CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO CEARÁ FACULDADE CEARENSE CURSO BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO KELLY DE SOUZA AGUIAR

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO CEARÁ FACULDADE CEARENSE CURSO BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO KELLY DE SOUZA AGUIAR"

Transcrição

1 1 CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO CEARÁ FACULDADE CEARENSE CURSO BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO KELLY DE SOUZA AGUIAR ANÁLISE DA IMPLANTAÇÃO DO FAST FASHION COMO ESTRATÉGIA DE PRODUÇÃO EM UMA INDÚSTRIA DE CONFECÇÃO EM FORTALEZA/CE FORTALEZA 2013

2 2 KELLY DE SOUZA AGUIAR ANÁLISE DA IMPLANTAÇÃO DO FAST FASHION COMO ESTRATÉGIA DE PRODUÇÃO EM UMA INDÚSTRIA DE CONFECÇÃO EM FORTALEZA/CE Monografia apresentada à Coordenação do Curso de Administração de Empresas do Centro de Ensino Superior do Ceará, como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharela. Orientador: Professora Ms. Rosangela Soares de Oliveira FORTALEZA 2013

3 3 KELLY DE SOUZA AGUIAR Trabalho de Conclusão de Curso (Monografia) como pré-requisito para obtenção do título de Bacharelado em Administração, outorgado pela Faculdade Cearense (FaC), tendo sido aprovada pela banca examinadora composta pelos professores. Data de aprovação: / / Conceito: ROSANGELA SOARES DE OLIVEIRA, Ms. Orientador NIDYANE COSTA DE SOUZA, Ms. Membro MICHAEL VIANA PEIXOTO, Ms. Membro RICARDO CESAR DE OLIVEIRA BORGES, Ms. Membro

4 Dedico este trabalho a minha mãe, pelo carinho, amor, dedicação, força, paciência e incentivo durante toda a realização. 4

5 5 AGRADECIMENTOS Sinceros... A Deus, primeiramente, que me deu força de vontade, saúde, esperança e garra para realizar um sonho. A toda a minha família, minha mãe, meu pai, meus irmãos, pelo apoio em todo esse tempo; em especial, minha mãe que foi um suporte em todos os sentidos nessa minha conquista. À professora Rosangela Soares, minha orientadora, por sua atenção, paciência, dedicação e contribuição direta no desenvolvimento deste trabalho. Ao coordenador do Curso de Administração, Ricardo César, pela competência de sempre orientar e caminhar os futuros administradores. A todos os professores do Curso de Administração, pela orientação constante durante o curso; em especial, ao professor João Queiroz, pelo incentivo e motivação, e os professores Leandro Belizário, Luis Carlos, Bernadete Adriano. Aos meus amigos de sala, Ana Célia, Flávio Abreu, Guilherme Miranda, Isabel Gardênia, Meyrilene Fernandes, Renato Tavares, Rógisla Fernandes, Sillas Romão e Wallison Felix pela diária convivência e pela constante troca de conhecimentos. Em especial, a minha amiga Loíza Lorena que, em todo esse tempo, além da sua amizade, contribuiu e ajudou para o andamento deste trabalho, não podendo deixar de ressaltar a companhia e o incentivo dedicado por ela. A todos da Indústria Guararapes de Confecções, que tiveram uma contribuição significante na idealização deste trabalho. O mais profundo agradecimento ao meu gerente Draúlio Brasil Soares Júnior e coordenador José Airton Marçal Filho, pela significante força, ajuda e compreensão no desenvolver deste trabalho. A todas as pessoas queridas, que, de certa forma, fizeram parte indiretamente desta grande conquista.

6 6 Deus sempre passa pelo deserto os seus heróis, antes de lhes colocar num lugar de propósito e honra. Belkis Braz

7 7 RESUMO A busca frequente dos consumidores por produtos com qualidade, preço baixo e inovadores incentiva as empresas de confecção a buscarem métodos de produção para agregar valores sem aumento de custos e diminuição da produtividade. Com base nesse contexto, avaliou-se a percepção dos gestores com relação à implantação de uma nova estratégia de produção da empresa em estudo, através do projeto Fast Fashion. A presente pesquisa tem como objetivo principal analisar a implantação de uma estratégia de produção, através do sistema de produção Fast Fashion, em uma indústria de confecção, no município de Fortaleza/CE. Dessa forma, para orientar e subsidiar a avaliação do novo projeto, foram realizadas pesquisas na empresa e valeu-se dos fundamentos teóricos discutidos por estudiosos da área, citados neste estudo. Foram utilizadas as técnicas de observação, questionário, vivência e entrevista padronizada para analisar as dificuldades dos processos, melhorias na entrega e o controle da qualidade na empresa. Os resultados encontrados apontam a dificuldade de adaptação dos novos métodos de trabalho, o baixo atendimento do setor de pré-costura na entrega dos aviamentos em tempo hábil e o baixo índice no aumento da produtividade. Palavras-chave: Fast Fashion. Estratégia de Produção. Sistema de Produção.

8 8 ABSTRACT Customers constantly search for high-quality, low-price and innovative products. This has been encouraging clothing industries to seek production methods in order to add value without increasing costs and decreasing productivity. Based on this context, we evaluated the perception of managers regarding the implementation of a new production strategy in the company under study, through the Fast Fashion project. This research aims at analyzing the implementation of a production strategy, through the production system Fast Fashion, in a clothing industry in Fortaleza / CE. Thus, in order to guide and evaluate the new project we started with surveys inside the company and theoretical foundations discussed by scholars of the area mentioned in this study. We used observation techniques, questionnaires, experience and standardized interview to perform the analysis on the difficulties of processes, improvement in delivery and quality control in the company. The results show difficulty of adapting new methods of working, pre-stitching sector s low service in the timely delivery of notions low productivity growth index. Keywords: Fast Fashion; Production strategy; Production System

9 9 LISTA DE ILUSTRAÇÕES LISTA DE FIGURAS Figura 1 Evolução da Administração Figura 2 Relacionamento prioridade-capacidade Figura 3 Sistema de PCP Figura 4 Abrangência do MRP I e MRP II Figura 5 Planejamento e controle de qualidade Figura 6 Estratégias de Produção Figura 7 Fatores que influenciam o surgimento do Fast Fashion Figura 8 Cota do mercado do Fast Fashion no vestuário (ano de 2007) LISTA DE QUADROS Quadro 1 Oportunidades e Ameaças Quadro 2 Universo da pesquisa Quadro 3 Amostra da pesquisa LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 Tempo de Empresa Gráfico 2 Idade Gráfico 3 Cargo Gráfico 4 Grau de Escolaridade Gráfico 5 Dificuldade de adaptação aos novos métodos de trabalho Gráfico 6 O Fast Fashion é um sistema de fácil entendimento Gráfico 7 Aceitação dos colaboradores na implantação do Fast Fashion Gráfico 8 Dificuldade de atingir a meta diariamente Gráfico 9 Houve aumento na produtividade Gráfico 10 O Fast Fashion trouxe mais vantagens do que desvantagens para a empresa Gráfico 11 O novo sistema de produção estar adequado às necessidades da empresa... 58

10 10 Gráfico 12 Os Setores de pré-costura conseguem entregar os aviamentos em tempo hábil Gráfico 13 Diminuição no tempo de fabricação Gráfico 14 A empresa consegue entregar os produtos no tempo determinado aos cliente final Gráfico 15 A rotatividade dos processos está mais eficiente Gráfico 16 As mudanças no layout trouxeram mais agilidade ao processo produtivo Gráfico 17 Há acompanhamento da equipe de treinamento em relação à qualidade dos produtos em fabricação Gráfico 18 Pode-se ter um controle rigoroso em relação aos consertos das peças Gráfico 19 Houve diminuição no índice de peças com defeito Gráfico 20 Os consertos são feitos de forma imediata Gráfico 21 Os colaboradores preocupam-se com a qualidade dos produtos fabricados Gráfico 22 Os produtos chegam com qualidade até o cliente final Gráfico 23 Houve diminuição no índice de reclamações por conta da má qualidade dos produtos... 67

11 11 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS DBR Tambor-Pulmão-Corda ERP Enterprise Resource Planning JIT Just in Time MRP Material Requirement Planning PCP Planejamento e Controle da Produção RH Recursos Humanos TI Tecnologia da Informação TOC Teoria das Restrições

12 12 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO Objetivo Geral Objetivo Específico REFERENCIAL TEORICO Evolução da Administração e Administração da Produção Evolução da Administração Administração de Taylor, Ford e Fayol Administração da Produção Histórico da Administração da Produção Planejamento e Controle da Produção Sistema de Planejamento de Produção MRP I e MRP II ERP(Enterprise Resource Planning) JUST TIME Controle de Qualidade Estratégia de Produção Papel Estratégico da Produção Teoria das Restrições Aplicação e Implementação Tambor-Pulmão-Corda (DBR) SISTEMA FAST FASHION Conceitos O objetivo do Fast Fashion A estratégia Fast Fashion METODOLOGIA DA PESQUISA Estratégia Metodológica Tipos de Pesquisa Universo, população e amostra da pesquisa Método de coleta de dados Método de análise ANÁLISE DOS DADOS E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS CONSIDERAÇÕES FINAIS... 68

13 13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS APÊNDICE A APÊNDICE B APÊNDICE C... 83

14 14 1 INTRODUÇÃO Com a explosão da produção em escala e a disseminação das redes de Fast Fashion, o acesso e o interesse da população mundial pela moda subiram vertiginosamente, assim, cada vez mais, as organizações preocupam-se em industrializar produtos que agregam maior valor e com menor custo, fabricando produtos que atendam às expectativas da sociedade. O termo Fast Fashion significa moda rápida, é utilizado por grandes indústrias para produção rápida e contínua de novidades. O sucesso do Fast Fashion requer coleções compactas, modelos novos o tempo todo e retirada constante do que não se vende das araras e reposição do que vende. O Fast Fashion, hoje, é uma realidade nas grandes indústrias do Brasil e do mundo, como exemplo, a empresa Zara¹, localizada na Espanha, que hoje é uma das maiores redes de moda do mundo. A velocidade de resposta ao mercado faz do Fast Fashion um modelo ainda mais aceitável pelos empresários. No segmento brasileiro de vestuário, predominam as empresas de micro e pequenos portes, sendo que a abertura de mercado é fator favorável ao desenvolvimento, à criatividade e um constante desafio de melhoria, beneficiando o cliente final (PEREIRA, 2011). Diante desse cenário, as empresas do ramo de confecção procuram atender sua demanda e manter-se no mercado através de constantes inovações e mudanças no método de produção e estas modificações são constantes nas indústrias em geral, uma vez que trabalham com um fluxo de fabricação de produtos bastantes elevados devido a sua grande demanda. Segundo Zamcopé (2010, p. 694), para manter a participação no mercado, as empresas desse setor foram obrigadas a se tornarem ágeis, flexíveis e inovadoras. ¹ A empresa espanhola Zara pertencente ao grupo Inditex, um dos maiores do mundo em volume de produção, tornou-se conhecida graças ao seu constante crescimento de vendas e estratégias competitivas que se tornaram referência em moda e em marketing. Utiliza-se pouco da publicidade para promover sua imagem, investindo grandes recursos em suas lojas.

15 15 A necessidade de produzir moda em um curto espaço de tempo e escoar a produção com maior rapidez geraram gargalos em relação à produção e à logística, obrigando as empresas a mudar suas estratégias em relação a esses fatores, levando sempre em consideração a produção em larga escala com maior agilidade, podendo, assim, atingir o nível de competitividade necessária para sua permanência dentro do mercado. Moda e velocidade representam, desde o final do século XIX, um binômio praticamente indissolúvel [...]. A modernização do processo iniciado por Luis XIV, ao colocar as costureiras em um patamar profissional na sociedade [...]. Modernização esta que, conceitualmente, coloca a moda dentro de um novo sistema de produção em um primeiro momento (...). (CIETTA, 2010, p. 11) Kaplan; Norton (2000, p. 12) ressaltam que as empresas enfrentam problemas na tentativa de implementar estratégias com base no conhecimento em organizações concebidas para a competição na era industrial. O processo de produção é uma atividade que tem como finalidade transformar insumos em produtos e/ou serviços. Dessa forma, sem o processo de produção, seriam muito mais difíceis o acompanhamento e o controle da fabricação dos produtos. Sua definição no meio industrial é atribuída ao conjunto de atividades ligado às operações de máquinas, à manipulação de materiais e ao trabalho físico, levando em consideração também as atividades indiretas ou auxiliares que contribuem expressivamente no processo produtivo. Segundo Peinado; Graeml (2007, p. 45), processo é uma forma sistemática de fazer as coisas. De acordo com Figueiredo (1979, p. 11), Produção é a fabricação de bens, mediante a utilização de homens, materiais e equipamentos. A pergunta para a qual se busca a resposta com o presente estudo é: Considerando a implantação da estratégia de produção Fast Fashion, quais transformações a empresa sofreu ao implantar o novo sistema? Com base nessa problemática, adota-se como hipótese inicial a difícil aceitação das costureiras com o novo método de fabricação das peças. Como segunda hipótese, pode-se mencionar que há dificuldade em atingir a meta diariamente, com isso, o índice de produtividade cairá. Portanto, a pesquisa possui grande importância à organização por ter relevância operacional e humana, visto que os resultados trarão novos

16 16 conhecimentos para aqueles que pesquisam e trabalham diretamente na implantação e reparo do processo. Também contribuirá para o melhor aperfeiçoamento do sistema produtivo e fabricação dos produtos. 1.1 Objetivo Geral Para viabilizar essa questão, apresenta-se como objetivo geral dessa pesquisa analisar as transformações ocasionadas pela implantação de uma inovação na estratégia de produção em uma indústria de confecção localizada no município de Fortaleza/CE. 1.2 Objetivos Específicos Referenciar os conceitos sobre a evolução da administração, administração da produção e estratégia de produção. Verificar os processos e métodos utilizados para a realização do novo procedimento de produção na indústria de confecção no município de Fortaleza. Comparar os aspectos positivos e negativos causados pela implantação do Fast Fashion na indústria de confecção localizada em Fortaleza. Observar a percepção do aumento na capacidade produtiva da empresa de confecção localizada em Fortaleza. Para atender ao objetivo supracitado no trabalho, foi estruturado em três capítulos, sendo o primeiro esta Introdução que apresenta o tema, sua relevância, sua contextualização, problemática, hipóteses e objetivos. O segundo capítulo, denominado Referencial Teórico, contempla a Evolução da Administração e a Administração da Produção, abordando a evolução histórica da administração e conceitos da administração da produção. O terceiro capítulo discorre sobre o Sistema Fast Fashion, através da conceituação, seus objetivos e estratégia, mostrando as oportunidades e ameaças que o sistema oferece para a empresa. O quarto capítulo traz a Metodologia. Aqui, são definidas as estratégias metodológicas que foram adotadas para realizar a pesquisa. Neste capítulo, são apresentados os tipos de pesquisas do estudo, também são definidos a forma de

17 17 seleção dos atores locais entrevistados e o instrumento de pesquisa para direcionar a coleta dos dados. No quarto capitulo, denominado Análise dos Dados e Interpretação dos Resultados, fez-se um breve histórico sobre o objeto de estudo e analisaramse os resultados obtidos nos questionários, procurando relacioná-los com os fundamentos teóricos. São mostradas ainda as Considerações Finais, que têm por objetivo demonstrar a compreensão acerca do assunto, diante dos resultados obtidos. Finalmente, têm-se as Referências com as indicações do material que serviu de apoio e embasamento teórico para este estudo.

