O CONTRATO DE LOCAÇÃO DE IMÓVEIS URBANOS REGULADOS PELA LEI Nº 8.245/91 E AS ALTERAÇÕES ADVINDAS PELA LEI Nº /09

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "O CONTRATO DE LOCAÇÃO DE IMÓVEIS URBANOS REGULADOS PELA LEI Nº 8.245/91 E AS ALTERAÇÕES ADVINDAS PELA LEI Nº 12.112/09"

Transcrição

1 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ UNIVALI CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E JURÍDICAS - CEJURPS CURSO DE DIREITO O CONTRATO DE LOCAÇÃO DE IMÓVEIS URBANOS REGULADOS PELA LEI Nº 8.245/91 E AS ALTERAÇÕES ADVINDAS PELA LEI Nº /09 CAMILA TRISTÃO GENOVEZZI DECLARAÇÃO DECLARO QUE A MONOGRAFIA ESTÁ APTA PARA DEFESA EM BANCA PUBLICA EXAMINADORA. ITAJAÍ (SC), 08 de novembro de Professor Orientador: Professora Patrícia Elias Vieira, MSc. UNIVALI Campus Itajaí-SC

2 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ UNIVALI CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E JURÍDICAS - CEJURPS CURSO DE DIREITO O CONTRATO DE LOCAÇÃO DE IMÓVEIS URBANOS REGULADOS PELA LEI Nº 8.245/91 E AS ALTERAÇÕES ADVINDAS PELA LEI Nº /09 CAMILA TRISTÃO GENOVEZZI Monografia submetida à Universidade do Vale do Itajaí UNIVALI, como requisito parcial à obtenção do grau de Bacharel em Direito. Orientadora: Professora Patrícia Elias Vieira, MSc. Itajaí (SC), 08 de novembro de 2010

3 TERMO DE ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE Declaro, para todos os fins de direito, que assumo total responsabilidade pelo aporte ideológico conferido ao presente trabalho, isentando a Universidade do Vale do Itajaí, a coordenação do Curso de Direito, a Banca Examinadora e o Orientador de toda e qualquer responsabilidade acerca do mesmo. Itajaí (SC), 08 de novembro de Camila Tristão Genovezzi Graduanda

4 PÁGINA DE APROVAÇÃO A presente monografia de conclusão do Curso de Direito da Universidade do Vale do Itajaí UNIVALI, elaborada pela graduanda Camila Tristão Genovezzi, sob o título O Contrato de Locação de Imóveis Urbanos regulados pela Lei nº 8.245/91 e as Alterações advindas pela Lei nº /09, foi submetida em 22 de novembro de 2010 à banca examinadora composta pelos seguintes professores: Patrícia Elias Vieira (orientadora) e Leôncio Paulo da Costa Neto e aprovada com a nota. Itajaí (SC), 08 de novembro de 2010 Patrícia Elias Vieira Orientadora e Presidente da Banca MSc. Antônio Augusto Lapa Coordenação da Monografia

5 ROL DE ABREVIATURAS E SIGLAS Art. Arts. CC CDC CEJURPS Artigo Artigos Código Civil Código de Defesa do Consumidor Centro de Ciências Sociais e Jurídicas CRFB/88 Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 Ed. MSc. Edição Mestre P. Página SC UNIVALI Santa Catarina Universidade do Vale do Itajaí V. Volume Parágrafo

6 ROL DE CATEGORIAS Rol de categorias que a Autora 1 considera estratégicas à compreensão do seu trabalho, com seus respectivos conceitos operacionais 2. AS LOCAÇÕES RESIDENCIAIS Residência é noção de fato, com a qual se designa o lugar em que a pessoa tem sua morada habitual. É necessário o elemento habitualidade, em oposição à acidentalidade ou provisoriedade. Não precisa intenção de perenidade. Morada, habitação, residência são conceitos afins. No conceito de residência, há a considerar um elemento objetivo, constituído pelo fato da habitual presença e permanência da pessoa no lugar, e um elemento subjetivo, a intenção da pessoa de continuar estavelmente morada. 3 AS LOCAÇÕES NÃO RESIDENCIAIS Não residencial, por seu turno, é o prédio que não se destina à moradia habitual do usuário, seus familiares ou dependentes. A finalidade, na maioria das vezes, é para uso comercial ou industrial. 4 AS LOCAÇÕES PARA TEMPORADA Se um imóvel for alugado, mobiliado ou não, por prazo não superior a três meses, para servir de residência temporária ao locatário, para férias, descanso, estudos, tratamento de saúde, ou até mesmo para a realização de obras no imóvel em que reside, ter-se-á a figura da locação para temporada. 5 1 Categoria é a palavra ou expressão estratégica à elaboração e/ou à expressão de uma idéia. (PASOLD, César Luiz. Prática da pesquisa jurídica: idéias e ferramentas úteis para o pesquisador do Direito. 7. ed. Florianópolis: OAB/SC, 2002, p. 40). 2 Conceito Operacional (= cop) é uma definição para uma palavra e expressão, com o desejo de que tal definição seja aceita para os efeitos das idéias que expomos. (PASOLD, César Luiz. Prática da pesquisa jurídica: idéias e ferramentas úteis para o pesquisador do Direito. 2002, p. 40). 3 PACHECO, José da Silva. Tratado das Locações, Ações de Despejo e Outras. 10. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais. 1998, p RIZZARDO, Arnaldo. Contratos. 2009, p DINIZ, Maria Helena. Lei de Locações de Imóveis Urbanos Comentada: Lei n , de ed. São Paulo: Saraiva, 1999, p. 204.

7 CONTRATO Um acordo de vontades, na conformidade da lei, e com a finalidade de adquirir, resguardar, transferir, conservar, modificar ou extinguir direitos 6. CONTRATO DE LOCAÇÃO Estreita-se o sentido da palavra locação, hoje reservada para designar exclusivamente o contrato cuja causa é proporcionar a alguém o uso e gozo temporário, de uma coisa restituível, em troca de retribuição pecuniária. 7 FIADOR A fiança é, portanto, o contrato pelo qual uma pessoa se obriga a pagar ao credor o que a este deve um terceiro. Alguém estranho a relação obrigacional originária, denominado fiador, obriga-se perante o credor, garantindo o seu patrimônio a satisfação do crédito deste, caso não o solva o devedor. 8 LOCADOR Denominação que se dá àquele que loca, cede o bem ao locatário. Em se tratando imóvel, o locador é chamado por muitos de senhorio. O termo locador admite interpretação extensiva, de modo a abranger, além do proprietário do bem locado, o usufrutuário. 9 LOCATÁRIO Denominação que se dá àquele que aluga, que se serve do objeto de um imóvel mediante o pagamento de certa quantia estipulada em contrato escrito ou verbal RIZZARDO, Arnaldo. Contratos. 9. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2009, p MILHOMES, Jônatas. Manual Prático dos Contratos. Rio de Janeiro: Forense, 2005, p GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro. 4. ed. 2007, v. III, p ACQUAVIVA, Marcus Cláudio. Dicionário Jurídico Brasileiro Acquaviva. 12. ed. São Paulo: Jurídica Brasileira, 2004, p ACQUAVIVA, Marcus Cláudio. Dicionário Jurídico Brasileiro Acquaviva. 2004, p. 867.

8 SUMÁRIO RESUMO... X INTRODUÇÃO CAPÍTULO OS CONTRATOS A HISTÓRIA DO DIREITO CONTRATUAL OS PRINCÍPIOS DO DIREITO CONTRATUAL O PRINCÍPIO DA DIGNIDADE HUMANA O PRINCÍPIO DA AUTONOMIA DE VONTADE O PRINCÍPIO DA FORÇA OBRIGATÓRIA DO CONTRATO O PRINCÍPIO DA RELATIVIDADE SUBJETIVA DOS EFEITOS DO CONTRATO O PRINCÍPIO DA BOA-FÉ OBJETIVA O PRINCÍPIO DA FUNÇÃO SOCIAL DO CONTRATO O PRINCÍPIO DA EQUIVALÊNCIA MATERIAL CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS CONCEITO DE CONTRATO A CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS Quanto as Obrigações: Bilaterais ou Unilaterais Quanto aos Benefícios ou Vantagens: Onerosos ou Gratuitos O Equilíbrio das Obrigações: Comutativos ou Aleatórios Quanto as Espécies: Nominados (Típicos) ou Inominados (Atípicos) Quanto à formação: Consensuais, Formais e Reais A INTERPRETAÇÃO DO CONTRATO A EXTINÇÃO DOS CONTRATOS EXTINÇÃO NATURAL DO CONTRATO Cumprimento do Pactuado Verificação de Fator Eficacial EXTINÇÃO POSTERIOR: ANTERIOR OU CONTEMPORÂNEA À CELEBRAÇÃO DO CONTRATO Nulidade/Anulabilidade Cláusula Resolutória Direito de Arrependimento Redibição EXTINÇÃO POSTERIOR: CAUSA POSTERIOR À CELEBRAÇÃO Resilição Resolução Rescisão Morte do Contratante... 45

9 CAPÍTULO O CONTRATO DE LOCAÇÃO DE IMÓVEIS URBANOS O CONCEITO E A CLASSIFICAÇÃO DO CONTRATO DE LOCAÇÃO AS LOCAÇÕES REGULADAS PELA LEI Nº 8.245/ OS TIPOS DE LOCAÇÃO REGULADOS PELA LEI 8.245/ AS LOCAÇÕES RESIDENCIAIS AS LOCAÇÕES NÃO RESIDENCIAIS AS LOCAÇÕES PARA TEMPORADA O ALUGUEL A TRANSFERÊNCIA DO CONTRATO DE LOCAÇÃO POR ATOS INTER VIVOS OS DIREITOS E OS DEVERES DO LOCADOR E LOCATÁRIO OS DIREITOS E OS DEVERES DO LOCADOR OS DIREITOS E OS DEVERES DO LOCATÁRIO AS GARANTIAS LOCATÍCIAS A EXTINÇÃO DO CONTRATO DE LOCAÇÃO CAPÍTULO AS ALTERAÇÕES ADVINDAS COM A LEI Nº / A ALTERAÇÃO DO ART. 4º A ALTERAÇÃO DO ART A ALTERAÇÃO DO ART A ALTERAÇÃO DO ART A ALTERAÇÃO DO ART A ALTERAÇÃO DO ART A ALTERAÇÃO DO ART A ALTERAÇÃO DO ART A ALTERAÇÃO DO ART A ALTERAÇÃO DO ART A ALTERAÇÃO DO ART CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIA DAS FONTES CITADAS

10 RESUMO A presente monografia tem como objetivo apresentar as alterações ocorridas na Lei nº 8.245/91, conhecida como Lei do Inquilinato. Decorrido mais de quinze anos, a lei necessitava de adaptações, além de positivar o entendimento jurisprudencial firmado há anos. Para o presente trabalho de conclusão de curso, foi adotado o método indutivo, sendo subdividido em três capítulos: o primeiro trata da parte do conceito do contrato, os princípios que regem o contrato e suas características; o segundo capítulo traz o conceito do contrato de locação de imóveis urbanos, no qual são regidos pela Lei do Inquilinato, os tipos de locação; o terceiro e último capítulo, por sua vez, trata das alterações introduzidas na lei, traçando um paralelo entre a Lei nº 8.245/91 antes e depois das alterações provocadas pela Lei nº /09, a fim de propiciar a reflexão sobre as mudanças.

