Avaliação Imobiliária: método comparativo de dados do mercado tratamento científico.

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Avaliação Imobiliária: método comparativo de dados do mercado tratamento científico."

Transcrição

1 Avaliação Imobiliária: método comparativo de dados do mercado tratamento científico. Resumo Ademir Roque da Silva e Sá ademirsa@sea.sc.gov.br Avaliações e Perícias da Engenharia Instituto de Pós-Graduação - IPOG Florianópolis 29/09/2012 Toda avaliação imobiliária se baseia em quatro pilares fundamentais: o objetivo da avaliação, os informes sobre o imóvel avaliando, os informes do mercado e o tratamento científico aplicado a esses informes. A metodologia escolhida deve ser compatível com a natureza do bem avaliando, a finalidade da avaliação e os dados de mercado disponíveis. O objetivo deste artigo consiste em abordar as metodologias avaliatórias, normalizadas, de bens imóveis, caracterizar o método comparativo direto de dados de mercado, a partir do tratamento científico, que utiliza-se da inferência estatística, para encontrar um modelo matemático que explique o mercado imobiliário e quais são as análises para validar o modelo obtido. Optou-se pelo método qualitativo de pesquisa, ou seja, exploratória e interpretativa, através de uma extensa pesquisa bibliográfica contemporânea sobre o assunto.para validar o modelo, verifica-se se há outliers, pontos influenciantes, qual é o valor do coeficiente de correlação, do coeficiente de determinação múltipla, do coeficiente de determinação ajustado, da significância global do modelo, da significância individual de cada parâmetro do modelo; se há coerência dos sinais dos regressores do modelo com o mercado imobiliário, se o modelo apresenta homocedasticidade, multicolinearidade, micronumerosidade, linearidade e se linha obtida é aderente ao modelo. Palavras Chave: Avaliações de imóveis; Método comparativo de dados do mercado; Tratamento científico. 1. Introdução Toda avaliação imobiliária se baseia em quatro pilares fundamentais: o objetivo da avaliação, os informes sobre o imóvel avaliando, os informes do mercado e o tratamento científico aplicado a esses informes (GOMIDE, 2008). A avaliação de imóveis é utilizada na grande maioria dos negócios, discussões e pendências interpessoais e sociais em nossas comunidades, tais como na compra ou na venda de casas, lojas comerciais, instalações industriais, aluguéis, na reavaliação de ativos de empresas, em atendimento à legislação vigente, na partilha oriunda de heranças, meações ou divórcios, no lançamento de impostos, nas hipotecas imobiliárias, nas divergências que originam ações demarcatórias, possessórias, nas indenizações, nas desapropriações e servidões, enfim, em um número expressivo de ações oriundas de problemas inerentes aos relacionamentos humanos, onde o valor de um bem assume importância fundamental (NADAL, JULIANO e RATTON, 2003, p. 244). O objetivo principal da Engenharia de Avaliações é a determinação técnica do valor de um bem, dos seus custos, frutos ou direitos sobre ele (DANTAS, 2005). Entre as muitas definições de valor, podemos destacar a de Alfred D. Bernard: valor é a expressão de uma necessidade, de um desejo ou de um capricho (CALDAS apud Berrini, 1946).

2 A palavra valor, quando aplicada à propriedade, traz consigo um sentido de desejo de posse, domínio ou troca de propriedade, medida em real ou em outra unidade monetária (MOREIRA, 2001). O valor que se pretende determinar numa avaliação é o Valor de Mercado, o qual é definido pela Norma Brasileira para Avaliação de Bens NBR : Quantia mais provável pela qual se negociaria voluntariamente e conscientemente um bem, numa data de referência, dentro das condições do mercado vigente. Valor de mercado é o preço justo pago por um imóvel por um comprador desejoso de comprar para um vendedor desejoso de vender, ambos com pleno conhecimento do seu aproveitamento eficiente (THOFEHRN apud TRIVELLONI E HOCHHEIM, 1998, 2010, p. 26). Aproveitamento eficiente é aquele recomendável e tecnicamente possível para o local, numa data de referência, observada a atual e efetiva tendência mercadológica nas circunvizinhanças, entre os diversos usos permitidos pela legislação pertinente (NBR , 2011, item 3.1) O mercado é formado por três componentes: os bens levados a mercado, as partes desejosas em vendê-los e as partes interessadas em adquiri-los. Quando se tratam de bens imóveis, esses três componentes formam o mercado imobiliário (DANTAS, 2005). O segundo pilar, os informes sobre o imóvel, é a inspeção imobiliária visando determinar as particularidades e condições físicas do bem avaliando verificando os aspectos de desempenho, vida útil, segurança, estado de conservação, manutenção, utilização e, também, seus arredores, ou seja, a região onde o avaliando encontra-se inserido, pois é necessário o conhecimento de tudo aquilo que possa interferir no valor do imóvel, tanto interna como externamente. Os informes do mercado, terceiro pilar, conforme Dantas (2005) é a fase em que se investiga o mercado imobiliário, obtendo-se dados e informações que servirão de base para o tratamento estatístico a ser utilizado. Constitui-se na parte mais importante do processo avaliatório. O tratamento científico aplicado aos informes, enquanto quarto pilar da avaliação imobiliária, se traduz pela escolha da metodologia avaliatória normalizada, adequada ao objetivo pretendido. Avaliação é uma aferição de um ou mais fatores econômicos especificamente definidos em relação a propriedades descritas com data determinada, tendo como suporte a análise de dados relevantes (ABUNAHMAN, 2000). Esta pesquisa bibliográfica consiste em abordar as metodologias avaliatórias, normalizadas, de bens imóveis, caracterizar o método comparativo direto de dados de mercado, sucintamente. Dentre as etapas do método, focar o tratamento de dados e, mais precisamente, o tratamento científico, no qual devem ser utilizadas ferramentas da inferência estatística, para encontrar um modelo matemático que explique o mercado imobiliário. A partir do modelo matemático, elaborar as devidas análises para compreender os resultados obtidos e validar o modelo. 2. Metodologias avaliatórias As metodologias normalizadas, em geral, atendem às necessidades do mercado imobiliário tradicional, priorizando os imóveis de utilidade particular, desejabilidade econômica do lucro e temporaneidade conhecida (GOMIDE, 2008).

3 A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), através da NBR , no item 8.2 relaciona e define os métodos para identificar o valor de um bem, de seus frutos e direitos: Método comparativo direto de dados de mercado: Identifica o valor de mercado do bem por meio de tratamento técnico dos atributos dos elementos comparáveis, constituintes da amostra. Método involutivo: Identifica o valor de mercado do bem, alicerçado no seu aproveitamento eficiente, baseado em modelo de estudo de viabilidade técnico-econômica, mediante hipotético empreendimento compatível com as características do bem e com as condições do mercado no qual está inserido, considerando-se cenários viáveis para execução e comercialização do produto. Método evolutivo: Identifica o valor do bem pelo somatório dos valores de seus componentes. Caso a finalidade seja a identificação do valor de mercado, deve ser considerado o fator de comercialização.método da capitalização da renda: Identifica o valor do bem, com base na capitalização presente da sua renda líquida prevista, considerando-se cenários viáveis (grifo do autor). A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), através da NBR , no item 8.3 relaciona e define os métodos para identificar o custo de um bem: Método comparativo direto de custo: Identifica o custo do bem por meio de tratamento técnico dos atributos dos elementos comparáveis, constituintes da amostra. Método da quantificação de custo: Identifica o custo do bem ou de suas partes por meio de orçamentos sintéticos ou analíticos a partir das quantidades de serviços e respectivos custos diretos e indiretos (grifo do autor). A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), através da NBR , no item 8.4 relaciona e define os métodos para identificar indicadores de viabilidade da utilização econômica de um empreendimento: Métodos para identificar indicadores de viabilidade da utilização econômica de um empreendimento: Os procedimentos avaliatórios usuais com a finalidade de determinar indicadores de viabilidade da utilização econômica de um empreendimento são baseados no seu fluxo de caixa projetado, a partir do qual são determinados indicadores de decisão baseados no valor presente líquido, taxas internas de retorno, tempos de retorno, dentre outros (grifo do autor). Conforme a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), através da NBR , no item 7.5 define a escolha da metodologia: A metodologia escolhida deve ser compatível com a natureza do bem avaliando, a finalidade da avaliação e os dados de mercado disponíveis. Para a identificação do valor de mercado, sempre que possível preferir o método comparativo direto de dados de mercado. 3. Método comparativo direto de dados de mercado É o método mais utilizado na avaliação de imóveis urbanos (THOFEHRN, 2010). É aquele em que o valor do bem é estimado através da comparação com dados de mercado assemelhados quanto às características intrínsecas e extrínsecas (DANTAS, 2005), ou seja, imóveis similares que foram comercializados ou encontram-se em oferta. Segundo o mesmo autor, é condição fundamental para aplicação deste método a existência de um conjunto de dados que possa ser tomado estatisticamente como amostra do mercado. O valor do imóvel é obtido pela comparação com um conjunto de dados de mercado (amostra) que possuem atributos mais semelhantes possíveis aos do imóvel avaliando (THOFEHRN, 2010).

4 Em outras palavras, a amostra deve ser representativa, ou seja, ter dados atuais, perfeitamente identificados, aleatórios, de fontes diversas, e possuir as características que exerçam influência na formação dos preços dos imóveis. Portanto, possuir a mesma estrutura ou composição da população Vistoria do bem avaliando O avaliador deverá examinar o imóvel sob dois aspectos: o seu terreno e suas benfeitorias (MOREIRA, 2001). Para se avaliar é preciso conhecer. Para conhecer é necessário vistoriar. A vistoria é, portanto, um exame cuidadoso de tudo aquilo que possa interferir no valor de um bem, tanto interna como externamente (DANTAS, 2005). Segundo o mesmo autor, nesta etapa deve-se vistoriar não apenas o bem avaliado, mas também a região envolvente, com o objetivo de conhecer detalhadamente as suas características físicas, locacionais, tendências mercadológicas, vocação etc., quando se formam as primeiras concepções acerca das possíveis variáveis influenciantes na formação dos preços (DANTAS, 2005, p.16) Identificação das variáveis influenciantes De acordo com Dantas (2005), as possíveis variáveis influenciantes são estabelecidas a priori, com base em teorias existentes, conhecimentos adquiridos em trabalhos anteriores etc. Contudo, no decorrer dos trabalhos, outras variáveis podem se revelar como importantes Pesquisa de dados de mercado Os imóveis possuem um comportamento diferenciado economicamente de outros bens, por causa dos efeitos de seus atributos especiais, especialmente o custo elevado, a heterogeneidade, a imobilidade e a durabilidade. Por outro lado, o mercado é atomizado, contando com a participação simultânea de muitos agentes, não coordenados. A combinação destes elementos permite explicar grande parcela das variações de preços. São bens heterogêneos por natureza, pois cada imóvel possui quantidades diferentes de cada um dos atributos valorizados pelo mercado. Por isso, são chamados de bens compostos, e a comparação entre eles exige a ponderação dos vários atributos de interesse (GONZÁLES apud Balchin e Kieve, 1986; Robinson, 1979, 2000, p. 65). Conforme Moreira (2001) nesse momento o avaliador deverá se tornar num verdadeiro detetive que terá de satisfazer o máximo de informações analógicas para sustentação da sua avaliação. O avaliador deve perceber que o assunto pesquisa encontra-se intimamente ligado à realidade do mercado imobiliário local. Para tanto, deve percorrer a região geoeconômica na qual está inserido o imóvel avaliando no intuito de pesquisar e coletar os necessários elementos comparativos.[...] Premissas básicas: a pesquisa dever ser contemporânea à data da avaliação e contemplar imóveis semelhantes (D Amato, 2009, p. 78). Os dados e informações que interessam, basicamente, ao avaliador: a respeito de preços de imóveis em oferta à época da pesquisa ou negociações efetivamente realizadas, com suas principais características físicas, locacionais e econômicas, bem como a perfeita identificação das fontes consultadas. [...] As fontes utilizadas são principalmente: Cartórios de Notas e de Registro Geral de Imóveis; empresas imobiliárias; corretores especializados; anúncios de jornais; banco de dados existentes; visita ao campo;

