PANORAMA SOBRE AS POLÍTICAS DE INCENTIVOS FISCAIS PARA O SETOR DE
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- João Clementino Marroquim
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1 Núcleo de Gestão do Porto Digital DICE Diretoria de Inovação e Competitividade Empresarial PANORAMA SOBRE AS POLÍTICAS DE INCENTIVOS FISCAIS PARA O SETOR DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NO BRASIL E POSICIONAMENTO DO PORTO DIGITAL NESSE CENÁRIO RELATÓRIO 1 NOVEMBRO DE
2 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO 3 1. PANORAMA DAS POLÍTICAS DE INCENTIVO PRATICADAS NO PORTO DIGITAL INCENTIVOS NACIONAIS LEI DE INFORMÁTICA LEI DE INOVAÇÃO IMPOSTO DE RENDA DE PESSOA JURÍDICA (IRPJ) INCENTIVOS ESTADUAIS IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS (ICMS) INCENTIVOS MUNICIPAIS IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA (ISS) IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE PREDIAL E TERRITORIAL URBANA (IPTU) _ 11 2 PANORAMA DAS POLÍTICAS DE INCENTIVO PRATICADAS EM OUTRAS LOCALIDADES CURITIBA (PARQUE DE SOFTWARE) CURITIBA TECNOLÓGICO OU ISS TECNOLÓGICO INCENTIVOS AO PARQUE DE SOFTWARE PORTO ALEGRE (PARQUE TECNOLÓGICO DE SÃO LEOPOLDO E TECNOPUC) _ FLORIANÓPOLIS (SAPIENS PARQUE) SALVADOR (TECNOVIA) 13 3 OPORTUNIDADES DE MELHORIA DAS POLÍTICAS PRATICADAS NO PORTO DIGITAL _ ISENÇÃO DE TAXAS MUNICIPAIS ITBI, TAXAS PELO EXERCÍCIO DO PODER DE POLÍCIA, CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA IPTU TECNOLÓGICO 15 ANEXO I LEI DA INFORMÁTICA 17 ANEXO II DECRETO DE REGULAMENTAÇÃO, LEI DA INFORMÁTICA 21 ANEXO III LEI DE INOVAÇÃO 37 ANEXO IV DECRETO DE REGULAMENTAÇÃO LEI DA INOVAÇÃO 43 ANEXO V - ARTIGO INCENTIVO À INOVAÇÃO TECNOLÓGICA NAS CONTRATAÇÕES GOVERNAMENTAIS: UM PANORAMA REALISTA QUANTO À SEGURANÇA JURÍDICA 51 ANEXO VI MEDIDA PROVISÓRIA - IRPJ 52 ANEXO VII DECRETO REGULAMENTADOR - IRPJ 58 ANEXO VIII LEI ESTADUAL - REGULAMENTAÇÃO DO ICMS 60 ANEXO IX LEI MUNICIPAL REGULAMENTAÇÃO ISS 61 ANEXO X LEI DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO NO BAIRRO DO RECIFE 64 ANEXO XI LEI DE REGULAMENTAÇÃO DO ISS TECNOLÓGICO - CURITIBA 66 ANEXO XII DECRETO DE REGULAMENTAÇÃO DO ISS TECNOLÓGICO - CURITIBA 69 ANEXO XIII LEI DE INCENTIVO AO PARQUE DE SOFTWARE - CURITIBA 74 ANEXO XIV DECRETO DE ISENÇÃO DO IPTU - SALVADOR 75 ANEXO XV LEI DE REGULAMENTAÇÃO DOS INCENTIVOS PRATICADOS EM CAMPINAS _ 80 2
3 APRESENTAÇÃO A ampliação do número de empresas e a chegada de grandes players internacionais na última década aumentaram consideravelmente a concorrência no setor de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) no Brasil. Este cenário impõe desafios às empresas brasileiras que almejam a permanência no setor. Com modelos de gestão frágeis e poucos canais de relacionamento com mercados nacionais e internacionais, as micro, pequenas e médias empresas do Porto Digital (doravante denominadas simplesmente embarcadas) têm tido dificuldades para conquistar grandes contratos. Ademais, como toda empresa brasileira, as embarcadas sofrem com a alta carga tributária e a dificuldade de obtenção de financiamentos; questões estas que oneram suas operações delineando estratégias de preço pouco competitivas em relação ao mercado externo. Nesse contexto, as políticas públicas de incentivos fiscais se apresentam como elementos-chave no fortalecimento empresarial das embarcadas e no conseqüente aumento da competitividade do Projeto Porto Digital. A partir disso, o presente relatório 1 tem por objetivo identificar as políticas de isenções e benefícios fiscais para o setor de TIC aplicadas em outras localidades e parques tecnológicos brasileiros, e propor alternativas de melhoria para as embarcadas com o intuito de aumentar a competitividade do ecossistema Porto Digital. Este relatório encontra-se, portanto, estruturado em três partes que se complementam, a saber: 1. Panorama das Políticas de Incentivo Praticadas no Porto Digital; 2. Panorama das Políticas de Incentivo Praticadas em Outras Localidades (Curitiba, Porto Alegre, Florianópolis e Salvador); 3. Oportunidades de Melhoria das Políticas Praticadas no Porto Digital. 1 O presente relatório visa atender ao disposto no Planejamento Estratégico ( ), do NGPD, notadamente ao determinado na operação estratégica 3 ( Concessão de incentivos fiscais para as empresas do bairro ), da Estratégia 1 ( Povoar o bairro do Recife / Escala ). 3
4 1. PANORAMA DAS POLÍTICAS DE INCENTIVO PRATICADAS NO PORTO DIGITAL (Este item versa sobre as políticas e incentivos municipais, estaduais e federais oferecidos às embarcadas, com o intuito de fortalecer o setor e a produção local) 1.1 INCENTIVOS NACIONAIS LEI DE INFORMÁTICA A Lei n o , de 30 de dezembro de 2004 ( Lei de Informática, conforme anexo I), regulamentada pelo Decreto nº 5.906, de 26 de setembro de 2006 (cf. anexo II) concede benefícios fiscais às empresas de desenvolvimento ou produção de bens e serviços de informática e automação. Para fazer jus aos benefícios, essas empresas deverão investir anualmente, em atividades de pesquisa e desenvolvimento (P&D) em tecnologia da informação realizadas no país, ao menos 5% do seu faturamento bruto no mercado interno, decorrente da comercialização de bens e serviços de informática. Como contra-partida a este investimento, as empresas com projetos aprovados* 2 se beneficiam com uma redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na ordem de 100% para empresas situadas no Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país e 95% para as empresas do Sul e Sudeste. Desde sua primeira versão, em 1991, cerca de 300 empresas se beneficiaram dos incentivos previstos na Lei, o que configurou investimentos nas atividades do setor na ordem de R$ 500 milhões. Em 2006, com a assinatura do Decreto 5906 houve a postergação do benefício para Com isso, a expectativa é que esse número cresça, impulsionando o desenvolvimento da inovação tecnológica no Brasil LEI DE INOVAÇÃO A Lei nº , de 2 de dezembro de 2004 ( Lei de Inovação, cf. anexo III), posteriormente regulamentada pelo Decreto de 11 de outubro de 2005 (cf. anexo IV), estabelece, segundo seu art. 1º, medidas de incentivo à inovação e à pesquisa científica e tecnológica no ambiente produtivo, com vistas à capacitação e ao alcance da autonomia tecnológica e ao desenvolvimento industrial do País. De acordo com o Dr. Carlos Ari Sundfeld, professor doutor e livre-docente pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, em seu artigo intitulado Incentivo à Inovação Tecnológica nas Contratações Governamentais: um Panorama Realista quanto à Segurança Jurídica (cf. anexo V): As empresas devem apresentar propostas de projetos ao Ministério da Ciência e Tecnologia que contenham: identificação do produto a ser fabricado; plano de Pesquisa e Desenvolvimento; demonstração de que na industrialização dos produtos a empresa atenderá aos PPB para eles estabelecidos; comprovar, quando for o caso, que os produtos atendem ao requisito de serem desenvolvidos no País. 4
