AMI. nas notícias. O paradigma de uma ONG nos meios de comunicação
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- Maria de Belem Bergler Imperial
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1 ANÁLISE AMI nas notícias O paradigma de uma ONG nos meios de comunicação O trabalho das Organizações não Governamentais (ONG) desenvolve-se no século XX, mas até hoje as instituições têm tido uma clara dificuldade em chegar aos meios de comunicação quando é destes que grande parte do trabalho depende, já que fazem parte de uma sociedade civil da qual estão dependentes. Sónia Lamy 30 Abr/Jun 2008 JJ
2 AAssistência Médica Internacional (AMI) é a primeira ONG portuguesa com alcance internacional. A organização nasce em 1984 única e exclusivamente para actuar em situações de crise humanitária, fora de Portugal. Tem estatuto jurídico de fundação privada, apolítica e sem fins lucrativos, aliás elementos essenciais a qualquer ONG, para exercício pleno das suas funções sociais e sem ligação ao governo. Desde 1984 que a organização, fundada por Fernando Nobre, intervém em situações de crise e emergência, tendo o homem como centro de todas as suas preocupações. Em 1994 a AMI lança um segundo pilar de acção - a sua intervenção interna, ou seja, a acção social desenvolvida em Portugal. É neste ano que lança o projecto Porta Amiga, no âmbito do qual já foram abertos mais de dez equipamentos sociais distribuídos pelas cidades de Gaia, Porto, Coimbra, Lisboa, Almada, Cascais e Funchal. A organização é paradigma da estreita relação que as ONG têm, ou procuram ter, com os media. Aliás, a AMI refere-se a esta relação como um terceiro pilar de acção: trata-se do trabalho que faz junto dos órgãos de decisão e da opinião pública, e que assenta na sensibilização para temas fundamentais para a humanidade. Os media noticiosos estão integrados na sociedade, têm legitimidade e são reconhecidos como transmissores oficiais da informação dita relevante, ou pelo menos mais relevante e com um maior interesse social. Que dinâmicas motivam o contacto com a AMI? Que lugar consegue esta ONG nas notícias para transmitir o seu trabalho de cariz humanitário? Que tipo de actores operam neste contexto de informação? As missões humanitárias apresentam valor-notícia suficiente para serem acontecimentos? Foram algumas das questões colocadas no decorrer deste trabalho. A AMI ENQUANTO NOTÍCIA Os números espelham uma realidade e uma postura tanto da organização como da própria sociedade face ao tema direitos humanos. Em 24 anos a instituição evolui no sentido de uma maior abertura face à sociedade civil. Os responsáveis fazem um balanço positivo daquela que tem sido a relação entre os media e a organização. Aliás, Fernando Nobre, presidente da fundação, garante: O balanço relativamente à nossa relação com os meios de comunicação é satisfatório. A AMI é das organizações mais respeitadas na, e pela, comunicação social. Hoje raramente intervém de forma directa, a não ser para comentar questões externas, habitualmente relacionadas com crises ou catástrofes. Mas já o fez de forma mais regular. Ao longo da análise feita que realizámos, nos dois períodos (entre 1987 e 1992, e entre 1997 e 2002), o presidente da AMI interveio mais no espaço de tempo entre 1987 e O que coincide com uma determinada precaução que o responsável admite ter vindo a adoptar ao longo dos anos. Como refere Michael Schudson, é frequente os media acrescentarem alguma coisa às histórias que mostram. E quando tornam um assunto notícia conferem-lhe legitimidade pública. São os media que trazem a informação até um fórum público onde o tema possa ser conhecido e discutido pela audiência geral. Eles [media] não distribuem só o relato do anúncio ou do acontecimento a um largo grupo de pessoas, eles amplificam-no. Isto estimula a interacção social sobre os tópicos noticiáveis. 1 Fernando Nobre defende que o aparecimento e desenvolvimento das estações de televisão privadas em Portugal veio dar mais voz à ONG. Esta fase coincide com uma época em que a AMI começa a ter mais eco social. Na década de 90 há um aumento das notícias produzidas sobre a instituição. Nos dois meios analisados foram publicadas, entre 1997 e 2002, 133 peças? 