18 18 2 REFERENCIAL TEÓRICO Este capítulo apresenta os conceitos teóricos e a abordagem utilizada com o intuito de sustentar a percepção sobre o processo de produção em uma organização, sendo necessário, primeiramente, compreender os termos relacionados aos processos que interligam o assunto em estudo, na expectativa de contribuir no enriquecimento do tema escolhido e no entendimento do processo. O objetivo da presente seção é realizar uma breve abordagem, através de fundamentos e teorias existentes em estudos específicos sobre a identificação dos métodos de utilização do sistema Fast Fashion do Ceará, ocorridos em diferentes modalidades de produção, no modelo estudado. 2.1 EVOLUÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO Esta pesquisa está fundamentada em dois conceitos principais: evolução da administração e administração da produção Evolução da Administração Há mais de dois mil anos atrás, já existia administração no Império Romano. A igreja Católica Romana por sua vez também dispõe de um modelo de administração, idealizado no século II, até os impérios coloniais fizeram junção entre a administração e a política (LACOMBE; HEILBORN, 2008). De acordo com Chiavenato (2004, p. 32), a grande virada somente ocorreu a partir do século XVIII, com a Revolução Industrial, onde oficinas artesanais tornaram-se fábricas. No entanto, Silva (2004) relata o surgimento da Revolução Industrial na Inglaterra, no final do século XVIII, que marcou o início de um avanço tecnológico como nunca visto antes. O marco dessa revolução se deu pela substituição do trabalho humano pelo trabalho da máquina, gerando mudanças marcantes na vida diária. Levando, dessa forma, o desenvolvimento da administração que passou por três etapas distintas no decorrer do século XX: a Era Industrial Clássica, a Era Industrial Neoclássica e a Era da Informação (CHIAVENATO, 2004).

19 19 Certo (2003) afirma que o termo administração pode ser empregado de várias maneiras, onde ele define administração como o processo que permite alcançar as metas de uma empresa, fazendo uso do trabalho por meio de pessoas e outros recursos da empresa. Com base no que foi exposto, esclarece-se que a administração torna as organizações capazes de utilizar corretamente seus recursos para atingir seus objetivos Administração de Taylor, Ford e Fayol De acordo com Ribeiro (2007, p. 69), Taylor definia administração por sistemas padrões, e em um de seus livros, Princípio da Administração Científica, Taylor salientou sobre a administração científica: [...] consiste fundamentalmente de certos princípios gerais amplos, uma certa filosofia, que pode ser aplicada de muitos modos, e uma descrição do que qualquer homem ou homens podem acreditar ser o melhor mecanismo para aplicação destes princípios gerais, o que de modo algum pode ser confundido como os próprios princípios. Ainda conforme Silva (2004), o sistema de Taylor caracterizava-se pelos cinco aspectos a seguir: análise do trabalho que estuda o tempo e os movimentos, buscando o melhor processo de executar o trabalho no menor espaço de tempo; padronização das ferramentas no qual a habituava e padronizava os métodos de execução; seleção e treinamento dos trabalhadores, averiguando as aptidões e habilidades as tarefas que serão executadas por cada operário, supervisão e planejamento, constituído pelo planejamento e execução de cada tarefa e pagamento por produção, que são benefícios oferecidos àquele que conseguir produção acima da quantidade fixada. Henry Ford [ ], nascido no Estado de Michigan (EUA), representa a contribuição da indústria para a formação da teoria clássica da administração. Ford era um empresário com visão ampla que buscava a cristalização do conceito da eficiência, numa fábrica de automóveis. (SILVA, 2004) Segundo Gaither; Frazier (2008, p. 9), o grande marco da administração científica ocorreu na Ford Motor Company, no início do século XX.

20 20 Conforme Silva (2004), o modelo administrativo de Ford caracterizava-se pelos três princípios seguintes: O princípio da produtividade, conceituada pela máxima produção dentro de um período determinado; o princípio de intensificação, aumento da velocidade rotatória do capital circulante e o princípio da economicidade, redução do volume de matéria-prima em curso de transformação. Segundo Silva (2004, p.148), Fayol definiu administração como a realização das atividades administrativas, que são as funções de previsão, organização, comando, coordenação e controle. Para o Instituto Mantenedor de Ensino Superior Metropolitano S/A (2010, p. 19), a Figura 1 descreve detalhadamente todos os processos de evolução da administração durante a Era da Revolução Industrial, Taylor e Fayol explicam também as análises colocadas pelos autores acima, de forma a compreender o surgimento da administração e seus processos, enquanto objetivos e características de produção. Figura 1. Evolução da Administração Fonte: Adaptado de Instituto Mantenedor de Ensino Superior Metropolitano S/A( 2010, p.19)

21 21 A administração teve continuidade e tornou-se uma das áreas mais utilizada nas organizações, com isso, percebeu-se a necessidade de aperfeiçoamento dos métodos e das atividades administrativas, e assim, surgiu o conceito de administração da produção (IMES, 2010). 2.2 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO A Administração da produção está interligada ao gerenciamento e aperfeiçoamento de métodos para transformação da matéria-prima em produto acabado, através de um eficiente acompanhamento nos processos de produção (MOREIRA, 2009). Slack, Chambers, Johnston (2008, p. 58) definem administração da produção como atividades, decisões e responsabilidades dos superiores de produção, para administrar a produção e a entrega de produtos e/ou serviços. Os autores acima afirmam que a administração da produção envolve o mesmo conjunto de atividades para qualquer tamanho de organização. Entretanto, na prática, a administração da produção, em organizações de pequeno, médio e grande porte, somente executa diferentes trabalhos conforme a necessidade. Para Martins e Laugeni (2005, p. 6) é objetivo da Administração da Produção/Operações a gestão eficaz das atividades de transformar insumos, tais como matérias-primas, em produtos acabados e/ou serviços. De acordo com Slack, Chambers, Johnston (2008), a produção na organização representa a junção de recursos destinados à produção, para se ter um produto e/ou serviços que atendam às necessidades dos consumidores. Já para Martins e Laugeni (2005, p. 2), a função produção é entendida como o conjunto de atividades que levam à transformação de um bem tangível em outro com maior utilidade [...]. Segundo Slack, Chambers, Johnston (2008, p. 69), existem cinco objetivos de desempenho da produção, são eles: Qualidade bens e serviços isentos de erros, eliminando insatisfações por parte do consumidor, ou seja, proporciona à empresa uma vantagem competitiva no mercado. Rapidez através do lead time de fornecimento diminui o tempo de entrega dos pedidos. Dessa forma, a empresa conseguirá disponibilizar seus bens ou serviços de forma mais rápida no seu destino.

22 22 Confiabilidade - fidelização na entrega do produto ou serviço para seus clientes, gerando, assim, redução em seu estoque Flexibilidade capacidade de reagir ao inesperado, estando sempre preparado para mudanças na produção. Custo fazer as coisas com a qualidade esperada e com o menos custo possível, gerando retorno financeiro à organização. Para analisar o sucesso de uma empresa, precisa-se medir sua capacidade de oferecer ao mercado respostas ideais em relação a três âmbitos que são características de todos os produtos industriais com conteúdo cultural, estes âmbitos são: capacidade de minimizar o risco e os custos, aperfeiçoar a gestão do processo e tornar flexível a cadeia produtiva (CIETTA, 2010). Conforme as considerações dos autores acima, pode-se afirmar que a administração da produção é o conjunto de atividades que têm como objetivo transformar insumos em produtos acabados e/ou serviços para satisfazer as necessidades do consumidor. Vale ressaltar que uma administração da produção, quando bem executada, proporcionar um diferencial em sua eficácia na entrega do produto e/ou serviço Histórico da Administração da Produção Até o final do século XVIII, a agricultura era a atividade econômica predominante entre os países. Toda manufatura era feita em casa por artesãos, inicialmente, para consumo próprio, depois, para troca. As mercadorias eram feitas sob medida por artesãos que gastavam muitos anos como aprendizes, estudando cada aspecto de como fazer uma mercadoria: nenhum produto era igual ao outro. Surgiam, então, os primeiros artesãos e a primeira forma de produção organizada, que estabeleceu prazos de entrega, classificando as prioridades, onde atendiam especificações prefixadas e determinavam preços para suas encomendas (MARTINS e LAUGENI, 2005). Ainda segundo Martins; Laugeni (2005), a produção artesanal começou a entrar em declínio com o aparecimento da Revolução Industrial. Peinado e Graeml (2007, p. 55) afirmam que a Revolução Industrial passou a ser, naturalmente, considerada o marco inicial do processo gerador da administração da produção [...].

23 23 No ano de 1970, com a descoberta da máquina a vapor por James Watt, inicia-se o processo de substituição da força humana pela força da máquina (MARTINS; LAUGENI, 2005). No fim do século XIX, surgiram, nos Estados Unidos, os trabalhos de Frederick W. Taylor, considerado o pai da Administração Científica. Segundo Martins e Laugeni (2005, p. 3): Através de seus trabalhos, surge a sistematização do conceito de produtividade, isto é, a procura incessante por melhores métodos de trabalho e processos de produção, com o objetivo de obter melhoria da produtividade com o menor custo possível. Nasceu, então, o conceito de produção em massa caracterizada por grandes volumes de produtos unificados, isto é, baixa variação nos tipos de produtos finais. Essa procura da melhoria da produtividade por meio de novas técnicas, definiu o que se chamou de engenharia industrial. A partir do conceito da produção em massa, surgiram novas técnicas produtivas, chamadas de produção enxuta. A produção enxuta gerou, naquela década, vários outros conceitos just-in-time, engenharia simultânea, tecnologia de grupo, consórcio modular, células de produção, desdobramento da função qualidade, comakership, sistemas flexíveis de manufatura, manufatura integrada por computador, benchmarking, entre outros. Diante das considerações feitas pelos autores, conclui-se que o objetivo da administração da produção é criar métodos de aperfeiçoamento e estabelecer planos que atinjam os objetivos empresariais Planejamento e Controle da Produção Planejamento e Controle de Produção (PCP) é o departamento que permite a sequência dos processos produtivos na indústria, é responsável pela coordenação e aplicação dos recursos produtivos, controla a atividade de determinar sobre o melhor emprego dos recursos de produção, assegurando, assim, que a execução foi prevista no tempo e na quantidade certa e com os recursos corretos. Machline et al (1984, p. 247) afirmam que o PCP é a função

24 24 administrativa que tem por objetivo fazer os planos que orientarão a produção e servirão de guia para o controle da organização. O planejamento e controle é a atividade de decidir sobre o melhor emprego dos recursos de produção, assegurando, assim, a execução do que foi previsto (SLACK; CHAMBERS e JOHNSTON, 2008, p. 54). No geral, o PCP determina o que será produzido, quanto vai ser produzido, como vai ser produzido, onde vai ser produzido, quem vai produzir e quando vai ser produzido. Conforme Arnold (2008), o Planejamento e o Controle de Produção são responsáveis pelo planejamento e controle do fluxo de materiais pelo meio do processo de produção e suas principais atividades, que são: planejamento da produção, a produção deve atender à demanda do mercado buscando maneiras produtivas; implementação e controle, conquista dos planos alcançados pelo planejamento da produção e a administração do estoque, que acompanha as reservas intermediárias, evitando a falta de materiais e suprimentos nas abrangentes taxas de demanda e de produção. Levando em conta as considerações citadas pelos autores acima, o objetivo do PCP (Planejamento e Controle de Produção) é certificar-se de que a capacidade produtiva está adequada para atender à demanda do mercado, colocando em ação seus planejamentos por meio do controle da atividade produtiva Sistema de Planejamento de Produção Arnold (2008) salienta que, para se obter um bom sistema de planejamento, é preciso que se tenham prioridade e capacidade. A Figura 2 apresenta o relacionamento que existe entre prioridade de capacidade, que tem como finalidade balancear as demandas do mercado de acordo com os recursos e sua capacidade. (ARNOLD, 2008)

25 25 PRIORIDADE (Demanda) CAPACIDADE (Recursos) Figura 2. Relacionamento prioridade-capacidade Fonte: Adaptado de Arnold, 2008, p. 35 O sistema de PCP corresponde a uma função da administração, que vai desde o planejamento até o gerenciamento e controle do suprimento de materiais e atividades de processo de uma empresa, para que produtos específicos sejam produzidos por métodos específicos com o fim de atender ao programa de vendas preestabelecido (MARTINS; LAUGENI, 2005). Arnold (2008, p. 35) salienta que há cinco níveis principais no sistema de Planejamento e Controle de Produção (PCP): Plano estratégico de negócios Plano de produção Master production Schedule Material requeriments plan Controle da atividade de compras e de produção. Figura 3. Sistema de PCP (ARNOLD, 1999) Fonte: Adaptado de Urbieta, 2009, p.24.

26 26 As atividades do PCP são implementadas através do auxílio de pelo menos três sistemas. Os sistemas mais importantes são: MRP I e II, JIT/Just in Time e OPT/Optimized Production Tecnology (SLACK, 2002) MRP I e MRP II Segundo Slack; Chambers e Johnston (2008, p.450), o MRP original data dos anos 60, quando as letras queriam dizer materials requeriments planning (agora chamado de MRP um ou MRP I). De acordo com Peinado e Graeml (2007), os primeiros programas de MRP eram vistos apenas em empresas de grande porte, com o objetivo de determinar, com o auxílio de um sistema informatizado, quanto e quando os materiais seriam necessários à produção planejada, sempre com um mínimo de estoque possível. O programa MRP I, hoje, é uma ferramenta não só de acompanhamento e controle, mas sim, juntamente com o auxílio de um sistema operacional, a empresa conseguiu traçar novos planejamentos e aproveitar materiais que, de certa forma, tornaram-se estoque. O MRP oferece para as empresas a praticidade e a certeza de que todo material será adquirido da forma certa e no tempo certo. Slack; Chambers e Johnston (2008, p. 450) afirmam que o MRP I permite que as empresas calculem quanto material de determinado tipo é necessário e em que momento. Peinado e Graeml (2007, p. 426) citam as funções básicas do MRP: Cálculo das necessidades brutas e líquidas² dos itens de demanda Dependente ao longo do tempo Cálculo dos lotes de fabricação e aquisição dos itens de demanda dependente Recomendações de revisão de ordens em aberto (já liberadas) Recomendações de emissão de novas ordens (planejadas). ² As necessidades brutas são as necessidades obtidas diretamente da explosão das necessidades de materiais a partir da confrontação do Programa Mestre de produção com a Lista de Materiais. As necessidades líquidas referem-se às necessidades brutas decrescidas da quantidade dos itens em questão existentes no estoque.

