 11, Hemophilus influenzae 12, Streptococcus pneumoniae 13 ou Listeria monocytogenes. As bactérias provocam inflamação das meningites 14, produzindo febre alta repentina, confusão mental, dificuldade de concentração, convulsões, sonolência, fotossensibilidade, falta de apetite, rachaduras e presença de manchas vermelhas na pele, dores de cabeça intensas, 11 Espalha-se pela corrente sanguínea após uma infecção no trato respiratório e é extremamente contagiosa. Afeta principalmente adolescentes e jovens adultos. 12 Esta bactéria costumava ser a principal causa de meningite em crianças. Hoje, no entanto, sua ocorrência foi controlada e reduzida por meio de vacinas. No Brasil, a vacina contra a meningite causada por essa bactéria faz parte da cartilha obrigatória de vacinação na infância. Quando não prevenida, tanto crianças quanto adultos podem apresentar a doença, que se desenvolve a partir de uma infecção no trato respiratório. 13 Essa é a mais comum entre todas as bactérias que transmitem meningite. Ela também pode causar infecções no ouvido e até pneumonia. Existe uma vacina disponível para reduzir a ocorrência da infecção por essa bactéria. 14 Membranas que envolvem o cérebro.

9 rigidez do pescoço e vômitos, podendo levar à morte. A contaminação dá-se pelas vias respiratórias, por inalação de partículas contaminadas por saliva ou secreção nasal de portadores da bactéria, que podem não apresentar os sintomas da infecção (portadores assintomáticos). Uma atitude preventiva é ativar aglomerações em ambientes pouco ventiladas e contato com pessoas contaminadas, que devem ficar hospitalizadas em isolamento. Utiliza-se também a vacinação, lavar sempre as mãos e cobrir a boca ao tossir ou espirrar também são medidas simples para a prevenção da meningite. O tratamento é feito com antibióticos intravenosos específicos e medicamentos de cortisona, para reduzir o risco de futuras complicações. A maioria dos casos de meningite é provocada por vírus (meningite viral) ou bactérias (meningite bacteriana), mas a doença também pode ser transmitida via fungos (meningite fúngica). A causa da meningite varia de acordo com o tipo. A meningite bacteriana é a mais grave de todas. Ela ocorre geralmente quando a bactéria entre na corrente sanguínea e migra até o cérebro. Pode acontecer, também, da doença ser desencadeada após uma infecção no ouvido, fratura ou, mais raramente, após alguma cirurgia. d) Tétano É causado pelo Closreidium tetani, cujos esporos estão presentes no solo e penetram no corpo através de lesões profundas na pele. A infecção começa quando os esporos entram no corpo através de uma ferida ou de um ferimento. Esses esporos liberam bactérias que se espalham e formam um veneno chamado tetanospasmina. Esse veneno bloqueia os sinais neurológicos da coluna vertebral para os músculos, causando espasmos musculares intensos. Os espasmos podem ser tão fortes que rompem os músculos ou causam fraturas na coluna. Se não tratado a tempo, ocorre morte por parada respiratória e cardíaca. Os sintomas incluem babar, suor excessivo, febre, espasmos nas mãos ou nos pés, irritabilidade, dificuldade ao engolir e micção ou evacuação descontrolada. Como prevenção, utiliza-se vacinação. Em caso de ferimentos sujos e profundos com sinais de contaminação, aplica-se soro antitetânico. O tratamento consiste em remover o tecido danificado (para evitar a produção de mais toxina) e administrar antibióticos (pouco eficaz se a toxina tiver atingido os nervos). 3. Doenças bacterianas associadas aos sistemas cardiovascular e linfático a) Brucelose É causada por diferentes bactérias do gênero Bruccella (Brucella abortus gado, Brucella suis suínos, Brucella melitensis caprinos, Brucella cannis), que é transmitida dos animais para os homens. A infecção ocorre quando eles entram em contato direto com animais doentes ou ingerem leite não pasteurizado, produtos lácteos contaminados, carne mal passada e seus subprodutos. O período de incubação pode variar de cinco dias até vários meses. Na forma aguda, os sintomas podem ser confundidos com os da gripe: febre, sudorese noturna (suor com cheiro de palha azeda), calafrios, fraqueza, cansaço, inapetência, dor de cabeça, no abdômen e nas costas. Na forma crônica, os sintomas retornam mais intensos. Os mais característicos são: febre recorrente, grande fraqueza muscular, forte

