Esperança. Revista. A criança na ótica de Jesus. Trata-se de salvar a inocência. Educação: dialética no mundo da migração

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1 Esperança Revista Ano II nº 4 2º semestre de 2010 A criança na ótica de Jesus Educação: dialética no mundo da migração Trata-se de salvar a inocência

2 Sumário Capa: Crianças colombianas Frontiera EspiritualidadE Levante-se, pegue o menino e segure-o firme... 2 Revista Esperança Publicação semestral das Irmãs Missionárias de São Carlos Borromeo Scalabrinianas Província Nossa Senhora Aparecida Outubro de 2010 Diretora Ir. Neusa de Fátima Mariano, mscs Superiora Provincial Coordenação Geral Ir. Sandra Maria Pinheiro, mscs Conselheira e Secretária Provincial Direção de redação Ir. Elizangela Chaves Dias, mscs Ir. Maria Lélis da Silva, mscs Ir. Rosa Maria Martins Silva, mscs Colaboradoras Ir. Assunta Bridi, mscs Ir. Dirce de Oliveira, mscs Ir. Elizangela Chaves Dias, mscs Ir. Erta Lemos, mscs Ir. Inês Facioli,mscs Ir. Joana da Silva, mscs Ir. Lídia Mara Silva de Souza, mscs Ir. Lúcia Antonia Bonk, mscs Ir. Neuza Botelho dos Santos, mscs Ir. Renilda Teixeira Pereira, mscs Ir. Rosa Maria Martins Silva, mscs Jornalista responsável Ir. Maria Lélis da Silva, mscs Marina Ferraz Revisão Geral Ir. Sandra Maria Pinheiro, mscs Marina Ferraz Diagramação e arte Inês Ruivo HI Design Impressão e acabamento Edições Loyola rua 1822, nº , São Paulo, sp Tel Tiragem 1000 exemplares Contato Província Nossa Senhora Aparecida Praça Nami Jafet, Ipiranga São Paulo SP Brasil Tel (11) sandra.mscs@terra.com.br ação Missionária Em favor dos pequenos... 4 Centro Infantil Madre Assunta Marchetti... 6 Rua do Orfanato, Entrevistas formação Os filhos dos migrantes, quem irá cuidar deles? decifrando as Escrituras Deixai vir a mim os pequeninos A criança na ótica de Jesus Atualidade Trabalho escravo: exploração infantil Combate ao tráfico de crianças Missão Scalabriniana Crianças de rua: desafio desse século eclesiologia Trata-se de salvar a inocência Educação Educação: dialética no mundo da migração Crianças ciganas O pré-conceito ainda as impedem de serem consideradas seres humanos normais O desafio de educar no contexto migratório história de vida Irmã Jaira: testemunho de amor aos pequeninos... 32

3 Caros Leitores Temos a alegria de colocar em suas mãos mais uma edição da Revista Esperança que, neste número, aborda o menor no contexto das migrações. Este tema é de grande importância e abrangência na temática da mobilidade humana já que é um dos aspectos que vem se acentuando de forma expressiva no contexto atual das migrações. Por outro lado, esta é uma dimensão pouco analisada e refletida, sobretudo enquanto consequências produzidas na vida dos menores que sofrem com o fenômeno, pois, eles representam o segmento mais frágil, mais vulnerável, e ao tempo, são sinais de vitalidade e portadores de um novo. Portanto, ao afrontarmos esta temática, um dos desafios que emerge é a questão sobre as segundas e terceiras gerações de migrantes, onde os filhos vivem o drama da pertença parcial e contemporânea aos dois mundos, duas culturas, duas pátrias. Além de viverem a não adaptação no contexto familiar, por assumirem uma perspectiva totalmente diferente daquela dos pais, das condições de vida e trabalho, de seus direitos básicos e de integração, sofrem as consequências da fragmentação social. São rejeitados pelos seus conacionais por serem filhos de imigrantes, sendo que, por outro lado, não se identifiquem plenamente com a terra de origem dos pais. Não alimentam o sonho do retorno e sofrem com a falta de reconhecimento social no lugar onde vivem. Nessa perspectiva, os artigos, relatos, entrevistas e testemunhos contidos na Revista, descortinam uma riqueza de elementos e levantam uma série de reflexões entorno à questão da educação desta geração de filhos de migrantes, como os da relação intercultural e interreligiosa dentro da própria comunidade. Enfim, toca no pungente problema que normalmente preocupa toda a sociedade: a educação das novas gerações. Além disso, oferecem oportunas indicações, motivadas por ricas reflexões à luz da fé e do atual contexto social, expressas através da ação missionária e evangelizadora das Irmãs Missionárias de São Carlos Borromeo Scalabrinianas, que procuram incidir, proteger, salvar a vida e a dignidade de crianças e adolescentes em situação de risco pessoal e social. Desejo-lhes que ao lerem estas páginas, sintam-se motivados também ao acolhimento e à solidariedade para com os migrantes, especialmente, os mais vulneráveis, em resposta aos recentes apelos da Igreja, expressos através da voz do Santo Padre, o Papa Bento XVI, que em sua mensagem por ocasião do Dia Mundial do Migrante e Refugiado para o ano de 2010, assim nos diz: Formulo votos de coração para que se reserve a justa atenção aos migrantes menores, necessitados de um ambiente social... Por conseguinte, trata-se de um fenômeno que deve ser avaliado com atenção e enfrentado com ações coordenadas, com oportunas medidas de prevenção, de salvaguarda e de acolhimento, segundo quanto prevê também a própria Convenção dos Direitos da Criança, afim de que promovam iniciativas oportunas em seu benefício. Boa leitura! Ir. Neusa de Fátima Mariano, mscs Superiora Provincial

