A desmedida viagem transcultural de Ruy Duarte de Carvalho

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1 A desmedida viagem transcultural de Ruy Duarte de Carvalho Anne-Marie Pascal Université Lumière Lyon2 Minha raça sou eu mesmo. A pessoa é uma humanidade individual. Cada homem é uma raça (...). Mia Couto Na narrativa intitulada Desmedida: Crónicas do Brasil, publicada em 2006, que recebeu en Fevereiro deste ano o prémio Corrente da Escrita na Póvoa de Varzim, o escritor angolano Ruy Duarte de Carvalho, poeta, antropólogo e cineasta, empreende uma viagem ao sertão brasileiro. Fálo na esteira dos bandeirantes que subiram o Rio São Francisco, mas a sua demanda tem outras balizas, os relatos de Blaise Cendrars, Richard Burton, os romances de Guimarães Rosa e Euclides da Cunha, entre outros, inscrevendo a figura do narrador no entrelugar espacial e temporal das paisagens físicas e literárias. No couro de bode destas terras nordestinas, curte um novo palimpsesto, uma nova estória para contar aos pastores do sudoeste angolano, um novo dizer do Brasil a partir de Angola, observando continuidades e contiguidades entre os dois países. Destas diferentes leituras da paisagem, resulta um texto híbrido e prolixo, escrito num vaivém entre dois espaços interdependentes da colonização portuguesa, Brasil e Angola, entre impressão e percepção, olhar e representação, entre curso e discurso, entre literatura e antropologia, entre estória e história, espaços labirínticos que tentaremos desvendar na senda do viajante/escritor. 1

2 1. Em viagem, portanto, o narrador? Logo no princípio estabelece-se uma relação semântica aparentemente paradoxal, ou antes, enigmática, entre o título Desmedida, substantivo ou adjectivo que evoca o infinito, o sem limite, o inacabado e as indicações Luanda São Paulo São Francisco e volta que desenham um roteiro de viagem com marcos perfeitamente identificáveis que tem Luanda como ponto de origem e de regresso. Onde caberá a desmedida? A resposta pertence ao narrador/autor que no fecho do livro reflecte sobre: a distância que vai da gloriosa desmedida da intenção à desmedida vã de tanta página: o alcance da intenção permanecerá para sempre inacessível... não há redacção que não acabe por colocar ao autor o abismo que medeia entre o brilho da ideia que perseguiu e a palidez do resultado que alcançou... acometeu a caverna de alibabá e não trouxe de lá senão um miserável punhado de tostões... (Duarte de Carvalho, 2008: 313) Será isto um recurso tradicional à benevolência do leitor ou antes uma verdadeira interrogação angustiada perante a desmedida empresa de problematizar e definir os marcos históricos das identidades brasileira e angolana, uma cosmoagonia (idem: 40) segundo o neologismo usado pelo próprio narrador? A viagem empreendida alimenta-se tanto da percepção in situ como das impressões memorais armazenadas ao longo de vários anos de leitura. Esta constante preocupação com os caminhos da literatura percorre todo o relato da viagem onde alternam ou se entrecruzam vários níveis ou estratos espaciais e temporais: Os que correspondem à escrita do livro, num hotel em São Paulo, nas margens do Rio São Francisco, em Minas Gerais, em Luanda. Os da própria viagem que o levam duma fazenda de café do interior de São Paulo ao percurso do Rio São Francisco e ao Recôncavo Baiano, viagem interrompida por um regresso ao local de origem: Luanda. 2

