PIB Produto Interno Bruto 2008
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- Heitor Lobo Gonçalves
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1 PIB Produto Interno Bruto 2008 RESULTADO DO PIB MUNICIPAL DE 2006 APONTA CRESCIMENTO VERTIGINOSO DO PIB TOTAL E PER CAPITA DE ALHANDRA, BEM COMO DO PIB PER CAPITA DE BOA VISTA 1. INTRODUÇÃO O projeto do Produto Interno Bruto dos Municípios é desenvolvido desde o ano 2000, em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística e Secretarias Estaduais de Governo. Neste projeto, coube ao IBGE a tarefa de coordenar as discussões metodológicas, treinar as equipes técnicas e acompanhar os trabalhos, seguindo os princípios fundamentais das estatísticas oficiais. No caso da Paraíba, a instituição parceira do IBGE é o Instituto de Desenvolvimento Estadual e Municipal do Estado da Paraíba (IDEME/PB). O PIB dos municípios é calculado sob metodologia uniforme para todas as Unidades da Federação, e é integrado, conceitualmente, aos procedimentos adotados nos sistemas de Contas Nacionais e Regionais do Brasil, de maneira que os seus resultados sejam coerentes e comparáveis, entre si e com os resultados nacional e regional. Seguindo o mesmo período considerado nas Contas Regionais do Brasil, a série do PIB dos municípios foi reconstruída a partir do ano Os novos procedimentos metodológicos adotados nas Contas Nacionais e Regionais modificaram e atualizaram a composição interna do PIB do Brasil e de todas as Unidades da Federação. Essas alterações tiveram impacto direto no peso relativo das atividades econômicas. Desse modo, esse novo vetor de peso refletiu, imediatamente, na composição do PIB dos Municípios. O cálculo do PIB dos Municípios baseia-se na distribuição, pelos municípios, do valor adicionado corrente das 17 1 atividades econômicas de cada Unidade da Federação, pelos seus respectivos Municípios. O nível de desagregação necessário ao cálculo do PIB dos Municípios requer uma maior abertura das mencionadas atividades, chegando-se, especialmente na agropecuária, no nível de produto. A cada divulgação da série do PIB dos Municípios é adotada uma política que determina a revisão dos resultados do ano anterior como requisito fundamental para o aprimoramento da qualidade da informação, entretanto, excepcionalmente, foram realizados ajustes em toda a série. 1 Agricultura e serviços relacionados e silvicultura, exploração vegetal e serviços relacionados; pecuária; pesca, aquicultura e serviços relacionados; indústria de transformação; indústria extrativa mineral; eletricidade, gás, água, esgoto e limpeza urbana; construção; comércio, serviços de manutenção e reparação; serviços de alojamento e alimentação; transporte, armazenagem e correio; serviços de informação; intermediação financeira, seguros, previdência complementar e planos de saúde; atividades imobiliárias e aluguel; serviços prestados principalmente às empresas;serviços prestados principalmente às famílias e atividades associativas; saúde e educação mercantil; administração pública e seguridade social; e serviços domésticos.
