Aplicabilidade das Disposições da Lei n.º 9.099/95 na Justiça Criminal: Os Juizados Especiais Criminais

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1 Poder Judiciário de Alagoas Escola da Magistratura do Estado de Alagoas (ESMAL) Curso de Atualização Aplicabilidade das Disposições da Lei n.º 9.099/95 na Justiça Criminal: Os Juizados Especiais Criminais Prof. Msc. Fernando Antônio Jambo Muniz Falcão Maceió/AL, abril de 2012

2 Currículo resumido do professor: Fernando Antônio Jambo Muniz Falcão é graduado em Direito pelo Centro de Estudos Superiores de Maceió (1997), com MBA em Direito Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV/RJ) e mestrado em Direito Público pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Advogado militante com inscrição na OAB/AL n.º 5589, é professor assistente da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Alagoas (FDA/UFAL), lecionando as disciplinas Direito Empresarial e Contratos Mercantis e Direito Cambial, professor da disciplina Juizados Especiais Criminais no curso de pós-graduação em Direito Processual do FADIMA/CESMAC, professor da Escola da Magistratura de Alagoas (ESMAL) e membro da banca examinadora do Exame de Ordem Unificado da Ordem dos Advogados do Brasil. Ementa da Disciplina

3 1. TEORIAS DAS PENAS: 1.1. Teoria Retribucionista, 1.2. Teoria Utilitarista, 1.3. Teoria Mista. 2. A CRISE DA PENA DE PRISÃO NO BRASIL: 2.1. A falência do sistema carcerário, 2.2. A hipocrisia da ressocialização do apenado, 2.3. O crime como fato social. 3. MO- DELOS DE POLÍTICA CRIMINAL: 3.1. Abolicionismo, 3.2. Movimento da Lei e da Ordem, 3.3. Direito Penal Mínimo. 4. JUSTIÇA CONSENSUAL E JUSTIÇA CONFLITIVA: 4.1. A experiência da intervenção penal mínima no direito comparado. 5. A PREVISÃO CONSTITUCIONAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS. 6. CONCEITOS FUN- DAMENTAIS. 7. DEFINIÇÃO DE CRIME DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO. 8. A PRINCIPIOLOGIA DOS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS. 9. COMPETÊNCIA. 10. ATOS PROCESSUAIS. 11. A FASE PRÉ-PROCESSUAL: O termo circunstanciado, A audiência preliminar, A composição dos danos, A representação do ofendido, A transação penal, O oferecimento da denúncia ou da queixa-crime. 12. A AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO. 13. RECURSOS. Juizados Especiais Criminais

4 1. Considerações Preliminares: Um dia virá em que o crime será considerado uma doença, e esta doença terá seus médicos que substituirão os juízes e seus hospitais que substituirão as cadeias (Victor Hugo, , em O Último Dia de um Condenado) É Fato inegável que o advento dos Juizados Especiais Criminais consistiu em importante avanço na prestação jurisdicional do Estado, mormente em uma época em que as mudanças da realidade social reclamam respostas mais rápidas e efetivas a todos aqueles que infringem as normas penais, sem, no entanto, imputar-lhes as sanções penais danosas e desmoralizantes próprias de sistemas jurídicos que adotam a mentalidade punitiva clássica e suas tradicionais penas de prisão. Nas últimas três décadas houve um aumento significativo da população brasileira, crescendo, junto com ela, os problemas sociais de um país que se notabiliza pela impressionante concentração de renda e desigualdade social, mais notadamente o desemprego e a migração de verdadeiras hordas de miseráveis para os grandes centros urbanos. Em decorrência disto, houve considerável piora na qualidade de vida da população, especialmente quanto ao crescimento alarmante dos índices de criminalidade. Por sua vez, as instituições responsáveis pela segurança pública, tais como organismos policiais, Poder Judiciário, Ministério Público e sistemas prisionais, não acompanharam essa triste evolução da criminalidade, estando, hoje, deficitárias no tocante aos recursos materiais necessários à manutenção de bons serviços públicos. O resultado disto é a insatisfação da sociedade com o Poder Judiciário, uma vez que a demora havida nas demandas judiciais, especialmente as de natureza criminal, muitas vezes é interpretada pelo cidadão comum como impunidade, haja vista que as reclamações mais freqüentes são as de que o aparelho policial não reprime as ações criminosas e nem investiga com eficiência os crimes, os criminosos não são presos e nem processados, e que o sistema prisional, ao invés de recuperar o apenado, torna-o ainda mais experiente na prática de outros crimes. E foi justamente em meio a essa crise institucional que tanto preocupa a sociedade, independentemente de sua classe social, que o legislador brasileiro foi buscar amparo em países que há muito já adotam a intervenção penal mínima do Estado como forma de tornar a prestação jurisdicional mais ágil e mais eficiente.

5 A justiça consensual é uma tendência mundial que consiste em verdadeira revolução da justiça criminal, tendo em vista que privilegia o consenso em detrimento do conflito, a mediação em lugar do litígio. Esse entendimento decorre da conclusão de que as penas privativas de liberdade, como solução para todos os problemas sociais, não trouxe a diminuição da criminalidade desejada pelos teóricos, mas, tão-somente, o aumento da descrença nas instituições públicas. Há mais de uma década surgia, como primeira iniciativa legislativa concreta, a Lei n.º 9.099, de 26 de novembro de 1995, intitulada Lei dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais. Não obstante as profundas transformações que a referida norma trouxe ao ordenamento jurídico brasileiro, tais como a mitigação do princípio da indisponibilidade da ação penal, a substituição, em alguns casos, do princípio da verdade real pela verdade consensual, e, certamente a mais importante delas, a introdução de alternativas de penas em substituição àquelas privativas de liberdade, ainda hoje essa (r)evolução é tema de profundos debates. Esse texto buscará, apenas, fomentar a discussão, inclusive à luz da jurisprudência, sobre os avanços e os retrocessos observados ao longo desses mais de quinze anos de vigência da referida lei. 2. Direito Comparado (Experiências Internacionais) Nos Estados Unidos da América há muito são utilizadas a plea guilty e a plea bargaining 1 como forma de administração da justiça mais flexível que modelos tradicionais como o brasileiro. Lá, são comuns as negociações entre o órgão acusador e os acusados, às vezes conduzidas a portas fechadas e longe da opinião pública. Na prática, a plea guilty e a plea bargaining são responsáveis pela solução de cerca de 80% a 95% dos processos criminais estadunidenses, segundo dados fornecidos pelo Prof.º Mário Paiva, em sua obra intitulada A Revolução Copérnica do Sistema Penal 2. Como se vê, diante de uma solução negociada com o órgão acusador, o acusado prefere, na imensa maioria dos casos, negociar a sua pena como forma de alcançar um resultado que lhe seja mais favorável. Outros países igualmente desenvolvidos financeira e culturalmente criaram, nas últimas décadas, mecanismos de solução de litígios criminais de menor ofensividade. A Alemanha decidiu, em seu código de processo penal atual, abster-se de promover a persecução penal nos crimes de menor potencialidade delitiva, também chamados de crimes de bagatela. Já o 1 Numa tradução literal, algo como apelação de culpa ou apelação de barganha, sendo o termo apelação empregado no sentido de súplica. 2 Artigo publicado no sítio da Justiça Federal do Rio Grande do Norte na internet. Disponível em:

