UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA"

Transcrição

1 UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA DESENVOLVIMENTO E PRODUÇÃO DA FIGUEIRA CV. ROXO DE VALINHOS EM AMBIENTE PROTEGIDO, SUBMETIDA A DIFERENTES ÉPOCAS DE PODA E CONDUÇÃO CRISTIANO RESCHKE LAJÚS ORIENTADOR: PROF. Dr. ALEXANDRE AUGUSTO NIENOW Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em Agronomia da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da Universidade de Passo Fundo para a obtenção do título de Mestre em Agronomia Área de Concentração em Produção Vegetal Passo Fundo, janeiro de 2004

2 ii UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA ÁREA DE CONCENTRAÇÃO EM PRODUÇÃO VEGETAL A comissão examinadora, abaixo assinada, aprova a dissertação DESENVOLVIMENTO E PRODUÇÃO DA FIGUEIRA CV. ROXO DE VALINHOS EM AMBIENTE PROTEGIDO, SUBMETIDA A DIFERENTES ÉPOCAS DE PODA E CONDUÇÃO Elaborada por CRISTIANO RESCHKE LAJÚS Como requisito parcial para a obtenção do grau de Mestre em Agronomia Área de Produção Vegetal Aprovada em: 27/01/2004 Pela Comissão Examinadora

3 iii BIOGRAFIA DO AUTOR CRISTIANO RESCHKE LAJÚS, nasceu em 04 de junho de 1979, no município de Chapecó, SC, Brasil. O ensino médio foi concluído no Colégio Marista São Francisco, no município de Chapecó, SC, no ano de Engenheiro Agrônomo, formado em 02 de março de 2002 pela Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC), Chapecó, SC. Em março de 2002 ingressou no curso de Mestrado em Agronomia, área de concentração em Produção Vegetal, na Universidade de Passo Fundo, sob orientação do Professor Dr. Alexandre Augusto Nienow. Professor da Universidade Comunitária Regional de Chapecó.

4 iv Aos meus pais, Paulo Argeo e Magda, pela segurança, amizade, companheirismo e disposição. Às minhas irmãs, Magdalena e Luizelena, pela compreensão e carinho. À minha noiva, Aline, pelo carinho, respeito e amor. À minha avó Magdalena, pelo apoio e incentivo. Ao meu avô Antônio (in memorium), pelo exemplo de perseverança e luta, fundamentais para a minha vida e às minhas realizações... DEDICO

5 v AGRADECIMENTOS À Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da Universidade de Passo Fundo, pela acolhida. A CAPES pela concessão da bolsa de estudos. Ao Professor Dr. Alexandre Augusto Nienow, o qual admiro muito por sua capacidade e profissionalismo, o meu agradecimento pela oportunidade de ter seus ensinamentos e orientação. Ao colega M.Sc. Adilar Chaves, pela dedicação, companheirismo e principalmente amizade construída. À Professora Dr a Eunice Calvete, pela disposição em transmitir seus conhecimentos e cooperação. À Professora Dr a Jurema Schons, pelo exemplo de otimismo. À Professora M.Sc. Dileta Cechetti, pelo auxílio e assistência na estatística. Às colegas Madelaine, Daniele, Sabrina e ao colega Odirce, pelo coleguismo e apoio em todos os momentos. Aos demais professores da FAMV/UPF e do Programa de Pós-Graduação em Agronomia, pelos valiosos ensinamentos. Aos demais colegas do mestrado em Agronomia, pelo convívio. Aos funcionários do setor de Olericultura da UPF, Delmar e Vitor, pela colaboração. Aos integrantes das famílias Reschke e Lajús, em especial: À família do meu tio Dirceu Brusamarelo, pela acolhida. À família do meu tio e irmão Dr. André Luís Lajús, pela amizade, apoio e incentivo.

6 vi Aos meus cunhados Joelson Moreira e Luis Carlos Travi, pela amizade e apoio. À família da minha noiva Aline, pela compreensão, carinho e amor. Ao meu irmão de coração Sérgio Galli, pela amizade e colaboração. Aos integrantes dos Centros de Tradições Gaúchas Espelho da Tradição e Herança Gaúcha, pela amizade. Aos irmãos da ARLS União e Justiça e Sentinela do Alto Uruguai, pela fraternidade. E principalmente ao Grande Arquiteto do Universo (Deus), sem o qual nada disso seria possível.

7 vii SUMÁRIO Lista de Tabelas...x Lista de Figuras... xii INTRODUÇÃO GERAL...01 CAPÍTULO I DESENVOLVIMENTO E PRODUÇÃO DA FIGUEIRA CV. ROXO DE VALINHOS EM AMBIENTE PROTEGIDO, SUBMETIDA A DIFERENTES ÉPOCAS DE PODA E CONDUÇÃO Resumo...05 Summary INTRODUÇÃO (Revisão bibliográfica) Cultura da figueira Botânica, morfologia e cultivares Clima e solo Poda e condução Espaçamentos Problemas fitossanitários Colheita, classificação e armazenagem Ambientes protegidos Características e fatores ambientais Cultivo de frutíferas em ambiente protegido MATERIAL E MÉTODOS Local do experimento Controle e manejo ambiental...30

8 viii 2.3 Tratamentos Delineamento experimental Poda e condução das plantas Adubação e tratamentos fitossanitários Avaliações Fenologia Desenvolvimento vegetativo Frutificação e distribuição da colheita Aspectos produtivos quantitativos e qualitativos Análise estatística RESULTADOS E DISCUSSÃO Condições micrometeorológicas Temperatura Horas de frio acumuladas Umidade relativa do ar Fenologia Desenvolvimento vegetativo Crescimento dos ramos Número de folhas por metro linear de ramo Diâmetro dos ramos Frutificação Número de frutos emitidos mensalmente por ramo e acumulado Número total de frutos emitidos por ramo e taxa de frutificação Distribuição da colheita Aspectos produtivos quantitativos Produção de frutos maduros...81

9 ix Número de frutos colhidos por ramo e por planta Peso médio dos frutos Peso de frutos por planta e por hectare Produção de frutos verdes Aspectos produtivos qualitativos Classificação dos frutos maduros por tamanho Ocorrência de podridões e rachaduras Acidez (ph) e sólidos solúveis totais (SST) CONCLUSÕES CONSIDERAÇOES FINAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS APÊNDICES...114

10 x LISTA DE TABELAS Tabela Página 1. Limites máximo e mínimo de comprimento e diâmetro para classificação de figos maduros cv. Roxo de Valinhos (adaptada de Amaro, 1997) Comportamento fenológico de figueiras cv. Roxo de Valinhos, com 3 anos de idade, em ambiente protegido, podadas em diferentes épocas (Passo Fundo, RS ciclo 2002/2003) Comprimento medido a partir de 40 dias após a brotação dos ramos de figueiras cv. Roxo de Valinhos, com 3 anos de idade, submetidas a diferentes épocas de poda e número de ramos combinado com espaçamentos, em ambiente protegido (Passo Fundo, RS ciclo 2002/2003) Número mensal de frutos emitidos por ramo em figueiras cv. Roxo de Valinhos, com 3 anos de idade, submetidas a diferentes épocas de poda e número de ramos combinado com espaçamentos, em ambiente protegido (Passo Fundo, RS ciclo 2002/2003) Número acumulado de frutos emitidos por ramo ao longo do ciclo em figueiras cv. Roxo de Valinhos, com 3 anos de idade, submetidas a diferentes épocas de poda e número de ramos combinado com espaçamentos, em ambiente protegido (Passo Fundo, RS ciclo 2002/2003)...72

11 xi 6. Distribuição mensal da colheita de frutos maduros (t.ha -1 ) em figueiras cv. Roxo de Valinhos, com 3 anos de idade, submetidas a diferentes épocas de poda, em ambiente protegido (Passo Fundo, RS ciclo 2002/2003) Distribuição mensal da colheita de frutos maduros (t.ha -1 ) em figueiras cv. Roxo de Valinhos, com 3 anos de idade, conduzidas com diferentes número de ramos combinado com espaçamentos, em ambiente protegido (Passo Fundo, RS ciclo 2002/2003)... 77

12 xii LISTA DE FIGURAS Figura Página 1. Vista geral externa da estufa (Passo Fundo, UPF/FAMV abril/2002) Termohigrógrafo da marca Sato, modelo NS-II-Q, utilizado para medir a temperatura e umidade relativa do ar Conjunto de tensiômetros mecânicos simples, com escala em coluna de mercúrio instalados nas profundidades de 10 cm, 20 cm e 30 cm Figueiras podadas da cv. Roxo de Valinhos, submetidas a diferentes épocas de poda, em ambiente protegido (Passo Fundo, UPF/ FAMV agosto/ Figueiras brotadas da cv. Roxo de Valinhos, em ambiente protegido, submetidas a diferentes épocas de poda (Passo Fundo, UPF/ FAMV dezembro/2002) Verticalização dos ramos com fita plástica adotada na condução de figueiras cv. Roxo de Valinhos em ambiente protegido (Passo Fundo, UPF/ FAMV março/2003) Desponte realizado quando os ramos das figueiras cv. Roxo de Valinhos alcançaram 2,00 m de comprimento (Passo Fundo, UPF/ FAMV fevereiro/2003) Rebrote nos ramos das figueiras cv. Roxo de Valinhos, em ambiente protegido, ocasionado em função do desponte (Passo Fundo, UPF/ FAMV fevereiro/2003)...39

13 xiii 9. Modelo usado na classificação de figos maduros por tamanho da cv. Roxo de Valinhos produzidos em ambiente protegido (Passo Fundo, RS ciclo 2002/2003) Determinação do ph da polpa de figos cv. Roxo de Valinhos produzidos em ambiente protegido (Passo Fundo, RS ciclo 2002/2003) Refratômetro usado na determinação do teor de SST de figos cv. Roxo de Valinhos produzidos em ambiente protegido (Passo Fundo, RS ciclo 2002/2003) Temperaturas médias das máximas mensais registradas no interior da estufa e no ambiente externo de maio/02 a setembro/03 (Passo Fundo, RS - ciclo 2002/2003) Temperaturas médias das médias mensais registradas no interior da estufa e no ambiente externo de maio/02 a setembro/03 (Passo Fundo, RS - ciclo 2002/2003) Temperaturas médias das mínimas mensais registradas no interior da estufa e no ambiente externo de maio/02 a setembro/03 (Passo Fundo, RS - ciclo 2002/2003) Horas de frio acumuladas registradas em Passo Fundo, de abril/02 a setembro/02 (Passo Fundo, RS - ciclo 2002/2003) Médias mensais de umidade relativa do ar verificadas no ambiente externo e no interior da estufa às 15 h, 21 h e na média, de maio/02 a setembro/03 (Passo Fundo, RS - ciclo 2002/2003)...51

14 xiv 17. Dano causado (queima da brotação) pelas baixas temperaturas, em figueiras cv. Roxo de Valinhos, em ambiente protegido (Passo Fundo, UPF/ FAMV julho/2002) Comprimento medido a partir de 40 dias após a brotação dos ramos de figueiras cv. Roxo de Valinhos, com 3 anos de idade, submetidas a diferentes épocas de poda e número de ramos por planta combinado com espaçamentos, em ambiente protegido (Passo Fundo, RS ciclo 2002/2003) Comprimento final dos ramos de figueiras cv. Roxo de Valinhos com 3 anos de idade, submetidas a diferentes épocas de poda e número de ramos combinado com espaçamentos, em ambiente protegido (Passo Fundo, RS ciclo 2002/2003) Número de folhas por metro linear de ramo de figueiras cv. Roxo de Valinhos, com 3 anos de idade, submetidas a diferentes épocas de poda e número de ramos combinado com espaçamentos, em ambiente protegido (Passo Fundo, RS ciclo 2002/2003) Diâmetro de ramos de figueiras cv. Roxo de Valinhos, com 3 anos de idade, submetidas a diferentes épocas de poda e número de ramos combinado com espaçamentos, em ambiente protegido (Passo Fundo, RS - ciclo 2002/2003) Número acumulado de frutos emitidos por ramo ao longo do ciclo em figueiras cv. Roxo de Valinhos, com 3 anos de idade, submetidas a diferentes épocas de poda, no espaçamento 0,75 m x 1,90 m, em ambiente protegido (Passo Fundo, RS ciclo 2002/2003)...70

