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1 Ano 02 CRISTIANE FERREIRA GISLAINE APARECIDA VENÂNCIO EDUARDO TAMBASCO MONACO SUMARA DE ARRUDA SAMPAIO ZIMBARDI n. 04 ESTUDO PARA REDUZIR O NÍVEL DE CALOR DO SETOR DE FORNOS DE UMA INDÚSTRIA DE BRINQUEDOS p Faculdade de Engenharia e Arquitetura FEA Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio CEUNSP Salto-SP 1

2 Cristiane Ferreira, Gislaine Aparecida Venâncio, acadêmicas do curso de Tecnologia em Segurança do Trabalho, Faculdade de Engenharia e Arquitetura, Eduardo Tambasco Monaco e Sumara de Arruda Sampaio Zimbardi, Docentes do curso de Tecnologia em Segurança do Trabalho, Faculdade de Engenharia e Arquitetura / Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio, INTRODUÇÃO Este projeto tem objetivo realizar um estudo no setor de fornos da empresa Sid-nyl buscando a redução do calor existente no local. Os trabalhadores que exercem a atividade no referido departamento da indústria adquirem patologias ou sofrem acidentes, em razão da exposição ao calor. A proposta do estudo é apresentar metodologias de proteção, frente à exposição identificada e minimizar o problema que afeta a saúde do profissional. Essa redução será feita por meio da adoção de um sistema de exaustão que tem a finalidade de aspirar todo o ar quente que é liberado pelo forno durante a realização da operação antes que se dissipe pelo local estudado e pelos setores nas proximidades que também são atingidos pela alta temperatura, colocando em risco a saúde de todos os colaboradores que exercem a atividade no galpão. Serão abordados também as causas e efeitos que o calor pode desencadear em indivíduos que fiquem expostos a alta temperatura, com limites acima do permitido pelas normas que regulamentam e determinam as medidas de segurança visando diminuir a exposição sofrida pelo colaborador. Para confirmar se a temperatura está, ou não, acima do limite de tolerância será realizada uma análise quantitativa para mensurar o nível de estresse térmico presente no ambiente. Essa avaliação tem o objetivo de verificar a temperatura antes da implantação do sistema de exaustão. Serão feitas as aferições utilizando a metodologia de análise disposta pela Norma de Higiene Ocupacional nº 06 e, comparado os valores obtidos com os limites de tolerância dispostos no Anexo nº 03 da Norma Regulamentadora nº 15, fazendo uma análise a fim de constatar se a temperatura realmente se encontra acima dos valores tolerados pela norma, havendo a confirmação de temperatura excessiva, será implantado o sistema de exaustão. 57

3 Após a implantação do sistema de exaustão serão feitas todas as medições de temperatura no ambiente novamente a fim de verificar se o equipamento adotado é eficiente para os fins a que se destina, utilizando os mesmo métodos de análise e fazendo a comparação com os limites de tolerância dispostos pela norma. Sendo considerado eficiente, serão realizadas as disposições finais expondo as adaptações que serão adotadas após a implantação do Equipamento de Proteção Coletiva (EPC). 1 INDÚSTRIA DE PLÁSTICO Em 1855 o químico e inventor inglês Alexander Parker, patenteou a substância Xiloniteou parkesine, no Brasil é chamada de baquelite. A substância celuloide que produz o plástico sintético foi resultado da mistura de nitrocelulose com cânfora e um pouco de álcool e passou a ser chamada de parquesina que, ao aquecer, são moldados de diferentes formas, e entrou na sociedade através do cinema e dos primeiros para-brisas de automóveis. Em 1866 fundou a companhia Paquesine Company, em Londres com projeto de fabricar a paquesina, mas não houve sucesso e foi à falência em O americano Dr. Leo H. Baekeland de origem belga, com formação em química, continuou suas pesquisas e encontrou a substância baquelite, que possuía propriedades isolantes, entre os anos de 1907 a 1909 e em 1910, criou a companhia General Bakelite Company com intuito de explorar produtos sintéticos, sob calor e pressão sobre a substância encontrada, utilizadas para produção de rádios, telefones, interruptores e casquilhos de lâmpadas, por exemplo, mas o produto era muito caro para a população. Depois de 20 anos o plástico passou a ser conhecido, com a descoberta da baquelita através de várias pesquisas feitas nos Estados Unidos que procuravam evoluir e descobrir novas fórmulas. E o Dr. Leo H. Baekeland descobriu através de pesquisas um cola artificial que pode virar plástico de um material com custo inferior, que foi se espalhando pelo mundo inteiro e por meio de novas descobertas, criatividades e renovações que possui vários tipos de matéria prima 58