83 pela agência Lusa, e 50 pelo Diário de Notícias (DN). Entre 1987 e 1992, em que são publicadas 70 peças (25 saem na agência Lusa, e 45 são divulgadas pelo DN, como se pode verificar no gráfico 1. A televisão, nomeadamente com o aparecimento das televisões privadas, vem dar uma nova dinâmica à visibilidade. Torna-se mais fácil chegar à sociedade em geral, explica o presidente da ONG (Ver gráfico 1). Pode verificar-se que do primeiro para o segundo período em análise verificam-se algumas mudanças. O DN publica apenas mais cinco notícias sobre a AMI, passando de 45 para 50, enquanto a Lusa, que entre 1987 e 1992 apenas fez 25 peças sobre esta ONG, divulga três vezes mais notícias sobre a instituição, entre 1997 e Uma grande diferença evidencia-se na análise das peças em questão, no primeiro intervalo: a Lusa foca o seu trabalho nos projectos humanitários desenvolvidos nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e o DN centra-se mais no trabalho desenvolvido pelos portugueses no Iraque. A Lusa noticia essencialmente o trabalho feito em países africanos. A divulgação dos projectos da AMI, em curso nos países africanos, é o tema das notícias publicadas este ano 1987 e também em Em 1989 e 1990 a Lusa não noticia qualquer peça sobre a instituição. No caso do DN as prioridades são diferentes. Só em 1990 aparece a AMI nas notícias deste diário, logo com 10 trabalhos sobre a presença da organização humanitária no Iraque. Missão que a Lusa ignora. Não se trata necessariamente da presença da instituição no terreno, mas dos preparativos, planos e voluntários envolvidos nas missões que a ONG pretende levar a cabo naquela zona. Devido à instabilidade vivida nesta área de conflito, as equipas humanitárias foram obrigadas a instalar-se nas zonas de fronteira, para prestarem auxílio aos refugiados. Mas todo o processo foi seguido pelo jornal. Já em 1991, o DN continua a acompanhar o processo, mas outros temas são notícia. Além das missões humanitárias nos PALOP que também aparecem nas páginas do JJ Abr/Jun
3 ANÁLISE ami jornal, nomeadamente em países como Moçambique e Cabo Verde, também a actuação no Zaire é noticiada. É neste ano que o presidente da AMI faz algumas declarações públicas sobre a crise da ex-jugoslávia (invasão da Sérvia à Croácia). Timor é ainda outro dos países em que actua e acaba por chamar a atenção de alguns meios de comunicação. Mas é entre 1997 e 2002 que se reflecte mais o trabalho da instituição no que diz respeito às rotinas de divulgação de informação. A AMI já trabalha em solo nacional (desde 1994) e verifica-se que já há notícias que extrapolam o domínio das missões humanitárias desenvolvidas no estrangeiro. Neste segundo período, a par de um esforço claro por uma divulgação mais intensa da informação interna da ONG, que se verifica através da publicação de notícias sobre projectos nacionais, continuam a existir outras crises internacionais que levam a AMI para as notícias. Em 1998, um ano em que ambos os meios de comunicação, Lusa e DN divulgam exactamente o mesmo número de peças? 11? o furacão 2 Mitch na América Central, faz cerca de três milhões de vítimas e mobiliza a organização humanitária para uma missão de emergência. Este revela-se um dos factos que motiva a publicação de peças sobre a AMI, mas seguindo a tendência dos anos anteriores, também as missões e projectos em solo africano são um elemento forte na divulgação de informação em ambos os meios. Em 1999 há também um forte impacto da ONG nas notícias. É um dos anos em que mais peças são publicadas. A Lusa faz 14 e o DN publica 15 trabalhos sobre a instituição. Para isto contribuiu essencialmente o processo de consulta popular em Timor Leste. Foi neste ano que o povo de Timor Leste votou num referendo a favor da independência em relação à Indonésia. Um acontecimento que desencadeou tumultos com graves violações dos direitos humanos. A