10 dor de cabeça, falta de apetite, perda de peso, tremores, manifestações alérgicas (asma, urticária, etc.), pressão baixa, labilidade emocional, alterações da memória. A brucelose é uma doença sistêmica que, nos quadros mais graves, pode afetar vários órgãos, entre eles o sistema nervoso central, o coração, os ossos, as articulações, o fígado, o aparelho digestivo. Não existe vacina contra a brucelose humana. A prevenção da doença depende diretamente do controle e erradicação da bactéria nos animais. O tratamento tem como base a associação de antibióticos. O paciente deve permanecer em repouso e bem hidratado. A doença é uma zoonose 15 de distribuição universal e as medidas de prevenção são as mesmas em todos os lugares. b) Febre maculosa O agente causativo é Rickettsia rickettsii. O homem é infectado através da picada do carrapato que eventualmente carrega esta bactéria nas suas glândulas salivares 16. A Rickettsia é uma bactéria que sobrevive basicamente dentro das células dos carrapatos. No Brasil, o carrapato mais comum e também o que mais comumente é vetor desta infecção é do tipo Amblyomma cajennense (carrapato de cavalo ou carrapato estrela). O carrapato infectado pica o hospedeiro e através de sua regurgitação inocula a bactéria na corrente sanguínea do animal ou, mais raramente, em feridas abertas. No homem, isso não é comum porque para que haja a infecção o carrapato tem que ficar aderido de 4 a 6 horas. Quando a bactéria cai na circulação causa vasculite 17. A doença começa abruptamente com um conjunto de sintomas semelhantes aos de outras infecções: febre alta, dor no corpo, dor da cabeça, inapetência, desânimo. Depois, aparecem pequenas manchas avermelhadas, as máculas, que crescem e tornamse salientes, constituindo as maculopápulas. Essas lesões podem apresentar o componente petequial 18 e, às vezes, ocorrem pequenas hemorragias subcutâneas no local das maculopápulas petequiais. A erupção cutânea é generalizada e manifesta-se também na palma das mãos e na planta dos pés, o que em geral não acontece nas outras doenças exantemáticas (sarampo, rubéola, dengue hemorrágico, por exemplo). Esta infecção não passa de uma pessoa doente para outra por contato físico nem contato com saliva, urina ou fezes. Sempre é necessária a picada do carrapato. Mais de um caso pode aparecer na mesma família ou em pessoas que moram na mesma região porque foram expostos aos mesmos animais portadores de carrapatos infectados. Não existe vacina contra a febre maculosa brasileira. A febre maculosa brasileira tem cura desde que o tratamento com antibióticos seja introduzido nos primeiros dois ou três dias. Atraso no diagnóstico e, consequentemente, no início do tratamento pode provocar complicações graves, como o comprometimento do sistema nervoso central, dos rins e pulmões, das lesões vasculares e levar ao óbito. Como prevenção devem-se evitar locais infestados pelo carrapato ou proteger-se adequadamente contra eles, além de combatê-los. 15 Doenças que podem ser transmitidas os animais vertebrados e o homem. 16 O carrapato adulto ou suas ninfas micuins contaminam-se ao sugar animais portadores da bactéria, como aves, mamíferos domésticos e selvagens. 17 Doenças causadas por inflamações dos vasos sanguíneos do organismo. 18 Petéquia é uma pintinha hemorrágica parecida com uma picada de pulga.