6 direito português, nestes mesmos casos, prevê a suspensão provisória do processo. Por último, a Espanha resolveu adotar um procedimento sumaríssimo para a apuração e julgamento de crimes menores. Percebe-se, desta forma, que o Brasil caminhou rumo à modernidade ao criar novo procedimento de solução de conflitos, resgatando a vítima de uma posição de mera coadjuvante do processo penal, proporcionando-lhe, através de mecanismos como a transação penal, buscar a reparação do dano que tenha sido causado pelo ofensor, bem como pela busca incessante de uma saída negociada para a satisfação dos interesses das partes. 3. Previsão Constitucional dos Juizados Especiais: Com o advento da Constituição Federal de 1988, o legislador deu considerável ênfase às questões sociais, tendo em vista que a Constituição anterior tinha forte conotação patrimonialista. Após mais de duas décadas de um regime militar em que as liberdades e as garantias individuais foram suprimidas, nada mais natural que a Constituição Federal que fosse promulgada já nos primeiros anos da reabertura democrática privilegiasse as questões sociais. No título que dispõe sobre a Organização dos Poderes no Estado Brasileiro, o capítulo que trata do Poder Judiciário trouxe, na redação de seu art. 98, a previsão constitucional para o surgimento dos juizados especiais, destacando, desde logo, as características da oralidade e da sumariedade como princípios norteadores destes órgãos jurisdicionais, ipsis verbis: Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão: I - juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e leigos, competentes para a conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade e infrações penais de menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumaríssimo, permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a transação e o julgamento de recursos por turmas de juízes de primeiro grau; [...] 1º Lei federal disporá sobre a criação de juizados especiais no âmbito da Justiça Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 22, de 1999) (Renumerado pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 2º As custas e emolumentos serão destinados exclusivamente ao custeio dos serviços afetos às atividades específicas da Justiça. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) Como se vê pela leitura da norma constitucional acima transcrita, o legislador deixou que a União, no Distrito Federal e nos territórios, e os Estados regulamentassem o funcionamento dos Juizados Especiais, o que foi feito com acerto em alguns Estados, a exemplo do Rio Grande do Sul, tendo em vista que são de lá as primeiras e mais importantes iniciativas de

7 implantação da então esperada justiça consensual, à época denominada singelamente de Juizados de Pequenas Causas. O Estado de Alagoas tratou de inserir em sua Constituição Estadual, promulgada em 05 de outubro de 1989, a previsão normativa para a criação dos Juizados Especiais, condicionando-a, apenas, à iniciativa do Tribunal de Justiça de Alagoas, in verbis: Art O Estado criará, mediante iniciativa do Tribunal de Justiça: I - juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e leigos, competentes para a conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade e infrações penais de menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumaríssimo, permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a transação e o julgamento de recursos por turmas de juízes de primeiro grau; [...] Em Alagoas, as primeiras iniciativas para a implantação dos juizados especiais surgiram em 1992, quando, por força da Resolução n.º 02/92, o Tribunal de Justiça de Alagoas criou o 1º Juizado Especial de Pequenas Causas da Comarca da Capital, à época instalado no Centro de Maceió e que tinha horário de funcionamento das 18h:00min às 22h:00min. Vale destacar que todas as leis estaduais que criaram Juizados Especiais foram declaradas inconstitucionais, tendo em vista que se fazia necessária a regulamentação da norma constitucional por lei federal, até então inexistente. Contudo, mesmo diante da previsão legal disposta na CF/88, a dificuldade maior encontrada pelos Estados, e que perdurou até a entrada em vigor da Lei n.º 9.099/95, era estabelecer o que seria infração penal de menor potencial ofensivo, para efeito de estabelecimento da competência ratione materiae dos Juizados Especiais. Somente com a promulgação da lei especial esse critério foi, finalmente, estabelecido. 4. A Lei n.º 9.099/95 e seus Conceitos Fundamentais: Em primeiro lugar, cumpre destacar que os Juizados Especiais Criminais foram disciplinados nos arts. 60 a 92 da Lei n.º 9.099/95, além das disposições finais comuns daquela lei. Como ponto de partida, é imprescindível que se conheça a estrutura organizacional dos Juizados Especiais Criminais, seus princípios norteadores e o conceito de infração penal de menor potencial ofensivo. Assim dispõe o art. 60, caput, da Lei n.º 9.099/95 quando trata da organização dos JECC:

