Rio de Janeiro, 08 de dezembro de 2009
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1 IX Encontro Nacional de Economia da Saúde Rio de Janeiro, 08 de dezembro de 2009
2 O Estado da Arte da Avaliação de Tecnologias no Brasil Gabrielle Troncoso Gerência de Avaliação Econômica de Novas Tecnologias (GERAE/NUREM/ANVISA)
3 Fortalecimento da ATS no Brasil Uma das razões para o fortalecimento da avaliação de tecnologias no País tem sido a integração entre as áreas ligadas à ATS, em especial, no âmbito do Ministério da Saúde. Nesse sentido, a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, a ANVISA e a ANS têm atuado de forma coordenada em diversos fóruns.
4 Atuação da ANVISA no desenvolvimento da ATS no Brasil Regulação e Avaliação ATS Cooperação Internacional Disseminação de Informações
5 Realização do Seminário sobre Experiências Internacionais em Farmacoeconomia Organizado pela área de Regulação Econômica e Monitoramento de Mercado da ANVISA em Objetivo de avaliar o potencial da Farmacoeconomia como ferramenta para tomada de decisão na área da saúde e estimular a produção de conhecimento na área. Reuniu representantes dos diversos órgãos do governo brasileiro, universidades, setor privado, organismos internacionais, representantes de estados e municípios e oito especialistas internacionais na área.
6 Criação da Gerência de Avaliação de Econômica de Novos Medicamentos Criada em 2003 na estrutura do Núcleo de Assessoramento Econômico em Regulação da ANVISA. Posteriormente ampliou sua atuação também para Produtos para Saúde: Avaliação Econômica de Novas Tecnologias.
7 Incorporação da ATS nas análise de preços de medicamentos Publicação da Resolução CMED nº 2 de 5 de março de 2004, que introduz importantes mudanças no marco regulatório. Utilização de conceitos de ATS e farmacoeconomia para a tomada de decisão sobre preço de novos medicamentos. Com base na melhor evidência científica disponível no momento da análise realiza-se uma análise comparativa de eficácia terapêutica.
8 O novo medicamento agrega ganho relevante ao tratamento em relação aos medicamentos existentes para a mesma indicação terapêutica? NÃO SIM Preço definido com base no custo de tratamento com o medicamento escolhido como comparador Preço definido com base no menor preço praticado no mercado internacional
9 Comissão de Incorporação de Tecnologias em Saúde (CITEC) A ANVISA tem importante participação na CITEC como membro com poder de voto e, ainda, com suporte técnico às análises de incorporação de tecnologias. Criada em 2006 com a missão de fazer recomendações ao Ministro da Saúde sobre a incorporação de medicamentos e demais tecnologias no Sistema Único de Saúde. A CITEC avalia as solicitações com base nas evidências apresentadas e com base nas estimativas de impacto orçamentário. Há previsão de exigência de estudos farmacoeconômicos nas regras da Comissão.
10 Compras Públicas Para alguns medicamentos de alto custo, a aplicação de critérios farmacoeconômicos na definição dos preços e a negociação direta com os fabricantes não são suficientes para garantir reduções de preços. Considerando-se esse diagnóstico, e a partir de estudos feitos pela ANVISA, a CMED aprovou, em dezembro de 2006, a criação de um desconto mínimo para compras públicas de medicamentos, chamado de Coeficiente de Adequação de Preços (CAP). A aplicação do CAP (cujo valor é atualmente 24,92%) tem proporcionado expressiva economia nas compras públicas, em especial nos estados, nas compras dos medicamentos de dispensação excepcional.
11 Produtos para Saúde Publicação da RDC 185 de 2006 exige um relatório de informações econômicas para registro de alguns produtos. Permitirá a construção de um banco de dados que auxiliarão a tomada de decisão.
12 Boletim Brasileiro de Avaliação de Tecnologias em Saúde (BRATS) Não basta produzir as avaliações, é preciso disseminálas aos gestores e aos profissionais de saúde, de forma a ajudá-los no processo de tomada de decisão com relação às tecnologias em saúde. Foi pensando nessa necessidade que a ANVISA propôs em 2006 a criação do BRATS, conseguindo pronta adesão ao projeto da ANS e da SCTIE, que passaram a formar, juntamente com a ANVISA, o Núcleo Editorial Executivo do Boletim.
13 Boletim Brasileiro de Avaliação de Tecnologias em Saúde (BRATS) O BRATS é um boletim eletrônico, hoje com cerca de 20 mil assinantes, no Brasil e em mais de 20 países. Em 2008 o BRATS passou a ser trimestral, com edições nos meses de março, junho, setembro e dezembro. Já foram lançados 8 números com avaliações de medicamentos, produtos para a saúde e procedimentos.