4 Levante-se, pegue o menino e segure-o firme arquivo PNSA Quando Jesus inicia sua atividade apostólica, anuncia a chegada do Reino de Deus. Com isso, está dizendo que algo novo aconteceu, porque Ele sabia olhar os acontecimentos de uma maneira diferente. O Reino já está presente, mas seria necessário um olhar de fé, esperança e amor para perceber essa nova presença escondida, que Ele veio anunciar. É esta presença nova de Deus que se introduziu de maneira amorosa na história da humanidade para reordenar, de acordo com o Projeto do Pai, a mesma história e a vida das pessoas. Foi a partir da inauguração desta nova realidade que as pessoas começaram a descobrir os sinais que indicavam a necessidade de uma ação concreta da parte do homem para ordenar o mundo e a história segundo Deus. Revelou-se, desta forma, que somos autenticamente pessoas quando fazemos o bem, quando amamos. Tornar presente o Reino de Deus em todas as realidades é a missão legada por Jesus Cristo a todos os seus discípulos e discípulas. Deus ouviu os gritos da criança Era o ano de 1894, um período de forte imigração da Itália para a América. Não se vislumbrava claramente qual seria o futuro destes imigrantes. Deixar tudo e buscar novo projeto de vida, mas, em que condições? Novos desafios surgem na vida das famílias e na Igreja. O profeta Isaías chama a atenção para tempos como estes. Falando em nome de Deus: Eis que estou fazendo coisas novas [...] no deserto eu abro um caminho... (Is 43,19). Para que caminhos fossem abertos, fazia-se necessária a colaboração humana. E eis que José Marchetti, jovem sacerdote da diocese de Lucca, Itália, adentra no mundo das Migrações e nele descobre sinais e apelos de Deus. Abandona seu promissor ministério na Itália e coloca-se a caminho com os migrantes. Sempre atento aos acontecimentos, percebe que os mais vulneráveis e necessitados de amparo e proteção eram as crianças. Inicialmente Pe. Marchetti, jovem missionário, se dispôs a acompanhar seus paroquianos na dura travessia, assegurando-lhes o conforto e alimento espiritual a fim de sanar a dor que comporta tal ruptura. Ele não foi, porém, indiferente à realidade. E foi no meio dessa realidade que o grito de uma criança lhe moveu o coração. O futuro estava ameaçado. O que fazer diante do grito de uma criança? Como calar-se quando a infância é ameaçada, quando o inocente está em risco, quando o indefeso é agredido? Certamente tais questões se passaram no 2

5 Espiritualidade coração daquele missionário. Se Scalabrini foi original ao ouvir o clamor dos migrantes na estação de Milão, Pe. Marchetti foi original ao ouvir o grito da criança migrante, órfã, indefesa, pobre, abandonada e condenada à indigência. Este fato nos traz também à memória a experiência de Agar no deserto carregando seu filho, sem perspectiva de vida. O nome Agar em hebraico significa emigração ou fuga. De fato, Agar era uma estrangeira egípcia na família de Abraão e Sara que, não podendo mais conviver com estes, foi forçada a sair. A Sagrada Escritura diz que ela andava errante pelo deserto. Faltando o alimento necessário para a sobrevivência e não tendo de onde tirar viveres para seu filho, deixou-o num canto. Não restava alternativa, somente esperar a morte da criança. O relato prossegue com uma força e expressão surpreendente, que o faz digno de citação, pela intensidade contida em cada palavra: O menino começou a chorar. Deus ouviu os gritos da criança, e o anjo de Deus, lá do céu, chamou Agar dizendo: O que é que você tem Agar? Não tenha medo, pois Deus ouviu os gritos da criança que aí está. Levante-se, pegue o menino e segure-o firme, porque eu farei dele uma grande nação. Deus abriu os olhos de Agar e ela viu um poço. Foi encher o cantil e deu de beber ao menino. (Gn 21,16-19) Esta passagem ilustra bem os fatos ocorridos com Pe. Marchetti durante a travessia, quando as vidas de uma criança e de seu pai estavam comprometidas devido à morte da mãe. Certamente, naquele momento o grito daquela criança calou o coração de Deus. Marchetti foi o anjo que Deus enviou do céu para dizer ao homem infeliz não tenha medo, pois Deus ouviu os gritos da criança que aí está. Aquela criança não foi a única, Pe. Marchetti encontrou outros pequenos imigrantes órfãos e abandonados. Descobriu através delas, um forte apelo do Senhor. Deus abriu os olhos de Marchetti e ele viu um poço, ou melhor, ele viu o orfanato. E desde aquele momento não faltaram esforços para garantir à criança migrante, mais pobre e abandonada, uma formação integral. Pe. Marchetti foi o anjo que Deus enviou do céu para dizer ao homem infeliz não tenha medo, pois Deus ouviu os gritos da criança que aí está arquivo PNSA Perpetuando a ação na história A partir desta experiência é que também as Irmãs Missionárias Scalabrinianas, desde a sua origem, buscam ser uma presença de vida e esperança entre os menos favorecidos do mundo das migrações. A irmã de Pe. José, Assunta Marchetti, tornou-se o protótipo da presença carinhosa de uma verdadeira mãe, consolidando a vida da Congregação Religiosa e da missão específica no mundo das migrações. Este novo por eles iniciado há mais de 115 anos é hoje perpetuado por quem experimentou a graça de ser chamada a dar continuidade a esta importante missão. O ideal de Pe. Marchetti, assumido por Madre Assunta e pelas Irmãs Scalabrinianas, era e continua a ser a proteção da infância, o sustento e a formação educacional, emocional, religiosa e profissional dos menores. Esses objetivos se perpetuam na missão desempenhada pelas Irmãs Scalabrinianas em seus diversos projetos e atividades educacionais e sócio-pastorais A força e a eficácia de tal missão vêm do seguimento fiel a Jesus Cristo, Aquele que veio para servir e para gerar vida em abundância. Ele que, inaugurando a presença do Reino no mundo, é o sinal mais evidente desta mesma presença também em meio a situações onde a infância é ameaçada, centrando a ação pastoral naquilo que constitui a Igreja, sinal vivo do Reino também no mundo de hoje, que é o amor. Esperança 2º semestre de

6 Em favor dos pequenos Frontiera Nos relatos históricos da Congregação das Irmãs Missionárias de São Carlos Borromeo Scalabrinianas, as primeiras missionárias que partiram da Itália com destino ao Brasil, em outubro de 1895, iniciaram sua missão a bordo do navio. Deram catequese a 86 crianças migrantes que acompanhavam seus pais a maioria, camponeses empobrecidos. Situações dramáticas afetavam a vida de milhões de imigrantes italianos que partiam para as Américas ( ). Um pai de família dizia a Dom João Batista Scalabrini, bispo de Piacenza: Não me resta escolha: ou roubar ou emigrar. Roubar não devo e não quero, porque Deus e a lei o proíbem. Ganhar aqui o pão para meus filhos, não é possível. Emigrar é o único recurso que me resta. Atualmente, estas cenas de migração em busca de sustento, de sobrevivência e de proteção da própria família se repetem. Uma em cada sete pessoas do mundo vive longe de onde nasceu (Relatório das Organizações das Nações Unidas, ONU, em 2009). As migrações são consideradas fator de desenvolvimento e de melhorias na A interação entre a realidade dos migrantes e a ação missionária desencadeia atitudes de confronto, de superação e de mudança qualidade de vida dos migrantes, porém, todos somos testemunhas da carga de sofrimentos, contrariedades e aspirações que acompanham os fluxos migratórios (Caritas in Verita, n. 62). Crianças que vivenciam o processo migratório, partindo com seus familiares para novas localidades ou permanecendo nos locais de origem até o retorno do(s) pai(s), vão acrescentando em suas vidas diferentes formas de superação física, psicológica e cultural. Etapas que, inevitavelmente, são acompanhadas de sofrimentos, inseguranças e surpresas. Por serem crianças, despertam em nós encantamentos, ternura, gosto por brinquedos e brincadeiras, atitudes de proteção e compaixão, cuidados e desafios na convivência e na educação. Deixai vir a mim as crianças, porque delas é o Reino dos Céus (Mt 19,14). Ação missionária Como discípulas-missionárias de Jesus Cristo, as Irmãs Missionárias Scalabrinianas são desafiadas a discernir os sinais dos tempos no mundo das migrações em 4