27 27 De acordo com Corrêa; Gianesi e Caon (1999, p.140), a Figura 4 abaixo define e conceitua o papel da MRP nas empresas, levando em consideração os processos produtivos e de compra. O QUE Sistema de QUANTO MRP MRP II apoio às decisões de QUANDO COMO Figura 4. Abrangência do MRP I e MRP II Fonte: CORRÊA, Henrique L; GIANESI, Irineu G N; CAON Mauro, 1999, p. 140 Tubino (1997, p. 23) afirma que o modelo de controle de estoques pelo MRP considera a dependência da demanda de itens componentes da demanda por produtos acabados. Devido ao modernismo do sistema de informação, o MRP, antes criado para o controle de materiais, foi expandido para outras áreas da empresa. A partir desta ampliação de funcionalidade, o MRP passou a ser também conhecido como MRP II, na qual diferencia da concepção mais limitada. O MRP II engloba todas as atividades de uma organização, tais como: atividades mercadológicas, contábeis, de recursos humanos, logísticas e financeiras (PEINADO e GRAEML, 2007). Portanto, o MRP é um sistema que contribui para o andamento do processo de produção, considerado como um instrumento principal para a coordenação de recursos da produção. Esse sistema se tornou ainda mais completo com o passar dos tempos, como se aborda no próximo item ERP (Enterprise Resource Planning) Partindo do pressuposto de que o ERP é um sistema de informação transacional, cuja função é armazenar, processar e organizar as informações

28 28 geradas nos processos organizacionais, agregando e estabelecendo relações de informação entre todas as áreas de uma companhia. De acordo com Rezende (2005, p. 51), o ERP corresponde a um pacote de gestão organizacional ou de sistema integrado, com recursos de automação e informação, visando contribuir originalmente para gestão operacional da empresa. Segundo Laugeni e Martins (2005, p. 387), o real surgimento do ERP é visto como a evolução natural dos sistemas de planejamento das necessidades de materiais: Do inglês Material Requeriment Plannin, o MRPI e MRPII surgiram por volta de 1970, com foco em manufatura em planejamentos de recursos de materiais, com a inclusão de mais módulos relativos a custos, dados de engenharia e chão de fábrica. (LAUGENI E MARTINS, 2005, p. 387) Slack; Chambers e Johnston (2008, p. 475) salientam que o Planejamento de recursos do empreendimento (ERP) é o último e o mais significativo desenvolvimento da filosofia de MRP básica. Em sua forma básica, a força do MRP I baseia-se no fato de poder explorar as consequências de quaisquer mudanças que uma operação fosse solicitada a realizar. Assim, se a demanda mudasse, o sistema MRP poderia calcular todos os efeitos e estabelecer instruções de acordo. O mesmo princípio aplica-se ao ERP, mas em base muito mais ampla. Os sistemas ERP permitem que as decisões e a base de dados de todas as partes da organização sejam integradas, de modo que as consequências das decisões de uma parte da organização sejam refletidas nos sistemas de planejamento e controle do restante da organização. O ERP, em termos gerais, é uma plataforma de software desenvolvida para integrar os diversos departamentos de uma empresa, permitindo a automatização e armazenamento de todas as informações existentes na empresa. O ERP é um sistema que colhe informações em outros sistemas espalhados pela empresa com o principal objetivo de concretizar estas informações em um único sistema (PINHEIRO, 2009) JUST TIME Conforme Arnold (2008, p. 450), o JIT é uma filosofia relacionada ao modo como a empresa fabricante organiza e opera seu negócio. Outros autores mencionam que:

29 29 O just time (JIT) é uma abordagem disciplinar que visa aprimorar a produtividade global e eliminar os desperdícios. Ele possibilita a produção eficaz em termos de custo, assim como o fornecimento apenas da qualidade correta, no momento e locais corretos, utilizando o mínimo de instalações, equipamentos, materiais e recursos humanos. O JIT é dependente do balanço entre a flexibilidade do usuário. Ele é alcançado por meio da aplicação de elementos que requerem um envolvimento total dos funcionários e trabalho em equipe. Uma filosofia-chave do JIT é a simplificação. O Just-in-time sintetiza-se na eliminação de todo desperdício e a melhoria constante da produtividade. Através desse resultado da eliminação de desperdício, a organização torna-se eficiente em custos, alto padrão de qualidade e rápida resposta às necessidades dos clientes. O Just in Time surgiu para se trabalhar continuamente pelas metas de melhoria do desempenho, no entanto aperfeiçoa o sistema de manufatura, reduzindo consequentemente os custos de fabricação. (CARRERA et al, 2009). De acordo com Richard (1989, p. 9): a meta do Just in time é eliminar qualquer função desnecessária no sistema de manufatura que traga custos indiretos, que não acrescente valor para a empresa, impedindo uma melhor produtividade ou o aumento no valor do produto final. Para Richard (1989, p.11), a administração de Just in time oferece uma vantagem competitiva para a organização através de ferramentas gerenciais: Integrando e otimizando: reduzindo a necessidade de funções e sistemas desnecessários como inspeção, retrabalho e estoque. Melhorando continuamente: desenvolvendo sistemas internos que encoragem a melhoria constante nos processos e procedimentos. Entendendo o cliente: atendendo ás necessidades do cliente e reduzindo o custo total do cliente na aquisição e uso de um produto. Através da filosofia do JIT de persistir na melhoria contínua do desempenho produtivo, é que empresas estão cada vez mais preocupadas em estabelecer o controle de tudo que gera desperdício, e consequentemente, ajuda a fechar a fenda operacional entre a qualidade e a produção. (ARNOLD, 2008) O impacto do JIT sobre o controle de qualidade é amortecer a importância da inspeção como função de garantia da qualidade e alargar a importância do controle de qualidade como função de precaução. (RICHARD, 1989)

30 Controle de Qualidade Segundo Slack; Chambers e Johnston (2008), há uma crescente consciência de que bens e serviços de alta qualidade podem dar a uma organização uma considerável vantagem competitiva. A boa qualidade reduz os custos de retrabalho, e mais, gera consumidores satisfeitos. Durante a Segunda Guerra Mundial, a necessidade de controle de qualidade do sistema de produção alcançou um nível crítico, à medida que as necessidades de grandes volumes de produtos com qualidade aumentaram (RICHARD, 1989, p. 83). Embora seja satisfatório que as metas de produção sejam cumpridas, é também de muita importância que haja um controle de qualidade da produção da empresa, de modo que o produto acabado corresponda à particularidade estabelecida. A qualidade, no geral, oferece lucros quando o produto apresenta boa qualidade e quando são expostos ao consumidor dentro do padrão de qualidade, consequentemente, gera satisfação e aumento da demanda. De acordo com Slack; Chambers; Johnston, (2008, p. 549), a Figura 4 mostra o relacionamento fornecimento-demanda, destacando a grande influência da qualidade, desde a produção até o cliente final, apresentando o resultado do processo da qualidade e os demais recursos ate o cliente final. Fornecimento de produtos e serviços Planejamento e Demanda por controle de qualidade produtos e serviços A qualidade dos produtos e serviços Recursos da que a operação Consumidores da operação produz operação produtiva Figura 5. Planejamento e Controle de Qualidade Fonte: Adaptado de Slack; Chambers; Johnston, 2008, p.549

31 31 Em geral, o controle de qualidade tem como função organizar para guiar, apoiar e monitorar o processo de produção, gerando informações de análise de falhas, análise de dados para que sejam eliminadas todas as imperfeições feitas pela produção. 2.3 Estratégia de Produção Na procura de minimizar seus custos, com um cenário de alta demanda, foi que as empresas procuraram desenvolver um planejamento de longo prazo para determinar melhor suas prioridades competitivas. Segundo Davis; Aquilano e Chase (2001, p. 42): A estratégia de produção está, portanto, preocupada com o desenvolvimento de um planejamento de longo prazo para determinar como melhor utilizar os principais recursos da empresa, de modo que haja um alto grau de compatibilidade entre esses recursos e a estratégia corporativa de longo prazo da companhia. Para Slack; Chambers e Johnston (2008, p. 88), A estratégia de produção diz respeito ao padrão de decisões e ações estratégicas que definem o papel, os objetivos e as atividades da produção. De acordo com Davis; Aquilano e Chase (2001, p. 42), as estratégias de produção são desenvolvidas a partir das prioridades competitivas de uma organização que incluem baixo custo, alta qualidade, entrega rápida, flexibilidade e atendimento. A estratégia de produção decorre de um planejamento em longo prazo, no qual a empresa, através de decisões estratégicas, decide focar em seus objetivos corporativos, minimizando seus custos de produção, aumentando a velocidade na entrega, obtendo flexibilidade e produzindo com qualidade. A busca por esses objetivos corporativos deu-se pelo avanço da concorrência, que constantemente tenta obter vantagens competitivas em relação aos concorrentes. De acordo com Slack; Chambers; Johnston (2008, p. 28), a Figura 5 apresenta detalhadamente todo o processo de formulação das estratégias de produção na prática, sinalizando todos os processos que compõem o aperfeiçoamento da estratégia de produção.

32 32 Figura 6. Estratégias de Produção Fonte: Adaptado de Slack; Chambers; Johnston, 2008, p.28 O papel estratégico da produção programa e/ou "operacionaliza" a estratégia da empresa (SLACK, 2008). Com isso, torna-se essencial a interligação do papel estratégico com a estratégia de produção Papel Estratégico da Produção Qualquer departamento de produção deve entender a importância da sua contribuição na organização, para que o papel de sua função possa ser desenvolvido de forma a contribuir para o sucesso da empresa em longo prazo. (PREFEITURA DE DIADEMA, 2010). De acordo com Slack; Chambers; Johnston (2008), o papel da produção é designar algo além de suas responsabilidades e tarefas óbvias na empresa. Com isso designa-se a razão básica da função o principal motivo de sua existência. Conforme Slack; Chambers; Johnston (2008), existem três outros papéis importantes para a função da produção, são eles: implantação da estratégia empresarial, desenvolvimento de recursos para atingir os objetivos estratégicos da organização e oferecer vantagem, no curto e longo prazo, através da qualidade e rapidez na entrega.

33 33 O gestor da área de produção possui a responsabilidade direta quando assume a visão do papel estratégico da produção, pois é de extrema importância o seu foco na estratégia do processo de produção para que a empresa possa atingir seus objetivos, dessa forma, é necessária a verificação dos projetos dos produtos, serviços e processos, isto acontece através do planejamento e controle da produção Teoria das Restrições Segundo Wanke (2003), a Teoria das Restrições, também denominada de TOC (Theory of Constraints), é um desenvolvimento relativamente recente no aspecto prático da tomada de diversas decisões organizacionais nas quais existem restrições. Através do Dr. Eliyahu Goldratt, em seu livro, A Meta, a TOC foi iniciada e implantada nas organizações. A TOC é a filosofia que diz que todo processo possui uma restrição e que esta é qualquer coisa numa empresa que a impede ou limita seu movimento em direção aos seus objetivos. Para nosso cotidiano, chamam-se estas restrições de gargalos. A TOC tem seus métodos pouco conhecidos no meio organizacional e acadêmico, mas que aos poucos vem se expandindo devido a sua grande vantagem na busca por resultados. Já Goldratt (1993) diz que a TOC é qualquer coisa que limita um melhor desempenho de um sistema, fazendo uma análise de causa e efeito com o objetivo de identificar a causa principal do problema Aplicação e Implementação Visando atingir a meta nas empresas industriais, a TOC propõe a utilização de cinco passos globais citados a seguir: Identificar a restrição do sistema Decidir como explorar a restrição do sistema Subordinar tudo o mais á decisão acima Elevar a restrição do sistema Identificar a nova restrição do sistema caso a restrição seja rompida.

34 34 A TOC oferece princípios, ideias, ferramentas e processos para ajudar a responder três perguntas que facilitam respostas para a falta de capacidade de um recurso produtivo: O que mudar? ; Para o que mudar? ; Como causar a mudança? Segundo Souza e Baptista (2010, p. 740), para implantar a TOC, devese iniciar o processo estabilizando a operação e permitindo que ela atinja um alto desempenho de entrega em um curto intervalo de tempo. Normalmente, aplica-se a Teoria das Restrições nos departamentos que geram estoques, mais empresas estão adotando estratégias de implantação na produção, utilizando os métodos da TOC. Estratégia esta que controla processos produtivos identificando a entrada e a saída de produtos fabricados e não fabricados, em determinados departamentos, através da praticidade e rapidez dos processos, fazendo com que cada departamento só reponha aquela quantidade que libera. Um bom exemplo é o método Tambor-Pulmão-Corda, no qual se menciona mais claramente no próximo tópico Tambor-Pulmão-Corda (TPC=DBR) O Tambor-Plumão-Corda (DRB) é o método de programação e controle da produção que interliga o sistema à restrição. Tem como objetivo assegurar a máxima utilização da restrição para atender à demanda. Sabe-se que as indústrias de confecções têm como restrições o setor de costura e, com este gargalo bem definido, pode-se trabalhar com o DRB, que são conceituados abaixo, salientados por Souza e Baptista (2010, p. 739): Tambor: é a programação detalhada da restrição. Pulmão: Em função das incertezas, uma proteção deve ser criada para liberação dos itens alguns tempos antes de seu processamento na restrição. Esta proteção é chamada de Pulmão, e na TOC, o Pulmão é medido em unidades de tempo, e não na quantidade de itens. Corda: assegura que todos os recursos operarão no mesmo ritmo que a restrição, sem elevação nos níveis de estoque em processamento. Souza e Baptista (2010, p. 736) dizem ainda que:

35 35 O método DRB inicia sua lógica localizando o elemento mais restrito do sistema, denominado gargalo ou recurso com restrição de capacidade, e estabelece que o ritmo de produção de todo sistema deve estar subordinado à taxa deste elemento restritivo. A Teoria das Restrições tem uma grande parcela de participação na implantação do processo de produção Fast Fashion, nas indústrias de confecção. Este método estimula o bom andamento e permite identificar os problemas existentes na produção, problemas estes que afetam vários departamentos, devido à lenta rotatividade dos processos iniciados.

36 36 3 SISTEMA FAST FASHION 3.1 Conceitos Cietta (2010, p.37) salienta que o modelo de negócio de grande sucesso hoje é definido como Fast Fashion. Surgiu em 1990, na Europa, com a nomenclatura chamada de Fast Fashion, expressão esta utilizada pela mídia para identificar a alteração cada vez mais veloz da moda. Segundo Erner (2005, p.146), o Fast Fashion é baseado no Sentier: O Sentier é um bairro parisiense conhecido por ser especializado na atividade têxtil e como inventor de uma maneira original de produzir roupas: o circuito curto, anglicizado como Quick Response System / Sistema de Resposta Rápida. O modelo Fast Fashion, atualmente, não tem como objetivo só minimizar os riscos, mas procurar diminuí-los e fazer que os custos de um eventual erro no processo se minimizem, além de reduzir os custos fixos sobre variáveis. O custo mais relevante de uma indústria é com matéria-prima e maquinário, nos quais deve-se ter uma antecipação em relação ao início da produção. (CIETTA, 2010) Segundo Santiago e Morelli (2010, p. 5), o sistema Fast Fashion é bastante complexo de ser executado com sucesso. Organização, investimento e previsão são elementos chave para se fazer parte desse mercado. De acordo com Cietta (2010, p. 37), o sistema circular de produção/consumo é o que está na base do sucesso do Fast Fashion: As empresas de moda rápida desfrutam desse sistema circular de produção e consumo de valor imaterial para tornarem a própria atividade economicamente mais rentável e, em geral, menos arriscada. Nesse modelo de negócios, a empresa é estruturada para recolher dados e informações, interpretá-los como elementos de tendência-moda e verificar as próprias hipóteses com os monitoramentos dos consumidores. Fashion: A Figura 6 identifica os fatores que levaram ao aparecimento do Fast

37 37 aumento da quantidade de nichos de mercado globalização da informação de moda desenvolvimento tecnológico dos fabricantes aceleração da demanda informatização busca por produtos informatização individuais Figura 7. Fatores que influenciam o surgimento do Fast Fashion. Fonte: Adaptado Daniela Delgado, (2010) Para Cietta (2010, p. 97), as empresas do Fast Fashion distinguem-se por sua capacidade de minimizar o risco de previsão e de desenvolvimento de projeto, graças à utilização de dados que provenham de cada fase do ciclo produção/consumo, de maneira transversal. O Fast Fashion revolucionou o mercado internacional, haja vista países como a França, Alemanha, Reino Unido, Espanha, dentre outros, adotaram esse novo processo com o objetivo de aumentar seus lucros, suas vendas e aperfeiçoar seus processos de entrega. (HOFFMAN, 2010) De acordo com Rocha (2013, p. 52), com a rede fast fashion, família Rocha quebrou vários paradigmas de que só a velha economia gera riqueza. Segundo Cietta (2010, p. 31), nos anos de 2000 a 2005: As marcas do Fast Fashion cresceram, em média, de 15% a 20%, o que significa um crescimento superior aquele registrado, no mesmo período, por algumas empresas do segmento de luxo (+0,8%) e do vestuário feminino (+0,1%). O valor de mercado dessas marcas subiu 1,11%, assim como aumentou a presença de suas monomarcas