3 Os das leituras que acompanham o viajante, sejam elas, crónicas da época colonial, relatos de viagem do século XIX e XX ou romances brasileiros. A própria estrutura do livro traduz o movimento pendular entre duas direcções - Brasil, Angola - designados respectivamente Primeira metade e Segunda metade, mas as subdivisões de cada uma das partes em três capítulos com quatro ou cinco subcapítulos acenam para outros caminhos, outras ramificações, outros desvios ou digressões. A leitura do índice remete alternativamente para espaços históricos e literários com títulos como Cendrars e Burton, Independências e para espaços geográficos e poéticos, Paisagens, Os agrestes nordestes. O título aparentemente deslocado, Uma curva pela mão esquerda, acena o espaço angolano onde o nome da cidade de Luanda é declinado em cinco capítulos numerados. As memórias históricas e literárias constituem a matéria intersticial, o ingrediente de que se nutre o texto, criando duas perspectivas: a do narrador/viajante e a do narratário/leitor ou ouvinte, ambos associados às reflexões e indagações sobre a escrita do livro. Recupera-se aqui a postura narrativa de obras anteriores, como As paisagens propícias: "A estória verdadeira, neste caso a viagem, vivida como ficção. Em viagem, portanto, o narrador". (Duarte de Carvalho, 2005: 13) No entanto esta viagem admite muitas derivas ao sabor das múltiplas qualidades e personalidades do próprio narrador, ao mesmo tempo viajante, etnólogo, cineasta e poeta e das suas interrogações sobre a legitimidade da história oficial e das inevitáveis contingêncais temporais da palavra escrita. O narratário, por sua vez, também se desdobra em várias figuras. A primeira parte do livro dirige-se a um leitor lusófono, relativamente bem informado em relação à história e à literatura brasileira, a segunda instaura um diálogo com narratários fictícios, em particular Paulino, designado pelo narrador como "o meu assistente pelos desertos austrais de Angola", personagem já presente nas obras anteriores, 1 rapaz pouco lido, como também o grupo social dos pastores da Namíbia. A transmissão nesse caso passa pelo relato oral. 1 Carvalho, Ruy Duarte, cf. Os papéis do inglês, Cotovia, 2000 e As paisagens propícias, Cotovia,

4 A originalidade da desmedida empresa situa-se nesta tentativa de olhar recíproco entre Angola e Brasil, prescindindo da focalização europeia: Ensaiasse tão-só, talvez, dizer do Brasil a partir de Angola, a partir da situação nacional que é a minha relação em relação ao mundo e a Angola (e exactamente só a partir disso). A ver, a olhar, e a ler, da maneira como me cabe e se me impõe, sem deixar de garantir espaço à condição pessoal de orfão parricida de impérios, à cor da pele, mas que ainda assim, e a partir daí, tivesse em conta que o Brasil tem sido até agora, e desde o início da expansão europeia, terreno privilegiado para observadores europeus, ou originários do hemisfério norte, e para brasileiros, naturalmente, mas talvez não tanto para quem como eu estivesse a vir de outro ponto do hemisfério sul, com a especificidade geral que isso comporta logo a partida sendo Angola, desde sempre uma referências chave para o Brasil, e vice-versa, a ponto de haver quem diga que não é possível "pensar" nem o Brasil nem Angola separadamente. (Duarte de Carvalho, 2008: 43) A problemática intertextualide na escrita do mundo Antes de iniciar a viagem ao São Francisco, o narrador apresenta-se numa cena de vigília numa fazenda de café. Tem para isso dois livros iniciáticos, O grande Sertão: Veredas de Guimarães Rosa e Os Sertões de Euclides da Cunha, mestres incontestados destes mundos misteriosos:...tem um lugar, dizia eu, tem um ponto no mapa do Brasil, tem um vértice que é onde os Estados de Goias, de Minas Gerais e da Bahia se encontram, e o Distrito Federal é mesmo ao lado. Aí sim, gostaria de ir... é lá que se passa muito da acção do Grande Sertão: Veredas... e depois descer para o alto São Francisco, que é o resto das paisagens de Guimarães Rosa... e ao baixo São Francisco, podendo, ia também... porque encosta aos Sertões euclidianos...(idem, 2008: 15) 4