7 Ação Missionária arquivo PNSA favor dos pequenos. O que desejam e querem construir a partir desses novos protagonistas que precocemente rompem fronteiras geográficas, sociais e culturais? Elas são convocadas a viverem e promoverem a comunhão na diversidade, partilhando e construindo com eles caminhos de um novo protagonismo social no mundo da mobilidade humana. Considerando a trajetória missionária das Irmãs Scalabrinianas ao longo dos anos ( ), podemos destacar algumas atitudes e iniciativas que estão presentes em sua ação missionária, a partir de um olhar específico para com as crianças migrantes: Acolhimento, abertura, alegria. As crianças são dom e sinal da presença de Deus no mundo. Cada Religiosa é porto de chegada e de partida dos pequenos que necessitam de abrigo. Solidariedade e conforto nos momentos difíceis. Crianças em situações de pobreza, abandono e violência merecem cuidados especiais. Através da missão assumida com ardor e coragem, estendem prazerosamente suas mãos até aonde elas alcançam para beneficiar uma criança. Pertença e participação. As crianças necessitam de boas referências para a afirmação de sua personalidade. Jesus evangelizava a partir de uma comunidade. A Irmã Scalabriniana inclui os preceitos religiosos e transmite a fé. Orientação e assistência. Tempo para ouvir e estar com as crianças e seus familiares. A Missionária se prepara para a prestação de serviços e de informações para os que chegam, despertando-os para uma vida mais digna e justa. Espaços alternativos. Oportunizar encontros de convivência e de confraternização com as famílias, interagindo com as crianças através de jogos e brincadeiras. As Irmãs favorecem a inclusão, evitando os riscos da marginalização e exploração. Fortalecimento de Parcerias. Atuar de forma conjunta com redes e organizações sociais e públicas. A Pastoral da Criança pode ser uma aliada, sobretudo na primeira infância (0 6 anos). A ação scalabriniana busca fortalecer os direitos de cidadania. Tutelar a dignidade e os direitos naturais inalienáveis. Apoio em defesa de crianças migrantes em situação de vulnerabilidade. Conhecimento e aplicação da Convenção sobre os Direitos da Criança, buscando ampliar a atuação através de garantias legais. Educação e Catequese. Considerar pedagogias e metodologias adequadas na educação e catequese com crianças migrantes, valorizando e respeitando sua cultura e potencialidades. Sejam instrumentos daquela Providência que preside e guia os destinos humanos. (Scalabrini, 1899). A interação entre a realidade dos migrantes e a ação missionária a partir de relações face a face desencadeia atitudes de confronto, de superação e de mudanças, favorecendo, assim, um processo de comportamentos e práticas cada vez mais libertadoras e prazerosas. Neste sentido, a dispersão e diversidade tornam-se ocasiões de novos aprendizados de fraternidade e construção de uma cidadania universal e nova visão de mundo, com a intervenção e apoio de mulheres consagradas que entregam sua vida pela construção do Reino na pessoa dos migrantes e refugiados. Ir. Inês Facioli, mscs Guariba SP Esperança 2º semestre de

8 Centro Infantil Madre Assunta Marchetti arquivo PNSA No Centro Infantil Madre Assunta Marchetti atendemos crianças que, por sua vulnerabilidade, necessitam atenção adequada. A maioria de regiões da Colômbia, onde os grupos armados de guerrilhas ou paramilitares estão presentes. Muitas vezes, a situação de violência generalizada não as possibilita brincar, estudar, alimentar-se e aproveitar de sua infância na liberdade. Se não tivessem fugido juntamente com os pais, certamente seriam levadas às filas de recrutamento forçado pelos grupos armados. É por esses menores que buscamos construir um espaço para brincar, aprender e fazer amigos com tranquilidade A história de Carolina Tudo começou quando conhecemos uma menina de nove meses, que chamaremos de Carolina. Seus pais trabalhavam no mercado de rua e todos os dias a levavam para lá. A criança ficava em uma caixa de papelão, recebendo toda a contaminação dos carros, chuva, sol e frio até que os pais terminassem o trabalho e a levassem para casa. Certa manhã, Carolina amanheceu doente e foi para o hospital, permanecendo internada por alguns dias. Os médicos disseram que ela deveria ser transferida para outro centro maior e assim o fizemos. O nascimento do Centro Infantil Essa experiência nos fez ver que, em Ibarra Equador, faltava quem olhasse para os problemas enfrentados pelas crianças migrantes, com programas apropriados e adequados. No dia seguinte, fomos à Embaixada do Japão apresentar-lhes um projeto para a criação e financiamento de um Centro Infantil onde as crianças migrantes estivessem seguras durante o horário de trabalho de seus pais. Nesse momento, soubemos que Carolina não havia sobrevivido. Um filme passou pela minha cabeça: era a mesma situação vivida por Padre Marchetti quando recebeu das mãos de um pai o bebê órfão, cuja mãe faleceu no navio que lhes trazia ao Brasil. Lembrei-me de Madre Assunta e disse aos representantes da Embaixada Japonesa que a aprovação de nossa proposta era fundamental para que outras crianças não tivessem o mesmo destino de Carolina. Em poucos dias recebemos a resposta de que o projeto foi aprovado. Teríamos à nossa disposição os recur- 6