38 38 Baseado em Cietta,( 2010, p. 31 ), na Figura 7, percebe-se o aumento da cota do mercado do Fast Fashion no segmento de vestuário, no ano de 2007, segundo Cietta (2010): Países vestuário Cota % fast-fashion sobre o total de vendas Espanha 20% Reino Unido 12% França 8% Alemanha 5% Itália 20% Brasil 7% Figura 8. Cota do mercado do Fast Fashion no vestuário (ano de 2007) Fonte: Adaptado de Cietta, 2010, p O Objetivo do Fast Fashion As lojas de vestuários sofrem com o alto índice de produtos em estoque, produtos estes que foram descartados em coleções passadas e que não agradaram ao consumidor, visto isso, empresas resolveram envolver o consumidor, produzindo aquilo que o consumidor deseja comprar. No modelo Fast Fashion, serão fabricados exatamente os produtos que mais tiveram venda na coleção anterior, evitando a baixa rotatividade de produtos em estoque e fazendo com que os produtos tenham venda. (CIETTA, 2010) Para Hoffman (2011, p. 4), o objetivo das redes de Fast Fashion é produzir e vender o mais rápido possível, de maneira a reduzir os estoques. Além disso, é essencial entender o que o consumidor deseja para, assim, poder oferecer o produto adequado. Segundo Cietta (2010, p. 39), o Fast Fashion tem como objetivo: Definir uma coleção na qual prevaleçam os produtos de maior sucesso; não poucos best-seller, mas um grupo de produtos que definam um estilo específico e sejam coerentes entre si. A exigência de uma coleção com a melhor eficácia de vendas continua a levar as empresas de moda rápida a se inspirarem nos estilistas (...). Algumas empresas ainda não adotaram o sistema Fast Fashion por não saber se sua implantação é uma ameaça ou uma oportunidade, visto que micro e pequenas empresas de confecções ainda não possuem suporte adequado para

39 39 adquirir o sistema Fast Fashion por completo. Mas por apostarem nas mudanças e retornos financeiros trazidos pelo Fast Fashion, foi que grandes empresários implantaram esse novo sistema e hoje possuem sua empresa fabricando com baixo custo e rapidez na entrega (CIETTA, 2010). 3.3 A estratégia Fast Fashion A base de sucesso do Fast Fashion está no acompanhamento dos riscos, da criatividade e da produção rápida. As empresas que adotam o Fast Fashion reduzem drasticamente o tempo de preparação e produção. Algumas conseguem fazer com que suas peças cheguem às lojas em poucas semanas. (CIETTA, 2010, p. 23). Dessa forma, certamente a empresa trará o retorno esperado e o processo terá uma eficácia nas diversas fases produtivas. Fashion: Para Cietta (2010, p. 35), são três as bases para o sucesso do Fast Risco - Quanto maior e mais fragmentada for a informação, maior é o risco Gestão do sistema criativo Deve ser operada de forma dupla: inovando e incorporando as últimas tendências de consumo Gestão da cadeia produtiva Diminuir o tempo de fornecimento envolve encontrar soluções produtivas adequadas e o desenvolvimento de alternativas para compreender os reais interesses dos consumidores. Na tentativa de explicar as razões do sucesso do Fast Fashion, Cietta (2010) aponta a capacidade de esse sistema gerenciar de forma eficiente os problemas relacionados aos riscos. A gestão do risco tornou-se complexa pelo fato de que o grau de risco de uma determinada produção varia nas diversas fases produtivas: ele é mais arriscado quanto menor e altamente fragmentada é a informação. É menos arriscado quando for alto o nível de informação, ou quando se estiver bem próximo do momento de consumo. A política comercial das empresas de fast fashion é fortemente orientada a um segmento de consumidores de forma específica. A escolha dos tamanhos, do estilo e do canal de distribuição é feita de maneira muito consciente, inclusive, em relação à minimização de riscos e de custos (CIETTA, 2010,p. 36).

40 40 Quadro 1. Oportunidades e Ameaças OPORTUNIDADES Modelo de negócio que se aproveita de flexibilidade das micro e pequenas empresas. A proximidade das empresas produtoras das varejistas possibilita romper com o atual modelo que busca a produção em volume e fornecimento por países periféricos. É o novo modelo de negócio que pode ser aproveitado, se planejado, além de ser uma nova onda que atinge a indústria de vestuário do Brasil. AMEAÇAS Não está organizado para explorar o processo de produção do Fast Fashion. Não desenvolver estratégias para escutar o potencial cliente. Não desenvolver uma ferramenta para tratar informações, dados de consumo e tendência. Não ter capacidade de atendimento para os curtos prazos estipulados de produção. Ser pressionado pelos preços baixos das empresas varejistas. Quadro 1. Oportunidades e Ameaças Fonte: Adaptado de Hoffmann, 2011, p. 7. O Quadro 1, acima, mostrou as ameaças e oportunidades do Fast Fashion, em um cenário onde a empresa, ao implantar o Fast Fashion, deverá seguir alguns princípios que o levará a um bom resultado.

41 41 4 METODOLOGIA DA PESQUISA 4.1 Estratégia Metodológica Esta seção objetiva a apresentar os aspectos metodológicos para elaboração do presente estudo de pesquisa, quanto ao objetivo, à abordagem, ao procedimento técnico, ao universo e à amostra, além da descrição do processo de coleta e tratamento dos dados. De acordo com Oliveira (2002, p.19), a metodologia estuda os meios ou métodos de investigação do pensamento correto e do pensamento verdadeiro, e procura estabelecer a diferença entre o que é verdadeiro e o que não é [...]. 4.2 Tipos de Pesquisa O presente trabalho foi apoiado em pesquisa bibliográfica e estudo de caso. Bibliográfica, pois foi realizada por meio de levantamentos em fontes secundárias que, segundo MATTAR (2008), é uma das formas mais rápidas e econômicas de amadurecer ou aprofundar um problema de pesquisa, e através do conhecimento dos trabalhos realizados por outros, via levantamento bibliográfico. A pesquisa fez uso intenso de pesquisa bibliográfica, no qual Lakatos e Marconi (2001, p. 43) citam que a pesquisa bibliográfica tem como finalidade colocar o pesquisador em contato direto com tudo aquilo que foi escrito sobre determinado assunto [...]. Já Gil (2002, p. 45) explica que a pesquisa bibliográfica reside no fato de permitir ao investigador a cobertura de uma gama de fenômeno muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente. Para Gil (2002, p.54), o estudo de caso consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento [...]. É largamente utilizado no levantamento das características e parâmetros de funcionamento ou operação de sistemas e processos, normalmente utilizado em um caso, em particular (SCHNITMAN, 2011). Quanto ao propósito, a pesquisa classifica-se como exploratória, onde nela são realizadas descrições precisas da situação, descobrindo as relações existentes entre seus elementos e componentes. (CERVO; BERVIAN E DA SILVA, 2007).

42 42 como objetivo: Segundo Gil (2002, p.41), pode-se dizer que a pesquisa exploratória tem Proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-los mais explicitos ou a constituir hipóteses. Pode-se dizer que estas pesquisas têm como objetivo principal o aprimoramento de ideias ou a descoberta de intuições. Em relação aos assuntos que complementam e proporcionam maior entendimento ao assunto principal da pesquisa, que é o Fast Fashion, houve uma grande dificuldade, pois poucos autores escreveram sobre o assunto, no entanto recorreu-se a outros tipos de materiais acadêmicos, sendo eles: artigos e monografias. A pesquisa realizou-se em um cenário onde a autora carrega amplo conhecimento no assunto abordado, o que facilitou na elaboração e apresentação de todo o processo mensurado nesta pesquisa. Quanto à abordagem, trata-se de uma pesquisa com abordagem quantiqualitativa, sendo aplicada quando se almeja avaliar a extensão do objeto de estudo e aplica-se nos casos em que se busca identificar o grau de conhecimento, as opiniões, impressões, hábitos, comportamentos, proporcionando informações de natureza mais objetiva e aparente.(schnitman, 2011). Já para a FAMA (Faculdade de Administração Mariana, 2010, p.16), a metodologia quantitativa significa quantificar opiniões, dados, nas formas de coleta de informações, assim como também com o emprego de recursos e técnicas estatísticas desde a mais simples [...], ate as de uso mais complexos [...]. A pesquisa deu-se através de uma aplicação de questionários e entrevista com o corpo gerencial da empresa, sendo considerada, dessa forma, como quantitativa, por explicar em números as opiniões, dados e informações para serem classificados e analisados. 4.3 Universo, população e Amostra da pesquisa De acordo com Vergara (2009, p.46), população não é: o número de habitantes de um local, como é largamente conhecido o termo, mas um conjunto de elementos (empresas, produtos, pessoas, por exemplo) que possuem as características que serão objetos de estudo.

43 43 Segundo Oliveira (2002, p.160), Universo ou população é o conjunto de seres animados ou inanimados que apresentam pelo menos uma característica em comum [...]. Diante dessas informações, esta pesquisa tem como universo o corpo gerencial de uma Indústria de confecção, localizada em Fortaleza/CE, que inclui como população os gerentes, coordenadores, supervisores e chefes de departamento, perfazendo um total de 133 cargos gerenciais. A escolha da área se deu pela maior proximidade da pesquisadora com o universo, facilitando a obtenção de informações e também por perceber o elevado potencial para estudo. O universo desse estudo é composto pelos funcionários que compõem o corpo gerencial da empresa, onde se demonstra no Quadro a seguir: Quadro 2. Universo da pesquisa CARGOS QUANTIDADE DE FUNCIONÁRIOS UNIVERSO Gerentes 4 4 Supervisores Encarregados de Produção Quadro 2 Universo da pesquisa Fonte: Dados da empresa, elaboração da autora (2012). Dentro desta população, foi selecionada uma amostra probabilística que, segundo Richardson (2008, p. 160), é aquela que, em princípio, todos os sujeitos têm a mesma probabilidade de ser escolhidos. Foi utilizada também a amostragem aleatória simples ou a não intencional, pois se identificou que toda a população se encontrava em total manuseio e grau de conhecimento do sistema Fast Fashion, facilitando, assim, uma maior precisão dos resultados em estudo, que, de acordo com Gil (2002, p.121), amostra aleatória simples consiste em atribuir a cada elemento de maneira casual. Nesta pesquisa, foram somadas as quantidades de funcionários de cada elemento do universo da pesquisa e, em seguida, tirou-se 10% de cada cargo do corpo gerencial para compor a amostra.

44 44 cálculos abaixo: A amostra seguiu critérios estatísticos que foram tirados baseados nos X 10% = n (1) Onde: X = quantidade de funcionário por elemento n = tamanho da amostra Com base na explicação acima, as amostras foram divididas conforme apresenta o Quadro a seguir: Quadro 3. Amostra da pesquisa CARGOS UNIVERSO AMOSTRA Gerentes 4 1 Supervisores 24 2 Encarregados de Produção TOTAL Quadro 3 Amostra da pesquisa Fonte: Dados da empresa, elaboração da autora (2012) 4.4 Método de coleta de dados Visando solucionar a problemática da pesquisa, realizou-se um estudo de caso, tendo como ferramenta de coleta os dados dos três questionários, sendo o primeiro e o segundo questionário aplicado em todo o corpo gerencial e o terceiro somente aplicado ao gerente de produção. O primeiro questionário (APÊNDICE A) fala sobre a caracterização do respondente e é composto de quatro perguntas fechadas; o segundo questionário (APÊNDICE B) corresponde ao grau de

45 45 concordância e discordância quanto à implantação, rapidez e qualidade do sistema Fast Fashion, composto por vinte perguntas fechadas; o terceiro questionário corresponde a um roteiro de entrevista (APÊNDICE C), onde foram colocadas perguntas mais técnicas e aprofundadas sobre a implantação do Fast Fashion na empresa, composto por quinze perguntas. Os dois questionários com questões fechadas foram entregues ao corpo gerencial para que fosse respondido a próprio punho, já o roteiro de entrevista foi aplicado somente ao gerente de produção, no qual as respostas foram respondidas a próprio punho pela entrevistadora. O objetivo do estudo é analisar as transformações causadas pela implantação de uma nova estratégia de produção em uma indústria de confecção, localizada na cidade de Fortaleza/CE. Baseados no objetivo do estudo em pesquisa foram realizados prétestes, após a definição do universo da pesquisa onde, segundo Lakatos e Marconi (2005, p.165), os pré-testes consistem testar os instrumentos da pesquisa sobre uma pequena parte da população do universo ou da amostra, antes de ser aplicado definitivamente, a fim de evitar que a pesquisa chegue a um resultado falso. No entanto, o pré-teste foi realizado na própria empresa, no dia 22 de novembro de 2012, às 10h30min, com a participação de seis chefes de Produção. Após o pré-teste, houve necessidade de ajustes para melhor entendimento das perguntas, pois, por conta do nível de escolaridade e baixo conhecimento de determinados assuntos, alguns entrevistados sentiram dificuldade em responder algumas perguntas. Os questionários foram reformulados e aplicados pela própria pesquisadora, no período de 17 a 19 de dezembro de 2012, na própria indústria, no horário agendado, das 9h às 11h. A pesquisa foi realizada com sucesso, sem resistências, pois foi feita de forma planejada, agendada, e com o consentimento dos diretores da empresa. 4.5 Métodos de análises Nessa etapa, pode ser realizada a interpretação dos resultados, ou seja, verificar se os resultados obtidos com a pesquisa estão em conformidade com os resultados expostos em teorias ou outros estudos já realizados (GIL, 2002). Para analisar os dados coletados, utilizou-se o sistema Excel, versão Os dados

46 46 foram dispostos através de planilhas que facilitaram a elaboração e organização dos gráficos e a elaboração dos resultados, gerando o relatório final. Foram analisados todos os questionários e nenhum foi descartado, já que não apresentaram nenhuma irregularidade nas respostas, pois, segundo MALHOTRA (2006), o erro de resposta surge quando os entrevistados dão respostas imprecisas ou suas respostas são registradas ou analisadas de forma equivocada. No capítulo 5, abaixo, faz-se um breve histórico sobre o objeto de estudo para melhor compreensão da pesquisa. E em seguida, analisam-se os dados obtidos no estudo de caso e a interpretação dos resultados.