5 O roteiro é ao mesmo tempo desenhado pela orografia, primeiro caminho de penetração das bandeiras, mas sobretudo pelo desejo, a ânsia de descobrir cenários, paisagens, horizontes apenas imaginados pela leitura. Outros livros lhe servem de guia, a exploração dos séculos anteriores feitas por Richard Burton, Auguste Saint-Hilaire ou Teodoro Sampaio, percursos ao mesmo tempo literários, históricos e científicos. A figura de Blaise Cendrars, um tanto deslocada na medida em que não se integra no roteiro, surge como uma espécie de assombração, qual "o Saci Pererê da lenda nacional" (idem: 36). No meio da conversa, enquanto o narrador explica o seu plano de viagem às suas anfitriãs, estas diluem-se de repente na sua mente e aparece o fantasma de Cendrars que o leva até uma das fazendas de café que ele visitou durante a sua viagem ao Brasil nos anos , em pleno fervilhar do modernismo. Apesar da irreverência e do retrato anedótico da figura do escritor, censurando o seu gosto pelos carros desportivos e a sua dependência financeira em relação ao seu mecenas, Paulo Prado, o narrador enfatiza o seu papel e a sua influência no modernismo brasileiro, admira o seu talento, a sua espontaneidade e o seu génio criador: "talento é isso mesmo, isso que é génio, esse poder para descrever paisagens que nunca viu, para criar, para criar realidades". (idem: 37). Também não ilude a descrição do contexto socio-histórico da sua chegada a São Paulo, os anos fabulosos da alta do café, a agitação política no exército, o fenômeno do Padre Cícero, a turbulência de Lampião, a marcha da coluna Prestes. Cendrars prolongou o diálogo transcultural entre a Europa e o Brasil, inaugurado já no período barroco com Gregório de Matos, que se desenvolveu com os modernistas brasileiros Mário de Andrade e Oswald de Andrade. Esse diálogo, sintetizado na alegre metáfora da antropofagia, rasurou as marcas da submissão e da catequização e instaurou o conceito de transculturação com uma visão crítica da história possibilitando tanto a apropriação como a expropriação e a desconstrução. Para Haroldo de Campos, "a antropofagia é o pensamento da ingestão crítica da 5

6 dádiva cultural universal, elaborada não a partir da perspectiva submetida e pacífica do 'bom selvagem' mas do ponto de vista desenganado do 'mau selvagem', comedor de Brancos, antropófago". 2 Ruy Duarte de Carvalho, vindo de outra margem do Atlântico, continua outro diálogo com a corrente modernista brasileira: o que estabeleceram, nos anos cinquenta, os movimentos culturais que tinham como lema "vamos descobrir Angola" e que viam no modernismo um estímulo para se libertar do modelo colonial português, "um arrojo na desmedida". No entanto não deixa de salientar a ambiguidade da influência da literatura brasileira sobre os escritores angolanos. Nota que, no contexto colonial da época, celebrava-se mais o lusotropicalismo, idílico casamento cordial entre o Negro e o Branco, mestiçagem harmoniosa dos valores europeus e tropicais, do que a hibridação, a desconstrução dos primeiros modernistas: 3 ainda hoje custa a lembrar esse papo multilusoracialtropicalista de matriz brasileira, com que o colonialismo português nos andou a massacrar durante décadas. (idem: 54) Parece reclamar-se dos primeiros modernistas, disposto a canibalizar, apropriar-se da sua liberdade criadora para metamorfosear as próprias metáforas de Cendrars: "Posso enfim agora aqui, neste quintal que declaro metafísico, basear a excitação no labirinto pessoal das minhas próprias derivas" (idem: 35). A transformação da metáfora do "olho de sáurio", devorador de paisagem de Cendrars, em farol ciclópico da luz da piscina é um bom exemplo desta poética de apropriação: A luz da piscina em frente, que vem de um fundo azul e ondula em pregas mansas na superfície limpa de uma água espessa, haveria de ser um avantajado olho, não de saúrio e putrescente como o do lago de Cendrars, antes farol ciclópico que ao invés de as ver 2 3 L'anthropophagie est la pensée de l'engloutissement critique du legs culturel universel, élaborée non pas à partir de la perspective soumise et réconciliée du "bon sauvage", mais selon le point de vue désabusée du "mauvais sauvage", mangeur de Blancs, anthropophage, Haroldo de Campos, "De la raison anthropophage", in Lettre Internationale, N 20, p. 45, Para esta questão cf. Roberto Vecchi, "Choques e poéticas In-Betweeness nos Atlânticos Sul : modernidades em trânsito na formação da poesia angolana", in Lendo Angola, Ed. Afrontamento, Porto, 2008, pp