5 construtores/incorporadores; compradores/vendedores; investidores; bancos oficiais; bancos de crédito imobiliários, prefeituras, companhias de habitação, órgãos de planejamento urbano, etc (DANTAS, 2005, p.59). O mercado imobiliário pode ser dividido em segmentos, como o mercado de apartamentos, casas, lojas, escritórios, andar corrido, terrenos e glebas (urbanas ou rurais), armazéns, vagas de garagem, etc. Outra divisão é a do mercado para compra e venda ou para locação (Gonzalez, 2003) Tratamento dos dados Neste momento, o avaliador, conforme definição do próprio método, deve tratar tecnicamente os atributos dos elementos comparáveis, constituintes da amostra. Após a coleta dos elementos que servirão de base para a avaliação, o avaliador geralmente está diante de uma amostra formada por imóveis com características heterogêneas entre si e em ralação ao bem avaliando, tornando-se imprescindível o tratamento dos dados coletados, quando podem ser utilizados, alternativamente e em função da qualidade e da quantidade de dados e informações disponíveis: tratamento científico ou tratamento por fatores (DANTAS, 2005, p.17). No tratamento por fatores, as discrepâncias existentes entre os dados de mercado e o imóvel avaliando são homogeneizadas por fatores devidamente fundamentados e, a seguir, é feita a análise estatística dos resultados homogeneizados (THOFEHRN, 2010). O tratamento por fatores é utilizado em situações em que a quantidade de dados da amostra (pequena amostra) não permite a utilização de tratamentos dos dados por inferência estatística. No tratamento científico devem ser utilizadas ferramentas da inferência estatística, na busca de modelos explicativos de mercado imobiliário (DANTAS, 2005). O tratamento científico serve para estimar o valor de mercado do imóvel, e fundamenta-se na metodologia inferencial, que consiste na dedução de expressão algébrica que confirme a formação de valor de mercado para o imóvel avaliando (ABUNAHMAN, 2008). 4. Inferência Estatística O seu objetivo é estimar as características da população (parâmetros) a partir do conhecimento das características de uma amostra dela extraída (estatísticas) (DANTAS, 2005). Envolve a formulação de certos julgamentos (ou conclusões) sobre um todo, após examinar apenas uma parte ou amostra dele. Para que a inferência estatística seja válida, a amostra deve ser representativa da população, e a probabilidade do erro, ser especificada (RADEGAZ, 2011). Inferir significa concluir. Assim, inferir estatisticamente significa tirar conclusões com base em medidas estatísticas. Em Engenharia de Avaliações o que se pretende é explicar o comportamento do mercado que se analisa, com base em alguns dados levantados no mesmo. Neste caso a inferência estatística é fundamental para solucionar a questão, pois conhecendo-se apenas uma parte do mercado pode-se concluir sobre o seu comportamento, com determinado grau de confiança (DANTAS, 2005, p.69). O objetivo da inferência por meio da análise de regressão é encontrar uma função linear que permita compreender a relação entre os elementos, além de estimar uma variável em função de uma ou mais variáveis (RADEGAZ, 2011).

6 A regressão é um processo desenvolvido na análise estatística para se conhecer o valor de uma variável desconhecida a partir dos valores conhecidos de outras variáveis; quando o valor da variável desconhecida é obtido a partir do valor de somente uma variável conhecida e entre elas há uma relação linear, chama-se regressão linear simples; quando essa relação não é linear, chama-se regressão não -linear (parabólica, hiperbólica etc.); quando o valor da variável desconhecida é dependente dos valores de mais de uma variável conhecida, chama-se de regressão múltipla (MOREIRA, 2001, p. 175). Os coeficientes da equação de regressão geralmente são estimados através do Método dos Mínimos Quadrados, que minimiza a soma dos quadrados dos resíduos (GONZÁLES, 2000). A inferência estatística exige muita experiência em avaliação de imóveis porque a ausência de variáveis importantes ou a inclusão de variáveis inadequadas pode conduzir a erros gravíssimos (THOFEHRN apud FIKER, 2005, 2010, p. 79). 5. Modelagem Modelo é uma estruturação simplificada da realidade que supostamente apresenta, de forma generalizada, características ou relações importantes (HAGGETT e CHORLEY, 1975). Segundo Stockburger (2004), um modelo é uma representação da estrutura essencial de algum objeto, fenômeno ou evento, no mundo real (MINSK apud PEREIRA 2006). Os modelos de avaliação de imóveis têm dificuldades na determinação das variáveis que influenciam no seu valor, sendo que para obter precisão na avaliação muitos fatores devem ser considerados, mas nem sempre é possível chegar a um modelo único que represente a realidade do mercado. As variáveis que influenciam o valor de uma amostra podem não ser as mesmas que para outra, inclusive localizada na mesma região. Em muitos casos é necessário excluir elementos da amostra, por serem muito diferente dos demais e por influenciarem fortemente nos valores gerais da equação de regressão (ROCHA apud TRIVELLONI e HOCHHEIM (1998), 2005, p.11). Na prática trabalha-se com modelos lineares ou linearizáveis, por facilidades no cálculo das estimativas das médias e facilidades de interpretação. Os modelos linearizáveis são aqueles que podem ser transformados em lineares pela simples transformação nas escalas das variáveis envolvidas (DANTAS, 2005:67). Na maioria das situações, o Engenheiro de Avaliações vai observar que são diversas as variáveis que influenciam na formação do valor de mercado de um imóvel. Assim, o profissional deve procurar identificar estas variáveis e encontrar o modelo explicativo do valor através das regressões múltiplas (MENDONÇA et al., 1998, p.56). O modelo de regressão linear múltipla deve ser adotado quando mais de uma variável independente é necessária para explicar a variabilidade dos preços praticados no mercado (DANTAS, 2005). Uma linha de regressão, também chamada de linha de melhor ajuste, conforme mostra a Figura 1, é a linha para qual a soma dos quadrados dos resíduos é um mínimo e sua equação pode ser usada para prever os valores de y para um dado valor de x (LARSON, 2010).

7 Figura 1 Modelo Reta de Regressão linear simples: variável dependente y e independente x Conforme Larson (2009) uma equação de regressão múltipla tem a forma: ŷ = b o + b 1 x 1 + b 2 x 2 + b 3 x b k x k x 1, x 2, x 3,, x k são variáveis independentes. b 1, b 2, b 3,, b k determinam a contribuição da variável independente x i. b o é a interseção y. ŷ é a variável dependente. Na modelagem, devem ser expostas as hipóteses relativas aos comportamentos das variáveis dependentes e independentes, com base no conhecimento que o engenheiro de avaliações tem a respeito do mercado, quando serão formuladas as hipóteses nulas e alternativas para cada parâmetro. (NBR :2004, Anexo A) O analista deve estipular modelos com as hipóteses de relacionamento entre as variáveis, que devem ser testadas pelos critérios estatísticos, verificando-se a validade destas hipóteses, ou seja, se os modelos são capazes de representar o segmento de mercado em questão. Para tanto, devem ser coletados dados de transações (evidências do mercado), analisando-se o ajuste dos modelos considerados a estes dados, dentro de um determinado grau de precisão. Os testes estatísticos permitem avaliar o próprio modelo e a importância individual das variáveis incluídas, indicando a qualidade geral do modelo formulado (GONZÁLES, 2000, p.68). Após a sumarização dos dados, parte o avaliador em busca de modelos explicativos do mercado, utilizando técnicas da inferência estatística. Na realidade, estes modelos são uma representação simplificada do mercado, uma vez que não levam em conta todas as suas informações (população), mas é construído considerando-se apenas uma parte do mesmo (amostra) por isso precisa de cuidados científicos na sua elaboração, para fornecer respostas confiáveis (DANTAS, 2005:64). A transformação logarítmica é a preferida quando se procura ajustar modelos a dados de valores imobiliários. É bastante coerente a sua utilização uma vez que as variáveis explicadas possuindo valores no campo dos reais positivos garante que o campo de variação dos valores ajustados correspondentes também serão reais positivos. Outro aspecto importante é que a transformação logarítmica na variável explicada torna o modelo multiplicativo, característica esta sugerida pelas próprias normas brasileiras que versam sobre avaliações, bem como pode estabilizar a variância do modelo (DANTAS, 2005:143). Conforme o mesmo autor, durante a modelagem muitas etapas de análise são necessárias, tais como a verificação de: dados atípicos, variáveis pouco significativas, tendências, pressupostos sobre os erros aleatórios etc. O processo de análise de regressão exige o respeito aos chamados pressupostos básicos, e ainda a outras condições relacionadas, que precisam ser atendidos para que a análise seja