9 Ação Missionária sos solicitados. Cinco meses depois, inauguramos o Centro Infantil Madre Assunta Marchetti, na cidade de Ibarra. Hoje o centro acolhe mais de 80 crianças migrantes que encontram aqui um lugar seguro e acolhedor para estarem enquanto seus pais trabalham. Dificuldades Os desafios que esses meninos e meninas migrantes encontram são muitos. Entre eles, a discriminação ao entrarem em uma nova escola: seu nível de aprendizado está defasado em relação à sua idade, o seu tipo físico é diferente da população local, falam com um sotaque diferente. Os pequenos migrantes, às vezes, sofrem agressões verbais, ouvindo dos colegas que seus pais são guerrilheiros, traficantes e ladrões. Ofensas que doem muito, sobretudo, pela situação em que se encontram, por terem perdido suas casas, sítios e animais. Outra dificuldade é o local onde vivem. Pequenos quartos que servem como cozinha, sala e dormitório. Muitas vezes não possuem nem um pátio para brincar. Ficam trancados nesses horríveis ambientes. Porque gosto de estar no Centro Infantil As pessoas da Pastoral Migratória são muito legais, a comida é boa. Se tenho que ir, fico triste. Se fico, estou feliz Jorman Hurtado Vivas Masa, 9 anos. Gosto de brincar com meus amigos e com a professora. Vou sentir saudade da minha professora, dos meus amigos e das Irmãs David Josué Navas, 5 anos. O que fazemos Algumas dessas crianças chegam ao Centro Infantil com um alto grau de desnutrição, causado pela falta de comida em casa e as diferenças com a alimentação que tinham no país de origem. As crianças são quem mais sofrem por não poderem falar da situação que enfrentam. A única evidência está nas atitudes, como o medo e a agressividade quando brincam com os amigos. Os brinquedos são sempre em forma de armas, porque viveram momentos de morte, violência e massacres. São os traumas que trazem na mente e no coração que mais as afetam. No Centro Infantil acolhemos crianças de um a cinco anos de idade, no período entre 7h30 e 16h. Logo após o café da manhã, os meninos e meninas participam de atividades lúdicas e educativas em salas de aulas com professores bem preparados e profissionais aptos para ajudar-lhes em sua inserção no novo ambiente. Depois, vem a hora do lanche e a hora de brincar. Voltam para as aulas até o almoço. Recebem uma suculenta refeição e dormem um pouco. Ao acordarem, brincam e se divertem como é próprio delas. As crianças entre seis e 12 anos são acompanhadas pelos professores no reforço escolar e em tarefas dirigidas. No final da tarde, se preparam contentes para voltarem para casa. É por esses menores que buscamos construir um espaço para brincar, aprender e fazer amigos com tranquilidade. Ir. Joana da Silva, mscs Ir. Dirce de Oliveira, mscs Ibarra Equador arquivo PNSA Esperança 2º semestre de

10 Rua do Orfanato, 833 Marina Ferraz Foi esse endereço que Clara, Luiza, Sebastião, João, Marcos e Francisco (nomes fictícios) aprenderam a chamar de lar. A mãe procurou o conselho tutelar porque temia pela vida de seus filhos. Seu marido, pai das duas crianças menores, agredia constantemente os outros quatro enteados. Ela separou-se do marido e seus filhos, com idade entre dois e doze anos, foram separados dela. Os seis moram hoje no Abrigo Casa Madre Assunta Marchetti. Fazendo memória... O que deu inicio ao abrigo foi uma história um pouco diferente da vivida pelos irmãos. Mas tão sofrida quanto. Tudo começou quando Pe. José Marchetti estava no navio, vindo em sua segunda viagem da Itália ao Brasil como capelão de bordo, e presenciou a morte de uma mulher. O marido estava tão desesperado que ameaçou se jogar no mar com o filho do casal. O padre, então, se ofereceu para cuidar do bebê. Foi esse gesto singular que fez brotar a ideia de criar um lar, não só para essa criança, mas para todas que precisassem. Afinal, eram tantas que perdiam seus pais, seja na travessia Itália-Brasil, seja nas fazendas de As crianças filhas de migrantes eram quase sempre privadas de instrução escolar café. Assim, em 1895, Pe. Marchetti começou a construção do Orfanato Cristóvão Colombo. As crianças filhas de migrantes eram quase sempre privadas de instrução escolar. Trabalhavam desde muito cedo para ajudar os pais nas fazendas de café do interior paulista. Buscando melhorar a vida que levavam, os migrantes vinham para São Paulo, morando em bairros pobres e em péssimas condições. Um estudo revela que 16,8% do total de óbitos de estrangeiros na cidade de Rio Claro entre os anos de 1875 e 1930 eram de crianças entre um e cinco anos. A maior parte causada por doenças em decorrência da vida de miséria, privações e falta de higiene. Já 62,5% das mortes eram de pessoas entre 20 e 50 anos, revelando um problema tão grave quanto a mortalidade infantil: a orfandade. Foi em meio a essa realidade que Pe. Marchetti viu a existência de um campo de apostolado imenso. Seja nas obras pelos órfãos ou nas missões pelo interior do Estado, ele empenhou todas as suas forças. Pediu a ajuda de sua irmã, Madre Assunta Marchetti. Com a morte do irmão, em 1896, Madre Assunta assume o sonho. A obra 8

11 Ação Missionária sofreu com várias dificuldades e levou nove anos para que fosse completamente terminada. A unidade do Ipiranga continuou a ser administrada pelos padres, enquanto aquela da Vila Prudente ficou sob a custódia das Irmãs Missionárias Scalabrinianas. Durante cem anos, o abrigo que então era chamado Orfanato Cristovão Colombo de Vila Prudente atendeu exclusivamente as meninas. A partir do ano de 2005, com as novas exigências da legislação de proteção ao menor, a instituição passou a atender também os meninos, mudando sua denominação centenária para abrigo Casa Madre Assunta Marchetti, justamente em homenagem à Madre Assunta, que doou sua vida nesta missão por mais de meio século. Mais de cem anos depois... Hoje muita coisa mudou, mas o problema com as crianças continua. Assim como os seis irmãos, muitas são vítimas de drogas, abusos, violência doméstica e maus tratos. Sem contar os pais que não possuem condições de dar o básico que essas crianças necessitam para sobreviverem. É nesse contexto que a obra realizada pelas Irmãs Missionárias Scalabrinianas no Abrigo Casa Madre Assunta Marchetti se torna cada vez mais importante. Atualmente, são 40 as crianças que vivem lá. A mais nova é justamente a caçula dos seis irmãos, de dois anos de idade. A mais velha tem 16 anos. O trabalho realizado pelas sete Irmãs e funcionários busca oferecer aos mais pobres uma alternativa à vida na rua. As crianças que chegam são encaminhadas pela vara da infância e juizado de menores. Moram no abrigo, vão à escola e recebem ajuda psicológica e social para superarem o trauma após anos de sofrimento. É um trabalho difícil, mas necessário. Uma delas chegou com o rosto todo machucado. Foi espancada pela mãe por não ter limpado a casa naquele dia. A menina tem sete anos e passou a maior parte de seu primeiro dia no abrigo Casa Madre Assunta calada e andando sozinha. É quase sempre assim, quando chegam. No abrigo, essas crianças aprender a serem cuidadas ao invés de cuidar. Mais do que isso, a serem crianças e adolescentes. Lá, têm uma oportunidade de se prepararem para a vida de adulto. Todas frequentam a escola. Durante a tarde, podem fazer aulas de reforço, música, pintura, danças, artesanatos e outras atividades. Os mais velhos têm a possibilidade de começarem cursos fora e aprenderem uma profissão. Alguns internos têm permissão para passar o fim de semana com os familiares, outros recebem visitas. Isso só é possível porque as Irmãs acompanham também as famílias quando as crianças estão no abrigo e mesmo depois que saem. Ir. Lídia, diretora, explica que nem sempre podem pedir autorização para a saída de algumas crianças, pois sabem que os pais não têm a mínima condição mental e financeira para estarem com o filho(a). O abrigo também presta auxílio às famílias carentes, através do Projeto Sócio-educativo. Atualmente neste projeto se encontram A missão das Irmãs Missionárias Scalabrinianas é mais que um trabalho de generosidade, é um compromisso de amor e dedicação aos menores carentes 20 crianças que passam o dia e fazem suas refeições junto com os internos. A demanda pelos serviços oferecidos é grande. Mas não é possível atender todos os pedidos, por isso, as Irmãs escolhem aqueles que mais necessitam da ajuda. A missão das Irmãs Missionárias Scalabrinianas junto ao abrigo Casa Madre Assunta Marchetti é mais que um trabalho de generosidade, é um compromisso de amor e dedicação aos menores carentes. É a realização do sonho iniciado por Pe. José Marchetti, continuado por Madre Assunta e pelas primeiras Irmãs. Marina Ferraz São Paulo SP Esperança 2º semestre de

