PATOLOGIAS DO TÓRAX - PNEUMONIA - CÂNCER DE PULMÃO - TUBERCULOSE - BRONQUIECTASIA - ABESTOSE PROFESSORA KAROLINE RIZZON
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- Edite Meneses Marinho
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1 PATOLOGIAS DO TÓRAX - PNEUMONIA - CÂNCER DE PULMÃO - TUBERCULOSE - BRONQUIECTASIA - ABESTOSE PROFESSORA KAROLINE RIZZON
2 SISTEMA RESPIRATÓRIO A respiração é a troca de substâncias gasosas entre o ar que respiramos e a corrente sangüínea. O sistema respiratório consiste em partes do corpo através das quais o ar passa do nariz e da boca para o interior dos pulmões. Quatro divisões gerais do sistema respiratório são a faringe, a traquéia, os brônquios e os pulmões. 2
3 SISTEMA RESPIRATÓRIO A laringe, a traquéia e os brônquios formam uma estrutura tubular contínua através da qual o ar pode passar do nariz e da boca para o interior dos pulmões. Observação: Lembre que a faringe serve como passagem tanto de ar quanto de alimentos e, portanto, não é considerada parte do sistema respiratório propriamente dito. 3
4 SISTEMA RESPIRATÓRIO 4
5 SISTEMA RESPIRATÓRIO 5
6 PULMÕES O pulmão direito é composto de três lobos: superior, médio e inferior, divididos por duas fissuras profundas. O pulmão esquerdo tem apenas dois lobos: superior e inferior, separados por uma única fissura oblíqua profunda. 6
7 PULMÕES 7
8 PULMÕES PULMÃO NORMAL PULMÃO TABAGISTA 8
9 PULMÕES 9
10 PNEUMONIA A pneumonia é uma infecção ou inflamação nos pulmões. Ela pode ser causada por vários microorganismos diferentes, incluindo vírus, bactérias, parasitas ou fungos. Esta doença é muito freqüente e afeta pessoas de todas as idades. Muitas destas, anualmente, morrem por pneumonia. 10
11 PNEUMONIA A metade de todos os casos de pneumonia é causada por bactérias e, destas, o pneumococo é o mais frequente. Basicamente pneumonias são provocadas pela penetração de um agente infeccioso no espaço alveolar, onde ocorre a troca gasosa. 11
12 PNEUMONIA Diferente da gripe, que é altamente infectante, os agentes infecciosos da pneumonia não costuma ser transmitidos facilmente. 12
13 PNEUMONIA - SINTOMAS Febre alta; Tosse; Dor no tórax; Alterações na pressão arterial; Confusão mental; Mal estar generalizado; Falta de ar; Secreção de muco purulento de cor amarelada ou esverdeada. 13
14 PNEUMONIA - DIAGNÓSTICO Exame clínico, auscultação dos pulmões e radiografia de tórax são recursos essenciais para o diagnóstico de pneumonias. 14
15 PNEUMONIA A pneumonia na imagem radiográfica sempre ocorre em destaque na região dos seios costofrênicos. Pessoas que tiveram pneumonia podem ficar com seqüelas nos seios costofrênicos. 15
16 PNEUMONIA 16
17 PNEUMONIA 17
18 PNEUMONIA 18
19 CÂNCER DE PULMÃO É o mais comum de todos os tumores malignos, apresentando aumento de 2% por ano na sua incidência mundial. Em 90% dos casos diagnosticados, o câncer de pulmão está associado ao consumo de derivados de tabaco. No Brasil, foi responsável por mortes em 2008, sendo o tipo que mais fez vítimas. (INCA). 19
20 CÂNCER DE PULMÃO Essa neoplasia pulmonar pode também ser causada por químicos - arsênico, asbesto, berílio, radônio, níquel, cromo, cádmio e cloreto de vinila, principalmente encontrados no ambiente ocupacional. 20
21 CÂNCER DE PULMÃO Outros fatores relacionados a este tumor são os dietéticos (baixo consumo de frutas e verduras), genéticos, a doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema pulmonar e bronquite crônica) e a história familiar de câncer de pulmão. Às vezes, essa doença se desenvolve em indivíduos que nunca fumaram e a causa é desconhecida. 21