5 A análise do diploma em questão permite concluir, inicialmente, que seu objetivo central instituir políticas governamentais de incentivo às atividades de P&D no Brasil deve ser alcançados, na visão do legislador, por intermédio da implementação de três eixos principais, que serão explicitados a seguir: O primeiro deles consiste na realização de um choque de gestão no setor de pesquisa pública. Pretende-se tornar esse ramo de atividade menos engessado às regras do Direito Administrativo tradicional, fazendo com que pesquisadores públicos e instituições às quais eles estejam ligados 3 sintam-se motivados a empreender cada vez mais pesquisas, sem o temor de esbarrar em amarras de cunho legal. É o que se vislumbra em dispositivos que prevêem parcerias de entidades estatais com o setor privado (art. 3º), cessão ou compartilhamento de bens estatais com empresas ou entidades que invistam em P&D (art. 4º), flexibilização do regime de trabalho de pesquisadores públicos para facilitar sua atuação em P&D, tanto em entidades do setor público quanto do setor privado (art. 9º, 1º; art. 14 e art. 15) e contratação de pesquisas com o setor privado (art. 20). Uma segunda vertente que pode ser apontada na Lei de Inovação diz respeito ao fomento estatal a empresas privadas que investem em P&D. Nesse sentido, as normas que dispõem sobre possibilidade de participação do Estado como sócio minoritário em tais empresas (art. 5º), preferência às mesmas nas contratações governamentais (art. 27, inciso IV) e oferta de financiamento (art. 19). Ademais, deve-se ressaltar a existência de outro poderoso mecanismo de incentivo estatal às empresas que investem em P&D. Trata-se da concessão de vantagens tribútárias, previstas nos arts. 17 a 26 da Lei , de 2005 (Lei do Bem) e regulamentadas por meio do Decreto 5.798, de Finalmente, o terceiro eixo sobre o qual se assenta a Lei de Inovação refere-se à melhoria do marco legal aplicável às atividades de P&D e seu financiamento. Aqui, não se está mais falando de participação exclusiva do Estado como agente indutor de tais atividades, seja na condição de sócio, seja na condição de principal financiador das empresas de P&D. Quer-se fazer menção, diferentemente, à possibilidade de instituição de fundos mútuos de investimento, de natureza privada, objetivando a atração de capitais não-estatais como fonte de financiamento do setor. É o que prevê, expressamente, o art. 23 da Lei. Pode-se afirmar também que o marco regulatório da Lei de Inovação está organizado em torno de três diretrizes-força, a saber: 3 Dentre tais instituições, ganham especial relevo na Lei as chamadas Insitituições Científicas e Tecnológicas (ICT), definidas no art. 2º, inciso V, como órgãos ou entidades da administração pública que tenham por missão institucional, dentre outras, executar atividades de pesquisa básica ou aplicada de caráter científico e tecnológico. 5
6 Constituição de ambiente propício às parcerias estratégicas entre as universidades, institutos tecnológicos e empresas A Lei contempla diversos mecanismos de apoio e estímulo à constituição de alianças estratégicas e ao desenvolvimento de projetos cooperativos entre universidades, institutos tecnológicos e empresas nacionais, entre os quais a estruturação de redes e projetos internacionais de pesquisa tecnológica; ações de empreendedorismo tecnológico; e a criação de incubadoras e parques tecnológicos. São também criadas facilidades para que as instituições de ciência e tecnologia (ICT), possam compartilhar, mediante remuneração, seus laboratórios, instalações, infra-estrutura e recursos humanos com empresas (inclusive Micro e Pequenas Empresas) e organizações privadas sem fins lucrativos, seja para atividades de incubação, seja para atividades de pesquisa. Estimulo à participação de instituições de ciência e tecnologia no processo de inovação A Lei faculta às ICTs celebrar contratos de transferência de tecnologia e de licenciamento de patentes de sua propriedade, prestar serviços de consultoria especializada em atividades desenvolvidas no âmbito do setor produtivo, assim com estimular a participação de seus funcionários em projetos onde a inovação seja o principal foco. Com o propósito de viabilizar estas situações e gerir de forma geral a política de inovação da ICT, especialmente no que tange a proteção do conhecimento, a lei determina que cada ICT constitua um Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) próprio ou em associação com outras ICTs. A lei também faculta aos servidores públicos das ICTs receber, como estímulo à inovação, bolsa diretamente de instituição de apoio ou de agência de fomento, envolvida nas atividades empreendidas em parceria com sua instituição. Incentivo à inovação na empresa Os dispositivos legais buscam estimular uma maior contribuição do setor produtivo em relação à alocação de recurso financeiros na promoção da inovação. A Lei prevê para tal fim a concessão, por parte da União, das ICTs e das agências de fomento, de recursos financeiros, humanos, materiais ou de infra-estrutura, para atender às empresas nacionais envolvidas em atividades de pesquisa e desenvolvimento. Mediante contratos ou convênios específicos. Tais recursos serão ajustados entre as partes, considerando as prioridades da política industrial e tecnológica nacional (PITCE). Os recursos financeiros em específico poderão vir sob a forma de subvenção econômica, financiamento ou participação societária, sendo que no caso da subvenção econômica, os recursos deverão se destinar apenas ao custeio, sendo exigida ainda contrapartida da empresa beneficiária. 6