7 iluminasse a lua e as estrelas. (idem: 36) VI Congresso Nacional Associação Portuguesa de Literatura Comparada / Mas este diálogo intertextual não deixa de ser problemático. Apesar da sua reivindicação de criar as suas derivas, o narrador/viajante situa-se num constante movimento ou vaivém entre a viagem real e as lembranças literárias que lhe acodem, estimulando mas também estorvando a escrita como excesso de memória ou medo de cair no plágio: "Para que procurar dizer o mesmo de outra maneira se dito assim, como Cendrars falou há mais de oitenta anos, soa tão bem?..." (idem 22) Este receio suscita respostas distintas à leitura de Guimarães Rosa e de Euclides da Cunha. A sua veneração, a sua emoção em relação à escrita rosiana é patente; tornou-se um leitor compulsivo, permanente e perpétuo, "reconhecendo nele um tipo de escrita e de geografia adequadas à geografia e à substância humana" que ele andava a frequentar por Angola fora. A sua emoção e a sua adesão ao livro Grande Sertão: Veredas nasce deste reconhecimento de paisagens familiares, de gente de matos e de grutas, de roças e de capinzais de Angola como "paisagens do mundo". Embora ele declare que "jamais lhe atingiria a tentação de querer escrever assim" e que "o melhor também é não ler Guimarães Rosa enquanto escrevo"(idem: 86), ele incorpora na sua evocação da personagem de Riobaldo alguns fragmentos das especulações rosianas acerca de Deus e do diabo: Deus é muito contrariado. Deus deixou que eu fosse por meu querer. Deus vem, guia a gente por uma légua, depois deixa. E quando mói no aspro não fantasia: aquilo mesmo que a gente receia de fazer quando Deus manda, depois, quando o tinhoso pede, se perfaz. Viver é negócio muito perigoso. Existe, o cujo, ou não existe? Que Deus, obrigatório, há de existir, isso a gente já sabe...caso contrário, não sendo os milagres, ia ser mais como? Eu explico ao senhor: o à-solta-por-aí vive dentro do homem, nos crespos do homem, resume pertinácia em seus avessos. (idem: 93) (o grifo é nosso) Esta atitude paradoxal lembra-nos a personagem borgesiana do conto Pierre Ménard, autor 7

8 del Quijote de que Borges em entrevista disse: VI Congresso Nacional Associação Portuguesa de Literatura Comparada / Il ne copie pas un chapitre. Il l'oublie puis il le retrouve en lui-même. Il y aurait là un peu l'idée qu'on n'invente rien, qu'on travaille avec la mémoire, ou, pour parler d'une façon plus précise, qu'on travaille avec l'oubli. ( Charbonnier, 1967: 113). Exemplifica a função criativa da leitura, inscrevendo o seu próprio caminho literário, metaforizado no rio São Francisco "assim, rosiano, pelo qual viajo e me viajo, para não dizer me vigio". (Duarte de Carvalho, 2008: 108) O sertão de Guimarães Rosa composto de "gado, couro, carne, fazenda, vaqueiros, jagunços" é também uma imagem do universo que resolve a hesitação entre o local e o universal. Historicamente isolado em relação ao litoral escravocrata tornou-se por isso, refúgio de homens pobres e marginalizados, brancos, mulatos, pretos forros e até índios. É um espaço de fronteiras, e de guerras, onde como diz Guimarães Rosa, "quem manda é quem tem poder, com as astúcias, Deus quando venha que venha armado" (Rosa, 1970: 17-18). Realidade complexa, contraditória e ambígua. Mas a lição que o viajante aprende da sua leitura rosiana, confrontando-a com a paisagem real que vai descobrindo é a das diferenças abissais na apreensão do espaço. As dimensões quantificáveis no mapa duma geografia física, agrícola ou turística tornam-se "incomensuráveis de profundidade, implicações e experiências, e consciências para quem o habita": Guimarães Rosa diz que ama os rios porque são profundos e eternos e gostaria de ser um jacaré vivendo numa curva qualquer do rio São Francisco. O jacaré, segundo ele, vem ao mundo como um magister da metafísica. Para ele, o seu lugar no rio é um oceano, um mar de sabedoria. (Duarte de Carvalho, 2008: 71) Esta postura parece-me corresponder plenamente à escrita do mundo tal como a concebe Edouard Glissant, conciliar a singularidade dum ponto de vista com a abertura ao outro e ao 8