8 Art. 60. O Juizado Especial Criminal, provido por juízes togados ou togados e leigos, tem competência para a conciliação, o julgamento e a execução das infrações penais de menor potencial ofensivo, respeitadas as regras de conexão e continência. (Redação dada pela Lei nº , de 2006) Como se percebe, a CF/88 não fez referência à figura do conciliador no Juizado Especial Criminal, nem tampouco o fez a Lei n.º 9.099/95 no seu art. 60. Limitou-se, a norma infraconstitucional, a informar que a composição dos Juizados se dará, obrigatoriamente, por um juiz togado e, facultativamente, por juízes leigos, donde se conclui que todos os atos estarão sob controle e responsabilidade do juiz togado. Entretanto, vê-se que a lei fez menção à figura do conciliador em seu art. 73, quando afirma que a conciliação será conduzida pelo juiz ou por conciliador sob sua autorização. Nesse mesmo artigo, o legislador especificou os requisitos de seleção dos conciliadores, ipsis litteris: Art. 73. [...] Parágrafo único - Os conciliadores são auxiliares da Justiça, recrutados, na forma da lei local, preferentemente entre bacharéis em Direito, excluídos os que exerçam funções na administração da Justiça Criminal. Tendo em vista que a lei não limita a atuação do conciliador à composição civil, o entendimento predominante é no sentido de que poderá o conciliador praticar todos os demais atos, desde que (1) seja supervisionado pelo juiz de direito, e (2) não sejam tais atos privativos de juiz togado, a exemplo da homologação de acordo civil ou criminal e da declaração de extinção da punibilidade. Esse foi o entendimento firmado pelo FONAJE: Enunciado 70 - O conciliador ou o juiz leigo podem presidir audiências preliminares nos Juizados Especiais Criminais, propondo conciliação e encaminhamento da proposta de transação (Aprovado no XV Encontro Florianópolis/SC) Enunciado 71 - A expressão conciliação prevista no artigo 73 da Lei 9099/95 abrange o acordo civil e a transação penal, podendo a proposta do Ministério Público ser encaminhada pelo conciliador ou pelo juiz leigo, nos termos do artigo 76, 3º, da mesma Lei (nova redação do Enunciado 47 - Aprovado no XV Encontro Florianópolis/SC). A Lei n.º , de 12 de julho de 2001, que criou os Juizados Especiais Cíveis e Criminais no âmbito da Justiça Federal, no caput de seu art. 18, asseverou que o exercício da função de conciliador nos Juizados Especiais Federais não é remunerado: Art. 18. Os Juizados Especiais serão instalados por decisão do Tribunal Regional Federal. O Juiz presidente do Juizado designará os conciliadores pelo

9 período de dois anos, admitida a recondução. O exercício dessas funções será gratuito, assegurados os direitos e prerrogativas do jurado (art. 437 do Código de Processo Penal). Cumpre destacar que, mesmo sendo a audiência conduzida por juiz togado, em respeito aos princípios da consensualidade e das concessões mútuas, este deve pautar sua conduta com espírito conciliatório, buscando, sempre que possível, o restabelecimento da harmonia social e jurídica entre os litigantes. Como prova de que a finalidade da lei deve ser sempre buscada, o Enunciado n.º 74 do FONAJE traz a seguinte disposição: Enunciado 74 (substitui o Enunciado 69) - A prescrição e a decadência não impedem a homologação da composição civil (Aprovado no XVI Encontro Rio de Janeiro/RJ). Questio Juris: os advogados que atuam como conciliadores nos Juizados Especiais Criminais estão impedidos de exercer a advocacia? Enunciado 31 - O conciliador ou juiz leigo não está incompatibilizado nem impedido de exercer a advocacia, exceto perante o próprio Juizado Especial em que atue ou se pertencer aos quadros do Poder Judiciário. O art. 61 da Lei n.º 9.099/95 cuidou de conceituar as infrações de menor potencial o- fensivo, delimitando, desta forma, a competência dos Juizados, in verbis: Art. 61. Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa. (Redação dada pela Lei nº , de 2006) Assim, percebe-se que são consideradas infrações penais de menor potencial ofensivo todas as contravenções penais, independentemente da pena cominada, e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a dois anos, independentemente do regime prisional. Com a vigência da Lei n.º /01, a redação original do art. 61 da Lei n.º 9.099/95 (que previa a incidência da norma apenas para aquelas condutas cuja pena máxima não excedesse um ano) foi alterada pela Lei n.º , de 28 de junho de 2006, tendo em vista a necessidade premente de que fossem respeitados os princípios constitucionais da igualdade e da proporcionalidade, uma vez que era inconcebível que existisse um tratamento diferenciado para condutas típicas absolutamente idênticas [v.g. o desacato (art. 331 do CP) a um delegado da polícia federal era crime de competência do Juizado Especial Criminal Federal, enquanto a

10 mesma conduta, se perpetrada contra delegado da polícia civil, sujeitar-se-ia ao procedimento ordinário na justiça comum]. Também merece registro o fato de que a Lei n.º /06, além de ampliar o rol de condutas típicas sujeitas à incidência da Lei n.º 9.099/95, ainda incluiu em sua competência os crimes sujeitos a procedimento especial. Questio Juris: como se deve proceder quanto estiverem presentes causas de aumento ou de diminuição de pena ou quando existir o concurso de crimes, para efeito de delimitação da infração penal como de menor potencial ofensivo e, consequentemente, a competência dos Juizados Especiais? Os princípios gerais que norteiam os Juizados Especiais Criminais estão descritos no art. 62 da Lei n.º 9.099/95, além de outros aceitos pela doutrina. Os mais importantes são a- queles descritos na CF/88. São eles: a) Ampla defesa; b) Contraditório prévio; c) Devido processo constitucional; d) Presunção da inocência. Os outros princípios que regem os Juizados Especiais Criminais estão, implícita ou explicitamente, previstos na própria norma. São eles: a) Aproveitamento dos atos; b) Celeridade processual; c) Consenso; d) Divisão de responsabilidades; e) Economia processual; f) Evitabilidade da prisão; g) Finalidade; h) Informalidade; i) Disponibilidade mitigada da ação penal; j) Oralidade; k) Proteção da vítima; e