11 c) Febre reumática É uma doença inflamatória que se desenvolve em decorrência de infecções por Streptococcus pyogenes e outros estreptococos 19. A ação da bactéria ainda é pouco conhecida; mas o resultado é uma reação de autoimunidade, desencadeada pela infecção da garganta pelo estreptococo. Afeta, geralmente, jovens entre 4 e 18 anos, podendo causar artrite e inflamação do coração, com danos às válvulas cardíacas, as articulações, a pele e o cérebro e ocorre aproximadamente 20 dias após a faringite estreptocócica ou escarlatina. A contaminação dá-se pelas vias respiratórias, por inalação de partículas contaminadas por saliva ou secreção nasal de portadores da bactéria. Os sintomas são dor abdominal, febre, problemas cardíacos, que podem não apresentar sintomas ou causar falta de ar e dores no peito, dor nas articulações, artrite (principalmente nos joelhos, ombros, tornozelos e punhos), inchaço, vermelhidão ou calor nas articulações, sangramentos no nariz (epistaxe), nódulos cutâneos, erupção na pele do tronco e parte superior dos braços ou pernas, erupções com formato de anel ou de serpente, coreia de Sydenham 20. A aplicação de antibióticos em jovens com infecção de garganta pelo estreptococo é usada como prevenção. d) Gangrena gasosa Gangrena é a morte de tecidos pela interrupção do suprimento sanguíneo, causada, por exemplo, por um ferimento. Em 80% dos casos a espécie Clostridium perfringens 21, bacilo esporulado que só produz esporos em condições especiais, é a responsável pela gangrena gasosa, além de produzir toxinas que são letais aos animais e uma enterotoxina causadora de diarreia para o ser humano. Substâncias liberadas pelos tecidos mortos servem de alimento a diversas bactérias. Toxinas liberadas por essa bactérias destroem progressivamente os tecidos e a doença espalha-se; quando não tratada, é sempre letal. Adquire-se a bactéria por contaminação de ferimentos necrosados 22 com esporos bacterianos presentes no solo. Os sintomas são confusão, febre, gases nos tecidos sob a pele, mal-estar geral, baixa pressão sanguínea e dor persistente ou intensa. Previne-se pela limpeza adequada de ferimentos e tratamento com antibióticos específicos. Uma vez instalada a bactéria, é necessária a remoção cirúrgica do tecido necrosado, muitas vezes por amputação do membro afetado. e) Peste O agente causativo é Yersinia pestis, uma bactéria que pode multiplicar-se no interior dos macrófagos 23, em vez de ser destruída. Os sintomas são inchaço dos linfonodos das virilhas e axilas, acompanhado de febre. Sem tratamento, a morte pode ocorrer menos de uma semana após os primeiros sintomas. Adquire-se a bactéria pela picada de pulga-do-rato (Xenopsylla cheopis) contaminada ou por ferimentos e arranhões causados por animais infectados (cães ou gatos). A prevenção consiste em 19 Olhar figura na página Instabilidade emocional, fraqueza muscular e movimentos rápidos, descoordenados e espasmódicos que afetam principalmente o rosto, os pés e as mãos. 21 Produz gás e leva ao inchaço dos tecidos. 22 Necrose: morte celular. 23 Células pertencentes ao tecido conjuntivo, de grande dimensão, possuindo características morfológicas variáveis que depende de seu estado de atividade funcional e do tecido que habitam.

