UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ MARCO AURELIO PETROSKI RESPONSABILIDADE CIVIL DO MÉDICO CIRURGIÃO PLÁSTICO NA MAMOPLASTIA

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1 UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ MARCO AURELIO PETROSKI RESPONSABILIDADE CIVIL DO MÉDICO CIRURGIÃO PLÁSTICO NA MAMOPLASTIA CURITIBA 2013

2 MARCO AURELIO PETROSKI RESPONSABILIDADE CIVIL DO MÉDICO CIRURGIÃO PLÁSTICO NA MAMOPLASTIA Monografia apresentada ao Curso de Direito da Universidade Tuiuti do Paraná, como requisito parcial para a obtenção do titulo de bacharel em direito. Orientador: Professor Luis Sérgio Langowski CURITIBA 2013

3 TERMO DE APROVAÇÃO MARCO AURELIO PETROSKI RESPONSABILIDADE CIVIL DO MÉDICO CIRURGIÃO PLÁSTICO NA MAMOPLASTIA Esta monografia foi julgada e aprovada para a obtenção do titulo de Bacharel em Direito da Universidade Tuiuti do Paraná. Curitiba, de de Curso de Direito Universidade Tuiuti do Paraná Orientador: Professor Luis Sérgio Langowski Universidade Tuiuti do Paraná Faculdade de Ciências Jurídicas Professor Universidade Tuiuti do Paraná Faculdade de Ciências Jurídicas Professor Universidade Tuiuti do Paraná Faculdade de Ciências Jurídicas

4 A Deus, o que seria de mim sem a fé que eu tenho nele. Aos meus pais, João Airton Petroski e Olga Denega Petroski, minha esposa Daniella Pastore, meus sogros Roberto Pastore e Lucila Penso Pastore, com muito carinho e apoio, não mediram esforços para que eu chegasse até esta etapa de minha vida.

5 Agradeço ao Professor Luiz Sérgio Langowski pela paciência na orientação e incentivo que tornaram possível a conclusão desta monografia. À Professora e Coordenadora do curso, pelo convívio, pelo apoio, pela compreensão e pela amizade. A todos os professores do curso, que foram tão importantes na minha vida acadêmica e no desenvolvimento desta monografia. Aos amigos, colegas e funcionários pelo incentivo e pelo apoio constantes.

6 RESUMO A cirurgia plástica estética é um caminho mais fácil e eficaz na busca pela beleza. Porém, nem sempre o resultado dessa intervenção cirúrgica é considerado satisfatório, e, nesses casos, o paciente busca a reparação do dano sofrido através da Responsabilidade Civil do Médico. A Constituição Federal, no Título II, Capítulo I, artigo 5º, inciso V e X, ao tratar dos direitos e garantias fundamentais assegura o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem e que são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito de indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação. A Responsabilidade Civil é a aplicação de medidas que obrigam alguém a reparar um dano, moral ou patrimonial, causado a terceiros. Essa responsabilidade pode ser contratual ou extracontratual, e ainda pode ser caracterizada como uma obrigação de meio ou de resultado. Logo, configura-se como objetivo principal da pesquisa analisar a Responsabilidade Civil do Médico nas cirurgias plásticas de mamoplastia, se esta configura obrigação de meio ou de resultado, e se o profissional pode ser responsabilizado mesmo quando tiver se cercado de todas as cautelas exigidas, aplicando as técnicas usuais e agido conforme os ditames da ética, prudência e pericia. Palavras-chave: Mamoplastia. Obrigação de resultado. Responsabilidade civil. Responsabilidade médica.

7 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO RESPONSABILIDADE CIVIL HISTÓRICO ASPECTOS GERAIS RESPONSABILIDADE SUBJETIVA E OBJETIVA RESPONSABILIDADE CONTRATUAL E EXTRACONTRATUAL OBRIGAÇÃO DE MEIO E OBRIGAÇÃO DE RESULTADO EVOLUÇÃO DA LEGISLAÇÃO EM RELAÇÃO À RESPONSABILIDADE CIVIL CÓDIGO CIVIL DE CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR CÓDIGO CIVIL DE RESPONSABILIDADE CIVIL DO MÉDICO EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA RESPONSABILIDADE MÉDICA RESPONSABILIDADE MÉDICA DIREITOS E DEVERES NA RELAÇÃO MÉDICO-PACIENTE INADIMPLEMENTO DA OBRIGAÇÃO RESPONSABILIDADE CIVIL DO CIRURGIÃO PLÁSTICO NA MAMOPLASTIA DANO MORAL E DANO ESTÉTICO EXCLUDENTES DA RESPONSABILIDADE POSICIONAMENTO JURISPRUDENCIAL CONCLUSÃO...44 REFERÊNCIAS...45

8 7 1 INTRODUÇÃO O presente trabalho aborda a responsabilidade civil do médico, especificamente na área da cirurgia plástica de mamoplastia, uma especialidade que cada vez mais os profissionais atuantes têm sofrido com as indenizações concedidas pelo judiciário aos pacientes lesados. O estudo é iniciado a partir de um levantamento histórico sobre a responsabilidade civil e sobre a responsabilidade médica, analisando suas características e evoluções dentro do direito brasileiro, de forma mais especifica no campo da cirurgia plástica estética. Serão analisados os direitos e deveres do paciente, bem como, as fontes e parâmetros para avaliar a responsabilidade civil médica e o dever de indenizar. Também serão abordados os aspectos da relação médico paciente como a configuração da relação contratual e extracontratual, a obrigação assumida e sua caracterização como uma obrigação de meio e de resultado, abrangendo também os pressupostos geradores da obrigação de indenizar na responsabilidade objetiva e subjetiva e as condições excludentes de responsabilidade. Partindo do dever de indenizar, diferencia-se a obrigação nascida de uma cirurgia plástica estética e de uma cirurgia plástica reparadora e analisamos as nuances do dano moral e do dano estético decorrentes da responsabilidade civil médica do cirurgião plástico. Sendo assim, o trabalho, tem por objetivo discutir a responsabilidade civil dos cirurgiões plásticos estéticos, com o viés de discutir sua caracterização como uma obrigação de meio ou uma obrigação de resultado.