8 válida, e possam ser realizadas inferências (previsões) com a equação determinada (González, 1997; Maddala, 1988, Ramanathan, 1998). Para que os modelos sejam considerados aptos, deve-se garantir que:1) Há homocedasticidade dos resíduos (a variância é constante); 2) Existe independência serial dos resíduos (não há autocorrelação); 3) Os resíduos seguem a distribuição Normal; 4) A relação entre as variáveis independentes e a variável dependente é linear; 5) Não há colinearidade perfeita entre quaisquer variáveis independentes; Além destes, o modelo deve ainda atender a outros requisitos, em parte decorrentes dos próprios pressupostos básicos: 6) As variáveis importantes foram incluídas (o modelo especificado é similar ao real); 7) Não existem observações espúrias (elementos claramente não adaptados ao modelo, chamados de outliers); 8) As variáveis independentes não são aleatórias (somente a variável dependente pode ser estocástica); 9) Os resíduos têm média nula; 10) O número de observações (tamanho da amostra) é maior que o de coeficientes a ser estimado (GONZÁLEZ e FORMOSO, 2000, p. 68 e 69). De acordo com Dantas (2005), escolhido o modelo, parte o avaliador para a interpretação dos parâmetros quantos aos aspectos de sensibilidade e elasticidade, bem como do comportamento do mercado em relação a cada variável, qualitativa e quantitativamente. Segundo o mesmo autor, a interpretação do modelo deve ocorrer quando a variável resposta encontra-se devidamente explicada na escala original. 6. Análise da regressão Como roteiro básico de análise de regressão, teríamos: análise do coeficiente de determinação; análise da significância dos regressores; análise dos valores do t de student ; análise da coerência da equação; análise dos resíduos e gráficos; análise da autocorrelação (série temporal) Durbins-Watson; análise (verificação) da homocedasticidade; análise (verificação) da multicolinearidade; análise (verificação) da normalidade dos resíduos; análise do intervalo de confiança (RADEGAZ, 2011, p.44). Após a obtenção da equação de regressão é necessário verificar se o modelo mostra-se adequado segundo às exigências normativas através de conjunto de testes e ensaios que serão abordados Outlier Entende-se por outlier um dado que contém grande resíduo em relação aos demais que compõem a amostra, podem ser detectados através da análise gráfica dos resíduos padronizados (e i ) versus os valores ajustados correspondentes (Ŷ), conforme Figura 2 (DANTAS, 2005). Figura 2 Pontos destacados: podem ser caracterizados como outliers (DANTAS, 2005)

9 6.2. Pontos influenciantes Entende-se por pontos influenciantes aqueles com pequenos resíduos, em algumas vezes até nulos, mas que se distanciam da massa de dados, podendo alterar completamente as tendências naturais indicadas pelo mercado (DANTAS, 2005). Conforme o mesmo autor há vários critérios estatísticos para detecção destes pontos, mas numa simples análise do comportamento gráfico da variável dependente ou dos resíduos, em relação a cada variável independente, pode-se verificar o problema. Figura 3 (DANTAS, 2005) Figura 4 (DANTAS, 2005) 6.3. Coeficiente de correlação Na Figura 3, por exemplo, um ponto com as características do demarcado indica a presença de um ponto influenciante. Neste caso o ponto tem resíduo zero, como pode-se observar na Figura 4 e parecer o mais em ajustado, contudo degenera completamente o modelo. Enquanto que a tendência do mercado é a indicada pela reta 1 da Figura 3, o ponto influenciante desloca a tendência para a situação da reta 2 da mesma figura (DANTAS, 2005, p.114). Segundo Radegaz (2011), mostra a força das relações entre as variáveis independentes e a variável dependente, representado pela letra r. De acordo com Dantas (2005), varia de -1 a +1. Quanto mais próximo de um, em módulo, maior será a dependência linear entre as variáveis e quanto mais próximo de zero, menor será esta dependência. A análise das correlações entre cada uma das variáveis independentes e a variável dependente permite verificar, pelo seu sinal, se ela aumenta ou diminui o valor do imóvel; e, pela magnitude do coeficiente, o quanto ela contribui no valor do imóvel (THOFEHRN, 2010). É um parâmetro que nos permite concluir que o ajuste de um modelo é melhor que o outro, mas não é determinante do estudo, pois não permite conclusões definitivas sobre o modelo utilizado (MENDONÇA et al., 1998) Coeficiente de determinação múltipla

10 O coeficiente de determinação traduz numericamente o percentual do valor de avaliação que está explicado pela equação ajustada de regressão (MENDONÇA et al., 1998). Segundo o mesmo autor, o coeficiente é variável de 0 a 1 e a sua notação é a letra r elevada ao quadrado, r 2, logo, 0 r 2 1. Conforme Larson (2010), o coeficiente de determinação r 2 é a relação da variação explicada com a variação total. A desvantagem deste coeficiente é que para uma mesma amostra, ele cresce na medida em que aumenta o número de variáveis independentes incluídas no modelo, não levando em conta o número de graus de liberdade perdidos pelos novos parâmetros estimados (DANTAS, 2005) Coeficiente de determinação ajustado O coeficiente de determinação ajustado depende do número de pontos dos dados da amostra e do número de variáveis independentes (LARSON, 2010). Radegaz (2011) afirma que este coeficiente é útil na escolha de equações de regressões múltiplas, tenta compensar o aumento de explicação provocado pelo aumento do número de variáveis independentes. O coeficiente de determinação ajustado, que para um modelo com k variáveis independentes, ajustado a uma amostra de n elementos, é calculado através da seguinte expressão: = 1- (1 R) Significância global do modelo Assim, o coeficiente de determinação ajustado somente aumentará com a inclusão de uma variável independente no modelo, se a contribuição desta variável for superior à perda de um grau de liberdade, em decorrência da estimação do parâmetro a ela correspondente. Este é um critério que pode ser utilizado para escolha de variáveis independentes. (DANTAS, 2005, p. 140). Conforme Dantas (2005) a distribuição de Snedecor é muito usada em Engenharia de Avaliações, principalmente para testar a significância global de modelos de regressão, utilizando um teste também conhecido como de análise de variância. Para se testar a significância global de todos os parâmetros que participam de um modelo de regressão de n preços observados sobre k variáveis independentes, utiliza-se o teste F, que tem distribuição F de Snedecor, que leva em conta a razão entre a variância explicada pela variância não explicada do modelo [...]. Para se fazer um teste de significância do modelo a um nível α, basta comparar Fc com, que se encontra tabelado para vários níveis de α. Se Fc>, rejeita-se a hipótese de ao nível de α e pelo menos um dos parâmetros pode ser considerado significantemente diferente de zero. O teste é unilateral e pode ser visualizado através do gráfico correspondente à Figura 5 (DANTAS, 2005, p. 134 e 135).

11 Figura 5 (DANTAS, 2005) Conforme a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), através da NBR , no item define o grau de fundamentação, no caso de utilização de modelos de regressão linear, em relação a este teste, são exigidos os seguintes níveis de significância máximos: 1% para Grau III; 2% para Grau II e 5% para o Grau I Significância individual de um parâmetro O objetivo desse teste individual de um parâmetro qualquer b j é verificar se a variável correspondente x j é ou não importante na composição do modelo (THOFEHRN, 2010). Para Dantas (2005), a significância individual de um parâmetro βj é medida através do teste t isolado que tem distribuição t de Student. Segundo o mesmo autor, a distribuição t de Student é utilizada na engenharia de avaliações uma vez que em geral o desvio-padrão da população é estimado através dos dados amostrais. A importância individual de uma variável Xj que participa de um modelo de regressão com k variáveis independentes é medida testando-se a hipótese nula de que seu respectivo parâmetro βj é não significante, contra a hipótese alternativa de que o mesmo é significante, a um determinado nível considerado. = onde é o estimador do parâmetro e s( é o desvio-padrão estimado, correspondente ao. Para se fazer o teste bilateral a um nível de significância α, compara-se com que se encontra tabelado. Se for superior a, rejeita-se e em caso contrário não pode ser rejeitada e o parâmetro pode não ser importante na composição do modelo. O teste bicaudal pode ser visualizado através da Figura 6 (DANTAS, 2005, p. 138 e 139). Figura 6 (DANTAS, 2005) Conforme a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), através da NBR , no item

12 9.2.1 define o grau de fundamentação, no caso de utilização de modelos de regressão linear, em relação a este teste, são exigidos os seguintes níveis de significância máximos: 10% para Grau III; 20% para Grau II e 30% para o Grau I Coerência dos sinais dos regressores A coerência da equação é verificada por meio dos sinais esperados dos coeficientes (regressores). Aumenta a área, diminui o valor unitário, etc.todos o pressupostos devem ser atendidos. Entretatno, os testes estatísticos geralmente não indcam respostas do tipo sim/não (determinístico), mas do tipo melhor/pior (probabilístico), e análise da gravidade da situação cabe ao avaliador. O importante é avaliar-lhe a extensão. Se alguma variável X i (independente) mantém relacionamento não linear com Y (independente), deve-se linearizar a relação, usando-se transformações nas variáveis, tais como logaritmos, inversas ou potências, com objetivo de melhorar as previsões de valor (RADEGAZ, 2011, p.41 e 42). Através dos sinais dos regressores verifica-se se as relações entre as variáveis independentes com a variável dependente estão compatíveis com a pesquisa do mercado, ou seja, se eles aumentam ou diminuem o valor do imóvel. Conforme Dantas (2005), o importante é que o modelo resultante possa expressar com fidelidade o fenômeno que se deseja explicar. Se ele está coerente com as crenças a priori que o avaliador detém sobre o mercado Normalidade dos resíduos Em primeira análise, pode-se fazer a verificação desta hipótese observando-se o intervalo abrangido pelos resíduos padronizados (e i *), encontrados dividindo-se cada resíduo (e i ) pelo desvio-padrão do modelo(s), uma vez que, em uma distribuição normal, 68% destes resíduos estão no intervalo [-1;+1], 90% entre [-1,64;+1,64] e 95% entre [-1,96;+1,96]. Um histograma dos resíduos apresentando simetria e formato parecido com o da curva normal, é um indicador a favor da hipótese de normalidade do erro. Contudo, o gráfico normal dos resíduos é o que fornece melhores informações neste sentido (DANTAS, 2005, p. 110). A teorização estatística exige que os resíduos padronizados dos elementos (diferença entre valor estimado pela equação de regressão e o valor observado no campo, dividida pelo desvio padrão total da amostra) sigam a distribuição normal (de Gauss) (ABUNAHMAN, 2000). Figura 7 Verificação de normalidade (ABUNAHMAN, 2000). Figura 8 Gráfico de Kolmogorov-Smirnov (ABUNAHMAN, 2000)

13 Os gráficos acima, Figura 7 e 8, dispõem os resíduos padronizados em ordem crescente no eixo das abscissas, e os valores característicos da curva normal (seja o valor esperado ou distribuição acumulada) no eixo das ordenadas (ABUNAHMAN, 2000). Conforme o mesmo autor deve o avaliador observar graficamente se a disposição dos pontos tem conformação assemelhada à da reta ou curva ótima Homocedasticidade (variância constante) Um gráfico dos resíduos (e i ) versus os valores ajustados pelo modelo de regressão (Ŷ), apresentando pontos distribuídos aleatoriamente em torno de uma reta horizontal que passa pela origem, sem nenhum padrão definido, com o formato da figura 9, é um indicador favorável à aceitação da hipótese de variância constante para o erro; e, caso contrário, se os pontos apresentarem alguma tendência, como na figura 10, pode-se concluir que a variância do erro não é constante. No primeiro caso o modelo é homocedástico e no segundo heterocedástico (DANTAS, 2005, p. 109). Figura 9 Modelo homocedástico (DANTAS, 2005) Figura 10 Modelo heterocedástico (DANTAS, 2005) Aderência do modelo A aderência pode ser vista por meio do gráfico com os valores estimados pelo modelo em função dos valores da variável dependente de cada amostragem. Quanto mais os pontos se aproximam da reta de referência (bissetriz), conforme Figura 11, melhor foi o ajuste do modelo (equação da regressão escolhida pelo usuário, que dá a variável dependente em função das independentes) aos dados (RADEGAZ, 2011, p. 38).