11 l) Simplicidade. 5. Do Processo nos Juizados Especiais Criminais: A regra estabelecida na lei é a da competência em razão da matéria (ratione materiae) e a competência territorial (ratione loci), ou seja, do lugar em que foi praticada a ação ou a omissão (Teoria da Atividade), e não do resultado (Teoria do Resultado), conforme adota o CPP em seu art. 70. Entretanto, ainda que o crime em apuração se enquadre na definição legal de infração penal de menor potencial ofensivo, ainda assim será admissível o deslocamento da competência para a Justiça comum, conforme asseveram o parágrafo único do art. 66 e os 2º e 3º do art. 77 da Lei n.º 9.099/95: Art. 63. A competência do Juizado será determinada pelo lugar em que foi praticada a infração penal. Art. 66. [...] Parágrafo único - Não encontrado o acusado para ser citado, o Juiz encaminhará as peças existentes ao Juízo comum para adoção do procedimento previsto em lei. Art. 77. [...] [...] 2º - Se a complexidade ou circunstâncias do caso não permitirem a formulação da denúncia, o Ministério Público poderá requerer ao Juiz o encaminhamento das peças existentes, na forma do parágrafo único do art. 66 desta Lei. 3º - Na ação penal de iniciativa do ofendido poderá ser oferecida queixa oral, cabendo ao Juiz verificar se a complexidade e as circunstâncias do caso determinam a adoção das providências previstas no parágrafo único do art. 66 desta Lei. Já no que diz respeito aos atos processuais no âmbito dos Juizados Especiais Criminais, é forçoso perceber que a intenção do legislador foi a de permitir que o processo penal pudesse se desenvolver rápida e regularmente, dispensando procedimentos burocráticos que emperram o andamento dos feitos criminais que tramitam na Justiça Comum. Assim, prestigia-se o princípio da celeridade e da economia processual, atendendo à intenção da norma que sempre foi a de desafogar o Judiciário. Por oportuno, é de bom alvitre destacar que após a remessa dos autos à justiça comum, ainda que o acusado seja localizado ou que tenha sido afastada a complexidade alegada, não

12 haverá o restabelecimento da competência dos Juizados Especiais Criminais; esse é o entendimento sustentado pelo FONAJE, in verbis: Enunciado 51 - A remessa dos autos à Justiça Comum, na hipótese do art. 66, parágrafo único, da Lei 9099/95 (Enunciado 12), exaure a competência do Juizado Especial Criminal, que não se restabelecerá com localização do acusado. Enunciado 52 - A remessa dos autos à Justiça Comum, na hipótese do art. 77, parágrafo 2º, da Lei 9099/95 (Enunciado 18), exaure a competência do Juizado Especial Criminal, que não se restabelecerá ainda que afastada a complexidade. Quanto à forma dos atos processuais no âmbito dos Juizados Especiais Criminais, assim disciplina a Lei n.º 9.099/95: Art. 64. Os atos processuais serão públicos e poderão realizar-se em horário noturno e em qualquer dia da semana, conforme dispuserem as normas de organização judiciária. Art. 65. Os atos processuais serão válidos sempre que preencherem as finalidades para as quais foram realizados, atendidos os critérios indicados no art. 62 desta Lei. 1º - Não se pronunciará qualquer nulidade sem que tenha havido prejuízo. 2º - A prática de atos processuais em outras comarcas poderá ser solicitada por qualquer meio hábil de comunicação. 3º - Serão objeto de registro escrito exclusivamente os atos havidos por essenciais. Os atos realizados em audiência de instrução e julgamento poderão ser gravados em fita magnética ou equivalente. Art. 66. A citação será pessoal e far-se-á no próprio Juizado, sempre que possível, ou por mandado. [...] Art. 67. A intimação far-se-á por correspondência, com aviso de recebimento pessoal ou, tratando-se de pessoa jurídica ou firma individual, mediante entrega ao encarregado da recepção, que será obrigatoriamente identificado, ou, sendo necessário, por oficial de justiça, independentemente de mandado ou carta precatória, ou ainda por qualquer meio idôneo de comunicação. Parágrafo único - Dos atos praticados em audiência considerar-se-ão desde logo cientes as partes, os interessados e defensores. Art. 68. Do ato de intimação do autor do fato e do mandado de citação do acusado, constará a necessidade de seu comparecimento acompanhado de advogado, com a advertência de que, na sua falta, ser-lhe-á designado defensor público. Nota-se, pela transcrição das normas acima, que só devem ser reduzidos a termo os a- tos considerados essenciais como, por exemplo, as decisões judiciais, a denúncia do MP (nas

13 ações penais públicas), a queixa do ofendido (nas ações penais privadas), a resposta do acusado, os depoimentos do autor do fato, da vítima e das testemunhas, os embargos de declaração opostos oralmente em audiência etc. A citação deverá ser sempre pessoal, podendo se realizar de duas formas: diretamente (no próprio Juizado ou em audiência) ou por mandado (através de oficial de justiça - arts. 352 e 357 do CPP ou por carta precatória), sendo absolutamente vedada a citação ficta. Cabe dispor, de forma clara e inequívoca no próprio mandado citatório, que o acusado (autor do fato) deve se fazer acompanhar de advogado, sob pena de nomeação de um dativo (art. 68), e das testemunhas, caso queira produzir prova testemunhal ( 1º, do art. 78). A propósito, é de fundamental importância conhecer as disposições do Enunciado 93 do FONAJE: Enunciado 93 - É cabível a expedição de precatória para citação, apresentação de defesa preliminar e proposta de suspensão do processo no juízo deprecado. Aceitas as condições, o juízo deprecado comunicará ao deprecante o qual, recebendo a denúncia, deferirá a suspensão, a ser cumprida no juízo deprecado (Aprovado no XXI Encontro - Vitória/ES). Já no que diz respeito às intimações, estas poderão ser realizadas das seguintes formas: (a) por correspondência, se o acusado é pessoa natural, e com aviso de recebimento, se jurídica (art. 370, 2º. do CPP); (b) por oficial de justiça (independentemente da expedição de mandado ou de carta precatória); (c) por qualquer meio idôneo de comunicação (telegrama, fac-símile, telefone, , pela imprensa etc. ); e (d) por ciência na própria audiência. 6. A Fase Pré-Processual nos Juizados Especiais Criminais: Certamente, uma das maiores evoluções trazidas com a norma jurídica ora em estudo foi a abolição do inquérito policial como peça inquisitiva do processo penal. A idéia do Termo Circunstanciado de Ocorrência, mais comumente chamado de TCO, além de dispensar aos crimes de menor potencial ofensivo a importância relativa que merecem, ainda funcionou como importante instrumento de celeridade processual, uma vez que toda a matéria de prova passa a ser produzida diretamente em juízo. Art. 69. A autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência lavrará termo circunstanciado e o encaminhará imediatamente ao Juizado, com o autor de fato e a vítima, providenciando-se as requisições dos exames periciais necessários.