11 INTRODUÇÃO O presente trabalho tem como objeto de estudo o contrato de locação de imóveis urbanos, como objetivo geral de investigar as alterações propostas pela Lei nº , de à Lei nº 8.245, de , tendo como referência a legislação e a doutrina, sendo a jurisprudência apenas em caráter ilustrativo. Tem como objetivo específico pesquisar quais são as espécies de contrato de locação regulamentadas pela Lei nº 8.245/91 e analisar se a Lei nº /09 trouxe alterações à Lei nº 8.245/1991, ou, somente incluiu ao texto legal interpretações já aplicadas pelos tribunais. capítulos. Para tanto, subdividiu-se o presente trabalho em três No primeiro capítulo, sob o título: Os Contratos, tratará sobre a parte histórica, em seguida os princípios que regem o direito contratual, seguindo com o conceito de contrato, sua classificação, interpretação e por fim a forma de extinção dos contratos. O segundo capítulo possui o título O Contrato de Locação de Imóveis Urbanos, no qual dispõe sobre o conceito e classificação do contrato de locação, analisando os tipos de locação regulados pela Lei nº 8.245/91, tais como as locações residenciais, não residenciais e para temporada, a forma de retribuição pela locação, os direitos e deveres decorrentes do contrato de locação e finalizando a forma de extinção do contrato de locação. O terceiro e último capítulo, tem como título As alterações advindas com a Lei nº /2009, no qual analisar-se-á a Lei nº 8.245/91 com alterações advindas da Lei nº /09, com apresentação da justificativa do autor do projeto, Deputado José Carlos Araújo, especificando os artigos alterados.

12 12 O presente Relatório de Pesquisa se encerra com as Considerações Finais, nas quais são apresentados pontos conclusivos destacados, seguidos da estimulação à continuidade dos estudos e das reflexões sobre o contrato de locação de imóveis urbanos, analisando as alterações advindas com a Lei nº /09. hipóteses: A pesquisa foi desenvolvida com base nas seguintes 1. Todos os bens imóveis são regidos pela Lei nº 8.245/ Verificar se a Lei nº /09 trata-se de uma Nova Lei do Inquilinato ou somente incluiu na Lei nº 8.245/1991 o entendimento já aplicado pelos tribunais. Quanto à metodologia empregada, para a investigação do objeto e como meio para se atingir os objetivos propostos adotou-se o método indutivo 11, operacionalizado com as técnicas 12 do referente 13, da categoria 14, dos conceitos operacionais 15 e da pesquisa bibliográfica, em conjunto com as técnicas propostas por Colzani 16, dividindo-se o relatório final em três capítulos. Em linhas gerais é nesse universo que se desenvolve a pesquisa, restando assim caracterizada a sua relevância social e contribuição à Ciência Jurídica. 11 O método indutivo consiste em pesquisar e identificar as partes de um fenômeno e colecionálas de modo a ter uma percepção ou conclusão geral. [PASOLD, 2001, p. 87]. 12 Técnica é um conjunto diferenciado de informações reunidas e acionadas em forma instrumental para realizar operações intelectuais ou físicas, sob o comando de uma ou mais bases lógicas investigatórias. [PASOLD, 2001, p. 88]. 13 Referente é a explicitação prévia do motivo, objetivo e produto desejado, delimitando o seu alcance temático e de abordagem para uma atividade intelectual, especial-mente para uma pesquisa. [PASOLD, 2001, p. 63]. 14 Categoria é a palavra ou expressão estratégica à elaboração e/ou expressão de uma idéia. [PASOLD, 2001, p. 37]. 15 Conceito Operacional é a definição para uma palavra e/ou expressão, com o desejo de que tal definição seja aceita para os efeitos das idéias que expomos. [PASOLD, 2001, p. 51]. 16 COLZANI, Valdir Francisco. Guia para elaboração do trabalho científico.

13 13 CAPÍTULO 1 OS CONTRATOS 1.1 A HISTÓRIA DO DIREITO CONTRATUAL O contrato nasce da realidade social, na medida em que os valores evoluem de acordo com as transformações da sociedade. Desde o momento histórico do aparecimento do homem há indícios da existência do contrato, em sua forma mais privativa, onde entre o agrupamento dos seres humanos em tribos se verificava um comportamento com regras de convivência, onde relações comerciais eram realizadas num sistema de trocas dos mais variados produtos, envolvendo, apesar de tacitamente, direitos e deveres para os contratantes, conforme Rizzardo 17. Rizzardo 18 acrescenta os ensinamentos de Fernandes, acerca das primeiras relações comerciais: As primeiras permutas, de objetos por objetos, frutas, animais, utensílios e tudo mais que o homem conseguiu realizar, remontam, na história do direito, a épocas muito distantes. Não é possível fixar uma data específica do surgimento dos contratos. Porém, a doutrina buscou um período em que a sistemática jurídica passou a ser mais notória, conforme Gagliano e Pamplona Filho 19. A contribuição para a origem do contrato foi através do movimento iluminista francês, onde firmara a vontade racional do homem como o centro do universo, determinando a valoração da força normativa do contrato, 17 RIZZARDO, Arnaldo. Contratos. 2009, p RIZZARDO, Arnaldo. Contratos. 2009, p GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo Curso de Direito Civil: Contratos. São Paulo: Saraiva, 2007, p. 2.

14 14 levada até as últimas conseqüências pela consagração do pacta sun servanda, conforme Gagliano e Pamplona Filho 20. O brocardo pacta sun servanda significa que os contratos devem ser cumpridos pela mesma razão que a lei deve ser cumprida, de acordo com Rizzardo 21. Com isso, nos últimos 50 anos, com o início da atividade industrial, o mercado de consumo e o avanço tecnológico, a ideia do pacto sun servanda começou a enfraquecer, figurando-se como uma regra injusta entre os contratantes. É o que ensina Nalin 22 : O homem contratante acabou, no final do século passado e início do presente, por se deparar com uma situação inusitada, qual seja, a da despersonalização das relações contratuais, em função de uma preponderante massificação, voltada ao escoamento, em larga escala, do que se produzia nas recém-criadas indústrias. Nesse contexto, o contrato sofreu transformações ao longo do tempo, adaptando-se a sociedade em que formava, onde o credor passou a perder o poder, sofrendo a intervenção do legislador e a possível revisão pelo Poder Judiciário. No Brasil, até 1991, o direito privado dos contratos era dividido em dois regimes jurídicos, de um lado, o civil, em que era aplicado os contratos particulares (exceto de trabalho), e de outro lado o comercial, relacionado aos contratos do comércio, de acordo com Coelho GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. 2007, p RIZZARDO, Arnaldo. Contratos. 2009, p NALIN, Paulo Roberto. Do contrato: Conceito Pós-Moderno Em busca de Sua Formulação na Perspectiva Civil-Constitucional. Pensamento Jurídico, Curitiba: Jaruá, 2002, v. II, p COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Civil. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2007, v. 3, p. 16.

15 15 Com o advento do Código de Defesa do Consumidor, a Lei nº de 11 de setembro de , foi criado um novo regime dos contratos, derivado da relação de consumo entre fornecedor e consumidor, aplicando a legislação de tutela aos consumidores. No Código Civil de 2002, disciplinou os contratos no Título V Dos contratos em Geral, subdividido em dois Capítulos (Capítulo I Das Disposições Gerais e Capítulo II Da Extinção do Contrato ). Os referidos capítulos são estruturados em Seções, que tratam sobre aspectos gerais dos contratos e Título VI Das Várias Espécies de Contratos, subdividido em vinte capítulos e Seções, no qual versam sobre os Contratos em Espécie. 1.2 OS PRINCÍPIOS DO DIREITO CONTRATUAL Ao pactuarem os contratos, as partes se deflagram diante de conflitos existentes nos interesses individuais, e para isso os princípios do direito contratual aparecem como um instrumento entre a racionalidade econômica e valores de justiça. Para Coelho 25 : Trata-se de normas de grande generalidade, expressas em dispositivos de direito positivo ou deles extraídas por via argumentativa, as quais ajudam a nortear os juízes na apreciação de demandas que versam sobre a existência, validade e cumprimento dos contratos. conforme os ensinamentos de Coelho 26. Mister esclarecer, que entre os princípios não há hierarquia, 24 BRASIL. Lei nº de 11 de setembro de Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências. Disponível em: < Acesso em: 04 de julho de COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Civil. 2007, p COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Civil. 2007, p. 23.

16 16 Para esclarecer sobre a igualdade ou desigualdade, e a aplicação dos princípios, Coelho 27 assim exemplifica: Num contrato entre dois grandes empresários referente a insumos que um deles adquire do outro, a autonomia privada é o princípio fundamental, de maior envergadura; já na relação de consumo, o do equilíbrio dos contratantes é o mais importante. Os princípios que regem o direito dos contratos serão abordados abaixo, adotada a classificação proposta por Gagliano e Pamplona Filho 28, em que entendem estarem os princípios contratuais subordinados ao princípio da dignidade da pessoa humana O Princípio da Dignidade Humana Ao tratarmos desse princípio, trazemos a baila o que dispõe o artigo 1º, inciso III, da Constituição da República Federativa do Brasil de : Art. 1. A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e Distrito Federal, constituise em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: [...] III - a dignidade da pessoa humana. O valor da dignidade da pessoa humana impõem uma série de restrições à autonomia privada, pois traduz à existência humana quanto a possibilidade e expectativas, patrimoniais e afetivas, indispensáveis a sua 27 COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Civil. 2007, p GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo Curso de Direito Civil: Contratos , p. 28. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de Disponível em: < Acesso em: 04 de julho de 2010.

17 17 realização pessoal e a busca da felicidade, conforme Gagliano e Pamplona Filho 30. Seguindo esse pensamento, Cunha 31 discorre a respeito: O princípio da dignidade da pessoa humana, não obstante a sua inclusão no texto constitucional é, tanto por sua origem quanto pela sua concretização, um instituto basilar do direito privado. [...] O seu reconhecimento, enquanto direito fundamental, leva a necessidade de questionamento de uma série de dogmas civilísticos, em especial aqueles que constituem seu núcleo central: a autonomia, os bens, o patrimônio, a pessoa e a propriedade. Logo, o Princípio da Dignidade da Pessoa Humana alcança o Direito Privado, redirecionando normas para a proteção da pessoa, garantido na CRFB/ O Princípio da Autonomia de Vontade Os acordos firmados entre particulares decorrem da garantia livre e consciente da autonomia da vontade, em que os próprios sujeitos apontam os seus interesses e suas obrigações. Coelho 32 descreve esse princípio: A noção de autonomia privada foi então elaborada na tentativa de compatibilizar, de um lado, o reconhecimento do poder de os sujeitos de direito disporem de seus próprios interesses de modo 30 GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo Curso de Direito Civil: Contratos. 2007, p CUNHA, Alexandre dos Santos. Dignidade da Pessoa Humana: O Conceito Fundamental do Direito Civil, in A Reconstrução do Direito Privado. São Paulo: RT, 2002, p COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Civil. 2007, p. 23.