15 xv 23. Número acumulado de frutos emitidos por ramo ao longo do ciclo em figueiras cv. Roxo de Valinhos, com 3 anos de idade, submetidas a diferentes épocas de poda, no espaçamento 1,50 m x 1,90 m, em ambiente protegido (Passo Fundo, RS ciclo 2002/2003) Número total de frutos emitidos por ramo em figueiras cv. Roxo de Valinhos, com 3 anos de idade, submetidas a diferentes épocas de poda e número de ramos combinado com espaçamentos, em ambiente protegido (Passo Fundo, RS ciclo 2002/2003) Taxas de frutificação (% de folhas com fruto na axila) de figueiras cv. Roxo de Valinhos, com 3 anos de idade, submetidas a diferentes épocas de poda e número de ramos combinado com espaçamentos, em ambiente protegido (Passo Fundo, RS ciclo 2002/2003) Produção acumulada de frutos maduros (t.ha -1 ) em figueiras cv. Roxo de Valinhos, com 3 anos de idade, submetidas a diferentes épocas de poda, em ambiente protegido (Passo Fundo, RS ciclo 2002/2003) Produção acumulada de frutos maduros (t.ha -1 ) em figueiras cv. Roxo de Valinhos, com 3 anos de idade, conduzidas com diferentes número de ramos combinado com espaçamentos, em ambiente protegido (Passo Fundo, RS ciclo 2002/20003) Número de frutos colhidos maduros por ramo em figueiras cv. Roxo de Valinhos, com 3 anos de idade, submetidas a diferentes épocas de poda e número de ramos combinado com

16 xvi espaçamentos, em ambiente protegido (Passo Fundo, RS ciclo 2002/2003) Número de frutos colhidos maduros.planta -1, em figueiras cv. Roxo de Valinhos, com 3 anos de idade, submetidas a diferentes épocas de poda e número de ramos combinado com espaçamentos, em ambiente protegido (Passo Fundo, RS - ciclo 2002/2003) Peso médio dos frutos colhidos em figueiras cv. Roxo de Valinhos, com 3 anos de idade, submetidas a diferentes épocas de poda e número de ramos combinado com espaçamentos, em ambiente protegido (Passo Fundo, RS - ciclo 2002/2003) Peso de frutos maduros colhidos por planta em figueiras cv. Roxo de Valinhos, com 3 anos de idade, submetidas a diferentes épocas de poda e número de ramos combinado com espaçamentos, em ambiente protegido (Passo Fundo, RS ciclo 2002/2003) Peso de frutos maduros colhidos por hectare em figueiras cv. Roxo de Valinhos, com 3 anos de idade, submetidas a diferentes épocas de poda e número de ramos combinado com espaçamentos, em ambiente protegido (Passo Fundo, RS - ciclo 2002/2003) Frutos verdes cv. Roxo de Valinhos, produzidos em ambiente protegido (Passo Fundo, RS ciclo 2002/2003) Frutos maduros cv. Roxo de Valinhos produzidos em ambiente protegido (Passo Fundo, RS ciclo 2002/2003)...94

17 xvii 35. Frutos maduros colhidos de figueiras cv. Roxo de Valinhos em ambiente protegido (Passo Fundo, RS ciclo 2002/2003) Percentual de frutos Grandes (CAT II) colhidos em figueiras cv. Roxo de Valinhos, com 3 anos de idade, submetidas a diferentes épocas de poda e número de ramos combinado com espaçamentos, em ambiente protegido (Passo Fundo, RS - ciclo 2002/2003) Percentual de frutos Médios (CAT III) colhidos em figueiras cv. Roxo de Valinhos, com 3 anos de idade, submetidas a diferentes épocas de poda e número de ramos combinado com espaçamentos, em ambiente protegido (Passo Fundo, RS - ciclo 2002/2003) Percentual de frutos Pequenos (CAT IV) colhidos em figueiras cv. Roxo de Valinhos, com 3 anos de idade, submetidas a diferentes épocas de poda e número de ramos combinado com espaçamentos, em ambiente protegido (Passo Fundo, RS - ciclo 2002/2003) Acidez (ph) de frutos maduros colhidos por hectare em figueiras cv. Roxo de Valinhos, com 3 anos de idade, submetidas a diferentes épocas de poda e número de ramos combinado com espaçamentos, em ambiente protegido (Passo Fundo, RS ciclo 2002/2003) Sólidos solúveis totais (SST) de frutos maduros colhidos por hectare em figueiras cv. Roxo de Valinhos, com 3 anos de idade, submetidas a diferentes épocas de poda e número de ramos combinado com espaçamentos, em ambiente protegido (Passo Fundo, RS - ciclo 2002/2003)

18 INTRODUÇÃO GERAL A Turquia é o maior produtor mundial de figos, com uma produção em 2000 de t, seguida pela Grécia, com t e a Espanha, com t. O Brasil é o maior produtor da América do Sul, com uma produção de t anuais em 2400 ha cultivados (FAO, 2001). Além do Brasil, são países produtores de figo do continente americano os Estados Unidos (6.475 ha) (Cati, 2002), a Argentina (1000 ha) e o México (1000 ha) (Botti e Muchnik, 1998). Conforme Chalfun et al. (1998), o Brasil exporta figos maduros desde 1972, principalmente para a Alemanha, França, Países Baixos e Suíça, mantendo nos últimos anos o volume exportado em torno de 740 t anuais. O pico das exportações ocorre na segunda quinzena de dezembro. Em 2001, a exportação foi de 633 t (Brasil, 2002). Amaro (1997) cita que os figos exportados são produzidos basicamente no Estado de São Paulo, onde a época de colheita vai de novembro a abril, correspondendo ao período de entressafra no hemisfério norte, que aliado ao período das festas natalinas propicia a obtenção de maiores preços no mercado. De acordo com Chalfun et al. (1998), a figueira foi introduzida no Brasil em 1532, adquirindo importância econômica a partir de 1920, com a chegada dos imigrantes italianos em São Paulo. A área cultivada atingiu o auge na década de 70, quando chegou a cerca de 1000 ha somente na região de Valinhos, SP. Nos anos 80 passou por um período de forte decadência, voltando a se recuperar nos anos 90. A área cultivada com figueiras no Brasil, em 1995, era de 2600 ha, com o Rio Grande do Sul apresentando a maior área (1278 ha),

19 2 posicionando-se São Paulo e Minas Gerais em segundo e terceiro lugar, respectivamente (IBGE, 1996). Segundo João et al. (2002), nos últimos 6 anos, houve um aumento significativo da área plantada no Rio Grande do Sul, chegando, em 2001, a 1896 ha, ou seja, um incremento de cerca de 50%. O maior crescimento foi verificado na região de Passo Fundo, onde a área cultivada com figueiras atingiu 463 ha, tornando-se a 2ª região produtora do estado, superada apenas por Pelotas (maior pólo conserveiro do RS), com 554 ha. Uma das características da região noroeste do RS, onde Passo Fundo está localizado, é o grande número de pequenas propriedades, alicerçadas, basicamente, nos cultivos de soja, milho, trigo e aveia, além da pecuária. Recentemente, a fruticultura vem apresentando-se como uma opção de investimento, através de produtores que buscam na diversificação da propriedade o caminho para a viabilização do negócio agrícola. Entre as frutíferas com potencial na região, a cultura da figueira pode desempenhar relevante papel na economia das propriedades rurais, com conseqüências sociais importantes, como a geração de empregos e melhoria da qualidade de vida, encontrando condições edafoclimáticas adequadas. Chalfun et al. (1998) citam que a expansão da área de plantio verificada nos últimos anos tem sido destinada, principalmente, à produção de frutos para a indústria. O maior entrave à expansão do cultivo objetivando a comercialização da fruta para o mercado in natura é a alta perecibilidade, que exige um mercado garantido, geralmente concorrido no período de safra. Devido à poda realizada em agosto, a produção de frutos maduros inicia tardiamente, apenas

20 3 em final de janeiro, estendendo-se até abril e, eventualmente, início de maio, quando a temperatura média começa a reduzir impedindo que os frutos finalizem o crescimento e a maturação. Saúco (2002) relata que o cultivo em ambiente protegido tem sido uma das alternativas promissoras para alguns setores agrícolas como a olericultura e a floricultura, principalmente em regiões onde o clima é o fator mais limitante, protegendo as culturas de adversidades como geadas, ventos, chuvas e granizo, permitindo às plantas melhores condições de desenvolvimento e produção fora dos períodos normais, inclusive de frutíferas. Inúmeros fatores têm impedido o emprego dessa tecnologia com pleno sucesso e em maior escala no Brasil. Dentre estes, destaca-se o reduzido número de pesquisas, quando nos referimos à fruticultura. A cultura da figueira foi escolhida para iniciar os trabalhos com fruticultura em ambiente protegido devido à importância econômica da cultura e a algumas características da planta, quais sejam: possibilidade de manter um porte arbustivo (baixo e compacto), utilizando adequadamente a poda; baixa necessidade de horas de frio durante o inverno para brotar e frutificar; e produção em ramos do ano, possibilitando algum retorno de capital já no primeiro ciclo. Considerando que a ocorrência de geadas tardias é o fator mais limitante para o desenvolvimento desta cultura na região; que as chuvas no período de colheita causam sérias perdas por apodrecimento de frutos; e, que com a adoção de tecnologias adequadas é, provavelmente, possível reduzir a lacuna de oferta de frutos para consumo in natura durante o ano (maio a dezembro), antecipando a entrada do produto no mercado e retardando o final da

21 4 colheita, é que esta pesquisa de cultivo em ambiente protegido foi iniciada. Vale salientar que esta pesquisa faz parte do Pólo de Inovação Tecnológica, financiado pela Secretaria de Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, sendo a continuidade do trabalho realizado desde Neste trabalho, foram avaliadas as condições micrometeorológicas proporcionados pelo ambiente protegido e o desenvolvimento vegetativo e produtivo da figueira cv. Roxo de Valinhos nestas condições, submetida a três épocas de poda, conduzida com 6 ramos (espaçamento de 0,75 m x 1,90 m) e 12 ramos por planta (espaçamento de 1,50 m x 1,90 m).

22 5 CAPÍTULO I DESENVOLVIMENTO E PRODUÇÃO DA FIGUEIRA CV. ROXO DE VALINHOS EM AMBIENTE PROTEGIDO, SUBMETIDA A DIFERENTES ÉPOCAS DE PODA E CONDUÇÃO Cristiano Reschke Lajús 1 ; Alexandre Augusto Nienow 2 RESUMO Este trabalho, realizado em Passo Fundo, RS, teve como objetivo propor uma tecnologia capaz de ampliar o período de oferta de figos maduros no mercado, com altas produtividades, bem como evitar podridões de frutos, comuns em anos chuvosos no sul do Brasil. Figueiras cv. Roxo de Valinhos, cultivadas em ambiente protegido, dotado de sistema de irrigação por gotejamento, foram submetidas a três épocas de poda (15 de maio, 10 de agosto e 5 de outubro), conduzidas com 6 ramos (espaçamento de 0,75 m x 1,90 m) e 12 ramos por planta (espaçamento de 1,50 m x 1,90 m). O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso, com arranjo em faixas, quatro repetições e quatro plantas por parcela. Os resultados demonstraram que o uso do ambiente protegido permite elevar a temperatura média, criando condições para que se possa antecipar a brotação e o início da colheita, bem como prolongar o final do ciclo da cultura da figueira. As temperaturas mínimas sofrem baixa influência do ambiente protegido, podendo nos meses mais frios tais temperaturas 1 Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Agronomia da Universidade de Passo Fundo (UPF), RS. 2 Orientador, Eng. Agr., Dr., professor de Fruticultura, Silvicultura e Horticultura Geral da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da UPF.

23 6 prejudicarem o desenvolvimento vegetativo, o que compromete a realização da poda em maio, bem como a maturação dos frutos no final do ciclo. O cultivo em ambiente protegido permite ampliar o período de colheita de figos maduros em 2,5 a 3 meses, antecipando o início e atrasando o final da colheita. Em ambiente protegido, com fertirrigação, pode ser recomendada a poda da figueira cv. Roxo de Valinhos em agosto (10 de agosto), deixando 12 ramos por planta, no espaçamento 1,50m x 1,90 m. Nestas condições são obtidos melhores resultados quanto ao crescimento dos ramos, antecipação da colheita, taxa de frutificação, produtividade e, distribuição mais uniforme da produção ao longo do ciclo. A poda em outubro retarda o início da colheita e não prorroga o final, resultando em menor período de colheita. O sistema foi eficiente para prevenir perdas por podridões de frutos e rachaduras. Palavras chave: Estufas, Ficus carica, figo, desenvolvimento vegetativo, frutificação, produção, peso médio, qualidade dos frutos.