4 formatos, atendo toda classe econômica. Hoje o plástico esta em todo mundo, não apenas de origem de resinas químicas, mas também de materiais naturais que são obtidos da celulose (adquirida de plantas), borracha encontrada no látex que é extraído da seringueira. O plástico é encontrado também na medicina: na fabricação de válvulas para o coração, aparelhos auditivos, materiais domésticos, produtos industriais e automotivos, entre outros, fazendo com que toda a população o consuma. 1.1 NO BRASIL O Sindicato da Indústria das Resinas Plásticas (Siresp) relata que o Brasil esta em 8º lugar no ranking dos países produtores de resinas plásticas com um capital anual de US$ 4,9 bilhões e armazenado 5,8 toneladas ao ano. Os empresários investiram nestes últimos anos, mais de US$ 4 bilhões para o aumento da produtividade, com compra de novas máquinas e tecnologias avançadas. As empresas produzem mais as resinas de polestileno, o PVC e o polipropileno. Em 1972, surgi a Petroquímica União (PQU), o 1º pólo nacional que a partir daí começou-se a produzir plástico no Brasil e o Governo Federal adquiriu novas mudanças nos anos 90 no setor petroquímico, sendo as Centrais de matériaprima, Copesul e PQV. O país ainda produz pouca resina, onde os países: Europa e estados Unidos são os maiores produtores e investidores. Ele possui pouca mão de obra qualificada para trabalhar na transformação da resina, pouca tecnologia e investimento e muitas empresas compram materiais prontos de outros países, fazendo com que as empresas produtoras não consigam atender a demanda do mercado. 1.2 PANORAMA REGIONAL A cidade de Porto Feliz contém 3 (três) empresas de fabricação de bonecas, que são reconhecidas pelo Sindicato Dos Trabalhadores nas Indústrias 59

5 de Instrumentos Musicais e de Brinquedos do Estado de São Paulo (Sindbrinq). A empresa SID-Nyl, a Toroli Toys e Brinquedos Nova Toys. A empresa Sid-Nyl está em primeiro lugar em produção e vendas de produtos e emprega 200 trabalhadores com carteiras assinadas e contratos temporários. E a segunda é a Toroli Toys que iniciou em 2001, mas foi apenas reconhecida em 2002 pela população, e a partir do crescimento da empresa que passaram a investir mais em tecnologia. Ela não produz apenas bonecas, mas também bolas de plásticos e oficiais feitas de couro, sendo costurada por presidiários, que em um dia produz aproximadamente três bolas. Em terceiro lugar fica com a Brinquedos Nova Toys que começou há pouco tempo a produzir bonecas, mas encantaram as crianças e estão investindo no crescimento da empresa. As empresas começaram a produzir de acordo com a demanda dos produtos, e com o capital que ganharam, investiram nas suas estruturas e aquisições de novas máquinas. Os brinquedos que elas fabricam estão em todos os comércios da cidade, além de ser vendidas para o nosso país e no exterior. 1.3 EMPRESA DE FABRICAÇÃO DE BRINQUEDOS Figura 01: Vista superior da empresa Fonte: Cláudio Pelegrini Junior. 60

6 A empresa iniciou suas atividades em 1983, na Cidade de Porto Feliz, interior de São Paulo. Os irmãos: Sidnei Tomé, Jorge e Virginia, e sua mãe Nacini Tomé possuíam no quintal de sua casa uma confecção. Com o passar dos tempos decidiram mudar seus negócios e começaram a investir em roupas de bonecas, montagem e acabamento dessas, com a sua marca. A produção era de baixo volume, utilizava a mão de obra dos trabalhadores para realização de todo o processo. Após seis meses houve o seu aumento e ampliação das instalações, onde alugaram um barracão de 260m² e adquiriram as primeiras máquinas de sopro, produzindo mais produtos para atender a demanda. Em 1986, a empresa sofreu outra mudança, com lançamentos de novos jogos além da produção de bonecas, e passaram a ser conhecidos no mercado. Porém, em 1989 começaram a produzir produtos de vinil por processo de rotomoldagem - que consiste na rotação horizontal e vertical, realizado nos moldes com vinil para a produção de pernas, cabeças e braços de bonecas, fazendo com que as bonecas ficassem mais bonitas e aumentassem sua produção, e com isto, passaram a distribuir brinquedos para todo o Brasil. No ano de 1990 a família investiu recursos na construção de um novo barracão, com 700m², deixando de pagar aluguel e investir seu capital em novas máquinas e tecnologias para atender todos seus clientes. Ela também buscou melhoria contínua no processo de fabricação por meio do aprimoramento da qualidade do produto e contratou profissionais qualificados e treinados para ter total conhecimento do objetivo e meta da empresa. Com o passar dos tempos, a empresa se expandiu ainda mais, e hoje possui 18000m² de construção, mas com projeto de aumentar a sua capacidade de produção deverá acontecer nos próximos anos com a construção de novos barracões e aquisição de novas máquinas. Comercializa para o exterior, e emprega mais de 160 funcionários e conseguiu conquistar o certificado de qualidade ISO-9001/2001, fazendo com que seus clientes e fornecedores tenham uma nova visão da empresa, como investidora e preocupada com a qualidade dos produtos oferecidos. Ficando em terceiro lugar das empresas de fabricação de bonecas no país, em primeiro lugar a Estrela, segundo lugar a Cotiplás. 61