18 18 juridicamente válido e eficaz e, de outro lado, as limitações impostas pela necessidade de tutelar o contratante. A vontade dos contratantes é embasada pela autonomia privada, onde os sujeitos dispõem seus interesses livremente negociados e estabelecidos, observando os limites presentes no ordenamento jurídico. Elesbão 33 assim conceitua: O princípio da autonomia da vontade consiste na prerrogativa conferida aos indivíduos de criarem relações na órbita do direito, desde que se submetam às regras impostas pela lei, e seus fins coincidam com o interesse geral, ou não o contradigam. Desse modo, qualquer pessoa capaz pode, através da livre manifestação de vontade, tendo objeto lícito, criar relações a que a lei empresta validade. Seguindo nesse raciocínio, o contrato tem validade para o direito, podendo qualquer dos contratantes acionar o aparato estatal a fim de exigir do outro o cumprimento do contrato pactuado. Embora decorra da vontade das partes, o Princípio da Autonomia Privada, num primeiro momento, esbarra quando tratamos da ordem pública, onde nem todas as composições firmadas têm validade e eficácia. Assim leciona Coelho 34 : Nenhum contrato de ilícito, por exemplo, pode ser judicialmente executado. O postulado da autonomia privada não tem o alcance de validar acordos criminosos, contravencionais ou mesmo imorais. Dessa forma, a autonomia privada é válida quando os contratos estão de acordo com os limites da lei e da ordem pública. 33 ELESBÃO, Elsita Collor. Princípios Informativos das Obrigações Contratuais Civis. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2000, p COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Civil. 2007, p. 24.

19 19 No segundo momento, o Princípio da Autonomia da Vontade diz respeito quando tratamos da ausência de plena liberdade ou consciência dos contratantes, pois reconhecido um desses elementos, o contrato não tem validade jurídica. É o ensinamento de Coelho 35 : [...] o princípio da autonomia da vontade não valida os negócios contratuais provenientes de erro, dolo, coação ou outros defeitos. Se a vontade não se expressou livre e consciente, o contrato é anulável. assim descrito: A anulação do contrato está prevista no art do CC, Art Além dos casos expressamente declarados em lei, é anulável o negócio jurídico: [...] II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores. Por fim, é mister observarmos o Princípio da Vontade com foco na proteção da parte mais fraca, onde muitas vezes, uma das partes possui mais informações acerca do objeto negociado entre as partes. Para constatar se um sujeito se prevaleceu sobre o outro, Coelho 37 usa a assimetria, ou seja, vejamos: Numa relação de consumo, por exemplo, o fornecedor do produto ou serviço tem acerca do fornecimento uma quantidade e 35 COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Civil. 2007, p BRASIL. Lei nº de 10 de janeiro de Institui o Código Civil. Disponível em: < Acesso em: 10 de julho de COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Civil. 2007, p. 25.

20 20 qualidade de informações consideravelmente superiores às do consumidor - é inevitável. Pois bem, se o contratante sem informações não tiver sido devidamente informado pelo outro acerca dos aspectos do objeto relevantes para a negociação, as partes não estão em condições de dispor contratualmente de seus interesses (Trebilcock, 1993:102/103). Quando é significativa a assimetria das informações sobre o objeto do contrato, resulta injusto conferir à vontade manifestada pelos contratantes a plena validade e eficácia na produção de efeitos jurídicos. Assim, a margem de liberdade que os contratantes possuem na composição de seus direitos e obrigações são reconhecidas pelo Princípio da Vontade. Em outras palavras, não é possível haver um contrato sem que haja a vontade dos contratantes O Princípio da Força Obrigatória do Contrato O Princípio da Força Obrigatória do Contrato, também denominado pacta sunt servanda 38, que significa que os pactos devem ser observados, determina que as estipulações feitas nos contratos devam ser fielmente cumpridas pelos contratantes, sob pena de execução, pois nada valeria o negócio firmado se não fosse para ser cumprido. Nesse sentido, Gagliano e Pamplona Filho 39 : Segundo ORLANDO GOMES, o princípio da força obrigatória consubstancia-se na regra de que o contrato é lei entre as partes. Celebrado que seja, com a observância de todos os pressupostos e requisitos necessários a sua validade, deve ser executado pelas partes como se as cláusulas preceitos legais imperativos. O Princípio da Força Obrigatória tem força vinculada ao Princípio da Autonomia, pois ninguém é obrigado a contratar, e caso assim o faça, é válido o contrato, onde as partes devem cumpri-lo. 38 GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo Curso de Direito Civil: Contratos. 2007, p GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo Curso de Direito Civil: Contratos. 2007, p. 38.

21 21 Todavia, o Princípio da Força Obrigatória do Contrato manifestado na imutabilidade ou intangibilidade dos termos do contrato tornou-se discutível, pois as mudanças em que a humanidade passou no decorrer dos séculos, acentuaram as desigualdades sociais, facilitando a opressão do fraco pelo forte, conforme dizeres de Gagliano e Pamplona Filho 40. Assim, tal princípio sofreu então algumas atenuações por força da Teoria da Imprevisão, em que consiste na possibilidade de revisão dos contratos firmados. Acerca da Teoria da Imprevisão, vejamos a lição de Gagliona e Pamplona Filho 41 : Aliás, a teoria da imprevisão, construída a partir da revivescência da vetusta cláusula rebus sic stantibus do direito canônico, é invocada quando um acontecimento superveniente e imprevisível torna excessivamente onerosa a prestação imposta a uma das partes, em face da outra que, em geral, se enriquece ilicitamente. Nesse sentido, descreve Elesbão 42 : O contrato é intangível, a menos que ambas as partes o rescindam voluntariamente ou haja escusa por caso fortuito e força maior. Esse princípio da força obrigatória funda-se na regra de que o contrato é lei entre as partes, desde que estipulado com observância aos seus requisitos de validamento. Casos haverá em que se terá a revisão judicial dos atos negociais em razão do desequilíbrio sofrido em conseqüência de fatos imprevisíveis nas relações contratuais, que podem até acarretar a exploração de um sobre o outro, sob a proteção do contrato. Configurados os pressupostos da Teoria da Imprevisão, poderá a parte lesada ingressar em juízo requerendo a revisão ou resolução do contrato. 40 GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo Curso de Direito Civil: Contratos. 2007, p GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo Curso de Direito Civil: Contratos. 2007, p. 39.

22 O Princípio da Relatividade Subjetiva dos Efeitos do Contrato A regra geral é que os efeitos dos contratos só geram em relação as partes contratantes, não afetando a terceiros, sendo portando uma obrigação personalíssima, operando somente entre as partes e seus sucessores. Leciona Sampaio 43 : Os contratos, como fonte geradora de obrigações e, portanto, regulada pelo Direito Obrigacional, têm seus efeitos restritos às partes contratantes, ou seja, não podem ser opostos a terceiros. Em outras palavras, se, para adquirir, modificar ou extinguir direitos, se faz imprescindível a declaração de vontade, não podem terceiros, que não a manifestam, contrair obrigações nem se sujeitar àquelas contraídas por outros. Portanto, pode-se afirmar que a sua oponibilidade não é absoluta ou erga omnes, mas somente relativa, conforme Gagliano e Pamplona Filho 44. Todavia, esse princípio comporta exceções expressas na lei, permitindo estipulação em favor de terceiro, em que o devedor deverá realizar determinada prestação em benefício de outrem, disposto no art. 436 do CC e o contrato com pessoa a declarar, no qual consiste uma promessa de prestação de fato de terceiro, que também titularizará os direitos e obrigações decorrentes do contrato, caso aceite a indicação realizada, disposto no art. 439 do CC O Princípio da Boa-fé Objetiva O Princípio da Boa-Fé Objetiva deve ser entendido que entre os contratantes, apesar de defenderem seus interesses, prevalece o espírito de confiança recíproca, lealdade e coerência dos direitos e deveres. 42 ELESBÃO, Elsita Collor. Princípios Informativos das Obrigações Contratuais Civis. 2000, p SAMPAIO, Rogério Marrone de Castro. Direito Civil: Contratos. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002, p GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo Curso de Direito Civil: Contratos. 2007, p. 40.

23 23 Conforme ensinamento de Rizzardo 45, trata-se de um princípio básico que orienta a formação do contrato, assim definindo: As partes são obrigadas a dirigir a manifestação da vontade dentro dos interesses que as levaram a se aproximarem, de forma clara e autêntica, sem o uso de subterfúgios ou intenções outras que não expressas no instrumento formalizado. Princípio da Boa-Fé, ou seja: No art. 422 do Código Civil 46, verifica-se a presença do Art Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão, como em execução, os princípios de probidade e boafé. A probidade envolve o equilíbrio, a justiça, enquanto a boafé exige a transparência e clareza das cláusulas. Assim dispõe Coelho 47 : No dispositivo legal em que se abriga a cláusula geral da boa-fé objetiva, impõe-se aos contratantes também a obrigação de probidade (CC, art. 422). Probidade significa honestidade, retidão de caráter, senso de justiça. Como se nota, a probidade é virtude já compreendida pela boa-fé objetiva. Nesse entendimento denota Venosa 48 : A boa-fé objetiva, por outro lado, tem compreensão diversa. O intérprete parte de um padrão de conduta comum, do homem médio, naquele caso concreto, levando em consideração os aspectos sociais envolvidos. Desse modo, a boa-fé objetiva se traduz de forma mais perceptível como uma regra de conduta, um dever de agir de acordo com determinados padrões sociais 45 RIZZARDO, Arnaldo. Contratos. 2009, p BRASIL. Lei nº de 10 de janeiro de Institui o Código Civil. Disponível em: < Acesso em: 12 de julho de COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Civil. 2007, p VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil: Teoria Geral das Obrigações e Teoria Geral dos Contratos. p. 379.

24 24 estabelecidos e reconhecidos. Trata-se, portanto, de um princípio geral, servindo de paradigma para os contratos pactuados, onde a linguagem não prevalece sobre a intenção dos contratantes O Princípio da Função Social do Contrato O Princípio da Função Social do Contrato determina que os interesses entre os particulares sejam exercidos com os interesses sociais, uma vez que o contrato pactuado afeta a sociedade de um modo em geral. Dispõe o art. 421 do Código Civil 49 : Art A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato. Nesse sentido, eis a lição de Lôbo 50 : No novo Código Civil a função social surge relacionada à "liberdade de contratar", como seu limite fundamental. A liberdade de contratar, ou autonomia privada, consistiu na expressão mais aguda do individualismo jurídico, entendida por muitos como o toque de especificidade do Direito privado. São dois princípios antagônicos que exigem aplicação harmônica. No Código a função social não é simples limite externo ou negativo, mas limite positivo, além de determinação do conteúdo da liberdade de contratar. Esse é o sentido que decorre dos termos "exercida em razão e nos limites da função social do contrato. E Theodoro Júnior 51 complementa: A função social do contrato consiste em abordar a liberdade 49 BRASIL. Lei nº de 10 de janeiro de Institui o Código Civil. Disponível em: < Acesso em: 12 de julho de LÔBO, Paulo Luiz Netto. Princípios Sociais dos Contratos no Código de defesa do Consumidor e no Novo Código Civil. Revista de Direito do Consumidor. São Paulo: Revista dos Tribunais, abril-junho, 2002, v. 42, p THEODORO JÚNIOR, Humberto. O contrato e sua função social. Rio de Janeiro: Forense, 2004, p. 31.