2 2. ANÁLISE DOS RESULTADOS 2.1. PRODUTO INTERNO BRUTO Análise da concentração do PIB As informações do PIB dos Municípios permitem avaliar, dentre outros aspectos, a concentração econômica do País. A seguir, apresentam-se alguns resultados cujo propósito é mensurar a desigualdade ou concentração da renda gerada nos municípios brasileiros, através de vários indicadores. O índice de Gini para o PIB do Brasil, em 2006, foi de 0,86, enquanto para o Nordeste e a Paraíba foram, respectivamente, 0,80 e 0,78, mostrando uma menor concentração no Nordeste em relação ao Brasil, e da Paraíba em relação a ambos. Em termos de atividade econômica, o índice de Gini para a agropecuária, indústria e serviços do Brasil foi de 0,56, 0,89 e 0,87, respectivamente. Na comparação com a Região Nordeste e ao Estado da Paraíba, observou-se uma menor concentração dos serviços nestas duas áreas, e bem próximos dos índices nacionais nos setores da agropecuária e indústria: no Nordeste, os índices foram, respectivamente, 0,56, 0,89 e 0,79, para agropecuária, indústria e serviços, e de 0,53, 0,88 e 0,76, na Paraíba. No que diz respeito à desigualdade por setores de atividade econômica, a agropecuária foi a que apresentou o menor grau de concentração, sendo que o inverso ocorreu com as atividades de serviços e indústria, que possuíam grande concentração. Analisando-se a concentração de renda no País através da distribuição do número de municípios e da população segundo faixas de participação relativa no PIB do País, para a série de 2002 a Em 2006, a renda gerada por cinco municípios correspondeu a aproximadamente 25% de toda a geração de renda do País, e agregando a renda de 50 municípios alcançou-se a metade do PIB e 30,1% da população. No mesmo ano, nota-se que os municípios que pertenciam à última faixa de participação relativa responderam por 1% do PIB e concentraram 3,4% da população. Estes números mostram a concentração da geração interna da renda e também a difusão espacial na produção da riqueza. Essa distribuição, quando comparada à do ano de 2002, mostra praticamente a mesma realidade. Em 2002, apenas quatro municípios já agregavam 25% do PIB, e 48 municípios eram responsáveis por metade da renda gerada no País. Os cinco municípios, todos capitais, que representavam 25% do PIB em 2006 eram: São Paulo (São Paulo), 11,9%; Rio de Janeiro (Rio de Janeiro), 5,4%; Brasília (Distrito Federal), 3,8%; Belo Horizonte (Minas Gerais), 1,4%; e Curitiba (Paraná), 1,4%. Por outro lado, Os cinco municípios de menor PIB em 2006 foram: São Félix do Tocantins (Tocantins), Quixabá (Paraíba), Olho D'Água do Piauí (Piauí), São Miguel da Baixa Grande (Piauí) e Santo Antônio dos Milagres (Piauí), em ordem decrescente. A agregação do PIB destes municípios representava, aproximadamente, 0,001% do total do País. Na Região Nordeste, os 30 municípios de menor PIB localizavam-se nos Estados do Piauí, da Paraíba e do Rio Grande do Norte. 2
3 Faixas de participação relativa no PIB total do País Tabela 1 - Distribuição do número de municípios e da população, segundo faixas de participação relativa no PIB do País Número de municípios Participação relativa (%) Dos municípios Da população (1) Número de municípios acumulado Dos municípios Da população (1) 2002 Até 25% 4 0,1 12,0 4 0,1 12,0 De 25% a 50% 44 0,8 17,6 48 0,9 29,5 De 50% a 75% 261 4,7 24, ,6 53,8 De 75% a 95% ,9 31, ,4 84,8 De 95% a 99% ,5 11, ,9 96,4 De 99% a 100% ,1 3, ,0 100, Até 25% 5 0,1 