9 8 2 RESPONSABILIDADE CIVIL 2.1 BREVE HISTÓRICO A todo instante, na vida em sociedade, surge o problema da responsabilidade civil, pois cada dano sofrido pelo homem, contra a sua pessoa ou ao seu patrimônio, constitui um desequilíbrio de ordem moral ou patrimonial, tornando imprescindível a criação de soluções que sanem tais lesões, pois é inadmissível que o direito tolere que ofensas fiquem sem reparação. Maria Helena Diniz (2008, p ) ensina que no inicio da civilização humana, dominava a vingança coletiva, ou seja, havia uma reação conjunta do grupo contra o agente de uma ofensa a um de seus componentes. Posteriormente, essa reação tornou-se individual, ou seja, evoluiu para uma vingança privada, em que os homens buscavam a justiça com suas próprias mãos, sob a égide da Lei de Talião, sintetizada na fórmula olho por olho, dente por dente. Com a finalidade de coibir abusos, o poder público intervinha apenas para declarar quando e como a vítima poderia ter o direito de retaliação, produzindo na pessoa do lesante dano idêntico ao que experimentou. Nesse momento histórico, a responsabilidade era objetiva, independente de culpa, sendo caracterizada apenas como uma reação do lesado contra a causa aparente do dano. Após isso, surge o período da composição, diante da constatação de que seria mais conveniente que o autor do dano o reparasse por meio da prestação da poema (pagamento de certa quantia em dinheiro), a critério da autoridade publica, se o delito fosse público, e, do lesado, caso sendo o delito privado. Posteriormente, a Lex Aquilia de damno, surgiu esboçando a noção de culpa como fundamento da responsabilidade, impondo que o patrimônio do lesante suportasse o ônus da reparação, em razão do valor do dano, se procedido com culpa. Segundo a autora:

10 A Lex Aquilia de damno estabeleceu as bases da responsabilidade extracontratual, criando uma forma pecuniária de indenização do prejuízo, com base no estabelecimento de seu valor. Esta lei introduziu o damnum iniuria datum, ou melhor, prejuízo causado a bem alheio, empobrecendo o lesado, sem enriquecer o lesante (DINIZ, 2008, p. 11). 9 Porém, mais tarde, as sanções dessa lei foram também aplicadas aos danos causados por omissão ou verificados sem o estrago físico e material da coisa. Nessa época, o Estado então passou a intervir nos conflitos privados, fixando o valor dos prejuízos, obrigando a vítima a aceitar a composição, que permaneceu no direito romano com o caráter de pena privada e como reparação, visto que não havia nítida distinção entra responsabilidade civil e penal, que somente ocorreu na Idade Média, com a constituição da idéia de dolo e de culpa stricto sensu. A teoria da responsabilidade civil viu no jurista francês Domat, um de seus grandes formuladores. Segundo José de Aguiar Dias: Domat precisava seu pensamento ao estabelecer a categoria da culpa de que pode provir o dano: a que acarreta, a um tempo, a responsabilidade penal do agente, perante o Estado, e a responsabilidade civil, perante a vítima; a das pessoas que descumprem as obrigações, culpa contratual; e a que não se liga nem a crime nem a delito, mas se origina da negligência ou imprudência (DIAS, 2006, p. 30). O Código Civil francês adotou a ideia da responsabilidade civil fundada na culpa em seu artigo 1.382, influenciando as legislações de quase todo o mundo, inclusive no Brasil. 2.2 ASPECTOS GERAIS A palavra responsabilidade tem vários sentidos, podendo assim, ter mais de um significado. Rui Stoco (2011, p. 132) ensina que ela pode ser tanto, sinônima de diligencia e de cuidado, como pode revelar a obrigação de todos pelos atos que praticam no plano jurídico. A partir dai, diz que, imputar a responsabilidade a alguém é considerar-lhe responsável por alguma coisa, fazendo-o responder pela consequência

11 10 de uma conduta contrária ao dever, sendo responsável aquele indivíduo que podia e devia ter agido de outro modo. Mas, ainda, pode trazer à ideia de uma relação obrigacional, conforme observa o doutrinador, revela, então, um dever, um compromisso, uma sanção, uma imposição decorrente de algum ato ou fato. Maria Helena Diniz define a responsabilidade civil como: [...] a aplicação de medidas que obriguem alguém a reparar dano moral ou patrimonial causado a terceiros em razão de ato do próprio imputado, de pessoa por quem ele responde, ou de fato de coisa ou animal sob sua guarda ou, ainda, de simples imposição legal. Definição esta que guarda em sua estrutura, a ideia da culpa quando se cogita da existência de ilícito (responsabilidade subjetiva), e a do risco, ou seja, da responsabilidade sem culpa (responsabilidade sem culpa) (DINIZ, 2008, p. 34). A caracterização dos pressupostos da responsabilidade civil é bastante difícil, pois há uma grande imprecisão doutrinária a esse respeito. Dentre outros doutrinadores, José de Aguiar Dias (2006, p. 131) entende que todos os casos de responsabilidade civil obedecem a quatro séries de exigências comuns: a ação ou omissão voluntária do agente causador, o dano sofrido pela vítima, a questão da culpa do agente e finalmente, a relação de causalidade entre o dano e ação ou omissão do autor. Porém, outra parte da doutrina, como Maria Helena Diniz (2008, p ), entende serem apenas três os pressupostos, deixando a culpa de ser um pressuposto, e sendo eles definidos como: a) Existência de uma ação, comissiva ou omissiva, podendo ser um ato ilícito ou licito, pois, como fundamento da responsabilidade, ao lado da culpa há também o risco. b) Ocorrência de um dano moral ou patrimonial causado a vítima por ato comissivo ou omissivo do agente ou de terceiro por quem o imputado responde, ou por fato de animal ou coisa a ele vinculada. Não há como haver responsabilidade sem dano, que deve ser certo, a um bem ou interesse jurídico, sendo necessária a prova real e concreta da lesão.

