2 Azul e cinza Tartaruga Tartaruga e número indicativo do valor. 20 Amarelo e laranja Mico-leão Mico-leão e número indicativo do valor
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- Fábio Ribas Tuschinski
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1 618 Documentoscopia Aspectos Científicos, Técnicos e Jurídicos 13. Real O Real passou a ser o padrão monetário brasileiro em 1º de julho de 1994, em substituição ao Cruzeiro Real. Naquela ocasião foram lançadas cédulas nas denominações de 1, 5, 10, 50 e 100 reais, todas em papel. Em 2001 foi lançada a cédula de 2 reais e, em 2002, a de 20 reais. Além disso, em 2000 tivemos o lançamento da cédula comemorativa aos 500 anos do descobrimento do Brasil, confeccionada em polímero. Todas essas formam a chamada Primeira Família do Real. Em 2011 foram lançadas as novas cédulas de 50 e 100 reais e em 2012 foram lançadas as novas cédulas de 10 e 20 reais, com novos formatos e desenhos, e elementos de segurança mais avançados. Elas deram início à Segunda Família do Real, que tem novas cédulas para todas as denominações Primeira Família Na Primeira Família todas as denominações têm as mesmas dimensões, de 140 x 65 mm, e a mesma imagem de anverso (frente), que é a efígie da República. O que difere entre as cédulas é basicamente a imagem do reverso (verso) e a coloração predominante (Figuras 267 a 282), além da marca d água (Figuras 283 a 292), de acordo com a tabela abaixo. Denominação (R$) Coloração predominante Animal do reverso Marca d água 1 Verde claro Beija-flor Até 1997 Efígie da República A partir de 1997 Bandeira Nacional 2 Azul e cinza Tartaruga Tartaruga e número indicativo do valor 5 Violeta Garça 10 Carmim (Vermelho) Arara Até 1997 Efígie da República A partir de 1997 Bandeira Nacional Até 1997 Efígie da República A partir de 1997 Bandeira Nacional 20 Amarelo e laranja Mico-leão Mico-leão e número indicativo do valor 50 Marrom Onça pintada Efígie da República 100 Azul Garoupa Efígie da República
2 Capítulo IX Documentos de Segurança Narumi Pereira Lima 619
3 620 Documentoscopia Aspectos Científicos, Técnicos e Jurídicos Figuras 267 a 282 imagens de anverso (frente, à esquerda) e reverso (verso, à direita) das diferentes denominações da primeira família do Real. Fonte: R$ 1 R$ 2 R$ 5 R$ 10 R$ 20 R$ 50 R$ 100 Figuras 283 a 292 marcas d água das diferentes denominações da primeira família do Real.
4 Capítulo IX Documentos de Segurança Narumi Pereira Lima 621 As marcas táteis, impressas em calcografia, também diferem entre as denominações, exatamente para facilitar o reconhecimento das diferentes cédulas por pessoas com deficiência visual (Figuras 293 a 300). R$ 1 R$ 2 R$ 5 R$ 10 R$ 20 R$ 50 R$ 100 Figuras 293 a 300 marcas táteis das diferentes denominações da primeira família do Real. A numeração de série das cédulas identifica e individualiza cada exemplar e segue o mesmo padrão em todas as denominações, sendo formada por doze dígitos (1 letra + 4 numerais, 6 numerais, 1 letra) que constituem a sequência série/ordem/estampa (Figura 301). Figuras 301 Padrão da numeração de série das cédulas. Segundo o Banco Central do Brasil (BCB), emissor e gestor do meio circulante brasileiro, a série é um conjunto de cédulas de mesmo valor e com as mesmas características gráficas, sendo indicada pelos cinco primeiros caracteres da numeração. A ordem é a numeração sequencial da cédula dentro da série, variando de a , e a estampa
5 622 Documentoscopia Aspectos Científicos, Técnicos e Jurídicos identifica as séries com iguais características físicas e/ou gráficas, sendo indicada pela última letra da numeração. Sempre que há uma mudança significativa nas cédulas inicia-se uma nova estampa. Por questões técnicas surgidas diante da necessidade de troca de todo o meio circulante brasileiro (quando da substituição do Cruzeiro Real pelo Real, em 1994), parte das cédulas foi impressa no exterior: estampa B de R$ 5 na Alemanha, estampa B de R$ 10 na Inglaterra, estampa B de R$ 50 na França. Pouco tempo após o lançamento das cédulas foi introduzida a expressão DEUS SEJA LOUVADO no anverso delas. Em abril de 1997 o BCB introduziu algumas mudanças nas cédulas de baixa