As Políticas Públicas e a Agricultura Familiar
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- Márcio Carneiro Farias
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1 As Políticas Públicas e a Agricultura Familiar
2 Lei da Agricultura Familiar LEI Nº , DE 24 DE JULHO DE Art. 3 Para os efeitos desta Lei, considera-se agricultor familiar e empreendedor familiar rural aquele que pratica atividades no meio rural, atendendo, simultaneamente, aos seguintes requisitos: I -não detenha, a qualquer título,área maior do que 4 (quatro) módulos fiscais; II -utilize predominantemente mão-de-obra da própria família nas atividades econômicas do seu estabelecimento ou empreendimento; III -tenha renda familiar predominantemente originada de atividades econômicas vinculadas ao próprio estabelecimento ou empreendimento; IV - dirija seu estabelecimento ou empreendimento com sua família.
3 Diversidade de público Diferentes biomas (Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga, Amazônia, Pantanal e Pampa) e em cada um se desenvolvem atividades rurais diferenciadas. Sistemas de Produção, Níveis de Renda, Tipologias. Diversidade socioeconômica: Além da atividade agrícola tradicional, existem outras formas de exploração econômica reconhecidas pela Lei da Agricultura Familiar, tais como: Pescadores artesanais Povos da Floresta (extrativistas, silvicultores e ribeirinhos) Quebradoras de babaçu Aqüicultores Outros
4 Identificação do Agricultor Familiar DAP Declaração de Aptidão ao Pronaf: (Passaporte do agricultor familiar para acessar as políticas públicas) 5,1 milhões de DAP Familiares Cresce a participação de mulheres e jovens 20% deste universo são de agricultores familiares com menos de 30 anos. Em média mais de uma DAP por estabelecimento agropecuário. Aproximadamente DAP Jurídicas (associações e cooperativas) - ( agricultores associados) Permite a participação em 15 políticas públicas de distintos Ministérios
5 Participacão em valores absolutos Familiar Não familiar Total Número Área total (ha) Pessoas empregadas Valor da produção (mil R$) Produtividade (R$/há) Fonte: Censo Agropecuário, 2006, revisión 2012.
6 Inclusão Produtiva Num momento histórico em que o Brasil deixou pela primeira vez o mapa da fome, segundo relatório global da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), vale ressaltar o importante papel da AF na inclusão produtiva de milhões de pessoas que através de políticas públicas específicas puderam ser o agente de seu próprio desenvolvimento e de superação da pobreza. A inclusão socioeconômica : Redução da Pobreza extrema, Redução dos Estabelecimentos Rurais abaixo da Linha de Pobreza e Crescimento da Classe Médianocampo.
7 Sequência da Inclusão Produtiva Assistência Técnica Crédito e Fomento Organização em Cooperativas e Associações Acesso a Mercados Institucionais PAA e PNAE Mercados Convencionais Garantia Safra Seguro da PGP-AF Agricultura Familiar
8 Assistência Técnica e Pesquisa Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária Embrapa Mais de 47 unidades descentralizadas Política Nacional de ATER Assistência de 825 mil famílias na Safra 2013/2014. R$ 944 milhões no orçamento 2014 Executa contratos a partir de chamadas públicas Empresas Estaduais de pesquisa Centros universitários de pesquisas 689 entidades de ATER -637 privadas e 52 públicas. 13 mil técnicos de ATER em todo o Brasil, registrados no SIBRATER (Sistema Brasileiro de Assistência Técnica e Extensão Rural).
9 Programa Brasil Sem Miséria Dados de 2011 a Outubro de 2014 Foco nas famílias em extrema pobreza, ou seja, cuja renda per capita mensal não ultrapasse R$77,00 ATER exclusiva para este público: 218 mil famílias Fomento às Atividades Produtivas Rurais Valor de R$ associado a um projeto de estruturação da unidade produtiva rural: 123,6 mil famílias Valor transferido (fomento): R$ ,00
10 O Pronaf A Resolução nº do Conselho Monetário Nacional, de 24/08/1995, instituiu o Pronaf, no âmbito do crédito rural, para apoiar financeiramente atividades agropecuárias exploradas mediante emprego direto da força de trabalho do produtor e de sua família ; Atualmente, são diversas linhas de financiamento para investimento e custeio de atividades rurais agropecuárias e não agropecuárias; As diversas linhas de crédito atendem especificidades de diferentes beneficiários, regiões e objetivos; Inicialmente, os juros para os agricultores eram TJLP + 6%; atualmente, variam de 0,5 a 3,5%, com subvenção econômica.
11 O Pronaf O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar é um programa de crédito destinado a: Agricultores Extrativistas familiares Povos indígenas Aquicultores Silvicultores Pescadores Integrantes de comunidades remanescentes de quilombos Conforme Lei da Agricultura Familiar (Lei nº /2006), art. 3º.