12 11 c) Nexo de causalidade entre o dano e a ação, ou, fato gerador da responsabilidade, pois, ela não existe sem o vinculo entre a ação e o dano. Caso o lesado experimente um dano, mas este não resultou da conduta do réu, o pedido de indenização será improcedente. 2.3 RESPONSABILIDADE SUBJETIVA E OBJETIVA Como regra geral em nosso ordenamento jurídico, o dever de indenizar pela pratica de atos ilícitos decorre de culpa. O código civil, em seu art. 186, ao descrever o ato ilícito, descreve que este ocorre quando alguém, por ação ou omissão voluntaria, negligencia ou imprudência, viola direito ou causa dano, ainda que exclusivamente moral, a outrem, em face do que será responsabilizada pela reparação dos prejuízos. Maria Helena Diniz descreve que: O ato ilícito é o praticado culposamente em desacordo com a norma jurídica, destinada a proteger interesses alheios; é o que viola direito subjetivo individual, causando prejuízo a outrem, criando o dever de reparar tal lesão. Para que se configure o ilícito será imprescindível um dano oriundo da atividade culposa. A pratica do ato ilícito, infringindo preceito normativo da tutela de interesse privado, produzindo dano a um bem jurídico, lesando direitos pessoais ou reais, dá origem ao ressarcimento do prejuízo. É de ordem publica o principio que obriga o autor do ato ilícito a se responsabilizar pelo prejuízo que causou, indenizando-o. os bens do responsável pelo ato ilícito ficarão sujeitos à reparação do dano causado, e, se a ofensa tiver mais de um autor, todos responderão solidariamente pela reparação, mediante seus bens, de tal maneira que ao titular da ação de indenização caberá opção entre acionar apenas um ou todos ao mesmo tempo (DINIZ, 2008, p. 40). A culpa, em sentido amplo, pode ser definida como a violação de um dever jurídico, imputável a alguém, em decorrência de uma ação, comissiva ou omissiva, que compreende o dolo, e, a culpa em sentido estrito. José de Aguiar Dias (2006, p ) distingue dolo e culpa, como o primeiro sendo uma violação intencional da norma de conduta, e, a culpa, o fato pelo

13 12 qual a pessoa capaz de ofender, operando sem malicia, mas com negligencia não escusável, em relação ao direito alheio, comete infração prejudicial a outrem. Desta forma, o dolo pode ser definido como a vontade consciente de violar o direito, dirigida a consecução do fim ilícito, e a culpa abrange a imprudência precipitação ou o ato de proceder sem cautela -, imperícia falta de aptidão ou habilidade para praticar certo ato - e negligencia - inobservância das normas que nos ordenam agir com atenção, capacidade, solicitude e discernimento. Havendo culpa, a obrigação de reparar o dano é a mesma, haja dolo ou culpa em sentido estrito. Um dos elementos constitutivos da culpa, segundo Maria Helena Diniz (2006, p. 45), é a imputabilidade, que é pertinente às condições pessoais daquele que pratica o ato lesivo, de modo que consiste na possibilidade de atribuir um ato a alguém, por proceder de uma vontade livre. Deste modo, são imputáveis a uma pessoa todos os atos por ela praticados, livre e conscientemente. Para que seja caracterizada a imputabilidade é essencial à capacidade de discernimento e de autodeterminação do agente. Porém, existem exceções à imputabilidade, dentre outras: o exercício regular de um direito; a legítima defesa; e o estado de necessidade: a) Exercício regular de um direito: não haverá imputabilidade, nos casos em que houver lesão a direto alheio causado por um ato praticado no exercício regular de um direito reconhecido, excluindo-se assim, qualquer responsabilidade pelo prejuízo, por não ser conduta contrária ao direito. b) Legítima defesa: o artigo 930, parágrafo único, do Código Civil 1, afasta a imputabilidade ao causador do dano se a agressão ocorreu em repulsa à agressão de terceiro ofendido, exclui-se da responsabilidade civil o autor do ato lesivo praticado em legitima defesa e terá direito a ação regressiva contra aquele em defesa de quem 1 Art No caso do inciso II do art. 188, se o perigo ocorrer por culpa de terceiro, contra este terá o autor do dano ação regressiva para haver a importância que tiver ressarcido ao lesado. Parágrafo único. A mesma ação competirá contra aquele em defesa de quem se causou o dano (art. 188, inciso I).

14 13 causou o dano. Desta forma, conforme o artigo 25 do Código Penal 2, se o agente, com o uso moderado de meios necessários repelir injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem, legitimo será o dano infligido, não acarretando qualquer reparação por perdas e danos. c) Estado de Necessidade: conforme artigo 188, II e parágrafo único, do CC 3, consiste na ofensa do direito alheio para remover perigo iminente, quando as circunstâncias o tornarem absolutamente necessário e quando não exceder os limites do indispensável para a remoção do perigo, dessa forma, exclui-se, em regra, a responsabilidade. Como vimos, a regra geral é que a responsabilidade civil seja subjetiva, dependendo da caracterização de dolo ou culpa em sentido estrito. Porém, a corrente objetivista desvinculou o dever de reparação do dano à ideia de culpa, baseando-o na atividade licita ou no risco com o intuito de permitir ao lesado, diante da dificuldade em se provar a culpa, a obtenção de meios para reparar os danos experimentados. Ensina Maria Helena Diniz: O agente deverá ressarcir o prejuízo causado, mesmo que isento de culpa, porque sua responsabilidade é imposta por lei independente de culpa e mesmo sem necessidade de apelo ou recurso de presunção. O dever ressarcitorio, estabelecido por lei, ocorre sempre que se positivar a autoria de um fato lesivo, sem necessidade de se indagar se contrariou ou não norma predeterminada, ou melhor, se houve ou não um erro de conduta (DINIZ, 2008, p. 50). A responsabilidade objetiva baseia-se num principio de equidade, pois, quem lucra com uma situação deve responder pelo risco ou pelas desvantagens dela resultantes. Essa responsabilidade tem como fundamento a atividade exercida pelo agente, pelo perigo que pode causar dano a vida, a saúde ou a outros bens, criando risco de dano a terceiros. O perigo deve resultar do exercício da atividade e não do 2 Art Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. 3 Art Não constituem atos ilícitos: II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente. Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será legítimo somente quando as circunstâncias o tornarem absolutamente necessário, não excedendo os limites do indispensável para a remoção do perigo.