7 O apoio à realização de atividades de pesquisa e desenvolvimento, que envolvam risco tecnológico para solução de problema técnico específico ou obtenção de produto ou processo inovador também está contemplado, assim como a implementação pelas agências de fomento, de programas com ações dirigidas especialmente à promoção da inovação nas micro e pequenas empresas IMPOSTO DE RENDA DE PESSOA JURÍDICA (IRPJ) De acordo com o texto do art. 1º, da Medida Provisória Nº , de 24 de agosto de 2001 (cf. anexo VI), as empresas que se enquadram em setores econômicos considerados prioritários pelo Poder Executivo, da região Nordeste e, apenas para ela, terão direito à redução de até 75% (setenta e cinco por cento) do imposto sobre a renda e adicionais, calculados com base no lucro da exploração, para empreendimentos aprovados. 4 O prazo de fruição do benefício fiscal é de 10 anos, contado a partir do ano-calendário de início de sua fruição. O Decreto nº 4.213, de 26 de abril de 2002 (cf. anexo VII) define os setores da economia prioritários para o desenvolvimento regional, nas áreas de atuação das extintas Sudam e Sudene, dentre os quais, ressalta-se informática. Os benefícios fiscais de redução do imposto de renda e adicionais não restituíveis, para demais empreendimentos, serão calculados segundo os seguintes percentuais: 37,5% (trinta e sete inteiros e cinco décimos por cento), a partir de 1º de janeiro de 1998 até 31 de dezembro de 2003; 25% (vinte e cinco por cento), a partir de 1º de janeiro de 2004 até 31 de dezembro de 2008; 12,5% (doze inteiros e cinco décimos por cento), a partir de 1º de janeiro de 2009 até 31 de dezembro de INCENTIVOS ESTADUAIS IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS (ICMS) A redução da alíquota do ICMS é um incentivo estadual que incide sobre produtos, ou seja, para o setor de software, o benefício só se aplica para os chamados softwares de prateleira. A Lei nº , de 26 de junho de 2002, em vigor desde 01 de julho de 2002 (cf.anexo VIII) determina que as saídas internas e interestaduais com programa de computador (software) não personalizado têm tratamento tributário diferenciado, sendo contempladas com alguns benefícios fiscais. 4 Segundo informações da Adene Agência de Desenvolvimento do Nordeste o beneficio é válido e, portanto, os projetos podem ser submetidos para análise. 7
8 Serão beneficiadas as empresas situadas no estado de Pernambuco e que fabriquem produtos caracterizados como programa de computador ( software ) não personalizado (entende-se como o suporte informático e a licença de uso), excluindo-se softwares instalados sem a devida comprovação de licenciamento ou cessão de uso; e pré-gravados em processadores, eproms, placas, circuitos magnéticos ou similares. 8
9 Saída Interna: Algumas operações internas com programa de computador não personalizado estão contempladas com benefícios de isenção e de crédito presumido de ICMS. A definição quanto ao benefício a ser utilizado ocorrerá, no caso de isenção, em função do destinatário; no caso de crédito presumido, do remetente. Será beneficiada com isenção a saída de programa de computador não personalizado destinado a empresas que também desenvolvam programa de computador não personalizado; prestadoras de serviço de informática. Quanto ao Crédito Presumido, é concedido nas saídas promovidas pelos seguintes contribuintes: empresas que desenvolvam programa de computador não personalizado; prestadoras de serviço de informática; estabelecimento comercial atacadista ou varejista. O crédito presumido equivale ao percentual de 16% (dezesseis por cento) do valor da operação. Considerando que a alíquota interna é de 17%, temos que o contribuinte está sujeito a uma carga tributária líquida de 1% sobre o valor da operação. Saída Interestadual: Na saída interestadual de programa de computador ( software ) não personalizado é concedido crédito presumido correspondente ao percentual de 11% sobre o valor da operação. Considerando que a alíquota interestadual é de 12%, temos que o contribuinte está sujeito a uma carga tributária líquida de 1%. O benefício se aplica às saídas promovidas por: empresa que desenvolva o referido programa; prestadora de serviço de informática; estabelecimento comercial atacadista ou varejista. Destaque-se que a adoção do crédito presumido, em ambos os casos, veda a utilização de quaisquer outros créditos fiscais. 9
10 Figura 1 Resumo das Operações - Concessão de Crédito Presumido ICMS Fonte: Governo do Estado de Pernambuco Secretaria de Finanças, (atualizado em 11/09/2006) 1.3 INCENTIVOS MUNICIPAIS IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA (ISS) A Lei Municipal nº /2006 (cf. anexo IX) institui o programa de incentivo ao Porto Digital mediante a concessão de benefícios fiscais condicionados. Através desse programa, as empresas 10
11 situadas na Zona Especial do Patrimônio Histórico Cultural 09 Sitio Histórico do Bairro do Recife podem obter uma redução de até 60% do ISS, que passaria de 5% (alíquota regular) para até 2% (mínimo constitucional). Para participar do programa as empresas deverão habilitar-se junto ao Comitê Municipal de Apoio ao Porto Digital e obedecer aos seguintes critérios: Exercer atividades de prestação de serviços de informática e congêneres ou atividades ligadas às funções de relacionamento remoto com clientes mediante centrais nas quais há o processamento de chamadas ( call center ); Estar em situação cadastral regular; Estar adimplente com os tributos municipais; Estar alocada na região geográfica supracitada; E prestar informações relativas ao faturamento e recolhimento de tributos. Após o final de cada ano civil, a Secretaria de Finanças determinará a alíquota do ISS por meio da comparação entre somatório dos faturamentos dos participantes do programa desta Lei ocorridos no ano encerrado e o do paradigma geral (somatório dos faturamentos dos estabelecimentos participantes no ano de 2005 ano base), corrigido monetariamente pelo índice previsto na legislação tributária do Município do Recife e acrescido das metas de crescimento estabelecidas pelo Comitê Municipal de Apoio ao Porto Digital. Este benéfico é de grande relevância para as empresas do Porto Digital por se tratar de um dos tributos que mais oneram as operações das empresas de Software, de naturezas essencialmente prestadora de serviços IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE PREDIAL E TERRITORIAL URBANA (IPTU) O Bairro do Recife teve sua ocupação e uso de solo regulamentados pela Lei Municipal nº /97 (cf. anexo X). Através desta, as empresas instaladas na área geográfica do Bairro do Recife, parque arquitetônico histórico da cidade, e que realizem intervenções destinadas à recuperação ou renovação dos imóveis ocupados podem receber incentivos de redução total ou parcial do IPTU. As empresas de TIC do Porto Digital se beneficiam com a isenção total do IPTU, obedecendo-se aos seguintes critérios: intervenções de recuperação total benefício concedido pelo prazo de 10 (dez) anos; intervenções de recuperação parcial benefício concedido pelo prazo de 05 (cinco) anos; intervenções de renovação - benefício concedido pelo prazo de 05 (cinco) anos. 11