denominação (R$ 1, 5 e 10). A marca d água passou a ser a Bandeira Nacional (e não mais a efígie da República), o papel ficou mais fino e, nas cédulas de R$ 1 e R$ 5, eliminou-se o fio de segurança. As modificações ocorridas tiveram como objetivo coibir as falsificações que ocorriam por lavagem de cédulas de valores mais baixos para posterior reimpressão em valores mais altos. Com essas alterações esse tipo de falsificação praticamente desapareceu. Por causa dessas mudanças abriram-se novas estampas, iniciando-se a estampa B de R$ 1, estampa C de R$ 5 e estampa C de R$ 10. Novamente em 2003 foram introduzidas novas mudanças nas cédulas de R$ 1, que passaram a trazer as inscrições REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL (no alto à esquerda), e BANCO CENTRAL DO BRASIL (que passou para baixo à esquerda), iniciando a estampa C. Além disso, o registro coincidente também foi modificado, ficando com o mesmo desenho daquele usado nas cédulas de R$ 2 e R$ 20. Em dezembro de 2005 as cédulas de R$ 1 deixaram de ser impressas, mas as que ainda se encontram em circulação têm curso legal, ou seja, são válidas pelo valor de face. As cédulas de papel da primeira família também possuem entre si praticamente os mesmos elementos de segurança (Figuras 302 e 303), à exceção da cédula de R$ 20, que possui adicionalmente uma faixa holográfica (Figuras 304 a 306): Papel de segurança com fibras coloridas vermelhas, verdes e azuis; Marca d água (multitonal na efígie, e eletrotipo nos numerais nas cédulas de R$ 2 e R$ 20); Impressão calcográfica no anverso e reverso (exceto nas cédulas de R$ 1, onde só há no anverso); Impressão tipográfica na numeração de série e nas chancelas;
6 Capítulo IX Documentos de Segurança Narumi Pereira Lima 623 Fio de segurança (a partir de 1997, presente somente nas cédulas de R$ 10, 50 e R$ 100, e nas de R$ 20 a partir de seu lançamento em 2002); Imagem latente com a inscrição BC ; Fundo de segurança em ofsete; Registro coincidente; Microimpressões, feitas em calcografia e em ofsete; Marca tátil, feita em calcografia para facilitar o reconhecimento da cédula pelo tato; Fibras luminescentes na coloração branco-azulada, quando expostas à radiação ultravioleta; Figura 302 principais elementos de segurança do anverso das cédulas da primeira família do Real.
7 624 Documentoscopia Aspectos Científicos, Técnicos e Jurídicos Figura 303 Principais elementos de segurança do reverso das cédulas da primeira família do Real. Figuras 304 a 306 Faixa holográfica presente na cédula de R$ 20, com calcografia sobreposta (centro e direita) e microinscrições (direita) Segunda Família do Real A Segunda família do Real teve início em 13 de dezembro de 2010, com o lançamento das novas cédulas de R$ 100 e R$ 50. Em 23 de julho de 2012 houve o lançamento das novas cédulas de R$ 20 e R$ 10 e, em 29 de julho de 2013, das novas cédulas de R$ 5 e R$ 2. Nessa nova família optou-se por tamanhos diferenciados entre as cédulas, tanto para facilitar o reconhecimento tátil das mesmas, como para dificultar as falsificações. Assim, as novas medidas são as seguintes:
8 Capítulo IX Documentos de Segurança Narumi Pereira Lima 625 Denominação (R$) Medida (largura x altura, em mm) x x x x x x 70 Fonte: Banco Central do Brasil ( A fim de se estabelecer uma similaridade visual entre a primeira e a segunda família, optou-se por manter os mesmos temas de anverso e reverso, respectivamente, a efígie da República e o animal (Figuras 307 a 318). Houve, no entanto, a adoção de várias melhorias gráficas, possíveis com a aquisição pela Casa da Moeda do Brasil (impressor oficial das cédulas brasileiras) de novos e modernos equipamentos. Os desenhos de fundo, feitos em ofsete, tornaram-se ainda mais complexos, e a calcografia agora tem linhas mais finas e cores em degradê. Uma faixa clara no anverso facilita a visualização da marca d água, que passa a ser diferente para cada denominação, seguindo o tema principal da cédula (Figuras 319 a 324) e o animal agora tem a imagem horizontalizada (quando na primeira família era verticalizada). As marcas táteis também foram redesenhadas, diferindo daquelas da primeira família (Figuras 325 a 330).