7 1.3.1 Apresentação do Setor de Fornos O setor de fornos da empresa tem uma área de 700m² e contém oito fornos sendo operados por dois funcionários, para produção de pernas, cabeças e braços de bonecas. Esses profissionais dividem suas tarefas sem descanso e trabalhando de forma ininterrupta (a pausa acontece somente para realização de refeições), o processo é chamado de rotomoldagem. O operador prepara a massa de polímero líquido, e coloca em moldes onde são lacrados para que não derrame a mistura. Coloca-se no forno, e lá recebe um processo de rotação por onze minutos, para sua fundição e solidificação, produzindo a peça final. Depois de retirado do forno, são colocados em tanques de água fria e recebem um sopro de ar frio para que as peças se esfriem mais rápido. O processo pode ser dividido nas seguintes etapas: 1. Preparação da massa de Vinil, agregação das substâncias; 2. Dosagem do produto químico; 3. Cozimento do vinil, e 4. Resfriamento e extração da matéria sólida. A primeira etapa oferecida pela empresa é a formulação do plastisol - dispersão de resinas plásticas em plastificantes, conhecido como massa de vinil, dando origem as partes das bonecas. A massa consiste em oito matérias-primas: Resina de PVC - ingrediente base da massa é um pó atóxico branco de um homopolímero de Policloreto de Vinila (PVC) fornecido pela indústria petroquímica Braskem S.A. Plastificante - é o composto responsável pela liga da massa de Vinil, fornecido pela indústria química Elekeiroz S.A. Estabilizante plastificante primário - é um composto à base de metais mistos que confere características físicas, estabilidade térmica e resistência à luz ao produto acabado, fornecido pela Baerlocher do Brasil S.A. 62

8 Estabilizante secundário - usado em conjunto com o estabilizante primário para realçar suas características - principalmente estabilização térmico - é um composto à base de óleo de soja epoxidado - utilizado para dar resistência, reforçar o tratamento e os desempenhos físicos dos produtos, fornecidos pela Imbra Indústrias Químicas LTDA. Solvente - é um fluído hidrocarboneto hidrogenado de baixa toxicidade utilizado para reduzir a viscosidade da massa de vinil tornando-a suficientemente líquida para a etapa de dosagem. É fornecido pela Exxon Mobil Química do Brasil. Lubrificante - óleo de silicone atóxico utilizado para facilitar a desmoldagem ou extração das peças e conferir ao produto acabado um toque suave. Fornecido pela empresa Silicones Paulista Comercial de Produtos Químicos Ltda. Pigmento - substância que confere a coloração característica às peças. Fornecido pela Bevi Plastic Artefatos Plásticos LTDA. Essência - perfume de talco adicionado para tornar o odor do produto acabado mais agradável. Fornecido pela Capuani do Brasil LTDA. As substâncias acima são colocadas em uma batedeira industrial, permanecendo por 60 minutos de agitação e depois são transferidas para uma câmara de baixa pressão onde repousam por 180 minutos fazendo com que todo o ar dissolvido na massa durante seu batimento seja removido através da junção das microbolhas em suspensão, que seria o produto com baixa dureza, não precisando ser superaquecido para a mistura se transformar do estado líquido em sólido e ser de rápida extração. 63

9 Figura 02 e 03: Área de preparação da massa de vinil e o equipamento batedeira industrial. Fonte: Cláudio Pelegrini Junior. Figura 04 e 05: Detalhe do interior da batedeira com massa de vinil e da câmara de baixa pressão. Fonte: Cláudio Pelegrini Junior. Na segunda etapa a massa é colocada nos dosadores pneumáticos - pequenos tanques que contêm uma pistola para dosagem de material dentro dos moldes. Os moldes são de cobre com estruturas circulares denominadas discos 64

10 porta moldes, sendo que cada um comporta cerca de 50 peças. A mistura é colocada nos moldes e fechados com tampas ajustadas à pressão e encaminhados ao forno para o processo de rotomoldagem. Figura 06 e 07: Os dosadores pneumáticos. Fonte: Fonte: Cláudio Pelegrini Junior. Figura 08: Colaborador preenchendo a forma com a matéria prima com a pistola do dosador. Figura 09: Molde de uma perna de boneca. Fonte: Cláudio Pelegrini Junior. 65