12 Evolução do Pronaf 25,0 22,3 24,1 previstos 10,00 20,0 15,0 10,0 5,0 - (Pronaf - valores nominais, em R$ bilhões) 2014/2015: em 4 meses de execução, já foram contratados mais de 45% do total previsto para a safra 10,4 12,6 13,3 8,1 4,00 7,1 6,4 2,33 4,6 1,71 1,75 1,90 3,5 2,55 1,55 1,59 2,00 2,3 2,14 1,71 0,80 1,60 0,81 1,09 0, / / / / / / / / / / / / /2015 * 15,3 18,6 10,9 8,00 6,00 (contratos - em milhões) *julho a outubro de 2014 (4 meses) FONTE: SICOR - BCB/DIORF/DEROP Valores executados Número de contratos 12
13 Evolução do Pronaf montante contratado por finalidade, por ano safra (valores nominais, em R$ bilhões) 1,5 0,8 2,2 1,2 2,9 1,7 3,4 3,0 2008: Criação do Mais Alimentos, que financia investimentos em infraestrutura produtiva 4,9 3,9 3,2 3,2 5,7 4,6 mais de 125 mil tratores e veículos de carga financiados, em menos de sete anos 10,4 6,3 6,8 6,1 6,4 7,7 7,5 8,2 12,7 9,6 5,5 5,4 2002/ / / / / / / / / / / / /2015* *julho a outubro de 2014 (4 meses) Custeio Investimentos FONTE: SICOR - BCB/DIORF/DEROP 13 13
14 Carteira atual do Pronaf R$ 56 bilhões 3,5 milhões contratos / 2,6 milhões CPF FONTE: SAF/MDA distribuição dos recursos
15 PRONAF carteira do Banco do Brasil - risco bancário evolução do saldo Inadimplência: 1,05% 28,9 33,4 24,2 (em R$ bilhões) 0,6 1,3 3 4,3 10,3 11, ,6 17,7 20, jun/14 15
16 PRONAF carteira do Banco do Brasil - risco bancário evolução do saldo Inadimplência: 1,05% 28,9 33,4 24,2 (em R$ bilhões) 0,6 1,3 3 4,3 10,3 11, ,6 17,7 20, jun/14 16
17 MICRO CRÉDITO PRONAF B Pode chegar a R$ 4 mil Taxa de Juros: 0,5% a.a. Prazo: Começa a pagar após um ano Até um ano para pagar Bônus de adimplência: 40% - Nordeste 25% demais regiões Contratos em ser. Contratados e ainda não quitados = Que representam: mais de R$ 2,5 bilhões.
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22 Na safra 2012/2013, mais de 540 mil empreendimentos da agricultura familiar foram segurados.
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24 Proteção da produção -Garantia Safra Evolução das últimas três safras (da 2011/12 para a de 2013/14) Número de agricultores inscritos aumentou 34,46%(chegando a ) Municípios participantes aumentaram 18,05% (chegando a 1.263) DADOS MACROS - GARANTIA SAFRA Safra AF inscritos Municípios participantes Número Aumento (%) Número Aumento (%) , , , ,48 Dif , ,05
25 Acesso a mercados institucionais Garantia de comercialização dos produtos a preços estáveis. PAA Média(2010 a 2013): AF fornecedores e R$666,44 milhões Ano DADOS MACROS - PAA AF fornecedores Recursos aplicados Número Variação Ano ant R$ em Milhões Variação (%) ,42 675,13 14, ,00 667,32-1, ,45 885,54 32, ,47 437,77-50,56 Méd ,44
26 COMPRA PNAE NO BRASIL, 2012 VENDEDOR R$ Nº PESSOA JURÍDICA , PESSOA FÍSICA , TOTAL ,97 COMPRA PNAE NO BRASIL, 2013 VENDEDOR R$ Nº PESSOA JURÍDICA , PESSOA FÍSICA , TOTAL ,95
27 Declaração de Aptidão ao Pronaf - DAP A DAP é atribuição do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), que conta com uma rede de agentes emissores credenciados Base normativa: Lei /2006: define agricultor familiar e outros beneficiários Resolução do Conselho Monetário Nacional: atribui ao MDA responsabilidade pela emissão da DAP Manual de Crédito Rural, cap. 10: estabelece que a DAP habilita ao Pronaf Portarias MDA nº 21, de 27/03/2014 e SAF/MDA nº 26, de 09/05/2014: estabelecem condições e procedimentos para emissão da DAP
28 Fluxo de emissão e manutenção da base de dados da DAP 1. Beneficiário dirige-se a um agente emissor e solicita a DAP Público que cumpre os requisitos definidos na Lei da Agricultura Familiar (Lei /2006) 2. Agente emissor faz a análise prévia de dados e informações do beneficiário, para verificar enquadrament o 54 órgãos públicos e entidades autorizados (27 entidades de ATER) Rede de agentes emissores Presente em todos os municípios do Brasil 3. A partir da análise positiva, o agente emissor emite a DAP no modelo apropriado e imprime para assinatura Beneficiário e agente emissor assumem responsabilidades legais Código Civil (Lei nº /2002) Código Penal (Decreto- Lei nº 2.848/1940) Lei de Improbidade Administrativa (Lei nº 8.429/1992) Portarias MDA 21 e 26 de O agente emissor transmite os dados para a base da SAF, pela internet, para validação Regras de verificação do sistema informatizado MDA/SA F Banco de Dados da DAP 11,2 milhões de DAP registradas 5,1 milhões de DAP ativas
29 Evolução DAP Validade 6 anos Validade 3 anos FONTE: SAF/MDA 29
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