9 626 Documentoscopia Aspectos Científicos, Técnicos e Jurídicos Figuras 307 a 318 imagens de anverso (frente, à esquerda) e reverso (verso, à direita) das diferentes denominações da segunda família do Real. Fonte: Banco Central do Brasil Figuras 319 a 324 marcas d água das diferentes denominações da segunda família do Real. Fonte: Banco Central do Brasil. R$ 2 R$ 5 R$ 10 R$ 20 R$ 50 R$ 100 Figuras 325 a 330 marcas táteis das diferentes denominações da segunda família do Real..
10 Capítulo IX Documentos de Segurança Narumi Pereira Lima 627 Os elementos de segurança comuns às cédulas da segunda família são os seguintes (Figuras 331 a 339): Papel de segurança; Marca d água (multitonal no animal e eletrotipo nos numerais); Impressão tipográfica nas numerações de série, sendo que a numeração em vermelho é cônica e fluorescente em amarelo quando exposta à radiação ultravioleta (365 nm); Impressão ofsete no fundo de segurança; Imagem latente com o valor de face; Registro coincidente; Microtextos em calcografia e em ofsete; Marca tátil; Fibras fluorescentes na coloração azulada, quando expostas à radiação ultravioleta (365 nm); Elemento fluorescente no anverso (desenho e numeral correspondente ao valor da cédula) (UV 365 nm). São elementos de segurança particulares das altas denominações (R$ 100 e R$ 50) (Figuras 331 e 332): Impressão calcográfica no anverso e reverso; Imagem latente no anverso e reverso; Fio de segurança com microinscrições indicativas do valor da cédula ( 100 REAIS ou 50 REAIS ); Faixa holográfica seguindo o tema principal da cédula, sobreposta por impressão calcográfica. São elementos de segurança particulares das médias denominações (R$ 20 e R$ 10) (Figuras 333 a 336): Impressão calcográfica no anverso e reverso (R$ 20) ou somente no anverso (R$ 10); Imagem latente somente no anverso; Fio de segurança com microinscrições indicativas do valor da cédula ( 20 REAIS ou 10 REAIS ); Impressão serigráfica com tinta de variação óptica verde/azul no numeral indicativo do valor da cédula (no canto superior direito do anverso).
11 628 Documentoscopia Aspectos Científicos, Técnicos e Jurídicos Figura 331 principais elementos de segurança do anverso das cédulas de R$ 50 e R$ 100 da segunda família do Real. Figura 332 principais elementos de segurança do reverso das cédulas de R$ 50 e R$ 100 da segunda família do Real.
12 Capítulo IX Documentos de Segurança Narumi Pereira Lima 629 Figura 333 principais elementos de segurança do anverso das cédulas de R$ 20 da segunda família do Real. Figura 334 principais elementos de segurança do reverso das cédulas de R$ 20 da segunda família do Real.