25 25 contratual em seus reflexos sobre a sociedade (terceiros) e não apenas no campo das relações entre partes que estipulam (contratantes). Trata-se de uma norma geral de ordem pública, sendo uma limitação da liberdade contratual, de modo que, quando contrariado, o contrato será considerado nulo, de acordo com Coelho 52. Assim, a função do contrato exige que o contrato firmado livremente entre as partes não deve ser visto apenas de forma individual, e sim em prol da sociedade O Princípio da Equivalência Material O Princípio da Equivalência Material busca realizar e preservar o equilíbrio de direitos e obrigações do contrato pactuado, mantendo a proporcionalidade e eventuais desequilíbrios supervenientes. Gagliano e Pamplona Filho 53 assim conceitua: O princípio da equivalência material busca realizar e preservar o equilíbrio real de direitos e deveres no contrato, antes, durante e após sua execução, para harmonização dos interesses. Esse princípio preserva a equação e o justo equilíbrio contratual, seja para manter a proporcionalidade inicial dos direitos e obrigações, seja para corrigir os desequilíbrios supervenientes, pouco importando que as mudanças de circunstâncias pudessem ser previsíveis. contratos, conforme aborda Coelho 54 : Atualmente, o valor da justiça está mais presente nos O contratante mais forte não pode ter vantagens, em detrimento do mais fraco, em razão de sua melhor condição patrimonial, financeira, econômica, de mercado, profissional ou qualquer outra. 52 COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Civil. 2007, p GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo Curso de Direito Civil: Contratos. 2007, p COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Civil. 2007, p. 28.

26 26 É a evolução da cultura libertando o homem da seleção natural, da estéril luta de vontades egoístas. Assim, para reconhecer a validade do contrato, o valor da justiça prevalece que além da autonomia da vontade é necessário haver um equilíbrio entre os contratantes. 1.3 CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS A seguir será abordado o conceito do contrato, e na sequencia sua classificação, no qual é de suma importância para a interpretação e a definição da obrigação dos contratantes Conceito de Contrato Após analisarmos os princípios que regem o direito contratual, chegamos a conclusão que o contrato é um acordo de vontade entre os sujeitos, no qual resulta a realização de um negócio jurídico. Mister esclarecer que o negócio jurídico é toda ação ou omissão humana no qual os efeitos jurídicos acarretam na criação, modificação, conservação ou extinção de direitos. Nesse sentido, Coelho 55 descreve que o contrato é o resultado do encontro de vontades dos contratantes e produz seus efeitos jurídicos (cria, modifica ou extingue direitos ou obrigações) em função dessa convergência. Assim, o contrato é um acordo formado por duas ou mais vontades, com base no ordenamento jurídico, no qual as partes estabelecem obrigações de acordo com seus interesses. 55 COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Civil. 2007, p. 18.

27 27 Seguindo esse pensamento, Sampaio 56 descreve: Modernamente, entendem-se por contrato o negócio jurídico (espécie de ato jurídico) bilateral que tem por finalidade gerar obrigações entre as partes. Sob esse aspecto, portanto, o acordo de vontades a que chegam as partes tem objetivo certo, efeito este antevisto pelas partes que se consubstancia na criação, modificação ou extinção de direitos. Rizzardo 57 assim conceitua o contrato: A própria origem etimológica do termo conduz ao vínculo jurídico das vontades, com vistas a um objetivo específico: contractus, do verbo contrahere, no sentido de ajuste, convenção, pacto ou transação. Ou seja, a idéia de um acordo entre duas ou mais pessoas para um fim qualquer. Mais tecnicamente, como conceitua Caio Mário da Silva pereira, trata-se de um acordo de vontades, na conformidade da lei, e com a finalidade de adquirir, resguardar, transferir, conservar, modificar ou extinguir direitos, ou sinteticamente, é um acordo de vontades com a finalidade de produzir efeitos jurídicos. De acordo com Gagliano e Pamplona Filho 58, o contrato é um negócio jurídico pelo qual os contratantes, limitados pelos princípios da função social e da boa-fé, formalizam suas próprias vontades. Verifica-se, portanto, que o contrato é um ato jurídico no qual duas ou mais pessoas, por consentimento recíproco, buscam adquirir, resguardar, modificar, transferir, conservar ou extinguir direitos A Classificação dos Contratos De acordo com Rizzardo 59, os contratos classificam-se em diversas modalidades, dividindo-se quanto a natureza da obrigação; quanto aos 56 SAMPAIO, Rogério Marrone de Castro. Direito Civil: Contratos. 2002, p RIZZARDO, Arnaldo. Contratos. 2009, p GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo Curso de Direito Civil: Contratos. 2007, p RIZZARDO, Arnaldo. Contratos. 2009, p. 66.

28 28 benefícios ou vantagens que podem decorrer do contrato; quanto ao equilíbrio das obrigações; quanto as suas espécies e por fim, quanto a sua formação Quanto as Obrigações: Bilaterais ou Unilaterais A classificação do contrato em bilaterais ou unilaterais não tem haver com a quantidade de partes como critério de distinção, e sim quanto às obrigações. O contrato bilateral para sua formação depende para sua formação de pelos menos duas vontades, surgindo obrigações para ambas as partes, segundo definição de Sampaio 60. Partindo desse entendimento, o contrato unilateral é aquele que se forma quando apenas uma das partes se obrigada em face da outra, afirma Rizzardo 61. Exemplificando, Coelho 62 descreve como contratos unilaterais a doação pura, o comodato, a fiança, a venda em consignação e o mútuo, e bilaterais os contratos de compra e venda, a locação, a doação gravada, o depósito, entre outros. A partir dos conceitos expostos acerca das obrigações nos contratos, nota-se que está presente a bilateralidade do contrato, o consentimento dos contratantes mediante a vontade expressa, que tem por objetivo a produção de obrigações recíprocas, enquanto na unilateralidade do contrato somente um dos contratantes tem obrigação para com o outro Quanto aos Benefícios ou Vantagens: Onerosos ou Gratuitos Quanto às vantagens patrimoniais que podem produzir, os contratos se classificam como oneroso ou gratuito. 60 SAMPAIO, Rogério Marrone de Castro. Direito Civil: Contratos. 2002, p RIZZARDO, Arnaldo. Contratos. 2009, p COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Civil. 2002, p. 41.

29 29 O contrato oneroso, conforme ensinamento de Rizzardo 63, é aquele em que as partes assumem reciprocamente direitos e obrigações, mediante uma compensação, citando como exemplo o contrato de compra e venda, a locação de coisas, de serviços, a troca, o aforamento e as sociedades. Para Venosa 64, nos contratos gratuitos apenas um dos contratantes fica com toda a carga contratual, e o outro apenas pode auferir os benefícios do negócio, surgindo assim à denominação de contratos benéficos. Gonçalves 65 exemplifica os contratos gratuitos, citando a doação pura, o comodato, etc. Assim, os contratos gratuitos são aqueles em que apenas uma das partes obtém um proveito, sendo marcados pela liberalidade na transferência de direito, enquanto os onerosos acabam por gerar obrigações, impondo ônus a um dos contratantes O Equilíbrio das Obrigações: Comutativos ou Aleatórios Ao firmarem o contrato, aos contratantes resultam obrigações a serem cumpridas, e essas se dividem em obrigações comutativas ou aleatórias. O contrato comutativo é aquele que no momento da formação do contrato, os contratantes têm as prestações geradas já definidas. Gonçalves 66 conceitua o contrato comutativo: Comutativos são os de prestações certas e determinadas. As partes podem antever as vantagens e sacrifícios, que geralmente se equivalem, decorrentes de sua celebração, porque não 63 RIZZARDO, Arnaldo. Contratos. 2009, p VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil: Teoria Geral das Obrigações e Teoria Geral dos Contratos. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2003, v. II, p GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro. 2007, p GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro. 2007, p. 72.

30 30 envolvem nenhum risco. Para Rizzardo 67 o contrato comutativo é aquele em que os contratantes celebram um pacto no qual recebem uma vantagem e prestam uma obrigação, consistente em coisa certa e determinada. Nos contratos aleatórios, as prestações de uma ou de ambas as partes são incertas, pois para ocorrer depende de um fato futuro e imprevisível. Rizzardo 68 dispõe que o contrato aleatório é definido quando uma ou ambas as prestações são incertas, devido a sua quantidade ou extensão. Fica na dependência de um fato futuro e imprevisível, o que torna viável venha a ocorrência de uma perda, ou um lucro para uma das partes. Assim, a incerteza do resultado é o fator que caracteriza a espécie. O acontecimento futuro, ou a alea, é incerto, mas previsível. Assim, nos contratos comutativos as partes contratantes já possuem conhecimento das obrigações e suas respectivas prestações, enquanto nos contratos aleatórios está presente a incerteza quanto ao cumprimento das prestações pactuadas Quanto as Espécies: Nominados (Típicos) ou Inominados (Atípicos) Aos contratantes é facultada a liberdade de contratar, mediante o exercício da autonomia da vontade, podendo criar as obrigações, desde que lícitas, sem seguir qualquer forma definida em lei. De acordo com Rizzardo 69, o que distingue os contratos são as denominações, ou seja, os contratos previstos e regulados na lei, definidos como nominados, e aqueles decorrentes do costume, não se enquadrando numa figura típica prevista pelo legislador, denominados contratos inominados. 67 RIZZARDO, Arnaldo. Contratos. 2009, p RIZZARDO, Arnaldo. Contratos. 2009, p. 76.

31 31 Quanto às expressões nominados/típicos e inominados/atípicos, Rizzardo 70 explica que não há distinção entre elas, pois o sentido é o mesmo, e assim dispõe: Conhecem-se, também, as expressões contratos típicos e contratos atípicos, com o mesmo significado de nominados e inominados. Na verdade, pela própria designação, depreende-se que os típicos encontram na lei alguma previsão sobre eles. Estão regulamentos, ou, pelo menos, assinalados na lei. Os atípicos não se ajustam em qualquer dos tipos, dos moldes contratuais previstos em lei. A atipicidade significa ausência de tratamento legislativo específico. Embora usem as expressões nominados e inominados, que literalmente expressam ajustes com nome e ajustes sem nome, o sentido é uno e idêntico. Rizzardo 71 define: Quanto a definição dos contratos nominados/típicos, Como nominados se classificam os contratos previstos e regulados na lei. Inominados consideram-se aqueles que não se enquadram numa figura típica prevista pelo legislador. Ou seja, os primeiros estão expressamente previstos na lei, que os regula através de normas, ao passo que os segundos se firmaram e se impõem pelo costume. Assim, são considerados contratos nominados/típicos quando a espécie possui nominação e regulamentação prevista em lei. Quanto aos contratos inominados/atípicos, assim se manifesta Hironaka 72 : A seu turno, portanto, contrato atípico é aquele não disciplinado pelo ordenamento jurídico, embora lícito, pelo fato de restar sujeito às normas gerais do contrato e não contrariar a lei, nem os bons 69 RIZZARDO, Arnaldo. Contratos. 2009, p RIZZARDO, Arnaldo. Contratos. 2009, p RIZZARDO, Arnaldo. Contratos. 2009, p HIRONAKA, Giselda Maria Fernandes Nova7s. Direito Civil - Estudos. Belo Horizonte: Del Rey, 2002, p. 138.

32 32 costumes, nem os princípios gerais do direito. Para Sampaio 73, os contratos atípicos resultam da fusão de outros contratos típicos, em que são regidos pelas seguintes regras: 1. Aplicamse as regras previstas aos contratos; 2. Prevalece sempre a real vontade das partes; 3. Subsidiariamente, aplicam-se as disposições previstas para o contrato com o qual ofereça maior analogia. Assim, os atípicos são aqueles não previstos em lei, mas que surgem em razão das necessidades, resultante de um acordo de vontades, sendo válidas as cláusulas, desde que não contrariem a lei, os bons costumes e os princípios gerais do direito Quanto à formação: Consensuais, Formais e Reais Os contratos não necessitam seguir uma forma e sim a simples declaração das partes em estabelecer uma obrigação, senão quando a lei expressamente a exigir, conforme preceitua o art. 107 do CC. Para tanto, conforme classifica Rizzardo 74, há três espécies de forma: os consensuais, formais e reais. Os contratos consensuais, também conhecidos como não solenes, são aqueles que resultam unicamente pelo acordo de vontade das partes, independentemente da entrega da coisa e de determinada forma, conforme os ensinamentos de Gonçalves 75. Denomina-se formal, ou solene, quando o contrato exige uma forma especial para a celebração, prescrita em lei, que se dá em razão da natureza do negócio jurídico e a necessidade de conferir segurança a determinadas relações jurídicas, exemplificando o contrato de compra e venda de 73 SAMPAIO, Rogério Marrone de Castro. Direito Civil: Contratos. 2002, p RIZZARDO, Arnaldo. Contratos. 2009, p GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro. 2007, p. 86.