12 combater pulgas e ratos e evitar o contato com animais que possam estar contaminados. O tratamento é feito com antibióticos. f) Tifo epidêmico É causada pela bactéria Rickettsia prowazekki, transmitida por fezes do piolhodo-corpo (Pediculus humanus corporis) contaminado; a bactéria penetra através do ferimento da picada quando o local é coçado. Os sintomas são dor abdominal, dor nas costas, diarreia, erupção vermelha e entorpecente que se espalha a partir do meio do corpo, febre extremamente alta (39 a 40 C), que pode durar até 2 semanas, tosse seca, dor de cabeça, dor articular e muscular, náusea, vômitos, calafrios, tosse, delírio, febre alta (39 a 40 C), dor articular (atralgia), luzes que parecem muito brilhantes, luzes que podem machucar os olhos, pressão arterial baixa, erupção que se espalha pelo corpo a partir do peito (exceto nas palmas das mãos e nas solas dos pés), enxaqueca, dor muscular grave (mialgia), estupor 24 e manchas vermelhas no corpo devido a hemorragias subcutâneas provocadas pela entrada das bactérias nas células da parede dos vasos sanguíneos. A taxa de mortalidade é alta quando a infecção não é tratada adequadamente. Como prevenção deve-se evitar a presença do piolho mantendo as habitações limpas. O tratamento é feito com certos tipos de antibiótico. g) Tifo endêmico (ou febre tifoide) O agente causativo é a bactéria Rickettsia typhi transmitida pela picada da pulgado-rato (Xenopsylla cheopis) contaminada. Os sintomas são semelhantes ao do tifo epidêmico, mas menos severos. A prevenção consiste em combater as pulgas e os ratos. O tratamento é feito com antibióticos. 4. Doenças bacterianas associadas ao sistema respiratório a) Antraz O antraz é mais comum nas regiões agrícolas, onde afeta animais. Ocorre mais comumente em vertebrados domésticos e selvagens (gado, ovelhas, cabras, camelos, antílopes, e outros herbívoros), também ocorre no homem quando ele é exposto a animais infectados ou manuseia solo ou materiais que contém a bactéria ou seus esporos. A infecção pode ocorrer de três formas: cutânea (pele) 25, respiratória e gastrointestinal 26. A doença é causada pelo Bacillus anthracis, que produz infecção purulenta localizada quando penetra por ferimento, mas há perigo de septicemia 27. Situações mais graves ocorrem pela inalação dos esporos e instalação de pneumonia, com febre alta, dificuldade para respirar e dores no peito; nesses casos, na maioria das vezes, ocorre septicemia e a taxa de mortalidade é alta. A contaminação se dá pela inalação ou ingestão de grande quantidade de esporos, geralmente presentes no solo. Como prevenção deve-se evitar contato com locais contaminados, em geral pastos onde morreram animais com a doença. O tratamento é feito com antibióticos. 24 Dormência. 25 A infecção ocorre quando a bactéria entra na pele através de um corte ou abrasão (raspão). 26 É adquirido caso se coma a carne contaminada mal cozida e o antraz respiratório pode ocorrer caso se inale a bactéria ou seus esporos. 27 Infecção generalizada.

13 b) Coqueluche Causada por Bordetella pertussis, afeta principalmente crianças; os primeiros sintomas assemelham-se aos de um resfriado. Em seguida, sobrevém uma fase de tosse intensa, decorrente das ações bacterianas imobilizarem os cílios da traqueia, impedindo a eliminação do muco. A tosse é a tentativa do organismo de eliminar o muco acumulado nas vias respiratórias. A recuperação é lenta e pode levar meses. A contaminação dá-se pela inalação de bactérias eliminadas durante a tosse de pessoas infectadas. A prevenção é feita pela vacinação, aos dois meses de idade. O tratamento emprega antibióticos. c) Difteria (ou crupe) É causada pela bactéria Corynebacterium diphtheriae. Inicialmente ocorrem dor de garganta e febre, seguidas de mal-estar e inchaço do pescoço. Em respostas à infecção, forma-se, na garganta, uma membrana cinzenta constituída por fibrina, tecidos mortos e células bacterianas, podendo bloquear totalmente a passagem de ar para os pulmões. Algumas linhagens da bactéria, portadoras de um fago lisogênico, podem