24 7 FIG VC ROXO DE VALINHOS DEVELOPMENT AND PRODUCTION IN GREENHOUSE, SUBMMITTED TO DIFFERENT PRUNNING TIMES Cristiano Reschke Lajús 1 ; Alexandre Augusto Nienow 2 ABSTRACT The present work, which was conducted in Passo Fundo RS, aimed to propose a technology that might be able to enlarge the market offer period for ripe fig with high productivity, as well as preventing fruit rottenness, common in rainy years in the South of Brazil. Figs cv Roxo de Valinhos cultivated in dripping irrigation system equipped greenhouse were submitted to three different pruning periods (May 15 th, August 10 th and October 5 th ) conducted with six branches per plant (with a spacing of 0,75m by 1,90m) and twelve branches per plant (with a spacing of 1,50 m by 1,90m). The experimental layout used was of random blocks arranged in rows being four repetitions and four plants per parcel. The results showed that the use of greenhouse allows the average temperature to be elevated creating conditions so that the sprouting and the beginning of harvest are brought forward as well as extending fig fine cycle. Low temperatures are little influenced by greenhouse therefore during cold months such temperatures might damage vegetative development endangering the pruning in May as well as fruit ripening by the end of the cycle. Cultivation in greenhouse allows ripe fig harvest to be extended 2,5 to 3 months as 1 Student of Master Degree Post Graduation Program in Agronomy at the University of Passo Fundo (UPF), RS. 2 Advisor, Agronomist Engineer, Dr, Professor of Fruit-Growing, Silviculture and General e Horticulture at the Faculty of Agronomy and Veterinary Medicine at UPF (University of Passo Fundo).

25 8 a result bringing forward the beginning and delaying the end of the harvest. In greenhouse, with fertiirrigation, fig cv Roxo de Valinhos pruning can be recommended in August (August 10 th ) allowing twelve branches per plant, 1,50 m by 1,90m spacing. In these conditions best results are obtained regarding branch growing, harvest anticipation, fructification rate, productivity and more uniform production distribution along the cycle. Pruning in October delays the beginning of the harvest and does not extend the end, resulting in a shorter harvest period. The system was efficient to prevent loss caused by rottenness and crack of the fruit. Key Words: Greenhouse, Ficus carica, fig, vegetative development, fructification, production, average weight, fruit quality.

26 9 1 INTRODUÇÃO (Revisão bibliográfica) 1.1 Cultura da figueira Botânica, morfologia e cultivares Dominguez (1990) classifica botanicamente a figueira como uma planta pertencente à família Moraceae e ao gênero Ficus, com mais de 750 espécies conhecidas. Entre estas a melhor descrita agronomicamente é a espécie Ficus carica L. Segundo Franco e Penteado (1986), a figueira é cultivada desde os tempos pré-históricos, tendo como prováveis centros de origem a Ásia Menor e a Síria. Fósseis da cultura foram encontrados em sítios arqueológicos das eras quaternária e terciária. Sua importância cultural é relatada em várias passagens bíblicas. De acordo com a descrição morfológica apresentada por Rigitano (1955) e Simão (1971), o sistema radicular da figueira caracteriza-se por uma grande expansão lateral e desenvolvimento superficial. A raiz pode ter um desenvolvimento lateral de até 12 m e atingir 6 m de profundidade, quando encontra condições favoráveis (Chalfun et al., 1998). Vênega e Correa (1998), estudando plantas com 2 anos de idade, cultivadas em Selvíria, MS, encontraram 56,89 % do total de raízes localizadas nos primeiros 15 cm ao redor do tronco e 64,8 % distribuídas regularmente até 60 cm de profundidade. Chalfun et al. (1998) relatam que, sob condições naturais, a parte aérea pode atingir até 10 m de altura, porém, em sistemas tradicionais de cultivo (submetida a podas drásticas), raramente ultrapassa 3 m. As folhas são decíduas, com queda total no inverno.

27 10 Maiorano et al. (1997) citam que as flores se encontram dentro de um receptáculo botanicamente denominado de sicônio, que se desenvolve independente da fecundação e é conhecido como o fruto da figueira. O fruto comercial é, na verdade, uma infrutescência constituída de tecido parenquimatoso não originado do ovário. O fruto verdadeiro e individual é um pequeno aquênio que se forma pelo desenvolvimento do ovário após a fecundação, não sendo encontrado sob as condições brasileiras. Os aquênios apresentam embrião envolto pelo endosperma e pelo tegumento nas inflorescências polinizadas. As figueiras são classificadas em quatro tipos pomológicos gerais, baseado no comportamento da frutificação: Caprifigo, Smirna, Comum e São Pedro Branco. Nas figueiras pertencentes ao tipo pomológico comum, único tipo cultivado no Brasil, a fixação e o desenvolvimento das infrutescências é partenocárpica, não sendo necessário estímulo da polinização. Variedades deste tipo são cultivadas em quase todas as regiões produtoras do mundo (Medeiros, 1987). A única cultivar plantada em escala comercial expressiva no Brasil é a Roxo de Valinhos, introduzida no país no início do século XX pelo italiano Lino Bussato, no município de Valinhos, SP. Esta cultivar apresenta grande valor econômico, caracterizando-se pela rusticidade, vigor e produtividade. Adapta-se muito bem ao sistema de poda drástica e produz frutos aceitos para o consumo in natura (maduros), verdes (tipo indústria), inchados ou rami (Maiorano et al., 1997). Quando maduros, os frutos adquirem coloração externa roxoviolácea escura, atingem cerca de 7,5 cm de comprimento e peso entre 60 e 90 g. São considerados grandes, com formato piriforme e alongado, apresentam pedúnculo curto e o inconveniente de possuírem

28 11 ostíolo grande e aberto, que facilita a penetração de fungos e insetos. A polpa é de coloração rósea-avermelhada e apresenta cavidade central. Nos frutos maduros são observados numerosos ovários esclerificados, ocos (Medeiros, 1987) Clima e solo Conforme Chalfun et al. (1998), a figueira se adapta a diferentes climas, sendo cultivada tanto em regiões subtropicais como temperadas. Para uma boa produção, exige pequeno período de frio para o repouso hibernal e clima quente, com elevada luminosidade e baixa umidade relativa do ar para um longo período vegetativo. O cultivo da figueira não é indicado para regiões ou locais sujeitos a fortes geadas, pois os ramos novos são muito sensíveis e geadas rigorosas podem matar a parte aérea da planta (Simão, 1971; Chalfun et al., 1998). Almeida e Silveira (1997) relatam que a temperatura média ideal para a figueira situa-se entre 20 ºC e 25 ºC. Abaixo de 15 ºC o crescimento é retardado e temperaturas elevadas provocam o aumento na ocorrência de pragas e doenças. Temperaturas acima de 40 ºC, durante o período de amadurecimento dos frutos provocam a maturação antecipada, com alteração na consistência da casca (Simão, 1971). De acordo com Pereira (1981), a figueira adapta-se a diferentes tipos de solo, mas os mais apropriados são os de textura argiloarenosa, bem drenados, ricos em matéria orgânica e com ph entre 6,0 e 6,8. Em solos mal drenados podem ocorrer podridões de raízes e, nos excessivamente secos, a planta permanece em estado de repouso,

29 12 desenvolvendo poucas folhas e não produzindo frutos (Infoagro, 2002). Uma característica importante relacionada à adaptabilidade ao solo da cultura da figueira é a alta tolerância à salinidade, em concentrações até 2 g de NaCl. L -1 (Infoagro, 2002) Poda e condução A poda de formação da figueira inicia com o desponte da muda de haste única recém plantada, feito a 50 cm do solo, deixando crescer três ramos. Na próxima poda seca, cada ramo é cortado a 20 cm do ponto de inserção no tronco, logo após uma gema convenientemente posicionada. Estes ramos cortados constituem-se nas pernadas. Iniciada a brotação, é feita a desbrota, deixando dois brotos vigorosos e bem posicionados em cada pernada para formar uma copa aberta, com 6 brotos. Na poda seguinte, no próximo inverno, cada ramo, que cresceu no último ciclo vegetativo, é cortado a 10 cm de sua inserção. Após a brotação, são deixados dois brotos por ramo, num total de 12 brotos por planta. Desta forma, os ramos produtivos são duplicados em relação ao ano anterior. Os brotos a serem deixados devem ser os localizados na extremidade do ramo podado, isto é, nos dois últimos nós (Medeiros, 1987). Conforme o mesmo autor, dependendo da região, condições de solo, clima, espaçamento e da finalidade da produção, as figueiras podem ser conduzidas com um número máximo de 12 ou 24 ramos, estabilizados pela poda do ano seguinte, quando se deixa apenas um broto em cada ramo podado no inverno. A eliminação dos ramos

30 13 localizados em pontos indesejáveis é feita durante o período vegetativo. Os efeitos da poda sobre a qualidade e quantidade da produção e as implicações decorrentes do número final de ramos em uma planta foram temas de diversas pesquisas, encontrando-se algumas conclusões contraditórias em diferentes trabalhos. Comparando figueiras da cv. Roxo de Valinhos conduzidas com 10, 20, 30 e 40 ramos, Rigitano (1957) concluiu que para a produção de figos maduros o melhor número se situa entre 15 e 25 ramos por planta. Para a produção de figos verdes, destinados à indústria, devem permanecer entre 25 e 35 ramos. Copas com maior número de ramos provocaram diminuição do tamanho dos frutos, antecipação da colheita e maiores gastos com pulverizações. A influência de 12, 15 e 18 ramos por planta sobre o desenvolvimento, produção e qualidade dos frutos de figueiras da cv. Roxo de Valinhos foi estudada por Mânica et al. (1978), obtendo aumento na produção de figos verdes à medida que aumentou o número de ramos. Quanto ao peso médio dos frutos, esses autores não detectaram diferença significativa. Conduzindo figueiras cv. Roxo de Valinhos com 18, 24 e 30 ramos, Pinheiro (1979) verificou que com o aumento do número de ramos, reduziu o crescimento (comprimento e diâmetro médio) dos mesmos, com tendência para a diminuição do número de folhas em cada ramo e do peso médio dos frutos. Por sua vez, esta condição propiciou aumento do número de frutos por planta. Estudando a influência da irrigação e do número de ramos (18, 27, 36 e 45) deixados por planta na produção de figos verdes da cv. Roxo de Valinhos, Bringhenti (1980) concluiu que nos tratamentos

31 14 com 18, 27 e 36 ramos o número e o peso total de frutos aumentaram com a elevação do número de ramos. O peso médio dos frutos não foi afetado. Sem irrigação, as plantas com 27 e 36 ramos foram as mais produtivas. Bezerra et al. (1986) estudaram a influência do número de ramos na produção de figos verdes na cv. Roxo de Valinhos, no vale do São Francisco, PE. O número total de figos verdes aumentou com a elevação do número de ramos até 32, decrescendo quando este foi aumentado para 48. O peso médio dos frutos não foi afetado. Abrahão et al. (1989) avaliaram o efeito da intensidade da poda (curta, média, longa e ausência de poda) na produção da figueira cv. Roxo de Valinhos. A poda média (rebaixamento dos ramos pela metade) apresentou maior produção por hectare, não diferindo da poda longa (desponte da parte apical) e da ausência de poda. A poda curta resultou em menor diâmetro da copa, número de frutos, produção por planta e por hectare. Por outro lado, nas plantas que receberam poda longa ou não foram podadas, foi verificada maior incidência de ferrugem e broca da figueira. A viabilidade do cultivo e os efeitos da época de poda (março, abril, julho e agosto) e do número de ramos (24, 36 e 48) sobre o desenvolvimento da figueira cv. Roxo de Valinhos e a produção de figos verdes em Selvíria, MS, foram estudadas por Santos e Corrêa (1998). Utilizando plantas com oito anos de idade, cultivadas no espaçamento 3 x 2 m e irrigadas por microaspersão, verificaram que as realizadas em março ou julho, conduzindo a planta com 36 ramos, proporcionaram as maiores produções por planta e por área. A antecipação da poda possibilitou a obtenção de figos verdes com maior peso, comprimento e diâmetro médio. A poda em março

32 15 resultou em colheitas antecipadas, com a produção de frutos na entressafra (julho à outubro). Com o aumento do número de ramos ocorreu acréscimo na distância entre os frutos. Santos et al. (2001), analisando economicamente os resultados da cultura da figueira, concluíram que o custo de produção foi menor para as plantas submetidas à poda nos meses de março ou abril, em função dos menores gastos com tratamentos fitossanitários. A receita líquida foi positiva somente para as plantas conduzidas com 36 ramos, submetidas às podas em março e julho, acontecendo o mesmo com a taxa de retorno. A produção de figo verde a partir de julho (entressafra) permitiu a obtenção de melhores preços, devido a pouca oferta deste tipo de fruta no mercado. A produtividade de figueiras submetidas a diferentes épocas de poda na região de Bauru (SP) foi avaliada por Fumis et al. (2002). Obtiveram os melhores resultados com as podas em maio e junho, mais precoces em relação à comumente realizada em São Paulo, que é em agosto. Chaves (2003), avaliando a figueira cv. Roxo de Valinhos em ambiente protegido, podada em três épocas (15 de maio, 10 de agosto e 5 de outubro) e conduzida com diferente número de ramos (4 e 8), combinado com espaçamento (0,75 x 1,90 m e 1,50 x 1,90 m), respectivamente, concluiu que a condução da planta com 8 ramos, combinado com o espaçamento de 1,50 m na linha x 1,90 m na entrelinha, podada em 10 de agosto, apresentou os melhores resultados, proporcionando maior produção por planta e por hectare, sem afetar o peso médio dos frutos e os aspectos qualitativos.