33 33 imóveis, que se exige como forma especial o instrumento público, lavrado pelo tabelionato, explica Sampaio 76. São reais quando a formalização não depende apenas do acordo de vontades, e sim quando depende da entrega de determinada coisa, como ocorre no mútuo, no comodato, no penhor e no depósito, no qual a formação ocorre no momento da entrega do objeto, esclarece Rizzardo 77. Assim, quanto a sua formação, o contrato poderá ser de forma consensual quando há o consenso das partes gerando então as obrigações pactuadas, reais quando depender da entrega do objeto e formais quando o contrato exige uma forma especial para a celebração. 1.4 A INTERPRETAÇÃO DO CONTRATO Durante a vigência do contrato poderão surgir conflitos entre os contratantes, pois para a sua execução é necessário interpretar suas cláusulas, que nem sempre são claras, sendo exigida então a sua interpretação. Coelho 78 descreve acerca da interpretação dos contratos, quando um contratante extrai de certa cláusula entendimento diverso do outro: A divergência de interpretação leva uma parte a sustentar a existência de certa obrigação da outra, que, por sua vez, não a reconhece; ou a diferente medida quanto a extensão. A interpretação do contrato - em pesquisa do preciso acordo de vontade a que haviam chegado as partes - será, então, decisiva para definição do interesse a ser privilegiado na superação do conflito. Dispõem os arts. 112 a 114 do CC 79 : 76 SAMPAIO, Rogério Marrone de Castro. Direito Civil: Contratos. 2002, p RIZZARDO, Arnaldo. Contratos. 2009, p COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Civil. 2007, p. 138.

34 34 Art Nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas consubstanciada do que ao sentido literal da linguagem. Art Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração. Art Os negócios jurídicos benéficos e a renúncia interpretamse estritamente. Para Sampaio 80, a interpretação é essencial para realizar a busca do significado das palavras, pois busca seu aperfeiçoamento, sendo indispensável a convergência das declarações de vontade, buscando assim uma determinada fidelidade. Ainda, Sampaio 81 destaca algumas regras de interpretação, com base na jurisprudência e na doutrina, destacando-se as seguintes: 1. Deve-se ter em vista a comum intenção das partes e os fins econômicos que as levaram a contratar; 2. O contrato deve ser interpretado contra o próprio estipulante que, podendo ser claro, não foi; 3. Interpreta-se sempre de maneira menos onerosa para o devedor; 4. As cláusulas de um contrato interpretam-se em harmonia e não isoladamente; 5. Se um contrato é seguido de outro, modificando-o em parte, devem ambos ser interpretados como um todo; 79 BRASIL. Lei nº de 10 de janeiro de Institui o Código Civil. Disponível em: < Acesso em: 14 de julho de SAMPAIO, Rogério Marrone de Castro. Direito Civil: Contratos. 2002, p SAMPAIO, Rogério Marrone de Castro. Direito Civil: Contratos. 2002, p. 34.

FACULDADE DE PARÁ DE MINAS Reconhecida pelo Decreto 79.090 de 04/01/1970

FACULDADE DE PARÁ DE MINAS Reconhecida pelo Decreto 79.090 de 04/01/1970 CURSO DE DIREITO 2º SEMESTRE 2013 PERÍODO: 4º DISCIPLINA: Direito Civil III - Teoria Geral dos Contratos e Responsabilidade Civil CARGA HORÁRIA TOTAL: 80 h/a. CRÉDITOS: 04 PROFESSORA: MÁRCIA PEREIRA COSTA

Leia mais

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO DIREITO CONTRATUAL 1. Angélica Santana NPI FAC SÃO ROQUE

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO DIREITO CONTRATUAL 1. Angélica Santana NPI FAC SÃO ROQUE PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO DIREITO CONTRATUAL 1 Angélica Santana NPI FAC SÃO ROQUE INTRODUÇÃO Para o Direito existem alguns princípios pelo qual, podemos destacar como base fundamental para estabelecer

Leia mais

Contrato Unilateral - gera obrigações para apenas uma das partes. Contrato Bilateral - gera obrigações para ambas as partes.

Contrato Unilateral - gera obrigações para apenas uma das partes. Contrato Bilateral - gera obrigações para ambas as partes. Turma e Ano: Flex B (2013) Matéria / Aula: Civil (Contratos) / Aula 13 Professor: Rafael da Motta Mendonça Conteúdo: Teoria Geral dos Contratos: 3- Classificação; 4 - Princípios. 3. Classificação: 3.1

Leia mais

11/11/2010 (Direito Empresarial) Sociedades não-personificadas. Da sociedade em comum

11/11/2010 (Direito Empresarial) Sociedades não-personificadas. Da sociedade em comum 11/11/2010 (Direito Empresarial) Sociedades não-personificadas As sociedades não-personificadas são sociedades que não tem personalidade jurídica própria, classificada em: sociedade em comum e sociedade

Leia mais

Direito Civil IV Aula 08. Foed Saliba Smaka Jr. Curso de Direito ISEPE Guaratuba 2015/2

Direito Civil IV Aula 08. Foed Saliba Smaka Jr. Curso de Direito ISEPE Guaratuba 2015/2 Direito Civil IV Aula 08 Foed Saliba Smaka Jr. Curso de Direito ISEPE Guaratuba 2015/2 Revisão Localização do Contrato; Características dos Contratos; Conceito de Contrato; Requisitos de Validade dos Contratos;

Leia mais

Teoria Geral das Obrigações. Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda

Teoria Geral das Obrigações. Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda Teoria Geral das Obrigações Objetivos A presente aula tem por objetivo apresentar a teoria geral das obrigações iniciando-se com um breve relato sobre o Direito das Obrigações, seguindo-se para os elementos

Leia mais

Estabelecimento Empresarial

Estabelecimento Empresarial Estabelecimento Empresarial É a base física da empresa, que consagra um conjunto de bens corpóreos e incorpóreos, constituindo uma universalidade que pode ser objeto de negócios jurídicos. É todo o complexo

Leia mais

a) Liberatória (art. 299 CC) o devedor originário está exonerado do vínculo obrigacional.

a) Liberatória (art. 299 CC) o devedor originário está exonerado do vínculo obrigacional. Turma e Ano: Flex B (2013) Matéria / Aula: Direito Civil / Aula 12 Professor: Rafael da Mota Mendonça Conteúdo: Obrigações: V - Transmissão das Obrigações: 2. Assunção de Dívida. Contratos: Teoria Geral

Leia mais

AULA 08 TEORIA GERAL DOS CONTRATOS

AULA 08 TEORIA GERAL DOS CONTRATOS Profª Helisia Góes Direito Civil III Contratos Turmas 5ºDIV, 5º DIN-1 e 5º DIN-2 DATA: 24/09/09 (5º DIV) e 29/09/09 (5º DIN-1 e 5º DIN-2) CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ AULA 08 TEORIA GERAL DOS CONTRATOS

Leia mais

UMA PROPOSTA DE CLASSIFICAÇÃO PARA AS FORMAS DE EXTINÇÃO DOS CONTRATOS

UMA PROPOSTA DE CLASSIFICAÇÃO PARA AS FORMAS DE EXTINÇÃO DOS CONTRATOS UMA PROPOSTA DE CLASSIFICAÇÃO PARA AS FORMAS DE EXTINÇÃO DOS CONTRATOS Elaborado em 06.2007. Bruna Lyra Duque Advogada e consultora jurídica em Vitória (ES), mestre em Direitos e Garantias Constitucionais

Leia mais

EXERCÍCIO 1. EXERCÍCIO 1 Continuação

EXERCÍCIO 1. EXERCÍCIO 1 Continuação Direito Civil Contratos Aula 1 Exercícios Professora Consuelo Huebra EXERCÍCIO 1 Assinale a opção correta com relação aos contratos. a) O contrato preliminar gera uma obrigação de fazer, no entanto não

Leia mais

Cód. Disciplina Período Créditos Carga Horária. D. 27 5º 04 Semanal Mensal 04 60

Cód. Disciplina Período Créditos Carga Horária. D. 27 5º 04 Semanal Mensal 04 60 e Cód. Disciplina Período Créditos Carga Horária D. 27 5º 04 Semanal Mensal 04 60 Nome da Disciplina DIREITO CIVIL III Curso DIREITO D- 19 DIREITO CIVIL II(MATRIZ 2008/01) D- 21DIREITO CIVIL II(MATRIZ

Leia mais

PLANO DE ENSINO. TEORIA GERAL DO DIREITO PRIVADO - Noturno Código 50010 Créditos: 4 Pré-requisitos --

PLANO DE ENSINO. TEORIA GERAL DO DIREITO PRIVADO - Noturno Código 50010 Créditos: 4 Pré-requisitos -- PLANO DE ENSINO 1. IDENTIFICAÇÃO: Faculdade: FACITEC Curso: DIREITO Disciplina: TEORIA GERAL DO DIREITO PRIVADO - Noturno Código 50010 Créditos: 4 Pré-requisitos -- 2. EMENTA: Princípios fundamentais:

Leia mais

Unidade II. Unidade II

Unidade II. Unidade II Unidade II 3 DIREITO DO TRABALHO 3.1 Conceito de empregador e empregado De acordo com o que estabelece a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva

Leia mais

A Sociologia de Weber

A Sociologia de Weber Material de apoio para Monitoria 1. (UFU 2011) A questão do método nas ciências humanas (também denominadas ciências históricas, ciências sociais, ciências do espírito, ciências da cultura) foi objeto

Leia mais

PLANO DE ENSINO. I Identificação Disciplina Direito Civil III (Contratos I) Carga horária 90 horas/aula Créditos 5 Semestre letivo 4º.

PLANO DE ENSINO. I Identificação Disciplina Direito Civil III (Contratos I) Carga horária 90 horas/aula Créditos 5 Semestre letivo 4º. PLANO DE ENSINO I Identificação Disciplina Direito Civil III (Contratos I) Código PRI0054 Carga horária 90 horas/aula Créditos 5 Semestre letivo 4º II Ementário Teoria geral dos contratos. A formação do

Leia mais

Teoria Geral dos Contratos. Formação dos Contratos. Extinção dos Contratos. Contratos Nominados. Contratos Inominados. Atos Unilaterais de Vontade.