22 CÂNCER DE PULMÃO Existem, basicamente, dois tipos de câncer de pulmão, dependendo de como as células aparecem ao exame no microscópio: Não pequenas células e pequenas células 22
23 CÂNCER DE PULMÃO Os cânceres de não pequenas células representam 80% de todos os casos. Esses incluem o adenocarcinoma, o carcinoma de células escamosas (epidermóide) e o carcinoma de grandes células. Os não pequenas células geralmente se disseminam lentamente para outros órgãos no corpo e pode ser difícil detectálos em estágios precoces. 23
24 CÂNCER DE PULMÃO Já os cânceres de pequenas células são responsáveis por 20% dos casos de câncer de pulmão. Eles se disseminam muito rapidamente nos pulmões e para outros órgãos. 24
25 CÂNCER DE PULMÃO - SINTOMAS Os sinais e sintomas de câncer de pulmão podem incluir: tosse persistente ou mudança na tosse usual do fumante, encurtamento da respiração, escarro com sangue, rouquidão, dor torácica persistente ou aguda quando o indivíduo respira profundamente, pneumonias de repetição. 25
26 CÂNCER DE PULMÃO - SINTOMAS Às vezes, as pessoas afetadas podem sentir malestar ou cansaço. Poderá haver também perda de peso ou apetite. Os sintomas podem ser devido à doença no pulmão, sua disseminação para os gânglios no tórax ou para outros órgãos como o cérebro, fígado, glândulas adrenais (uma de cada lado, logo acima de cada rim) ou ossos. 26
27 CÂNCER DE PULMÃO - DIAGNÓSTICO Radiografia de tórax; Ressonância médica; Tomografia computadorizada; Punção pulmonar com agulha; Biópsia; Entre outros. 27
28 CÂNCER DE PULMÃO VISÃO MICROSCÓPIA DE UMA CÉLULA CANCERIGENA 28
29 CÂNCER DE PULMÃO 29
30 CÂNCER DE PULMÃO 30
31 TUBERCULOSE A tuberculose, transmitida pelo Mycobacterium tuberculosis, o bacilo de Koch, é provavelmente a doença infecto-contagiosa que mais mortes ocasiona no Brasil. Estima-se, ainda, que mais ou menos 30% da população mundial estejam infectados, embora nem todos venham a desenvolver a doença. 31
32 TUBERCULOSE A primo-infecção ocorre quando a pessoa entra em contato com o bacilo pela primeira vez. Proximidade com pessoas infectadas, assim como os ambientes fechados e pouco ventilados favorecem o contágio. 32
33 TUBERCULOSE O bacilo de Koch é transmitido nas gotículas eliminadas pela respiração, por espirros e pela tosse. Para que a primo-infecção ocorra, é necessário que ele chegue aos alvéolos. Se não alcançar os pulmões, nada acontece. A partir dos alvéolos, porém, pode invadir a corrente linfática e alcançar os gânglios (linfonodos), órgãos de defesa do organismo. 33
34 TUBERCULOSE A doença evolui quando a pessoa não consegue bloquear o bacilo que se divide, rompe a célula em que está fagocitado e provoca uma reação inflamatória muito intensa em vários tecidos a sua volta. O pulmão reage a essa inflamação produzindo muco e surge tosse produtiva. 34
35 TUBERCULOSE Como o bacilo destrói a estrutura alveolar, formam-se cavernas no tecido pulmonar e vasos sanguíneos podem romper-se. Por isso, na tuberculose pulmonar, é frequente a presença de tosse com eliminação de catarro, muco e sangue. Além dos pulmões, a doença pode acometer órgãos como rins, ossos, meninges, etc. 35
36 TUBERCULOSE - SINTOMAS Tosse por mais de duas semanas, produção de catarro, febre, sudorese, cansaço, dor no peito, falta de apetite e emagrecimento são os principais sintomas da tuberculose. Nos casos mais avançados, pode aparecer escarro com sangue. Pessoas com esses sintomas associados ou isoladamente devem procurar um Posto de Saúde o mais rápido possível, pois o tratamento é gratuito e deve ser iniciado imediatamente. 36