12,9 5 0,1 12,9 De 25% a 50% 49 0,9 18,0 54 1,0 30,8 De 50% a 75% 280 5,0 24, ,0 54,9 De 75% a 95% ,6 30, ,6 85,3 De 95% a 99% ,9 11, ,5 96,4 De 99% a 100% ,5 3, ,0 100, Até 25% 5 0,1 12,8 5 0,1 12,8 De 25% a 50% 49 0,9 18,1 54 1,0 30,9 De 50% a 75% 268 4,8 23, ,8 54,1 De 75% a 95% ,7 30, ,5 84,9 De 95% a 99% ,3 11, ,8 96,3 De 99% a 100% ,2 3, ,0 100, Até 25% 5 0,1 12,8 5 0,1 12,8 De 25% a 50% 45 0,8 17,3 50 0,9 30,0 De 50% a 75% 251 4,5 23, ,4 53,6 De 75% a 95% ,0 31, ,4 84,8 De 95% a 99% ,0 11, ,4 96,5 De 99% a 100% ,6 3, ,0 100, (2) Até 25% 5 0,1 12,7 5 0,1 12,7 De 25% a 50% 45 0,8 17,4 50 0,9 30,1 De 50% a 75% 250 4,5 23, ,4 53,7 De 75% a 95% ,2 31, ,6 85,2 De 95% a 99% ,0 11, ,6 96,6 De 99% a 100% ,4 3, ,0 100,0 Notas: (1) População estimada para 1º de julho, série revisada; (2) Dados sujeitos à revisão. Participação relativa acumulada (%) Indicador de desigualdade Fazendo-se a relação entre o PIB dos 10% dos municípios que mais contribuíram e os 50% dos municípios com menor contribuição na produção, vê-se que, em 2002, os 10% dos municípios com maior PIB geraram 23,6 vezes mais riqueza que os 50% dos municípios com menor PIB. Em 2006, essa relação passava para 24,4 vezes, denotando um aumento na 3
4 desigualdade na geração de riqueza entre os municípios. As regiões que apresentavam as menores desigualdades eram o Norte, o Sul e o Nordeste. Nesta última, os coeficientes de dispersão entre 2002 e 2006 giraram em torno de 12 vezes. Tabela 2 - Relação entre o PIB dos 10% dos municípios com os maiores PIBs com os 50% dos municípios com os menores PIBs, segundo Brasil e Grandes Regiões (2002 a 2006) Brasil e Grandes Regiões Ano (1) Brasil 23,6 22,4 23,6 24,6 24,4 Norte 12,2 11,8 12,8 12,8 13,0 Nordeste 12,3 12,0 12,4 12,7 12,4 Sudeste 36,9 36,1 37,2 38,3 39,0 Exclusive Município de São Paulo 27,1 26,6 28,1 28,6 29,4 Exclusive Município do Rio de Janeiro 32,2 31,8 32,7 34,0 34,7 Exclusive Municípios de São Paulo e do Rio de Janeiro 22,4 22,3 23,5 24,2 25,0 Sul 12,3 10,7 11,8 13,7 13,1 Centro-Oeste 21,0 19,7 19,6 20,4 21,4 Exclusive Brasília 9,7 9,5 9,8 9,8 10,0 Nota: (1) Dados sujeitos a revisão Participação dos cinco maiores municípios na Unidade da Federação Analisando-se a participação dos cinco maiores PIBs municipais em relação ao total do PIB de suas respectivas Unidades da Federação, em 2006, observou-se que, na maioria dos estados das Regiões Norte e Nordeste, os cinco maiores municípios concentravam mais do que 50% do PIB estadual (as exceções são os Estados do Tocantins e da Bahia, com 47,3% e 48,0%, respectivamente. Na Paraíba, os cinco principais municípios concentravam 57,1 do PIB (tabela 3) e 36,8% da população total do Estado em 2006 (tabela 4). Em 2003, eles concentravam 56,3% do PIB e 35,7% da população total do Estado. Houve, pois, um pequeno aumento na já elevada concentração espacial da produção destes municípios no contexto estadual, entre 2003 e Entre 2005 e 2006, vislumbrou-se um pequeno recuo na referida concentração (passou de 58,0% para 57,1%). 4
5 Tabela 3 - PIB total e participações relativa e acumulada dos 5 principais municípios, na Paraíba (2003 a 2006) Área geográfica Ano (1) PIB (1 000 R$) Paraíba João Pessoa Campina Grande Cabedelo Santa Rita Bayeux Participação relativa (%) Paraíba 100,0 100,0 100,0 100,0 João Pessoa 29,6 29,0 29,7 29,9 Campina Grande 14,0 14,2 13,2 13,6 Cabedelo 5,6 5,6 8,9 7,6 Santa Rita 4,7 4,8 4,1 3,7 Bayeux 2,4 2,4 2,1 2,2 Participação relativa acumulada (%) Paraíba 100,0 100,0 100,0 100,0 João Pessoa 29,6 29,0 29,7 29,9 Campina Grande 43,6 43,2 42,9 43,5 Cabedelo 49,2 48,8 51,8 51,2 Santa Rita 53,9 53,6 55,9 54,9 Bayeux 56,3 55,9 58,0 57,1 Nota: (1) Dados de 2006 sujeitos a revisão. 5