14 Parágrafo único - Ao autor do fato que, após a lavratura do termo, for imediatamente encaminhado ao Juizado ou assumir o compromisso de a ele comparecer, não se imporá prisão em flagrante, nem se exigirá fiança. Na hipótese de existirem indícios de que o autor do fato é inimputável ou semiimputável, deve ser instaurado Inquérito Policial, e não lavrado o Termo Circunstanciado de Ocorrência, por analogia com o art. 77, 2 ; uma vez concluído o inquérito policial, este deverá ser encaminhado ao Juizado Especial Criminal, e, diante da impossibilidade de realização da audiência preliminar onde se discutirá, principalmente, a composição civil e a transação penal, deverão os autos ser encaminhados a uma Vara Criminal Comum. Caso seja desconhecida a autoria do crime ou da contravenção, deverá ser instaurado Inquérito Policial e, após o seu encerramento, encaminha-se ao Juizado Especial Criminal. Mesmo diante da imprevisibilidade da situação, nada há que impeça possa ser decretada a prisão preventiva do acusado pelo Juiz togado responsável pelo Juizado Especial Criminal. Resumidamente, o TCO deverá conter, além de outros elementos que a autoridade policial entender necessários: (a) a qualificação completa da vítima e do autor do fato, além, se for o caso, do responsável civil (quando o autor do fato, por exemplo, for preposto de uma empresa); (b) resumo dos fatos, especificando data, local e hora, além das versões das partes e das testemunhas inquiridas naquele primeiro momento; (c) indicação da prova material apreendida no momento do delito; (d) a qualificação completa das testemunhas; (e) a indicação dos exames periciais requisitados; (f) a descrição dos objetos apreendidos, sua qualidade e quantidade; (g) a assinatura das partes, da autoridade policial e das testemunhas presentes; (h) a representação da vítima, para que se evite a decadência do direito; (i) documentos (antecedentes criminais, boletins de ocorrência anteriores, certidões policiais etc.) 7. A Audiência Preliminar: Com certeza esta é a fase em que a maioria das demandas criminais sujeitas à jurisdição dos Juizados Especiais Criminais encontra uma solução conciliada. Lembrando que um dos mais importantes princípios dos Juizados Especiais é o consensualismo, é nesta fase processual que o autor do fato tem a possibilidade de compor civilmente com a vítima, na maioria das vezes reparando o dano que esta sofrera por ocasião da prática da infração penal.

15 Art. 70. Comparecendo o autor do fato e a vítima, e não sendo possível a realização imediata da audiência preliminar, será designada data próxima, da qual ambos sairão cientes. Art. 71. Na falta do comparecimento de qualquer dos envolvidos, a Secretaria providenciará sua intimação e, se for o caso, a do responsável civil, na forma dos arts. 67 e 68 desta Lei. Art. 72. Na audiência preliminar, presente o representante do Ministério Público, o autor do fato e a vítima e, se possível o responsável civil, acompanhados por seus advogados, o Juiz esclarecerá sobre a possibilidade da composição dos danos e da aceitação da proposta de aplicação imediata de pena não privativa de liberdade. Art. 73. A conciliação será conduzida pelo Juiz ou por conciliador sob sua orientação. [...] Art. 74. A composição dos danos civis será reduzida a escrito e, homologada pelo Juiz mediante sentença irrecorrível, terá eficácia de título a ser executado no juízo civil competente. Parágrafo único - Tratando-se de ação penal de iniciativa privada ou de ação penal pública condicionada à representação, o acordo homologado acarreta a renúncia ao direito de queixa ou representação. A composição civil dos danos (acordo celebrado entre as partes na esfera penal e que surte efeitos na esfera cível) nas infrações penais de menor potencial ofensivo deverá sempre ser tentada, mesmo na hipótese de crime cuja ação penal seja pública incondicionada, excetuando-se, apenas, os casos em que inexiste vítima determinada, conforme entendimento previsto no parágrafo único do art. 74, e do caput do art. 76, ambos da Lei n.º 9.099/95. Entretanto, deve ser ressalvado que a homologação da composição civil dos danos, nas ações públicas condicionadas à representação e nas ações penais de iniciativa do ofendido, acarretará a renúncia tácita ao direito de representação ou queixa do ofendido. Já nas ações públicas incondicionadas, tais efeitos da composição civil não se registram, tendo em vista que deverá o Ministério Público prosseguir na ação oferecendo eventual proposta de transação penal ou, caso não seja possível ou esta não seja aceita pelo acusado e seu defensor, oferecendo denúncia contra o autor do fato. Então, qual seria a vantagem de compor civilmente na ação penal pública incondicionada de competência dos Juizados Especiais Criminais, uma vez que não surtem os efeitos de extinção da punibilidade por renúncia ao direito de representação ou queixa pelo ofendido? Em verdade, a composição civil, nestes casos, apenas impediria que a vítima pudesse, a pos-

16 teriori, ingressar em Juízo com ação de reparação de danos, ou então, executasse a sentença penal condenatória com a finalidade de buscar uma reparação por eventuais danos sofridos. Por fim, vale registrar que o autor do fato e a vítima poderão firmar acordo extrajudicial; entretanto, para os efeitos de extinção da punibilidade pela renúncia tácita do ofendido, nas hipóteses de ação penal pública condicionada ou de iniciativa do ofendido, é preciso que haja a homologação da composição pelo Juiz togado que conduz o Juizado Especial. Questio Juris: È indispensável ou facultativa a presença do representante do Ministério público na audiência preliminar? Na hipótese de uma audiência preliminar conduzida por conciliador, mesmo que sob a supervisão do Juiz togado, estaria o representante do Parquet submetido à autoridade deste conciliador? 8. A Representação do Ofendido: Art. 75. Não obtida a composição dos danos civis, será dada imediatamente ao ofendido a oportunidade de exercer o direito de representação verbal, que será reduzida a termo. Parágrafo único - O não oferecimento da representação na audiência preliminar não implica decadência do direito, que poderá ser exercido no prazo previsto em lei. Caso o autor do fato e vítima não se componham civilmente na audiência preliminar, a esta última será dada a oportunidade para oferecer representação, na hipótese de crime de ação penal pública condicionada. A Lei n.º 9.099/95 não operou qualquer modificação quanto ao prazo descrito no art. 38 do CPP (com a exceção prevista na Lei de Imprensa). Registre-se que o prazo de 30 dias, previsto no art. 91 da Lei n.º 9.099/95 (cujo início é o da data da juntada aos autos do mandado de notificação) foi criado, apenas, como regra de transição. Enunciado 25 - O início do prazo para o exercício da representação do ofendido começa a contar do dia do conhecimento da autoria do fato, observado o disposto no Código de Processo Penal ou legislação específica. Qualquer manifestação da vítima que denote intenção de representar vale como tal para os fins do art. 88 da Lei 9.099/95. Na eventualidade do caso concreto versar sobre crime de ação penal de iniciativa privada em que há pluralidade de autores (querelados) e de vítimas (querelantes), poderá haver uma exceção à regra da indivisibilidade prevista no art. 48 do CPP, pois o procedimento só terá continuidade (com o oferecimento da queixa) em relação aos que não aceitaram compor-