12 O benefício se estende, ainda, aos proprietários que realizem intervenções de conservação nos imóveis, através de manutenção e reparo, entretanto com isenção parcial de 25%. A tarifa regular do IPTU na cidade corresponde a 2% sobre o valor venal do imóvel. 2 PANORAMA DAS POLÍTICAS DE INCENTIVO PRATICADAS EM OUTRAS LOCALIDADES Este item versa sobre as políticas e os incentivos às empresas de TIC praticados em outras localidades do país. 2.1 CURITIBA (PARQUE DE SOFTWARE) CURITIBA TECNOLÓGICO OU ISS TECNOLÓGICO 5 Regulamentado pela Lei Complementar nº 39/2001 (cf. anexo XI) e pelo Decreto nº 055/2006 (cf. anexo XII), o incentivo permite a redução da alíquota do ISS. O benefício destina-se a qualquer empresa prestadoras de serviços instaladas no Município de Curitiba, que tenha recolhido regularmente o ISS nos últimos dois anos e também registrado crescimento real anual. Estabelece, ainda, uma redução na ordem de 20% (para empresas com recolhimento de Imposto Sobre Serviços - ISS igual ou superior a R$ ,00) e de 50% (para empresas com recolhimento inferior a R$ ,00) na alíquota do ISS INCENTIVOS AO PARQUE DE SOFTWARE A Lei complementar Nº 22-98, alterada pelo Art. 1º da Lei Complementar nº 45 de 19 de dezembro de 2002 (cf. anexo XIII), propicia a isenção dos seguintes impostos em caso de aquisição de terreno localizado no Setor Especial do Parque de Software destinado à implantação da empresa ou ampliação de sua área física: IPTU - pelo prazo de 10 anos (a alíquota regular corresponde a 1,8% do valor venal do imóvel); Imposto sobre Transmissões de Bens Imóveis por ato inter-vivos (ITBI), quando da aquisição de terreno localizado no Setor Especial do Parque de Software destinado à implantação da empresa ou ampliação de sua área física; Taxas pelo exercício do poder de polícia pelo prazo de 10 anos; Contribuição de melhoria pelo prazo de 10 anos; Alíquota de 2,0% do ISS 2.2 PORTO ALEGRE (PARQUE TECNOLÓGICO DE SÃO LEOPOLDO E TECNOPUC) A alíquota regular do ISS para os serviços de informática no município corresponde a 2%, não sendo requeridas negociações para reduzi-la. 5 As empresas que optam pela alíquota de 2% do ISS não podem submeter projetos para usufruírem do ISS Tecnológico. A cumulatividade dos dois benefícios tornaria a alíquota praticada inconstitucional. 12
13 A cidade possui um programa de isenções de IPTU para áreas de interesse ambiental, Áreas de Preservação Permanente (APPs) e Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs). Não foram encontradas referências quanto à insenções de IPTU especificamente para a área de tecnologia. Quanto a alíquota regular do imposto, corresponde a 1,1% sobre o valor venal do imóvel 2.3 FLORIANÓPOLIS (SAPIENS PARQUE) A alíquota regular do ISS para os serviços de informática no município corresponde a 2%, não sendo requeridas negociações para reduzi-la. Não foram encontradas referências quanto a insenções de IPTU especificamente para a área de tecnologia. Quanto a alíquota regular do imposto, corresponde a 1,1% sobre o valor venal do imóvel. 2.4 SALVADOR (TECNOVIA) A alíquota regular do ISS corresponde a 5%, podendo ser reduzida através de incentivos para até 2%, exclusivamente para empresas instaladas em parques tecnológicos. Há isenção de IPTU para empresas de alta tecnologia situadas em qualquer região administrativa, isenção esta regulamentada pelo Decreto /2006 (cf. anexo XIV). Tabela 1 Análise comparativa da concessão de benefícios municipais praticadas nos municípios analisados nesse relatório MUNÍCIPIO (PARQUES TECNOLÓGICOS) RECIFE (PORTO DIGITAL) CURITIBA (PARQUE DE SOFTWARE) PORTO ALEGRE (SÃO LEOPOLDO E TECNOPUC) FLORIANÓPOLIS (SAPIENS PARK) SALVADOR (TECNOVIA) ISS Passível de Redução para até 2% 2% 2% IPTU Passível de ter sua alíquota reduzida. Os valores de dedução dependem do tipo de intervenção para recuperação do imóvel. Isenção total por um prazo de 10 anos Isenção para áreas de interesse ambiental. TAXAS MUNICIPAIS OUTROS BENEFÍCIOS - - Isenções totais das seguintes taxas: ITBI; Taxa pelo Exercício do Poder de Polícia; contribuições de melhoria. ISS Tecnológico - - 2% Passível de Redução para até 2% Isenção para empresas de alta tecnologia
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15 3 OPORTUNIDADES DE MELHORIA DAS POLÍTICAS PRATICADAS NO PORTO DIGITAL Este item propõe sugestões de melhoria para as políticas de incentivos fiscais praticadas hoje no Porto Digital 3.1 ISENÇÃO DE TAXAS MUNICIPAIS ITBI, TAXAS PELO EXERCÍCIO DO PODER DE POLÍCIA, CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA. Taxas e contribuições municipais costumam onerar as operações das MPEs de base tecnológica. Algumas localidades do país, como Curitiba, isentam empresas de TIC desse tipo de tributo quando de sua alocação em seus parques tecnológicos. As principais contribuições dessa natureza que recaem sobre as embarcadas são: ITBI (cuja alíquota, hoje, em Pernambuco, corresponde a 2% sobre o valor venal do imóvel nas transações onde ocorre transferência de propriedade); Taxas pelo exercício do poder de polícia; e Contribuições de melhoria. 