15 14 comportamento do agente. Nesses casos, a vítima deve apenas provar o nexo causal, não se admitindo qualquer desculpa subjetiva do imputado. Portanto, a obrigação de indenizar é imposta por lei a certos indivíduos, independente da pratica de qualquer ato ilícito, levando em conta dois critérios: que determinadas atividades humanas criam um risco especial para outrem; e, que o exercício de certos direitos deve implicar o dever de reparar o prejuízo que origina. 2.4 RESPONSABILIDADE CONTRATUAL E EXTRACONTRATUAL A responsabilidade civil vem sendo dividida em sua fonte originaria em contratual e extracontratual. Nas palavras de Rui Stoco (2011, p. 164), a doutrina distinguiu a responsabilidade decorrente do contrato ou das relações contratuais da responsabilidade decorrente do ato ilícito, ou seja, do mau relacionamento entre pessoas e do descumprimento de um direito preexistente. Em que pese o Código Civil tenha utilizado a culpa como fundamento de ambas, deve-se haver o cuidado de distingui-las. A responsabilidade contratual pode ser verificada no artigo 389, e a responsabilidade extracontratual no artigo 186: Art Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. Art Não cumprida à obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado. Não importa de qual situação tenha decorrido, o relevante é saber se o ato danoso ocorreu em razão de uma obrigação preexistente ou não, pois quem provoca o prejuízo deve indenizar. Nas palavras de Sergio Cavalieri Filho 2009, p ), a responsabilidade contratual tem sua origem em um negócio jurídico que se funda na autonomia da vontade das partes, pressupondo que elas tenham capacidade de contratar, e que o objeto deste contrato seja licito e atenda a forma prescrita em lei, conforme estabelece

16 o artigo 104 do Código Civil, gerando a partir do contrato firmado uma coobrigação mútua entre as partes: 15 Art A validade do negócio jurídico requer: I - agente capaz; II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável; III - forma prescrita ou não defesa em lei. Desta forma, tendo sido firmado um contrato entre as partes, a responsabilidade está baseada em um dever de resultado, uma vez que se o objeto deste contrato não for cumprido será configurado como uma violação a uma obrigação que implicará em responsabilidade civil para a parte que descumpri-lo. A responsabilidade contratual se funda no descumprimento da obrigação contratada, conforme disposto no artigo 389, já mencionado, e o dever de indenizar é apenas a consequência desse inadimplemento. Em outra via, a responsabilidade extracontratual, se caracteriza quando há lesão a um direito sem que as partes disponham de qualquer relação jurídica prévia. Esta responsabilidade não se funda na autonomia da vontade das partes, mas sim em uma imposição de ordem social que independe de capacidade das partes. Devido à inexistência de vínculo anteriormente instituído entre as partes em uma obrigação contratual ou obrigacional, a vítima tem ônus de provar a culpa do agente, exceto se a obrigação se pautar na teoria do risco. 2.5 OBRIGAÇÃO DE MEIO E DE RESULTADO A teoria que faz a diferenciação entre as obrigações de meio ou de resultado foi esboçada no Direito Romano, e desenvolvida pelas doutrinas italiana, francesa e alemã. Para Rui Stoco (2011, p. 628), a distinção entre a obrigação de meio e de resultado, esta em estabelecer a quem incumbe o ônus da prova em cada uma das situações. A obrigação de meio caracteriza-se quando a própria prestação nada mais exige do devedor do que pura e simplesmente o emprego de determinado meio sem

17 16 olhar o resultado. Como exemplo, nos serviços profissionais do medico que se obriga a usar de todos os meios indispensáveis para alcançar a cura do doente, porém sem jamais assegurar o resultado de cura. Esse tipo de obrigação aparece nos contratos de prestação de serviços do cirurgião plástico, onde é a própria atividade do devedor que esta sendo objeto do contrato. Sendo assim, esta atividade deve ser desempenhada da melhor maneira possível, com a diligencia necessária para o melhor resultado, mesmo que este não seja alcançado. Já, na obrigação de resultado, o devedor se obriga a alcançar determinado fim, sem o qual não terá cumprido sua obrigação. O devedor, nesses casos, deve conseguir o resultado avençado, ou deve arcar com as consequências. Ruy Rosado de Aguiar Junior distingue essas obrigações nos seguintes termos: A obrigação é de meios quando o profissional assume prestar um serviço ao qual dedicará atenção, cuidado e diligencia exigidos pelas circunstancias de acordo com o seu titulo, com os recursos de que dispõe e com o desenvolvimento atual da ciência, sem se comprometer com a obtenção de um certo resultado. A obrigação será de resultado quando o devedor se comprometer a realizar um certo fim, como, por exemplo, transportar uma carga de um lugar a outro, ou consertar e por em funcionamento uma certa maquina. Sendo a obrigação de resultado, basta ao lesado demonstrar, além da existência do contrato, a não obtenção do objetivo prometido, pois isso basta para caracterizar o descumprimento do contrato, independente de suas razoes, cabendo ao devedor provar o caso furtuito ou de força maior, quando se exonera da responsabilidade (AGUIAR JUNIOR, 1995, p. 33).