14 Figura 11- Valor observado x Valor estimado (HOCHHEIM, 2010) Multicolinearidade Para verificação desta hipótese deve-se, em primeira mão, analisar a matriz das correlações, que espelha as dependências lineares de primeira ordem entre as variáveis explicativas consideradas no modelo (DANTAS, 2005). Segundo o mesmo autor, na análise da matriz de correlações com resultados superiores a 0,50 merecem atenção do analista. Na prática, a colineratidade pode ser examinada, de maneira simplificada e superficial: 1º) comparando os gráficos dos resíduos de cada uma das variáveis explicativas e verificando se eles se colocam de forma ordenada, sugerindo certa relação; ou 2º) pela observação do coeficiente de correlação simples entre as variáveis independentes tomadas duas a duas. Se esse coeficiente for forte (alto), verificar se a relação não é meramente casual, isto é, se não existe relação de causa e efeito entre as mesmas (caso em que as variáveis colineares podem ser aceitas área x nº de quartos, área x frente) (RADEGAZ, 2011, p. 40). Conforme Mendonça, et al. (1998), a análise gráfica é outra forma de verificar as correlações através do comportamento dos resíduos do modelo versus a variável em questão, conforme Figura 12 e 13. Figura 12 Tendência no comportamento dos resíduos Multicolinearidade (MENDONÇA, et al., 1998) Figura 13 Aleatoriedade no comportamento dos resíduos Inexistência de Multicolinearidade (MENDONÇA, et

15 al., 1998) É necessária a independência de cada variável no modelo de regressão. Desta forma, seus resíduos padronizados para cada elemento não poderão ser assemelhados. Nas Figuras 14, 15 e 16, as nuvens destes pontos deverão ser, portanto, diferentes (ABUNAHMAN, 2000). Figura 14 Verificação de Multicolinearidade (ABUNAHMAN, 2000) Figura 15 Verificação de Multicolinearidade (ABUNAHMAN, 2000) Autocorrelação Figura 16 Verificação de Multicolinearidade (ABUNAHMAN, 2000) A autocorrelação decorre da influência sobre os resíduos (e i ) de variáveis formadoras de valor importantes, não consideradas na equação. Um modelo sem perturbações deve apresentar resíduos independentes, distribuídos de forma aproximada à distribuição normal, conforme mostra a figura 17 (MENDONÇA, et al., 1998).

16 Figura 17 Histograma dos resíduos versus curva normal Elaborado pelo autor O conceito de independência dos resíduos está ligado à independência dos dados do mercado. A situação ideal é aquela onde cada transação se realiza independentemente da outra. Isto é, o conhecimento do preço e condições de uma não interfira na outra (DANTAS, 2005). Para verificação da existência de autocorrelação, o teste não gráfico mais conhecido e empregado é o de Durbin-Watson que é simplesmente a razão entre a soma das diferenças ao quadrado dos sucessivos resíduos e a soma do quadrado dos resíduos. Utilizamos este teste quando estamos trabalhando com série temporal elementos coletados ao longo de um determinado tempo, meses, anos, etc. Lembramos que os dados têm que estar ordenados de forma crescente ou decrescente. Se os dados estiverem aleatoriamente dispostos, o resultado (positivo ou negativo) não poder ser considerado (RADEGAZ, 2011, p. 40 e 41). A estatística d foi tabelada por Durbin-Watson para níveis de significância de 5%, 2,5% e 1%, considerando ajustamentos de modelos com 15 a 100 observações, com até seis variáveis independentes, estabelecendo limites críticos d L e d u. Para se testar a hipótese nula de que os resíduos são correlacionados (H o ) contra a hipótese de que os resíduos não são correlacionados(h 1 ), calcula-se d e depois compara-se com os pontos críticos d L e d u da seguinte forma: Se d u < d < 4-d u rejeita H o ou seja, rejeita-se a hipótese de resíduos são correlacionados em favor da hipótese de não-autocorrelação ao nível de significância estabelecido; Se d < d L aceitase a hipótese de autocorrelação positiva; Se d > 4 d L aceita-se a hipótese de autocorrelação negativa; Nos demais casos o teste é inconclusivo. A representação gráfica do teste pode ser visualizada na figura abaixo:

17 6.14. Micronumerosidade Figura 18 Teste de Durbin-Watson (DANTAS, 2005) A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), através da NBR , no anexo A, item A.2, letra a), descrevre: Linearidade Para evitar a micronumerosidade, o número mínimo de dados efetivamente utilizados (n) no modelo deve obedecer aos seguintes critérios, com respeito ao número de variáveis independentes (k): n 3 (k+1); para n 30, n i 3; para 30 < n 100, n i 10% n; para n > 100, n i 10 onde: n i é o número de dados de mesma característica, no caso de utilização de variáveis dicotômicas e variáveis qualitativas expressas por códigos alocados ou códigos ajustados. Recomenda-se que as características específicas do imóvel avaliando estejam contempladas na amostra utilizada em número representativo de dados de mercado. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), através da NBR , item A.2.1.1, descreve: Deve ser analisado, primeiramente, o comportamento gráfico da variável dependente em relação a cada variável independente, em escala original. Isto pode orientar o avaliador na transformação a adotar. Existem formas estatísticas de se buscar a transformação mais adequada, como, por exemplo, os procedimentos de Box e Cox. As transformações utilizadas para linearizar o modelo devem, tanto quanto possível, refletir o comportamento do mercado, com preferência pelas transformações mais simples de variáveis, que resultem em modelo satisfatório. Após as transformações realizadas, se houver, examina-se a linearidade do modelo, pela construção de gráficos dos valores observados para a variável dependente versus cada variável independente, com as respectivas transformações, conforme Figura 18 e 19.

18 Figura 18 Relação Área x Aluguel sem transformação Elaborado pelo autor Figura 19 Relação Área x Aluguel com transformação Elaborado pelo autor Intervalo de confiança para o valor estimado A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), através da NBR , item 3.40, define o intervalo de confiança como o intervalo de valores dentro do qual está contido o parâmetro populacional com determinada confiança. Consideremos uma população com uma média, desconhecida, e uma amostra dessa população com a média, conhecida; embora, geralmente, a média esteja muito próxima de, quase que certamente estará um pouco acima ou um pouco abaixo de. Daí decorre que se desejarmos ter uma dose razoável de confiança na correção de nossa inferência, não poderemos afirmar que seja precisamente igual a e deveremos estabelecer um intervalo de confiança expresso por: = ± um erro de amostragem. O importante aqui é saber qual deve ser a amplitude da tolerância para esse erro amostral e a resposta obviamente depende de quanto flutuar um relação a, de forma que esse intervalo de confiança efetivamente englobe (MOREIRA, 2001, p. 195 e 196). Conforme Dantas (2005), as estimativas mais precisas ocorrem para avaliações mais próximas às caraterísticas médias dos dados de referência e as mais imprecisas, nas extremidades. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), através da NBR , item 9.2.3, considera a amplitude do intervalo de confiança de 80% em torno do valor central da estimativa, para medir a precisão das estimativas, de acordo com o seguinte critério: Grau III, se a amplitude for menor ou igual a 30%; Grau II, se a amplitude estiver entre 30% e 40% e Grau I, se a amplitude estiver entre 40% e 50%. 7. Conclusão O objetivo geral deste trabalho foi, através de uma pesquisa bibliográfica, abordar as metodologias avaliatórias normalizadas, buscar os conhecimentos sistematizados para avaliações de imóveis através do método comparativo de dados do mercado utilizando-se do tratamento científico, no qual é criado um modelo matemático, através da inferência estatística, que explique o comportamento da variabilidade de preços de imóveis similares ao imóvel avaliando no mercado imobiliário e, quais as análises necessárias para validar esse determinado modelo. As metodologias, normalizadas, avaliatórias de bens imóveis estão fundamentadas em três métodos básicos: métodos para identificarem o valor de um bem, de seus frutos e direitos; métodos para

19 identificarem o custo de um bem e, métodos para identificarem indicadores de viabilidade da utilização econômica de um empreendimento. Conforme Thofehrn (2010), a metodologia aplicável é função da natureza do bem avaliando, da finalidade da avaliação e da disponibilidade, qualidade e quantidade de informações colhidas no mercado. As normas brasileiras de avaliações de imóveis preceituam que: Para a identificação do valor de mercado, sempre que possível preferir o método comparativo direto de dados de mercado (grifo do autor). O método comparativo direto de dados de mercado consiste em coletar uma amostra (conjunto de dados) de imóveis no mercado, cujas características sejam o mais semelhantes possíveis as do imóvel avaliando e através dessa amostra obter o valor do imóvel avaliando. Em função dos imóveis possuirem características heterogêneas as do avaliando faz-se necessário um tratamento das mesmas, optando-se por uma das duas metodologias: tratamento por fatores ou tratamento científico. No tratamento científico, busca-se um modelo matemático explicativo do mercado imobiliário, utilizando-se da inferência estatística, a qual tem como objetivo de estimar os parâmetros de uma população através das estatísticas da amostra, com um determinado grau de confiança, sendo que a amostra deve ser representativa da população, ou seja, os imóveis que fazem parte da amostra, devem ser similares ao avaliando. Conforme Dantas (2005), o importante é que o modelo resultante possa expressar com fidelidade o fenômeno que se deseja explicar. Se ele está coerente com as crenças a priori que o avaliador detém sobre o mercado. Segundo o mesmo autor, escolhido o modelo, parte o avaliador para a interpretação dos parâmetros quantos aos aspectos de sensibilidade e elasticidade, bem como do comportamento do mercado em relação a cada variável, qualitativa e quantitativamente. A partir do modelo, verifica-se se há outliers, pontos influenciantes, qual é o valor do coeficiente de correlação, do coeficiente de determinação múltipla, do coeficiente de determinação ajustado, da significância global do modelo, da significância individual de cada parâmetro do modelo; se há coerência dos sinais dos regressores do modelo com o mercado imobiliário, se o modelo apresenta homocedasticidade, multicolinearidade, micronumerosidade, linearidade e se a reta obtida é aderente ao modelo. Para um trabalho bem feito é necessário muita experiência em avaliações de imóveis, aliada a uma especialização bastante aprofundada em inferência estatística (FIKER, 2008). 8. Referências Bibliográficas ABUNAHMAN, Sérgio Antonio. Curso básico de engenharia legal e de avaliações. 2ª ed. São Paulo: Pini, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR : Avaliação de bens parte 1: Procedimentos gerais. Rio de Janeiro, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR : Avaliação de bens parte 2: Imóveis urbanos. Rio de Janeiro, CALDAS, Léo Saraiva. O conceito de valor de mercado. Trabalho Técnico. XIII Congresso Brasileiro de Avaliações e Perícias. Fortaleza: Abril, D'AMATO, Mônica; ALONSO, Nelson Roberto Pereira. Imóveis Urbanos: avaliação de aluguéis. São Paulo: Liv. e Ed. Universitária de Direito, DANTAS, Rubens Alves. Engenharia de Avaliações: uma introdução à metodologia científica. São Paulo: Pini, FIKER, José. Manual de avaliações e perícias em imóveis urbanos. 3ª Ed. São Paulo: Pini, GOMIDE,Tito Lívio Ferreira. Engenharia Legal: novos estudos. São Paulo: Liv. e Ed. Universitária de Direito, 2008.