33 Espaçamentos O espaçamento de plantio da figueira pode variar em função de fatores como fertilidade do solo, topografia, número de ramos conduzidos por planta, nível de mecanização e objetivo da produção. As diferentes combinações destes fatores permitem uma ampla faixa de espaçamentos. O espaçamento mais utilizado para a produção de figos de mesa é 2,5 m x 2,5 m. Já o espaçamento de 3,0 x 1,0 m tem sido utilizado em pomares destinados à produção de figos verdes, segundo Franco e Penteado (1986). Almeida e Silveira (1997) relatam que o espaçamento pode variar de 3,0 m x 2,0 m, para a produção de figo destinado ao consumo in natura, até 2,5 m x 1,5 m, para a produção de figo tipo indústria. Avaliando as respostas de figueiras jovens a diferentes espaçamentos de plantio, El-Kansas et al. (1998) observaram que a influência sobre as características morfológicas da planta foi pequena. Nos frutos aumentou o teor de sólidos solúveis totais e diminuiu o N total, quando utilizados espaçamentos maiores, elevando a relação C/N. Os teores de P e K nas folhas não foram alterados. No Rio Grande do Sul, em regiões de solo fértil, espaçamentos de até 5 m entre linhas têm sido utilizados para pomares conduzidos com mais de 24 ramos por planta e mecanizados Problemas fitossanitários Segundo Chalfun et al. (1998), os principais problemas fitossanitários da figueira são a ferrugem (Cerotelium fici), a broca da

34 17 figueira (Azochis gripusalis), a antracnose (Colletotrichum gloesporioides) e as podridões de frutos maduros, causadas pelos fungos Phytophthora sp. e Rhizopus sp. Kimati (1980) cita que sob condições de alta pluviosidade, a ferrugem pode causar desfolhamento total da planta em cerca de 20 a 30 dias, provocando perdas de até 80 % na produção de frutos. A permanência do inóculo da doença de um ciclo para outro no pomar ocorre em folhas remanescentes sobre a planta ou caídas recentemente. A disseminação se dá por ação dos ventos e de respingos de chuva. Conforme Chalfun et al. (1998) e Kimati (1980), a ocorrência da antracnose e das podridões de frutos é mais comum em anos com alta precipitação pluviométrica no período de maturação. Gallo et al. (1988) relatam que a broca da figueira é a larva de uma mariposa que ataca os ramos, causando a paralisação do crescimento e a morte da ponta dos mesmos, provocando a queda dos frutos, com prejuízos diretos à produção. De acordo com Chaves (2003), o cultivo da figueira cv. Roxo de Valinhos em ambiente protegido mostrou-se tecnicamente viável na região de Passo Fundo, RS, mas verificada alta incidência de ferrugem no período de colheita e de ácaros, praga pouco comum em figueiras cultivadas a céu aberto Colheita, classificação e armazenagem Os figos de coloração roxa, como os da cv. Roxo de Valinhos, destinados para o consumo in natura, devem ser colhidos quando começam a perder a consistência e a película ganha uma cor

35 18 arroxeada, o que acontece gradualmente na planta, exigindo colheitas diárias (Chalfun et al., 1998). No Rio Grande do Sul, o período de colheita vai de fevereiro a abril, podendo o início ser antecipado para fins de janeiro, em anos favoráveis. Mânica et al. (1972) relatam que para uniformizar e racionalizar a colheita e a comercialização dos frutos maduros, pode ser utilizada a prática da oleação, que consiste na aplicação de 1 a 2 gotas de óleo vegetal (soja, algodão ou oliva) sobre o ostíolo quando o fruto se encontra com uma coloração rósea em seu interior. Esta prática uniformiza e antecipa a colheita (Amaro, 1997) em até dias (Dominguez, 1990). Pereira (1979) cita que a aplicação de etefon na concentração de 250 mg.l -1, em jatos dirigidos aos frutos, entre 15 e 20 dias antes da completa maturação, quando apresentam coloração vermelha em seu interior, também provoca a antecipação da maturação, com a vantagem de não causar manchas na casca e melhorar o rendimento da colheita. De acordo com Chalfun et al. (1998), no final do período de colheita, em regiões de clima frio, é comum a permanência de frutos que se tornam fibrosos sobre a planta, impedidos de atingir a maturação. O aproveitamento pode ser feito na forma de figos verdes destinados à indústria. O figo maduro apresenta baixa resistência à manipulação, conservação e armazenagem, devendo ser encaminhado no mesmo dia para o mercado. A padronização tem sido uma exigência para a obtenção de preços mais elevados. O figo pode ser classificado por tamanho em grande, médio e miúdo, e também por defeitos, descartando frutos passados, imaturos, azedos, com mancha de óleo e sem pedúnculo. Admite-se uma tolerância máxima de 20 % dos frutos

36 19 com defeitos como danos mecânicos, coloração desuniforme e rachaduras no ostíolo (Amaro, 1997). Quando a comercialização imediata é impossível, os frutos maduros podem ser conservados por até 2 semanas em câmaras frigoríficas com temperatura entre 1 ºC e 0 ºC e umidade relativa do ar entre 90 % e 95 %, ou por até 3 a 4 semanas em câmaras de atmosfera controlada com 5 % a 10 % de O 2 e 15 % a 20 % de CO 2 (Crisisto e Kader, 2002). Conforme a Cati (2002), estes recursos raramente são utilizados no Brasil, pois o figo é uma cultura típica de pequenas propriedades, onde esta tecnologia não está disponível. 1.2 Ambientes protegidos Características e fatores ambientais Moschini (1983) cita que o cultivo de plantas em ambientes protegidos tem origem remota, com registros de proteção de plantas em jardins privados já no período renascentista. A partir do século XVIII, o valor atribuído às espécies exóticas e raras nos jardins públicos tornou necessária a busca de novos materiais e conhecimentos sobre o manejo desses ambientes, gerando uma tecnologia que foi sendo desenvolvida e adaptada até chegar ao uso agrícola atual, com os objetivos de produzir fora das épocas normais, melhorar a qualidade dos produtos e aumentar o rendimento. As estufas podem ser de variados tipos e modelos, desde simples túneis cobertos com filme plástico sobre estruturas de madeira ou ferro, até ambientes totalmente controlados, com dispositivos automáticos de regulagem de umidade, temperatura e luminosidade

37 20 (Alpi e Tognoni, 1983). As estufas de alta tecnologia são mais usadas para plantas de alto valor comercial, geralmente da área da floricultura, e são classificadas por Martins (1996) como pertencentes ao grupo da plasticultura empresarial. Segundo Goto (1997), as estruturas mais utilizadas no Brasil, têm sido as mais baratas, não climatizadas, sem sistema artificial de aquecimento e com controle parcial de temperatura e umidade pelo manejo de abertura e fechamento das cortinas laterais. A denominação mais apropriada para a identificação destas estruturas é ambientes protegidos, pois o objetivo é proteger as plantas do vento, chuvas intensas e granizo (Buriol et al., 1993). A elevação da temperatura média pode ser de 1,5 ºC a 3,8 ºC em relação à temperatura ambiente. (Farias et al., 1992b), reduzindo o risco de danos por geadas e fazendo com que os cultivos alcancem sua constante térmica mais rapidamente. O cultivo em ambiente protegido também diminui a evapotranspiração e aumenta a atividade fotossintética (Saúco, 2002), além de pressupor a adoção de medidas prévias contra as secas (Robledo e Martin, 1988). Tapia (1981) relata que o material plástico mais empregado em ambientes protegidos para fins agrícolas é o PEBD (polietileno de baixa densidade), que apresenta boa transparência à radiação solar, deixando passar cerca de 70 a 90% da radiação de onda curta. De acordo com Saúco (2002), o plástico geralmente empregado nos ambientes protegidos é de 220 µm de espessura, com durabilidade de cerca de 3 anos. No Brasil predomina o uso do PEBD com 150 µm de espessura. Farias et al. (1992b) relatam que parte da radiação solar que penetra para o interior da estufa é absorvida pelo solo, plantas e

38 21 objetos presentes, e parte é convertida em energia térmica (radiação de onda longa). Essa radiação térmica é emitida para o espaço e, ao atingir algum material opaco, como deveria ser a cobertura plástica, fica retida nesse ambiente, propiciando maior temperatura do ar. Este fenômeno é conhecido como efeito estufa (Herter e Reissiar, 1987). A maior parte do calor produzido, entretanto, é perdida por diferentes processos, destacando-se as perdas proporcionadas pela permeabilidade do plástico às ondas longas. Conforme Seeman (1979) e Monteiro et al. (1985), apud Farias et al. (1992a) e Tápia (1981), o PEBD apresenta elevada permeabilidade à radiação de onda longa, permitindo a passagem de até 80 %. Isto, muitas vezes, gera um efeito contrário ao desejado, ou seja, valores de temperatura no interior da estufa inferiores aos verificados a céu aberto, fenômeno conhecido por inversão térmica. De acordo com Farias et al. (1992a), a estabilidade térmica dentro da estufa está condicionada às dimensões desta, particularmente ao volume de ar armazenado por unidade de superfície coberta. Quanto maior o volume de ar retido, maior será a quantidade de calor acumulada durante o dia e o efeito sobre a elevação da temperatura mínima atingida durante a noite, após as perdas por condução e convecção, que podem ser mais ou menos rápidas, de acordo com o material de cobertura e as condições atmosféricas externas. Na maioria dos casos, a relação ideal de volume fica em torno de 2,7 a 3,0 m 3 de ar acumulado por metro quadrado de área coberta pela estufa. Testando a eficiência de modelos de estufas plásticas com coberturas tipo capela e tipo arco, cercadas lateralmente com sombrite, em comparação com uma área a céu aberto, em Ilha

39 22 Solteira, SP, Faria Junior et al. (1997) concluíram que as médias de temperaturas mínimas são iguais em ambos os modelos de estufas e a céu aberto. As temperaturas máximas e, conseqüentemente, as médias diárias, foram mais altas dentro das estufas, independente do modelo utilizado. Monitorando as condições ambientais dentro e fora de estufas plásticas com o cultivo de feijão-de-vagem, Farias (1991) observou que a maior alteração foi registrada nas temperaturas máximas, sendo as mínimas e as médias pouco alteradas. A evapotranspiração de referência foi menor no interior que no exterior da estufa. Avaliando as condições micro meteorológicas dentro e fora de estufas plásticas com o cultivo de videiras, em Bento Gonçalves, RS, Schiedeck et al. (1997) obtiveram, no interior da estufa, temperaturas máximas absolutas entre 0,1 ºC e 9,1 ºC, médias entre 0,2 ºC e 9,6 ºC e mínimas entre 0,8 ºC e 3,8 ºC superiores às temperaturas externas. As maiores diferenças entre as temperaturas interna e externa foram obtidas com as cortinas mantidas fechadas. Prados (1986), apud Farias (1991), afirma que a umidade relativa do ar no interior da estufa é variável e está intimamente relacionada com a temperatura do ar. Assim, para um mesmo conteúdo de vapor d água no ar, a umidade relativa é inversamente proporcional à temperatura. Desta forma, durante o dia, com o aumento da temperatura, a umidade relativa diminui, tornando-se pouco inferior à verificada externamente. Faria Júnior et al. (1997) observaram os menores níveis médios diários de umidade do ar no interior das estufas às 13 horas, quando a temperatura geralmente atinge os valores máximos nestes ambientes. Durante a noite, a umidade relativa do ar quase sempre chega a 100 %

