EDUCAÇÃO FISCAL: uma prática possível e necessária.
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- Thalita Galindo Madeira
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1 1 EDUCAÇÃO FISCAL: uma prática possível e necessária. Maria de Fátima Pessoa de Mello Cartaxo Ex-Diretora-Geral da Escola de Administração Fazendária Ex-Auditora Fiscal da Receita Federal aposentada Consultora do BID-Banco Interamericano de Desenvolvimento.
2 I EDUCAÇÃO FISCAL: por quê? a questão fiscal no Brasil : antecedentes. aspectos históricos, sociológicos e culturais. dificuldades de compreensão pelo cidadão quanto: ao papel do Estado e o seu financiamento; ao sistema tributário nacional (imp.indiretos); à contraprestação do Estado (funções públicas); à justiça fiscal e à ética distributiva.
3 II A ÁREA FISCAL E O PRINCÍPIO DA LEGALIDADE VALORES E BENS JURÍDICOS PROTEGIDOS. DIREITO: conjunto de normas (ordenamento) garantidas por sanções externas e institucionalizadas Norberto Bobbio.
4 II A ÁREA FISCAL E O PRINCÍPIO DA LEGALIDADE O DIREITO COMO REGRA DE CONDUTA Pressupõe os conceitos de sociedade, ordem e organização. Tem como finalidade influenciar o comportamento dos indivíduos e dos grupos (prescritiva: fazer fazer).
5 I A ÁREA FISCAL E O PRINCÍPIO DA LEGALIDADE O DIREITO E O ESTADO DEMOCRÁTICO O macrovalor da Justiça: correspondência da norma aos valores fundamentais do ordenamento jurídico. (problema deontológico: real x ideal)
6 II A ÁREA FISCAL E O PRINCÍPIO DA LEGALIDADE decisório e solucionador de conflitos. COATIVIDADE, COERÊNCIA e DECIDIBILIDADE. COATIVIDADE:comandos imperativos e impessoais; pressupõe a adesão espontânea. COERÊNCIA: completude e integração do ordenamento jurídico. DECIDIBILIDADE: o Direito como instrumento
7 III - ÉTICA E CIDADANIA FISCAL CONTEXTO E TENDÊNCIAS ATUAIS DEMOCRACIA - legitimidade política dos governantes; - resíduo autoritário; - sociedade civil organizada; - participação do cidadão.
8 DESCENTRALIZAÇÃO fortalecimento dos níveis descentralizados (subnacionais e locais); - ampliação da rede municipal; - cidade: habitat natural do cidadão.
9 DESCONCENTRAÇÃO - acesso e proximidade ao cidadão (unidades regionais, representações locais; postos de atendimento ao cidadão); - reforma do aparelho do Estado; - parcerias com o setor privado.
10 LIDERANÇAS Os líderes políticos e os agentes públicos deveriam se constituir num referencial ético para a sociedade.
11 CIDADANIA CIDADÃO : aquele que tem direito a ter direitos. CJP-SP MEIO-CIDADÃO : não conhece seus direitos; CIDADÃO PASSIVO: tem consciência dos seus direitos, mas não os exerce, nem luta por eles, possuindo forte descrença nas instituições; CIDADÃO ATIVO: conhece seus direitos, luta para defendê-los, agindo sob a perspectiva individual; CIDADÃO ATIVO E SOLIDÁRIO: luta por seus direitos e pelos direitos dos outros, preocupando-se mais com o interesse coletivo do que com a obtenção de vantagens pessoais.
12 PADRÕES ÉTICOS - a vivência por toda a sociedade de padrões éticos: - consolida a nossa democracia e o nosso modelo federativo; - cria condições para a solução de nossos problemas sociais; - reduz desequilíbrios verticais e horizontais.