20 GONZÁLEZ, Marco Aurélio Stumpf. Metodologia de avaliação de imóveis Novo Hamburgo: SGE, HAGGETT, P.; CHORLEY, R. J. Modelos, paradigmas e a nova geografia. Modelos físicos e de informação geográfica. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos. São Paulo: Universidade de São Paulo, p HOCHHEIM, Norberto. Engenharia de Avaliações. Florianópolis, (Apostila) LARSON, Ron; FARBER, Betsy. Estatística aplicada. 4ª ed. Tradução Luciane Ferreira Pauleti Viana. São Paulo: Pearson Prentice Hall, MENDONÇA, Marcelo Corrêa. et al. Fundamentos de avaliações patrimoniais e perícias de engenharia: curso básico do IMAPE. São Paulo: Pini, MOREIRA, Alberto Lélio. Princípios de engenharia de avaliações. 3ª ed. São Paulo: Pini, NADAL, Aurélio Carlos; JULIANO, Katia Aparecida; RATTON, Eduardo. Testes estatísticos utilizados para a validação de regressões múltiplas aplicadas na avaliação de imóveis urbanos. Boletim de Ciências Geodésicas. Curitiba: séc. Artigos, v. 9, nº 2, p , PEREIRA, A. Curso de Teoria Geral de Sistemas para Transporte. Rio de Janeiro: COPPE /UFRJ, RADEGAZ, Násser Júnior. Avaliação de bens: princípios básicos e aplicações. São Paulo: Liv. e Ed. Universitária de Direito, ROCHA, Raquel Resende. Técnicas de geoprocessamentos aplicadas à avaliação de imóveis. Estudo de Caso: Região Central de Ibirité. Monografia (Especialização). Universidade Federal de Minas Gerais, Instituto de Geociências. Belo Horizonte: 2005, 42 p. THOFEHRN, Ragnar. Avaliação em massa de imóveis urbanos: para cálculo de IPTU e ITBI. São Paulo: Pini, 2010.

Análise do Laudo de Avaliação do Ed. Santa Clara

Análise do Laudo de Avaliação do Ed. Santa Clara Análise do Laudo de Avaliação do Ed. Santa Clara Objeto da análise: Laudo de Avaliação n 0 7128.7128.632314/2012.01.01.01 SEQ.002 Autor do laudo: Eng. Denis Francisco Lunardi. Solicitante do laudo: Caixa

Leia mais

Vice-presidência de Governo Superintendência Nacional de Assistência Técnica e Desenvolvimento Sustentável Gerência Nacional de Assistência Técnica

Vice-presidência de Governo Superintendência Nacional de Assistência Técnica e Desenvolvimento Sustentável Gerência Nacional de Assistência Técnica Vice-presidência de Governo Superintendência Nacional de Assistência Técnica e Desenvolvimento Sustentável Gerência Nacional de Assistência Técnica Apoio Técnico a Questões Relativas à Avaliação em Massa

Leia mais

SisDEA Home Windows Versão 1

SisDEA Home Windows Versão 1 ROTEIRO PARA CRIAÇÃO E ANÁLISE MODELO REGRESSÃO 1. COMO CRIAR UM MODELO NO SISDEA Ao iniciar o SisDEA Home, será apresentada a tela inicial de Bem Vindo ao SisDEA Windows. Selecione a opção Criar Novo

Leia mais

Sérgio Antão Paiva. Porto Alegre 20 de maio de 2011

Sérgio Antão Paiva. Porto Alegre 20 de maio de 2011 Revisão da NBR 14.653-2 Imóveis Urbanos: Inovações da Versão 2011 Sérgio Antão Paiva Porto Alegre 20 de maio de 2011 Principais alterações na NBR 14.653-2 Especificação de características qualitativas

Leia mais

Seminário: Engenharia da Avaliação em Desapropriação

Seminário: Engenharia da Avaliação em Desapropriação Seminário: Engenharia da Avaliação em Desapropriação Normas Técnicas : A importância de uniformização de Conceitos Arquiteta Ana Maria de Biazzi Dias de Oliveira Normas Técnicas : A importância de uniformização

Leia mais

Análise Exploratória de Dados

Análise Exploratória de Dados Análise Exploratória de Dados Profª Alcione Miranda dos Santos Departamento de Saúde Pública UFMA Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva email: alcione.miranda@gmail.com Introdução O primeiro passo

Leia mais

4 Avaliação Econômica

4 Avaliação Econômica 4 Avaliação Econômica Este capítulo tem o objetivo de descrever a segunda etapa da metodologia, correspondente a avaliação econômica das entidades de reservas. A avaliação econômica é realizada a partir

Leia mais

Professor Severino Domingos Júnior Disciplina: Gestão de Compras e Estoques no Varejo

Professor Severino Domingos Júnior Disciplina: Gestão de Compras e Estoques no Varejo Professor Severino Domingos Júnior Disciplina: Gestão de Compras e Estoques no Varejo 1) Definições de Previsão de Demanda 2) Mercados 3) Modelo de Previsão 4) Gestão da Demanda 5) Previsão como Processo

Leia mais

PÓS GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DE FLORESTAS TROPICAIS-PG-CFT INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS DA AMAZÔNIA-INPA. 09/abril de 2014

PÓS GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DE FLORESTAS TROPICAIS-PG-CFT INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS DA AMAZÔNIA-INPA. 09/abril de 2014 PÓS GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DE FLORESTAS TROPICAIS-PG-CFT INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS DA AMAZÔNIA-INPA 09/abril de 2014 Considerações Estatísticas para Planejamento e Publicação 1 Circularidade do Método

Leia mais

ANEXO II LAUDO DE AVALIAÇÃO

ANEXO II LAUDO DE AVALIAÇÃO ANEXO II LAUDO DE AVALIAÇÃO 1. OBJETIVO E FINALIDADE DO PARECER Este laudo de avaliação tem o objetivo único de estimar a valorização imobiliária decorrente das obras públicas de pavimentação a serem realizadas

Leia mais

CAP. 2 CONSIDERAÇÕES SOBRE OS CRITÉRIOS DE DECISÃO

CAP. 2 CONSIDERAÇÕES SOBRE OS CRITÉRIOS DE DECISÃO CAP. 2 CONSIDERAÇÕES SOBRE OS CRITÉRIOS DE DECISÃO 1. OS CRITÉRIOS DE DECISÃO Dentre os métodos para avaliar investimentos, que variam desde o bom senso até os mais sofisticados modelos matemáticos, três

Leia mais

PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES SOBRE VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL)

PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES SOBRE VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL) PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES SOBRE VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL) Melhor método para avaliar investimentos 16 perguntas importantes 16 respostas que todos os executivos devem saber Francisco Cavalcante(f_c_a@uol.com.br)

Leia mais

ANÁLISE DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS

ANÁLISE DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS Curso de Avaliações Prof. Carlos Aurélio Nadal cnadal@ufpr.br 1 AULA 04 ANÁLISE DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS 2 Dificuldades das avaliações imobiliárias características especiais dos imóveis, que

Leia mais

DESENVOLVIMENTO DE UM SOFTWARE NA LINGUAGEM R PARA CÁLCULO DE TAMANHOS DE AMOSTRAS NA ÁREA DE SAÚDE

DESENVOLVIMENTO DE UM SOFTWARE NA LINGUAGEM R PARA CÁLCULO DE TAMANHOS DE AMOSTRAS NA ÁREA DE SAÚDE DESENVOLVIMENTO DE UM SOFTWARE NA LINGUAGEM R PARA CÁLCULO DE TAMANHOS DE AMOSTRAS NA ÁREA DE SAÚDE Mariane Alves Gomes da Silva Eliana Zandonade 1. INTRODUÇÃO Um aspecto fundamental de um levantamento

Leia mais

COMENTÁRIO AFRM/RS 2012 ESTATÍSTICA Prof. Sérgio Altenfelder

COMENTÁRIO AFRM/RS 2012 ESTATÍSTICA Prof. Sérgio Altenfelder Comentário Geral: Prova muito difícil, muito fora dos padrões das provas do TCE administração e Economia, praticamente só caiu teoria. Existem três questões (4, 45 e 47) que devem ser anuladas, por tratarem

Leia mais

O QUE É E COMO FUNCIONA O CREDIT SCORING PARTE I

O QUE É E COMO FUNCIONA O CREDIT SCORING PARTE I O QUE É E COMO FUNCIONA O CREDIT SCORING PARTE I! A utilização de escores na avaliação de crédito! Como montar um plano de amostragem para o credit scoring?! Como escolher as variáveis no modelo de credit

Leia mais

Faculdade Sagrada Família

Faculdade Sagrada Família AULA 12 - AJUSTAMENTO DE CURVAS E O MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS Ajustamento de Curvas Sempre que desejamos estudar determinada variável em função de outra, fazemos uma análise de regressão. Podemos dizer

Leia mais

QFD: Quality Function Deployment QFD: CASA DA QUALIDADE - PASSO A PASSO

QFD: Quality Function Deployment QFD: CASA DA QUALIDADE - PASSO A PASSO QFD: CASA DA QUALIDADE - PASSO A PASSO 1 - INTRODUÇÃO Segundo Akao (1990), QFD é a conversão dos requisitos do consumidor em características de qualidade do produto e o desenvolvimento da qualidade de

Leia mais

ANÁLISE CRÍTICA DO MÉTODO EVOLUTIVO E PROPOSTA DE UMA NOVA EQUAÇÃO DE CONJUGAÇÃO DE MÉTODOS

ANÁLISE CRÍTICA DO MÉTODO EVOLUTIVO E PROPOSTA DE UMA NOVA EQUAÇÃO DE CONJUGAÇÃO DE MÉTODOS ANÁLISE CRÍTICA DO MÉTODO EVOLUTIVO E PROPOSTA DE UMA NOVA EQUAÇÃO DE CONJUGAÇÃO DE MÉTODOS Rômulo Lemos, Engenheiro Civil pela Universidade de Pernambuco (2001), especialista em Administração Financeira

Leia mais

GERAÇÃO DE VIAGENS. 1.Introdução

GERAÇÃO DE VIAGENS. 1.Introdução GERAÇÃO DE VIAGENS 1.Introdução Etapa de geração de viagens do processo de planejamento dos transportes está relacionada com a previsão dos tipos de viagens de pessoas ou veículos. Geralmente em zonas

Leia mais

Filosofia e Conceitos

Filosofia e Conceitos Filosofia e Conceitos Objetivo confiabilidade para o usuário das avaliações. 1. Princípios e definições de aceitação genérica. 2. Comentários explicativos sem incluir orientações em técnicas de avaliação.