Teoria Geral dos Contratos. Formação dos Contratos. Extinção dos Contratos. Contratos Nominados. Contratos Inominados. Atos Unilaterais de Vontade. 1. IDENTIFICAÇÃO CÓDIGO DA DISCIPLINA: D.27 PERÍODO: 5º PERÍODO CRÉDITO: 04 NOME DA DISCIPLINA: DIREITO CIVIL III NOME DO CURSO: DIREITO 2. EMENTA CARGA HORÁRIA SEMANAL: 04 CARGA HORÁRIA SEMESTRAL: 60

Leia mais

DIREITO CONTRATUAL. Uma proposta de ensino aos acadêmicos de Direito. EDITORA LTr SÃO PAULO. 347.44(81) K39d

DIREITO CONTRATUAL. Uma proposta de ensino aos acadêmicos de Direito. EDITORA LTr SÃO PAULO. 347.44(81) K39d GILBERTO KERBER Professor e advogado. Mestre em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina. Professor do Curso de Graduação e de Pós-Graduação de Direito da Universidade Regional Integrada do

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br Compra e venda com reserva de domínio Raquel Abdo El Assad * Através da compra e venda com reserva de domínio, não se transfere a plena propriedade da coisa ao comprador, pois ao

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br BuscaLegis.ccj.ufsc.Br O Princípio da Legalidade na Administração Pública Heletícia Oliveira* 1. INTRODUÇÃO O presente artigo tem como objeto elucidar, resumidamente, a relação do Princípio da Legalidade

Leia mais

COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO URBANO PROJETO DE LEI Nº 2.658, DE 2003

COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO URBANO PROJETO DE LEI Nº 2.658, DE 2003 COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO URBANO PROJETO DE LEI Nº 2.658, DE 2003 Dispõe sobre a concessão de uso especial para fins de moradia prevista pelo 1º do art. 183 da Constituição Federal e dá outras providências.

Leia mais

CONTRATO DE LOCAÇÃO NÃO RESIDENCIAL

CONTRATO DE LOCAÇÃO NÃO RESIDENCIAL DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS É o ato de vontade que, por se conformar com os mandamentos da lei e a vocação do ordenamento jurídico, confere ao agente os efeitos por ele almejados. ELEMENTOS ESTRUTURAIS I -ESSENCIAIS

Leia mais

A configuração da relação de consumo

A configuração da relação de consumo BuscaLegis.ccj.ufsc.br A configuração da relação de consumo Samuel Borges Gomes 1. Introdução O Código de Defesa do Consumidor (CDC) foi sem dúvida um marco na legislação brasileira no sentido de legitimação

Leia mais

PLANO DE ENSINO. 1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Instituição: Universidade Alto Vale do Rio do Peixe Curso: Direito Professor: Thiara Zen

PLANO DE ENSINO. 1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Instituição: Universidade Alto Vale do Rio do Peixe Curso: Direito Professor: Thiara Zen PLANO DE ENSINO 1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Instituição: Universidade Alto Vale do Rio do Peixe Curso: Direito Professor: Thiara Zen E-MAIL: thiara@uniarp.edu.br Período/ Fase: 5ª Semestre: 2º Ano: 2012

Leia mais

Validade, Vigência, Eficácia e Vigor. 38. Validade, vigência, eficácia, vigor

Validade, Vigência, Eficácia e Vigor. 38. Validade, vigência, eficácia, vigor Validade, Vigência, Eficácia e Vigor 38. Validade, vigência, eficácia, vigor Validade Sob o ponto de vista dogmático, a validade de uma norma significa que ela está integrada ao ordenamento jurídico Ela

Leia mais

ROTEIRO DE ESTUDOS DIREITO DO TRABALHO SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO

ROTEIRO DE ESTUDOS DIREITO DO TRABALHO SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO ROTEIRO DE ESTUDOS DIREITO DO TRABALHO SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO I. EMPREGADOR 1. Conceito A definição celetista de empregador é a seguinte: CLT, art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual

Leia mais

Conteúdo: Fatos Jurídicos: Negócio Jurídico - Classificação; Interpretação; Preservação. - FATOS JURÍDICOS -

Conteúdo: Fatos Jurídicos: Negócio Jurídico - Classificação; Interpretação; Preservação. - FATOS JURÍDICOS - Turma e Ano: Flex A (2014) Matéria / Aula: Civil (Parte Geral) / Aula 11 Professor: Rafael da Motta Mendonça Conteúdo: Fatos Jurídicos: Negócio Jurídico - Classificação; Interpretação; Preservação. - FATOS

Leia mais

CURSO DE DIREITO DA INFORMÁTICA LUIZ MÁRIO MOUTINHO

CURSO DE DIREITO DA INFORMÁTICA LUIZ MÁRIO MOUTINHO 1 CURSO DE DIREITO DA INFORMÁTICA LUIZ MÁRIO MOUTINHO 03/09/2013 2 PROTEÇÃO DO CONSUMIDOR NO COMÉRCIO ELETRÔNICO E AS LIMITAÇÕES DO DECRETO 7.962/2013 3 Conclusões O CDC é mais do que suficiente para a

Leia mais

Ministério da Educação Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências Sociais e Humanas Departamento de Direito PLANO DE ENSINO

Ministério da Educação Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências Sociais e Humanas Departamento de Direito PLANO DE ENSINO Ministério da Educação Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências Sociais e Humanas Departamento de Direito PLANO DE ENSINO 1) IDENTIFICAÇÃO DA DISCIPLINA Disciplina Código JUR 1020 Carga horária

Leia mais

TRABALHOS TÉCNICOS Divisão Jurídica SOCIEDADES SIMPLES E EMPRESARIAS ALGUMAS CONSIDERAÇÕES ATUAIS. Cácito Augusto Advogado

TRABALHOS TÉCNICOS Divisão Jurídica SOCIEDADES SIMPLES E EMPRESARIAS ALGUMAS CONSIDERAÇÕES ATUAIS. Cácito Augusto Advogado TRABALHOS TÉCNICOS Divisão Jurídica SOCIEDADES SIMPLES E EMPRESARIAS ALGUMAS CONSIDERAÇÕES ATUAIS Cácito Augusto Advogado I INTRODUÇÃO Após quatro anos de vigência do Novo Código Civil brasileiro, que

Leia mais

SOCIEDADE LIMITADA. Sociedade Limitada. I - responsável integralmente e ilimitadamente pelas dívidas assumidas em seu próprio nome

SOCIEDADE LIMITADA. Sociedade Limitada. I - responsável integralmente e ilimitadamente pelas dívidas assumidas em seu próprio nome Sociedade Limitada I - responsável integralmente e ilimitadamente pelas dívidas assumidas em seu próprio nome II a limitação refere-se aos sócios 2. Responsabilidade dos Sócios I - Decreto 3.708/19 (sociedade

Leia mais

PROJETO DE PESQUISA. Faculdade de Direito de Campos. Direito Civil. Contratos. Fiança no Contrato de Locação Urbana

PROJETO DE PESQUISA. Faculdade de Direito de Campos. Direito Civil. Contratos. Fiança no Contrato de Locação Urbana PROJETO DE PESQUISA Faculdade de Direito de Campos Direito Civil Contratos Fiança no Contrato de Locação Urbana Ana Luiza P. Machado Bárbara Tavares Caldas Fábia Santos Pereira Campos, 2006 ASSUNTO: Direito

Leia mais

Provas escritas individuais ou provas escritas individuais e trabalho(s)

Provas escritas individuais ou provas escritas individuais e trabalho(s) Programa de DIREITO CIVIL III 5º período: 4h/s Aula: Teórica EMENTA Concepção histórica dos contratos: do início dos tempos até os dias atuais. Visão estrutural do contrato. Princípios fundamentais do

Leia mais

EMPRÉSTIMO. 1. Referência legal do assunto. Arts. 579 a 592 do CC. 2. Conceito de empréstimo

EMPRÉSTIMO. 1. Referência legal do assunto. Arts. 579 a 592 do CC. 2. Conceito de empréstimo 1. Referência legal do assunto Arts. 579 a 592 do CC. 2. Conceito de empréstimo EMPRÉSTIMO Negócio jurídico pelo qual uma pessoa entrega uma coisa a outra, de forma gratuita, obrigando-se esta a devolver

Leia mais

Nota Técnica nº. 003/2015/GECOG Vitória, 02 de setembro de 2015.

Nota Técnica nº. 003/2015/GECOG Vitória, 02 de setembro de 2015. Nota Técnica nº. 003/2015/GECOG Vitória, 02 de setembro de 2015. Assunto: Orientações sobre o controle de obrigações contratuais no SIGEFES a partir de 10 de setembro de 2015. 1. Com base no art. 105 da

Leia mais

A expressão contrato individual de trabalho tem o mesmo significado das expressões contrato de trabalho e contrato de emprego.

A expressão contrato individual de trabalho tem o mesmo significado das expressões contrato de trabalho e contrato de emprego. 1 Aula 02 1 Contrato individual de trabalho A expressão contrato individual de trabalho tem o mesmo significado das expressões contrato de trabalho e contrato de emprego. 1.1 Conceito O art. 442, caput,

Leia mais

Parecer Consultoria Tributária Segmentos Controle de Ponto do Trabalhador terceirizado

Parecer Consultoria Tributária Segmentos Controle de Ponto do Trabalhador terceirizado Controle de Ponto do Trabalhador terceirizado 13/11/2013 Sumário Título do documento 1. Questão... 3 2. Normas apresentadas pelo cliente... 3 3. Análise da Legislação... 3 4. Conclusão... 5 5. Informações

Leia mais

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre Brasil University of New South Wales Sydney Austrália Universidade do Povo Macau - China

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre Brasil University of New South Wales Sydney Austrália Universidade do Povo Macau - China 25. CONVENÇÃO SOBRE A LEI APLICÁVEL PARA REGIMES DE BENS MATRIMONIAIS (celebrada em 14 de março de 1978) Os Estados signatários da presente Convenção, Desejando estabelecer previsões comuns concernente

Leia mais

1. Compra e Venda Mercantil (art. 481/504 CC) 1. Origem histórica da compra e venda

1. Compra e Venda Mercantil (art. 481/504 CC) 1. Origem histórica da compra e venda 1. Compra e Venda Mercantil (art. 481/504 CC) 1. Origem histórica da compra e venda A compra e venda é o mais importante de todos os contratos, tendo em vista que é pela compra e venda que se dá a circulação

Leia mais

Lei 11.795/08 A NOVA LEI DE CONSÓRCIOS. Juliana Pereira Soares

Lei 11.795/08 A NOVA LEI DE CONSÓRCIOS. Juliana Pereira Soares Lei 11.795/08 A NOVA LEI DE CONSÓRCIOS Art. 2º da Lei 11.795/08: Consórcio é a reunião de pessoas naturais e jurídicas em grupo, com prazo de duração e número de cotas previamente determinados, promovida

Leia mais

EFICÁCIA E APLICAÇÃO DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS

EFICÁCIA E APLICAÇÃO DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS EFICÁCIA E APLICAÇÃO DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS 1 Eficácia é o poder que tem as normas e os atos jurídicos para a conseqüente produção de seus efeitos jurídicos próprios. No sábio entendimento do mestre

Leia mais

RECURSOS HUMANOS MÓDULO PRÁTICA TRABALHISTA I

RECURSOS HUMANOS MÓDULO PRÁTICA TRABALHISTA I MÓDULO I ÍNDICE OBJETIVO METODOLOGIA BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA CURRICULUM RESUNIDO DO PROFESSOR CAPÍTULO 1 DIREITO DO TRABALHO Conceitos, Fontes e Convenções...4 Jornada de Trabalho...8 CAPÍTULO 2 REMUNERAÇÃO

Leia mais

PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE A CONTABILIDADE PÚBLICA E A CONTABILIDADE GERAL

PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE A CONTABILIDADE PÚBLICA E A CONTABILIDADE GERAL PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE A CONTABILIDADE PÚBLICA E A CONTABILIDADE GERAL Aspectos Contabilidade Pública Contabilidade Geral Legislação Lei nº 4.320/64 Lei nº 6.404/76 Princípios PFC e Princípios PFC

