CONSELHO DE CONTRIBUINTES RJ. Recorrente: COORDENADOR DA COORDENADORIA DE REVISÃO E. Recorrido: ENGESEG - EMPRESA DE VIGILÂNCIA COMPUTADORIZADA LTDA.
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1 CONSELHO DE CONTRIBUINTES RJ Processo nº 04/ /2003 Acórdão nº Sessão de: 17 de julho de RECURSO EX-OFFICIO Nº Recorrente: COORDENADOR DA COORDENADORIA DE REVISÃO E JULGAMENTO TRIBUTÁRIOS Recorrido: ENGESEG - EMPRESA DE VIGILÂNCIA COMPUTADORIZADA LTDA. Relatora: Conselheira LUCIA ROSA DUTRA CID CRUZ Representante da Fazenda: FERNANDO MIGUEZ BASTOS DA SILVA ISS RESPONSABILIDADE AUSÊNCIA DE PROVAS Há de ser cancelado o item do Auto de Infração que atribua a responsabilidade prevista no art. 14, XIII da Lei nº 691/84 à empresa, sem que haja provas da utilização do seu estabelecimento para a prestação de serviços por empresa diversa, não inscrita no cadastro municipal. Recurso de ofício improvido. Decisão unânime.
2 IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS R E L A T Ó R I O Adoto o relatório da Representação da Fazenda, de fls.401/402, que passa a fazer parte integrante do presente. Trata-se de Recurso Voluntário interposto por ENGESEG EMPRESA DE VIGILÂNCIA COMPUTADORIZADA LTDA e de Recurso Ex-Officio, frente à decisão do Senhor Coordenador da Coordenadoria de Revisão e Julgamento Tributários, às fls. 340/348, que julgou parcialmente procedente a impugnação apresentada ao Auto de Infração n o , de A notificação fiscal em referência foi constituída de três ocorrências: Item I falta de recolhimento do ISS incidente sobre serviços de vigilância e segurança, previsto no inciso LVIII, do art. 8 o, da Lei n o 691/84, no período de abril de 1998 a dezembro de 2001, apurada mediante arbitramento da base de cálculo;
3 Item II falta de recolhimento do ISS incidente sobre serviços de vigilância e segurança, previsto no inciso LVIII, do art. 8 o, da Lei n o 691/84, no período de janeiro de 2002 a fevereiro de 2003, apurada mediante arbitramento da base de cálculo; e Item III falta de recolhimento do ISS, pela não retenção do imposto devido por terceiros, referente aos serviços de recrutamento, agenciamento, seleção, colocação ou fornecimento de mão-de-obra, no período de novembro de 1998 a janeiro de Em sua impugnação, o contribuinte havia alegado, em resumo: quanto aos itens I e II, que tem sua matriz no Município de São Caetano do Sul, no Estado de São Paulo, local onde a sua administração está centralizada, inclusive no que diz respeito ao recolhimento dos impostos, uma vez que os serviços prestados são faturados por lá; que o estabelecimento localizado no Município do Rio de Janeiro destina-se apenas e tão somente a ser uma base de apoio operacional para os funcionários, de forma que os serviços foram contratados e administrados pela matriz localizada no Município de São Caetano do Sul; que na base de apoio do Rio de Janeiro não se contrata nenhum serviço, não se administra nem se gerencia nenhum serviço;
4 que na Ação Declaratória de Existência de Relação Jurídica o Juiz da Quarta Vara Cível de São Caetano do Sul julgou a ação parcialmente procedente para declarar o direito de a autora recolher o ISS somente para o Município de São Caetano do Sul, localidade onde tem sua matriz, independentemente que estes serviços venham a se realizar em outros municípios deste ou de qualquer outro Estado, em relação à atividade que executa; que houve manifesto exagero dos valores arbitrados, pois, para o período de abril a dezembro de 1998, o agente fiscal arbitrou uma base de cálculo de R$ ,30 e, para o período de janeiro a dezembro de 1999, de R$ ,40, com um aumento de 776%; quanto ao item III, que não pode ser obrigada a recolher o imposto devido por outra empresa pelo só fato de possuir o mesmo quadro societário; que não faz sentido alegar que outra empresa do grupo usou seu estabelecimento para prestar serviços; que ainda que esta outra empresa SECON SERVIÇOS GERAIS tivesse usado o seu estabelecimento, o imposto deveria ser cobrado da prestadora. Requereu o Impugnante fosse julgado improcedente o Auto de Infração questionado.