3.2 IPTU TECNOLÓGICO A proposta é que seja criado um incentivo municipal que isente ou reduza as alíquotas do IPTU para as empresas que desenvolvam atividades de TIC no Porto Digital, segundo os moldes do que é praticado em Campinas, de acordo com o case abaixo mencionado. Hoje, no Porto Digital, a isenção do IPTU é um benefício para empreendimentos instalados na Zona Especial do Patrimônio Histórico-Cultural Bairro do Recife, que processam restauração ou renovação dos imóveis ocupados e cujos trâmites costumam ser lentos e burocráticos, sendo necessárias, inclusive, vistorias recorrentes, promovidas por diversos órgãos da prefeitura do Recife e pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Case Campinas Foi aprovada, recentemente, a Lei municipal N (cf. Anexo XV) que estimula a inovação tecnológica na cidade de Campinas São Paulo. A lei prevê o abatimento de meio a três pontos percentuais na alíquota do ISS e desconto de 30% a 50% no valor final do IPTU para empresas de base tecnológica (EBTs). O prazo de vigência dos incentivos é de seis anos, com possibilidade de prorrogação por igual período, desde o início de sua fruição. As empresas que visam à obtenção do mesmo devem concentrar atividades em produtos e serviços tecnologicamente inovadores. Na referida Lei, são estabelecidos critérios que, preenchidos, valem pontos para EBTs. Os critérios determinam um número de pontos e a soma destes, o valor do abatimento. Quanto mais atributos pontuáveis possuir a empresa, maior a porcentagem do desconto no alíquota do ISS e 15
16 no valor final do IPTU. Os critérios de pontuação são determinados no anexo da lei e são descritos a seguir: Possuir, no mínimo, 40% dos funcionários e sócios com nível superior ou 12% com nível de pós-graduação; Ter recebido financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) ou de outros órgãos de fomento federais, estaduais ou internacionais até 36 meses antes da data do pedido do incentivo; Ter recebido aporte de fundo de capital de risco regulado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) ou reconhecido pela Finep; Possuir patentes pedidas ou concedidas, Certificado de Proteção de Cultivar, registro de software ou de direito autoral, também no prazo de até 36 meses anteriores ao pedido de enquadramento junto à prefeitura; Ser egressa ou residente de incubadoras. A lei procura beneficiar as micro e pequenas empresas concedendo pontuação especial a atributos inerentes as estas. De acordo com a lei, 50% do valor total do incentivo concedido será aproveitado imediatamente pela empresa. O restante será concedido sobre a forma de crédito tributário, para aproveitamento após 24 meses a partir do início da concessão do benefício. 16
17 ANEXO I LEI DA INFORMÁTICA Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos LEI N o , DE 30 DE DEZEMBRO DE O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1 o Os arts. 3 o, 4 o, 9 o, 11 e 16-A da Lei n o 8.248, de 23 de outubro de 1991, passam a vigorar com as seguintes alterações: "Art. 3 o... 3 o A aquisição de bens e serviços de informática e automação, considerados como bens e serviços comuns nos termos do parágrafo único do art. 1 o da Lei n o , de 17 de julho de 2002, poderá ser realizada na modalidade pregão, restrita às empresas que cumpram o Processo Produtivo Básico nos termos desta Lei e da Lei n o 8.387, de 30 de dezembro de 1991." (NR) "Art. 4 o... 1 o -A... IV - redução de 80% (oitenta por cento) do imposto devido, de 1 o de janeiro de 2004 até 31 de dezembro de 2014; V - redução de 75% (setenta e cinco por cento) do imposto devido, de 1 o de janeiro até 31 de dezembro de 2015; VI - redução de 70% (setenta por cento) do imposto devido, de 1 o de janeiro de 2016 até 31 de dezembro de 2019, quando será extinto. 5 o O disposto no 1 o -A deste artigo não se aplica a microcomputadores portáteis e às unidades de processamento digitais de pequena capacidade baseadas em microprocessadores, de valor até R$ ,00 (onze mil reais), bem como às unidades de discos magnéticos e ópticos, aos circuitos impressos com componentes elétricos e eletrônicos montados, aos gabinetes e às fontes de alimentação, reconhecíveis como exclusiva ou principalmente destinados a tais equipamentos, que observarão os seguintes percentuais: I - redução de 95% (noventa e cinco por cento) do imposto devido, de 1 o de janeiro de 2004 até 31 de dezembro de 2014; II - redução de 90% (noventa por cento) do imposto devido, de 1 o de janeiro até 31 de dezembro de 2015; III - redução de 70% (setenta por cento) do imposto devido, de 1 o de janeiro de 2016 até 31 de dezembro de 2019, quando será extinto. 6 o O Poder Executivo poderá atualizar o valor fixado no 5 o deste artigo. 7 o Os benefícios de que trata o 5 o deste artigo aplicam-se, também, aos bens desenvolvidos no País, que sejam incluídos na categoria de bens de informática e automação por esta Lei, conforme regulamento." (NR) "Art. 9 o Parágrafo único. Na eventualidade de os investimentos em atividades de pesquisa e desenvolvimento previstos no art. 11 desta Lei não atingirem, em um determinado ano, os mínimos fixados, os residuais, atualizados e acrescidos de 12% (doze por cento), deverão ser aplicados no Programa de Apoio ao Desenvolvimento do Setor de Tecnologia da Informação, de que trata o 18 do art. 11 desta Lei." (NR) "Art. 11. Para fazer jus aos benefícios previstos no art. 4 o desta Lei, as empresas de desenvolvimento ou produção de bens e serviços de informática e automação deverão investir, anualmente, em atividades de pesquisa e desenvolvimento em tecnologia da informação a serem realizadas no País, no mínimo 5% (cinco por cento) do seu faturamento bruto no mercado interno, decorrente da comercialização de bens e serviços de informática, incentivados na forma desta Lei, deduzidos os tributos correspondentes a tais comercializações, bem como o valor das aquisições de produtos incentivados na forma desta Lei ou do art. 2 o da Lei n o 8.387, de 30 de dezembro de 1991, conforme projeto elaborado pelas próprias empresas, a partir da apresentação da proposta de projeto de que trata o 1 o C do art. 4 o desta Lei. 17