produzir uma toxina potente que ataca o coração e os rins, causando a morte. A contaminação ocorre pela inalação de bactérias eliminadas com as secreções respiratórias de pessoas infectadas, as quais podem ser assintomáticas. O tratamento é feito com antibióticos e soro antitoxina. A doença pode ser prevenida com vacina, aplicada normalmente nos primeiros meses de vida. d) Pneumonia bacteriana O agente causativo é a bactéria Streptococcus pneumoniae. Os sintomas são febre, dificuldade respiratória e dor no peito. Em resposta à infecção, os alvéolos pulmonares ficam tomados por glóbulos vermelhos, leucócitos e fluido dos tecidos. As bactérias podem invadir a corrente sanguínea, a cavidade pleural e, ocasionalmente, as meninges. Muitas doenças de pessoas idosas evoluem para pneumonia estreptocócica. O contágio ocorre pela ingestão de bactérias infectadas, as quais podem ser assintomáticas. O tratamento é feito com antibióticos; a prevenção, principalmente em idosos, é realizada por meio da vacinação. e) Tuberculose O agente causativo é Mycobacterium tuberculosis. As bactérias primeiramente se multiplicam no interior de macrófagos que, em vez de destruí-las, passam a protegêlas. Quando o número de bactérias torna-se muito grande, elas abandonam os macrófagos e espalham-se pelo sistema respiratório e, eventualmente, por outros sintomas corporais. A pessoa perde peso e vigor corporal, sendo acometida por crises de tosse com eliminação de secreção sanguinolenta, decorrente da ruptura de vasos sanguíneos pulmonares. Se não é tratada adequadamente, causa morte. Pessoas saudáveis são, geralmente, resistentes à infecção pelo bacilo da tuberculose; se a imunidade diminui, a bactéria se instala e causa a enfermidade. A queda da imunidade pode ocorrer devido a outras enfermidades, má-nutrição e estresse. O bacilo é adquirido normalmente por inalação; ao atingir os alvéolos pulmonares é fagocitado pelos macrófagos. A prevenção é feita com a vacina BCG; devem-se evitar ambientes com más condições de higiene e aglomeração de pessoas. A detecção de portadores

14 assintomáticos do bacilo da tuberculose pode ser feita pelo teste da vacina tuberculina na pele (Teste de Mantoux). O tratamento dos portadores é feito com antibióticos. O aparecimento recente de linhagens resistentes da bactéria da tuberculose tem sido motivo de preocupação dos órgãos de saúde pública em diversos países. 5. Doenças bacterianas associadas ao sistema digestório a) Cárie dentária É causada por Streptococcus mutans, uma bactéria comumente presente na cavidade bucal. Resulta da deterioração dos tecidos do doente pelas secreções produzidas por bactérias que formam as placas dentárias. A degradação do esmalte abre caminho para a invasão dos tecidos internos dos dentes (dentina) pelas bactérias. A prevenção da cárie consiste em diminuir a ingestão de açúcares e manter a higiene cuidadosa dos dentes, escovando-os sempre após cada refeição. A aplicação de flúor fortalece o esmalte dentário. Deve-se consultar regularmente o dentista. b) Cólera É causada por Vibrio cholerae. A bactéria multiplica-se no intestino delgado e produz uma toxina que induz as células intestinais a liberar água e sais. A perda de líquido, na forma de vômito e, principalmente, de diarreia, pode chegar de 12 a 20 litros em um só dia, levando ao colapso dos órgãos e, com frequência, à morte. Adquire-se a bactéria pela ingestão de água ou de alimentos contaminados com fezes de portadores. Como prevenção, devem-se evitar alimentos preparados sem condições higiênicas adequadas e a ingestão de água não potável. O tratamento é feito com antibióticos e reposição de líquidos e sais minerais. O Mapa Fantasma O cólera era então, como outras doenças, atribuído a miasmas emanações tóxicas de pântanos e regiões insalubres. John Snow discordava: o cólera, dizia, transmitia-se por via oral. Em 1854, ele comprovou sua teoria em condições dramáticas, quando a doença dizimou a população pobre do bairro do Soho. Num mapa da cidade, ele assinalou os lugares das mortes (daí o título do livro: no