12 Entrevistas A Revista Esperança conversou com as Irmãs Lídia Cardoso de Andrade e Maria Aparecida dos Anjos. Ir. Lídia, há mais de um ano, cuida das crianças do abrigo Casa Madre Assunta Marchetti, na Vila Prudente São Paulo. Já Ir. Maria Aparecida acompanha as crianças do Orfanato Cristovão Colombo, no Ipiranga, também na capital, há nove anos. Aqui elas falam do amor pelas crianças e pela missão que, com tanto carinho, desenvolvem. Esperança: Por que trabalhar com crianças? Ir. Lídia: Sempre sonhei em trabalhar com crianças. Então pedi para trabalhar no abrigo, como uma experiência. Eu gosto do contato com as crianças, realizo a missão com amor. Elas pedem atenção. Sou diretora, mas faço o que precisar: troco fralda, dou banho, dou comida. Não consigo ficar parada. Tenho a minha sala, mas estou sempre andando e acompanhando tudo na casa. Esperança: Quais as maiores dificuldades encontradas? Ir. Lídia: A criança chega aqui com vícios, quer fugir. Por isso, o processo de adaptação é o mais difícil, pois é o período que a criança leva para entender que isso aqui é a casa dela. Porque, antes, ela vivia sem regras, sem horários. Aqui tem que aprender a conviver com horários, com certas regras e limites, ir à escola, dedicar-se ao estudo, etc. Esperança: Existe algum caso que tenha tocado mais o seu coração? Ir. Lídia: Todos nos tocam, devido a situação em que se encontram. Agora temos aqui uma criança de dois anos que veio com outros cinco irmãos. Ela está naquela fase gostosa, quer falar, chama a mamãe. Sempre falo para a irmã dela que a mãe está perdendo tudo isso. Marina Ferraz Esperança: A maioria das crianças que chegam aqui vem de lares desequilibrados. O que essa criança mais necessita quando chega? Como supri-la da falta de uma família? Ir. Lídia: Temos que conversar e dar muito carinho. Quando chegam, elas querem ir para casa, os menores perguntam onde está a mãe, pedem para visitá-la. Vamos explicando o motivo para ficar aqui no abrigo. Cuidamos como mães, usamos a pedagogia do amor para cativá-las e conquistá-las no novo ambiente. Esperança: Qual a maior satisfação nesse trabalho? Ir. Lídia: Quando vejo que a criança está crescendo. Tem uma aqui de 16 anos que está fazendo curso de cabeleireiro. Quero que saia daqui com estudo e uma carreira. É a maior satisfação vê-los crescer bem. Alguns não querem ir à escola, faltam às aulas. É um trabalho exigente. É muito bom ver quando eles querem melhorar seu nível de vida. Quando descobrem que podem sonhar e querer algo melhor para sua vida. Esperança: Quando as crianças vão embora, não é difícil deixá-las? A senhora não se apega muito? Ir. Lídia: É bem difícil, sobretudo quando ainda são muito pequenos. Teve uma de três anos que voltou a morar com o pai, em Minas Gerais. Eu fui levá-la. Todos nós sentimos a sua saída. Ela nos cativou com sua doçura e ternura. Mas agora, certamente estará melhor, junto de seu pai que assumiu a responsabilidade de criá-la e educá-la no seio de sua família. 10