37 TUBERCULOSE - DIAGNÓSTICO Leva em consideração os sintomas e é confirmado pela radiografia do pulmão e análise do catarro. Ajudam a confirmar o diagnóstico o teste de Mantoux, que consiste na aplicação de tuberculina (extraída da própria bactéria) debaixo da pele, a broncoscopia e a biópsia pulmonar. 37
38 TUBERCULOSE ANÁLISE MICROSCÓPICA 38
39 TUBERCULOSE 39
40 TUBERCULOSE 40
41 TUBERCULOSE Complicações de siliose. (A)Tuberculose pulmonar, caracterizada por cavidade de paredes espessas(seta preta) e nódulos com distribuição broncogênita(seta branca). (B) Carcinoma broncogênico(seta) no lobo inferior esquerdo, em indivíduo exposto a silica com linfonodos calcificados (seta tracejada). 41
42 TUBERCULOSE Tomografia computadorizada de tórax evidenciando opacidades escavadas e centrolobulares com aspecto de árvores em brotamento! predominante nas porções superiores do pulmão direito. 42
43 BRONQUIECTASIA É o alargamento ou distorção dos brônquios. Os brônquios são tubos por onde o ar entra e sai dos pulmões. Dentro de cada pulmão, eles vão se ramificando como galhos de árvore, formando a árvore brônquica. 43
44 BRONQUIECTASIA 44
45 BRONQUIECTASIA Na árvore brônquica normal, à medida que se dirigem à periferia dos pulmões, eles vão se dividindo e afilando. Quando não ocorre esta diminuição de calibre ou, ao contrário, o calibre aumenta, dizemos que existe bronquiectasia. Esta distorção irreversível dos brônquios decorre da destruição do componente elástico que compõe a parede destes. 45
46 BRONQUIECTASIA A bronquiectasia, antes da existência dos antibióticos, foi uma doença bastante comum. Com o surgimento dos antibióticos e das campanhas de vacinação (contra o sarampo, coqueluche e tuberculose), ela tornou-se menos comum em virtude do melhor tratamento e prevenção das infecções respiratórias, respectivamente. 46
47 BRONQUIECTASIA COMO DESENVOLVE A bronquiectasia pode ser congênita (desde o nascimento) ou adquirida. Para a bronquiectasia surgir, há necessidade da presença de dois elementos: a agressão por uma infecção e a deficiência na resolução ( limpeza ) das secreções brônquicas. 47
48 BRONQUIECTASIA COMO DESENVOLVE Portanto, quanto mais agressivo o germe causador da infecção e quanto pior os mecanismos e as condições de defesa dos pulmões e do organismo como um todo, maiores as chances de desenvolvimento da doença. Com a perpetuação do processo inflamatório nos brônquios, estes vão se destruindo. 48
49 BRONQUIECTASIA - SINTOMAS Tosse com expectoração (escarro) persistente. Nesta situação, pode haver febre, perda do apetite, falta de ar, chiado no peito, expectoração com sangue e piora do estado geral da pessoa afetada. 49
50 BRONQUIECTASIA - SINTOMAS Existe também um tipo de bronquiectasia bronquiectasia seca na qual não há aquela expectoração abundante e persistente de muco (catarro) como na maioria dos casos. Ela se manifesta como episódios de hemoptise (sangramento ao tossir), e usualmente decorre de lesões cicatrizadas de tuberculose 50
51 BRONQUIECTASIA - DIAGNÓSTICO O médico poderá perceber alterações na ausculta dos pulmões. Pode solicitar exames de diagnóstico como: Radiografia; Tomografia computadorizada; espirometria (exame que mede a capacidade de ar dos pulmões). 51
52 BRONQUIECTASIA 52
53 BRONQUIECTASIA 53
54 BRONQUIECTASIA 54
55 BRONQUIECTASIA 55