47 47 5 ANÁLISE DOS DADOS E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS Neste capitulo, apresenta-se a análise dos resultados do estudo, realizado em uma Indústria de confecção localizada na cidade de Fortaleza. Os dados coletados através de questionário foram estudados mediante leituras sobre Administração da Produção e o Sistema Fast Fashion, conforme mostrados nos capítulos anteriores. Inicialmente, foram abordadas questões referentes à caracterização dos respondentes (idade, escolaridade, cargo e tempo de empresa), na seqüência, foram pontuados os entendimentos dos respondentes de acordo com o grau de concordância, seguindo o modelo da Escala de Likert sobre a implantação do sistema Fast Fashion e, por fim, quanto ao aprofundamento dos métodos, técnicas e opiniões sobre o sistema Fast Fashion. 5.1 Conhecendo o objeto de estudo O objeto de estudo aconteceu em uma Indústria de confecção de grande porte, que atua no mercado há mais de 55 anos, situada em Fortaleza/CE, no bairro de Antonio Bezerra. A história dessa empresa se iniciou, em 1947, quando o seu proprietário abriu sua primeira loja de roupas localizada em Natal (RN). Quatro anos depois, a empresa implantou uma pequena confecção, em Recife (PE), e adquiriu vários pontos de venda, em um momento em que o mercado de roupas no nordeste começava a se desenvolver. Dois anos depois, sua matriz foi transferida para Natal (RN), com a inauguração de sua primeira fábrica, com 2.700m²(dois mil e setecentos metros quadrados) de área construída e onde se mantém até os dias de hoje. A empresa, atualmente é o maior grupo empresarial de moda do Brasil e controlador da rede varejista, com 135 unidades/lojas espalhadas por todo o território nacional. Desde o início, o objetivo da empresa tem sido comercializar produtos de alta qualidade, a preços acessíveis, sempre buscando satisfazer e agregar valor a seus clientes e acionistas. A indústria hoje emprega, aproximadamente, seis mil funcionários, sendo próximo de quatro mil funcionários trabalhando direto na produção (chão de fábrica), e dois mil funcionários, aproximadamente, trabalhando em cargos administrativos e estratégicos. Sua

48 48 denominação é de natureza familiar e S/A, com capital aberto, tendo como atividade principal a fabricação têxtil e de confecção. A empresa possui marca própria e fábrica em torno de cinquenta mil peças por dia, em uma área de aproximadamente m². O principal produto da empresa é a fabricação de roupas utilizando o jeans, a sarja e o tecido fino, para atender ao público feminino, masculino, jovem, idoso, gestante e infantil. Os setores da empresa são divididos através de sinalizações, como placas e adesivos. Todos os processos necessários para a fabricação das peças ganham suporte a partir dos departamentos de: PCP, Suprimentos, Compras, Estilo, Engenharia de Produto, Pilotagem, Contabilidade, Modelagem, RH, Departamento de pessoal, Enfermaria, entre outros. A partir da estratégia de criar um grupo verticalizado que pesquisa, desenha, produz, distribui, comercializa e financia peças de vestuários e acessórios de moda, em quase duzentos endereços do país, a empresa hoje é considerada uma das empresas mais procuradas no mercado da moda. Após conhecer o objeto de estudo, demonstram-se os resultados obtidos através de entrevista e questionários respondidos pelo corpo gerencial da empresa, sendo eles o gerente de Produção, supervisores e encarregados de Produção. Em seguida, os dados foram analisados graficamente para uma melhor compreensão. 5.2 Quanto à caracterização dos entrevistados O primeiro questionário fechado, aplicado com todos os entrevistados do corpo gerencial, num total de 14 pessoas, abordou informações pessoais como: idade, grau de escolaridade, cargo atual e o tempo de empresa. O objetivo foi verificar o nível de conhecimento e, ao mesmo tempo, coletar informações concretas de pessoas que presenciaram a evolução da empresa (antes e depois), alinhando as informações ao conceito teórico em estudo. A entrevista aconteceu na própria empresa, em uma sala de descanso, reservada e permitida pelo gestor da fábrica. Os Gráficos 1 e 2, a seguir, apresentam o tempo de empresa e a idade dos respondentes.

49 Tempo de Empresa Os dados apresentados no Gráfico 1 demonstram que 14% dos pesquisados (nove pessoas) trabalham na empresa há mais de doze anos. A maior porcentagem, 65% dos funcionários entrevistados, trabalha na empresa entre 4 a 6 anos. Já os que trabalham de 1 a 3 anos representaram 14% do total dos entrevistados, constando que estes, mesmo com pouco tempo de empresa, fizeram parte do início do processo de implantação do sistema Fast Fashion, que começou em 2011, comprovando que todos os entrevistados possuem certo domínio em relação ao assunto abordado. Gráfico 1. Tempo de Empresa Fonte: Dados da pesquisa, elaboração da autora, Idade Já os dados apresentados no Gráfico 2 mostram que 57% dos pesquisados (oito pessoas) são de idades entre 26 a 33 anos, o que facilita o grau de flexibilidade em relação a mudanças de sistemas e métodos de trabalho, pois, como dito em capítulos anteriores, o sistema Fast Fashion requer um intermediário conhecimento teórico da TOC, o que, para muitos, só se vê esse assunto em fundações universitárias. Somente duas pessoas, o que representa 15% do total da amostra, têm idade entre 34 e 41 anos. Nota-se que a empresa não dá prioridade no que diz respeito ao tempo de empresa e faixa etária dos funcionários. Seu quadro de funcionários em

50 50 cargos de confiança está em constante rotatividade, o que leva a entender que a empresa esta à procura de novos conceitos e novas ideias. Gráfico 2. Idade Fonte: Dados da pesquisa, elaboração da autora, Cargo Com relação ao cargo exercido na empresa, ao se consultar o Gráfico 3, verifica-se que a maioria dos entrevistados (79%) pertence à área da produção, onde desempenha o cargo de encarregado (a) de produção. A minoria, apenas 7% (uma pessoa), faz parte da Gerência, exercendo o cargo de gerente de Produção. Assim, torna-se claro que os participantes da pesquisa atendem ao eixo central desse estudo, que é identificar as transformações causadas na implantação do sistema de produção Fast Fashion em uma indústria de confecção, pois eles trabalham diariamente e diretamente no aperfeiçoamento e implantação do sistema.

51 51 Gráfico 3. Cargo Fonte: Dados da pesquisa, elaboração da autora, Em seguida, indagou-se aos pesquisados o grau de escolaridade, concluído ou em conclusão, considerando que a escolaridade é um dos requisitos mais considerados hoje na contratação de um funcionário na empresa, observando-se como requisito para a escolha da profissão, como representado no Gráfico 4, abaixo Escolaridade De acordo com o Gráfico 4, percebe-se que 64% dos respondentes ( nove pessoas) apenas possuem o 2º grau completo. Com esses dados, verifica-se que não há exigência por parte da empresa em relação ao nível de escolaridade de seus funcionários e tampouco procuram qualificá-los depois de contratados, o que causa certas dificuldades ao se implantar um sistema baseado em conhecimentos teóricos administrativos. No entanto, apenas quatro pessoas (29%) no corpo gerencial cursam nível superior, isto indica que, mesmo não havendo incentivo por parte da empresa em relação à formação acadêmica, ainda assim, existem funcionários que procuram um melhor conhecimento teórico através do estudo acadêmico.

52 52 Gráfico 4. Grau de Escolaridade Fonte: Dados da pesquisa, elaboração da autora, Quanto à dificuldade na implantação do Fast Fashion No Gráfico 5, a seguir, tem-se a representação das respostas dos entrevistados, com relação à dificuldade de adaptação aos novos métodos de trabalho Dificuldade de adaptação aos novos métodos de trabalho Os dados apresentados no Gráfico 5 demonstram que 64% dos pesquisados ( nove pessoas) concordam parcialmente que houve dificuldade de adaptação aos novos métodos de trabalho após a implantação do Fast Fashion, o que demonstrou, de início, certo descontentamento dos responsáveis pela implantação da nova estratégia de produção. Para três pessoas, o que representa 22% do total, houve dificuldade de adaptação ao implantar os novos métodos de trabalho, pois se viam acostumadas com o antigo método de produção em grande quantidade dentro do setor. No entanto, apenas uma pessoa discordou que houve dificuldade de adaptação dos novos métodos de trabalho, e justificou afirmando que o sistema Fast Fashion é um sistema simples e fácil de ser manuseado.

53 53 Gráfico 5. Dificuldade de adaptação aos novos metodos de trabalho Fonte: Dados da pesquisa, elaboração da autora, Com relação ao fácil entendimento do sistema Fast Fashion, o Gráfico 6 mostra os seguintes dados abaixo: O Fast Fashion é um sistema de fácil entendimento A maioria dos entrevistados (64%) concorda que o sistema Fast Fashion é um sistema de fácil entendimento. A minoria, apenas 7%, discorda totalmente que o sistema é de facil entendimento. Assim, torna-se claro que o surgimento de possíveis dificuldades em relação à implantação do Fast Fashion não está relacionado ao mal entendimento do sistema. Até mesmo porque os funcionários passaram por treinamentos antes de o Fast Fashion ser implantado definitivamente na empresa. Gráfico 6. O Fast Fashion é um sistema de fácil entendimento Fonte: Dados da pesquisa, elaboração da autora, 2012.

54 54 Em seguida, foram questionados aos entrevistados se houve aceitação dos subordinados na implantação do novo sistema produtivo, considerando que a aceitação das pessoas, que estão diretamente ligadas ao processo, oferece um bom andamento nas diversas etapas do processo de produção, como representados no Gráfico 7: Aceitação dos colaboradores na implantação do Fast Fashion O Gráfico abaixo mostra que 43% dos entrevistados concordaram que houve aceitação dos colaboradores em relação à implantação do sistema Fast Fashion na organização, o que indica que os funcionários são flexíveis às mudanças implantadas pela empresa. Mesmo sabendo que o sistema traria mudanças nos processo de fabricação, no layout, criação de novos métodos de trabalho e redução do volume de peças no setor, o que para os funcionários estas mudanças significam baixa produção, consequentemente, redução do valor do prêmio de produção, mesmo assim, os funcionários apostaram na melhoria, uma vez que um total de 57% dos pesquisados concordou parcialmente que houve aceitação dos colaboradores com a implantação do sistema produtivo. Gráfico 7. Aceitação dos colaboradores na implantação do Fast Fashion Fonte: Dados da pesquisa, elaboração da autora, Dificuldade em atingir a meta diariamente. No entanto, apenas uma pessoa (7%) concorda que há dificuldade em atingir as metas diárias após a implantação do sistema Fast Fashion, justificando

55 55 que, por conta das restrições postas pelo novo método de produção, atrapalha o rápido andamento do processo. Já 57% dos entrevistados discordam que a nova estratégia de produção dificulta o atendimento da meta diariamente. Gráfico 8. Dificuldade de atingir a meta diariamente Fonte: Dados da pesquisa, elaboração da autora, Houve aumento na produtividade De maneira geral, conclui-se que o Fast Fashion não impediu que a empresa alcançasse suas metas diariamente, dessa forma, é possível inferir que pode haver aumento da produtividade, como se apresenta no Gráfico 9, a seguir: Gráfico 9. Houve aumento na produtividade Fonte: Dados da pesquisa, elaboração da autora, 2012.

56 56 Os dados apresentados, no Gráfico 9 permitem conhecer se houve, de acordo com o corpo gerencial, aumento da produtividade após a implantação da nova estratégia de produção. Dos entrevistados, 42% concordam parcialmente que houve aumento na produtividade após a implantação do Fast Fashion, pois argumentam que os produtos estão cada vez mais difíceis de ser produzidos com maior rapidez. Em segundo, 17% concordam que, após a implantação do Fast Fashion, a produtividade aumentou notoriamente. Assim, é possível identificar que, além da facilidade em atingir a meta diariamente, como foi mostrado no Gráfico anterior (Gráfico 8), o sistema produtivo também trouxe para a organização aumento na sua produtividade, passando a produzir mais, mesmo fabricando produtos diferenciados que levam mais tempo de fabricação. Os dados numéricos para a concretização dessa pesquisa não puderam ser informados pela empresa, uma vez que esta não permite apresentar dados que, para ela, são sigilosos. No entanto, a maioria do corpo gerencial afirma com precisão a grande evolução no cenário produtivo da empresa O Fast Fashion trouxe mais vantagens do que desvantagens para a empresa Em seguida, foi questionado aos entrevistados se a implantação do novo sistema de produção trouxe mais vantagens do que desvantagens para a empresa, considerando que quanto mais se veem vantagens na implantação de uma estratégia de produção, mais a empresa se convence de que o que foi implantado atendeu às necessidades da empresa no momento, como representado nos Gráficos 10 e 11, respectivamente:

57 57 Gráfico 10. O Fast Fashion trouxe mais vantagens do que desvantagens para a empresa Fonte: Dados da pesquisa, elaboração da autora, De acordo com o Gráfico 10 acima, nota-se que 50% dos entrevistados (sete pessoas) concordam que o Fast Fashion trouxe mais vantagens do que desvantagens para a empresa e cinco entrevistados (36%) concordam parcialmente com a afirmação. Essa informação foi complementada pelos entrevistados citando que o Fast Fashion trouxe vantagens no fácil andamento dos processos, aumento da capacidade produtiva, qualidade dos produtos e o bom atendimento ao cliente interno e externo, demonstrando que o sistema de produção de certa forma atende às necessidades da empresa atualmente O novo sistema de produção está adequado às necessidades da empresa Pode-se perceber, no Gráfico 11, que oito pesquisados (57%) afirmaram que o sistema Fast Fashion atende às necessidades da empresa no momento, isto indica que as mudanças nos métodos de produção adquirida pela empresa foram o melhor caminho para tornar sua produção ainda mais competitiva no mercado, motivo pelo qual o corpo gerencial afirma, no Gráfico10, que a implantação do Fast Fashion trouxe mais vantagens do que desvantagens.

58 58 Gráfico 11. O novo sistema de produção está adequado às necessidades da empresa Fonte: Dados da pesquisa, elaboração da autora, Quanto à rapidez dos processos de produção O Gráfico 12 investiga se com a implantação do Fast Fashion os setores de pré-costura (aviamentos) conseguem entregar sua produção no tempo certo aos setores de montagem (costura) Os setores de pré-costura conseguem entregar os aviamentos em tempo hábil De acordo com a pesquisa, os dados que apresentam maiores destaques são: 43% dos entrevistados concordam parcialmente que, após a implantação do Fast Fashion, os setores de pré-costura conseguiram atender às demandas postas pela costura no tempo certo e 36% discordam que a pré-costura, após a implantação do novo sistema de produção, conseguiu entregar os aviamentos no tempo hábil. No ato da pesquisa, identificou-se que o setor de précostura sofre com a implantação do Fast Fashion no setor de costura, pois, até o momento, o sistema não pôde ser implantado nessa área por conta de mudanças no quadro de funcionários, no entanto os novos funcionários estão em fase de aperfeiçoamento, no que diminui o ritmo de velocidade do processo produtivo, o que acaba divergindo o tempo de ambas as partes.

59 59 Gráfico 12. Os Setores de pré-costura conseguem entregar os aviamentos em tempo hábil Fonte: Dados da pesquisa, elaboração da autora, Na sequência, foram questionados aos respondentes se diminuiu o tempo de fabricação dos produtos após a adesão do sistema Fast Fashion na empresa, no qual é mostrado a seguir no Gráfico Diminuição no tempo de fabricação De acordo com o Gráfico 13, nota-se que 57% dos respondentes ( oito pessoas) concordam que diminuiu o tempo de fabricação dos produtos após a implantação do novo sistema de produção e três entrevistados concordam parcialmente com a afirmação, demonstrando que houve redução no tempo de fabricação dos produtos após a implantação do Fast Fashion e, consequentemente, os produtos passaram a chegar mais rápido ao destino final (loja), conforme mostra o Gráfico 14, na sequência.

60 60 Gráfico 13. Diminuição no tempo de fabricação Fonte: Dados da pesquisa, elaboração da autora, A empresa consegue entregar os produtos no tempo determinado ao cliente final Percebe-se que 36% dos entrevistados concordam que, com a implantação do Fast Fashion, a empresa passou a entregar seus produtos ao cliente final no tempo determinado e ainda 43% dos entrevistados concordam parcialmente com a afirmação. Com isso, a empresa acaba conquistando seu objetivo principal, que é oferecer moda com rapidez, passando a utilizar seu ponto forte como vantagem competitiva. Gráfico 14. A empresa consegue entregar os produtos no tempo determinado aos cliente final Fonte: Dados da pesquisa, elaboração da autora, 2012.