18 17 3 EVOLUÇÃO DA LEGISLAÇÃO EM RELAÇÃO À RESPONSABILIDADE CIVIL 3.1 CÓDIGO CIVIL DE 1916 No antigo Código Civil, a responsabilidade era fundada na prática de ato ilícito. Uma cláusula geral identificava a culpa lato sensu. O artigo 159 do Código definia que para surgir o dever de indenizar era necessário demonstrar a culpa. O legislador preferiu adotar a noção do ato ilícito. Sua definição pode ser articulada por meio dos artigos 159 e 160 do Código, assim descritos: Art Aquele que por ação ou omissão voluntária, negligência, ou imprudência, violar direito ou causar prejuízo a outrem fica obrigado a reparar o dano. Art Não constituem atos ilícitos: I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito reconhecido; II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, a fim de remover perigo iminente; Parágrafo único. Neste último caso, o ato será legítimo, somente quando as circunstâncias o tornarem absolutamente necessário, não excedendo os limites do indispensável para a remoção do perigo. Podemos constatar que, o texto da época rejeitou a distinção entre dolo e culpa lato sensu, e omitiu-se no sentido de definir culpa. Desta forma, ficou apenas a concepção de culpa genérica. Segundo o entendimento de Jose de Aguiar Dias (2006, p. 35), observamos que o Código Civil de 1916, houve uma tentativa de atualização quanto ao direito das reparações com o projeto do Código das Obrigações no qual predominou o conceito de culpa, porém a responsabilidade civil continuava sendo tratada tanto na parte geral quanto na parte especial do Código, sem uma grande alteração em sua estrutura. A legislação do Código Civil de 1916 era carente no campo do direito de reparação e não conseguia atender as demandas que chegavam ao judiciário, desta forma a jurisprudência em certas oportunidades se antecipou utilizando fórmulas

19 próprias para a liquidação dos danos provocados por fatos ilícitos, tentando suprir as situações que não eram contempladas pelo Código CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 Com a chegada da Constituição de 1988, o legislador reconstruiu a dogmática jurídica incluindo princípios como o da à dignidade da pessoa humana, o qual teve grande influência sobre o Direito Civil e efeitos no tocante da responsabilidade. Antes da Carta Magna, a reparação de dano moral era admitida pela jurisprudência, mas, somente se não houvesse cumulação de danos morais e materiais. Porém, a partir artigo do 5º, incisos V e X, a responsabilidade civil foi tornando-se mais abrangente, vejamos: Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (...) V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem; (...) X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; Sem duvida alguma, conforme ensina Clayton Reis (2000, p ), o texto constitucional exerceu grande influência nas decisões advindas dos tribunais, tendo em vista que estas decisões eram desprovidas de uma disposição legal própria que incluíssem a satisfação dos danos morais. Desta forma, a reparação de danos na esfera civil passou a incluir os planos do patrimônio e da esfera da personalidade da vítima, tema que foi posteriormente transformado na Súmula 37 do STJ: Súmula 37 - STJ: São cumuláveis as indenizações por dano material e dano moral oriundos do mesmo fato. (12/03/ DJ )

20 19 A Constituição de 1988 favoreceu a tese da reparabilidade dos danos morais, quando incluiu em seu texto matérias importantes como os direitos básicos da personalidade e os instruiu como um de seus princípios fundamentais a dignidade da pessoa humana, garantindo o direito à reparação dos danos sofridos, condição apoiada com o advento de novas leis como o Código Civil de CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR A Carta Magna estabeleceu ainda, no inciso XXXII do artigo 5º 4, o compromisso do Estado em promover a defesa do consumidor. Sendo assim, foi editado em o Código de Defesa do Consumidor, que sendo uma lei específica, surge com a finalidade de eliminar as desigualdades criadas nas relações de consumo, através de uma nova postura jurídica. Segundo os ensinamentos de Sergio Cavalieri Filho (2009, p. 17), a orientação legislativa do Código de Defesa do Consumidor provocou uma revolução no conceito de responsabilidade civil, por meio de uma nova área chamada de responsabilidade civil nas relações de consumo. Inovando ao se basear no fato do consumidor não ter mais a necessidade de provar que o fornecedor agiu com culpa, bastando apenas que os danos morais ou materiais sejam consequência de falha ou defeito na prestação do serviço ou do produto, independentemente de existir ou não imprudência, negligencia ou imperícia, conforme descrito em seu artigo 14, caput e seus 1º ao 3º que trata da responsabilidade objetiva: Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos. 4 Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (...) XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;

21 1 O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o consumidor dele pode esperar, levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais: I - o modo de seu fornecimento; II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam; III - a época em que foi fornecido. 2º O serviço não é considerado defeituoso pela adoção de novas técnicas. 3 O fornecedor de serviços só não será responsabilizado quando provar: I - que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste; II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro. 4 A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a verificação de culpa. 20 Porém, verifica-se uma exceção no 4º deste mesmo artigo, que trata da responsabilidade pessoal dos profissionais liberais de forma subjetiva, pois exige a verificação de culpa para que o agente seja responsabilizado. A partir da responsabilidade objetiva, o Código de Defesa do Consumidor possui duas vertentes de responsabilidade nas relações de consumo: uma decorrente de vícios do produto ou serviço, e outra é a responsabilidade pelo fato referente aos danos sofridos pelo consumidor. Fazendo uma analise com relação à responsabilidade civil nas relações de consumo, verifica-se que a relação médico-paciente é caracterizada como um contrato de prestação de serviço, porém o profissional liberal é a única exceção ao sistema de responsabilização objetiva no tocante aos acidentes de consumo, pois este profissional tem sua responsabilização decorrente do fato de ter prestado um serviço ao consumidor e a sua responsabilidade, portanto, será subjetiva. Mais uma inovação trazida pelo Código é a inversão do ônus da prova, regra prevista como geral no artigo 6º, inciso VIII, do Código de Defesa do Consumidor, que atribui ao juiz, a partir de critério próprio e se considerar necessário, a possibilidade de inverter o ônus da prova, com a finalidade de facilitar a defesa do consumidor, considerado a parte mais fraca, ou hipossuficiente, da relação: Art. 6º São direitos básicos do consumidor: (...) VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for