Leia mais

APLICAÇÕES DA DERIVADA

APLICAÇÕES DA DERIVADA Notas de Aula: Aplicações das Derivadas APLICAÇÕES DA DERIVADA Vimos, na seção anterior, que a derivada de uma função pode ser interpretada como o coeficiente angular da reta tangente ao seu gráfico. Nesta,

Leia mais

Curso CPA-10 Certificação ANBID Módulo 4 - Princípios de Investimento

Curso CPA-10 Certificação ANBID Módulo 4 - Princípios de Investimento Pág: 1/18 Curso CPA-10 Certificação ANBID Módulo 4 - Princípios de Investimento Pág: 2/18 Módulo 4 - Princípios de Investimento Neste módulo são apresentados os principais fatores para a análise de investimentos,

Leia mais

Um estudo da correlação dos resultados patrimoniais e operacionais das seguradoras Francisco Galiza, Mestre em Economia (FGV)

Um estudo da correlação dos resultados patrimoniais e operacionais das seguradoras Francisco Galiza, Mestre em Economia (FGV) Um estudo da correlação dos resultados patrimoniais e operacionais das seguradoras Francisco Galiza, Mestre em Economia (FGV) Este estudo aborda a correlação entre os resultados operacionais e patrimoniais

Leia mais

Tecnologia em Gestão Pública Desenvolvimento de Projetos - Aula 9 Prof. Rafael Roesler

Tecnologia em Gestão Pública Desenvolvimento de Projetos - Aula 9 Prof. Rafael Roesler Tecnologia em Gestão Pública Desenvolvimento de Projetos - Aula 9 Prof. Rafael Roesler Introdução Objetivos da Gestão dos Custos Processos da Gerência de Custos Planejamento dos recursos Estimativa dos

Leia mais

PROCEDIMENTOS PARA APLICAÇÃO DE FATORES

PROCEDIMENTOS PARA APLICAÇÃO DE FATORES PROCEDIMENTOS PARA APLICAÇÃO DE FATORES PROCEDIMENTOS PARA APLICAÇÃO DE FATORES COORDENAÇÃO: Ana Maria de Biazzi Dias de Oliveira COLABORADORES: Osório Accioly Gatto, Paulo Grandiski, Nelson Nady Nór Filho,

Leia mais

1. Introdução. 1.1 Introdução

1. Introdução. 1.1 Introdução 1. Introdução 1.1 Introdução O interesse crescente dos físicos na análise do comportamento do mercado financeiro, e em particular na análise das séries temporais econômicas deu origem a uma nova área de

Leia mais

Avaliação de terrenos

Avaliação de terrenos Avaliação de terrenos Avaliação de terreno pelo método comparativo com tratamento por fatores utilizando a estatística clássica Na avaliação de imóveis com o emprego do método comparativo de dados de mercado,

Leia mais

LAUDO TÉCNICO DE AVALIAÇÃO

LAUDO TÉCNICO DE AVALIAÇÃO LAUDO TÉCNICO DE AVALIAÇÃO Rua Dr. Gerônimo Monteiro Lopes, 373, 383, 389 e 393 (Antiga Rua Projetada, 5 Lotes 230, 231 e 232) Vila São Francisco Registro / SP Conselho do Patrimônio Imobiliário 1. VALOR

Leia mais

Seleção e Monitoramento de Fundos de Investimentos

Seleção e Monitoramento de Fundos de Investimentos 2010 Seleção e Monitoramento de Fundos de Investimentos Nota Técnica 02 Diretoria de Investimentos Previ-Rio 09/2010 NOTA TÉCNICA 02 1 - Introdução Esta nota técnica, desenvolvida pela Equipe da, tem por

Leia mais

Métodos Involutivos. Involutivo Vertical

Métodos Involutivos. Involutivo Vertical Métodos Involutivos Involutivo Vertical AVALIAÇÕES PELO MÉTODO INVOLUTIVO Apresentação de aspectos práticos na aplicação do Método Involutivo, incluindo o Método Involutivo Vertical, limitações e evolução

Leia mais

Reavaliação: a adoção do valor de mercado ou de consenso entre as partes para bens do ativo, quando esse for superior ao valor líquido contábil.

Reavaliação: a adoção do valor de mercado ou de consenso entre as partes para bens do ativo, quando esse for superior ao valor líquido contábil. Avaliação e Mensuração de Bens Patrimoniais em Entidades do Setor Público 1. DEFINIÇÕES Reavaliação: a adoção do valor de mercado ou de consenso entre as partes para bens do ativo, quando esse for superior

Leia mais

Métodos Matemáticos para Gestão da Informação

Métodos Matemáticos para Gestão da Informação Métodos Matemáticos para Gestão da Informação Aula 05 Taxas de variação e função lineares III Dalton Martins dmartins@gmail.com Bacharelado em Gestão da Informação Faculdade de Informação e Comunicação

Leia mais

FLUXOGRAMA DA PESQUISA

FLUXOGRAMA DA PESQUISA FLUXOGRAMA DA PESQUISA Desde a preparação até a apresentação de um relatório de pesquisa estão envolvidas diferentes etapas. Algumas delas são concomitantes; outras são interpostas. O fluxo que ora se

Leia mais

CURSO DE ENGENHARIA DE AVALIAÇÕES IMOBILIÁRIAS METODOLOGIAS CIENTÍFICAS - REGRESSÃO LINEAR MÓDULO BÁSICO E AVANÇADO - 20 horas cada Vagas Limitadas

CURSO DE ENGENHARIA DE AVALIAÇÕES IMOBILIÁRIAS METODOLOGIAS CIENTÍFICAS - REGRESSÃO LINEAR MÓDULO BÁSICO E AVANÇADO - 20 horas cada Vagas Limitadas CURSO DE ENGENHARIA DE AVALIAÇÕES IMOBILIÁRIAS METODOLOGIAS CIENTÍFICAS - REGRESSÃO LINEAR MÓDULO BÁSICO E AVANÇADO - 20 horas cada Vagas Limitadas MÓDULO BÁSICO DIAS HORÁRIO 13/02/2014 14:00 ÁS 18:00

Leia mais

3 Metodologia e Objeto de estudo

3 Metodologia e Objeto de estudo Metodologia e Objeto de estudo 36 3 Metodologia e Objeto de estudo Neste capítulo, através da explanação da metodologia de pesquisa e do objeto de estudo, serão definidas as questões centrais de estudo,

Leia mais

ABNT NBR 14653-3:2004. Propostas de mudança aprovadas pela comissão de estudos

ABNT NBR 14653-3:2004. Propostas de mudança aprovadas pela comissão de estudos ABNT NBR 14653-3:2004 Propostas de mudança aprovadas pela comissão de estudos Definições 3.2 benfeitorias: Resultado de obra ou serviço realizado no imóvel rural, que não pode ser retirado sem destruição,

Leia mais

Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior

Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior INTRODUÇÃO O que é pesquisa? Pesquisar significa, de forma bem simples, procurar respostas para indagações propostas. INTRODUÇÃO Minayo (1993, p. 23), vendo por

Leia mais

OBJETO: Valorização Imobiliária decorrente de pavimentação Zona Urbana de Santa Cruz do Sul - RS

OBJETO: Valorização Imobiliária decorrente de pavimentação Zona Urbana de Santa Cruz do Sul - RS SOLICITANTE: PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTA CRUZ DO SUL OBJETO: Valorização Imobiliária decorrente de pavimentação Zona Urbana de Santa Cruz do Sul - RS 1. OBJETIVO E FINALIDADE DO PARECER Este laudo de

Leia mais

NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária

NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária Alcance 1. Uma entidade que prepara e apresenta Demonstrações Contábeis sob o regime de competência deve aplicar esta Norma

Leia mais

Tópico 11. Aula Teórica/Prática: O Método dos Mínimos Quadrados e Linearização de Funções

Tópico 11. Aula Teórica/Prática: O Método dos Mínimos Quadrados e Linearização de Funções Tópico 11. Aula Teórica/Prática: O Método dos Mínimos Quadrados e Linearização de Funções 1. INTRODUÇÃO Ao se obter uma sucessão de pontos experimentais que representados em um gráfico apresentam comportamento

Leia mais

TRATAMENTO POR FATORES NA AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS URBANOS

TRATAMENTO POR FATORES NA AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS URBANOS TRATAMENTO POR FATORES NA AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS URBANOS O tratamento por fatores tem por objetivo tornar comparáveis os dados coletados na pesquisa. É a parte mais trabalhosa da avaliação. O tratamento

Leia mais

Sugestão de Roteiro para Elaboração de Monografia de TCC

Sugestão de Roteiro para Elaboração de Monografia de TCC Sugestão de Roteiro para Elaboração de Monografia de TCC Sugerimos, para elaborar a monografia de TCC (Trabalho de Conclusão de Curso), que o aluno leia atentamente essas instruções. Fundamentalmente,

Leia mais

Avaliações de Locativos em Shopping Center. Palestrante: Eng. Antonio Guilherme Menezes Braga

Avaliações de Locativos em Shopping Center. Palestrante: Eng. Antonio Guilherme Menezes Braga Avaliações de Locativos em Palestrante: Eng. Antonio Guilherme Menezes Braga Definição Avaliação de Bens: Análise técnica e científica, realizada por engenheiro de avaliações, visando identificar o valor

Leia mais

PESQUISA OPERACIONAL: UMA ABORDAGEM À PROGRAMAÇÃO LINEAR. Rodolfo Cavalcante Pinheiro 1,3 Cleber Giugioli Carrasco 2,3 *

PESQUISA OPERACIONAL: UMA ABORDAGEM À PROGRAMAÇÃO LINEAR. Rodolfo Cavalcante Pinheiro 1,3 Cleber Giugioli Carrasco 2,3 * PESQUISA OPERACIONAL: UMA ABORDAGEM À PROGRAMAÇÃO LINEAR 1 Graduando Rodolfo Cavalcante Pinheiro 1,3 Cleber Giugioli Carrasco 2,3 * 2 Pesquisador - Orientador 3 Curso de Matemática, Unidade Universitária

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Faculdade de Arquitetura e Urbanismo DISTRIBUIÇÃO AMOSTRAL ESTIMAÇÃO AUT 516 Estatística Aplicada a Arquitetura e Urbanismo 2 DISTRIBUIÇÃO AMOSTRAL Na aula anterior analisamos

Leia mais

Tópicos Abordados. Pesquisa de Mercado. Aula 2. Contextualização. Qualitativa X Quantitativa. Instrumentalização. 1. Diferença entre qualitativa

Tópicos Abordados. Pesquisa de Mercado. Aula 2. Contextualização. Qualitativa X Quantitativa. Instrumentalização. 1. Diferença entre qualitativa Tópicos Abordados Pesquisa de Mercado Aula 2 Prof. Me. Ricieri Garbelini 1. Diferença entre qualitativa e quantitativa 2. Dados X informação 3. Tipos de coleta 4. Classificação dos dados 5. Amostragem

Leia mais

Correlação e Regressão Linear

Correlação e Regressão Linear Correlação e Regressão Linear A medida de correlação é o tipo de medida que se usa quando se quer saber se duas variáveis possuem algum tipo de relação, de maneira que quando uma varia a outra varia também.