9 universo. A partir duma língua e dum ponto de enraizamento, estar ouvindo as vozes do mundo. 4 A lição aprendida de Euclides da Cunha é outra, o seu interesse não nasce de qualquer dedicação ao escritor, como o é no caso de Guimarães Rosa, mas da tragédia de Canudos. Embora critique as inépcias laborais, os preconceitos científicos da obra euclidiana, manifesta uma certa admiração pela postura poligráfica, e pela transdisciplinaridade, qualificando-a de escrita pós moderna avant-la-lettre, da qual sem dúvida o narrador se sente próximo: É um grande livro porque é uma proeza, uma performance de língua apesar dos seus excessos, rebuscamentos, barroquismos, e asperezas, porque é um caso de brasilidade inusitada, da qual é também um fundamento e convoca a emoção e o senso poético, literário. (idem: 218) A sua evocação dos sertões da Bahia onde decorreu a tragédia de Canudos é filtrada pela escrita euclidiana com citações claramente assumidas tanto para descrever a paisagem natural da caatinga como a paisagem humana do vaqueiro. No entanto, depois de ter analisado o acontecimento de Canudos como um caso de desobediência civil que acabou mal, e o resultado do brutal confronto da expansão ocidental com o seu próprio produto, o narrador deixa-se envolver pela grandiloquência euclidiana nas suas descrições: (...) dezenas de compactos, imensos, azuis, vermelhos e prateados, portentosos, monumentais, galácticos e rutilantes camions de uma absoluta ficção antecipativa, enquanto os fios de condução eléctrica, de poste em poste, se iam destacando riscados num céu cada vez mais cobalto até virar de um negro doloroso e fundo. (idem: 304). Valendo-se ao mesmo tempo dum enquadramento cinematográfico, apropria-se da paisagem para cobrar-lhe futuro, a sua imaginação o leva a uma antecipação visionária: o estalar da trovoada euclidiana acompanha outro fim do mundo provocado pela fúria avassaladora das máquinas 4 Pensamos em particular nas duas obras de Edouard Glissant, Tout-Monde, Gallimard, 1993 e L'intention poétique, Seuil, 1969 e no estudo de Michel Collot, " l'ouverture au(x) monde(s) ", in Paysage et poésie du romantisme à nos jours, Paris, José Corti, 2005, pp