5 A Coordenadoria de Revisão e Julgamento Tributários julgou parcialmente procedente a impugnação apresentada e excluiu da autuação os valores referentes ao item III, por entender não restar provado que a empresa SECON valeu-se do estabelecimento da autuada para prestar serviços no Município do Rio de Janeiro. Quanto aos itens I e II, estes foram mantidos, sob o entendimento de que os serviços de vigilância e segurança foram prestados a partir do estabelecimento localizado no Município do Rio de Janeiro. Irresignado, o Recorrente interpôs o presente Recurso Voluntário, sob as mesmas alegações deduzidas na impugnação, requerendo, ao fim, seja decretada a nulidade do Auto de Infração ou, caso não seja o entendimento deste Nobre Sodalício, seja julgado improcedente o lançamento guerreado ou, ainda, seja determinada a correção dos valores apontados na base de cálculo, eis que arbitrados com nítido e evidente exagero. O Representante da Fazenda submeteu à Senhora Presidente, nos termos do item 1 do 1º do art. 103 do Decreto nº /96, a análise da ocorrência da intempestividade do recurso voluntário. A Senhora Presidente, às fls. 406, declarou a perempção do recurso voluntário, interposto após o decurso do prazo previsto no art. 27, inciso II, item 3 do Decreto nº /96. ofício. A Representação da Fazenda opinou pelo improvimento do recurso de
6 É o relatório. V O T O Trata-se de recurso de ofício apresentado pelo Sr. Coordenador da Coordenadoria de Revisão e Julgamento Tributários, em virtude do cancelamento do item III do Auto de Infração nº de 11 de abril de Não há reparos a fazer na decisão recorrida. O item cancelado tinha por objeto a falta de retenção do ISS devido pelos serviços de recrutamento, agenciamento, seleção, colocação ou fornecimento de mão-de-obra prestados pela empresa SECON SERVIÇOS GERAIS, do mesmo grupo da Requerente. De acordo com o art. 14, XIII da Lei nº 691/84, são responsáveis pelo retenção e pagamento do ISS os que permitirem em seus estabelecimentos a exploração de atividade tributável, sem estar o prestador de serviços inscrito no órgão fiscal competente. Entendeu o Fiscal autuante que a Recorrente permitiu que Secon
7 Serviços Gerais prestasse serviços no Município do Rio de Janeiro a partir do seu estabelecimento. Entretanto, não há qualquer prova de que esse fato tivesse acontecido. Como incumbe à Fazenda o ônus da prova da ocorrência do fato gerador, nos termos do art. 33 do Decreto nº /96, e essa prova não existe nos autos, a autoridade julgadora de primeira instância cancelou o item III do Auto de Infração. Por todo o exposto, NEGO PROVIMENTO ao recurso de ofício, mantendo a decisão recorrida. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos em que é Recorrente: COORDENADOR DA COORDENADORIA DE REVISÃO E JULGAMENTO TRIBUTÁRIOS e Recorrido: ENGESEG - EMPRESA DE VIGILÂNCIA COMPUTADORIZADA LTDA. Acorda o Conselho de Contribuintes, por unanimidade, negar provimento ao recurso de ofício, nos termos do voto da Relatora.
8 2008. Conselho de Contribuintes do Município do Rio de Janeiro, 17 de julho de DENISE CAMOLEZ PRESIDENTE LUCIA ROSA DUTRA CID CRUZ CONSELHEIRA RELATORA
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