6 Tabela 4 - População total e participações relativa e acumulada dos 5 principais municípios, na Paraíba (2003 a 2006) Área geográfica Ano (1) População (2) Paraíba João Pessoa Campina Grande Cabedelo Santa Rita Bayeux Participação relativa (%) Paraíba 100,0 100,0 100,0 100,0 João Pessoa 17,9 18,2 18,4 18,5 Campina Grande 10,4 10,4 10,5 10,5 Cabedelo 1,3 1,4 1,4 1,5 Santa Rita 3,5 3,6 3,6 3,6 Bayeux 2,6 2,6 2,6 2,6 Participação relativa acumulada (%) Paraíba 100,0 100,0 100,0 100,0 João Pessoa 17,9 18,2 18,4 18,5 Campina Grande 28,3 28,6 28,9 29,0 Cabedelo 29,6 30,0 30,3 30,5 Santa Rita 33,1 33,6 33,9 34,1 Bayeux 35,7 36,2 36,5 36,8 Nota: (1) Dados sujeitos a revisão; (2) População estimada para 1º de julho, série revisada Municípios das capitais Com relação à participação das capitais na economia brasileira, o Município de São Paulo (São Paulo) ocupou a primeira posição em termos de contribuição ao PIB do País, enquanto Palmas (Tocantins) ocupou o último lugar, em A tabela 5 mostra o PIB das capitais, a posição da capital dentro do estado e a posição da capital no Brasil. Pode-se observar que Florianópolis (Santa Catarina) era a única capital que não ocupava a primeira posição dentro de seu estado. Em Santa Catarina, o maior município em toda série foi Joinville, o mais populoso do estado e que faz parte do pólo metal-mecânico catarinense. Entre as capitais, João Pessoa ocupava a 21ª posição e, na comparação com todos os municípios da Federação, ele ocupava a 58ª posição (ganhou duas posições em relação a 2005). Seu PIB representava 0,3% do PIB do País em 2002, passando para 0,2% entre 2003 e 2005, e 0,3% em 2006, ficando, portanto, sua participação relativa inalterada, entre os extremos do período. 6
7 Tabela 5 - PIB dos Municípios das Capitais, por posição em relação às Capitais, à Unidade da Federação e ao País Municípios das Capitais e Unidades da Federação PIB (1 000 R$) Às Capitais Posição em relação À Unidade da Federação Ao País São Paulo/SP º 1º 1º Rio de Janeiro/RJ º 1º 2º Brasília/DF º 1º 3º Belo Horizonte/MG º 1º 4º Curitiba/PR º 1º 5º Manaus/AM º 1º 6º Porto Alegre/RS º 1º 7º Salvador/BA º 1º 10º Fortaleza/CE º 1º 14º Recife/PE º 1º 17º Vitória/ES º 1º 19º Goiânia/GO º 1º 21º Belém/PA º 1º 23º São Luís/MA º 1º 28º Campo Grande/MS º 1º 38º Natal/RN º 1º 40º Cuiabá/MT º 1º 42º Maceió/AL º 1º 44º Florianópolis/SC º 2º 49º Teresina/PI º 1º 57º João Pessoa/PB º 1º 58º Aracaju/SE º 1º 67º Porto Velho/RO º 1º 90º Macapá/AP º 1º 96º Rio Branco/AC º 1º 134º Boa Vista/RR º 1º 135º Palmas/TO º 1º 176º Nota: Dados sujeitos a revisão Movimentos mais expressivos entre os municípios paraibanos Nos parágrafos anteriores, procurou-se evidenciar a distribuição da renda entre os municípios do País, através de vários indicadores. A seguir, apresentam-se os movimentos mais expressivos da economia paraibana, considerando o período 2003 a 2006 e o biênio 2005/2006. São apresentados os movimentos mais significativos de posição e os ganhos e perdas de participação relativa entre os municípios com maior participação no PIB. Analisando-se os dados da tabela 6, a seguir, percebe-se que João Pessoa continuava a ser o município com maior PIB, cujo valor passou de R$ 4,192 