10 destinadas a modificar o relevo, construindo barragens ou desviando o curso do rio. A aldeia de Canudos, submersa por um açude, qual catedral afogada, ficou imortalizada por Euclides da Cunha e Vargas Llosa. No livro do primeiro, o narrador encontra uma dialéctica entre "o descobrir e o encobrir, explicar e murmurar, elucidar e iludir, espaço dado ao incomensurável, ao desmedido, ao irracional, ao horroroso, ao esmagador, majestoso, indizível, paradoxal"(idem: 288). Nesta gradação lexical, ao mesmo tempo adversativa e hiperbólica, ouvimos não só um dies irae à memória de Canudos, como também um grito de incompreensão e de remorso perante todos os massacres tanto no Brasil como mais recentemente em Angola, e em África. Ouvimos o desmedido grito dos mortos: Que eu ali não tenha ouvido orquestrado por Euclides da Cunha, só o ruído em mim, das minhas próprias torrentes de murmúrio e pesadelo. (...) data de outros cadáveres, angolanos também, dados à devassidão dos nojos. (..) Coisas que não se passaram afinal há tanto tempo assim, aqui, e entre nós, em Angola e em África. (idem: 307) Fazer da respeitável História uma estória A segunda parte do livro é dirigida a um narratário particular, Paulino, um dos seus interlocutores em Angola. Trata-se de contar-lhe a história da independência do Brasil a partir das realidades angolanas: Vou contar ao serão, sentado ao fogo com o Paulino, meu assistente pelos desertos austrais de Angola, a ouvir-me quando for agora a Luanda e depois ao sul visitar pastores e matar saudades de andar por là. (idem: 169) O narratário Paulino como que adquire uma dimensão arquetipal, com a designação de "angolano desconhecido", que remete para o soldado desconhecido da primeira guerra mundial, herói anónimo duma guerra que já não é de independência, mas de sobrevivência: 10

11 Cidadão comum de um país que é independente não faz ainda mais de umas escassas três décadas e, desde que nasceu através de todos os regimes que conheceu, inteira e exclusivamente absorvido na magna prioridade de manter-se vivo e de ir assegurando, para si e para a família, o elementar alimento de cada dia. (idem: 190) Esta postura efectua-se graças a uma oralidade fictícia, seguindo o estilo paródico dum manual de história para uso de pastores e analfabetos, a conversão de história em estória. O dialogismo implícito opera uma inversão na relação entre o letrado e o suposto analfabeto, que anula a instrumentalização do saber em poder, criando a utopia dum conhecimento histórico a favor da humanidade inteira. Um ponto de vista que quer libertar-se do padrão eurocêntrico, e por isso questiona até a legitimidade do narrador, angolano branco que arrasta a desvantagem de ter nascido em Portugal (idem: 203). No entanto a sua legitimidade nasce da experiência da viagem, "contar do que se viu, depois de ter andado a viajar faz parte do que compete a quem volta ao lugar de onde saiu antes, quando regressa aos seus", retoma a grande tradição da literatura de viagem, só que agora o ponto de vista é outro. O narrador viajante situa-se na encruzilhada de universos espaciais e temporais heterogéneos, duma profusão de vozes, vozes dos viajantes estrangeiros como Burton, Teodoro Sampaio, voz das estórias ouvidas no caminho. No meio desta polifonia, o narrador há de construir a sua própria estória, tendo em conta os interesses e as referências de Paulino. Esta escrita oralizada não apaga totalmente outra instância receptiva, o leitor lusófono, a quem dirige as suas reflexões metanarrativas. Esta postura o leva a criticar e a rejeitar o que qualifica de "certas modas literárias" como o realismo mágico, que teve grande sucesso nos anos oitenta na Europa, recusando ver nas estórias ouvidas um "manancial de enredos para eventuais arrebatamentos realístico-hispânico-fantásticos. (idem: 181) Focaliza os momentos decisivos da colonização e da independência brasileira comparando-a com a situação angolana onde, apesar dum mesmo passado colonial, as coisas não aconteceram da mesma maneira. Partindo do avanço das bandeiras, explica a Paulino o extermínio dos índios: "Foi 11