mapa de Snow, os mortos figuram simbolicamente como fantasmas). A concentração de óbitos nas vizinhanças da bomba de água de Broad Street apontava a conexão entre água e doença. Por proposta de Snow, o conselho administrativo da região mandou remover a bomba do poço, com o que os casos de doença diminuíram. O livro relata o embate entre duas teorias e providências da época para tentar explicar a doença e vencê-la: a teoria miasmática de Edwin Chadwick, do Comitê Geral de Saúde (1848), para quem tudo que cheirasse mal fazia mal atribuindo aos ares pestilentos à causa da epidemia e sua providência inicial foi encharcar as ruas com

15 cloreto de cal.. E a teoria da transmissão do cólera pela água, de John Snow, médico anestesiologista estabelecido no Soho e que se tornou cirurgião da rainha. O cólera é uma espécie de bactéria, um organismo microscópico unicelular, que abriga filamentos de DNA. Ainda que na possuam as organelas e os núcleos das células eucarióticas presentes nas plantas e nos animais, as bactérias são mais complexas do que os vírus. (...) Em termos absolutos, as bactérias são, de longe, os mais bem-sucedidos organismos do planeta. (...), o reino das bactérias talvez seja a maior forma de vida em termos de biomassa. 28 O cólera não se estendia difusamente sobre o bairro. Irradiava-se, na verdade, a partir de um único ponto. 29, (...) a ingestão da água do poço multiplicava as chances de contaminação. 30, já que o Vibrio cholerae dá preferência às águas com maior teor salino ou bastante material orgânico. 31 O chá fermentado possui várias propriedades antibacterianas cruciais que ajudam a repelir doenças transmissíveis pela água: o ácido tânico liberado no processo de infusão mata as bactérias que não perecem durante a fervura da água. Do ponto de vista da bactéria, a explosão do consumo de chá, no fim do século XVIII, foi um verdadeiro holocausto microbiano. Durante esse período, os médicos observaram uma drástica queda da disenteria e da mortalidade infantil. (O agente antisséptico presente no chá podia chegar aos bebês por meio do leite materno.) Amplamente livres dos agentes de doenças transmissíveis pela água, os consumidores de chá aumentavam em número, para, no fim, proporcionar uma reserva ainda maior de mão de obra para as emergentes cidades fabris e para o grande monstro que se expandia dentro da própria Londres. 32 DOENÇA Cólera Febre amarela e Varíola CIDADE AFETADA OS PRECONCEITOS QUE TIVERAM DE SER VENCIDOS Londres, em meados do século XIX Acreditava-se, então, que a doença era causada por miasmas, emanações tóxicas de pântanos. O médico John Snow teve de provar que a transmissão sedava pelo consumo de água contaminada Rio de Janeiro, na virada do século XIX para o XX Ainda não se aceitava a ideia de que um mosquito era o vetor da febre amarela. O sanitarista Oswaldo Cruz foi ridicularizado por combater o inseto. E sua campanha de vacinação contra a varíola esbarrou nos medos e nas superstições da população, que eclodiram na Revolta da Vacina, em 1904 Meningite meningocócica São Paulo, entre 1973 e 1974 Quando a epidemia eclodiu, o Brasil não dispunha de vacinas, que tiveram de ser importadas. A censura do governo militar impediu a cobertura jornalística o que só aumentou o pânico entre a população c) Disenteria bacilar (ou shigelose) É causada por bactérias do gênero Shigella. As bactérias multiplicam-se nas células do intestino delgado, liberando uma toxina muito ativa que destrói a mucosa do intestino grosso, causando diarreia severa e, em alguns casos, febre. As formas mais agudas da doença podem levar à morte. Alguns casos da chamada diarreia do viajante são uma forma branda de disenteria bacilar. Adquire-se a bactéria pela ingestão de água ou de alimentos contaminados com fezes de portadores. Como prevenção devem-se 28 Trecho retirado do livro O Mapa Fantasma, página Trecho retirado do livro O Mapa Fantasma, página Trecho retirado do livro O Mapa Fantasma, página Trecho retirado do livro O Mapa Fantasma, página Trecho retirado do livro O Mapa Fantasma, página 95.