22 verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências; 21 Contudo, é importante destacar que se o caso em questão versar sobre a exceção disposta no artigo 14, 4º, o consumidor, embora vítima do dano, terá a necessidade de provar a existência dos elementos da responsabilidade subjetiva, ou seja, a culpa, o dano decorrente de uma prestação de serviço defeituoso derivado de atuação imprudente, negligente ou imperita do agente causador e, por fim, a existência do nexo de causalidade. Entretanto, Fernanda Schaefer (2006, p. 220) expõe que a responsabilidade do profissional liberal tem por fundamento a responsabilidade subjetiva, tendo em vista que a natureza jurídica da obrigação que é intuitu personae. Mas, ressalta-se nas relações entre consumidores e fornecedores, mesmo sendo aplicadas de forma subsidiária as regras do Direito Civil nos casos de responsabilidade subjetiva, nenhum dispositivo do Código de Defesa do Consumidor afasta os direitos garantidos ao consumidor, como é o caso da inversão do ônus da prova em benefício ao consumidor, pois este instituto sempre dependerá da avaliação do juiz ao caso concreto. 3.4 CÓDIGO CIVIL DE 2002 No ano de 2002 passa a vigorar o Novo Código Civil, o qual traz uma nova conceituação para a responsabilidade civil, conforme dispõe o artigo 186: Art Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. Ao compara-lo com o artigo 159 do Código Civil revogado, verifica-se que a expressão violar direito ou causar prejuízo foi trocada por violar direito e causar dano. Analisando esta alteração constatamos que no antigo código bastava que ocorresse somente a violação ao direito para se optar pelo dano moral, ou seja a simples ofensa à norma jurídica. O artigo no novo Código ao constar a expressão e

23 22 causar dano, ainda que exclusivamente moral e, em vez de figurar, como no art. 159, que fica o autor obrigado a repará-lo, em qualquer espécie, explicitamente mencionou-se que ele comete ato ilícito. A responsabilidade civil fundada na culpa tem como cláusula geral o texto o artigo 927, caput do Código: Art Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. No atual Código Civil a responsabilidade subjetiva se torna residual, tantas são as hipóteses de responsabilidade que independem da culpa, condição que pode ser atestada com a proliferação de diplomas de nível ordinário, tais como o Código de Defesa do Consumidor, que faz da responsabilidade civil subjetiva a exceção. Rui Stoco (2011, p. 114) destaca que o Código Civil de 2002 não trouxe grandes inovações no tocante da responsabilidade civil. Vários preceitos foram aproveitados do Código anterior, os quais receberam apenas alterações em sua redação. A novidade ocorreu em relação à sistematização da matéria, que ganhou autonomia e um título específico na parte especial, mas foi perdida a oportunidade de incluir parâmetros importantes, como é o caso sobre a forma de liquidação do dano, por exemplo.

24 23 4 RESPONSABILIDADE CIVIL DO MÉDICO 4.1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA RESPONSABILIDADE MÉDICA Historicamente, a preocupação com a saúde sempre esteve presente na vida do ser humano. Na antiguidade, não se concebia a atividade médica propriamente dita, havendo apenas pessoas dedicadas ao curandeirismo, tendo por base não o conhecimento científico, que se chega através dos estudos de determinados fenômenos, mas sim o conhecimento empírico, consistindo a arte da cura na utilização de poções geralmente extraídas de ervas, bem como em tratamentos com remédios naturais testados nos próprios doentes. Porém, não se alcançando a cura desejada, a culpa recaía sobre o "curandeiro", acompanhada da acusação de imperícia ou de incapacidade. Desta forma, podemos observar que, já havia sanções em decorrência de culpa relativa ao insucesso ao responsável pela cura do doente. Sendo assim, afirma Salvo Venosa que: As preocupações com a saúde remontam à Antiguidade. Contudo, durante muito tempo imperou o empirismo em torno da dor. Era o mago ou o sacerdote que se encarregava dos doentes. Muito demorou na História para que o médico assumisse definitivamente seu papel (VENOSA, 2006, p. 143). O Código de Hamurabi foi o primeiro documento histórico que trata do problema do erro médico. Seus artigos estabeleciam ao médico, que tivesse o máximo de atenção no exercício de sua profissão, que zelasse pela máxima atenção e perícia no exercício da profissão; caso não o fizesse, ocasionavam várias penas severas que ensejavam até a amputação da mão do médico. Tais sanções eram impostas quando ocorriam morte ou lesão ao paciente devido a sua imperícia ou má pratica. Caso o paciente fosse mal curado, poderia o médico ressarci-lo com um escravo ou animal. Posteriormente, em Roma, a responsabilidade civil recebeu princípios mais genéricos que mais tarde passariam a ser cristalizados por legislações mais modernas,

25 24 surgindo à composição voluntária ao qual o agressor a critério da vítima, deveria entregar certa soma em dinheiro ou algum objeto. Ainda nesta época, a medicina ainda era praticada por curandeiros e sacerdotes, ao qual acontecia na era primitiva da humanidade, sendo a atividade imbuída de superstições e crendices que culminavam em uma duvidosa credibilidade. Mas, com advento da mudança da República para o Império Romano, cursos profissionalizantes foram organizados, alterando para o panorama então existente, com médicos distribuídos em diversas áreas. No Egito, os médicos eram elevados a maior posição social, gozando de diversos privilégios, sendo, por muitas vezes confundidos com os próprios sacerdotes. Os médicos no Egito possuíam um livro que continha todas as regras que deveriam obedecer. Sendo assim, não sofreriam nenhuma punição caso lesionassem um paciente, desde que seguissem o livro. Da mesma foram, caso eles viessem a curar um paciente, mas suas condutas ou técnicas empregadas não condissessem com o estabelecido no livro, seria ele punido. Ou seja, não recebiam punição alguma, desde que seguissem a prática descrita no livro sagrado. Na Grécia, no século V A.C., por meio do Corpus Hippocraticum de construção filosófica aristotélica pode se observar pela primeira vez um verdadeiro estudo no campo da medicina. Deste modo, após um período de poucas mudanças, lentamente foi firmando o princípio de que a culpa médica não se presume apenas pelo fato de não ter ele obtido êxito no tratamento, mas deve ser analisada e individualizada com base na conduta seguida pelo profissional. Assim, para os platônicos e aristotélicos, a responsabilidade do médico deveria ser avaliada por um perito na matéria e por um colegiado de médicos. Finalmente, na França, onde a teoria da responsabilidade foi tratada de forma mais aprofundada, a Academia de Medicina de Paris, no século XIX, proferiu decisão no sentido de haver apenas responsabilidade moral dos profissionais médicos. Tal decisão ensejou em uma imunidade muito ampla, pois para que se caracterizasse a