40 23 antes do nascer do sol, devido à queda acentuada da temperatura no interior da estufa e à retenção de vapor d água pela cobertura (Camacho, 1994; Farias, 1991). Estes índices de umidade também interferem sobre a temperatura. A umidade retida junto à cobertura cria uma película de água sob o plástico, atuando como uma barreira à passagem das ondas longas, impedindo a perda de calor e auxiliando na manutenção das temperaturas mínimas em níveis mais elevados no interior em relação ao ambiente externo da estufa (Robledo e Martin, 1988). Segundo Freitas et al. (1997) a interação entre umidade relativa do ar e temperatura interfere sobre a duração do período de molhamento foliar, podendo influenciar decisivamente na ocorrência e severidade de doenças causadas por fungos. Analisando as diferenças no comportamento da umidade relativa do ar, conforme o manejo empregado no sistema de cortinas, Schiedeck et al. (1997) relatam que quando as cortinas foram mantidas fechadas a umidade relativa do ar média no interior da estufa se manteve acima da observada a céu aberto, mas quando as cortinas foram abertas houve comportamento inverso. Este fenômeno foi atribuído à renovação do ar proporcionada pela abertura das cortinas, associada à maior temperatura verificada no interior da estufa, mesmo com as cortinas abertas. A renovação do ar baixa a umidade relativa e auxilia na redução das temperaturas máximas atingidas. Avaliando os efeitos do manejo das cortinas associado com o uso de nebulização para reduzir as temperaturas máximas atingidas no interior de estufas em Piracicaba, SP, Furlan et al. (2001) observaram que houve redução de 47,1 ºC, na estufa não manejada, para 33,1 ºC, na manejada, enquanto a

Pesquisa da EPAMIG garante produção de azeitonas

Pesquisa da EPAMIG garante produção de azeitonas Pesquisa da EPAMIG garante produção de azeitonas De origem européia, a oliveira foi trazida ao Brasil por imigrantes há quase dois séculos, mas somente na década de 50 foi introduzida no Sul de Minas Gerais.

Leia mais

IT-1101 - AGRICULTURA IRRIGADA. (parte 1)

IT-1101 - AGRICULTURA IRRIGADA. (parte 1) 6 Sistemas de irrigação (parte 1) 6.1 Considerações iniciais Aplicação artificial de água ao solo, em quantidades adequadas, visando proporcionar a umidade necessária ao desenvolvimento das plantas nele

Leia mais

ADENSAMENTO DE PLANTIO: ESTRATÉGIA PARA A PRODUTIVIDADE E LUCRATIVIDADE NA CITRICULTURA.

ADENSAMENTO DE PLANTIO: ESTRATÉGIA PARA A PRODUTIVIDADE E LUCRATIVIDADE NA CITRICULTURA. ADENSAMENTO DE PLANTIO: ESTRATÉGIA PARA A PRODUTIVIDADE E LUCRATIVIDADE NA CITRICULTURA. Eduardo Sanches Stuchi Pesquisador Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical Diretor Científico da Estação Experimental

Leia mais

DENSIDADE DE SEMEADURA DE CULTIVARES DE MAMONA EM PELOTAS, RS 1

DENSIDADE DE SEMEADURA DE CULTIVARES DE MAMONA EM PELOTAS, RS 1 DENSIDADE DE SEMEADURA DE CULTIVARES DE MAMONA EM PELOTAS, RS 1 Sérgio Delmar dos Anjos e Silva 1, Rogério Ferreira Aires 2, João Guilherme Casagrande Junior 3, Claudia Fernanda Lemons e Silva 4 1 Embrapa

Leia mais

CLIMATOLOGIA. Profª Margarida Barros. Geografia - 2013

CLIMATOLOGIA. Profª Margarida Barros. Geografia - 2013 CLIMATOLOGIA Profª Margarida Barros Geografia - 2013 CLIMATOLOGIA RAMO DA GEOGRAFIA QUE ESTUDA O CLIMA Sucessão habitual de TEMPOS Ação momentânea da troposfera em um determinado lugar e período. ELEMENTOS

Leia mais

Objetivos da poda PODA DE ÁRVORES FRUTÍFERAS. O que é poda? FERAS. O que podar? Conceito de Poda. Por que podar?

Objetivos da poda PODA DE ÁRVORES FRUTÍFERAS. O que é poda? FERAS. O que podar? Conceito de Poda. Por que podar? Universidade de São Paulo Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz ESALQ/USP PODA DE ÁRVORES FRUTÍFERAS FERAS O que é poda? Piracicaba - SP Agosto - 2011 Conceito de Poda O que podar? Ramos Poda

Leia mais

Aplicação de Nitrogênio em Cobertura no Feijoeiro Irrigado*

Aplicação de Nitrogênio em Cobertura no Feijoeiro Irrigado* ISSN 1678-9636 Aplicação de Nitrogênio em Cobertura no Feijoeiro Irrigado* 49 O feijoeiro é uma das principais culturas plantadas na entressafra em sistemas irrigados nas regiões Central e Sudeste do Brasil.

Leia mais

OS CLIMAS DO BRASIL Clima é o conjunto de variações do tempo de um determinado local da superfície terrestre.

OS CLIMAS DO BRASIL Clima é o conjunto de variações do tempo de um determinado local da superfície terrestre. OS CLIMAS DO BRASIL Clima é o conjunto de variações do tempo de um determinado local da superfície terrestre. Os fenômenos meteorológicos ocorridos em um instante ou em um dia são relativos ao tempo atmosférico.

Leia mais

SECAGEM DE GRÃOS. Disciplina: Armazenamento de Grãos

SECAGEM DE GRÃOS. Disciplina: Armazenamento de Grãos SECAGEM DE GRÃOS Disciplina: Armazenamento de Grãos 1. Introdução - grãos colhidos com teores elevados de umidade, para diminuir perdas:. permanecem menos tempo na lavoura;. ficam menos sujeitos ao ataque

Leia mais

Exercícios Tipos de Chuvas e Circulação Atmosférica

Exercícios Tipos de Chuvas e Circulação Atmosférica Exercícios Tipos de Chuvas e Circulação Atmosférica 1. De acordo com as condições atmosféricas, a precipitação pode ocorrer de várias formas: chuva, neve e granizo. Nas regiões de clima tropical ocorrem

Leia mais

Climatologia GEOGRAFIA DAVI PAULINO

Climatologia GEOGRAFIA DAVI PAULINO Climatologia GEOGRAFIA DAVI PAULINO Efeito no clima sobre fatores socioeconômicos Agricultura População Diversidade global de climas Motivação! O Clima Fenômeno da atmosfera em si: chuvas, descargas elétricas,

Leia mais

FORMULÁRIO PARA CADASTRO DE PROJETO DE PESQUISA E EXTENSÃO

FORMULÁRIO PARA CADASTRO DE PROJETO DE PESQUISA E EXTENSÃO Protocolo nº016 /2012 FORMULÁRIO PARA CADASTRO DE PROJETO DE PESQUISA E EXTENSÃO 1. Instruções 1 Deverá ser entregue 1 (uma) cópia impressa e 1 (uma) cópia via e-mail (na extensão.doc), encaminhados para

Leia mais

Tecnologia da produção de fumo

Tecnologia da produção de fumo Tecnologia da produção de fumo ESALQ - USP Produção Vegetal Prof. Dr. José Laércio Favarin Sistemática e origem L 40º N N Equador CH 3 Alcalóide: nicotina L - 40º S Planta de fumo pertence a família Solanaceae,

Leia mais

Fenômeno El Niño influenciará clima nos próximos meses

Fenômeno El Niño influenciará clima nos próximos meses Fenômeno El Niño influenciará clima nos próximos meses Dados divulgados nesta semana das anomalias de temperatura da superfície do mar no Oceano Pacífico indicaram que fenômeno El Niño está na presente,

Leia mais

Aplicação de dejetos líquidos de suínos no sulco: maior rendimento de grãos e menor impacto ambiental. Comunicado Técnico

Aplicação de dejetos líquidos de suínos no sulco: maior rendimento de grãos e menor impacto ambiental. Comunicado Técnico Comunicado Técnico PÓLO DE MODERNIZAÇÃO TECNOLÓGICA EM ALIMENTOS COREDE-PRODUÇÃO FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO PASSO FUNDO, RS JUNHO, 27 Nº 1 Aplicação de dejetos

Leia mais

SOCIOECONÔMICOS 10 2 ASPECTOS INTRODUÇÃO PRODUÇÃO E CAPACIDADE DE ARMAZENAMENTO

SOCIOECONÔMICOS 10 2 ASPECTOS INTRODUÇÃO PRODUÇÃO E CAPACIDADE DE ARMAZENAMENTO 10 2 ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS Loiva Maria Ribeiro de Mello INTRODUÇÃO A maçã é a fruta de clima temperado mais importante comercializada como fruta fresca, tanto no contexto internacional quanto no nacional.

Leia mais

MUDANÇAS CLIMÁTICAS E SUAS CONSEQUÊNCIAS NA AGRICULTURA ANALISE DA CULTURA DO ALGODOEIRO

MUDANÇAS CLIMÁTICAS E SUAS CONSEQUÊNCIAS NA AGRICULTURA ANALISE DA CULTURA DO ALGODOEIRO MUDANÇAS CLIMÁTICAS E SUAS CONSEQUÊNCIAS NA AGRICULTURA ANALISE DA CULTURA DO ALGODOEIRO ORIVALDO BRUNINI- JOÃO PAULO DE CARVALHO VANESSA BANCHIERI CIARELLI ANDREW PATRICK C,BRUNINI INSTITUTO AGRONÔMICO

Leia mais

Política Agrícola e Comércio Internacional. Acadêmicos: Aline Clarice Celmar Marcos Micheli Virginia

Política Agrícola e Comércio Internacional. Acadêmicos: Aline Clarice Celmar Marcos Micheli Virginia Política Agrícola e Comércio Internacional Acadêmicos: Aline Clarice Celmar Marcos Micheli Virginia Introdução O seguro agrícola é um dos instrumentos da política agrícola mais eficaz utilizado para minimizar

Leia mais

FCTA 4 TROCAS TÉRMICAS ENTRE O MEIO E AS EDIFICAÇÕES 4.1 FECHAMENTOS TRANSPARENTES

FCTA 4 TROCAS TÉRMICAS ENTRE O MEIO E AS EDIFICAÇÕES 4.1 FECHAMENTOS TRANSPARENTES 4 TROCAS TÉRMICAS ENTRE O MEIO E AS EDIFICAÇÕES 4.1 FECHAMENTOS TRANSPARENTES Nestes tipos de fechamento podem ocorrer três tipos de trocas térmicas: condução, convecção e radiação. O vidro comum é muito

Leia mais

PREVISÃO CLIMÁTICA TRIMESTRAL

PREVISÃO CLIMÁTICA TRIMESTRAL PREVISÃO CLIMÁTICA TRIMESTRAL JULHO/AGOSTO/SETEMBRO - 2015 Cooperativa de Energia Elétrica e Desenvolvimento Rural JUNHO/2015 Previsão trimestral Os modelos de previsão climática indicam que o inverno

Leia mais

PROGRAMA FITOSSANITÁRIO DE MATO GROSSO DO SUL RELATÓRIO SEMANAL DE 27 DE JANEIRO A 03 DE FEVEREIRO DE 2014

PROGRAMA FITOSSANITÁRIO DE MATO GROSSO DO SUL RELATÓRIO SEMANAL DE 27 DE JANEIRO A 03 DE FEVEREIRO DE 2014 ANO III / Nº 73 PROGRAMA FITOSSANITÁRIO DE MATO GROSSO DO SUL RELATÓRIO SEMANAL DE 27 DE JANEIRO A 03 DE FEVEREIRO DE 2014 Núcleo 1 Chapadão do Sul Eng. Agr. Danilo Suniga de Moraes O plantio de algodão

Leia mais

DESEMPENHO DE MUDAS CHRYSOPOGON ZIZANIOIDES (VETIVER) EM SUBSTRATO DE ESTÉRIL E DE REJEITO DA MINERAÇÃO DE MINÉRIO DE FERRO

DESEMPENHO DE MUDAS CHRYSOPOGON ZIZANIOIDES (VETIVER) EM SUBSTRATO DE ESTÉRIL E DE REJEITO DA MINERAÇÃO DE MINÉRIO DE FERRO Belo Horizonte/MG 24 a 27/11/2014 DESEMPENHO DE MUDAS CHRYSOPOGON ZIZANIOIDES (VETIVER) EM SUBSTRATO DE ESTÉRIL E DE REJEITO DA MINERAÇÃO DE MINÉRIO DE FERRO Igor Fernandes de Abreu (*), Giovane César