16 evitar alimentos preparados sem condições higiênicas adequadas e a ingestão de água não potável. O tratamento é feito com antibióticos e reposição de líquido e sais minerais. d) Febre tifoide O agente causativo é a bactéria Salmonella typhi. Cerca de duas semanas após a infecção (período de incubação), ocorrem febre e forte dor de cabeça; a diarreia tem início apenas após três semanas, quando a febre declina. Durante esse período, a bactéria dissemina-se por todo o organismo e pode ser isolada do sangue, da urina e das fezes. Em casos graves pode ocorrer perfuração do intestino e morte. Adquire-se a bactéria pela ingestão de água ou de alimentos contaminados com fezes de portadores. Como prevenção devem-se evitar alimentos preparados sem condições higiênicas adequadas e a ingestão de água não potável. O tratamento é feito com antibióticos específicos e reposição de líquidos e sais minerais. e) Gastrenterite (diarreia do viajante) É causada por algumas linhagens patogênicas de Escherichia coli, que produzem toxinas responsáveis pelos distúrbios gastrintestinais. Os sintomas são diarreia aquosa, assemelhando-se a uma forma branda de cólera. A contaminação dá-se pela ingestão de água ou de alimentos contaminados com fezes de portadores. É quase impossível evitar. O tratamento é reidratação oral, recomendada para qualquer tipo de diarreia. Além de antibióticos e antidiarreicos (promovem alívio dos sintomas), em alguns casos e evitar leite ou derivados, vegetais, frutas cruas e gorduras. f) Salmonelose É causada por bactérias do gênero Salmonella, que penetram nas células da parede intestinal, onde se multiplicam, podendo, eventualmente, atravessá-la e atingir vasos sanguíneos e linfáticos, espalhando-se pelo corpo. Os sintomas são febre moderada, dores abdominais, cólicas e diarreia, dependendo da quantidade de bactérias ingeridas. Adquire-se a bactéria pela ingestão de produtos de origem animal contaminados, principalmente ovos e carne de galináceos. A prevenção consiste na higiene adequada dos criadouros de animais, para evitar sua contaminação, na refrigeração adequada da carne, para evitar a proliferação das bactérias contaminantes e no cozimento adequado de carne e ovos. O tratamento é a reidratação oral, recomendada para qualquer tipo de diarreia. g) Doença péptica O agente causativo é Helicobacter pylori, uma bactéria que se instala na parede do estômago, causando ruptura da camada protetora de muco e contribuindo para agravar uma gastrite, levando-a a evoluir para úlcera péptica. A maioria das pessoas possui a bactéria no estômago e o desenvolvimento da doença depende de sai associação a outros fatores (estresse, condições alimentares etc). O tratamento consiste na eliminação da bactéria por meio de antibióticos específicos, o que leva, em geral, ao desaparecimento das úlceras pépticas.