bilhões em 2003, para R$ 5,016 bilhões em 2005 e R$ 5,967 bilhões em Em termos de crescimento relativo, houve um crescimento nominal de 42,3% entre 2003 e 2006, e de 19,0% entre 2005 e A cidade de Campina Grande vem em segundo lugar, com um PIB de R$ 1,987 bilhões, em 2003, R$ 2,220 bilhões em 2005 e R$ 2,718 bilhões em 2006, obtendo variações relativas de 36,8% e 22,5%, para os períodos 2003/2006 e 2005/2006, respectivamente. O município com o terceiro maior PIB é Cabedelo, que teve o maior crescimento relativo entre 2003 e 2006 (92,2%), mas pouco expressivo entre 2005 e
8 (2,1%): seu valor passou de R$ R$ 793,5 milhões, em 2003, para R$ 1,493 bilhões, em 2005, e R$ 1,525 bilhões, em Santa Rita manteve-se em quarto lugar em todo o período considerado, tendo o valor de seu PIB passado de R$ 660,9 milhões em 2003, para R$ 695,1 milhões em 2005 e R$ 739,3 milhões em 2006, com variações relativas de 11,9% e 6,4%, entre 2003/2006 e 2005/2006, respectivamente. Em quinto lugar ficou Bayeux, cujo PIB passou de R$ 340,4 milhões em 2003, para R$ 361,6 milhões em 2005 e R$ 444,3 milhões em 2006 (variações de 30,5% e 22,9% entre 2003/2006 e 2005/2006, respectivamente). Em seguida vem o município de Patos, que teve seu PIB evoluído de R$ 326,1 milhões em 2003, para R$ 360,9 milhões em 2005, e R$ 413,0 milhões em 2006 (variações de 26,7% e 14,5% para 2003/2006 e 2005/2006, respectivamente). O município de Alhandra teve o 14º maior PIB em 2006, tendo destacando-se por ter apresentado a maior variação nominal do PIB entre 2005 e 2006: 73,0%. 8
9 Tabela 6 - Produto Interno Bruto a preços correntes nos 15 maiores e menores Municípios da Paraíba - (2003 a 2006) Municípios Produto Interno Bruto a preços correntes (1 000 R$) Variação (%) Ano (1) 2003/ /2006 Paraíba ,9 18,3 João Pessoa ,3 19,0 Campina Grande ,8 22,5 Cabedelo ,2 2,1 Santa Rita ,9 6,4 Bayeux ,5 22,9 Patos ,7 14,5 Caaporã ,1 31,1 Cajazeiras ,1 31,7 Sousa ,2 22,6 Guarabira ,8 31,5 Pedras de Fogo ,4 15,6 Conde ,1 0,2 Mamanguape ,1 31,8 Alhandra ,2 73,0 Sapé ,1 24,1 Bom Jesus ,6 29,3 Passagem ,6 25,2 Bernardino Batista ,3 20,7 Amparo ,2 16,9 Riacho de Santo Antônio ,4 39,3 Santarém ,7 14,2 Várzea ,0 15,7 Carrapateira ,8 19,4 Zabelê ,6 15,9 Curral Velho ,2 26,5 Parari ,6 15,2 Coxixola ,4 26,0 São José do Brejo do Cruz ,2 13,3 Areia de Baraúnas ,3 13,1 Quixabá ,2 11,6 Nota: (1) Dados sujeitos a revisão. Entre os municípios com menor PIB destacaram-se, por ordem crescente, Quixabá, Areia de Baraúnas, São José do Brejo do Cruz, Coxixola e Parari, dentre outros. Apesar de ter tido um crescimento nominal de 49,2% entre 2003 e 2006, e de 11,6% entre 2005 e 2006, o município de Quixabá destacou-se nacionalmente por apresentar o segundo menor PIB em 2006: R$ 5,0 milhões. O PIB de Areia de Baraúnas vem em seguida, na 2ª pior colocação em todos os anos considerados, tendo seu PIB passado de R$ 4,2 milhões em 2003, para R$ 5,3 milhões em 2005 e R$ 6,0 milhões em São José do Brejo do Cruz ficou com o terceiro menor PIB em 2006 (R$ 6,6 milhões), seguido de Coxixola (R$ 6,7 milhões). 9