Leia mais

PRÁTICAS SILVICULTURAIS

PRÁTICAS SILVICULTURAIS CAPÍTULO 10 PRÁTICAS SILVICULTURAIS 94 Manual para Produção de Madeira na Amazônia APRESENTAÇÃO Um dos objetivos do manejo florestal é garantir a continuidade da produção madeireira através do estímulo

Leia mais

COMPORTAMENTO TÉRMICO DA CONSTRUÇÃO

COMPORTAMENTO TÉRMICO DA CONSTRUÇÃO COMPORTAMENTO TÉRMICO DA CONSTRUÇÃO Capítulo 2 do livro Manual de Conforto Térmico NESTA AULA: Trocas de calor através de paredes opacas Trocas de calor através de paredes translúcidas Elementos de proteção

Leia mais

CONSELHO PERMANENTE DE AGROMETEOROLOGIA APLICADA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

CONSELHO PERMANENTE DE AGROMETEOROLOGIA APLICADA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL CONSELHO PERMANENTE DE AGROMETEOROLOGIA APLICADA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL Prognósticos e recomendações para o período Maio/junho/julho de 2014 Boletim de Informações nº

Leia mais

Passo a passo na escolha da cultivar de milho

Passo a passo na escolha da cultivar de milho Passo a passo na escolha da cultivar de milho Beatriz Marti Emygdio Pesquisadora Embrapa Clima Temperado (beatriz.emygdio@cpact.embrapa.br) Diante da ampla gama de cultivares de milho, disponíveis no mercado

Leia mais

ASPECTOS CONSTRUTIVOS E AMBIENTAIS DE TELHADOS VERDES EXTENSIVOS

ASPECTOS CONSTRUTIVOS E AMBIENTAIS DE TELHADOS VERDES EXTENSIVOS I Congresso Baiano de Engenharia Sanitária e Ambiental - I COBESA ASPECTOS CONSTRUTIVOS E AMBIENTAIS DE TELHADOS VERDES EXTENSIVOS Matheus Paiva Brasil (1) Graduando em Engenharia Sanitária e Ambiental

Leia mais

O Aquecimento Global se caracteriza pela modificação, intensificação do efeito estufa.

O Aquecimento Global se caracteriza pela modificação, intensificação do efeito estufa. O que é o Aquecimento Global? O Aquecimento Global se caracteriza pela modificação, intensificação do efeito estufa. O efeito estufa é um fenômeno natural e consiste na retenção de calor irradiado pela

Leia mais

PLASTICULTURA. Histórico Uso no setor agrícola

PLASTICULTURA. Histórico Uso no setor agrícola PLASTICULTURA Histórico Uso no setor agrícola PLASTICULTURA Atividades agrícolas que utilizam o plástico Floricultura Olericultura Fruticultura Aquacultura Avicultura Suinocultura Estufas, telados, cobertura

Leia mais

MANUAL DE VENDAS SEGURO COLHEITA GARANTIDA

MANUAL DE VENDAS SEGURO COLHEITA GARANTIDA MANUAL DE VENDAS SEGURO COLHEITA GARANTIDA 1 Finalidade O setor Agropecuário é, e sempre foi, fundamental para a economia Brasileira, porém está sujeito aos riscos de produção por intempéries da Natureza

Leia mais

Implantação de unidades de observação para avaliação técnica de culturas de clima temperado e tropical no estado do Ceará Resumo

Implantação de unidades de observação para avaliação técnica de culturas de clima temperado e tropical no estado do Ceará Resumo Implantação de unidades de observação para avaliação técnica de culturas de clima temperado e tropical no estado do Ceará Resumo Os polos irrigados do Estado do Ceará são seis, conforme relacionados: Baixo

Leia mais

Ciclo hidrológico. Distribuição da água na Terra. Tipo Ocorrência Volumes (km 3 ) Água doce superficial. Rios. Lagos Umidade do solo.

Ciclo hidrológico. Distribuição da água na Terra. Tipo Ocorrência Volumes (km 3 ) Água doce superficial. Rios. Lagos Umidade do solo. Ciclo hidrológico Quase toda a água do planeta está concentrada nos oceanos. Apenas uma pequena fração (menos de 3%) está em terra e a maior parte desta está sob a forma de gelo e neve ou abaixo da superfície

Leia mais

Acumuladores de Calor

Acumuladores de Calor Acumuladores de Calor Em virtude da atividade de muitas pessoas se desenvolver, diariamente, no interior de edifícios, tal obriga a que as condições de conforto, principalmente as relacionadas com a qualidade

Leia mais

PRODUÇÃO DO MORANGUEIRO A PARTIR DE MUDAS COM DIFERENTES ORIGENS

PRODUÇÃO DO MORANGUEIRO A PARTIR DE MUDAS COM DIFERENTES ORIGENS PRODUÇÃO DO MORANGUEIRO A PARTIR DE MUDAS COM DIFERENTES ORIGENS MICHEL ALDRIGHI GONÇALVES 1 ; CARINE COCCO 1 ; LUCIANO PICOLOTTO 2 ; LETICIA VANNI FERREIRA 1 ; SARAH FIORELLI DE CARVALHO 3 ; LUIS EDUARDO

Leia mais

POPULAçÃO DE PLANTAS DE SOJA NO SISTEMA DE SEMEADURA DIRETA PARA O CENTRO-SUL DO ESTADO DO PARANÁ

POPULAçÃO DE PLANTAS DE SOJA NO SISTEMA DE SEMEADURA DIRETA PARA O CENTRO-SUL DO ESTADO DO PARANÁ /,-----------. (c;) EM.PRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECuARIA EMBRAPA ~ Vinculada ao M'nisté,io da Ag,iculMa ~., CENTRO NACIONAL DE PESQUISA DE SOJA - CNPSo Rodovia Carlos João Slrass (Londrina/Warta)

Leia mais

COLÉGIO SÃO JOSÉ PROF. JOÃO PAULO PACHECO GEOGRAFIA 1 EM 2011

COLÉGIO SÃO JOSÉ PROF. JOÃO PAULO PACHECO GEOGRAFIA 1 EM 2011 COLÉGIO SÃO JOSÉ PROF. JOÃO PAULO PACHECO GEOGRAFIA 1 EM 2011 O Sol e a dinâmica da natureza. O Sol e a dinâmica da natureza. Cap. II - Os climas do planeta Tempo e Clima são a mesma coisa ou não? O que

Leia mais

CULTIVO AGROECOLÓGICO DE TOMATE CEREJA COM ADUBAÇÃO VERDE INTERCALAR 1

CULTIVO AGROECOLÓGICO DE TOMATE CEREJA COM ADUBAÇÃO VERDE INTERCALAR 1 CULTIVO AGROECOLÓGICO DE TOMATE CEREJA COM ADUBAÇÃO VERDE INTERCALAR 1 Edmilson José Ambrosano Eng. Agr., Dr., PqC do Pólo Regional Centro Sul/APTA ambrosano@apta.sp.gov.br Fabrício Rossi Eng. Agr., Dr.,

Leia mais

Culturas. A Cultura do Feijão. Nome Cultura do Feijão Produto Informação Tecnológica Data Maio -2000 Preço - Linha Culturas Resenha

Culturas. A Cultura do Feijão. Nome Cultura do Feijão Produto Informação Tecnológica Data Maio -2000 Preço - Linha Culturas Resenha 1 de 7 10/16/aaaa 11:19 Culturas A Cultura do Nome Cultura do Produto Informação Tecnológica Data Maio -2000 Preço - Linha Culturas Resenha Informações resumidas sobre a cultura do feijão José Salvador

Leia mais

TECNOLOGIA DOS MATERIAIS

TECNOLOGIA DOS MATERIAIS TECNOLOGIA DOS MATERIAIS Aula 7: Tratamentos em Metais Térmicos Termoquímicos CEPEP - Escola Técnica Prof.: Transformações - Curva C Curva TTT Tempo Temperatura Transformação Bainita Quando um aço carbono

Leia mais

Os fenômenos climáticos e a interferência humana

Os fenômenos climáticos e a interferência humana Os fenômenos climáticos e a interferência humana Desde sua origem a Terra sempre sofreu mudanças climáticas. Basta lembrar que o planeta era uma esfera incandescente que foi se resfriando lentamente, e

Leia mais

Vantagens e Desvantagens da Utilização da PALHA da Cana. Eng. Agr. Dib Nunes Jr. GRUPO IDEA

Vantagens e Desvantagens da Utilização da PALHA da Cana. Eng. Agr. Dib Nunes Jr. GRUPO IDEA Vantagens e Desvantagens da Utilização da PALHA da Cana Eng. Agr. Dib Nunes Jr. GRUPO IDEA NOVO PROTOCOLO AMBIENTAL (Única, Orplana e Secretaria do Meio Ambiente) Áreas mecanizáveis Extinção das queimadas

Leia mais

B I O G E O G R A F I A

B I O G E O G R A F I A B I O G E O G R A F I A BIOMAS DO MUNDO SAVANAS E DESERTOS 2011 Aula VI AS PRINCIPAIS FORMAÇÕES VEGETAIS DO PLANETA SAVANAS As savanas podem ser encontradas na África, América do Sul e Austrália sendo

Leia mais

Sistema Laminar. Ecotelhado

Sistema Laminar. Ecotelhado Sistema Laminar Ecotelhado 2 Especificação O Sistema Modular Laminar Ecotelhado é o conjunto dos seguintes elementos: Membrana Ecotelhado de Proteção Anti-Raízes Membrana Ecotelhado de Retenção de Nutrientes

Leia mais

Variedades de Cana-de-Açúcar Pragas e Doenças: Eng. Agr. Gustavo de Almeida Nogueira Canaoeste

Variedades de Cana-de-Açúcar Pragas e Doenças: Eng. Agr. Gustavo de Almeida Nogueira Canaoeste Variedades de Cana-de-Açúcar Pragas e Doenças: Eng. Agr. Gustavo de Almeida Nogueira Canaoeste Sumário: Novos Desafios do Setor; Programas de Melhoramento Genético de Cana-de-açúcar; Principais Características

Leia mais

MIGDOLUS EM CANA DE AÇÚCAR

MIGDOLUS EM CANA DE AÇÚCAR MIGDOLUS EM CANA DE AÇÚCAR 1. INTRODUÇÃO O migdolus é um besouro da família Cerambycidae cuja fase larval causa danos ao sistema radicular da cana-de-açúcar, passando a exibir sintomas de seca em toda

Leia mais

AVALIAÇÃO DE PROGÊNIES DE MILHO NA PRESENÇA E AUSÊNCIA DE ADUBO

AVALIAÇÃO DE PROGÊNIES DE MILHO NA PRESENÇA E AUSÊNCIA DE ADUBO REVISTA CIENTÍFICA ELETRÔNICA DE AGRONOMIA ISSN 1677-0293 PERIODICIDADE SEMESTRAL ANO III EDIÇÃO NÚMERO 5 JUNHO DE 2004 -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Leia mais

PROGNÓSTICOS E RECOMENDAÇÕES PARA O PERÍODO OUTUBRO, NOVEMBRO E DEZEMBRO DE 2011

PROGNÓSTICOS E RECOMENDAÇÕES PARA O PERÍODO OUTUBRO, NOVEMBRO E DEZEMBRO DE 2011 Estado do Rio Grande do Sul CONSELHO PERMANENTE DE AGROMETEOROLOGIA APLICADA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PROGNÓSTICOS E RECOMENDAÇÕES PARA O PERÍODO OUTUBRO, NOVEMBRO E DEZEMBRO DE 2011 Boletim de Informações

Leia mais

GEOGRAFIA - RECUPERAÇÃO

GEOGRAFIA - RECUPERAÇÃO 1ª série Ens. Médio EXERCÍCIOS DE MONITORIA 2º PERÍODO JULHO GEOGRAFIA - RECUPERAÇÃO 1. Associe os tipos de chuva às suas respectivas características. ( ) Resulta do deslocamento horizontal do ar que,

Leia mais

PARANÁ CONTINUA SENDO O MAIOR PRODUTOR DE GRÃOS

PARANÁ CONTINUA SENDO O MAIOR PRODUTOR DE GRÃOS SECRETARIA DE ESTADO DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO DEPARTAMENTO DE ECONOMIA RURAL D E R A L PARANÁ CONTINUA SENDO O MAIOR PRODUTOR DE GRÃOS 20/03/06 O levantamento de campo realizado pelo DERAL, no