17 6. Doenças bacterianas associadas ao sistema urinário a) Cistite Os agentes causativos são Escherichia coli ou Staphylococcus saprophyticus. A bactéria causa inflamação da bexiga urinária, o que provoca dificuldade em urinar e a presença de leucócitos na urina. Afeta mais comumente as mulheres. Desenvolve-se em decorrência da contaminação da uretra com bactérias presentes nas aberturas do sistema urogenital. A infecção é facilitada pelas relações sexuais e descuido com a higiene pessoal. A prevenção é feita por meio de cuidados com a higiene pessoal e o tratamento, pelo uso de substâncias bactericidas. b) Leptospirose É uma doença típica de animais domésticos e selvagens causado por Leptospira interrogans. Os animais portadores eliminam a bactéria na urina e as pessoas infectamse pelo contato com a água e solo contaminados. Após um período de incubação de uma a duas semanas, aparecem os sintomas: dor de cabeça, dor muscular, calafrios e febre. Pode afetar o fígado e os rins. Comprometimentos renais são as principais causas de morte pela doença. A prevenção consiste em combater os ratos, um dos principais portadores, e evitar contato com animais que possam estar contaminados. O tratamento é feito com antibióticos. 7. Doenças bacterianas associadas ao sistema genital a) Cancro mole O agente causativo é Hemophilus ducreyi, que se adquire por contato sexual com parceiros contaminados. Após um período de incubação de três a cinco dias mas que pode se estender por até duas semanas, aparecem lesões, geralmente dolorosas, nos órgãos genitais. É mais frequente nos homens. A prevenção consiste em evitar-se relações sexuais com pessoas portadoras e usar preservativo. O tratamento é feito com antibióticos e a pessoa contaminada deve abster-se de relações sexuais até a cura completa, para evitar a disseminação da doença. b) Gonorreia É causada por Neisseria gonorrhoeae, que se transmite através de relações sexuais com parceiros contaminados e da mãe para o recém-nascido, durante o parto. O diagnóstico nos homens é mais fácil, pois a doença produz ardor ao urinar e eliminação de uma secreção uretral amarelada. Nas mulheres, os sintomas são pouco evidentes, o que dificulta o tratamento, com evolução para a DIP (doença inflamatória pélvica), que compromete as tubas uterinas e pode causar a esterilidade. Mulheres grávidas infectadas podem contaminar os recém-nascidos, nos quais a infecção pode levar à cegueira. A prevenção consiste em evitar-se relações sexuais com pessoas portadoras e usar preservativo. O tratamento é feito com antibióticos e a pessoa contaminada deve absterse de relações sexuais até a cura completa, para evitar a disseminação da doença.

18 c) Sífilis O agente causativo é a bactéria Treponema pallidum, que se transmite por via sexual ou da mãe para o feto, durante a gestação. Cerca de vinte dias após a contaminação surge uma lesão de consistência endurecida e pouco dolorosa (cancro duro) nos órgãos genitais. No homem, o cancro duro aparece com maior frequência na glande do pênis e na mulher, nos lábios menores, na parede da vagina e no colo uterino. Cerca de seis a oito semanas após o cancro duro, aparecem lesões nas palmas das mãos e nas plantas dos pés. São fortes indicativos de sífilis secundária. Outros sintomas são dores no corpo, febres, dores de cabeça e falta de disposição. No terceiro estágio, o sistema nervoso pode ser afetado, causando problemas mentais, dificuldades de coordenação motora e cegueira. A prevenção consiste em evitar-se contato íntimo com pessoas contaminadas, principalmente relações sexuais. O tratamento é feito com antibióticos, específicos para cada estágio da doença.

19 REFERÊNCIAS AMABIS, José Mariano e MARTHO, Gilberto Rodrigues. Fundamentos da Biologia Moderna. São Paulo: Editora Moderna, 2006, página , 738, CAMPBELL, Neil. Biologia. Porto Alegre: Artmed, 2010, página , JOHNSON, Steven. O Mapa Fantasma Como a luta de dois homens contra o cólera mudou o destino de nossas metrópoles. Zahar, 2006, página 42-43, 95-98, , , 152, , , 177, Só Biologia: Disponível em: < Acesso em 5 set Só Biologia: Disponível em: < > Acesso em 5 set Brasil escola: Disponível em: < Acesso em 5 set Universitário: Disponível em: < tml > Acesso em 12 set Colégio Web: Disponível em: < > Acesso em 12 set. 14 ANVISA: Disponível em: < > Acesso em 12 set. 14 MD. SAÚDE: Disponível em < > Acesso em 12 set. 14 Pubmed: Disponível em < > Acesso em 12 set. 14 Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF): Disponível em < Acesso em 20 set. 14 UNESP: Disponível em < ca.pdf> Acesso em 20 set. 14 Mundo Educação: Disponível em < Acesso em 20 set. 14 Educação pública (RJ): Disponível em < xperiencia_de_griffith.html> Acesso em 20 set. 14

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