13 630 Documentoscopia Aspectos Científicos, Técnicos e Jurídicos Figura 335 principais elementos de segurança do anverso das cédulas de R$ 10 da segunda família do Real. Figura 336 principais elementos de segurança do reverso das cédulas de R$ 10 da segunda família do Real. São elementos de segurança particulares das baixas denominações (R$ 2 e R$ 5) (Figuras 337 e 338):
14 Capítulo IX Documentos de Segurança Narumi Pereira Lima 631 Impressão calcográfica somente no anverso; Imagem latente somente no anverso. Não há fio de segurança, e as cédulas passam por um processo de envernizamento para aumentar sua durabilidade. Figura 337 principais elementos de segurança do anverso das cédulas de R$ 2 da segunda família do Real. Figura 338 principais elementos de segurança do reverso das cédulas de R$ 2 da segunda família do Real.
15 Documentoscopia Aspectos Científicos, Técnicos e Jurídicos Figura 339 principais elementos de segurança do anverso e reverso das cédulas da segunda família do Real, vistas sob radiação ultravioleta (365 nm). O elemento de segurança visualmente mais marcante das altas denominações é a faixa holográfica, que alterna áreas brilhantes e foscas, metalizadas e demetalizadas. Além disso, é parcialmente sobreposta pela impressão calcográfica, o que dá maior segurança à faixa e torna mais difícil a sua reprodução (Figuras 340 e 341). Figuras 340 e 341 faixas holográficas presentes nas cédulas de R$ 50 e R$ 100, com seus principais elementos. No caso das médias denominações, o elemento de segurança visualmente mais marcante é a tinta de variação óptica, que faz com que, ao se inclinar a cédula, a cor do numeral indicativo do valor da cédula mude
16 Capítulo IX Documentos de Segurança Narumi Pereira Lima 633 de verde esmeralda para azul cobalto, sendo que a transição de cor se dá seguindo uma barra de rolagem (Figuras 342 a 345). Figuras 342 a 345 alteração óptica obtida ao se inclinar a cédula de R$ 10, com alteração de cor do verde esmeralda para o azul cobalto, seguindo uma barra de rolagem (efeito visível também nas cédulas de R$ 20). A numeração de série da cédula agora vem impressa duas vezes, no reverso, sendo uma vez em preto e outra em vermelho (mas as duas devem ser idênticas), sendo formada por duas letras e nove numerais. A numeração em vermelho (no alto à direita) é cônica, ou seja, o tamanho da fonte usada aumenta gradativamente, da esquerda para a direita, e é fluorescente em amarelo quando exposta à radiação ultravioleta (365 nm). A lógica da numeração não é mais a mesma da primeira família e o BCB não divulga o novo critério de formação. As cédulas da primeira família não serão recolhidas, mas substituídas pelas novas cédulas na medida em que for atingida a vida útil de circulação. Enquanto estiverem em circulação, são válidas pelo seu valor de face Principais Tipos de Falsificação Segundo informações do BCB, 118 em 2012 foram retidas pelo Banco cédulas falsas de Real, de acordo com o resumo apresentado na tabela a seguir. Denominação (R$) e família Quantidade de cédulas falsas retidas % do total de cédulas retidas (2012) 50 (1ª família) , (1ª família) ,83 50 (2ª família) , (2ª família) ,37 Total ,37 Vê-se pelos dados apresentados que a falsificação de Real concentra- -se nas cédulas de alta denominação (R$ 50 e R$ 100), que respondem por X%20Denominacao_internet_2012.pdf. Acesso em 15/02/2013.