13 Ação Missionária Esperança: Por que escolheu o trabalho no orfanato? Ir. Aparecida: Sou missionária e, em 2001, a Superiora Provincial me pediu para assumir este trabalho. Nunca tinha pensado em vir. Não achava que daria conta desta missão. Meu primeiro ano foi bem difícil, pois cheguei agindo apenas com o coração. Dava atenção total a todos, e eles, danadinhos, pegaram meu ponto fraco, e tomaram conta de mim. Aí fui aprendendo... Esperança: E qual a influência da Madre Assunta nesse aprendizado? Ir. Aparecida: Muita. Ela deu a vida e queria morrer entre as crianças carentes. Sempre penso: que bom que eu trabalho onde ela entregou sua vida. Ela estava sempre com os mais necessitados. Era simpática, carinhosa, amorosa e alegre com todos. Não media esforços para atender a cada um, segundo suas necessidades. Ela me ajuda a continuar firme na missão, e a não desanimar diante das dificuldades. Esperança: Quais são os casos que mais lhe comovem o coração? Ir. Aparecida: Quando a família é muito carente, em todos os sentidos da palavra. Muitas famílias não têm nada, vivem em condições sub-humanas. Um dia, fui com um pai levar sua filha ao médico e percebi que ele estava com pressa de ir embora. Quando perguntei o motivo, disse que precisava ir a um lugar que serve almoço, pegar comida para ele e a filha, já que não tem dinheiro para comprar. Fiquei emocionada. É sua única chance de seguir adiante na vida, pois, caso contrário seu destino será viver na rua e com todas as consequências que isto comporta. Marina Ferraz Esperança: O que se pode fazer quando as crianças chegam traumatizadas, e de lares desequilibrados? Ir. Aparecida: Elas precisam de toda nossa atenção, temos as psicólogas, os encontros de terapia personalizada e grupal. Um dia uma criança estava nesses grupos e contou que sofria abuso sexual em casa, ela estava aqui há um ano e não sabíamos de nada. É um acompanhamento importante o que fazemos com as crianças. Temos também a assistente social que acompanha e orienta a família, tratando de promover e obter respostas adequadas às necessidades dos menores. Esperança: Como se sente, quando uma criança vai embora? Ir. Aparecida: A gente se apega, é claro. Sinto um vazio enorme. Ano passado senti muito a saída do grupo que estava na quarta série. Eles demonstraram muito carinho por nós, choravam muito na formatura. E eu também não aguentei e chorei. Mas educar é isso, cada um toma o seu caminho depois. Esperança: O que é mais prazeroso neste trabalho com as crianças? Ir. Aparecida: Saber que estamos dando continuidade à obra inicial e sanando uma chaga dos tempos modernos em relação às necessidades da infância carente e necessitada, como consequência do fenômeno das migrações. Passamos pelas mesmas dificuldades que Madre Assunta também passou. É bom saber que somos continuadoras do carisma inicial, sem perder o sentido da missão. Essa é a obra mais cara pela qual Padre Marchetti e Madre Assunta deram a vida. Esperança: Quais são essas dificuldades? Ir. Aparecida: A educação das crianças no mundo atual não é fácil. Criança sem vida é criança sem saúde. Eles não são disciplinados, mas procuro ver como um sinal de vitalidade. Criança é criança. Esperança: Como avalia essa experiência de quase uma década? Ir. Aparecida: Uma experiência valiosa. É um presente, pela convivência com os funcionários, as Irmãs e as crianças. Sinto que é uma graça de Deus. Esperança 2º semestre de

14 Os filhos dos migrantes, quem irá cuidar deles? Frontiera No coração um punhado de histórias fala de vida Nas mãos, a força e a esperança trazem paz Nos pés, a utopia, sempre renovada, é desafiada A deixar o berço seguro e se fazer estrada. Pe. Marcionel M. da Silva Naquela manhã dourada de sol e cores do outono, Fabrício conversava com seus amigos no pátio da escola, dizendo: começo a preocupar-me pelo futuro de nossa cidade, pois as partidas são muitas e frequentes por aqui, cada vez mais as famílias estão emigrando para outros lugares e até para outros países. Uma pesquisa realizada na escola constatou que 50% de nossos colegas desejam migrar para o exterior, e destes, 20% disseram que irão migrar antes de concluir o ensino médio. Realmente amigos, vejo que nosso país está se tornando um país de emigrantes! De fato, a migração é um processo complexo, tecida por um emaranhado de fios que se entrecruzam de vários modos. Suas cores e espessuras se mostram nas oportunidades, vantagens e desvantagens, riscos e possibilidades que vão emergindo nos diferentes pontos do planeta. E assim, os migrantes, cada vez mais numerosos, vão circulando no interno de seus países, de cidade em cidade ou cruzando fronteiras de seus países e continentes em busca de trabalho, moradia e novos conhecimentos. Estudos realizados no Brasil evidenciam que, em algumas cidades brasileiras como Criciúma SC e Governador Valadares MG, há uma forte cultura migratória. As crianças e jovens destas cidades aprenderam através de experiências vividas com familiares ou amigos que o projeto migratório é uma solução viável para seus problemas de desemprego, moradia e outros, além de criar-lhes novas oportunidades e horizontes. Esta cultura é fortalecida pelas remessas enviadas pelos migrantes às suas famílias de origem, mostrando que estão em melhores condições de vida. Tais experiências criam nas pessoas que ficaram uma maior predisposição para emigrar. Mesmo porque as dificuldades enfrentadas no caminho e permanência na comunidade de acolhida quase nunca são relatadas por aqueles que emigraram. Foi realizado em 2008 um estudo sobre a influência da emigração internacional na vida escolar dos filhos de Emigrantes valadarenses. Entrevistou-se alguns educadores e os filhos de emigrantes na faixa etária de 12 a 18 anos de Governador Valadares. Os resultados apontam 12

15 Formação que mais da metade dos alunos entrevistados apresentam uma percepção positiva da emigração e a maioria deles manifesta o desejo de emigrar. Em relação ao comportamento na escola, 38% afirmaram ter mudado de comportamento após a migração dos genitores. Dentre estes, 50% afirmam não prestar atenção nas aulas e não ter vontade de estudar. Os resultados indicam que a emigração dos pais afeta diretamente a construção do projeto de vida dos filhos. (Almeida, G. Erika C. Siqueira, Sueli). Em outras palavras, a ausência dos pais na vida dos filhos deixa vazios difíceis de serem preenchidos. O poeta Fernando Pessoa põe em evidência esta realidade. O ser humano precisa da presença significativa de alguém que o proteja e cuide, o embale no colo: Pega-me tu ao colo e leva-me para dentro da tua casa. Despe o meu ser cansado e humano e deitame na tua cama. E conta-me histórias caso eu acorde, para eu tornar a adormecer. E dá-me sonhos teus para eu brincar até que nasça qualquer dia que tu sabes qual é. Com este verso o poeta nos mostra uma realidade que todos nós conhecemos, mas que nem sempre lhe damos a devida atenção. Muitas vezes, os pais migrantes excluem a participação dos filhos no planejamento. Estes, por sua vez, se sentem constrangidos a acompanhálos mesmo sem entender de fato os motivos pelos quais precisam renunciar à terra natal, aos amigos e familiares, à escola que tanto gostam e tantas outras pequenas conquistas para iniciar a vida em outro lugar distante com uma cultura diversa. Outras vezes, a cena pode se tornar ainda mais dramática: os genitores devem partir, enquanto os filhos permanecem no país de origem aos cuidados de parentes ou amigos, com a promessa de que em breve retornarão. Em alguns casos, o reagrupamento familiar é possível depois de algum tempo. Contudo, em outros, isto nunca acontecerá, ficando nos filhos a sensação de abandono e desilusão, de não ter sido amados por aqueles em quem tanto confiaram. Que consequências a ausência dos pais migrantes pode trazer a vida dos filhos? Esta pergunta vem sendo repetida sempre com maior frequência nos países de saída e de chegada dos migrantes. Algumas vozes se levantam em busca de respostas, suscitando a reflexão e diálogo em torno do tema na expectativa de gerar compromissos e ações concretas em benefício da família migrante. Observamos que a maioria das crianças migrantes separa-se do pai ou da mãe antes dos seis anos de idade, faixa etária considerada mais vulnerável às separações. O desenvolvimento saudável de uma criança depende em grande parte da formação adequada nos primeiros anos de vida e dos vínculos afetivos que se formam ao longo de sua infância, pois é neste período que se estabelece os alicerces de sua personalidade. As crianças que são relegadas ao abandono, ao descuido, a ausência prolongada dos pais enfrentam situações de preconceitos, racismos e exclusão. Terão maiores dificuldades em avançar no seu processo de desenvolvimento de forma harmônica e integrada. Estudos realizados com famílias brasileiras imigrantes têm demonstrado que um traço comum nestas famílias, e de consequência nas crianças é o isolamento, situações em que a escola era o único canal de comunicação e inserção. Aos poucos, perdem os contatos sociais com os familiares do genitor que emigrou, depois com os amigos e grupos sociais. Podem acontecer também mudanças nos arranjos familiares, como por exemplo, a família passar a viver com outros parentes, dificultando assim para a criança desenvolver um sentimento de pertença à nova família ampliada. Muitas vezes, a criança ou adolescente pode experimentar um profundo sentimento de inadequação, de não pertencimento, de medo, desvalorização e de não merecer atenção e cuidado. A realidade dos filhos dos migrantes interpela-nos com veemência a comprometermos de fato na busca de soluções adequadas e eficazes junto à sociedade e ao Estado para favorecer a criação de estruturas e políticas mais humanas e solidárias, capazes de atender às necessidades das famílias migrantes, com especial atenção às suas crianças e adolescentes. Diante desse cenário, é quase espontâneo para nós como pessoas consagradas e cristãs a serviço de uma Igreja peregrina, recordar a lição de Jesus no evangelho quando abençoa e acolhe as crianças: Deixai as crianças e não as impeçais de se aproximarem de mim, pois o reino de Deus pertence aos que são como elas (Mt 19,14). Na vida de Pe. José Marchetti e Madre Assunta Marchetti, nossos cofundadores, percebemos esta profunda identificação com Jesus na aproximação e cuidado dos filhos dos migrantes, especialmente aqueles que se tornaram os órfãos da migração. Ir. Neuza Botelho dos Santos São Paulo SP Esperança 2º semestre de