18 6 o IV - em 20% (vinte por cento), de 1 o de janeiro de 2004 até 31 de dezembro de 2014; V - em 25% (vinte e cinco por cento), de 1 o de janeiro até 31 de dezembro de 2015; VI - em 30% (trinta por cento), de 1 o de janeiro de 2016 até 31 de dezembro de o Tratando-se de investimentos relacionados à comercialização de bens de informática e automação produzidos na região Centro-Oeste e nas regiões de influência da Agência de Desenvolvimento da Amazônia ADA e da Agência de Desenvolvimento do Nordeste ADENE, a redução prevista no 6 o deste artigo obedecerá aos seguintes percentuais: III - em 13% (treze por cento), de 1 o de janeiro de 2004 até 31 de dezembro de 2014; IV - em 18% (dezoito por cento), de 1 o de janeiro até 31 de dezembro de 2015; V - em 23% (vinte e três por cento), de 1 o de janeiro de 2016 até 31 de dezembro de O disposto no 1 o deste artigo não se aplica às empresas cujo faturamento bruto anual seja inferior a R$ ,00 (quinze milhões de reais). 13. Para as empresas beneficiárias, na forma do 5 o do art. 4 o desta Lei, fabricantes de microcomputadores portáteis e de unidades de processamento digitais de pequena capacidade baseadas em microprocessadores, de valor até R$ ,00 (onze mil reais), bem como de unidades de discos magnéticos e ópticos, circuitos impressos com componentes elétricos e eletrônicos montados, gabinetes e fontes de alimentação, reconhecíveis como exclusiva ou principalmente destinados a tais equipamentos, e exclusivamente sobre o faturamento bruto decorrente da comercialização desses produtos no mercado interno, os percentuais para investimentos estabelecidos neste artigo serão reduzidos em 50% (cinqüenta por cento) até 31 de dezembro de O Poder Executivo poderá alterar os valores referidos nos 11 e 13 deste artigo. 16. Os Ministérios do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, da Fazenda e da Ciência e Tecnologia divulgarão, a cada 2 (dois) anos, relatórios com os resultados econômicos e técnicos advindos da aplicação desta Lei no período. 17. Nos tributos correspondentes às comercializações de que trata o caput deste artigo, incluem-se as Contribuições para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS e para os Programas de Integração Social - PIS e de Formação do Patrimônio do Servidor Público - Pasep. 18. Observadas as aplicações previstas nos 1 o e 3 o deste artigo, até 2/3 (dois terços) do complemento de 2,7% (dois inteiros e sete décimos por cento) do faturamento mencionado no caput deste artigo poderão também ser aplicados sob a forma de recursos financeiros em Programa de Apoio ao Desenvolvimento do Setor de Tecnologia da Informação, a ser regulamentado pelo Poder Executivo." (NR) "Art. 16- II - unidades de saída por vídeo (monitores), da subposição NCM , próprias para operar com máquinas, equipamentos ou dispositivos a que se refere o inciso II do caput deste artigo. 3 o O Poder Executivo adotará medidas para assegurar as condições previstas neste artigo, inclusive, se necessário, fixando cotas regionais para garantir o equilíbrio competitivo entre as diversas regiões do País, consubstanciadas na avaliação do impacto na produção de unidades de saída por vídeo (monitores), incentivados na forma desta Lei, da Lei n o 8.387, de 30 de dezembro de 1991, e do Decreto-Lei n o 288, de 28 de fevereiro de 1967, da subposição NCM , tendo em vista a evolução da tecnologia de produto e a convergência no uso desses produtos, bem como os incentivos fiscais e financeiros de qualquer outra natureza, para este fim. 4 o Os aparelhos telefônicos por fio, conjugados com aparelho telefônico sem fio, que incorporem controle por técnicas digitais, serão considerados bens de informática e automação para os efeitos previstos nesta Lei, sem a obrigação de realizar os investimentos previstos no 1 o do art. 11 desta Lei. 5 o Os aparelhos de que trata o 4 o deste artigo, quando industrializados na Zona Franca de Manaus, permanecerão incluídos nos efeitos previstos no art. 7 o e no art. 9 o do Decreto-Lei n o 288, de 28 de fevereiro de 1967, sem a obrigação de realizar os investimentos previstos no 3 o o art. 2 o a Lei n o 8.387, de 30 de dezembro de 1991." (NR) Art. 2 o O art. 2 o da Lei n o 8.387, de 30 de dezembro de 1991, passa a vigorar com as seguintes alterações:"art. 2 o 2 o -A Os bens de que trata este artigo serão os mesmos da relação prevista no 1 o do art. 4 o da Lei n o 8.248, de 23 de outubro de 1991, respeitado o disposto no art. 16-A dessa mesma Lei. 18
19 3 o Para fazer jus aos benefícios previstos neste artigo, as empresas que tenham como finalidade a produção de bens e serviços de informática deverão aplicar, anualmente, no mínimo 5% (cinco por cento) do seu faturamento bruto no mercado interno, decorrente da comercialização de bens e serviços de informática incentivados na forma desta Lei, deduzidos os tributos correspondentes a tais comercializações, bem como o valor das aquisições de produtos incentivados na forma do 2 o deste artigo ou da Lei n o 8.248, de 23 de outubro de 1991, em atividades de pesquisa e desenvolvimento a serem realizadas na Amazônia, conforme projeto elaborado pelas próprias empresas, com base em proposta de projeto a ser apresentada à Superintendência da Zona Franca de Manaus SUFRAMA e ao Ministério da Ciência e Tecnologia. 10. Na eventualidade de os investimentos em atividades de pesquisa e desenvolvimento previstos neste artigo não atingirem, em um determinado ano, os mínimos fixados, os residuais, atualizados e acrescidos de 12% (doze por cento), deverão ser aplicados no Programa de Apoio ao Desenvolvimento do Setor de Tecnologia da Informação na Amazônia, de que trata o 18 deste artigo. 11. O disposto no 4 o deste artigo não se aplica às empresas cujo faturamento bruto anual seja inferior a R$ ,00 (quinze milhões de reais). 13. Para as empresas beneficiárias, fabricantes de microcomputadores portáteis e de unidades de processamento digitais de pequena capacidade baseadas em microprocessadores, de valor até R$ ,00 (onze mil reais), bem como de unidades de discos magnéticos e ópticos, circuitos impressos com componentes elétricos e eletrônicos montados, gabinetes e fontes de alimentação, reconhecíveis como exclusiva ou principalmente destinados a tais equipamentos, e exclusivamente sobre o faturamento bruto decorrente da comercialização desses produtos no mercado interno, os percentuais para investimentos estabelecidos neste artigo serão reduzidos em 50% (cinqüenta por cento) até 31 de dezembro de O Poder Executivo poderá alterar os valores referidos nos 11 e 13 deste artigo. 16. Os Ministérios do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, da Fazenda e da Ciência e Tecnologia divulgarão, a cada 2 (dois) anos, relatórios com os resultados econômicos e técnicos advindos da aplicação desta Lei no período. 17. Nos tributos correspondentes às comercializações de que trata o 3 o deste artigo, incluemse as Contribuições para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS e para os Programas de Integração Social - PIS e de Formação do Patrimônio do Servidor Público - Pasep. 