Lusa passa a partir do fim dos anos 90 a divulgar mais informação a qual parece responder, muito mais do que anteriormente, às acções de divulgação da ONG. Há uma maior atenção dada às campanhas, e além do Projecto Mão Amiga é noticiado também o peditório anual, o lançamento de um livro e a inauguração de alguns abrigos da AMI, matérias que serão ignoradas pelo diário. Hoje a ONG está numa posição em que pode realmente agir, independentemente dos donativos ou depósitos imediatos, como explicou Fernando Nobre: É pela acção que podemos fazer com que a AMI seja credível. Por isso primeiro começámos a actuar e depois sustentamos essa mensagem na acção. Vamos tentar passar a mensagem o melhor possível, no sentido da humanização do ser humano e dos seus direitos. A comunicação com a imprensa é fundamental, admite o médico, mas sempre com o objectivo de informar sobre o que vai ser feito e não dependendo das notícias para desenvolver os projectos: Dizemos que a AMI parte! e nunca A AMI partirá, se (...). Para o comunicarmos é porque já arranjámos apoios, e estes não dependem da imprensa. O importante é transmitir o que a AMI vai e está a fazer. A instituição conquista assim a confiança dos agentes informadores. Quando há uma catástrofe são os próprios jornalistas que contactam a AMI. Fernando Nobre diz que entrou no subconsciente que perante a catástrofe há uma resposta: Quando nos telefonam partem logo do princípio de que nós vamos. E questionam se nos podem acompanhar. É difícil responder a todos. Quando fretamos um avião, levamos a nossa carga e depois obtemos de 8 a 10 lugares para passageiros. E temos de pôr lá, no mínimo, entre 4 a 6 pessoas da AMI, o que faz com que por vezes só tenhamos disponíveis dois, três, ou quatro lugares. Daí, e há muito mais pedidos do que lugares, termos decicido guardar uma lugar para rádio, imprensa e televisão. De acordo com os dados recolhidos é possível analisar o trabalho de comunicação realizado pela entidade. No caso da agência Lusa, 67 das notícias foram feitas a partir de comunicados da AMI. Só em cerca de metade dos casos, 39, foi feito um contacto do jornalista para a instituição (ver gráficos dois e três). No DN há uma ligeira diferença, já que muitas vezes o trabalho feito pela agência noticiosa é usado como base, única ou de apoio. Ou seja, o jornalista usa a informação veiculada pela Lusa para investir num trabalho um pouco Os media noticiosos estão integrados na sociedade, têm legitimidade e são reconhecidos como transmissores oficiais da informação dita relevante, ou pelo menos mais relevante e com um maior interesse social. Fernando Nobre defende que o aparecimento e desenvolvimento das estações de televisão privadas em Portugal veio dar mais voz à ONG. Esta fase coincide com uma época em que a AMI começa a ter mais eco social. É entre 1997 e 2002 que se reflecte mais o trabalho da instituição no que diz respeito às rotinas de divulgação de informação. A AMI já trabalha em solo nacional (desde 1994) e verifica-se que já há notícias que extrapolam o domínio das missões humanitárias desenvolvidas no estrangeiro. 32 Abr/Jun 2008 JJ
4 mais amplo ou com um ângulo um pouco diferente. Em 21 notícias, o DN usou como única fonte as peças divulgadas pela Lusa e em 31 trabalhos o jornalista contactou a AMI. É de assinalar que as peças do jornal raramente são assinadas pelo mesmo autor. Não há também uma regra sobre a secção que trata a ONG. Esta tanto aparece na secção de sociedade, como na de internacional, consoante o acontecimento em questão. Os comunicados de imprensa da AMI foram fonte para 29 peças do jornal diário. As conferências de imprensa são outro meio de divulgação do trabalho da ONG, e foram a base para a realização de sete peças do DN. Só em 1990 houve mais contactos feitos por jornalistas do DN. Neste ano, 14 notícias têm como origem um contacto do profissional. Em 1991, por outro lado, há 11 notícias feitas a partir de comunicado, e três a partir de declarações feitas à imprensa. Neste ano o gabinete de comunicação intensificou