Leia mais

TEORIA DO ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL

TEORIA DO ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL TEORIA DO ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL Prof. MSc. Wilson Alberto Zappa Hoog i Resumo: Apresentamos uma breve análise sobre a teoria do estabelecimento empresarial, considerando o seu teorema e axiomas,

Leia mais

A teoria do direito empresarial se subdivide em três:

A teoria do direito empresarial se subdivide em três: TEORIAS DO DIREITO EMPRESARIAL A teoria do direito empresarial se subdivide em três: TEORIA SUBJETIVA o direito comercial se caracterizava por dois fatores: RAMO ASSECURATÓRIO DE PRIVILÉGIOS À CLASSE BURGUESA,

Leia mais

www.brunoklippel.com.br QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO DO TRABALHO PARTE 1 PRINCÍPIOS.

www.brunoklippel.com.br QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO DO TRABALHO PARTE 1 PRINCÍPIOS. www.brunoklippel.com.br QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO DO TRABALHO PARTE 1 PRINCÍPIOS. 1. MEUS CURSOS NO ESTRATÉGIA CONCURSOS: Estão disponíveis no site do Estratégia Concursos (www.estrategiaconcursos.com.br),

Leia mais

Contratos financeiros

Contratos financeiros Contratos financeiros Dos vários contratos financeiros existentes, dois merecem especial destaque: o leasing e o factoring. LEASING OU LOCAÇÃO FINANCEIRA O leasing, ou a locação financeira, é o contrato

Leia mais

PRINCIPAIS CLASSIFICAÇÕES DOS ALIMENTOS

PRINCIPAIS CLASSIFICAÇÕES DOS ALIMENTOS PRINCIPAIS CLASSIFICAÇÕES DOS ALIMENTOS 1. Quanto à fonte: a) Alimentos legais: fixados pela lei, fundamentados no direito de família, decorrentes do casamento, ou união estável ou da relação de parentesco

Leia mais

Ministério da Educação Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências Sociais e Humanas Departamento de Direito PLANO DE ENSINO

Ministério da Educação Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências Sociais e Humanas Departamento de Direito PLANO DE ENSINO Ministério da Educação Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências Sociais e Humanas Departamento de Direito PLANO DE ENSINO 1) IDENTIFICAÇÃO DA DISCIPLINA Disciplina Contratos Civil em Espécie

Leia mais

Março/2011. Prof a. Mestre Helisia Góes

Março/2011. Prof a. Mestre Helisia Góes DIREITO CIVIL III - CONTRATOS TEORIA GERAL DOS CONTRATOS Extinção dos Contratos (Desfazimento da Relação Contratual) Março/2011 Prof a. Mestre Helisia Góes TRANSITORIEDADE CONTRATO EXTINÇÃO como toda obrigação,

Leia mais

PROJETO DE PESQUISA. Antonio Joaquim Severino 1. Um projeto de bem elaborado desempenha várias funções:

PROJETO DE PESQUISA. Antonio Joaquim Severino 1. Um projeto de bem elaborado desempenha várias funções: PROJETO DE PESQUISA Antonio Joaquim Severino 1 Um projeto de bem elaborado desempenha várias funções: 1. Define e planeja para o próprio orientando o caminho a ser seguido no desenvolvimento do trabalho

Leia mais

Esta proposta altera parcialmente o Plano original de recuperação judicial, apresentado em março de 2015, após negociações com credores.

Esta proposta altera parcialmente o Plano original de recuperação judicial, apresentado em março de 2015, após negociações com credores. MODIFICAÇÕES AO PLANO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL PROPOSTAS PELOS CREDORES PARA SEREM APRESENTADAS NO PROSSEGUIMENTO DA ASSEMBLEIA GERAL DE CREDORES DESIGNADA PARA O DIA 19/11/2015 Esta proposta altera parcialmente

Leia mais

Em regra, todos os créditos podem ser cedidos (art. 286 CC) a) Créditos de natureza personalíssima;

Em regra, todos os créditos podem ser cedidos (art. 286 CC) a) Créditos de natureza personalíssima; Turma e Ano: Flex B (2013) Matéria / Aula: Direito Civil / Aula 11 Professor: Rafael da Mota Mendonça Conteúdo: V- Transmissão das Obrigações: 1. Cessão de Crédito. V - Transmissão das Obrigações: 1. CESSÃO

Leia mais

Felipe Galesco São Paulo: 2012 www.galesco.com.br

Felipe Galesco São Paulo: 2012 www.galesco.com.br O suicídio é coberto ou não pelo seguro de vida dentro do período de carência? Felipe Galesco São Paulo: 2012 www.galesco.com.br Para responder esta pergunta, vamos entender qual a sistemática do Código

Leia mais

OBRIGAÇÃO ALIMENTAR E POSSIBILIDADE DE RESTITUIÇÃO Dos ALIMENTOS PAGOS INDEVIDAMENTE

OBRIGAÇÃO ALIMENTAR E POSSIBILIDADE DE RESTITUIÇÃO Dos ALIMENTOS PAGOS INDEVIDAMENTE OBRIGAÇÃO ALIMENTAR E POSSIBILIDADE DE RESTITUIÇÃO Dos ALIMENTOS PAGOS INDEVIDAMENTE MARCELO CERQUElRA Advogado CONCEITO DE ALIMENTOS Tratando da conceituação de alimentos, a doutrina, de um modo geral,

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br Breves considerações tributárias quanto a atividade de empresário (antiga firma individual) na atividade de representação comercial Juliano César Borges de Vito* Um dos fatores preponderantes

Leia mais

Trabalho suplementar e Banco de horas

Trabalho suplementar e Banco de horas Trabalho suplementar e Banco de horas INTRODUÇÃO Sem grandes considerações jurídicas acerca do Direito do Trabalho, é consabido que esta é uma área que se encontra muito próxima do indivíduo, desenvolvendo-se,

Leia mais

obrigada relação jurídica

obrigada relação jurídica DIREITO DAS OBRIGAÇÕES CONCEITO Conjunto de normas e princípios jurídicos reguladores das relações patrimoniais entre um credor (sujeito ativo) e devedor (sujeito passivo) a quem incumbe o dever de cumprir,

Leia mais

PLANOS DE CONTINGÊNCIAS

PLANOS DE CONTINGÊNCIAS PLANOS DE CONTINGÊNCIAS ARAÚJO GOMES Capitão SC PMSC ARAÚJO GOMES defesacivilgomes@yahoo.com.br PLANO DE CONTINGÊNCIA O planejamento para emergências é complexo por suas características intrínsecas. Como

Leia mais

AULA 06 DA ADOÇÃO (ART. 1618 A 1629 CC)

AULA 06 DA ADOÇÃO (ART. 1618 A 1629 CC) AULA 06 DA ADOÇÃO (ART. 1618 A 1629 CC) DO CONCEITO A ADOÇÃO É UM ATO JURÍDICO EM SENTIDO ESTRITO, CUJA EFICACIA É DEPENDENTE DA AUTORIZAÇÃO JUDICIAL. NESSE CASO, CRIA UM VÍNCULO FICTÍCIO DE PATERNIDADE-

Leia mais

Aluguel O que é preciso saber sobre aluguel Residencial

Aluguel O que é preciso saber sobre aluguel Residencial Aluguel O que é preciso saber sobre aluguel Residencial Ao alugar um imóvel é necessário documentar a negociação por meio de um contrato, de preferência, escrito. O inquilino deve ler atentamente todas

Leia mais

A TRANSFORMAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES EM FUNDAÇÕES Kelly Schmitz * RESUMO

A TRANSFORMAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES EM FUNDAÇÕES Kelly Schmitz * RESUMO A TRANSFORMAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES EM FUNDAÇÕES Kelly Schmitz * RESUMO A pessoa jurídica de direito público está exposta na parte geral do Novo Código Civil, que entrou em vigor em janeiro de 2002. As pessoas

Leia mais

COMPANHIA PROVIDÊNCIA INDÚSTRIA E COMÉRCIO Companhia Aberta. CNPJ/MF n. 76.500.180/0001-32 NIRE 41.3.000.5081-3

COMPANHIA PROVIDÊNCIA INDÚSTRIA E COMÉRCIO Companhia Aberta. CNPJ/MF n. 76.500.180/0001-32 NIRE 41.3.000.5081-3 COMPANHIA PROVIDÊNCIA INDÚSTRIA E COMÉRCIO Companhia Aberta CNPJ/MF n. 76.500.180/0001-32 NIRE 41.3.000.5081-3 PLANO DE OPÇÕES DE COMPRA DE AÇÕES DA COMPANHIA CAPÍTULO I OBJETIVOS DO PLANO Cláusula 1.ª

Leia mais

Grandes Dicotomias (b)

Grandes Dicotomias (b) Grandes Dicotomias (b) 27. Direito Objetivo x Subjetivo definições e fundamentos 28. Direito Objetivo x Subjetivo estrutura do direito subjetivo Grandes Dicotomias (b) Direito objetivo e direito subjetivo

Leia mais

DIREITO CIVIL Espécies de Contratos

DIREITO CIVIL Espécies de Contratos DIREITO CIVIL Espécies de Contratos Espécies de Contratos a serem estudadas: 1) Compra e venda e contrato estimatório; 2) Doação; 3) Depósito; 4) Mandato; 5) Seguro; 6) Fiança; 7) Empréstimo (mútuo e comodato);

Leia mais

Controladoria MANUAL DO Estratégica

Controladoria MANUAL DO Estratégica Controladoria MANUAL DO Estratégica ALUNO 2010 Universidade Cruzeiro do Sul www.cruzeirodosul.edu.br Unidade: Planejamento Tributário (Parte I) MATERIAL TEÓRICO Responsável pelo Conteúdo: Prof. Esp. Daniel

Leia mais

7. Tópicos Especiais em Responsabilidade Civil. Tópicos Especiais em Direito Civil

7. Tópicos Especiais em Responsabilidade Civil. Tópicos Especiais em Direito Civil 7. Tópicos Especiais em Responsabilidade Civil Tópicos Especiais em Direito Civil Introdução A Responsabilidade Civil surge em face de um descumprimento obrigacional pela desobediência de uma regra estabelecida

Leia mais

Gestão de Contratos. Noções

Gestão de Contratos. Noções Gestão de Contratos Noções Contrato - Conceito Contrato é todo acordo de vontades, celebrado para criar, modificar ou extinguir direitos e obrigações de índole patrimonial entre as partes (Direito Civil).