17 634 Documentoscopia Aspectos Científicos, Técnicos e Jurídicos 75,37% do total. Não por coincidência estas duas denominações foram escolhidas para inaugurar a nova família do Real, em dezembro de Com relação aos estados percebe-se também uma concentração na distribuição geográfica das falsificações retidas, com cinco estados respondendo por mais da metade das retenções, conforme mostrado abaixo: Estado Quantidade de cédulas falsas retidas % do total de cédulas retidas (2012) São Paulo ,98 Rio de Janeiro ,51 Minas Gerais ,00 Paraná ,87 Rio Grande do Sul ,26 Total ,62 São Paulo concentra uma grande quantidade de retenções não somente por ser o centro econômico e financeiro do país, mas também por reunir algumas das centrais de compensação bancária de grandes bancos comerciais, que recebem numerário de outros estados da federação. 14. Moedas Metálicas de Real Assim como as cédulas, as moedas metálicas de Real também possuem duas famílias. A primeira delas teve sua emissão iniciada quando do lançamento do Real, em 1º de julho de 1994; a segunda passou a ser emitida a partir de 1998, com algumas modificações sendo inseridas a partir de Primeira Família A primeira família de moedas metálicas de Real foi emitida a partir de 1º de julho de 1994, assim como a primeira família de cédulas, nas denominações de R$ 0,01, R$ 0,05, R$ 0,10, R$ 0,50 e R$ 1,00. As moedas de R$ 0,25 começaram a circular a partir de 30 de setembro de 1994 (Figuras 346 a 351). As moedas de 1, 5, 10 e 50 centavos e de 1 Real possuem, no anverso, a efígie da República, à direita, ladeada por um ramo de louros, e a inscrição BRASIL na parte inferior. No reverso, há o numeral indicativo do valor ladeado por ramos de louros e, na parte inferior, a inscrição CEN- TAVOS ou REAL (no caso de R$ 1,00) e a relativa ao ano de cunhagem da moeda. A moeda de 25 centavos é ligeiramente diferente, tendo em seu anverso a efígie da República, ao centro, ladeada pela inscrição BRA- SIL e, na parte inferior, a inscrição do ano de cunhagem. No reverso, o numeral correspondente ao valor sobrepõe linhas sinuosas e, na parte inferior, há a inscrição CENTAVOS.
18 Capítulo IX Documentos de Segurança Narumi Pereira Lima 635 R$ 0,01 R$ 0,05 R$ 0,10 R$ 0,25 R$ 0,50 R$ 1,00 Figuras 346 a 351 anverso (esquerda) e reverso (direita) das moedas metálicas da primeira família de Real. Fonte: Banco Central do Brasil ( Todas as denominações foram cunhadas pela Casa da Moeda do Brasil em discos de aço inoxidável 119, e suas características físicas variam conforme a tabela abaixo: Valor de face (R$) Diâmetro (mm) Espessura (mm) Peso (g) Borda 0,01 20,00 1,20 2,96 Lisa 0,05 21,00 1,20 3,27 Lisa 0,10 22,00 1,20 3,59 Lisa 0,25 23,50 1,40 4,78 Lisa 0,50 23,00 1,20 3,92 Lisa 1,00 24,00 1,20 4,27 Lisa Fonte: Banco Central do Brasil ( As moedas metálicas de R$ 1,00 da primeira família foram recolhidas pelo Banco Central do Brasil, não tendo mais curso legal a partir de 23 de dezembro de Desde 23 de março de 2004 essas moedas somente podem ser trocadas por numerário válido em agências autorizadas do Banco do Brasil Segunda Família A segunda família de moedas metálicas de Real foi emitida a partir de 1998, nas denominações de R$ 0,01, R$ 0,05, R$ 0,10, R$ 0,25, R$ 0, Liga comercial de aço e cromo, podendo ser adicionados outros componentes a depender das características que se deseja obter. 120 Maiores informações sobre as agências autorizadas podem ser obtidas na página