13 IV - VALORES ASPECTOS CONCEITUAIS a- conjunto de princípios e disposições voltados para a ação, historicamente produzidos, cujo objetivo é balizar as ações humanas. b-os valores são historicamente condicionados e dão origem a juízos de aprovação ou reprovação;
14 c-devem ser incorporados pelos indivíduos sob a forma de atitude crítica e vigilante diante da vida cotidiana; d-consolidam princípios humanitários fundamentais, comuns a todos os povos, nações, religiões, tais como: justiça, igualdade de direitos, dignidade pessoal, cidadania plena, solidariedade;
15 -pressupõe uma atitude prática e efetiva diante da vida cotidiana. Declaração Universal dos Direitos Humanos, pela ONU(1948) : -representa um acordo entre nações do mundo em torno desses princípios humanitários fundamentais; -demonstra a importância e a necessidade da ética; -não se consuma enquanto teoria ou simples propósito entre povos e nações;
16 V-FUNDAMENTOS PARA A DISCUSSÃO DA ÉTICA FISCAL NO BRASIL Art. 3º da Constituição da República Federativa do Brasil, 1988: Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: construir uma sociedade livre, justa e solidária; garantir o desenvolvimento nacional; erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação".
17 a-degradação moral acelerada, principalmente na política (aspectos históricos). b-práticas sociais nocivas. c-situações estruturais e sistemáticas contrárias a princípios éticos: desigualdades crescentes, condições de vida indignas, enriquecimentos ilícitos, impunidade, hipocrisia política, etc. d-reação ética dos cidadãos.
18 VI-TRANSGRESSÕES A ética deve fundar-se no bem comum, no respeito aos direitos do cidadão e na busca de uma vida digna para todos Ferreira Gullar
19 a-a transgressão aos princípios éticos acontece sempre que há desigualdade e injustiça na forma de exercer o poder; b-a falta de ética instaura a discriminação e a desagregação social, ameaçando os princípios humanitários;
20 c-a quebra da ética na vida política ou por entes públicos tem efeitos mais destruidores e perversos, por não fazerem prevalecer a vontade e o interesse coletivo.
21 VII- CIDADANIA a-a cidadania nem sempre é uma realidade efetiva para todos os habitantes de um país; b-a efetivação da cidadania e a consciência coletiva dessa condição são indicadores do desenvolvimento moral e ético de uma sociedade (PNEF);
22 c-função ética das política públicas é a de eliminar/reduzir os privilégios de poucos, as carências de muitos e instaurar o direito para todos; d-exercício da cidadania ativa deve ser uma realidade concreta, voltada a aprimorar as instituições políticas, governamentais e a conduta ética.
23 X- ÉTICA E CIDADANIA NA ÁREA FISCAL: FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO FISCAL a-compreensão pelo cidadão do papel do Estado, seus mecanismos de financiamento e o desempenho das funções públicas; b-entendimento da função sócio-econômica do tributo e dos procedimentos fiscais de combate às desigualdades sociais;
24 c-promoção da justiça fiscal e da ética distributiva; d-relação harmoniosa e cooperativa entre o cidadão e o Estado;
25 e-controle social da boa aplicação dos recursos públicos, com vistas à eficiência e qualidade do gasto; f- Combate às práticas nocivas na gestão pública: corrupção, malversação de recursos, sonegação, competição fiscal predatória, etc.;
26 g- Disseminação das boas práticas de gestão pública: transparência, ética fiscal, cumprimento voluntário, atenção ao contribuinte/cidadão, justiça fiscal,etc.; h- Restauração da legitimidade do papel do Estado: compreensão e interpretação adequada das suas leis. Atos moralmente condicionados;
27 i- Desconstrução axiológica do setor público: resgate da relação fundamental; seus valores, princípios e bens jurídicos protegidos; j- Princípio da legalidade e o macro-valor da justiça: estreita relação entre ética e direito, valores que norteiam a interpretação e a aplicação das leis e compreensão da realidade;
28 n-o PNEF é uma experiência de participação, controle social e aprofundamento democrático. l- Aspectos de maior densidade ética: orçamento; sistema tributário; sistema de transferências; definição das políticas públicas; gestão e avaliação das políticas públicas; participação e controle social; m-o Programa Nacional de Educação Fiscal para a Cidadania - PNEF sintetiza, em seus objetivos e diretrizes, os princípios de ética e cidadania na área fiscal.
29 Para maiores informações BID Banco Interamericano de Desenvolvimento S.E.N. Quadra 802 Conjunto F lote 39 CEP: Brasília - DF Brasil Telefones (61) Fax: (61) fatimac@iadb.org Home Page
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