Leia mais

RELATÓRIO FINAL. AVALIAÇÃO DO PRODUTO CELLERON-SEEDS e CELLERON-FOLHA NA CULTURA DO MILHO CULTIVADO EM SEGUNDA SAFRA

RELATÓRIO FINAL. AVALIAÇÃO DO PRODUTO CELLERON-SEEDS e CELLERON-FOLHA NA CULTURA DO MILHO CULTIVADO EM SEGUNDA SAFRA RELATÓRIO FINAL AVALIAÇÃO DO PRODUTO CELLERON-SEEDS e CELLERON-FOLHA NA CULTURA DO MILHO CULTIVADO EM SEGUNDA SAFRA Empresa solicitante: FOLLY FERTIL Técnicos responsáveis: Fabio Kempim Pittelkow¹ Rodrigo

Leia mais

PLANTIO DE MILHO COM BRAQUIÁRIA. INTEGRAÇÃO LAVOURA PECUÁRIA - ILP

PLANTIO DE MILHO COM BRAQUIÁRIA. INTEGRAÇÃO LAVOURA PECUÁRIA - ILP PLANTIO DE MILHO COM BRAQUIÁRIA. INTEGRAÇÃO LAVOURA PECUÁRIA - ILP Autores: Eng.º Agr.º José Alberto Ávila Pires Eng.º Agr.º Wilson José Rosa Departamento Técnico da EMATER-MG Trabalho baseado em: Técnicas

Leia mais

Olericultura. A Cultura do Morango. Nome Cultura do Morango Produto Informação Tecnológica Data Janeiro -2001 Preço - Linha Olericultura Resenha

Olericultura. A Cultura do Morango. Nome Cultura do Morango Produto Informação Tecnológica Data Janeiro -2001 Preço - Linha Olericultura Resenha 1 de 6 10/16/aaaa 11:54 Olericultura A Cultura do Morango Nome Cultura do Morango Produto Informação Tecnológica Data Janeiro -2001 Preço - Linha Olericultura Resenha Informações gerais sobre a Cultura

Leia mais

Colégio São Paulo Geografia Prof. Eder Rubens - 2013

Colégio São Paulo Geografia Prof. Eder Rubens - 2013 Colégio São Paulo Geografia Prof. Eder Rubens - 2013 CAP. 02 O território brasileiro e suas regiões.( 7º ano) *Brasil é dividido em 26 estados e um Distrito Federal (DF), organizados em regiões. * As divisões

Leia mais

ESTRUTURAS PARA O CULTIVO PROTEGIDO DE HORTALIÇAS

ESTRUTURAS PARA O CULTIVO PROTEGIDO DE HORTALIÇAS ESTRUTURAS PARA O CULTIVO PROTEGIDO DE HORTALIÇAS ESTUFAS OU CASA-DE- VEGETAÇÃO Definição: construções constituídas por uma estrutura de suporte para cobertura transparente e por uma fundação, quando necessário,

Leia mais

Fruticultura. Bananeira : Mal do Panamá. Nome Bananeira : Mal do Panamá Produto Informação Tecnológica Data 1985 Preço - Linha Fruticultura Resenha

Fruticultura. Bananeira : Mal do Panamá. Nome Bananeira : Mal do Panamá Produto Informação Tecnológica Data 1985 Preço - Linha Fruticultura Resenha 1 de 5 10/16/aaaa 11:32 Fruticultura Bananeira : Mal do Panamá Nome Bananeira : Mal do Panamá Produto Informação Tecnológica Data 1985 Preço - Linha Fruticultura Resenha Informações sobre a doença do mal-do-panamá

Leia mais

A atividade agrícola e o espaço agrário. Prof. Bruno Batista

A atividade agrícola e o espaço agrário. Prof. Bruno Batista A atividade agrícola e o espaço agrário Prof. Bruno Batista A agropecuária É uma atividade primária; É obtida de forma muito heterogênea no mundo países desenvolvidos com agricultura moderna, e países

Leia mais

Elementos e fatores climáticos

Elementos e fatores climáticos Elementos e fatores climáticos O entendimento e a caracterização do clima de um lugar dependem do estudo do comportamento do tempo durante pelo menos 30 anos: das variações da temperatura e da umidade,

Leia mais

DERIVA EM APLICAÇÕES AÉREAS DE PRODUTOS LÍQUIDOS Perguntas mais freqüentes

DERIVA EM APLICAÇÕES AÉREAS DE PRODUTOS LÍQUIDOS Perguntas mais freqüentes DERIVA EM APLICAÇÕES AÉREAS DE PRODUTOS LÍQUIDOS Perguntas mais freqüentes 1. O que é DERIVA? DERIVA é o deslocamento horizontal que sofrem as gotas desde o seu ponto de lançamento até atingirem o seu

Leia mais

Tabela 1. Raiz de mandioca Área colhida e quantidade produzida - Brasil e principais estados Safras 2005/06 a 2007/08

Tabela 1. Raiz de mandioca Área colhida e quantidade produzida - Brasil e principais estados Safras 2005/06 a 2007/08 Mandioca outubro de 2008 Safra nacional 2006/07 Na safra brasileira 2006/07 foram plantados 2,425 milhões de hectares e colhidos 26,920 milhões de toneladas - representando um crescimento de 0,87% e de

Leia mais

MONITORAMENTO AGROCLIMÁTICO DA SAFRA DE VERÃO NO ANO AGRÍCOLA 2008/2009 NO PARANÁ

MONITORAMENTO AGROCLIMÁTICO DA SAFRA DE VERÃO NO ANO AGRÍCOLA 2008/2009 NO PARANÁ MONITORAMENTO AGROCLIMÁTICO DA SAFRA DE VERÃO NO ANO AGRÍCOLA 2008/2009 NO PARANÁ JONAS GALDINO 1, WILIAN DA S. RICCE 2, DANILO A. B. SILVA 1, PAULO H. CARAMORI 3, ROGÉRIO T. DE FARIA 4 1 Analista de Sistemas,

Leia mais

O Clima do Brasil. É a sucessão habitual de estados do tempo

O Clima do Brasil. É a sucessão habitual de estados do tempo O Clima do Brasil É a sucessão habitual de estados do tempo A atuação dos principais fatores climáticos no Brasil 1. Altitude Quanto maior altitude, mais frio será. Não esqueça, somente a altitude, isolada,

Leia mais

Climas do Brasil GEOGRAFIA DAVI PAULINO

Climas do Brasil GEOGRAFIA DAVI PAULINO Climas do Brasil GEOGRAFIA DAVI PAULINO Grande extensão territorial Diversidade no clima das regiões Efeito no clima sobre fatores socioeconômicos Agricultura População Motivação! Massas de Ar Grandes

Leia mais

A balança comercial do agronegócio brasileiro

A balança comercial do agronegócio brasileiro A balança comercial do agronegócio brasileiro Antonio Carlos Lima Nogueira 1 Qual é a contribuição atual dos produtos do agronegócio para o comércio exterior, tendo em vista o processo atual de deterioração

Leia mais

PROJETO OLIVOPAMPA. Olivicultura Brasileira. Fernando Rotondo Sant Ana do Livramento Agosto 2009

PROJETO OLIVOPAMPA. Olivicultura Brasileira. Fernando Rotondo Sant Ana do Livramento Agosto 2009 PROJETO OLIVOPAMPA Olivicultura Brasileira Fernando Rotondo Sant Ana do Livramento Agosto 2009 Áreas de Atuação OlivoPampa Produção e venda de mudas de oliveiras; Produção de azeitonas de mesa; Processamento

Leia mais

Aimportância do trigo pode ser aquilatada pela

Aimportância do trigo pode ser aquilatada pela 199 Trigo não é somente para alimentar o homem Renato Serena Fontaneli Leo de J.A. Del Duca Aimportância do trigo pode ser aquilatada pela posição ocupada como uma das culturas mais importantes para alimentar

Leia mais

Práticas Agronômicas que Interferem na Produção de Silagem de Milho

Práticas Agronômicas que Interferem na Produção de Silagem de Milho Práticas Agronômicas que Interferem na Produção de Silagem de Milho Engº Agrº Robson F. de Paula Coordenador Técnico Regional Robson.depaula@pioneer.com Silagem de qualidade começa no campo! E no momento

Leia mais

MELHORAMENTO DE PLANTAS AUTÓGAMAS POR HIBRIDAÇÃO

MELHORAMENTO DE PLANTAS AUTÓGAMAS POR HIBRIDAÇÃO MELHORAMENTO DE PLANTAS AUTÓGAMAS POR HIBRIDAÇÃO 7 INTRODUÇÃO Vimos no capítulo anterior a utilização da seleção no melhoramento de espécies autógamas. O requisito básico para utilizarmos essa técnica

Leia mais

FONTES E DOSES DE RESÍDUOS ORGÂNICOS NA RECUPERAÇÃO DE SOLO DEGRADADO SOB PASTAGENS DE Brachiaria brizantha cv. MARANDÚ

FONTES E DOSES DE RESÍDUOS ORGÂNICOS NA RECUPERAÇÃO DE SOLO DEGRADADO SOB PASTAGENS DE Brachiaria brizantha cv. MARANDÚ FONTES E DOSES DE RESÍDUOS ORGÂNICOS NA RECUPERAÇÃO DE SOLO DEGRADADO SOB PASTAGENS DE Brachiaria brizantha cv. MARANDÚ Carlos Augusto Oliveira de ANDRADE 1 ; Rubens Ribeiro da SILVA. 1 Aluno do Curso

Leia mais

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios Pequenas e Médias Empresas no Canadá Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios De acordo com a nomenclatura usada pelo Ministério da Indústria do Canadá, o porte

Leia mais

MÉTODOS DE PROTEÇÃO CONTRA GEADAS EM CAFEZAIS EM FORMAÇÃO

MÉTODOS DE PROTEÇÃO CONTRA GEADAS EM CAFEZAIS EM FORMAÇÃO MÉTODOS DE PROTEÇÃO CONTRA GEADAS EM CAFEZAIS EM FORMAÇÃO Paulo Henrique Caramori, Armando Androcioli Filho, Francisco Carneiro Filho, Dalziza de Oliveira, Heverly Morais, Alex Carneiro Leal e Jonas Galdino.

Leia mais

ORIENTAÇÕES SOBRE SEGURO, PROAGRO E RENEGOCIAÇÃO DE DÍVIDAS

ORIENTAÇÕES SOBRE SEGURO, PROAGRO E RENEGOCIAÇÃO DE DÍVIDAS ORIENTAÇÕES SOBRE SEGURO, PROAGRO E RENEGOCIAÇÃO DE DÍVIDAS Por: Maria Silvia C. Digiovani, engenheira agrônoma do DTE/FAEP,Tânia Moreira, economista do DTR/FAEP e Pedro Loyola, economista e Coordenador

Leia mais

Tabela 01 Mundo Soja Área, produção e produtividade Safra 2009/10 a 2013/14

Tabela 01 Mundo Soja Área, produção e produtividade Safra 2009/10 a 2013/14 Soja Análise da Conjuntura Agropecuária Novembro de 2013 MUNDO A economia mundial cada vez mais globalizada tem sido o principal propulsor responsável pelo aumento da produção de soja. Com o aumento do

Leia mais

A Gestão da Carga na Sustentabilidade do Pomar

A Gestão da Carga na Sustentabilidade do Pomar 7 A Gestão da Carga na Sustentabilidade do Pomar António Ramos Escola Superior Agrária, Quinta da Sra. de Mércules, 6001-909 Castelo Branco, Portugal aramos@ipcb.pt Sumário Nesta conferência enquadra-se

Leia mais

Avaliação agronômica de variedades de cana-de-açúcar, cultivadas na região de Bambuí em Minas Gerais

Avaliação agronômica de variedades de cana-de-açúcar, cultivadas na região de Bambuí em Minas Gerais Avaliação agronômica de variedades de cana-de-açúcar, cultivadas na região de Bambuí em Minas Gerais César Ferreira Santos¹; Antônio Augusto Rocha Athayde²; Geann Costa Dias 1 ; Patrícia Fernades Lourenço¹

Leia mais

COMPORTAMENTO GERMINATIVO DE DIFERENTES CULTIVARES DE GIRASSOL SUBMETIDAS NO REGIME DE SEQUEIRO

COMPORTAMENTO GERMINATIVO DE DIFERENTES CULTIVARES DE GIRASSOL SUBMETIDAS NO REGIME DE SEQUEIRO COMPORTAMENTO GERMINATIVO DE DIFERENTES CULTIVARES DE GIRASSOL SUBMETIDAS NO REGIME DE SEQUEIRO Autor 1 Renata Fernandes de Matos Autor 2 Edilza Maria Felipe Vásquez Autor 3 Leonardo Lenin Marquez de Brito

Leia mais

Cesta básica tem alta moderada na maioria das capitais

Cesta básica tem alta moderada na maioria das capitais 1 São Paulo, 06 de julho de 2009. NOTA À IMPRENSA Cesta básica tem alta moderada na maioria das capitais Em junho, a Pesquisa Nacional da Cesta Básica, realizada pelo DIEESE - Departamento Intersindical

Leia mais

CALAGEM, GESSAGEM E AO MANEJO DA ADUBAÇÃO (SAFRAS 2011 E

CALAGEM, GESSAGEM E AO MANEJO DA ADUBAÇÃO (SAFRAS 2011 E RESPOSTA DE MILHO SAFRINHA CONSORCIADO COM Brachiaria ruziziensis À CALAGEM, GESSAGEM E AO MANEJO DA ADUBAÇÃO (SAFRAS 2011 E 2012) Carlos Hissao Kurihara, Bruno Patrício Tsujigushi (2), João Vitor de Souza

Leia mais

2. Como devo manusear o sêmen durante a sua retirada do botijão?

2. Como devo manusear o sêmen durante a sua retirada do botijão? CUIDADOS NO MANUSEIO DO SÊMEN CONGELADO O manuseio adequado do sêmen congelado é essencial para manter ótimos resultados nos programas de inseminação artificial, tanto no sêmen sexado como no sêmen convencional.