16 DEIXAI VIR A MIM OS PEQUENINOS A criança na ótica de Jesus arquivo PNSA Refletir sobre a criança ou sobre os pequeninos abordando as Sagradas Escrituras é um tema sugestivo. Pode-se partir da seguinte pergunta: Como as Sagradas Escrituras apresentam o tema das crianças ou, mais especificamente, o que Jesus teria dito sobre elas em relação ao Reino de Deus? Para pontualizar a reflexão, partiremos do trecho indicativo tomado do Evangelho de São Marcos: Então, lhe trouxeram algumas crianças para que as tocasse, mas os discípulos os repreendiam. Jesus, porém, vendo isto, indignou-se e disse-lhes: Deixai vir a mim os pequeninos, não os embaraceis, porque deles é o Reino de Deus. Em verdade vos digo: Quem não receber o reino de Deus como uma criança de maneira nenhuma entrará nele. Então, tomando-as nos braços e impondo-lhes as mãos, as abençoava (Mc 10,13-16). O evangelista Marcos revela que só uma confiança igual à da criança permitirá aos cristãos viverem de acordo com a exigência de Jesus nos relacionamentos concretos do dia a dia O fato poderia ter acontecido em qualquer localidade, todavia nenhum dado geográfico é fornecido. No Evangelho é comum ver que as pessoas apresentavam os doentes para que Jesus os curasse (Mc 1,41; 6,56; 8,22). Nesta passagem, porém, lhe apresentam crianças para que as toque. Parece que os discípulos querem proteger Jesus do povo, mas a presença dos mesmos confere maior evidência às palavras e ao comportamento de Jesus, que ensina qual deve ser o comportamento da comunidade no que diz respeito às crianças. A expressão: deixai vir a mim as crianças, seguida da promessa de participação ao Reino de Deus, do mesmo modo como prometera aos pobres, aos humildes e aos perseguidos, leva o leitor a recordar-se das bem-aventuranças (Mt 5,3-12). O quadro no qual é colocada a bem-aventurança das crianças revela um artifício literário para indicar à Igreja nascente qual o seu papel 14

17 Decifrando as escrituras para com os pequenos e menos favorecidos. Jesus dá a todos, de qualquer condição, o direito de chegar a Ele. Aceita-os, convida e busca: Porque deles é o Reino de Deus. As crianças, com sua sinceridade, representam o contrário do modo ostentoso de outros que buscavam aproximar-se Dele. Que pretensão teria Jesus ao apresentar o modo de ser da criança como modelo para quem aspira alcançar o Reino de Deus? Na discussão dos discípulos pelo primeiro lugar, Jesus coloca uma criança no meio deles e diz: quem se fizer pequeno como esta criança é o maior no reino dos céus, pois quem se exalta será humilhado (Mt 23,12; Lc 14,11;18,14). Provavelmente Jesus não está fazendo alusão à conduta moral da criança. Do mesmo modo, é difícil atribuir a estas palavras uma intenção prevalentemente psicológica. Possivelmente, está indicando a criança como símbolo da alma simples e espontânea, que acolhe com fé a mensagem do Senhor. As crianças têm consigo qualquer coisa de simples e imediato, de fé e abandono de si. Essas condições são indispensáveis para instaurar uma relação com Deus e para acolher o anúncio de Jesus. Portanto, Jesus convida a receber o Reino de Deus como uma criança, o que poderia significar acolher a mensagem divina e com esta a oferta da salvação sem malícia, com ânimo aberto e confiante, docilidade e fé. Concretamente se poderia dizer: como uma criança se dirige ao próprio pai chamando-o de papai com uma desenvoltura que lhe é própria, a mesma atitude é necessária aos discípulos para entrarem no Reino de Deus. Jesus desenvolveu o pensamento sobre a infância espiritual a partir da sua experiência de relação com o Pai. Recomenda, portanto, um comportamento que ele mesmo testemunha por primeiro. O evangelista Marcos, nestes versículos, revela que só uma confiança igual à da criança permitirá aos cristãos viverem de acordo com a exigência de Jesus nos relacionamentos concretos do dia a dia. A dificuldade de compreender faz com que os discípulos repreendam as pessoas que trazem as crianças a Jesus. Mas a compaixão humana de Jesus leva-o a indignar-se com a atitude dos discípulos e a acolhê-las com ternura e compaixão. A exemplo de Jesus, o testemunho de Padre José Marchetti ainda hoje revela sua grandeza de alma e a nobreza de seus gestos. Padre Marchetti, acolhendo aquela criança órfã, lhe providenciou abrigo, proteção e assegurou-lhe uma educação fundamentada na fé e na dignidade humana. E como disse profeticamente a Serva de Deus, Madre Assunta Marchetti: A nossa Congregação é obra de Deus. Obra que perdura na história deixando seus sinais na vida de milhares de crianças que passam pelos orfanatos e abrigos que, há mais de 115 anos, têm expressado em gestos o que disse o Senhor: Deixai vir a mim os pequeninos!. É na acolhida às crianças e junto a elas que as Irmãs Missionárias Scalabrinianas em nossos abrigos, creches e escolas procuram crescer na fé e contribuir para a construção do Reino dos Céus, através do serviço generoso e grandiosos gestos de autodoação na defesa e proteção do menor e de seus direitos. À infância ferida pelos males da sociedade, faz-se necessário resgatar a alma e a pureza do ser criança, pois elas são mestras de vida: Quem não receber o reino de Deus como uma criança de maneira nenhuma entrará nele. Então, tomando-as nos braços e impondo-lhes as mãos, as abençoava. Ir. Elizangela Chaves Dias São Paulo SP Esperança 2º semestre de