26 25 responsabilidade do médico era necessário que se provasse a ocorrência de uma falta de cunho grave, sendo que, tal ônus de provar incumbia sempre ao paciente. Todavia, com a revolução operada na Jurisprudência francesa de 1832 em diante, passou-se a aceitar a tese da responsabilidade plena quando verificada a culpa do médico, partindo do princípio de que não se pode privilegiar uma classe profissional em detrimento de outras na consideração da responsabilidade pelos atos cometidos no seu exercício. Assim, como é necessária a averiguação da culpa para certas profissões, bem como para qualquer pessoa, também o deverá ser à atividade médica. Atualmente, essa é a tese em vigor em França. 4.2 RESPONSABILIDADE MÉDICA Maria Helena Diniz, explica que, embora nosso Código Civil tenha regulado a responsabilidade médica no capitulo atinente aos atos ilícitos, essa responsabilidade é contratual: Realmente nítido é o caráter contratual do exercício da medicina, pois apenas excepcionalmente terá natureza delitual, quando o medico cometer um ilícito penal ou violar normas regulares da profissão. Assim, se o medico operador for experiente e tiver usado os meios técnicos indicados, não se explicando a origem da eventual sequela, não haverá obrigação por risco profissional, pois os serviços médicos são, em regra, de meio e não de resultado (DINIZ, 2008, p. 299). Porém, há casos em que o medico responderá extracontratualmente, como quando: fornecer atestado falso; consentir, podendo impedir, que pessoa não habilitada exerça a medicina; permitir a circulação de obra por ele escrita com erros de revisão relativos à dosagem de medicamentos, o que pode ocasionar acidentes ou mortes; não ordenar a imediata remoção do ferido para um hospital, sabendo que não será possível sua melhora nas condições em que o paciente está sendo tratado; operar sem estar habilitado para tal; e lançar mão de tratamento cientificamente condenado causando deformação no paciente.

27 26 Antônio Ferreira Couto Filho ensina que o profissional da área de saúde responde por seus atos mediante a comprovação de sua culpa no suposto evento danoso alegado, portanto, a responsabilidade do médico é subjetiva. Porém, cada vez mais vem crescendo o entendimento que o médico pode também ser responsabilizado objetivamente, pois, a teoria do risco, diferentemente da teoria da culpa, cria a responsabilização independente de culpa, bastando que existam o dano e o nexo de causalidade para que o agente seja compelido a indenizar. Essa teoria anuncia que todo aquele que exerce uma atividade que possui um risco, deve assumir esses riscos e reparar o dano que dela decorrente. Encontramse aí, todos os estabelecimentos de saúde, na condição de pessoas jurídicas prestadoras de serviço. A responsabilidade objetiva, igualmente a subjetiva, pressupõe uma conduta ilícita, a existência de um dano e a relação de causalidade entre o evento danoso e a conduta do agente, porém, a culpa é totalmente desnecessária. Ela, na realidade, pode até existir, mas será irrelevante para a análise da obrigação de indenizar. Existe muita controvérsia entre essas duas teorias, porém, ambas caminham juntas em nosso ordenamento jurídico. A regra geral é a responsabilidade com culpa, mas a responsabilidade objetiva é admitida em casos expressamente previstos em lei. 4.3 DIREITOS E DEVERES NA RELAÇÃO MÉDICO PACIENTE O contrato médico contem os seguintes deveres: 1) Dever de conselho: o medico deve instruir o cliente, ou a pessoa que cuida dele, a respeito das precauções essenciais requeridas pelo seu estado. Responde pela infração do dever, aquele que deixa de aconselhar a hospitalização do enfermo, quando evidente que não se poderia tratar devidamente nem ter uma assistência adequada em seu domicilio. Ainda, comete infração aquele que não adverte sobre os riscos das intervenções e tratamentos preconizados. Quanto mais perigosa a intervenção, mais necessária é a advertência do profissional, que responderá na medida em que calar ou atenuar os riscos do procedimento operatório ou do tratamento.

28 27 2) Dever de cuidado: o profissional deve cuidar do enfermo com zelo, diligencia, utilizando todos os recursos da medicina. Desta forma, será responsabilizado se não der assistência ao seu cliente ou se negligenciar visitas, abandonando-o. Essa obrigação de atender a chamados ou de visitar o enfermo pressupõe necessidade ditada pela doença ou acordo entra as partes a respeito. Ainda com relação ao dever de cuidado, Maria Helena Diniz ensina que: O medico tem ainda o dever de vigilância não só em relação aos pacientes alienados, mas também, aos que, pelo seu estado mórbido, não estejam em condição de se conduzir livremente, podendo até causar dano a si mesmo ou, ainda, em relação aos que se tornaram inconscientes pelo efeito da anestesia (DINIZ, 2008, p. 301). 3) Dever de abster-se de abuso ou desvio de poder: o médico não tem o direito de tentar experiências medicas sobre o corpo humano, a não ser que seja imprescindível para combater o mal que acarreta perigo a vida do paciente. Porem a regra não pode ser entendida com rigor absoluto; não se pode obstruir a liberdade do profissional que ouse tentar novos métodos científicos, pois o médico deve salvar, mesmo que precise arriscar métodos novos. 4.4 INADIMPLEMENTO DA OBRIGAÇÃO Conforme ensina Fernanda Schaefer (2006, p. 207), o Código de Defesa do Consumidor nos artigos 18 a 20 dispõe sobre a garantia do adimplemento da obrigação contratada entre as partes, disciplinando a responsabilidade por vício do produto ou serviço para os casos de inadimplemento da obrigação. Como já mencionado em item anterior, para o médico cirurgião plástico, a grande maioria da doutrina considera a responsabilidade médica como uma obrigação de resultado. Porém, é evidente que a melhora estética buscada tem uma análise de eficiência de resultado, que é muito subjetiva. O médico pode ter agido de acordo com