12 assim que juntou ali muito pessoal de fora que por sua vez foi acabando com o pessoal de dentro que eram os índios" (idem: 171). Explica as características duma sociedade sertaneja dominada pela pecuária, economia destinada a alimentar as fazendas de cana do litoral, utilizando o rio como "uma via de penetração e um eixo de comunicação que os portugueses e os filhos deles iam conquistando à natureza e aos índios" (idem: 173). Define também a sua formação complexa e contrastada: uma elite com usos requintados rodeada da mais completa anarquia, com escravos fugidos das fazendas do litoral, criminosos e foragidos, formando bandos de salteadores e sobretudo a emergência de chefes locais com pequenos exércitos compostos de jagunços, "um oásis de paz e de instrução, portanto, no meio da turbulência do coronelismo envolvente" (idem: 177). Descobre sim, uma maneira de falar de África a partir da história brasileira, de revisitá-la a partir das continuidades e das discontinuidades: "A independência lá Paulino, e mesmo no resto das Américas todas, não foi assim como aqui " (idem: 190). Coloca perguntas e raciocínios aparentemente ingénuos sobre a questão da independência e da nacionalidade: "quem era quem?", se "eram os brancos que lutavam pela independência?", se "nas Américas as independências não passaram para as mãos dos indígenas mas para os descendentes daqueles que tinham protagonizado a expansão europeia" (idem: 192), então o Brasil seria como "chegou a ser na Rodésia no tempo do Ian Smith ou como na África do Sul, com os brancos a mandar sem entraves formais até chegar o Mandela em acção" (idem: 191). A imagem dum Brasil segregacionista que contraria todas as representações da miscigenação harmoniosa de Gilberto Freyre é apenas esboçada com a ingénua desculpa da ignorância: "a gente não sabe nada é verdade" (idem: 191). Mas sublinha sobretudo a falta de pesquisa sobre África antes da colonização, sobre os movimentos de expansão dentro do território e sobre a razão de não ter havido uma tentativa de exploração agrícola, já que não faltavam nem mão de obra nem boas condições climatológicas. Perguntas desconfortáveis e complexas para a história oficial, tanto para os brasileiros como para os africanos, cujas respostas recusam todo maniqueísmo: 12

13 Mas à primeira questão, que é a de quem era quem nessa luta dos brancos do Brasil contra os brancos de Portugal numa terra onde quem os tinha recebido eram os índios... É... Para angolano fica difícil de entender. (idem: 198) A sua estória apresenta-se como um vasto panorama, momentos em que se cruzam os destinos de Angola e Brasil como no período da ocupação holandesa, momentos do passado histórico brasileiro nos quais encontra maneira de explicar o presente angolano, comparando a oligarquia dos coronéis, formas de cesarismo e de apoderação de privilégios por uma minoria, com a falsa democracia vivida em Angola e noutros países africanos: Então essa vez, da Barra para Santo Inácio, acho que achei uma maneira. A propósito de que agora é tudo democracia, pedi para me dizerem a lista dos presidentes do Brasil, e dos governos que teve, desde a ditadura dos coronéis até agora. Um saco!.. São bué!...pois os nossos são os mesmos do tempo ainda dos vossos coronéis, sem alternativa, nem concorrência competente, e aí é que está a diferença dos nossos lugares na máquina do mundo...(idem: 183) Mas trata-se também de interrogar a construção da historiografia oficial angolona nas suas escolhas ou exclusões de fontes, omissões que Luandino Vieira chama "os buracos negros" da literatura angolana (Vieira, 2008: 31-38). Uma dessas fontes citada é o livro História geral das guerras angolanas do português António de Oliveira Cadornega. A revisitação da história da rainha Jinga é também significativa, mostra como foi mitificada tanto do lado africano como ocidental. Na historiografia oficial angolana, é uma figura heróica, "uma referência não só de coragem, audácia, e dignidade face ao usurpador mas também de elevação de espírito e alta noção de justiça posta ao serviço do povo" (idem: 249). No imaginário ocidental dos séculos anteriores é uma figura monstruosa duma crueldade luxuriosa (idem: 252). Retomando a formulação de Margarida Calafate Ribeiro, diria que se trata "aqui de uma mudança da ordem da História, narrada a partir de múltíplos 13

