CONTROLADORIA II. MBA Estácio 10/07/2017. Prof. Lucas S. Macoris
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1 CONTROLADORIA II MBA Estácio 10/07/2017 Prof. Lucas S. Macoris
2 PLANO DE AULA CONTROLADORIA II Aula 1 Boas Vindas e Introdução Aula 5 Análise das Demonstrações Contábeis Aula 2 Valor de Empresas: Conceitos Básicos Aula 6 Análise de Custos Aula 3 Riscos Empresariais Aula 7 Orçamento Empresarial Aula 4 Avaliação de Desempenho Aula 8 Sistemas de Informação
3 PROF. ESP. LUCAS S. MACORIS Lucas Macoris lucasmacoris Currículo Lattes EXPERIÊNCIA & EDUCAÇÃO Graduado em Administração pela FEA-RP/USP Mestrando em Engenharia de pela EESC- USP. Área de Concentração: de Econometria e Finanças. Intercâmbio Acadêmico em Economia: Universidad de Cantabria (Espanha) MAIS SOBRE Atua há mais de 5 anos com Consultoria Financeira, tendo realizado mais de 15 projetos na área. Como pesquisador, participou do GREFIC Grupo de Estudos em Eficiência, atuando em estudos na área bancária, com duas publicações internacionais e duas em revistas nacionais especializadas no tema. Especialista em Finanças, suas áreas de atuação são Métodos Quantitativos (previsão de demanda e simulação de cenários), Gestão Financeira e Valuation. TRABALHOS & ATIVIDADES Sócio Consultor XVI Finance Professor de diversos cursos de MBA e graduação nas áreas de Finanças, Contabilidade e Risco, como Estácio, UNASP, Fundace e UniAraras. 3
4 O QUE DEVE SER VISTO COM CAUTELA? Indicadores Financeiros: 1. Dependem das Práticas Contábeis Utilizadas; 2. Muitos Indicadores refletem os mesmos aspectos; 3. Indicadores sintetizam a situação da empresa; 4. Não promovem planos de ação Muitas vezes, só os demonstrativos não resolvem 1. Entendimento do Negócio e da situação da empresa; 2. Operacional e Financeiro devem ser vistos juntos! 4
5 MINHA EMPRESA VENDE CADA VEZ MAIS, MAS SÓ INCORRE EM PREJUÍZOS.
6 CONTABILIDADE DE CUSTOS A análise dos custos é como analisar a Anatomia do Resultado de uma empresa. Entender como o resultado é formado auxilia na tomada de decisões referentes à operação da empresa. Objetivos da Aula Explicar como os custos se classificam e identificar suas principais características; Anunciar os principais sistemas de custeio e identificar suas principais características e particularidades. 6
7 O PROBLEMA CLÁSSICO DA ANÁLISE DE CUSTOS Tenho muitos clientes, vendo cada vez mais, mas obtenho prejuízos cada vez maiores. Onde está meu dinheiro? 1. Gastos É o esforço que uma empresa deve despender para poder disponibilizar um produto junto a um consumidor; Pode ser controlado; Muitas vezes, não é conhecido! 2. Como entender os Gastos? Classificações dos gastos Quanto à sua identificação; Quanto à sua forma de ocorrência; Outras inúmeras classificações. 7
8 TERMINOLOGIA DOS CUSTOS De acordo com Martins (2008) Para podermos entender a fundo as análises feitas, é preciso deixar claro alguns conceitos que, em muitos casos, são expressos através de diversas nomenclaturas: 1. Gastos 2. Custos 3. Despesas 4. Desembolso 5. Investimento 6. Perda Entender os conceitos irá permitir analisar detalhadamente a formação do resultado da empresa a partir de cada uma das atividades que fazem parte de sua operação! 8
9 GASTOS Compra de um produto ou servido qualquer, que gera sacrifício financeiro para a entidade (desembolso), sacrifício esse representado por entrega ou promessa de entrega de ativos (normalmente dinheiro). Se aplica a todos os bens e serviços adquiridos: Compra de Matéria Prima; Mão de Obra; Frete dos insumos; Embalagens 9
10 GASTOS FIXOS E VARIÁVEIS Os gastos podem ser divididos de acordo com diversos critérios. Segundo Martins (2008), podemos dividir os gastos em: 1. Gastos Fixos: são aqueles que não sofrem alteração de valor em caso de aumento ou diminuição da produção. Independem do nível de atividade da empresa. Aluguel de galpão Salários da administração Licenças de software 2. Gastos Variáveis: são aqueles que variam de acordo com o nível de atividade da empresa. Matéria Prima Comissões de Vendas Energia Elétrica 10