29 28 o procedimento indicado para o paciente, atuado com perícia, prudência e diligência, e ter alcançado um resultado satisfatório para o caso, o que não significa que tenha atingido o fim desejado pelo paciente, pois a avaliação do resultado final é muito particular para cada caso concreto. Em cirurgias estéticas é relativamente comum que o resultado desejado não seja conseguido já na primeira intervenção cirúrgica, necessitando muitas vezes de uma segunda ou até terceira intervenção, conhecida como retoque da cirurgia, que é uma ação do médico para adimplir a obrigação contratada. Não basta apenas a insatisfação do paciente com o resultado final da cirurgia para que se configure a obrigação de indenizar do médico, é necessário que existam condições específicas que comprovem que o médico realmente não adimpliu a sua obrigação com o paciente. Miguel Kfouri Neto (2002, p. 32) instrui que, na responsabilidade contratual a culpa é presumida quando se verifica o inadimplemento da obrigação do devedor, e para os casos de responsabilidade extracontratual, a culpa precisa ser demonstrada por aquele que a alega. Quando há uma obrigação contratual na relação médico-paciente e o resultado contratado não foi alcançado, entende-se que houve inadimplemento da obrigação assumida. Se esta obrigação contratual era uma obrigação de resultado à culpa será presumida, a qual só pode ser excluída se o médico provar que existiram condições excludentes de culpa, como o caso fortuito ou de força maior, a culpa exclusiva da vítima e ainda fato de terceiro, não imputável ao médico. Mas se a obrigação era de meio, o paciente deverá provar que o médico teve culpa no inadimplemento, que agiu com negligência, imprudência ou imperícia, e neste caso, o ônus da prova será do paciente e não do médico. As situações de inadimplemento da obrigação contratual médica podem ser configuradas principalmente nos eventos danosos decorrentes de três situações específicas: culpa médica; erro médico; e erro de diagnóstico. Nos caos de culpa médica, ela pode ser definida como a inexecução de um dever que o agente podia conhecer, observar e evitar. É um erro de conduta que não

30 29 seria cometido por uma pessoa avisada, em iguais circunstâncias, de acordo com Caio Mario Pereira (1999, p. 67). A partir da definição de culpa, é possível definir a culpa médica, utilizando citação de Miguel Kfouri Neto: A culpabilidade somente pode ser presumida na hipótese de ocorrência de erro grosseiro, de negligência ou de imperícia, devidamente demonstrados. Se os profissionais se utilizam de sua vasta experiência e dos meios técnicos indicados, com os habituais cuidados pré e pós-operatórios, somente uma prova irretorquível poderá levar à indenização pleiteada. Não tendo sido demonstrado o nexo causal entre a cirurgia danoso, correta esteve à sentença dando pelo improvimento da ação (KFOURI NETO, 2002, p. 80). Seguindo ainda o pensamento do mesmo autor, a culpa médica pode ser separada em duas vertentes, a primeira seria a culpa ordinária que decorre do fato de um médico executar um procedimento clínico ou cirúrgico ser ter condições físicas para tal ato, como por exemplo, um cirurgião plástico que efetua uma cirurgia em estado de embriaguez. A segunda modalidade é a culpa profissional que se caracteriza quando um médico comete um erro de diagnóstico. Qualquer uma destas modalidades de culpa, se provadas, geram a responsabilidade do médico, mas para ser indenizado é necessário que, o paciente prove o nexo de causalidade que gerou o dano sofrido, configurando assim o inadimplemento da obrigação. Com relação ao erro médico, é aquele que deriva de ação ou omissão culposa ou dolosa do médico. É possível definir como erro médico, em linguagem simples, a falha profissional imputada a aquele que exerce a medicina. Ocorre o erro culposo naqueles caos em que o médico não deseja e nem prevê o resultado, ele produz o dano decorrente de situações em que agiu com imprudência, imperícia ou negligência. Já, o erro doloso acontece quando o médico age de forma consciente e aceita o risco de produzir certo resultado. Contudo, assevera Miguel Kfouri Neto (2002, p. 88) que, para analisar o inadimplemento da obrigação decorrente de erro médico é importante avaliar documentos e provas, primeiramente deve-se verificar quanto ao médico à

31 30 regularidade do seu diploma, se este foi emitido por faculdade reconhecida, e ainda se sua inscrição no CRM é válida e correta. Seguidamente, segundo o mesmo autor, devem ser analisados os dados do paciente, verificar seu prontuário e toda a evolução do tratamento, analisando se o quadro clínico evoluiu corretamente comparado a partir de livros e trabalhos científicos com a descrição das técnicas questionadas, a fim de se comparar o desempenho dos acusados, no desenvolvimento do ato questionado antes, durante e depois da intervenção. Ainda, para constatar o erro médico também deverá será verificado se a técnica utilizada pelo médico foi semelhante à preconizada nos compêndios, não houve transgressão de normas técnicas; se for diferente, e o mau resultado decorreu desta técnica, houve transgressão. Por fim, quanto ao erro de diagnóstico, este consiste em incorretamente identificar a moléstia que acomete o paciente, fato que gera consequências muito graves, pois o diagnóstico é a emissão de um juízo acerca da condição de saúde do paciente, do qual depende a escolha do tratamento apropriado, e uma vez escolhido o tratamento inadequado a enfermidade do paciente, gerará efeito danoso. Quanto ao erro de diagnóstico é importante destacar que a princípio ele é escusável, por exemplo, em casos que dependa de exames interpretativos, a menos que o erro cometido seja grosseiro, se trate de um erro que qualquer médico prudente não cometeria. O paciente que vier a sofrer danos ocasionados por culpa médica, por erro médico ou erro de diagnóstico, tem o direito no prazo de até três anos procurar um advogado ou a defensoria pública e ingressar com um processo na área cível requerendo indenização do médico responsável.

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