17 se civilmente, ou seja, existirá ação penal de iniciativa privada em relação a apenas um ou alguns querelados, mesmo tendo havido um terceiro ofensor (que se compôs civilmente). Inclusive, é indiscutível a existência de uma exceção à regra da irretratabilidade da representação (art. 25, CPP), conforme aduz o art. 79 da Lei 9.099/95, uma vez que, mesmo já tendo sido ofertadas a representação e a denúncia na audiência preliminar, o acordo feito posteriormente pelo autor do fato e a vítima na audiência de instrução e julgamento impedirá o prosseguimento do feito, ou seja, mesmo após o oferecimento da denúncia, a representação já não terá o condão de legitimar o Ministério Público a continuar acusando. 9. A Transação Penal: Art. 76. Havendo representação ou tratando-se de crime de ação penal pública incondicionada, não sendo caso de arquivamento, o Ministério Público poderá propor a aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na proposta. 1º - Nas hipóteses de ser a pena de multa a única aplicável, o Juiz poderá reduzi-la até a metade. 2º - Não se admitirá a proposta se ficar comprovado: I - ter sido o autor da infração condenado, pela prática de crime, à pena privativa de liberdade, por sentença definitiva; II - ter sido o agente beneficiado anteriormente, no prazo de cinco anos, pela aplicação de pena restritiva ou multa, nos termos deste artigo; III - não indicarem os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, ser necessária e suficiente a adoção da medida. 3º - Aceita a proposta pelo autor da infração e seu defensor, será submetida à apreciação do Juiz. 4º - Acolhendo a proposta do Ministério Público aceita pelo autor da infração, o Juiz aplicará a pena restritiva de direitos ou multa, que não importará em reincidência, sendo registrada apenas para impedir novamente o mesmo benefício no prazo de cinco anos. 5º - Da sentença prevista no parágrafo anterior caberá a apelação referida no art. 82 desta Lei. 6º - A imposição da sanção de que trata o 4º deste artigo não constará de certidão de antecedentes criminais, salvo para os fins previstos no mesmo dispositivo, e não terá efeitos civis, cabendo aos interessados propor ação cabível no juízo cível. Não logrando êxito a composição civil dos danos, ou, ainda que o tenha, tratando-se de ação penal pública incondicionada, será aberta ao Ministério Público oportunidade para a transação penal, instituída no ordenamento jurídico brasileiro por força do art. 76 da Lei n.º 9.099/95, que se trata, na verdade, de uma proposta de aplicação de pena alternativa à prisão (multa ou restrição de direitos).

18 Talvez seja esta a inovação trazida pela justiça consensual que mais discussões provocou entre juristas e doutrinadores, especialmente aqueles que se dedicam ao estudo do Direito Constitucional. Na verdade, não há que se falar em inconstitucionalidade do referido dispositivo legal, tendo em vista que a transação penal surgiu exatamente do comando insculpido no inciso I, do art. 98 da CF/88. Também não se deve falar em violação ao princípio da presunção da inocência, tendo em vista que na transação penal não se discute a culpabilidade do autor do fato, não decorrendo, em consequência, qualquer efeito penal ou civil, ou mesmo registro para efeito de antecedentes criminais. A transação penal está condicionada ao preenchimento de determinados requisitos objetivos, taxativamente enumerados nos incisos I e II, do 2 o do art. 76 da Lei n.º 9.099/95, ressalvando-se, quanto ao primeiro inciso, o quinquídio referido no inciso I, do art. 64 do CP; não impede a proposta, outrossim, se a condenação anterior foi substituída por pena restritiva de direitos, multa ou pelo sursis. Juntamente com estes requisitos objetivos, exige o inciso III requisitos subjetivos que deverão ser observados antes do oferecimento da proposta. Nunca é tarde para relembrar que a transação penal só deve ser proposta se não for o caso de arquivamento (ausência de justa causa para a proposta); é o que indica expressamente o caput do art. 76 da Lei n.º 9.099/95. Inclusive, entende a boa doutrina que sequer a composição civil dos danos deve ser levada a efeito se o caso, em tese, não for passível de ser alvo de uma peça acusatória; se o Termo Circunstanciado de Ocorrência, por exemplo, narrar um fato atípico ou já atingido pela prescrição o caso é de arquivamento direto, não devendo sequer ser marcada a audiência preliminar, pois seria submeter o autor do fato a um constrangimento não autorizado por lei. A natureza jurídica da sentença que acerta a transação penal é homologatória, não sendo sentença condenatória nem absolutória. Na eventualidade de descumprimento do acordo, entende-se pela impossibilidade de oferecimento de denúncia, pois a sentença homologatória faz coisa julgada material, restando ao Ministério Público a alternativa de executá-la, seja nos termos da Lei de Execução Penal (arts. 147 e 164), seja em conformidade com o Código de Processo Civil, já que se está diante de um título executivo judicial (inciso III, do art. 584 do CPC).