os contactos e comunicações do trabalho realizado e as consequências podem verificar-se no número de notícias sobre a instituição. Este é o ano da crise no Kosovo, um ano em que se intensifica a visibilidade da AMI. O mesmo acaba por acontecer também em 1999, ano de eleições em Timor e de grave crise humanitária no país. Sete notícias foram feitas com base em notícias de agência, e seis tiveram origem em contactos feitos pelo jornalista ou através de conferência de imprensa. Em 1991 oito peças foram feitas também com base em comunicados ou contacto de jornalistas. No caso da agência Lusa, esta produziu, em 1999, 12 notícias com base em comunicados da AMI. Consciente de algumas regras jornalísticas e de noticiabilidade, Luísa Nemésio, secretária-geral da ONG, acrescenta que há temas que à partida podem ser mais interessantes para o público em geral: Sei que a comunicação social escolhe o tema mais mediático para fazer as suas notícias. Muitas vezes passam uma mensagem que não é a que queremos comunicar. A tendência que se verifica é que as próprias instituições têm vindo a desenvolver cada vez mais gabinetes de informação: A AMI começou por ser só o Dr. Fernando Nobre. Hoje os departamentos ampliaram-se. Já existe um departamento de marketing, que trabalha essencialmente com a parte da relação com as empresas que querem fazer campanhas com a AMI, além do gabinete de comunicação, refere a secretária-geral. Com o desenvolvimento das técnicas de comunicação e com a mentalidade cada vez mais sólida sobre a importância dos jornais e a forma como as audiências recebem as notícias, crescem em número e em experiência os responsáveis pela comunicação das instituições. O género das notícias publicadas reflectem o investimento dado pelos órgãos aos temas. Como se pode verificar no gráfico 6 não há registo de reportagens sobre a AMI durante o período em análise, apesar de serem um JJ Abr/Jun
5 ANÁLISE ami género usado neste meio. As notícias com um tamanho entre 3 a 5 parágrafos são as mais frequentes: 54. As breves e as notícias de maior dimensão, com 5 a 7 parágrafos ocorrem 27 e 26 vezes, respectivamente. No caso do DN o género mais frequente é a notícia, sem presença no local, nem necessariamente contacto directo com a fonte, ou trabalho desenvolvido sobre o ambiente envolvente. Foram registadas 47 notícias, o número mais significativo representado no gráfico. Apenas oito reportagens são feitas nos dois períodos em análise três entre 1991 e 1992, e cinco entre 2000 e Destas apenas três tiveram um enfoque internacional, sendo as restantes de âmbito nacional. Uma teve como tema principal a própria AMI, e o trabalho que esta desenvolvia. Aqui é a ONG que vale por si, e é o próprio valornotícia. Outra, publicada em 29 de Maio de 2000, é uma reportagem sobre o Abrigo da Graça, um centro de acolhimento para sem-abrigo. Neste trabalho descreve-se o drama humano de quem não tem casa, sendo obrigado a viver debaixo de um tecto emprestado, e é explicado o trabalho de integração que a instituição faz durante o período de acolhimento. ONG e voluntariado são outros dos temas que levam o jornalista a referir a AMI enquanto notas relevantes de reportagem. O número de peças com imagem é significativo. A fotografia tem força no contexto noticioso e a sua presença é relevante já que permite mostrar por imagem situações de catástrofe muitas vezes indescritíveis. Este facto teve um peso significativo na forma como os leitores recebem a informação escrita. No caso do DN 67% das peças são ilustradas com fotografia. 25 peças de grandes dimensões, ou seja com mais de cinco parágrafos, têm também fotografia, isto é, mais de metade (54%) das notícias mais extensas que saíram no período em análise. Das restantes, 21 notícias têm entre 2 a 5 parágrafos. 