19 636 Documentoscopia Aspectos Científicos, Técnicos e Jurídicos e R$ 1,00. As moedas de 1, 5, 10, 25 e 50 centavos possuem, no anverso, a imagem de personagens da história brasileira, conforme tabela abaixo. No reverso há o numeral indicativo do valor sob um fundo de linhas diagonais, à esquerda, uma esfera envolta por uma faixa e a constelação do Cruzeiro do Sul, à direita e, na parte inferior, a inscrição CENTAVOS e a relativa ao ano de cunhagem da moeda (Figuras 352 a 356). Valor de face (R$) 0,01 0,05 0,10 0,25 0,50 Personalidade histórica e outras imagens de anverso Pedro Álvares Cabral, tendo à esquerda uma nau e a inscrição BRASIL e, à direita, a inscrição CABRAL. Joaquim José da Silva Xavier (Tiradentes), tendo à esquerda o triângulo símbolo da Inconfidência Mineira, um pássaro simbolizando a liberdade e a paz e a inscrição BRASIL e, à direita, a inscrição TIRADENTES. D. Pedro I, tendo à esquerda uma cena alusiva à proclamação da independência e a inscrição BRASIL e, à direita, a inscrição PEDRO I. Manuel Deodoro da Fonseca, tendo à esquerda as Armas Nacionais e a inscrição BRASIL e, à direita, a inscrição DEODORO. José Maria da Silva Paranhos Júnior (Barão do Rio Branco), tendo à esquerda uma cena alusiva à dinamização da política externa brasileira no início da República e à consolidação dos limites territoriais brasileiros e a inscrição BRASIL e, à direita, a inscrição RIO BRANCO. Fonte: Banco Central do Brasil ( Já a moeda de 1 Real, que passou a ser bimetálica, possui no anverso, à direita, a efígie da República (perpassando o núcleo prateado e o anel dourado) e, à esquerda, um desenho em alusão às cerâmicas marajoaras (somente no anel dourado) e a inscrição BRASIL. No reverso há no núcleo prateado, à esquerda, o numeral indicativo do valor sob um fundo de linhas diagonais (que transpassam para o anel dourado), à direita, uma esfera envolta por uma faixa e a constelação do Cruzeiro do Sul e, na parte inferior, a inscrição REAL e a relativa ao ano de cunhagem da moeda; no anel dourado, à direita, há um desenho em alusão às cerâmicas marajoaras (Figura 357). Na segunda família a matéria prima das moedas metálicas, bem como suas características físicas (notadamente o acabamento das bordas), varia de acordo com as denominações, conforme a tabela abaixo. A partir de junho de 2002 as moedas de R$ 0,50 e R$ 1,00 tiveram alteradas suas matérias primas, passando a ser produzidas com outras ligas metálicas. Consequentemente, essas moedas sofreram pequenas alterações na tonalidade, brilho e peso, ficando ligeiramente mais leves. Os desenhos e inscrições, além do diâmetro e da espessura, permaneceram inalterados (Figuras 358 a 361). Valor de face (R$) Diâmetro (mm) Espessura (mm) Peso (g) Borda Matéria prima 0,01 17,00 1,65 2,43 Lisa Aço revestido de cobre
20 Capítulo IX Documentos de Segurança Narumi Pereira Lima 637 Valor de face (R$) Diâmetro (mm) Espessura (mm) Peso (g) Borda Matéria prima 0,05 22,00 1,65 4,10 Lisa Aço revestido de cobre 0,10 20,00 2,23 4,80 Serrilhada 0,25 25,00 2,25 7,55 Serrilhada Aço revestido de bronze Aço revestido de bronze 0,50 (de 1998 até 2001) 23,00 2,85 9,25 Inscrições ORDEM E PROGRESSO e BRASIL Cuproníquel 1 0,50 (a partir de 2002) 1,00 (de 1998 até 2001) 1,00 (a partir de 2002) 23,00 2,85 7,81 Inscrições ORDEM E PROGRESSO e BRASIL 27,00 1,95 7,84 Serrilha intermitente 27,00 1,95 7,00 Serrilha intermitente Aço inoxidável Cuproníquel (núcleo) e Alpaca 2 (anel) Aço inoxidável (núcleo) e Aço revestido de bronze (anel) 1 Liga metálica constituída basicamente de cobre e níquel. 2 Liga metálica constituída de cobre, níquel e zinco. Fonte: Banco Central do Brasil ( R$ 0,01 R$ 0,05 R$ 0,10 R$ 0,25 R$ 0,50 R$ 1,00 Figuras 352 a 357 anverso (esquerda), reverso (direita) e bordas (abaixo) das moedas metálicas da segunda família de Real. Fonte: Banco Central do Brasil ( br/?moedafam2) (somente imagens de anverso e reverso)