61 61 Segundo Slack; Chambers e Johnston (2002, p. 72), o principal benefício da rapidez de entrega dos bens e serviços para os consumidores (externo) é que ela enriquece a oferta. [...] quanto mais rápido estiverem disponíveis para o consumidor, mais provável é que este venha a comprá-los. Consequentemente, observou-se que o questionamento aplicado no Gráfico 13 está totalmente relacionado à interrogativa proposta pelo Gráfico A rotatividade dos processos está mais eficiente Foi investigado também, nesta pesquisa, se a rotatividade dos processos está mais eficiente com a implantação do Fast Fashion. O Gráfico 15 mostra que 50% dos entrevistados concordam com a afirmação, 36% concordam parcialmente e 14% discordam da afirmação colocada, pois acham que a eficiência da rotatividade dos processos está ligada ao layout dos maquinários dentro do setor. Gráfico 15. A rotatividade dos processos está mais eficiente Fonte: Dados da pesquisa, elaboração da autora, As mudanças no layout trouxeram mais agilidade ao processo produtivo A eficiência da rotatividade dos processos, mesmo apresentando um percentual com 14% de discordância dos demais entrevistados, por conta da modificação do layout dos maquinários na implantação do Fast Fashion, ainda assim, 50% dos entrevistados concordam que as mudanças no layout trouxeram

62 62 mais agilidade no processo e quatro entrevistados (29%) concordam totalmente com a afirmação, como mostram os dados do Gráfico 16, abaixo: Gráfico 16. As mudanças no layout trouxeram mais agilidade ao processo produtivo Fonte: Dados da pesquisa, elaboração da autora, Quanto à qualidade dos produtos Há um acompanhamento da equipe de treinamento em relação à qualidade dos produtos em fabricação O Gráfico 17 investiga se há acompanhamento da equipe de treinamento em relação à qualidade dos produtos em fabricação. De acordo com a pesquisa, os dados apresentam que: 43% dos entrevistados concordam que a equipe de treinamento acompanha a qualidade dos produtos em fabricação, enquanto 28% dos entrevistados dizem que não há acompanhamento da equipe de treinamento, porém conclui-se, através desta pesquisa, que a empresa se preocupa em fabricar produto de boa qualidade, através de um alto investimento na aprendizagem de seus colaboradores. Peinado e Graeml (2007) explicam que o custo de treinamento é dado pelo tempo da curva de aprendizagem, que é o tempo necessário para que o funcionário obtenha prática na função, portanto esta estratégia deve ser utilizada rotineiramente e padronizadamente.

63 63 Gráfico 17. Há acompanhamento da equipe de treinamento em relação à qualidade dos produtos em fabricação Fonte: Dados da pesquisa, elaboração da autora, Pode-se ter um controle rigoroso em relação aos consertos das peças Através do questionamento anterior, citado no Gráfico 17 acima, foi que surgiu a pergunta mostrada no Gráfico 18, onde os dados revelam que 93%, no total, afirmam que, após a implantação do Fast Fashion, pôde-se ter um controle rigoroso em relação aos consertos das peças defeituosas. Sendo que 43% dos entrevistados concordam, 29% concordam parcialmente e 21% concordam totalmente com a afirmação. Um dos entrevistados mencionou que, antes do Fast Fashion, a empresa sofria com o alto índice de peças defeituosas que voltavam após a lavagem, índice este que chegava a aproximadamente cinco mil peças por dia e hoje reduziu para duas mil peças defeituosas por dia. E esse cenario se deu após a redução do volume de peças nos setores e o rigoroso controle das revisoras de qualidade na revisão das peças antes de lavadas. Gráfico 18. Pode-se ter um controle rigoroso em relação aos consertos das peças Fonte: Dados da pesquisa, elaboração da autora, 2012.

64 Houve diminuição no índice de peças com defeito Estas informações acima explicam o resultado apresentado no Gráfico 19, o qual demonstra que 36% dos entrevistados ( cinco pessoas) concordam que diminuiu o índice de consertos após a implantação do Fast Fashion. E 29% dos entrevistados concordam totalmente com a afirmação. Ressalte-se que apenas uma pessoa discorda que houve redução no índice de consertos de peças defeituosas na fábrica. Gráfico 19. Houve diminuição no índice de peças com defeito Fonte: Dados da pesquisa, elaboração da autora, Os consertos são feitos de forma imediata Como a empresa procura sempre entregar seus produtos em tempo hábil ao cliente final (loja), sentiu-se necessidade de perguntar aos respondentes se as peças defeituosas são consertadas de forma imediata (Gráfico 20), pois uma vez que as peças se encontram paradas na fábrica, a empresa deixa de apresentar seu produto aos consumidores e, consequentemente, a empresa deixa de vender. O Gráfico 20 mostra que 43% dos respondentes concordam parcialmente que os consertos são feitos de forma imediata, 21% concordam totalmente e 22% dos respondentes apenas concordam com a afirmação, demonstrando que não existem acúmulos de peças defeituosas na produção.

65 65 Gráfico 20. Os consertos são feitos de forma imediata Fonte: Dados da pesquisa, elaboração da autora, Os colaboradores preocupam-se com a qualidade dos produtos fabricados Os dados apresentados, no Gráfico 21, revelam que os colaboradores se preocupam com a qualidade dos produtos fabricados. 43% dos entrevistados afirmaram que há preocupação dos colaboradores em relação à qualidade dos produtos e 29% dos entrevistados concordaram parcialmente com a afirmação, pois citam que essa preocupação depende da exigência feita pelos superiores, haja vista os funcionários estarem mais interessados em produzir mais para ganhar mais e não em consertar o que já foi fabricado. Gráfico 21. Os colaboradores preocupam-se com a qualidade dos produtos fabricados Fonte: Dados da pesquisa, elaboração da autora, 2012.

66 Os produtos chegam com qualidade até o cliente final A pesquisa procurou investigar se os produtos chegam com qualidade até o cliente final (Gráfico 22), consequentemente, foi questionado aos respondentes, sendo um complemento da pesquisa anterior (Gráfico 22), se diminuiu o índice de reclamações por conta da má qualidade dos produtos (Gráfico 23). Os dados coletados estão representados nos Gráficos 22 e 23, a seguir: Gráfico 22. Os produtos chegam com qualidade até o cliente final Fonte: Dados da pesquisa, elaboração da autora, De acordo com o Gráfico 22 acima, notou-se que sete entrevistados (50%) concordam parcialmente que o produto chega com qualidade até o cliente final, pois, como foi mostrado nos Gráficos 17 e 21 acima, há um acompanhamento pela equipe de treinamento, reforçando a qualidade dos produtos e também uma preocupação dos colaboradores em relação à qualidade Houve diminuição no índice de reclamações por conta da má qualidade dos produtos Por fim, no Gráfico 23, sete entrevistados (50%) concordam que reduziu o índice de reclamações por conta da má qualidade dos produtos, demonstrando que os clientes se encontram mais satisfeitos com os produtos que adquirem da empresa.

67 Gráfico 23. Houve diminuição no índice de reclamações por conta da má qualidade dos produtos Fonte: Dados da pesquisa, elaboração da autora,

GESTÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES

GESTÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES GESTÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES CAPÍTULO 1 Gestão da produção: história, papel estratégico e objetivos Prof. Glauber Santos 1 GESTÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 1.1 Gestão da produção: apresentação Produção

Leia mais

Engª de Produção Prof.: Jesiel Brito. Sistemas Integrados de Produção ERP. Enterprise Resources Planning

Engª de Produção Prof.: Jesiel Brito. Sistemas Integrados de Produção ERP. Enterprise Resources Planning ERP Enterprise Resources Planning A Era da Informação - TI GRI Information Resource Management -Informação Modo organizado do conhecimento para ser usado na gestão das empresas. - Sistemas de informação

Leia mais

MRP II. Planejamento e Controle da Produção 3 professor Muris Lage Junior

MRP II. Planejamento e Controle da Produção 3 professor Muris Lage Junior MRP II Introdução A lógica de cálculo das necessidades é conhecida há muito tempo Porém só pode ser utilizada na prática em situações mais complexas a partir dos anos 60 A partir de meados da década de

Leia mais

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr. A Chave para o Sucesso Empresarial José Renato Sátiro Santiago Jr. Capítulo 1 O Novo Cenário Corporativo O cenário organizacional, sem dúvida alguma, sofreu muitas alterações nos últimos anos. Estas mudanças

Leia mais

GESTÃO DAS INFORMAÇÕES DAS ORGANIZAÇÕES MÓDULO 11

GESTÃO DAS INFORMAÇÕES DAS ORGANIZAÇÕES MÓDULO 11 GESTÃO DAS INFORMAÇÕES DAS ORGANIZAÇÕES MÓDULO 11 Índice 1. Importância do ERP para as organizações...3 2. ERP como fonte de vantagem competitiva...4 3. Desenvolvimento e implantação de sistema de informação...5

Leia mais

Para ser competitivo é fundamental reduzir continuamente o lead time de todos os processos da organização.

Para ser competitivo é fundamental reduzir continuamente o lead time de todos os processos da organização. Cap. II PLANEJAMENTO DA PRODUÇÃO No atual contexto da economia globalizada, a velha estratégia da produção em massa, derivada da economia de escala, já não é mais válida. Hoje as empresas devem possuir

Leia mais

Prof. Marcelo Mello. Unidade III DISTRIBUIÇÃO E

Prof. Marcelo Mello. Unidade III DISTRIBUIÇÃO E Prof. Marcelo Mello Unidade III DISTRIBUIÇÃO E TRADE MARKETING Canais de distribuição Canal vertical: Antigamente, os canais de distribuição eram estruturas mercadológicas verticais, em que a responsabilidade

Leia mais

CONFIRA UMA BREVE DESCRIÇÃO DAS VANTAGENS COMPETITIVAS OBTIDAS A PARTIR DE CADA META COMPETITIVA VANTAGEM DA QUALIDADE

CONFIRA UMA BREVE DESCRIÇÃO DAS VANTAGENS COMPETITIVAS OBTIDAS A PARTIR DE CADA META COMPETITIVA VANTAGEM DA QUALIDADE CHÃO DE FÁBRICA A PRODUÇÃO COMPETITIVA CONFIRA UMA BREVE DESCRIÇÃO DAS VANTAGENS COMPETITIVAS OBTIDAS A PARTIR DE CADA META COMPETITIVA VANTAGEM DA QUALIDADE Foco principal das empresas que competem com

Leia mais

Planejamento, Programação e Controle da Produção

Planejamento, Programação e Controle da Produção Planejamento, Programação e Controle da Produção Aula 01 Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE. O acesso

Leia mais

EVOLUÇÃO DA MANUTENÇÃO

EVOLUÇÃO DA MANUTENÇÃO EVOLUÇÃO DA MANUTENÇÃO 1.1. INTRODUÇÃO Nos últimos 20 anos a atividade de manutenção tem passado por mais mudanças do que qualquer outra. Estas alterações são conseqüências de: a) aumento, bastante rápido,

Leia mais

Administração da Produção. Prof. Paulo Medeiros.

Administração da Produção. Prof. Paulo Medeiros. Administração da Produção Prof. Paulo Medeiros. Evolução Histórica A função produção, entendida como o conjunto de atividades que levam a transformação de um bem tangível, ou serviço, em outro com maior

Leia mais

1. Introdução. 1.1 Apresentação

1. Introdução. 1.1 Apresentação 1. Introdução 1.1 Apresentação Empresas que têm o objetivo de melhorar sua posição competitiva diante do mercado e, por consequência tornar-se cada vez mais rentável, necessitam ter uma preocupação contínua

Leia mais

Conversa Inicial. Olá! Seja bem-vindo à quarta aula de Fundamentos de Sistemas de Informação.

Conversa Inicial. Olá! Seja bem-vindo à quarta aula de Fundamentos de Sistemas de Informação. Conversa Inicial Olá! Seja bem-vindo à quarta aula de Fundamentos de Sistemas de Informação. Hoje iremos abordar os seguintes assuntos: a origem dos sistemas integrados (ERPs), os módulos e fornecedores

Leia mais

Departamento de Engenharia. ENG 1090 Introdução à Engenharia de Produção

Departamento de Engenharia. ENG 1090 Introdução à Engenharia de Produção Pontifícia Universidade Católica de Goiás Departamento de Engenharia Curso de Graduação em Engenharia de Produção ENG 1090 Introdução à Engenharia de Produção Prof. Gustavo Suriani de Campos Meireles Faz

Leia mais

LEAD TIME PRODUTIVO: UMA FERRAMENTA PARA OTIMIZAÇÃO DOS CUSTOS PRODUTIVOS

LEAD TIME PRODUTIVO: UMA FERRAMENTA PARA OTIMIZAÇÃO DOS CUSTOS PRODUTIVOS LEAD TIME PRODUTIVO: UMA FERRAMENTA PARA OTIMIZAÇÃO DOS CUSTOS PRODUTIVOS Sandra Mara Matuisk Mattos (DECON/UNICENTRO) smattos@unicentro.br, Juliane Sachser Angnes (DESEC/UNICENTRO), Julianeangnes@gmail.com

Leia mais

Fundamentos de Sistemas de Informação Sistemas de Informação

Fundamentos de Sistemas de Informação Sistemas de Informação Objetivo da Aula Tecnologia e as Organizações, importância dos sistemas de informação e níveis de atuação dos sistemas de informação Organizações & Tecnologia TECNOLOGIA A razão e a capacidade do homem

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO I. Família Pai, mãe, filhos. Criar condições para a perpetuação da espécie

ADMINISTRAÇÃO I. Família Pai, mãe, filhos. Criar condições para a perpetuação da espécie 1 INTRODUÇÃO 1.1 ORGANIZAÇÃO E PROCESSOS A administração está diretamente ligada às organizações e aos processos existentes nas mesmas. Portanto, para a melhor compreensão da Administração e sua importância

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA 553 A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA Irene Caires da Silva 1, Tamires Fernanda Costa de Jesus, Tiago Pinheiro 1 Docente da Universidade do Oeste Paulista UNOESTE. 2 Discente

Leia mais

OS IMPACTOS DA FILOSOFIA JIT SOBRE A GESTÃO DO GIRO FINANCIADO POR CAPITAL DE TERCEIROS

OS IMPACTOS DA FILOSOFIA JIT SOBRE A GESTÃO DO GIRO FINANCIADO POR CAPITAL DE TERCEIROS http://www.administradores.com.br/artigos/ OS IMPACTOS DA FILOSOFIA JIT SOBRE A GESTÃO DO GIRO FINANCIADO POR CAPITAL DE TERCEIROS DIEGO FELIPE BORGES DE AMORIM Servidor Público (FGTAS), Bacharel em Administração

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO GERENCIAL PARA AS EMPRESAS

A IMPORTÂNCIA DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO GERENCIAL PARA AS EMPRESAS A IMPORTÂNCIA DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO GERENCIAL PARA AS EMPRESAS Gilmar da Silva, Tatiane Serrano dos Santos * Professora: Adriana Toledo * RESUMO: Este artigo avalia o Sistema de Informação Gerencial

Leia mais

Estratégia de Operações - Modelos de Formulação - Jonas Lucio Maia

Estratégia de Operações - Modelos de Formulação - Jonas Lucio Maia Estratégia de Operações - Modelos de Formulação - Jonas Lucio Maia Processo de EO Procedimentos que são, ou podem ser, usados para formular as estratégias de operações que a empresa deveria adotar (SLACK,

Leia mais

A função produção apresenta três papéis importantes para a estratégia empresarial:

A função produção apresenta três papéis importantes para a estratégia empresarial: FASCÍCULO 2 Papel estratégico e objetivo da produção Segundo Slack, para que se entenda a contribuição da função produção devese responder a duas questões: qual papel se espera que a produção desempenhe

Leia mais

Marketing. Gestão de Produção. Gestão de Produção. Função Produção. Prof. Angelo Polizzi

Marketing. Gestão de Produção. Gestão de Produção. Função Produção. Prof. Angelo Polizzi Marketing Prof. Angelo Polizzi Gestão de Produção Gestão de Produção Objetivos: Mostrar que produtos (bens e serviços) consumidos, são produzidos em uma ordem lógica, evitando a perda ou falta de insumos

Leia mais

Conceitos ADMINISTRAÇÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. Comunicação; Formas de escritas; Processo de contagem primitivo;

Conceitos ADMINISTRAÇÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. Comunicação; Formas de escritas; Processo de contagem primitivo; Conceitos Comunicação; Formas de escritas; Bacharel Rosélio Marcos Santana Processo de contagem primitivo; roseliomarcos@yahoo.com.br Inicio do primitivo processamento de dados do homem. ADMINISTRAÇÃO

Leia mais

Professor: Disciplina:

Professor: Disciplina: Professor: Curso: Esp. Marcos Morais de Sousa marcosmoraisdesousa@gmail.com Sistemas de informação Disciplina: Introdução a SI 19/04 Recursos e Tecnologias dos Sistemas de Informação Turma: 01º semestre

Leia mais

ERP Enterprise Resource Planning

ERP Enterprise Resource Planning ERP Enterprise Resource Planning Sistemas Integrados de Gestão Evolução dos SI s CRM OPERACIONAL TÁTICO OPERACIONAL ESTRATÉGICO TÁTICO ESTRATÉGICO OPERACIONAL TÁTICO ESTRATÉGICO SIT SIG SAE SAD ES EIS

Leia mais

Material de Apoio. Sistema de Informação Gerencial (SIG)

Material de Apoio. Sistema de Informação Gerencial (SIG) Sistema de Informação Gerencial (SIG) Material de Apoio Os Sistemas de Informação Gerencial (SIG) são sistemas ou processos que fornecem as informações necessárias para gerenciar com eficácia as organizações.