Leia mais

AULAS 13, 14 E 15 Correlação e Regressão

AULAS 13, 14 E 15 Correlação e Regressão 1 AULAS 13, 14 E 15 Correlação e Regressão Ernesto F. L. Amaral 23, 28 e 30 de setembro de 2010 Metodologia de Pesquisa (DCP 854B) Fonte: Triola, Mario F. 2008. Introdução à estatística. 10 ª ed. Rio de

Leia mais

)HUUDPHQWDV &RPSXWDFLRQDLV SDUD 6LPXODomR

)HUUDPHQWDV &RPSXWDFLRQDLV SDUD 6LPXODomR 6LPXODomR GH6LVWHPDV )HUUDPHQWDV &RPSXWDFLRQDLV SDUD 6LPXODomR #5,6. Simulador voltado para análise de risco financeiro 3RQWRV IRUWHV Fácil de usar. Funciona integrado a ferramentas já bastante conhecidas,

Leia mais

ESTUDO DE PREVISÃO DE DEMANDA PARA EMPRESA DE EQUIPAMENTOS MÉDICOS DE DIAGNÓSTICO

ESTUDO DE PREVISÃO DE DEMANDA PARA EMPRESA DE EQUIPAMENTOS MÉDICOS DE DIAGNÓSTICO ESTUDO DE PREVISÃO DE DEMANDA PARA EMPRESA DE EQUIPAMENTOS MÉDICOS DE DIAGNÓSTICO Andréa Crispim Lima dekatop@gmail.com Manoela Alves Vasconcelos manoelavasconcelos@hotmail.com Resumo: A previsão de demanda

Leia mais

RESULTADOS DE OUTUBRO DE 2013

RESULTADOS DE OUTUBRO DE 2013 1 RESULTADOS DE OUTUBRO DE 2013 Pesquisa realizada pelo Uni-FACEF em parceria com a Fe-Comércio mede o ICC (Índice de confiança do consumidor) e PEIC (Pesquisa de endividamento e inadimplência do consumidor)

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO DISCIPLINA: ECONOMIA DA ENGENHARIA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO DISCIPLINA: ECONOMIA DA ENGENHARIA UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO DISCIPLINA: ECONOMIA DA ENGENHARIA Métodos para Análise de Fluxos de Caixa A análise econômico-financeira e a decisão

Leia mais

IBM1018 Física Básica II FFCLRP USP Prof. Antônio Roque Aula 6. O trabalho feito pela força para deslocar o corpo de a para b é dado por: = =

IBM1018 Física Básica II FFCLRP USP Prof. Antônio Roque Aula 6. O trabalho feito pela força para deslocar o corpo de a para b é dado por: = = Energia Potencial Elétrica Física I revisitada 1 Seja um corpo de massa m que se move em linha reta sob ação de uma força F que atua ao longo da linha. O trabalho feito pela força para deslocar o corpo

Leia mais

Cláudio Tadeu Cristino 1. Julho, 2014

Cláudio Tadeu Cristino 1. Julho, 2014 Inferência Estatística Estimação Cláudio Tadeu Cristino 1 1 Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Brasil Mestrado em Nutrição, Atividade Física e Plasticidade Fenotípica Julho, 2014 C.T.Cristino

Leia mais

O Plano Financeiro no Plano de Negócios Fabiano Marques

O Plano Financeiro no Plano de Negócios Fabiano Marques O Plano Financeiro no Plano de Negócios Fabiano Marques Seguindo a estrutura proposta em Dornelas (2005), apresentada a seguir, podemos montar um plano de negócios de forma eficaz. É importante frisar

Leia mais

XVI COBREAP CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA DE AVALIAÇÕES E PERÍCIAS IBAPE/AM 2011

XVI COBREAP CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA DE AVALIAÇÕES E PERÍCIAS IBAPE/AM 2011 XVI COBREAP CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA DE AVALIAÇÕES E PERÍCIAS IBAPE/AM 2011 TRABALHO DE AVALIAÇÃO Imóveis semelhantes e o passivo/ativo ambiental na engenharia de avaliações aplicada em imóveis

Leia mais

Hipótese Estatística:

Hipótese Estatística: 1 PUCRS FAMAT DEPTº DE ESTATÍSTICA TESTE DE HIPÓTESE SÉRGIO KATO Trata-se de uma técnica para se fazer inferência estatística. Ou seja, a partir de um teste de hipóteses, realizado com os dados amostrais,

Leia mais

O comportamento conjunto de duas variáveis quantitativas pode ser observado por meio de um gráfico, denominado diagrama de dispersão.

O comportamento conjunto de duas variáveis quantitativas pode ser observado por meio de um gráfico, denominado diagrama de dispersão. ESTATÍSTICA INDUTIVA 1. CORRELAÇÃO LINEAR 1.1 Diagrama de dispersão O comportamento conjunto de duas variáveis quantitativas pode ser observado por meio de um gráfico, denominado diagrama de dispersão.

Leia mais

AVALIAÇÃO POR REGRESSÃO LINEAR MÚLTIPLAS DE APARTAMENTOS NA CIDADE DE ORLEANS, SC

AVALIAÇÃO POR REGRESSÃO LINEAR MÚLTIPLAS DE APARTAMENTOS NA CIDADE DE ORLEANS, SC AVALIAÇÃO POR REGRESSÃO LINEAR MÚLTIPLAS DE APARTAMENTOS NA CIDADE DE ORLEANS, SC Marcel Bianco Ricardo(1); Evelise Chemale Zancan (2) UNESC Universidade do Extremo Sul Catarinense (1)marcelbiancoricardo@hotmail.com;

Leia mais

O que é a estatística?

O que é a estatística? Elementos de Estatística Prof. Dr. Clécio da Silva Ferreira Departamento de Estatística - UFJF O que é a estatística? Para muitos, a estatística não passa de conjuntos de tabelas de dados numéricos. Os

Leia mais

Roteiro para apresentação do laudo de avaliação Imóveis Urbanos

Roteiro para apresentação do laudo de avaliação Imóveis Urbanos Roteiro para apresentação do laudo de avaliação Imóveis Urbanos O roteiro a seguir, desenvolvido pela empresa Pelli Sistemas Engenharia, tem como objetivo esclarecer dúvidas a respeito da elaboração do

Leia mais

Teoria da Decisão MÉTODOS QUANTITATIVOS DE GESTÃO

Teoria da Decisão MÉTODOS QUANTITATIVOS DE GESTÃO Teoria da Decisão MÉTODOS QUANTITATIVOS DE GESTÃO INTRODUÇÃO Todo problema de decisão envolve julgamento sobre um conjunto conhecido de alternativas; Informações Disponíveis (Dados) Conhecidos com certeza;

Leia mais

UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO. Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014.

UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO. Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014. UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014. Tanto as pessoas físicas quanto as jurídicas têm patrimônio, que nada mais é do que o conjunto

Leia mais

LAUDO TÉCNICO DE AVALIAÇÃO. Rua Riachuelo, 547. Pirassununga/SP. Conselho do Patrimônio Imobiliário. Coordenada Geográfica: 21 59 31,2 S, 47 25 39,8 W

LAUDO TÉCNICO DE AVALIAÇÃO. Rua Riachuelo, 547. Pirassununga/SP. Conselho do Patrimônio Imobiliário. Coordenada Geográfica: 21 59 31,2 S, 47 25 39,8 W LAUDO TÉCNICO DE AVALIAÇÃO Rua Riachuelo, 547 Pirassununga/SP Conselho do Patrimônio Imobiliário Coordenada Geográfica: 21 59 31,2 S, 47 25 39,8 W 2 FICHA CADASTRAL DO IMÓVEL 1. VALOR TOTAL DO IMÓVEL (R$):

Leia mais

Departamento de Matemática - UEL - 2010. Ulysses Sodré. http://www.mat.uel.br/matessencial/ Arquivo: minimaxi.tex - Londrina-PR, 29 de Junho de 2010.

Departamento de Matemática - UEL - 2010. Ulysses Sodré. http://www.mat.uel.br/matessencial/ Arquivo: minimaxi.tex - Londrina-PR, 29 de Junho de 2010. Matemática Essencial Extremos de funções reais Departamento de Matemática - UEL - 2010 Conteúdo Ulysses Sodré http://www.mat.uel.br/matessencial/ Arquivo: minimaxi.tex - Londrina-PR, 29 de Junho de 2010.

Leia mais

Módulo 4 PREVISÃO DE DEMANDA

Módulo 4 PREVISÃO DE DEMANDA Módulo 4 PREVISÃO DE DEMANDA Conceitos Iniciais Prever é a arte e a ciência de predizer eventos futuros, utilizando-se de dados históricos e sua projeção para o futuro, de fatores subjetivos ou intuitivos,

Leia mais

ESTUDO SOBRE A PLANTA GENÉRICA DE VALORES: ITBI DE BETIM

ESTUDO SOBRE A PLANTA GENÉRICA DE VALORES: ITBI DE BETIM ESTUDO SOBRE A PLANTA GENÉRICA DE VALORES: ITBI DE BETIM Betim/MG Novembro/2013 A Planta de Valores Genéricos é uma ferramenta indispensável para os municípios, tendo em vista que dela derivam informações

Leia mais

AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS

AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS SERVIÇOS DE ENGENHARIA DE AVALIAÇÕES Avaliação de imóveis para fins de direito conforme normas da ABNT As normas brasileiras da ABNT que estabelecem os procedimentos para avaliação

Leia mais

A MATEMÁTICA NO ENSINO SUPERIOR POLICIAL 1

A MATEMÁTICA NO ENSINO SUPERIOR POLICIAL 1 A MATEMÁTICA NO ENSINO SUPERIOR POLICIAL 1 A IMPORTÂNCIA DA MATEMÁTICA O desenvolvimento das sociedades tem sido também materializado por um progresso acentuado no plano científico e nos diversos domínios

Leia mais

Administração Financeira

Administração Financeira Administração Financeira MÓDULO 9 O crédito divide-se em dois tipos da forma mais ampla: o crédito público e o crédito privado. O crédito público trata das relações entre entidades públicas governo federal,

Leia mais

ATAQUE TRIBUTÁRIO À INFORMALIDADE

ATAQUE TRIBUTÁRIO À INFORMALIDADE LC/BRS/R.171 Dezembro de 2006 Original: português CEPAL COMISSÃO ECONÔMICA PARA A AMÉRICA LATINA E O CARIBE Escritório no Brasil ATAQUE TRIBUTÁRIO À INFORMALIDADE Samuel Pessoa Silvia Matos Pessoa Documento