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15 Informe Saúde e Economia Criado em 2009 com o objetivo de auxiliar a tomada de decisão quando existe mais de uma opção terapêutica para o tratamento de uma mesma patologia, em especial quando não há comprovação de superioridade terapêutica entre os medicamentos. Este informe foi desenvolvido para trazer informações atualizadas, constantes na literatura médica, de forma resumida e de fácil compreensão. Além de trazer informações sobre os medicamentos avaliados, o informe fornece uma análise comparativa da eficácia, segurança e custos entres as opções terapêuticas abordadas.
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18 Cooperação Internacional A ANVISA já recebeu para intercâmbio em avaliação econômica e regulação de preços delegações de: Cuba, Cabo Verde, Moçambique, Colômbia e Uruguai. Os 3 primeiros já firmaram termos de cooperação técnica com a Agência. A Agência tem um Termo de Cooperação com o Instituto de Efetividade Clínica e Sanitária (IECS), da Argentina. Além de diversas atividades de capacitação, encontra-se em andamento um estudo de custo-efetividade de um medicamento para câncer de mama.
19 Cooperação Internacional Projeto de Cooperação na Área de Avaliação de Tecnologias em Saúde no Âmbito do MERCOSUL, firmado em setembro de 2008, prevê uma série de atividades de intercâmbio e capacitação, inclusive a formação de rede de ATS na região. I Seminário Pan-Americano de Regulação Econômica de Medicamentos, ocorrido em março de 2009.
20 Núcleos de Avaliação de Tecnologias em Saúde (NATS) Implantados em Hospitais de Ensino, buscam introduzir a cultura de ATS nesses hospitais, por meio da utilização de evidências disponíveis para auxiliar o gestor a tomar decisões quanto à inclusão de novas tecnologias, avaliação de tecnologias difundidas e seu uso racional. Lançados em 2009 fazem parte da estratégia de fortalecimento do Grupo de Trabalho Formação Profissional e Educação Continuada da Rede Brasileira de Avaliação de Tecnologias em Saúde (Rebrats).
21 Política Nacional de Gestão de Tecnologias em Saúde Comissão de Relatoria da Política Nacional de Gestão de Tecnologias em Saúde, publicada em 5 de novembro de 2009.
22 Sistema de Comparação de Custos de Tratamento No início de 2010 será lançado o Sistema de Comparação de Custos de Tratamento, que pretende auxiliar o médico a prescrever de forma mais racional, levando em conta a questão da comparação entre os custos de tratamento.
23 O usuário digita o nome da patologia ou nome de produto indicado para o tratamento da patologia de interesse. Nesta tela também pode ser acessada a funcionalidade Comparação de Preço de Medicamentos.
24 Ao escolher a funcionalidade Custo de Tratamento, o sistema lista todos os códigos CID-10 10, com as respectivas descrições para o nome da patologia ou código CID-10 informados.
25 Ao escolher a patologia de interesse, o sistema listará todas as apresentações indicadas para tratamento, em ordem crescente de custo médio mensal.
26 HTAi 2011 O Rio de Janeiro sediará o Encontro Mundial de Avaliação de Tecnologias em Saúde em Será a primeira vez que um país latino-americano será a sede desse evento. O tema será a Avaliação de Tecnologias em Saúde e a Sustentabilidade dos Sistemas de Saúde. Comitê de Organização Local do Encontro Mundial de ATS (HTAi 2011).
27 Termo de Cooperação com a OPAS Projeto Integrado de ATS: objetivo viabilizar e fortalecer o desenvolvimento da área de ATS, através da formação de um corpo técnico especializado e da construção de uma rede de avaliação de tecnologias que promova a produção, a disseminação e a utilização de informações com base científica sobre as novas tecnologias para saúde. Os principais eixos são: educação permanente, eventos na área de avaliação de tecnologias em saúde, realização de estudos e pesquisas sobre avaliação de tecnologias em saúde e disseminação de informações.
28 Considerações Finais O desenvolvimento da ATS exige uma abordagem integrada, com ações articuladas dos diferentes agentes envolvidos, e acompanhadas de outras estratégias como: fortalecimento da política de medicamentos, promoção do uso racional de medicamentos, mecanismos de fortalecimento das compras públicas, regras para incorporação de tecnologias no sistema público de saúde, disseminação de informações, cooperação internacional, entre outras.
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