Leia mais

A Organização orientada pela demanda. Preparando o ambiente para o Drummer APS

A Organização orientada pela demanda. Preparando o ambiente para o Drummer APS A Organização orientada pela demanda. Preparando o ambiente para o Drummer APS Entendendo o cenário atual As organizações continuam com os mesmos objetivos básicos: Prosperar em seus mercados de atuação

Leia mais

Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da

Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da Informação e Documentação Disciplina: Planejamento e Gestão

Leia mais

Módulo 15 Resumo. Módulo I Cultura da Informação

Módulo 15 Resumo. Módulo I Cultura da Informação Módulo 15 Resumo Neste módulo vamos dar uma explanação geral sobre os pontos que foram trabalhados ao longo desta disciplina. Os pontos abordados nesta disciplina foram: Fundamentos teóricos de sistemas

Leia mais

5.4 Manufacturing Resources Planning

5.4 Manufacturing Resources Planning 5.4 Manufacturing Resources Planning 5.4 Manufacturing Resources Planning O Planejamento dos Recursos de Manufatura (Manufacturing Resourdes Panning, em inglês, ou MRP II) representa um esforço para expandir

Leia mais

SISTEMAS INTEGRADOS P o r f.. E d E uar a d r o Oli l v i e v i e r i a

SISTEMAS INTEGRADOS P o r f.. E d E uar a d r o Oli l v i e v i e r i a SISTEMAS INTEGRADOS Prof. Eduardo Oliveira Bibliografia adotada: COLANGELO FILHO, Lúcio. Implantação de Sistemas ERP. São Paulo: Atlas, 2001. ISBN: 8522429936 LAUDON, Kenneth C.; LAUDON, Jane Price. Sistemas

Leia mais

Administração das Operações Produtivas

Administração das Operações Produtivas Administração das Operações Produtivas MÓDULO 5: PAPEL ESTRATÉGICO E OBJETIVOS DA PRODUÇÃO Segundo Slack, para que se entenda a contribuição da função produção devese responder a duas questões: qual papel

Leia mais

Planejamento Estratégico de TI. Prof.: Fernando Ascani

Planejamento Estratégico de TI. Prof.: Fernando Ascani Planejamento Estratégico de TI Prof.: Fernando Ascani BI Business Intelligence A inteligência Empresarial, ou Business Intelligence, é um termo do Gartner Group. O conceito surgiu na década de 80 e descreve

Leia mais

Sistemas de Informação Empresarial. Gerencial

Sistemas de Informação Empresarial. Gerencial Sistemas de Informação Empresarial SIG Sistemas de Informação Gerencial Visão Integrada do Papel dos SI s na Empresa [ Problema Organizacional ] [ Nível Organizacional ] Estratégico SAD Gerência sênior

Leia mais

Desenvolve Minas. Modelo de Excelência da Gestão

Desenvolve Minas. Modelo de Excelência da Gestão Desenvolve Minas Modelo de Excelência da Gestão O que é o MEG? O Modelo de Excelência da Gestão (MEG) possibilita a avaliação do grau de maturidade da gestão, pontuando processos gerenciais e resultados

Leia mais

Palestra: Entrerprise Resource Planning - ERP

Palestra: Entrerprise Resource Planning - ERP Palestra: Entrerprise Resource Planning - ERP Ricardo Vilarim Formado em Administração de Empresas e MBA em Finanças Corporativas pela UFPE, Especialização em Gestão de Projetos pelo PMI-RJ/FIRJAN. Conceito

Leia mais

Universidade Federal de Goiás UFG Campus Catalão CAC Departamento de Engenharia de Produção. Sistemas ERP. PCP 3 - Professor Muris Lage Junior

Universidade Federal de Goiás UFG Campus Catalão CAC Departamento de Engenharia de Produção. Sistemas ERP. PCP 3 - Professor Muris Lage Junior Sistemas ERP Introdução Sucesso para algumas empresas: acessar informações de forma rápida e confiável responder eficientemente ao mercado consumidor Conseguir não é tarefa simples Isso se deve ao fato

Leia mais

Gerência de Projetos

Gerência de Projetos Gerência de Projetos Escopo Custo Qualidade Tempo CONCEITO PROJETOS: são empreendimentos com objetivo específico e ciclo de vida definido Precedem produtos, serviços e processos. São utilizados as funções

Leia mais

Instalações Máquinas Equipamentos Pessoal de produção

Instalações Máquinas Equipamentos Pessoal de produção Fascículo 6 Arranjo físico e fluxo O arranjo físico (em inglês layout) de uma operação produtiva preocupa-se com o posicionamento dos recursos de transformação. Isto é, definir onde colocar: Instalações

Leia mais

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios Pequenas e Médias Empresas no Canadá Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios De acordo com a nomenclatura usada pelo Ministério da Indústria do Canadá, o porte

Leia mais

IMPORTANTES ÁREAS PARA SUCESSO DE UMA EMPRESA

IMPORTANTES ÁREAS PARA SUCESSO DE UMA EMPRESA IMPORTANTES ÁREAS PARA SUCESSO DE UMA EMPRESA SILVA, Paulo Henrique Rodrigues da Discente da Faculdade de Ciências Jurídicas e Gerencias E-mail: ph.rs@hotmail.com SILVA, Thiago Ferreira da Docente da Faculdade

Leia mais

Gerenciamento de projetos. cynaracarvalho@yahoo.com.br

Gerenciamento de projetos. cynaracarvalho@yahoo.com.br Gerenciamento de projetos cynaracarvalho@yahoo.com.br Projeto 3URMHWR é um empreendimento não repetitivo, caracterizado por uma seqüência clara e lógica de eventos, com início, meio e fim, que se destina

Leia mais

O SISTEMA ERP E AS ORGANIZAÇÕES

O SISTEMA ERP E AS ORGANIZAÇÕES O SISTEMA ERP E AS ORGANIZAÇÕES André Luís da Silva Pinheiro * Resumo: Este trabalho discutirá o impacto da implantação de um sistema do tipo ERP em uma empresa. Apresentaremos uma breve introdução de

Leia mais

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas...

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas... APRESENTAÇÃO O incremento da competitividade é um fator decisivo para a maior inserção das Micro e Pequenas Empresas (MPE), em mercados externos cada vez mais globalizados. Internamente, as MPE estão inseridas

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DA QUALIDADE DE VIDA PARA O TRABALHADOR NA GRÁFICA E EDITORA BRASIL

A IMPORTÂNCIA DA QUALIDADE DE VIDA PARA O TRABALHADOR NA GRÁFICA E EDITORA BRASIL FACULDADES INTEGRADAS DO PLANALTO CENTRAL Aprovadas pela Portaria SESu/MEC Nº. 368/08 (DOU 20/05/2008) CURSO DE ADMINISTRAÇÃO A IMPORTÂNCIA DA QUALIDADE DE VIDA PARA O TRABALHADOR NA GRÁFICA E EDITORA

Leia mais

SISTEMAS DE GESTÃO - ERP

SISTEMAS DE GESTÃO - ERP A IMPORTÂNCIA DA CONSULTORIA NA SELEÇÃO / IMPLANTAÇÃO DE SISTEMAS DE GESTÃO - ERP Alinhamento das expectativas; O por que diagnosticar; Fases do diagnóstico; Critérios de seleção para um ERP; O papel da

Leia mais

Ementa e Cronograma Programático...

Ementa e Cronograma Programático... Prof. Fabrício Rogério Parrilla Ementa e Cronograma Programático... AULA 01 Estratégia de Operações e Planejamento Agregado AULA 02 Planejamento e Controle de Operações AULA 03 Gestão da Demanda e da Capacidade

Leia mais

Evolução da Disciplina. Logística Empresarial. Aula 1. O Papel dos Sistemas Logísticos. Contextualização. O Mundo Atual

Evolução da Disciplina. Logística Empresarial. Aula 1. O Papel dos Sistemas Logísticos. Contextualização. O Mundo Atual Logística Empresarial Evolução da Disciplina Aula 1 Aula 1 O papel da Logística empresarial Aula 2 A flexibilidade e a Resposta Rápida (RR) Operadores logísticos: conceitos e funções Aula 3 Prof. Me. John

Leia mais

CUSTOS DA QUALIDADE EM METALURGICAS DO SEGMENTOS DE ELEVADORES PARA OBRAS CÍVIS - ESTUDO DE CASO

CUSTOS DA QUALIDADE EM METALURGICAS DO SEGMENTOS DE ELEVADORES PARA OBRAS CÍVIS - ESTUDO DE CASO CUSTOS DA QUALIDADE EM METALURGICAS DO SEGMENTOS DE ELEVADORES PARA OBRAS CÍVIS - ESTUDO DE CASO José Roberto Santana Alexandre Ripamonti Resumo: Com a globalização da economia, as empresas, enfrentam

Leia mais

Sistemas de Gerenciamento do Relacionamento com o Cliente (Customer Relationship Management CRM)

Sistemas de Gerenciamento do Relacionamento com o Cliente (Customer Relationship Management CRM) CRM Definição De um modo muito resumido, pode definir-se CRM como sendo uma estratégia de negócio que visa identificar, fazer crescer, e manter um relacionamento lucrativo e de longo prazo com os clientes.

Leia mais

SISTEMAS DE GESTÃO São Paulo, Janeiro de 2005

SISTEMAS DE GESTÃO São Paulo, Janeiro de 2005 SISTEMAS DE GESTÃO São Paulo, Janeiro de 2005 ÍNDICE Introdução...3 A Necessidade do Gerenciamento e Controle das Informações...3 Benefícios de um Sistema de Gestão da Albi Informática...4 A Ferramenta...5

Leia mais

T2Ti Tecnologia da Informação Ltda T2Ti.COM http://www.t2ti.com Projeto T2Ti ERP 2.0 Autor: Marco Polo Viana. Bloco Suprimentos

T2Ti Tecnologia da Informação Ltda T2Ti.COM http://www.t2ti.com Projeto T2Ti ERP 2.0 Autor: Marco Polo Viana. Bloco Suprimentos Bloco Suprimentos Controle de Produção PCP Objetivo O objetivo deste artigo é dar uma visão geral sobre o Módulo Controle de Produção PCP, que se encontra no Bloco Suprimentos. Todas informações aqui disponibilizadas

Leia mais

22/02/2009. Supply Chain Management. É a integração dos processos do negócio desde o usuário final até os fornecedores originais que

22/02/2009. Supply Chain Management. É a integração dos processos do negócio desde o usuário final até os fornecedores originais que Supply Chain Management SUMÁRIO Gestão da Cadeia de Suprimentos (SCM) SCM X Logística Dinâmica Sugestões Definição Cadeia de Suprimentos É a integração dos processos do negócio desde o usuário final até

Leia mais

Empresa como Sistema e seus Subsistemas. Professora Cintia Caetano

Empresa como Sistema e seus Subsistemas. Professora Cintia Caetano Empresa como Sistema e seus Subsistemas Professora Cintia Caetano A empresa como um Sistema Aberto As organizações empresariais interagem com o ambiente e a sociedade de maneira completa. Uma empresa é

Leia mais

O Uso da Inteligência Competitiva e Seus Sete Subprocessos nas Empresas Familiares

O Uso da Inteligência Competitiva e Seus Sete Subprocessos nas Empresas Familiares O Uso da Inteligência Competitiva e Seus Sete Subprocessos nas Empresas Familiares O uso da Inteligência Competitiva como processo para monitorar tecnologias, legislação, ambiente regulatório, concorrência,

Leia mais

PLANEJAMENTO OPERACIONAL - MARKETING E PRODUÇÃO MÓDULO 3 O QUE É PLANEJAMENTO DE VENDAS E OPERAÇÕES?

PLANEJAMENTO OPERACIONAL - MARKETING E PRODUÇÃO MÓDULO 3 O QUE É PLANEJAMENTO DE VENDAS E OPERAÇÕES? PLANEJAMENTO OPERACIONAL - MARKETING E PRODUÇÃO MÓDULO 3 O QUE É PLANEJAMENTO DE VENDAS E OPERAÇÕES? Índice 1. O que é planejamento de...3 1.1. Resultados do planejamento de vendas e operações (PVO)...