18. Observadas as aplicações previstas nos 4 o e 5 o deste artigo, até 2/3 (dois terços) do complemento de 2,7% (dois inteiros e sete décimos por cento) do faturamento mencionado no 3 o deste artigo poderão também ser aplicados sob a forma de recursos financeiros em Programa de Apoio ao Desenvolvimento do Setor de Tecnologia da Informação na Amazônia, a ser regulamentado pelo Poder Executivo." (NR) Art. 3 o O art. 11 da Lei n o , de 11 de janeiro de 2001, passa a vigorar com a seguinte redação:"art. 11. Para os bens de informática e automação produzidos na região Centro-Oeste e nas regiões de influência da Agência de Desenvolvimento da Amazônia - ADA e da Agência de Desenvolvimento do Nordeste - ADENE, o benefício da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados IPI, de que trata a Lei n o 8.248, de 23 de outubro de 1991, deverá observar os seguintes percentuais: I - redução de 95% (noventa e cinco por cento) do imposto devido, de 1 o de janeiro de 2004 até 31 de dezembro de 2014; II - redução de 90% (noventa por cento) do imposto devido, de 1 o de janeiro até 31 de dezembro de 2015; e III - redução de 85% (oitenta e cinco por cento) do imposto devido, de 1 o de janeiro de 2016 até 31 de dezembro de 2019, quando será extinto. 1 o O disposto neste artigo não se aplica a microcomputadores portáteis e às unidades de processamento digitais de pequena capacidade baseadas em microprocessadores, de valor até R$ ,00 (onze mil reais), bem como às unidades de discos magnéticos e ópticos, aos circuitos impressos com componentes elétricos e eletrônicos montados, aos gabinetes e às fontes de alimentação, reconhecíveis como exclusiva ou principalmente destinados a tais equipamentos, as quais usufruem, até 31 de dezembro de 2014, o benefício da isenção do Imposto sobre 19
20 Produtos Industrializados IPI que, a partir dessa data, fica convertido em redução do Imposto sobre Produtos Industrializados IPI, observados os seguintes percentuais: I - redução de 95% (noventa e cinco por cento) do imposto devido, de 1 o de janeiro até 31 de dezembro de 2015; II - redução de 85% (oitenta e cinco por cento) do imposto devido, de 1 o de janeiro de 2016 até 31 de dezembro de o O Poder Executivo poderá atualizar o valor fixado no 1 o deste artigo. 3 o Para as empresas beneficiárias, na forma do 1 o deste artigo, fabricantes de microcomputadores portáteis e de unidades de processamento digitais de pequena capacidade baseadas em microprocessadores, de valor até R$ ,00 (onze mil reais), bem como de unidades de discos magnéticos e ópticos, circuitos impressos com componentes elétricos e eletrônicos montados, gabinetes e fontes de alimentação, reconhecíveis como exclusiva ou principalmente destinados a tais equipamentos, e exclusivamente sobre o faturamento bruto decorrente da comercialização destes produtos no mercado interno, os percentuais para investimentos estabelecidos no 7 o do art. 11 da Lei n o 8.248, de 23 de outubro de 1991, serão reduzidos em 50% (cinqüenta por cento) até 31 de dezembro de o Os benefícios de que trata o 1 o deste artigo aplicam-se, também, aos bens desenvolvidos no País e produzidos na Região Centro-Oeste e nas regiões de influência da Agência de Desenvolvimento da Amazônia ADA e da Agência de Desenvolvimento do Nordeste ADENE, que sejam incluídos na categoria de bens de informática e automação pela Lei n o 8.248, de 23 de outubro de 1991, conforme regulamento." (NR) Art. 4 o Os débitos decorrentes da não-realização, total ou parcial, a qualquer título, até o período encerrado em 31 de dezembro de 2003, de aplicações relativas ao investimento compulsório anual em pesquisa e desenvolvimento tecnológico, de que tratam o art. 11 da Lei n o 8.248, de 23 de outubro de 1991, e os 3 o e 5 o do art. 2 o da Lei n o 8.387, de 30 de dezembro de 1991, poderão ser objeto de parcelamento em até 48 (quarenta e oito) parcelas mensais e consecutivas, conforme regulamento. 1 o Os débitos a que se refere este artigo serão corrigidos pela Taxa de Juros de Longo Prazo TJLP. 2 o Na hipótese da não-realização de qualquer pagamento decorrente do parcelamento previsto no caput deste artigo, será suspensa a concessão dos benefícios previstos nesta Lei, sem prejuízo do ressarcimento integral dos benefícios anteriormente usufruídos, atualizado e acrescido das multas pecuniárias aplicáveis aos débitos fiscais relativos aos tributos da mesma natureza. Art. 5 o As obrigações de investimentos em pesquisa e desenvolvimento de que trata o art. 2 o da Lei n o 8.387, de 30 de dezembro de 1991, ficam reduzidas em 50% (cinqüenta por cento) no período de 14 de dezembro de 2000 a 31 de dezembro de Parágrafo único. Os investimentos em pesquisa e desenvolvimento, realizados no período de que trata o caput deste artigo, que excederem o mínimo fixado poderão ser utilizados para comprovar o cumprimento das obrigações decorrentes da fruição dos incentivos em outros períodos. Art. 6 o Fica restaurada, a partir de 30 de dezembro de 2003, a vigência dos 1 o ao 14 do art. 11 da Lei n o 8.248, de 23 de outubro de 1991, e dos 1 o ao 14 do art. 2 o da Lei n o 8.387, de 30 de dezembro de 1991, ressalvadas as modificações previstas nesta Lei. Art. 7 o A 1ª (primeira) avaliação de que trata o 3 o do art. 16-A da Lei n o 8.248, de 23 de outubro de 1991, com a redação dada por esta Lei, será apresentada em até 180 (cento e oitenta) dias, contados da data de publicação desta Lei, e se repetirá, a partir de então, anualmente. Art. 8 o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 30 de dezembro de 2004; 183 o da Independência e 116 o da República. Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos 20