56 ABESTOSE A doença é causada pela deposição de fibras de asbesto nos alvéolos pulmonares, provocando uma reação inflamatória, seguida de fibrose e, por conseguinte, sua rigidez, reduzindo a capacidade de realizar a troca gasosa, promovendo a perda da elasticidade pulmonar e da capacidade respiratória com sérias limitações ao fluxo aéreo e incapacidade para o trabalho. 56
57 ABESTOSE Nas fases mais avançadas da doença esta incapacidade pode se estender até para a realização de tarefas mais simples e vitais para a sobrevivência humana. 57
58 ABESTOSE - SINTOMAS Os sintomas da asbestose aparecem gradualmente só depois da formação de muitas cicatrizes e quando os pulmões perdem a sua elasticidade. Os primeiros sintomas são a dispneia ligeira e a diminuição da capacidade para o exercício. 58
59 ABESTOSE - SINTOMAS Pessoas fumantes que sofrem de bronquite crónica juntamente com asbestose podem tossir e ter uma respiração sibilante. A respiração torna-se, gradualmente, mais difícil. Cerca de 15 % das pessoas com asbestose têm dispneia e insuficiência respiratória. 59
60 ABESTOSE CAUSA DA PATOLOGIA Uma das principais causas da abestose está relacionadas ao uso do amianto. O amianto pode causar espessamento na pleura e diafragma, derrames pleurais, placas pleurais e severos distúrbios respiratórios. 60
61 AMIANTO Amianto (latim) ou asbesto (grego) são nomes genéricos de uma família de minérios encontrados profusamente na natureza e muito utilizados pelo setor industrial no último século. 61
62 AMIANTO As rochas de amianto se dividem em dois grupos: as serpentinas e os anfibólios. As serpentinas têm como principal variedade a crisotila ou "amianto branco", que apresenta fibras curvas e maleáveis. Os anfibólios, que representam menos de 5% de todo o amianto explorado e consumido no mundo, estão banidos da maior parte do planeta. 62
63 AMIANTO - APLICAÇÕES O amianto é utilizado principalmente na indústria da construção civil (pisos vinílicos, telhas, caixas d água, divisórias, forros falsos, tubulações, vasos de decoração e para plantio e outros artefatos de cimento-amianto) e para isolamento acústico ou térmico. Entre outras utilidades. 63
64 ABESTOSE Algumas opacidades difusas com densidade cálcica, que podem corresponder a placas pleurais. Placa de calcificação diafragmática à esquerda, característica da exposição ao asbesto (amianto). 64
65 ABESTOSE Pelo perfil pode-se observar que as placas de calcificação pleural se estendem também para a região posterior. As placas pleurais são características da exposição ao asbesto (amianto) 65
66 ABESTOSE As placas pleurais características da exposição ao asbesto (amianto) 66
67 ABESTOSE Os achados da asbestose em estágio avançado podem ser confundidos com os da Fibrose Pulmonar Idiopática, com maior predomínio das lesões nas bases e nas regiões subpleurais, habitualmente simétricas. As opacidades em vidro fosco (círculo) são incomuns como achado isolado, geralmente estão associadas com bronquiectasias de tração (seta amarela) e fibrose. Bandas parenquimatosas (seta azul) representam espessamento septal interlobular. Nódulos subpleurais representam fibrose peribronquiolar (seta vermelha). 67
68 ABESTOSE No mesmo corte, com janela para mediastino, pode-se observar o espessamento irregular da superfície pleural (seta). 68
69 ABESTOSE Na asbestose avançada os achados predominantes são de fibrose pulmonar, com faveolamento e bronquiectasias de tração. Espessamento septal interlobular (seta amarela), bandas parenquimatosas (seta azul) e nódulos puntiformes subpleurais (seta vermelha) também são visíveis. 69
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