14 lugares e sujeitos". 5 VI Congresso Nacional Associação Portuguesa de Literatura Comparada / Conclusão Oscilando entre ensaio e ficção poscolonial, Ruy Duarte de Carvalho convida o leitor a seguir com ele o roteiro franciscano e rosiano, cheio de digressões na demanda da verdadeira história, lendo na paisagem natural e cultural os sedimentos comuns da aventura humana na sua conquista da terra, desfazendo equívocos, desfazendo certezas, "demandando memórias bandeirantes, brasilidades literárias ou literaturas fundadoras de consciências brasileiras instauradas por autores da época e outros autores de agora". Tais processos narrativos, já usados desde os séculos anteriores tanto por escritores brasileiros como portugueses, nada teriam de muito original se não inaugurassem um novo olhar e sobretudo uma nova perspectiva sobre o Brasil, visto a partir de outro povo do hemisfério sul com quem partilhou um destino comum, selado historicamente pela diáspora africana provocada pelo tráfego negreiro. Retomando o vaivém dos barcos negreiros, o relato cria metáforas líquidas com fluxos e confluências culturais para expressar tanto a viagem real ao longo do São Francisco como as memórias passadas. A primeira epígrafe, escrita entre reticências...estámos é juntos, no vaivém das balsas... que deixa em supenso várias interpretações, em particular a tradicional metáfora da vida como viagem, é reiterada e explicitada na segunda parte: "Nós estámos é juntos, Paulino, no vaivém das balsas, atlânticas até" (idem: p.202). Instaura assim no presente um diálogo transcultural, ultrapassando as fronteiras, as raças, para tentar definir um destino comun, vendo no oceano e na língua um meio de encontros futuros: Fico-me pelas interrogações que a viagem me suscita e, para poder também eu seguir em frente, inscrevo tudo nessa aritmética e cómoda evidência de que nós angolanos e brasileiros, negros, índios, brancos ou de qualquer outra marca, somos todos, hoje, produto do fenómeno 5 Calafate Ribeiro, " Um desafio a partir do Sul : uma história da literatura outra ", in Lendo Angola, Laura Cavalcanti Padilha, e Margarida Calafate Ribeiro, orgs, Porto, Edições Afrontamento, 2008, p

15 colonial ou filhos da expansão ocidental. Tivemos indepêndencias diferentes, tivemos histórias diferentes tanto antes das nossas independências como depois delas, mas fazemos todos parte, embora sem dúvida cada um a sua maneira da mesma substância que borbulha no caldeirão dos nossos futuros comuns ou diferenciados. (idem: 201) Bibliografia : Campos, Haroldo de (1989), "De la raison anthropophage", in Lettre Internationale, N 20 Carvalho, Ruy Duarte de (2000), Os papéis do inglês, Lisboa, Cotovia., (2005), As paisagens propícias, Lisboa, Cotovia., (2008), Desmedida, Crónicas do Brasil, Lisboa, Biblioteca Editores independentes. Charbonnier, Georges (1967), Entretiens avec Jorge Luis Borges, Paris, Gallimard. Collot Michel (2005), "L'ouverture au(x) monde(s)", in Paysage et poésie du romantisme à nos jours, Paris, José Corti, pp Couto, Mia (1990), Cada homem é a raça, Lisboa, Caminho. Glissant, Edouard (1969), L'intention poétique, Paris, Seuil.,(1993), Tout-Monde, Paris, Gallimard. Ribeiro, Margarida Calafate (2008), "Um desafio a partir do Sul: uma história da literatura outra", in Lendo Angola, Laura Cavalcanti Padilha, e Margarida Calafate Ribeiro, orgs, Porto, Edições Afrontamento, pp Rosa, João Guimarães (1970), Grande Sertão: Veredas, Rio de Janeiro, Livraria José Olímpio, 7 ed. Vecchi, Roberto (2008), " Choques e poéticas In-Betweeness nos Atlânticos Sul: modernidades em trânsito na formação da poesia angolana", in Lendo Angola, Porto, Ed Afrontamento, pp

16 Vieira, José Luandino (2008), "Literatura angolana: estoriando a partir do que não se vê", in Lendo Angola, Laura Cavalcanti Padilha, e Margarida Calafate Ribeiro, orgs, Porto, Edições Afrontamento, pp

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