Leia mais

Sistema de condução da Videira

Sistema de condução da Videira Sistema de condução da Videira Reginaldo T. Souza EMBRAPA UVA E VINHO - EEVT Videiras em árvores Evolução no cultivo da videira Evolução no cultivo da videira Espaldeira Gobelet Latada Lira Mito ou realidade

Leia mais

FERTILIDADE E MATÉRIA ORGÂNICA DO SOLO EM DIFERENTES SISTEMAS DE MANEJO DO SOLO

FERTILIDADE E MATÉRIA ORGÂNICA DO SOLO EM DIFERENTES SISTEMAS DE MANEJO DO SOLO FERTILIDADE E MATÉRIA ORGÂNICA DO SOLO EM DIFERENTES SISTEMAS DE MANEJO DO SOLO Henrique Pereira dos Santos 1, Renato Serena Fontaneli 1, Anderson Santi 1, Ana Maria Vargas 2 e Amauri Colet Verdi 2 1 Pesquisador,

Leia mais

VARIABILIDADE CLIMÁTICA PREJUDICA A PRODUÇÃO DA FRUTEIRA DE CAROÇO NO MUNICÍPIO DE VIDEIRA SC.

VARIABILIDADE CLIMÁTICA PREJUDICA A PRODUÇÃO DA FRUTEIRA DE CAROÇO NO MUNICÍPIO DE VIDEIRA SC. VARIABILIDADE CLIMÁTICA PREJUDICA A PRODUÇÃO DA FRUTEIRA DE CAROÇO NO MUNICÍPIO DE VIDEIRA SC. 1 Maurici A. Monteiro 1 Elaine Canônica Anderson Monteiro 3 RESUMO A variabilidade climática que tem ocorrido

Leia mais

Vida Útil de Baterias Tracionárias

Vida Útil de Baterias Tracionárias Vida Útil de Baterias Tracionárias Seção 1 Introdução. Seção 2 Vida Útil Projetada. ÍNDICE Seção 3 Fatores que Afetam a Vida Útil da Bateria. Seção 3.1 Problemas de Produto. Seção 3.2 Problemas de Manutenção.

Leia mais

GERÊNCIA EDUCACIONAL DE FORMAÇÃO GERAL E SERVIÇOS CURSO TÉCNICO DE METEOROLOGIA ESTUDO ESTATISTICO DA BRISA ILHA DE SANTA CATARINA

GERÊNCIA EDUCACIONAL DE FORMAÇÃO GERAL E SERVIÇOS CURSO TÉCNICO DE METEOROLOGIA ESTUDO ESTATISTICO DA BRISA ILHA DE SANTA CATARINA CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLOGICA DE SANTA CATARINA GERÊNCIA EDUCACIONAL DE FORMAÇÃO GERAL E SERVIÇOS CURSO TÉCNICO DE METEOROLOGIA ESTUDO ESTATISTICO DA BRISA NA ILHA DE SANTA CATARINA Projeto Integrador

Leia mais

Professora Orientadora - Instituto Federal Catarinense - Campus Rio do Sul, e-mail: karlafunf@ifcriodosul.edu.br

Professora Orientadora - Instituto Federal Catarinense - Campus Rio do Sul, e-mail: karlafunf@ifcriodosul.edu.br TELHADO VERDE E A INFLUÊNCIA NO CONFORTO TÉRMICO EM UMA EDIFICAÇÃO DE MADEIRA NO IFC CAMPUS RIO DO SUL Karla Fünfgelt 1 ; Alexandra Goede de Souza 2 ; Eduardo Augusto Tonet 3 ; Samuel Fachini 4. 1 Professora

Leia mais

DIVERSIDADE DE CLIMAS = DIVERSIDADE DE VEGETAÇÕES

DIVERSIDADE DE CLIMAS = DIVERSIDADE DE VEGETAÇÕES FORMAÇÕES VEGETAIS - Os elementos da natureza mantém estreita relação entre si. - A essa relação, entendida como a combinação e coexistência de seres vivos (bióticos) e não vivos (abióticos) dá-se o nome

Leia mais

Pleiones. Pleiones são um grupo de orquídeas que crescem em zonas mais frescas ou temperadas intermédias. São originárias maioritariamente

Pleiones. Pleiones são um grupo de orquídeas que crescem em zonas mais frescas ou temperadas intermédias. São originárias maioritariamente 7 Pleiones são um grupo de orquídeas que crescem em zonas mais frescas ou temperadas intermédias. São originárias maioritariamente dachina,nortedaíndia,tailândiaenepal.a maior parte cresce na orla das

Leia mais

CAPÍTULO 8 O FENÔMENO EL NIÑO -LA NIÑA E SUA INFLUENCIA NA COSTA BRASILEIRA

CAPÍTULO 8 O FENÔMENO EL NIÑO -LA NIÑA E SUA INFLUENCIA NA COSTA BRASILEIRA CAPÍTULO 8 O FENÔMENO EL NIÑO -LA NIÑA E SUA INFLUENCIA NA COSTA BRASILEIRA O comportamento climático é determinado por processos de troca de energia e umidade que podem afetar o clima local, regional

Leia mais

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO SECRETARIA DE APOIO RURAL E COOPERATIVISMO SERVIÇO NACIONAL DE PROTEÇÃO DE CULTIVARES ANEXO VIII

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO SECRETARIA DE APOIO RURAL E COOPERATIVISMO SERVIÇO NACIONAL DE PROTEÇÃO DE CULTIVARES ANEXO VIII MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO SECRETARIA DE APOIO RURAL E COOPERATIVISMO SERVIÇO NACIONAL DE PROTEÇÃO DE CULTIVARES ANEXO VIII REQUISITOS MÍNIMOS PARA DETERMINAÇÃO DO VALOR DE CULTIVO

Leia mais

Manual e Especificação Técnica

Manual e Especificação Técnica Telhados verdes e jardins elevados Manual e Especificação Técnica Sistema Telhado Verde SkyGarden Paisagismo O sistema de telhado verde da SkyGarden é o resultado de décadas de pesquisas no Japão, em um

Leia mais

Biocombustível para Desenvolvimento e Auto-Fornecimento de Energia Comunitário Clubes de Produtores Agrícolas de Cabo Delgado, ADPP, Maio 2009

Biocombustível para Desenvolvimento e Auto-Fornecimento de Energia Comunitário Clubes de Produtores Agrícolas de Cabo Delgado, ADPP, Maio 2009 Biocombustível para Desenvolvimento e Auto-Fornecimento de Energia Comunitário Clubes de Produtores Agrícolas de Cabo Delgado, ADPP, Maio 2009 A meta do projecto é de melhorar as condições de vida para

Leia mais

07/12/2012. Localização das instalações. Localização das instalações. Localização das instalações. Trajeto do sol sobre o barracão

07/12/2012. Localização das instalações. Localização das instalações. Localização das instalações. Trajeto do sol sobre o barracão Universidade Comunitária da Região de Chapecó Área de Ciências Exatas e Ambientais Curso de Agronomia Instalações Planejamento da atividade Considerações: Capacidade de investimento do produtor; Viabilidade

Leia mais

10º LEVANTAMENTO DE SAFRAS DA CONAB - 2012/2013 Julho/2013

10º LEVANTAMENTO DE SAFRAS DA CONAB - 2012/2013 Julho/2013 10º LEVANTAMENTO DE SAFRAS DA CONAB - 2012/2013 Julho/2013 1. INTRODUÇÃO O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), realiza sistematicamente

Leia mais

Boletim Ativos do Café - Edição 15 / Dezembro 2013 Preços do café intensificam a descapitalização na cafeicultura brasileira em 2013

Boletim Ativos do Café - Edição 15 / Dezembro 2013 Preços do café intensificam a descapitalização na cafeicultura brasileira em 2013 Boletim Ativos do Café - Edição 15 / Dezembro 2013 Preços do café intensificam a descapitalização na cafeicultura brasileira em 2013 Entre janeiro/13 e novembro/13 o Coffea arabica (Arábica) apresentou

Leia mais

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr. A Chave para o Sucesso Empresarial José Renato Sátiro Santiago Jr. Capítulo 1 O Novo Cenário Corporativo O cenário organizacional, sem dúvida alguma, sofreu muitas alterações nos últimos anos. Estas mudanças

Leia mais

Florestas Energéticas. Alex Carneiro Leal Engenheiro Florestal 22 de maio de 2014

Florestas Energéticas. Alex Carneiro Leal Engenheiro Florestal 22 de maio de 2014 Florestas Energéticas Alex Carneiro Leal Engenheiro Florestal 22 de maio de 2014 O IAPAR Vinculado à Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (SEAB), é o órgão de pesquisa que da embasamento tecnológico

Leia mais

INFORMAÇÕES SOBRE CAFÉ NO ESPÍRITO SANTO HISTÓRICO:

INFORMAÇÕES SOBRE CAFÉ NO ESPÍRITO SANTO HISTÓRICO: INFORMAÇÕES SOBRE CAFÉ NO ESPÍRITO SANTO HISTÓRICO: O Estado do Espírito Santo encontra-se como o segundo maior produtor nacional de café, destacando-se o plantio das espécies Arábica e Conilon, sendo

Leia mais

Propriedades do Concreto

Propriedades do Concreto Universidade Federal de Itajubá Instituto de Recursos Naturais Propriedades do Concreto EHD 804 MÉTODOS DE CONSTRUÇÃO Profa. Nívea Pons PROPRIEDADES DO CONCRETO O concreto fresco é assim considerado até

Leia mais

A Importância de Inventários de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) em Governos Locais

A Importância de Inventários de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) em Governos Locais VIII Semana de Ciência e Tecnologia do IFMG campus Bambuí I Seminário dos Estudantes de Pós Graduação A Importância de Inventários de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) em Governos Locais (1) Leonardo

Leia mais

ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO DEPARTAMENTO DE ECONOMIA RURAL ANÁLISE DA CONJUNTURA AGROPECUÁRIA SAFRA 2011/12

ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO DEPARTAMENTO DE ECONOMIA RURAL ANÁLISE DA CONJUNTURA AGROPECUÁRIA SAFRA 2011/12 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO DEPARTAMENTO DE ECONOMIA RURAL ANÁLISE DA CONJUNTURA AGROPECUÁRIA SAFRA 2011/12 FRUTICULTURA Elaboração: Eng. Agr. Paulo Fernando de Souza

Leia mais

b)condução.- O vapor d água e os aerossóis aquecidos, aquecerão por contato ou condução o restante da mistura do ar atmosférico, ou seja, o ar seco.

b)condução.- O vapor d água e os aerossóis aquecidos, aquecerão por contato ou condução o restante da mistura do ar atmosférico, ou seja, o ar seco. 4.3. Temperatura e transporte de Energia na Atmosfera ( Troposfera ).- A distribuição da energia solar na troposfera é feita através dos seguintes processos: a)radiação.- A radiação solar aquece por reflexão

Leia mais