11 GASTOS DIRETOS E INDIRETOS Além disso, podemos classificá-los em diretos e indiretos: 1. Gastos Diretos: aquele que pode ser atribuído (ou identificado) diretamente a um produto, linha de produto, centro de custo ou departamento. Matérias-primas utilizadas na produção; Mão de obra direta (fábrica); Comissões de venda; 2. Gastos Indiretos: são aqueles que não se pode apropriar diretamente a cada tipo de bem ou centro de custo no momento de sua ocorrência. Mão de Obra Indireta (supervisores); Energia Elétrica do Escritório. Para os gastos indiretos serem atribuídos a algum produto, será necessário um critério de rateio. 11
12 CUSTOS Gasto relativo a bem ou servido utilizado na produção de outros bens ou servidos. Um Custo é uma forma de Gasto: 1. Compra de Matéria Prima; 2. Mão de Obra dos Funcionários da Operação; 3. Energia Elétrica utilizada nas máquinas Os custos estão ligados diretamente à produção, pois são consumidos durante o processo de fabricação dos produtos. 12
13 DESPESAS Bem ou servido consumido direta ou indiretamente para a obtenção de receitas 1. As Despesas também são uma forma de Gasto: Comissão dos Vendedores; Salário do pessoal administrativo; Energia Elétrica do escritório; Fretes; As despesas estão ligadas indiretamente à produção! 13
14 INVESTIMENTOS Gasto ativado em fundão de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a futuro(s) período(s). 1. São os sacrifícios financeiros estocados no Ativo da empresa para baixa ou amortização quando de sua venda, seu consumo, de seu desaparecimento ou desvalorização. Máquinas ligadas à produção Equipamentos auxiliares à produção Equipamentos de segurança 2. Gastos que não são utilizados, como insumos do estoque de segurança, podem ser considerados investimentos. 14
15 PERDAS Bens ou servidos consumidos de forma anormal ou involuntária. 1. São sacrifícios financeiros onde não há a intenção de obtenção de receita: Incêndios; Insumos com data de validade vencida; Estoques vencidos; Desperdício de insumos; Gastos com mão-de-obra em período de greve; Uma perda é definida pela sua anormalidade dentro do processo de produção da empresa. 15
16 EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO A empresa XVI Ltda. produz peças para motores de caminhão e as vende para grandes montadoras. Em um mês, a empresa comprou R$ em insumos para a fabricação, pagando um frete de R$ 2.000,00 para sua entrega. A folha salarial da empresa foi de R$ ,00, sendo 50% para o pessoal do escritório e o restante para o pessoal da operação, e o gasto com energia elétrica foi de R$ ,00, sendo 20% do escritório e o restante da fábrica. Além disso, a empresa aumentou o nível de seus estoques em R$ ,00, sem utilizá-los na produção, e comprou uma nova máquina para montagem das peças, a qual espera utilizar para aumentar a produtividade. Ao final do mês, contudo, foi constatado que R$ 5.000,00 dos insumos foram desperdiçados durante a produção. A depreciação da máquina antiga de montagem foi de R$ 2.500,00. Separe as contas da XVI Ltda. nas categorias discutidas anteriormente. 16
17 GASTOS DIRETOS E INDIRETOS Gastos Diretos: aquele que pode ser atribuído (ou identificado) diretamente a uma linha de produto, centro de custo ou departamento. 1. Matérias primas utilizadas na fabricação; 2. Mão de Obra Direta (fábrica) 3. Comissões de Venda Gastos Indiretos: aqueles que não podem ser apropriados diretamente a cada tipo de produto 1. Mão de Obra dos Supervisores 2. Energia Elétrica do Escritório Para os Gastos Indiretos, precisamos de um Critério de Rateio 17
18 ESQUEMA BÁSICO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS SEPARAÇÃO ENTRE CUSTOS EDESPESAS APROPRIAÇÃODOS CUSTOSINDIRETOS APROPRIAÇÃODOS CUSTOS DIRETOS 18