19 No entanto, visando inibir a falta de efetividade da transação penal, já que o descumprimento das condições ajustadas impossibilita o oferecimento de denúncia pelo órgão ministerial, o FONAJE entendeu pela inclusão, no acordo, de cláusula resolutiva expressa em que a sua homologação fica condicionada à comprovação do cumprimento do ajuste: Enunciado 79 (novo) - Substitui os Enunciados 14 e 57 É incabível o oferecimento de denúncia após sentença homologatória de transação penal em que não haja cláusula resolutiva expressa, podendo constar da proposta que a sua homologação fica condicionada ao prévio cumprimento do avençado. O descumprimento, no caso de não homologação, poderá ensejar o prosseguimento do feito (Aprovado no XIX Encontro Aracaju/SE) 10. Da Denúncia e da Queixa-Crime nos Juizados Especiais Criminais: Art. 77. Na ação penal de iniciativa pública, quando não houver aplicação de pena, pela ausência do autor do fato, ou pela não ocorrência da hipótese prevista no art. 76 desta Lei, o Ministério Público oferecerá ao Juiz, de imediato, denúncia oral, se não houver necessidade de diligências imprescindíveis. 1º - Para o oferecimento da denúncia, que será elaborada com base no termo de ocorrência referido no art. 69 desta Lei, com dispensa do inquérito policial, prescindir-se-á do exame do corpo de delito quando a materialidade do crime estiver aferida por boletim médico ou prova equivalente. 2º - Se a complexidade ou circunstâncias do caso não permitirem a formulação da denúncia, o Ministério Público poderá requerer ao Juiz o encaminhamento das peças existentes, na forma do parágrafo único do art. 66 desta Lei. 3º - Na ação penal de iniciativa do ofendido poderá ser oferecida queixa oral, cabendo ao Juiz verificar se a complexidade e as circunstâncias do caso determinam a adoção das providências previstas no parágrafo único do art. 66 desta Lei. Art. 78. Oferecida a denúncia ou queixa, será reduzida a termo, entregandose cópia ao acusado, que com ela ficará citado e imediatamente cientificado da designação de dia e hora para a audiência de instrução e julgamento, da qual também tomarão ciência o Ministério Público, o ofendido, o responsável civil e seus advogados. 1º - Se o acusado não estiver presente, será citado na forma dos arts. 66 e 68 desta Lei e cientificado da data de audiência de instrução e julgamento, devendo a ela trazer suas testemunhas ou apresentar requerimento para intimação, no mínimo cinco dias antes de sua realização. 2º - Não estando presentes o ofendido e o responsável civil, serão intimados nos termos do art. 67 desta Lei para comparecerem à audiência de instrução e julgamento. 3º - As testemunhas arroladas serão intimadas na forma prevista no art. 67 desta Lei. Mais uma vez, não tendo sido alcançado o êxito da transação penal, oportuniza-se ao acusador, oralmente, o oferecimento de denúncia ou de queixa, caso não sejam necessárias

20 diligências imprescindíveis. Destaque-se que a necessidade destas diligências não é causa de remessa imediata ao Juízo Comum. A peça acusatória (denúncia ou queixa) deve ser oferecida ainda na audiência preliminar, iniciando-se, então, o procedimento sumaríssimo. Se houver complexidade ou as circunstâncias do caso assim o indicarem, os autos serão remetidos à Justiça Comum. Na peça acusatória poderão ser arroladas até cinco testemunhas (nos casos de crime) ou até três se for o caso de contravenção penal (arts. 533 e 539 do CPP). Ressalte-se que, se a peça pórtico criminal for queixa, própria nos casos de ação penal privada ou de ação penal privada subsidiária da pública, esta poderá ser oferecida pessoalmente pelo querelante ou por seu procurador; no entanto, neste caso, é indiscutível que o procurador deverá estar munido de poderes especiais, o que se pode inferir numa interpretação conjunta do art. 44 do CPP e do Enunciado n.º 100 do FONAJE: Art. 44. A queixa poderá ser dada por procurador com poderes especiais, devendo constar do instrumento do mandato o nome do querelante e a menção do fato criminoso, salvo quando tais esclarecimentos dependerem de diligências que devem ser previamente requeridas no juízo criminal. Enunciado A procuração que instrui a ação penal privada, no Juizado Especial Criminal, deve atender aos requisitos do art. 44 do CPP (Aprovado no XXII Encontro - Manaus/AM). Tendo sido oferecida a denúncia ou a queixa, serão as partes notificadas para a audiência de instrução e julgamento. Na abertura desta segunda audiência é possível nova proposta de conciliação, seja a civil ou a penal, ainda que a primeira tenha ocorrido e tenha sido infrutífera. Se a composição civil dos danos ocorrer nesta segunda fase, haverá claramente uma exceção ao princípio da irretratabilidade da representação (art. 25 do CPP), como já se discutiu anteriormente, e ao da indisponibilidade da ação penal (art. 42 do CPP), pois, mesmo após o oferecimento da denúncia, o procedimento pára por força da composição civil (em se tratando de ação penal pública condicionada) ou da transação penal. 11. Da Audiência de Instrução e Julgamento: Art. 79. No dia e hora designados para a audiência de instrução e julgamento, se na fase preliminar não tiver havido possibilidade de tentativa de conciliação e de oferecimento de proposta pelo Ministério Público, proceder-se-á, nos termos dos arts. 72, 73, 74 e 75 desta Lei.