33% destas são publicadas sem fotografia e 13%, ou seja 6 peças, têm fotografia. As breves são o segundo género mais frequente, em 32 casos. Os números reflectem também os períodos mais marcantes para a entidade: em 1991 foram publicados 16 textos, entre breves e notícias de maior dimensão, e em 1999 foram 15. No caso das notícias internacionais, foram feitas pelos correspondentes no local e relatam situações de crise humanitária. Uma destas reportagens, publicada em 1999, está relacionada com o caso de Timor. A AMI ENQUANTO FONTE Sem dúvida que somos uma fonte. Até porque nos transformámos na instituição de referência nesse tipo de acções humanitárias, e isso tem a ver com o nosso historial, mesmo em situações e países difíceis de actuar, salienta Fernando Nobre. O presidente é um dos principais porta-vozes já que 25 das notícias dadas pela agência Lusa e 12 peças do DN têm como fonte Fernando Nobre. No jornal há uma maior É pela acção que podemos fazer com que a AMI seja credível. Por isso primeiro começámos a actuar e depois sustentamos essa mensagem na acção. Com o desenvolvimento das técnicas de comunicação e com a mentalidade cada vez mais sólida sobre a importância dos jornais e a forma como as audiências recebem as notícias, crescem em número e em experiência os responsáveis pela comunicação das instituições. Conscientes do poder dos media, as ONG começam a desenvolver e a produzir os seus próprios sites de internet, revistas, e apoiam o desenvolvimento de vozes mediáticas alternativas, ou seja, motivam uma dinâmica interna para captar o interesse em ouvir a sua voz. variação relativamente à fonte da notícia. Mas o gabinete de imprensa é o mais contactado (ver gráfico quatro). Tanto no caso da agência Lusa como no caso do DN é o gabinete de imprensa o principal ponto de partida para a peça. A Lusa apenas recorreu, neste espaço em análise, a três tipos de fontes: o presidente da AMI; o gabinete de imprensa, citado enquanto fonte por 49 vezes; e outro porta-voz por 35 vezes. Neste último caso, quando se refere outro porta-voz entenda-se que há alguém da própria instituição, delegado para comentar o acontecimento. Portanto, há alguém indicado pelo gabinete de imprensa para falar com os jornalistas. Esta é aliás uma das funções deste sector, delegar nas pessoas mais especializadas a responsabilidade de falar sobre determinado assunto. Além de Fernando Nobre, Luísa Nemésio é frequentemente a profissional da AMI mais preparada para responder às questões dos jornalistas. No caso do DN já há uma maior frequência na categoria outro porta-voz. Isto porque o jornal tem mais tendência para abordar os assuntos de uma forma mais diversificada do que no caso da agência. A Lusa trata habitualmente os temas de forma individualizada, focada num só ângulo, de forma a fornecer aos jornais um traba- 34 Abr/Jun 2008 JJ
6 lho específico, e mais imediato sobre um determinado tema. Num e noutro meio de comunicação é o gabinete de imprensa da AMI quem mais fala ao jornalista. Em 69 peças do DN é o gabinete de comunicação que dá a informação ao jornal. Mas há 10 casos em que a principal fonte é um organismo público e em 9 peças é outro porta-voz da AMI que está presente na notícia em discurso directo. Há ainda casos em que a AMI é fonte da notícia juntamente com outra instituição pública. O Governo é citado em 4 dos artigos do jornal. Em toda a imprensa há uma atenção preferencial dada às fontes institucionais. Estas não estão sozinhas na busca por satisfazer a fome dos media. Como refere ainda Schudson há situações em que as informações que passam são apenas as positivas como forma de transmitir uma imagem favorável daquela instituição. Ou seja, estas são insuficientes, já que o jornalista deve procurar a verdade, e não a imagem favorável que determinada entidade pretende passar. As fontes não institucionais, como as Organizações não Governamentais, lutam pela divulgação dos seus acontecimentos. Em determinados cenários as organizações têm consciência de que trabalhar com os media pode ajudar as ONG a intervir em negociações, influenciar conversações internacionais, inspirar acções e mudanças políticas e práticas. 