10 2.2. PRODUTO INTERNO BRUTO PER CAPITA O Produto Interno Bruto per capita de cada município foi estimado pelo quociente entre o valor do PIB do município por sua população residente. Para a população, foi utilizada a estimativa encaminhada pelo IBGE ao Tribunal de Contas da União (TCU). É relevante salientar que nem toda a renda gerada dentro da área do município foi apropriada pela população residente. A geração de renda e o consumo não são necessariamente realizados em um mesmo município Resultado dos Municípios das Capitais Com relação aos municípios das capitais (tabela 7), destacam-se Vitória/ES com o maior PIB per capita (R$ ), seguido de Brasília/DF (R$ ), São Paulo/SP (R$ ), Porto Alegre/RS (R$ ) e Rio de Janeiro/RJ (R$ ). As menores colocações ficaram, em ordem crescente, com Teresina/PI (R$ 7.482), Maceió/AL (R$ 7.567) e Rio Branco/AC (R$ 8.312). João Pessoa/PB ficou com a 22ª colocação, com PIB per capita de R$ 8.878, em Tabela 7 - População e PIB per capita, segundo Municípios das Capitais (2002 a 2006) Municípios das Capitais e Unidades da Federação População (1 000 hab.) (1) PIB per capita (R$) (2) Vitória/ES Brasília/DF São Paulo/SP Porto Alegre/RS Rio de Janeiro/RJ Manaus/AM Curitiba/PR Florianópolis/SC Belo Horizonte/MG Cuiabá/MT Goiânia/GO Recife/PE São Luís/MA Boa Vista/RR Campo Grande/MS Aracaju/SE Porto Velho/RO Natal/RN Fortaleza/CE Macapá/AP Palmas/TO João Pessoa/PB Salvador/BA Belém/PA Rio Branco/AC Maceió/AL Teresina/PI Notas: (1) População estimada para 1º de julho, série revisada; (2) Dados sujeitos a revisão Maiores e Menores valores entre os municípios paraibanos 10
11 Na tabela 8, a seguir, tem-se o ranking dos maiores e dos menores valores do PIB per capita na Paraíba. No primeiro caso, percebe-se um expressivo crescimento do valor em Cabedelo, que em 2002 detinha o segundo maior PIB per capita estadual, mas a partir de 2003 assumiu a primeira posição, tendo um crescimento expressivo entre 2004 e Em 2003, o valor nominal do mesmo era de R$ , passando para R$ em 2005 e R$ em 2006, obtendo, portanto, variações relativas de 75,2% e -0,9%, entre 2003/2006 e 2005/2006, respectivamente. O município de Caaporã, que em 2002 detinha o maior PIB per capita, passou para segundo lugar a partir de 2003, cujos valores evoluíram de R$ em 2003, para R$ em 2005 e R$ em 2006, obtendo variações de 6,9% e 28,6% entre 2003/2006 e 2005/2006, respectivamente. Por conta de ter tido a maior variação entre 2005 e 2006 (80,1%), o município de Boa Vista conseguiu o 3º maior valor do PIB per capita em 2006: R$ Já o município de Conde ganhou posições entre 2003 e 2006, passando da 6ª colocação em 2003, 3ª em 2005 e 4ª em O valor do PIB per capita naquele município passou de R$ em 2003, para R$ em 2005 e R$ em 2006, tendo, portanto, variações de 53,4% e -3,0% entre 2003/2006 e 2005/2006, respectivamente. Por ter tido o segundo maior crescimento do PIB per capita entre 2005 e 2006 (70,1%), Alhandra conseguiu obter a 5ª colocação estadual (R$ 9.253). Na 6ª colocação vem o município de João Pessoa, que em 2005 detinha a 4ª colocação. Em 2003 e 2004, o mesmo tinha ficado na 5ª e 6ª colocações, respectivamente. Seu PIB per capita passou de R$ em 2003, para R$ em 2005 e R$ em 2006, tendo variações de 35,1% e 17,0% entre 2003/2006 e 2005/2006, respectivamente. Em 7º lugar vem Pedras de Fogo, cujo PIB per capita passou de R$ em 2003, para R$ em 2005 e R$ em 2006 (variações de -0,9% e 15,4% nos períodos de 2003/2006 e 2005/2006, respectivamente). 11