Leia mais

TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR) PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES

TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR) PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR) 16 Perguntas Importantes. 16 Respostas que todos os executivos devem saber. Francisco Cavalcante(f_c_a@uol.com.br) Administrador de Empresas graduado pela EAESP/FGV. É Sócio-Diretor

Leia mais

CAPÍTULO 9 RISCO E INCERTEZA

CAPÍTULO 9 RISCO E INCERTEZA CAPÍTULO 9 9 RISCO E INCERTEZA 9.1 Conceito de Risco Um fator que pode complicar bastante a solução de um problema de pesquisa operacional é a incerteza. Grande parte das decisões são tomadas baseando-se

Leia mais

Luciano Silva Rosa Contabilidade 03

Luciano Silva Rosa Contabilidade 03 Luciano Silva Rosa Contabilidade 03 Resolução de três questões do ICMS RO FCC -2010 Vamos analisar três questões do concurso do ICMS RO 2010, da FCC, que abordam alguns pronunciamentos do CPC. 35) Sobre

Leia mais

FACULDADE DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO. PROJETO FINAL I e II PLANO DE TRABALHO <NOME DO TRABALHO> <Nome do Aluno> <Nome do Orientador>

FACULDADE DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO. PROJETO FINAL I e II PLANO DE TRABALHO <NOME DO TRABALHO> <Nome do Aluno> <Nome do Orientador> FACULDADE DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO PROJETO FINAL I e II PLANO DE TRABALHO O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) a ser desenvolvido

Leia mais

http://www.de.ufpb.br/~luiz/

http://www.de.ufpb.br/~luiz/ UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA MEDIDAS DESCRITIVAS Departamento de Estatística Luiz Medeiros http://www.de.ufpb.br/~luiz/ Vimos que é possível sintetizar os dados sob a forma de distribuições de frequências

Leia mais

NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO E OS PRAZOS DE ROTAÇÃO Samuel Leite Castelo Universidade Estadual do Ceará - UECE

NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO E OS PRAZOS DE ROTAÇÃO Samuel Leite Castelo Universidade Estadual do Ceará - UECE Resumo: NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO E OS PRAZOS DE ROTAÇÃO Samuel Leite Castelo Universidade Estadual do Ceará - UECE O artigo trata sobre a estratégia financeira de curto prazo (a necessidade de capital

Leia mais

FATEC Cruzeiro José da Silva. Ferramenta CRM como estratégia de negócios

FATEC Cruzeiro José da Silva. Ferramenta CRM como estratégia de negócios FATEC Cruzeiro José da Silva Ferramenta CRM como estratégia de negócios Cruzeiro SP 2008 FATEC Cruzeiro José da Silva Ferramenta CRM como estratégia de negócios Projeto de trabalho de formatura como requisito

Leia mais

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS APRESENTAÇÃO ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS Breve histórico da instituição seguido de diagnóstico e indicadores sobre a temática abrangida pelo projeto, especialmente dados que permitam análise da

Leia mais

AULA 04 - TABELA DE TEMPORALIDADE

AULA 04 - TABELA DE TEMPORALIDADE AULA 04 - TABELA DE TEMPORALIDADE 4.1 - Tabela de Temporalidade Como é cediço todos os arquivos possuem um ciclo vital, composto pelas fases corrente, intermediária e permanente. Mas como saber quando

Leia mais

Todos os exercícios sugeridos nesta apostila se referem ao volume 1. MATEMÁTICA I 1 FUNÇÃO DO 1º GRAU

Todos os exercícios sugeridos nesta apostila se referem ao volume 1. MATEMÁTICA I 1 FUNÇÃO DO 1º GRAU FUNÇÃO IDENTIDADE... FUNÇÃO LINEAR... FUNÇÃO AFIM... GRÁFICO DA FUNÇÃO DO º GRAU... IMAGEM... COEFICIENTES DA FUNÇÃO AFIM... ZERO DA FUNÇÃO AFIM... 8 FUNÇÕES CRESCENTES OU DECRESCENTES... 9 SINAL DE UMA

Leia mais

7Testes de hipótese. Prof. Dr. Paulo Picchetti M.Sc. Erick Y. Mizuno. H 0 : 2,5 peças / hora

7Testes de hipótese. Prof. Dr. Paulo Picchetti M.Sc. Erick Y. Mizuno. H 0 : 2,5 peças / hora 7Testes de hipótese Prof. Dr. Paulo Picchetti M.Sc. Erick Y. Mizuno COMENTÁRIOS INICIAIS Uma hipótese estatística é uma afirmativa a respeito de um parâmetro de uma distribuição de probabilidade. Por exemplo,

Leia mais

Workshop: Avaliação de Imóveis e Planta de Valores Genéricos para um Cadastro Territorial Multifinalitário

Workshop: Avaliação de Imóveis e Planta de Valores Genéricos para um Cadastro Territorial Multifinalitário Workshop: Avaliação de Imóveis e Planta de Valores Genéricos para um Cadastro Territorial Multifinalitário O processo de elaboração de uma planta de valores genéricos Eng. Rubens Alves Dantas, DSc. Departamento

Leia mais

MODELAGEM E SIMULAÇÃO

MODELAGEM E SIMULAÇÃO MODELAGEM E SIMULAÇÃO Professor: Dr. Edwin B. Mitacc Meza edwin@engenharia-puro.com.br www.engenharia-puro.com.br/edwin Como Funciona a Simulação Introdução Assim como qualquer programa de computador,

Leia mais

TÍTULO: PARÂMETROS PARA ESTIMATIVA DE CUSTO - PROJETOS DE INTERESSE SOCIAL

TÍTULO: PARÂMETROS PARA ESTIMATIVA DE CUSTO - PROJETOS DE INTERESSE SOCIAL TÍTULO: PARÂMETROS PARA ESTIMATIVA DE CUSTO - PROJETOS DE INTERESSE SOCIAL CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: ENGENHARIAS E ARQUITETURA SUBÁREA: ENGENHARIAS INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DO INSTITUTO MAUÁ

Leia mais

Anexo à Política de Investimentos 2010 a 2014

Anexo à Política de Investimentos 2010 a 2014 Anexo à Política de Investimentos 2010 a 2014 Diretrizes para Investimentos em Imóveis (aprovadas pelo CDE em sua 18ª reunião realizada nos dias 14 a 16 de dezembro de 2009 Índice Anexo à Política de Investimentos...1

Leia mais

NORMAS PARA AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS URBANOS MÉTODO INVOLUTIVO IBAPE/SP 2015. Osório Gatto

NORMAS PARA AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS URBANOS MÉTODO INVOLUTIVO IBAPE/SP 2015. Osório Gatto NORMAS PARA AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS URBANOS MÉTODO INVOLUTIVO IBAPE/SP 2015 Osório Gatto Normas IBAPE - SP 8.5. Escolha da Metodologia Em função da natureza do bem, da finalidade da avaliação e da disponibilidade

Leia mais

Equilíbrio econômico de uma seguradora Francisco Galiza, Mestre em Economia (FGV)

Equilíbrio econômico de uma seguradora Francisco Galiza, Mestre em Economia (FGV) Equilíbrio econômico de uma seguradora Francisco Galiza, Mestre em Economia (FGV) O objetivo deste trabalho é estudar um modelo simples de comportamento e equilíbrio das seguradoras. Nesta discussão, são

Leia mais

GASTAR MAIS COM A LOGÍSTICA PODE SIGNIFICAR, TAMBÉM, AUMENTO DE LUCRO

GASTAR MAIS COM A LOGÍSTICA PODE SIGNIFICAR, TAMBÉM, AUMENTO DE LUCRO GASTAR MAIS COM A LOGÍSTICA PODE SIGNIFICAR, TAMBÉM, AUMENTO DE LUCRO PAULO ROBERTO GUEDES (Maio de 2015) É comum o entendimento de que os gastos logísticos vêm aumentando em todo o mundo. Estatísticas

Leia mais

LAUDO TÉCNICO DE AVALIAÇÃO DE IMÓVEL

LAUDO TÉCNICO DE AVALIAÇÃO DE IMÓVEL 1 LAUDO TÉCNICO DE AVALIAÇÃO DE IMÓVEL Lotes 13 e 14 Quadra B Prolongamento da Rua Monsenhor Seckler (Loteamento não implantado) Bairro Vila Oceanópolis Mongaguá SP CPI Conselho do Patrimônio Imobiliário

Leia mais

5 Análise prospectiva dos investimentos das EFPC

5 Análise prospectiva dos investimentos das EFPC 5 Análise prospectiva dos investimentos das EFPC Nesta seção serão apresentados os resultados encontrados para os diversos modelos estimados. No total foram estimados dezessete 1 modelos onde a variável

Leia mais

Unidade VI. Validação e Verificação de Software Teste de Software. Conteúdo. Técnicas de Teste. Estratégias de Teste

Unidade VI. Validação e Verificação de Software Teste de Software. Conteúdo. Técnicas de Teste. Estratégias de Teste Unidade VI Validação e Verificação de Software Teste de Software Profa. Dra. Sandra Fabbri Conteúdo Técnicas de Teste Funcional Estrutural Baseada em Erros Estratégias de Teste Teste de Unidade Teste de

Leia mais

6 Construção de Cenários

6 Construção de Cenários 6 Construção de Cenários Neste capítulo será mostrada a metodologia utilizada para mensuração dos parâmetros estocásticos (ou incertos) e construção dos cenários com respectivas probabilidades de ocorrência.

Leia mais

Só Matemática O seu portal matemático http://www.somatematica.com.br FUNÇÕES

Só Matemática O seu portal matemático http://www.somatematica.com.br FUNÇÕES FUNÇÕES O conceito de função é um dos mais importantes em toda a matemática. O conceito básico de função é o seguinte: toda vez que temos dois conjuntos e algum tipo de associação entre eles, que faça

Leia mais

PLANOS DE CONTINGÊNCIAS

PLANOS DE CONTINGÊNCIAS PLANOS DE CONTINGÊNCIAS ARAÚJO GOMES Capitão SC PMSC ARAÚJO GOMES defesacivilgomes@yahoo.com.br PLANO DE CONTINGÊNCIA O planejamento para emergências é complexo por suas características intrínsecas. Como

Leia mais

Matemática Financeira Módulo 2

Matemática Financeira Módulo 2 Fundamentos da Matemática O objetivo deste módulo consiste em apresentar breve revisão das regras e conceitos principais de matemática. Embora planilhas e calculadoras financeiras tenham facilitado grandemente

Leia mais

Cálculo Numérico Aula 1: Computação numérica. Tipos de Erros. Aritmética de ponto flutuante

Cálculo Numérico Aula 1: Computação numérica. Tipos de Erros. Aritmética de ponto flutuante Cálculo Numérico Aula : Computação numérica. Tipos de Erros. Aritmética de ponto flutuante Computação Numérica - O que é Cálculo Numérico? Cálculo numérico é uma metodologia para resolver problemas matemáticos

Leia mais