Leia mais

ERP. Enterprise Resource Planning. Planejamento de recursos empresariais

ERP. Enterprise Resource Planning. Planejamento de recursos empresariais ERP Enterprise Resource Planning Planejamento de recursos empresariais O que é ERP Os ERPs em termos gerais, são uma plataforma de software desenvolvida para integrar os diversos departamentos de uma empresa,

Leia mais

ENGENHARIA DE SOFTWARE I

ENGENHARIA DE SOFTWARE I ENGENHARIA DE SOFTWARE I Prof. Cássio Huggentobler de Costa [cassio.costa@ulbra.br] Twitter: www.twitter.com/cassiocosta_ Agenda da Aula (002) Metodologias de Desenvolvimento de Softwares Métodos Ágeis

Leia mais

Existem três categorias básicas de processos empresariais:

Existem três categorias básicas de processos empresariais: PROCESSOS GERENCIAIS Conceito de Processos Todo trabalho importante realizado nas empresas faz parte de algum processo (Graham e LeBaron, 1994). Não existe um produto ou um serviço oferecido por uma empresa

Leia mais

FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E NEGÓCIOS - FAN CEUNSP SALTO /SP CURSO DE TECNOLOGIA EM MARKETING TRABALHO INTERDISCIPLINAR

FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E NEGÓCIOS - FAN CEUNSP SALTO /SP CURSO DE TECNOLOGIA EM MARKETING TRABALHO INTERDISCIPLINAR APRESENTAÇÃO DO TI O Trabalho Interdisciplinar é um projeto desenvolvido ao longo dos dois primeiros bimestres do curso. Os alunos tem a oportunidade de visualizar a unidade da estrutura curricular do

Leia mais

Gestão da Qualidade Políticas. Elementos chaves da Qualidade 19/04/2009

Gestão da Qualidade Políticas. Elementos chaves da Qualidade 19/04/2009 Gestão da Qualidade Políticas Manutenção (corretiva, preventiva, preditiva). Elementos chaves da Qualidade Total satisfação do cliente Priorizar a qualidade Melhoria contínua Participação e comprometimento

Leia mais

DATA WAREHOUSE NO APOIO À TOMADA DE DECISÕES

DATA WAREHOUSE NO APOIO À TOMADA DE DECISÕES DATA WAREHOUSE NO APOIO À TOMADA DE DECISÕES Janaína Schwarzrock jana_100ideia@hotmail.com Prof. Leonardo W. Sommariva RESUMO: Este artigo trata da importância da informação na hora da tomada de decisão,

Leia mais

SPEKTRUM SOLUÇÕES DE GRANDE PORTE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS SPEKTRUM SAP Partner 1

SPEKTRUM SOLUÇÕES DE GRANDE PORTE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS SPEKTRUM SAP Partner 1 SPEKTRUM SOLUÇÕES DE GRANDE PORTE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS SPEKTRUM SAP Partner 1 PROSPERE NA NOVA ECONOMIA A SPEKTRUM SUPORTA A EXECUÇÃO DA SUA ESTRATÉGIA Para as empresas que buscam crescimento

Leia mais

Universidade de Brasília Faculdade de Ciência da Informação Profa. Lillian Alvares

Universidade de Brasília Faculdade de Ciência da Informação Profa. Lillian Alvares Universidade de Brasília Faculdade de Ciência da Informação Profa. Lillian Alvares Existem três níveis distintos de planejamento: Planejamento Estratégico Planejamento Tático Planejamento Operacional Alcance

Leia mais

Estratégia Competitiva 16/08/2015. Módulo II Cadeia de Valor e a Logistica. CADEIA DE VALOR E A LOGISTICA A Logistica para as Empresas Cadeia de Valor

Estratégia Competitiva 16/08/2015. Módulo II Cadeia de Valor e a Logistica. CADEIA DE VALOR E A LOGISTICA A Logistica para as Empresas Cadeia de Valor Módulo II Cadeia de Valor e a Logistica Danillo Tourinho S. da Silva, M.Sc. CADEIA DE VALOR E A LOGISTICA A Logistica para as Empresas Cadeia de Valor Estratégia Competitiva é o conjunto de planos, políticas,

Leia mais

A UTILIZAÇÃO ADEQUADA DO PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO (PCP), EM UMA INDÚSTRIA.

A UTILIZAÇÃO ADEQUADA DO PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO (PCP), EM UMA INDÚSTRIA. A UTILIZAÇÃO ADEQUADA DO PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO (PCP), EM UMA INDÚSTRIA. KAIHATU, Rodrigo. Discente da Faculdade de Ciências Jurídicas e Gerenciais/ACEG E-mail: rodrigo.hiroshi@hotmail.com

Leia mais

Planejamento da produção. FATEC Prof. Paulo Medeiros

Planejamento da produção. FATEC Prof. Paulo Medeiros Planejamento da produção FATEC Prof. Paulo Medeiros Planejamento da produção O sistema de produção requer a obtenção e utilização dos recursos produtivos que incluem: mão-de-obra, materiais, edifícios,

Leia mais

Processos Técnicos - Aulas 4 e 5

Processos Técnicos - Aulas 4 e 5 Processos Técnicos - Aulas 4 e 5 Trabalho / PEM Tema: Frameworks Públicos Grupo: equipe do TCC Entrega: versão digital, 1ª semana de Abril (de 31/03 a 04/04), no e-mail do professor (rodrigues.yuri@yahoo.com.br)

Leia mais

Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI

Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI Planejamento do Gerenciamento das Comunicações (10) e das Partes Interessadas (13) PLANEJAMENTO 2 PLANEJAMENTO Sem 1 Sem 2 Sem 3 Sem 4 Sem 5 ABRIL

Leia mais

ISO 9001. As três primeiras seções fornecem informações gerais sobre a norma, enquanto as cinco últimas centram-se na sua implementação.

ISO 9001. As três primeiras seções fornecem informações gerais sobre a norma, enquanto as cinco últimas centram-se na sua implementação. ISO 9001 A ISO 9001 é um Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) standard que exige que uma dada organização satisfaça as suas próprias exigências e as dos seus clientes e reguladores. Baseia-se numa metodologia

Leia mais

Governança de TI. ITIL v.2&3. parte 1

Governança de TI. ITIL v.2&3. parte 1 Governança de TI ITIL v.2&3 parte 1 Prof. Luís Fernando Garcia LUIS@GARCIA.PRO.BR ITIL 1 1 ITIL Gerenciamento de Serviços 2 2 Gerenciamento de Serviços Gerenciamento de Serviços 3 3 Gerenciamento de Serviços

Leia mais

MARKETING DE RELACIONAMENTO UMA FERRAMENTA PARA AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR: ESTUDO SOBRE PORTAL INSTITUCIONAL

MARKETING DE RELACIONAMENTO UMA FERRAMENTA PARA AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR: ESTUDO SOBRE PORTAL INSTITUCIONAL MARKETING DE RELACIONAMENTO UMA FERRAMENTA PARA AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR: ESTUDO SOBRE PORTAL INSTITUCIONAL Prof. Dr. José Alberto Carvalho dos Santos Claro Mestrado em Gestão de Negócios Universidade

Leia mais

ISO/IEC 12207: Gerência de Configuração

ISO/IEC 12207: Gerência de Configuração ISO/IEC 12207: Gerência de Configuração Durante o processo de desenvolvimento de um software, é produzida uma grande quantidade de itens de informação que podem ser alterados durante o processo Para que

Leia mais

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS APRESENTAÇÃO ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS Breve histórico da instituição seguido de diagnóstico e indicadores sobre a temática abrangida pelo projeto, especialmente dados que permitam análise da

Leia mais

A Importância do CRM nas Grandes Organizações Brasileiras

A Importância do CRM nas Grandes Organizações Brasileiras A Importância do CRM nas Grandes Organizações Brasileiras Por Marcelo Bandeira Leite Santos 13/07/2009 Resumo: Este artigo tem como tema o Customer Relationship Management (CRM) e sua importância como

Leia mais

Análise do Ambiente estudo aprofundado

Análise do Ambiente estudo aprofundado Etapa 1 Etapa 2 Etapa 3 Etapa 4 Etapa 5 Disciplina Gestão Estratégica e Serviços 7º Período Administração 2013/2 Análise do Ambiente estudo aprofundado Agenda: ANÁLISE DO AMBIENTE Fundamentos Ambientes

Leia mais

Fábrica de Software 29/04/2015

Fábrica de Software 29/04/2015 Fábrica de Software 29/04/2015 Crise do Software Fábrica de Software Analogias costumam ser usadas para tentar entender melhor algo ou alguma coisa. A idéia é simples: compara-se o conceito que não se

Leia mais

PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE. Modelos de Processo de Desenvolvimento de Software

PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE. Modelos de Processo de Desenvolvimento de Software PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE Introdução Modelos de Processo de Desenvolvimento de Software Os modelos de processos de desenvolvimento de software surgiram pela necessidade de dar resposta às

Leia mais

Disciplina: Suprimentos e Logística II 2014-02 Professor: Roberto Cézar Datrino Atividade 3: Transportes e Armazenagem

Disciplina: Suprimentos e Logística II 2014-02 Professor: Roberto Cézar Datrino Atividade 3: Transportes e Armazenagem Disciplina: Suprimentos e Logística II 2014-02 Professor: Roberto Cézar Datrino Atividade 3: Transportes e Armazenagem Caros alunos, Essa terceira atividade da nossa disciplina de Suprimentos e Logística

Leia mais

Logística e a Gestão da Cadeia de Suprimentos. "Uma arma verdadeiramente competitiva"

Logística e a Gestão da Cadeia de Suprimentos. Uma arma verdadeiramente competitiva Logística e a Gestão da Cadeia de Suprimentos "Uma arma verdadeiramente competitiva" Pequeno Histórico No período do pós-guerra até a década de 70, num mercado em franca expansão, as empresas se voltaram

Leia mais

Gestão de Operações. Introdução a Engenharia de Produção

Gestão de Operações. Introdução a Engenharia de Produção Gestão de Operações Introdução a Engenharia de Produção Operações e Produtividade Produção: criação de bens e serviços Gestão de operações: conjunto de atividades que criam os bens e serviços por meio

Leia mais

E-business: Como as Empresas Usam os Sistemas de Informação

E-business: Como as Empresas Usam os Sistemas de Informação Capítulo 2 E-business: Como as Empresas Usam os Sistemas de Informação 2.1 2007 by Prentice Hall OBJETIVOS DE ESTUDO Identificar e descrever as principais características das empresas que são importantes

Leia mais

A GESTÃO DE PESSOAS NA ÁREA DE FOMENTO MERCANTIL: UM ESTUDO DE CASO NA IGUANA FACTORING FOMENTO MERCANTIL LTDA

A GESTÃO DE PESSOAS NA ÁREA DE FOMENTO MERCANTIL: UM ESTUDO DE CASO NA IGUANA FACTORING FOMENTO MERCANTIL LTDA ISBN 978-85-61091-05-7 Encontro Internacional de Produção Científica Cesumar 27 a 30 de outubro de 2009 A GESTÃO DE PESSOAS NA ÁREA DE FOMENTO MERCANTIL: UM ESTUDO DE CASO NA IGUANA FACTORING FOMENTO MERCANTIL

Leia mais

PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO

PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO Universidade Federal do Rio Grande FURG Universidade Aberta do Brasil UAB Curso - Administração Administração da Produção I Prof.ª MSc. Luciane Schmitt Semana 7 PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO 1 PLANEJAMENTO

Leia mais

Administração das Operações Produtivas

Administração das Operações Produtivas UNIP UNIVERSIDADE PAULISTA ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS Administração das Operações Produtivas Prof. Rodolpho Antonio Mendonça WILMERS São Paulo 2009 Administração das Operações Produtivas Introdução Nada

Leia mais

Unidade IV ADMINISTRAÇÃO DE. Profa. Lérida Malagueta

Unidade IV ADMINISTRAÇÃO DE. Profa. Lérida Malagueta Unidade IV ADMINISTRAÇÃO DE PRODUÇÃO E OPERAÇÕES Profa. Lérida Malagueta Planejamento e controle da produção O PCP é o setor responsável por: Definir quanto e quando comprar Como fabricar ou montar cada

Leia mais

INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO E CONTROLE FINANCEIRO

INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO E CONTROLE FINANCEIRO INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO E CONTROLE FINANCEIRO Sistema de informações gerenciais Sistema de informações gerencial => conjunto de subsistemas de informações que processam dados e informações para fornecer

Leia mais

CONCEITOS RELACIONADOS ÀS ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS NOS EPISÓDIOS 1, 2 E 3.

CONCEITOS RELACIONADOS ÀS ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS NOS EPISÓDIOS 1, 2 E 3. CONCEITOS RELACIONADOS ÀS ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS NOS EPISÓDIOS 1, 2 E 3. PROBLEMA: É UM OBSTÁCULO QUE ESTÁ ENTRE O LOCAL ONDE SE ESTÁ E O LOCAL EM QUE SE GOSTARIA DE ESTAR. ALÉM DISSO, UM PROBLEMA

Leia mais

Quais estratégias de crédito e cobranças são necessárias para controlar e reduzir a inadimplência dos clientes, na Agroveterinária Santa Fé?

Quais estratégias de crédito e cobranças são necessárias para controlar e reduzir a inadimplência dos clientes, na Agroveterinária Santa Fé? 1 INTRODUÇÃO As empresas, inevitavelmente, podem passar por períodos repletos de riscos e oportunidades. Com a complexidade da economia, expansão e competitividade dos negócios, tem-se uma maior necessidade

Leia mais

FATEC Cruzeiro José da Silva. Ferramenta CRM como estratégia de negócios

FATEC Cruzeiro José da Silva. Ferramenta CRM como estratégia de negócios FATEC Cruzeiro José da Silva Ferramenta CRM como estratégia de negócios Cruzeiro SP 2008 FATEC Cruzeiro José da Silva Ferramenta CRM como estratégia de negócios Projeto de trabalho de formatura como requisito

Leia mais

AUTOR(ES): IANKSAN SILVA PEREIRA, ALINE GRAZIELE CARDOSO FEITOSA, DANIELE TAMIE HAYASAKA, GABRIELA LOPES COELHO, MARIA LETICIA VIEIRA DE SOUSA

AUTOR(ES): IANKSAN SILVA PEREIRA, ALINE GRAZIELE CARDOSO FEITOSA, DANIELE TAMIE HAYASAKA, GABRIELA LOPES COELHO, MARIA LETICIA VIEIRA DE SOUSA Anais do Conic-Semesp. Volume 1, 2013 - Faculdade Anhanguera de Campinas - Unidade 3. ISSN 2357-8904 TÍTULO: TECNOLOGIA E SUA INFLUÊNCIA NA QUALIDADE DA GESTÃO CONTÁBIL. CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS

Leia mais

TI em Números Como identificar e mostrar o real valor da TI

TI em Números Como identificar e mostrar o real valor da TI TI em Números Como identificar e mostrar o real valor da TI João Maldonado / Victor Costa 15, Outubro de 2013 Agenda Sobre os Palestrantes Sobre a SOLVIX Contextualização Drivers de Custo Modelo de Invenstimento

Leia mais

CAPÍTULO 1 - CONTABILIDADE E GESTÃO EMPRESARIAL A CONTROLADORIA

CAPÍTULO 1 - CONTABILIDADE E GESTÃO EMPRESARIAL A CONTROLADORIA CAPÍTULO 1 - CONTABILIDADE E GESTÃO EMPRESARIAL A CONTROLADORIA Constata-se que o novo arranjo da economia mundial provocado pelo processo de globalização tem afetado as empresas a fim de disponibilizar

Leia mais

Técnicas de Logística Enxuta [6 de 11]

Técnicas de Logística Enxuta [6 de 11] Técnicas de Logística Enxuta [6 de 11] Introdução Rogério Bañolas ProLean Logística Enxuta No artigo anterior, vimos uma seqüência recomendada para implementação, bem como uma explicação sucinta de como

Leia mais

ANÁLISE DAS MELHORIAS OCORRIDAS COM A IMPLANTAÇÃO DO SETOR DE GESTÃO DE PESSOAS NA NOVA ONDA EM ARACATI CE

ANÁLISE DAS MELHORIAS OCORRIDAS COM A IMPLANTAÇÃO DO SETOR DE GESTÃO DE PESSOAS NA NOVA ONDA EM ARACATI CE ISBN 978-85-61091-05-7 Encontro Internacional de Produção Científica Cesumar 27 a 30 de outubro de 2009 ANÁLISE DAS MELHORIAS OCORRIDAS COM A IMPLANTAÇÃO DO SETOR DE GESTÃO DE PESSOAS NA NOVA ONDA EM ARACATI

Leia mais

ATIVIDADES DO PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO (PCP).

ATIVIDADES DO PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO (PCP). ATIVIDADES DO PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO (PCP). MOLINA, Caroline Cristina Discente da Faculdade de Ciências Jurídicas e Gerenciais/ACEG carolinemolina@uol.com.br RESENDE, João Batista Docente

Leia mais

GESTÃO ESTRATÉGICA DA CADEIA LOGÍSTICA

GESTÃO ESTRATÉGICA DA CADEIA LOGÍSTICA http://www.administradores.com.br/artigos/ GESTÃO ESTRATÉGICA DA CADEIA LOGÍSTICA DIEGO FELIPE BORGES DE AMORIM Servidor Público (FGTAS), Bacharel em Administração (FAE), Especialista em Gestão de Negócios

Leia mais