12 Tabela 8 - Produto Interno Bruto per capita a preços correntes nos 15 maiores e menores Municípios da Paraíba - (2003 a 2006) Municípios Produto Interno Bruto per capita (R$) Variação (%) Ano (1) 2003/ /2006 Paraíba ,7 17,4 15 maiores municípios Cabedelo ,2-0,9 Caaporã ,9 28,6 Boa Vista ,3 80,1 Conde ,4-3,0 Alhandra ,0 70,1 João Pessoa ,1 17,0 Pedras de Fogo ,9 15,4 Campina Grande ,8 21,3 Mataraca ,3-0,3 Santa Rita ,7 4,4 Riacho de Santo Antônio ,5 38,2 Caturité ,2 0,9 Cajazeiras ,1 30,8 Esperança ,2 31,1 Guarabira ,9 30,8 15 menores municípios Aroeiras ,0 23,7 Riacho dos Cavalos ,9 26,0 Areia de Baraúnas ,7 11,4 Nova Floresta ,2 19,6 Vista Serrana ,2 16,0 Cuitegi ,4 16,9 Arara ,5 16,1 Triunfo ,8 20,3 Coremas ,2 12,6 Dona Inês ,4 11,9 Imaculada ,2 19,1 Poço Dantas ,1 13,5 Desterro ,9 10,0 Vieirópolis ,0 21,3 Seridó ,8 21,6 Nota: (1) Dados sujeitos a revisão. O município de Campina Grande, que possuía o 2º maior valor nominal bruto do PIB entre 2003 e 2006, tinha o 7º maior PIB per capita entre 2003 e 2005, caindo para a 8ª colocação em O valor deste último evoluiu de R$ em 2003, para R$ em 2005 e R$ em 2006, tendo variações de 32,8% e 21,3% entre 2003/2006 e 2005/2006, respectivamente. Na lista dos municípios que obtiveram os menores valores do PIB per capita, figura o município de Seridó, cujo valor do PIB per capita passou de R$ 1.513, em 2003, para R$ 1.802, em 2005, e R$ 2.191, em Vieirópolis ficou em penúltimo lugar no ranking estadual, cujos valores do PIB per capita passaram de R$ em 2003, para R$ em 12
13 2005 e R$ em 2006, obtendo variações relativas de 40,0% e 21,3% entre 2003/2006 e 2005/2006, respectivamente. Em antepenúltimo lugar veio Desterro, cujos valores do PIB per capita foram de R$ em 2003, R$ em 2005, e R$ em 2006, representando variações relativas de 31,9% e 10,0%, entre 2003/2006 e 2005/2006, respectivamente. João Pessoa, 16 de dezembro de UNIDADE ESTADUAL DO IBGE NA PARAÍBA Supervisão de Pesquisas Econômicas 13
14 GLOSSÁRIO Impostos sobre produtos líqüidos de subsídios - Impostos, taxas e contribuições que incidem sobre os bens e serviços quando são produzidos ou importados, distribuídos, vendidos, transferidos ou de outra forma disponibilizados pelos seus proprietários, descontados os subsídios. Índice de Gini - Medida do grau de concentração de uma distribuição, cujo valor varia de zero (a perfeita igualdade) até um (a desigualdade máxima). No caso específico do cálculo do PIB dos Municípios, mede o grau de desigualdade existente na distribuição dos municípios segundo o valor adicionado de cada município. Seu valor varia de zero, caso em que não há desigualdade, ou seja, o valor adicionado é o mesmo para todos os municípios, até um, quando a desigualdade é máxima (apenas um município detém o valor adicionado total e o valor adicionado de todos os outros municípios é nula). Produto Interno Bruto - Total dos bens e serviços produzidos pelas unidades produtoras residentes sendo, portanto, a soma dos valores adicionados pelos diversos setores acrescida dos impostos, líquidos de subsídios, sobre produtos não incluídos na valoração da produção. Por outro lado, o PIB é igual à soma dos consumos finais de bens e serviços valorados a preço de mercado sendo, também, igual à soma das rendas primárias. Valor Adicionado Bruto - Valor que a atividade agrega aos bens e serviços consumidos no seu processo produtivo. É a contribuição ao produto interno bruto pelas diversas atividades econômicas, obtida pela diferença entre o valor de produção e o consumo intermediário absorvido por essas atividades. É valorado a preço básico, isto é, o valor de produção sem a incidência dos impostos sobre produtos deduzido do consumo intermediário, que está valorado a preços de mercado. 14
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