Leia mais

INSTITUIÇÕES DE DIREITO PUBLICO E PRIVADO MÓDULO 11 INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES

INSTITUIÇÕES DE DIREITO PUBLICO E PRIVADO MÓDULO 11 INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES INSTITUIÇÕES DE DIREITO PUBLICO E PRIVADO MÓDULO 11 INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES Índice 1. Inadimplemento das Obrigações...4 1.1. Mora... 4 1.2. Das Perdas e Danos... 4 1.3. Juros moratórios ou juros

Leia mais

DIREITO ADMINISTRATIVO

DIREITO ADMINISTRATIVO DIREITO ADMINISTRATIVO RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO Atualizado até 13/10/2015 RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO NOÇÕES INTRODUTÓRIAS Quando se fala em responsabilidade, quer-se dizer que alguém deverá

Leia mais

CONFEDERAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES COMERCIAIS E EMPRESARIAIS DO BRASIL - CACB

CONFEDERAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES COMERCIAIS E EMPRESARIAIS DO BRASIL - CACB CONFEDERAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES COMERCIAIS E EMPRESARIAIS DO BRASIL - CACB OS LIMITES DA AUTONOMIA DA VONTADE KÉLVIN WESLER SANTANA BAUER Primavera do Leste/MT 2014/1 SUMÁRIO INTRODUÇÃO... 04 2 SOCIEDADE,

Leia mais

2ª Fase Direito Civil

2ª Fase Direito Civil 2ª Fase Direito Civil Professor Fabio Alves fabio@ferreiraecamposadv.com CONTRATOS E CDC PRINCÍPIOS AUTONOMIA DA VONTADE PACTA SUNT SERVANDA BOA-FÉ OBJETIVA 1 Formação dos contratos Proposta e Aceitação

Leia mais

FACULDADE DE DIREITO DE FRANCA PLANO DE ENSINO - 2016

FACULDADE DE DIREITO DE FRANCA PLANO DE ENSINO - 2016 FACULDADE DE DIREITO DE FRANCA PLANO DE ENSINO - 2016 1. INFORMAÇÕES GERAIS PROFESSOR: Lislene Ledier Aylon DEPARTAMENTO: Direito Privado DISCIPLINA: Direito Civil III - Contratos SÉRIE: 3º. Ano TURMAS:

Leia mais

18. Convenção sobre o Reconhecimento dos Divórcios e das Separações de Pessoas

18. Convenção sobre o Reconhecimento dos Divórcios e das Separações de Pessoas 18. Convenção sobre o Reconhecimento dos Divórcios e das Separações de Pessoas Os Estados signatários da presente Convenção, Desejando facilitar o reconhecimento de divórcios e separações de pessoas obtidos

Leia mais

EDUARDO RAFAEL WICHINHEVSKI A APLICAÇÃO DOS PRINCÍPIOS DA UNIVERSALIDADE E DA PRECEDÊNCIA DA FONTE DE CUSTEIO NA SEGURIDADE SOCIAL

EDUARDO RAFAEL WICHINHEVSKI A APLICAÇÃO DOS PRINCÍPIOS DA UNIVERSALIDADE E DA PRECEDÊNCIA DA FONTE DE CUSTEIO NA SEGURIDADE SOCIAL EDUARDO RAFAEL WICHINHEVSKI A APLICAÇÃO DOS PRINCÍPIOS DA UNIVERSALIDADE E DA PRECEDÊNCIA DA FONTE DE CUSTEIO NA SEGURIDADE SOCIAL CURITIBA 2013 2 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO... 3 2UNIVERSALIDADE DE COBERTURA

Leia mais

Maratona Fiscal ISS Direito tributário

Maratona Fiscal ISS Direito tributário Maratona Fiscal ISS Direito tributário 1. São tributos de competência municipal: (A) imposto sobre a transmissão causa mortis de bens imóveis, imposto sobre a prestação de serviço de comunicação e imposto

Leia mais

Contrato de Corretagem. Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda

Contrato de Corretagem. Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda Contrato de Corretagem Corretagem O vocábulo "corretor", vem do verbo correr, em seu significado semântico quer dizer: O que anda, procura, agencia negócios comerciais ou civis, serve de intermediário

Leia mais

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre Brasil University of New South Wales Sydney Austrália Universidade do Povo Macau - China

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre Brasil University of New South Wales Sydney Austrália Universidade do Povo Macau - China CONVENÇÃO SOBRE A LEI APLICÁVEL AOS CONTRATOS DE COMPRA E VENDA INTERNACIONAL DE MERCADORIAS (Concluída em 22 de dezembro de 1986) Os Estados-Partes da presente Convenção, Desejando unificar as regras

Leia mais

FADI - SOROCABA DIREITO CIVIL III CONTRATOS PRIMEIRO SEMESTRE

FADI - SOROCABA DIREITO CIVIL III CONTRATOS PRIMEIRO SEMESTRE FADI - SOROCABA DIREITO CIVIL III CONTRATOS PRIMEIRO SEMESTRE 18/05/12 A-) GESTÃO DE NEGÓCIOS: - Noção: é a intervenção não autorizada de uma pessoa, denominada gestor, na condução dos negócios de outra,

Leia mais

Lição 15. Locação Locação de coisas

Lição 15. Locação Locação de coisas Lição 15. Locação No direito romano, a locação se dividia em locação de coisas e locação de serviços (trabalho). O CC/16 apresentava o contrato de prestação de serviços como locação de serviços. O CC/02

Leia mais

PROGRAMA DE DISCIPLINA

PROGRAMA DE DISCIPLINA Faculdade Anísio Teixeira de Feira de Santana Autorizada pela Portaria Ministerial nº 552 de 22 de março de 2001 e publicada no Diário Oficial da União de 26 de março de 2001. Endereço: Rua Juracy Magalhães,

Leia mais

COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL. MENSAGEM N o 479, DE 2008

COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL. MENSAGEM N o 479, DE 2008 COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL MENSAGEM N o 479, DE 2008 Submete à consideração do Congresso Nacional o texto do Tratado de Extradição entre a República Federativa do Brasil e o Governo

Leia mais

ROTEIRO DE ESTUDOS DIREITO DO TRABALHO TERCEIRIZAÇÃO

ROTEIRO DE ESTUDOS DIREITO DO TRABALHO TERCEIRIZAÇÃO ROTEIRO DE ESTUDOS DIREITO DO TRABALHO TERCEIRIZAÇÃO Estudamos até o momento os casos em que há vínculo empregatício (relação bilateral, nas figuras de empregado e empregador) e, também, casos em que existe

Leia mais

REGIME DE BENS NO NOVO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO

REGIME DE BENS NO NOVO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO 1 REGIME DE BENS NO NOVO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO Cleiton Graciano dos Santos 1 RESUMO: Este artigo trata sobre o Regime de Bens no novo Código Civil brasileiro, apresentando os principais aspectos do assunto,

Leia mais

Os aspectos da Lei de Proteção de Dados Pessoais

Os aspectos da Lei de Proteção de Dados Pessoais Os aspectos da Lei de Proteção de Dados Pessoais PL n. 4060/2012 Veridiana Alimonti Coletivo Intervozes 25 de agosto de 2015 2 Nossas ações cotidianas geram ou podem gerar arquivos, registros e bancos

Leia mais

CIRCULAR Nº 3.330. Art. 2º Esta Circular entra em vigor na data de sua publicação. Este texto não substitui o publicado no DOU e no Sisbacen.

CIRCULAR Nº 3.330. Art. 2º Esta Circular entra em vigor na data de sua publicação. Este texto não substitui o publicado no DOU e no Sisbacen. CIRCULAR Nº 3.330 Altera o Regulamento do Mercado de Câmbio e Capitais Internacionais (RMCCI). A Diretoria Colegiada do Banco Central do Brasil, em sessão extraordinária realizada em 27 de outubro de 2006,com

Leia mais

RESUMO. Um problema que esse enfrenta nesta modalidade de obrigação é a escolha do objeto.

RESUMO. Um problema que esse enfrenta nesta modalidade de obrigação é a escolha do objeto. RESUMO I - Obrigações Alternativas São aquelas que têm objeto múltiplo, de maneira que o devedor se exonera cumprindo apenas uma delas. Nasce com objeto múltiplo. Ex.: A se obriga a pagar a B objeto X

Leia mais

Características das Autarquias

Características das Autarquias ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Professor Almir Morgado Administração Indireta: As entidades Administrativas. Autarquias Define-se autarquia como o serviço autônomo criado por lei específica, com personalidade d

Leia mais

ANEXO 5 TERMO DE CONSTITUIÇÃO DE CONSÓRCIO

ANEXO 5 TERMO DE CONSTITUIÇÃO DE CONSÓRCIO ANEXO 5 TERMO DE CONSTITUIÇÃO DE CONSÓRCIO Termo de Constituição de Consórcio 1 As Partes: A empresa (Nome da Empresa)..., com sede na cidade de..., (Endereço)..., com CNPJ n o..., Inscrição Estadual...,

Leia mais

Férias Individuais e Coletivas; Período Aquisitivo e Concessivo; Remuneração; Abono; Efeitos na Rescisão Contratual

Férias Individuais e Coletivas; Período Aquisitivo e Concessivo; Remuneração; Abono; Efeitos na Rescisão Contratual Lição 6. Férias Férias Individuais e Coletivas; Período Aquisitivo e Concessivo; Remuneração; Abono; Efeitos na Rescisão Contratual 6.1. FÉRIAS INDIVIDUAIS: arts. 129 a 138 da CLT. As férias correspondem

Leia mais

a) Verificar o direito real do promitente comprador;

a) Verificar o direito real do promitente comprador; PROMESSA DE COMPRA E VENDA 1 Lindiara Antunes Do Nascimento 2, Carlos Guilherme Probst 3. 1 TRABALHO DE CURSO - TC 2 AUTOR- Aluna do curso de Direito pela UNIJUI 3 COUATOR - Mestre em Educação nas Ciências

Leia mais

Celebrado em Brasília, aos 20 dias do mês de março de 1996, em dois originais, nos idiomas português e alemão, ambos igualmente válidos.

Celebrado em Brasília, aos 20 dias do mês de março de 1996, em dois originais, nos idiomas português e alemão, ambos igualmente válidos. ACORDO-QUADRO ENTRE O GOVERNO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E O GOVERNO DA REPÚBLICA FEDERAL DA ALEMANHA SOBRE COOPERAÇÃO EM PESQUISA CIENTÍFICA E DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO O Governo da República

Leia mais

Provas escritas individuais ou provas escritas individuais e trabalho(s)

Provas escritas individuais ou provas escritas individuais e trabalho(s) Programa de DIREITO CIVIL II 3º período: 80h/a Aula: Teórica EMENTA Direito das obrigações. Obrigação. Obrigações de dar. Obrigações de fazer. Obrigações de não fazer. Obrigações alternativas. Obrigações

Leia mais

Elaboração e Modalidades de contratos

Elaboração e Modalidades de contratos Elaboração e Modalidades de contratos Dra. Sabrina Moreira Batista Advogada especialista em Direito Tributário, sócia do escritório Batista Silva Freire Advogados, Assessora Jurídica do CRN/5 e do Corecon/Ba.

Leia mais

COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO

COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO PROJETO DE LEI N o 3.847, DE 2012 (Apensados os PLs nº 5.158, de 2013, e nº 6.925, de 2013) Institui a obrigatoriedade de as montadoras de veículos,

Leia mais

CONCEITO E EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO ECONÔMICO CONCEITO DE DIREITO ECONÔMICO SUJEITO - OBJETO

CONCEITO E EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO ECONÔMICO CONCEITO DE DIREITO ECONÔMICO SUJEITO - OBJETO CONCEITO E EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO ECONÔMICO CONCEITO DE DIREITO ECONÔMICO SUJEITO - OBJETO CONCEITO DIREITO ECONÔMICO É O RAMO DO DIREITO QUE TEM POR OBJETO A JURIDICIZAÇÃO, OU SEJA, O TRATAMENTO

Leia mais

1. REGISTRO RESTRIÇÕES PARA ATUAR COMO EMPRESÁRIO INDIVIDUAL. Falido:... Estrangeiro:... Médico:... Advogado:... Membros do legislativo:...

1. REGISTRO RESTRIÇÕES PARA ATUAR COMO EMPRESÁRIO INDIVIDUAL. Falido:... Estrangeiro:... Médico:... Advogado:... Membros do legislativo:... 1 DIREITO EMPRESARIAL PONTO 1: Registro PONTO 2: Incapacidade Superveniente PONTO 3: Sociedade Empresária 1. REGISTRO Para fazer o registro, a pessoa deve estar livre de qualquer impedimento ou proibição.

Leia mais