21 Art. 80. Nenhum ato será adiado, determinando o Juiz quando imprescindível, a condução coercitiva de quem deva comparecer. Art. 81. Aberta a audiência, será dada a palavra ao defensor para responder à acusação, após o que o Juiz, receberá, ou não, a denúncia ou queixa; Havendo recebimento, serão ouvidas a vítima e as testemunhas de acusação e defesa. Interrogando-se a seguir o acusado, se presente, passando-se imediatamente aos debates orais e a prolação da sentença. 1º - Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e julgamento, podendo o Juiz limitar ou excluir as que considerar excessivas, impertinentes, ou protelatórias. 2º - De todo o ocorrido na audiência será lavrado termo, assinado pelo Juiz e pelas partes, contendo breve resumo dos fatos relevantes ocorridos em audiência e a sentença. 3º - A sentença, dispensado o relatório, mencionará os elementos de convicção do Juiz. É vedado, exceto na hipótese de motivo satisfatoriamente justificado, o adiamento de ato processual, podendo haver a condução coercitiva da vítima (parágrafo único do art. 201 do CPP) e da testemunha faltosa (art. 218 do CPP). No rito sumaríssimo, antes do recebimento da peça acusatória, abre-se para a defesa a possibilidade de oferecer alegações preliminares escritas, podendo, inclusive, oferecer documentos. Tal manifestação preliminar consiste na defesa prévia propriamente dita, bem como na arguição de exceções, podendo o acusado arguir preliminares e invocar todas as razões de defesa, oferecer documentos e especificar as provas que pretende produzir. O denunciado, a exemplo do processo penal comum, poderá arguir em sua defesa qualquer matéria, seja de natureza estritamente processual (ausência de pressupostos processuais ou de condições da ação, por exemplo), como adentrar o próprio mérito da acusação. Esta resposta é obrigatória e deverá ser necessariamente subscrita por um advogado, ainda que dativo. Se for o caso do juiz togado convencer-se da viabilidade da acusação (presentes os pressupostos processuais e as condições da ação), receberá a peça acusatória, passando a ouvir, em seguida, a vítima, as testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, seguindo-se, por último, o interrogatório. Note-se que, neste aspecto, há uma inversão quanto a ordem dos depoimentos, o que, em verdade, acaba por favorecer o acusado. Da audiência serão registrados apenas os fatos relevantes.

22 Enunciado 66 - É direito do réu assistir à inquirição das testemunhas, antes de seu interrogatório, ressalvado o disposto no artigo 217 do Código de Processo Penal. No caso excepcional de o interrogatório ser realizado por precatória, ela deverá ser instruída com cópia de todos os depoimentos, de que terá ciência o réu (Aprovado no XV Encontro Florianópolis/SC). Seguindo o procedimento previsto na Lei n.º 9.099/95, o Juiz togado proferirá a sentença de mérito dispensando o relatório. Os erros materiais poderão ser corrigidos de ofício. 12. Dos Recursos das Decisões dos Juizados Especiais Criminais: Art. 82. Da decisão de rejeição da denúncia ou queixa e da sentença caberá apelação, que poderá ser julgada por turma composta de três Juízes em exercício no primeiro grau de jurisdição, reunidos na sede do Juizado. 1º - A apelação será interposta no prazo de dez dias, contados da ciência da sentença pelo Ministério Público, pelo réu e seu defensor, por petição escrita, da qual constarão as razões e o pedido do recorrente. 2º - O recorrido será intimado para oferecer resposta escrita no prazo de dez dias. 3º - As partes poderão requerer a transcrição da gravação da fita magnética a que alude o 3º do art. 65 desta Lei. 4º - As partes serão intimadas da data da sessão de julgamento pela Imprensa. 5º - Se a sentença for confirmada pelos próprios fundamentos, a súmula do julgamento servirá de acórdão. Art. 83. Caberão embargos de declaração quando, em sentença ou acórdão, houver obscuridade, contradição, omissão ou dúvida. 1º - Os embargos de declaração serão opostos por escrito ou oralmente, no prazo de cinco dias, contados da ciência da decisão. 2º - Quando opostos contra sentença, os embargos de declaração suspenderão o prazo para o recurso. 3º - Os erros materiais podem ser corrigidos de ofício. A Lei n.º 9.099/95 prevê expressamente a utilização de dois recursos; entretanto, deve ser aplicado subsidiariamente o Código de Processo Penal, sendo que o julgamento de tais recursos recairá nas Turmas Recursais previstas na própria Constituição Federal (inciso I, do art. 98) e na lei ordinária: a) apelação para a sentença homologatória da transação penal, para a sentença final condenatória ou absolutória e para a decisão de rejeição da denúncia; este recurso será interposto por escrito e no prazo de 10 dias (para interpor a petição e para arrazoá-la, ao contrário do art. 578 do CPP), podendo ser transcrita a gravação da fita magnética que captou o ocorrido na audiência; b) embargos de declaração, que serão opostos contra a sentença (caso em que se suspende o prazo para interposição de outros recursos) e contra acórdão. Nestes embargos, substituiu-se "ambigüidade" por "dúvida", sendo o seu prazo de cinco

23 dias, unificando-se o cabimento para sentenças e acórdãos; serão opostos oralmente e devem ser transcritos. Hoje a doutrina e a jurisprudência admitem a impetração de habeas corpus e de Mandado de Segurança. Nestes casos, se a autoridade coatora for o Juiz Federal singular, o julgamento não será pelas Turmas Recursais e sim do respectivo Tribunal; se o ato violador for imputado à Turma Recursal, o julgamento será pelo STF. Os recursos poderão ser julgados por Turmas Recursais formadas por três juízes do primeiro grau de jurisdição, sendo indispensável a presença de um representante do Ministério Público. Percebe-se que a lei não previu expressamente a presença de órgão do Ministério Público junto às Turmas Recursais competentes para julgar os recursos interpostos contra as decisões proferidas naquele Juízo, o que não impede que lei estadual o faça, mesmo porque o art. 93 da Lei n.º 9.099/95 determina que o legislador estadual "disporá sobre o Sistema de Juizados Especiais Cíveis e Criminais, sua organização, composição e competência." Note-se que esta omissão da legislação federal específica tem sido ressaltada por diversos juristas que se debruçaram sobre a matéria, todos entendendo ser indispensável o pronunciamento do Ministério Público antes das decisões proferidas pelas Turmas Recursais. Não se deve olvidar que a CF/88 (art. 127) erigiu o Ministério Público à condição de instituição essencial à função jurisdicional do Estado, o que reforça esse entendimento. Resta muito claro que a informalidade, a economia processual e a celeridade (princípios norteadores dos Juizados Especiais) não podem ser justificativas para que não se colha o parecer ministerial em um processo criminal em grau de recurso. 13. Da Execução dos Julgados e das Despesas Processuais: Art. 84. Aplicada exclusivamente pena de multa, seu cumprimento far-se-á mediante pagamento na Secretaria do Juizado. Parágrafo único - Efetuado o pagamento, o Juiz declarará extinta a punibilidade, determinando que a condenação não fique constando dos registros criminais, exceto para fins de requisição judicial. Art. 85. Não efetuado o pagamento de multa, será feita a conversão em pena privativa de liberdade, ou restritiva de direitos, nos termos previstos em lei.

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