21 638 Documentoscopia Aspectos Científicos, Técnicos e Jurídicos Figuras 358 a 361 imagens de anverso e reverso da primeira emissão de moedas de R$ 0,50 e R$ 1,00 da segunda família de Real, de 1998 a 2001 (acima) e da segunda emissão, a partir de 2002 (abaixo). Fonte: Banco Central do Brasil ( Uma consequência da mudança da matéria prima de fabricação das moedas de R$ 0,50 e R$ 1,00 foi a alteração no magnetismo. As moedas cunhadas entre 1998 e 2001, fabricadas em cuproníquel e alpaca, não apresentam magnetismo. Já as cunhadas a partir de 2002, fabricadas em aço inoxidável e aço revestido de bronze, são magnéticas, sendo atraídas por ímãs, assim como todas as moedas da primeira família e as demais denominações da segunda família. Todas as moedas metálicas de Real, de primeira e segunda famílias, exceto as de R$ 1,00 monometálicas (aço inoxidável) da primeira família, tem curso legal e são válidas pelo seu valor de face Moedas Comemorativas Em razão de algumas datas comemorativas ou em homenagem a personagens ou ocasiões especiais, o Banco Central do Brasil emite moedas comemorativas, também cunhadas pela Casa da Moeda do Brasil, com tiragem limitada, uso de materiais nobres e denominações diferenciadas. Segue abaixo uma tabela com as moedas comemorativas de Real já emitidas: Denominação (R$) 2,00 Tema comemorativo 300 anos da Casa da Moeda do Brasil Quantidade emitida (unidades) Matéria prima Ano de emissão Prata 1994
22 Capítulo IX Documentos de Segurança Narumi Pereira Lima 639 Denominação (R$) Tema comemorativo Quantidade emitida (unidades) Matéria prima Ano de emissão 2,00 Homenagem a Ayrton Senna Prata ,00 2,00 2,00 Centenário de Carlos Drummond de Andrade Centenário de Juscelino Kubitschek Centenário de Cândido Portinari Prata Prata Prata ,00 Centenário de Ary Barroso Prata ,00 Centenário da FIFA Prata ,00 Centenário do voo 14 Bis Prata ,00 2,00 3,00 Jogos Panamericanos - Rio 2007 Centenário da imigração japonesa no Brasil 30 anos do Banco Central do Brasil Cuproníquel Cuproníquel Prata ,00 Centenário de Belo Horizonte Prata ,00 5,00 5,00 Tetracampeonato Mundial de Futebol 500 anos do descobrimento do Brasil Pentacampeonato Mundial de Futebol Prata Prata Prata ,00 Jogos Panamericanos - Rio Prata , anos da chegada da Família Real ao Brasil Prata ,00 Brasília Patrimônio da Humanidade UNESCO Prata ,00 Copa do Mundo de Futebol FIFA 2010 África do Sul Prata ,00 Ouro Preto Patrimônio da Humanidade UNESCO Prata ,00 Entrega da Bandeira Olímpica ao Brasil Prata 2012
23 640 Documentoscopia Aspectos Científicos, Técnicos e Jurídicos Denominação (R$) Tema comemorativo Quantidade emitida (unidades) Matéria prima Ano de emissão 20,00 Homenagem a Ayrton Senna Ouro ,00 20,00 20,00 20, anos do descobrimento do Brasil Centenário de Carlos Drummond de Andrade Centenário de Juscelino Kubitschek Pentacampeonato Mundial de Futebol Ouro Ouro Ouro Ouro ,00 Centenário de Ary Barroso Ouro ,00 Centenário da FIFA Ouro ,00 Tetracampeonato Mundial de Futebol Ouro 2004 Fonte: Banco Central do Brasil ( e mecir/resposta.asp). Além das moedas comemorativas o Banco Central também já emitiu algumas versões comemorativas das moedas comuns, sendo que nesses casos o material usado é o mesmo das demais moedas de mesma família e denominação: Denominação (R$) Tema comemorativo Quantidade emitida (unidades) Ano de emissão 0,10 (1ª família) 50 anos da FAO 1 milhão ,25 (1ª família) 50 anos da FAO 1 milhão ,00 (2ª família) 50 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos 600 mil ,00 (2ª família) Centenário de Juscelino Kubitschek 50 milhões ,00 (2ª família) 40 anos do Banco Central do Brasil 40 milhões ,00 (2ª família) Entrega da Bandeira Olímpica ao Brasil Ainda em emissão 2012 Fonte: Banco Central do Brasil (
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