18 a esta hora, exatamente, há uma criança na rua. É honra do homem, proteger o que cresce, cuidar para que não haja infância abandonada nas ruas Casa Madre Assunta Marchetti Rua do Orfanato. 833 Vila Prudente São Paulo SP Tel.: (011) casa.madreassunta@terra.com.br

19 Estenda a sua mão e salve um menor. Ajude a concretizar esse sonho! Centro Vocacional São Carlos Rua Vereador Osvaldo Elache, 71 Aparecida SP Tel.: (012) vocacoesmscs@ uol.com.br

20 Trabalho escravo: exploração infantil Frontiera O trabalho de crianças é proibido por lei. A Organização Internacional do Trabalho, OIT, define como 16 anos a fase ideal para o adolescente começar sua vida profissional. A mesma idade mínima é considerada pela Constituição Federal de 1988, exceto em casos de trabalho noturno, perigoso ou insalubre. A partir dos 14 anos, é possível trabalhar, mas apenas na condição de aprendiz. No entanto, o fato de ser proibido não impede que aconteça. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, apontam que 20% dos brasileiros trabalham antes dos dez anos de idade e 65,7% antes dos 15 anos. Esse percentual encontra-se em um artigo escrito pelo promotor de justiça do Amazonas, João Gaspar Rodrigues. O autor ressalta que 11,6% da mão de obra provém de brasileiros que estão entre os 10 e 17 anos. Destes, 70% recebem, em média, meio salário mínimo por mês. Ou seja, R$255 por jornadas de trabalho que frequentemente passam de 10 horas diárias. Rodrigues se baseia em pesquisa realizada por agentes do Ministério do Trabalho para afirmar que esse tipo de O trabalho infantil destrói a criança no que se refere à sua formação humana, cultural e profissional exploração do menor está presente em todas as regiões do Brasil. Inclusive no Sul, considerada uma das mais desenvolvidas do país, ao lado da Sudeste. São 21 atividades praticadas nessa região, 11 delas apenas no Rio Grande do Sul. O autor discorre que: As extrações de acácia e ametista no Rio Grande do Sul, pelos menores, são as que mais chocam. As crianças lavam as pedras de ametista com produtos químicos tóxicos sem nenhuma proteção, ficam expostos à fuligem da máquina de lixar a pedra e suportam o peso do minério das minas até o local de beneficiamento. Saliente-se que, nas lixas elas podem até perder o dedo. Outrossim, a mão de obra infantil é usada nas madeireiras de Santa Catarina e Paraná; na produção de cerâmica no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná; nas cristaleiras de Santa Catarina; na construção civil dos centros urbanos do Paraná e Santa Catarina; na indústria moveleira e no curtume dos três estados sulistas. Na zona urbana dos estados do Sul, a situação se iguala ao Nordeste escritórios, comércios e supermercados. (RODRIGUES, João Gaspar. Trabalho Infantil ou escravo?) 18

21 atualidade Os trabalhos nas colheitas de tomate, alho e algodão são os que predominam na região Centro-Oeste, especialmente em Goiás. De acordo com Rodrigues, os menores começam a trabalhar às quatro horas da manhã e quase nunca terminam antes das cinco e meia da tarde. No Mato Grosso, crianças tiram o sustento do lixo. Já no Mato Grosso do Sul, são as carvoarias as principais a explorar o trabalho infantil. No Nordeste, porém, é onde a situação encontra-se mais crítica. É a região com o pior Índice de Desenvolvimento Humano, IDH, do país. Além disso, tem a menor renda per capita e o maior nível de pobreza. O trabalho infantil é, dessa forma, importante para o sustento das famílias. Rodrigues aponta que a colheita da cana-deaçúcar é a principal atividade exercida pelas crianças. Elas cortam a cana sem nenhuma proteção, correndo sérios riscos de sofrerem mutilações. O autor lembra que o mesmo acontece nos sisais da Bahia; na cultura do fumo em Alagoas; na colheita da uva em Pernambuco e Rio Grande do Norte; nas salinas do Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte; nas cerâmicas de Alagoas, Rio Grande do Norte, Bahia, Pernambuco, Piauí, Sergipe e Maranhão; e nas pedreiras de Pernambuco, Alagoas, Bahia, Rio Grande do Norte, Paraíba e Piauí. O trabalho infantil destrói a criança no que se refere à sua formação humana, cultural e profissional. Essas crianças abandonam a escola e se vêem como provedoras da família, uma responsabilidade que não deveriam assumir. Sem formação, estarão para sempre presas a trabalhos braçais, exploradores e mal remuneradas. Para os patrões é um ótimo negócio. Afinal, com salários mais baixos, o lucro é maior. Enquanto a realidade das famílias brasileiras mais pobres não mudar, essas crianças vão continuar sendo exploradas nos campos de trabalho. Rodrigues termina seu texto dizendo que a sociedade e o Estado precisam despertar imediatamente para esta problemática que desafia, inclusive, o ordenamento jurídico pátrio. É em meio a essa realidade que se vê mais um campo importante de missão para as Irmãs Missionárias Scalabrinianas. Essas crianças precisam de educação, cuidado e carinho. Cabe a cada um de nós correr em seu socorro e lutar para que tenham uma infância digna e feliz. Ir. Lúcia Antonia Bonk, mscs Botuporã Bahia Esperança 2º semestre de

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