19 CONTABILIDADE DE CUSTOS Custos Diretos Indiretos Rateio Produto A Produto B Produto C Estoque Custo dos Produtos Vendidos Despesas Resultado FONTE: ADAPTADO DE MARTINS (2008) Vendas 19
20 CRITERIOS DE RATEIO Pela natureza dos custos indiretos, estes necessitam ser apropriados de forma indireta aos produtos. Porém, qualquer critério de rateio terá um nível de subjetividade. É necessária uma análise dos componentes para identificar qual é o melhor critério de rateio; 5 passos para a Contabilização dos Custos Indiretos (VanDerbeck e Naby, 1999) 1. Identificação de Padrões de Comportamento dos Custos; 2. Orçamento para custos Indiretos 3. Acumulação dos Custos Reais Indiretos 4. Aplicação de Estimativas 5. Comparação de Real vs. Projetado. 20
21 MÉTODOS DE IDENTIFICAÇÃO DE CUSTOS INDIRETOS 1. Método Observacional Parte da habilidade do gestor em identificar um padrão de custos; Assume-se que a discrepância entre os custos reais e previstos não é significante; 2. Método de Dispersão Analisa a evolução dos custos indiretos em relação a outras variáveis; Ex: Horas-Máquina, Horas de Mão-de-Obra; 21
22 CRÍTICAS AOS MÉTODOS O passado explica o futuro? Métodos assumem que os padrões de custos passados explicam os padrões futuros; Relações de causa e efeito podem ser equivocadas; Variáveis de Custo geralmente são correlacionadas entre si; Outros fatores podem afetar os custos: Tecnologia, Preços, Políticas Administrativas. 22
23 3. MÉTODOS DE CUSTEIO
24 MÉTODOS DE CUSTEIO Existem diversas formas de alocação dos custos aos produtos, cada uma levando a diferentes resultado e impactosnatomadade decisãodos gestores; Método de Custeio por Absorção: utiliza-se de todos os tipos de custos (diretos e indiretos, fixos e variáveis)paraacomposiçãodoscustosdos produtos. Método decusteioabc: apropriacustosdiretoseindiretosdeacordocomatividades; Método decusteiovariável:somenteosgastosvariáveis(diretosouindiretos) são considerados; Cada método utilizado tem sua finalidade e pode ser aplicado a distintos objetivos, levando a análises com resultados diferentes! 24
25 CRITERIOS DE RATEIO E USO GERENCIAL Até então, foi visto qual era o impacto da Contabilidade de Custos e de seus métodos na determinação do valor dos estoques e do custo dos produtos; No entanto, nem sempre utilizamos critérios adequados, estando nossa alocação de custos sujeita a críticas; Por que não considerar somente os Gastos Variáveis? Chegamos aos seguintes conceitos: 1. Margem de Contribuição: é o quanto uma unidade vendida do produto adiciona em R$ ao resultado da empresa; 2. Ponto de Equilíbrio: qual é a quantidade mínima a ser vendida de cada produto para que a empresa consiga cobrir seus custos fixos? Ao atingir o P.E, a venda de uma unidade adicional resultará em lucro. 25
26 ANÁLISE DOS CUSTOS DA EMPRESA Margem decontribuição Preço Unitário Custos variáveis Ponto deequilíbrio Custos Fixos Margem de Contribuição 26
27 CUSTEIO VARIÁVEL Motivação: grande dificuldade de tratamento dos Custos Fixos; Utilidade dos conceitos de Margem de Contribuição e Ponto de Equilíbrio a nível gerencial; Por que não considerar os Custos Fixos como uma despesa do período? Nasce o conceito de Custeio Variável: só são alocados aos produtos os custos variáveis, ficando os fixos separados e considerados como despesa! Para o Valor dos Produtos, vão somente os Custos Variáveis. Por que não é utilizado na contabilidade oficial? 27
28 QUAL MÉTODO É O MELHOR? O melhor método dependerá, sempre, do objetivo do analista; 1. É preciso tomar decisões? 2. É necessário entender mais da operação da empresa? Dependerá, também, da situação tratada: 1. Qual é o nível de complexidade das operações da empresa? 2. Qual é o nível de conhecimento acerca das operações? 28
29 OBRIGADO PELA ATENÇÃO! Caso tenha alguma dúvida, fique livre para entrar em contato! (16) Prof. Lucas S. Macoris
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