3 Conscientes do poder dos media, as ONG começam a desenvolver e a produzir os seus próprios sites de internet, revistas, e apoiam o desenvolvimento de vozes mediáticas alternativas, ou seja, motivam uma dinâmica interna para captar o interesse em ouvir a sua voz. Comunicados, conferências de imprensa, almoços e visitas são rotinas das fontes, para motivarem o contacto e o encontro com o jornalista. Rogério Santos chega mesmo a comparar o trabalho de uma fonte ao de um jornalista e refere: Nas operações diárias de rotina, muitas tarefas assemelham-se ao trabalho dentro de um meio de comunicação social procurar informação, seleccionar e enquadrar, produzir e promover eventos. 4 O contacto com os órgãos de comunicação social é uma das funções que o assessor da ONG desempenha com maior regularidade. Em média fala com os jornalistas entre 5 a 10 vezes por semana. Os principais meios de comunicação com quem contacta são a imprensa e rádio. É nos meses de Dezembro e Janeiro que os contactos se acentuam. De acordo com o assessor, parece que a solidariedade fica então na ordem do dia, e a ajuda humanitária só por si passa a ser notícia. O espírito natalício explica uma parte do fenómeno. A capacidade de resposta aos jornalistas varia entre 1 a 3 horas, nomeadamente quando se trata de assuntos que podem ser respondidos pelo assessor, ou quando o pedido se prende com cedência de material de apoio ao jornalista. Contudo, no caso de uma entrevista com um portavoz, o tempo de resposta do gabinete já pode demorar o dobro. CATÁSTROFES NATURAIS E HUMANITÁRIAS MOTIVAM O CONTACTO A AMI é a fonte mais requisitada e questionada em questões de foro social e em situações de catástrofes, naturais ou humanitárias, devido à sua experiência. É a actividade desenvolvida no estrangeiro a que mais motiva o contacto dos jornalistas, sublinha o assessor Paulo Cavaleiro. Este é um elemento verificado durante a análise dos dados. Na realidade são os assuntos internacionais que motivam mais os jornalistas a falarem com a ONG. No DN 53 peças que registam a participação da AMI estão relacionadas com assuntos internacionais, enquanto 35 se debruçam sobre temas nacionais e 7 focam ambos os elementos. No caso da agência Lusa há 70 peças que tem enfoque internacional e 38 baseiam-se em temas nacionais. São sem dúvida os temas relacionados com o espaço internacional os que mais notícias motivam. (ver gráficos 5 e 6) Como averiguámos através das entrevistas realizadas, nos anos 90 criam-se gabinetes específicos para chegar mais perto da sociedade civil. Pela observação da prática diária e acompanhamento da informação quotidiana compreende-se que hoje a AMI construa de forma mais frequente e intensiva a agenda. Contudo, este espaço é preenchido essencialmente mediante grandes catástrofes ou crises humanitárias fora do país. E a participação neste espaço público tem a ver principalmente com o facto de a AMI viver muito de donativos de particulares e de protocolos. Fernando Nobre nunca desvaloriza o trabalho e relação com os media. Aliás, o presidente defende que a ONG e os meios de comunicação andam de mão dada : Vejo a acção da comunicação social como um complemento indispensável ao nosso trabalho e à acção de uma instituição humanitária, da sociedade civil. Na medida em que amplifica a informação e acção que, ou fazemos, ou gostaríamos de fazer. JJ 1. Schudson, M. (2003), The Sociology of News, Nova Iorque, W. W. Norton \& Company, pág O Furacão Mitch foi o ciclone tropical mais devastador. Alcançou ventos de mais de 290 km por hora e considerado de categoria 5 pela Escala de Furacões de Saffir-Simpson. O fenómeno devastou a América Central entre 22 de Outubro e 5 de Novembro de Foi o mais perigoso furacão dos últimos 200 anos e o segundo maior em número de mortes. 3. Jong, W. d., M. Shaw, et al., Eds. (2005), Global Activism, global media. Londres, Pluto Press, pág Santos, R. (2001), Jornalistas e fontes de informação - as notícias de VIH-sida como estudo de caso, O estudo do jornalismo português em análises de caso. A. C. Nelson TRAQUINA, Cristina Ponte e Rogério Santos, Lisboa, Caminho, pág. 102 JJ Abr/Jun
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