21 ANEXO II DECRETO DE REGULAMENTAÇÃO, LEI DA INFORMÁTICA DECRETO Nº 5.906, DE 26 DE SETEMBRO DE Regulamenta o art. 4 o da Lei n o , de 30 de dezembro de 2004, os arts. 4 o, 9 o, 11 e 16-A da Lei n o 8.248, de 23 de outubro de 1991, e os arts. 8 o e 11 da Lei n o , de 11 de janeiro de 2001, que dispõem sobre a capacitação e competitividade do setor de tecnologias da informação. CAPÍTULO I DO CAMPO DE ABRANGÊNCIA Art. 1 o As empresas que invistam em atividades de pesquisa e desenvolvimento em tecnologias da informação poderão pleitear isenção ou redução do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI para bens de informática e automação, nos termos previstos neste Decreto. Art. 2 o Para fins do disposto neste Decreto, consideram-se bens e serviços de informática e automação: I - componentes eletrônicos a semicondutor, optoeletrônicos, bem como os respectivos insumos de natureza eletrônica; II - máquinas, equipamentos e dispositivos baseados em técnica digital, com funções de coleta, tratamento, estruturação, armazenamento, comutação, transmissão, recuperação ou apresentação da informação, seus respectivos insumos eletrônicos, partes, peças e suporte físico para operação; III - programas para computadores, máquinas, equipamentos e dispositivos de tratamento da informação e respectiva documentação técnica associada (software); IV - serviços técnicos associados aos bens e serviços descritos nos incisos I, II e III; V - os aparelhos telefônicos por fio, conjugados com aparelho telefônico sem fio, que incorporem controle por técnicas digitais, código da Nomenclatura Comum do Mercosul - NCM; VI - terminais portáteis de telefonia celular, código da NCM; e VII - unidades de saída por vídeo (monitores), classificados na subposição da NCM, próprias para operar com máquinas, equipamentos ou dispositivos baseados em técnica digital, com funções de coleta, tratamento, estruturação, armazenamento, comutação, transmissão, recuperação ou apresentação da informação. 1 o Para os fins deste Decreto, consideram-se bens de informática os relacionados no Anexo I. 2 o Os bens relacionados no Anexo II não são considerados bens de informática para os efeitos deste Decreto. CAPÍTULO II DA TRIBUTAÇÃO PELO IPI Art. 3 o Os microcomputadores portáteis, códigos , , , e da NCM e as unidades de processamento digital de pequena capacidade, baseadas em microprocessadores, código da NCM, de valor até R$ ,00 (onze mil reais), bem assim as unidades de discos magnéticos e ópticos, códigos , , e da NCM, circuitos impressos com componentes elétricos e eletrônicos montados, códigos , , e da NCM, gabinetes, códigos e da NCM e fontes de alimentação, código da NCM, reconhecíveis como exclusiva ou principalmente destinados a tais produtos, e os bens de informática e automação desenvolvidos no País: I - quando produzidos, na Região Centro-Oeste e nas regiões de influência da Agência de Desenvolvimento da Amazônia - ADA e da Agência de Desenvolvimento do Nordeste - ADENE: a) até 31 de dezembro de 2014, são isentos do IPI; b) de 1 o de janeiro até 31 de dezembro de 2015, as alíquotas do IPI ficam sujeitas à redução de noventa e cinco por cento; e 21
22 c) de 1 o de janeiro de 2016 a 31 de dezembro de 2019, as alíquotas do IPI ficam sujeitas à redução de oitenta e cinco por cento; II - quando produzidos em outros pontos do território nacional, as alíquotas do IPI ficam reduzidas nos seguintes percentuais: a) noventa e cinco por cento, de 1 o de janeiro de 2004 até 31 de dezembro de 2014; b) noventa por cento, de 1º de janeiro até 31 de dezembro de 2015; e c) setenta por cento, de 1º de janeiro de 2016 até 31 de dezembro de Art. 4 o As alíquotas do IPI, incidentes sobre os bens de informática e automação, não especificados no art. 3 o, serão reduzidas: I - quando produzidos na Região Centro-Oeste e nas regiões de influência da ADA e da ADENE, em: a) noventa e cinco por cento, de 1 o de janeiro de 2004 a 31 de dezembro de 2014; b) noventa por cento, de 1 o de janeiro até 31 de dezembro de 2015; e c) oitenta e cinco por cento, de 1 o de janeiro de 2016 a 31 de dezembro de 2019, quando será extinta a redução; e II - quando produzidos em outros pontos do território nacional, em: a) oitenta por cento, de 1 o de janeiro de 2004 até 31 de dezembro de 2014; b) setenta e cinco por cento, de 1 o de janeiro até 31 de dezembro de 2015; e c) setenta por cento, de 1 o de janeiro de 2016 até 31 de dezembro de Art. 5 o Fica assegurada a manutenção e utilização do crédito do IPI relativo a matérias-primas, produtos intermediários e material de embalagem empregados na industrialização dos produtos beneficiados com os incentivos de que trata este Decreto. Art. 6 o A isenção ou redução do imposto somente contemplará os bens de informática e automação relacionados pelo Poder Executivo, produzidos no País conforme Processo Produtivo Básico - PPB estabelecido em portaria conjunta dos Ministros de Estado do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e da Ciência e Tecnologia. Art. 7 o Para os fins do disposto neste Decreto, consideram-se bens ou produtos desenvolvidos no País os bens de informática e automação de que trata o art. 2 o e que atendam às condições estabelecidas em portaria do Ministro de Estado da Ciência e Tecnologia. CAPÍTULO III DOS INVESTIMENTOS EM PESQUISA E DESENVOLVIMENTO Art. 8 o Para fazer jus à isenção ou redução do IPI, as empresas de desenvolvimento ou produção de bens e serviços de informática e automação deverão investir, anualmente, em atividades de pesquisa e desenvolvimento em tecnologias da informação a serem realizadas no País, no mínimo, cinco por cento do seu faturamento bruto no mercado interno, decorrente da comercialização dos produtos contemplados com a isenção ou redução do imposto, deduzidos os tributos correspondentes a tais comercializações, nestes incluídos a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS e a Contribuição para o PIS/PASEP, bem como o valor das aquisições de produtos contemplados com isenção ou redução do IPI, nos termos do art. 4 o da Lei n o 8.248, de 1991, ou do art. 2 o da Lei n o 8.387, de 30 de dezembro de 1991, conforme projeto elaborado pelas próprias empresas, a partir da apresentação da proposta de projeto de que trata o art o No mínimo dois inteiros e três décimos por cento do faturamento bruto mencionado no caput deste artigo deverão ser aplicados como segue: I - mediante convênio com centros ou institutos de pesquisa ou entidades brasileiras de ensino, oficiais ou reconhecidas, credenciados pelo Comitê da Área de Tecnologia da Informação - CATI, de que trata o art. 30, devendo, neste caso, ser aplicado percentual não inferior a um por cento; II - mediante convênio com centros ou institutos de pesquisa ou entidades brasileiras de ensino, oficiais ou reconhecidas, credenciados pelo CATI, com sede ou estabelecimento principal situado nas regiões de influência da ADA, da ADENE e na Região Centro-Oeste, excetuada a Zona 22
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