11 Figura 10 e 11: Portas-molde fechados para serem conduzidos ao forno. Fonte: Cláudio Pelegrini Junior. A terceira etapa se dá com a colocação da porta-molde nos fornos aquecidos à temperatura constante de 235ºC por 15 minutos para que o vinil se funda completamente através da rotação dos moldes, elaborada por um conjunto de discos nos eixos vertical e horizontal fazendo com que o líquido se agregue e fique com o formato dos moldes se tornando sólidos, copiando assim o seu formato. Após a permanência de 11 minutos no forno, os moldes são retirados, e encaminhados para o resfriamento. Figura 12: Vista da traseira do forno, mostrando as tochas de gás natural para aquecimento. Figura 13: Interior do forno, mostrando o mecanismo de rotação da portas-molde. Fonte: Cláudio Pelegrini Junior. 66

12 Figura 14: Disco porta-molde preso ao mecanismo de rotação no interior do forno, pronto para iniciar o cozimento. Fonte: Cláudio Pelegrini Junior. Na quarta etapa, os moldes são mergulhados em um tanque com água à temperatura ambiente no qual permanecem por dez segundos. Após ser utilizada dez vezes para o esfriamento das peças é substituída por outra. Em seguida são levados para mesa de extração de peças e feita a sua remoção por colaboradores com o auxílio de um alicate de bico e um bastão de plástico. Figura 15: Vista do tanque de resfriamento. Figura 16: Discos portas-molde sendo resfriados. Fonte: Cláudio Pelegrini Junior. 67

13 Figura 17 e 18: Os moldes sendo abertos e o início da extração das peças. Fonte: Cláudio Pelegrini Junior. Figura 19 e 20: Colaborador retirando a peça do molde. Fonte: Cláudio Pelegrini Junior. Figura 21: Ferramentas utilizadas para a extração das peças. Fonte: Cláudio Pelegrini Junior. 68

14 O bastão é colocado entre a peça e molde para permitir a retirada do produto final do interior do molde. Esse processo é executado com o apoio de um alicate de bico. Com isso o trabalhador não irá utilizar muita força para extração da peça. Após esta etapa, esse profissional avalia o produto acabado para constatar se há alguma não conformidade e na sequência faz a sua separação, depositando o material acabado em caixas conforme a quantidade exigida pela empresa e padrão de qualidade Equipamentos de Proteção Individual (EPI) Utilizados no Setor Os colaboradores utilizam diversos equipamentos de proteção individual com Certificado de Aprovação - CA - que os diminui as doenças e acidentes que possa ocorrer, sendo oferecido pela empresa, tais como: Aventais de raspa para proteção de membros superiores que podem ser atingidos ao colocar ou retirar os moldes quentes do forno; Protetor auricular tipo plug de inserção com corda para proteção contra o ruído que é causado pelos fornos e movimentação de moldes. Ele minimiza o risco de adquirir uma Perda Auditiva Induzida Pelo Ruído PAIR- onde seu limite não pode passar de 85 db (Decibéis) em 08h00 trabalhadas, de acordo com o Anexo nº 01 - Limites de Tolerância para Ruído - da Norma Regulamentadora nº 15; Botas de biqueira de aço para proteção dos pés caso ocorra queda de materiais em membros inferiores e evita o contato com a substância químicas utilizadas na produção; Luva de raspa para retirar os moldes que se encontram em alta temperatura, para evitar queimaduras nas mãos protegendo-as também de cortes e perfurações. A luva é retirada quando o trabalhador vai remover as peças dos moldes, pois esta dificulta o manuseio do alicate; Máscara produto químico que é utilizada para o preparo da matéria prima, onde são misturadas as substâncias que são colocadas nos moldes, 69

15 evitando a inalação destes, pois que podem originar doenças respiratórias ou até mesmo câncer. Os funcionários ao receberem os equipamentos de proteção individual assinaram um termo de responsabilidade oferecido pela empresa, para poder ter o total controle e comprovação do oferecimento de acordo com o item 6.3 da Norma Regulamentadora nº 06. E serão fiscalizados pelo profissional da Segurança do Trabalho, membros da CIPA, encarregado do setor quanto à utilização e guarda desses, podendo ser advertidos ou até mesmo desligados da empresa. 2 DESCRIÇÃO DO PROBLEMA O setor onde será realizado o estudo é composto por oito fornos que operam em altas temperaturas. Embora os fornos possuam mecanismos para contenção de calor, a temperatura no ambiente de trabalho tem provocado malestar aos profissionais daquele departamento. A temperatura elevada atinge os colaboradores que exercem a atividade no local, e também os demais departamentos localizados ao redor, pois a calor gerado nos fornos se dissipa por todo o ambiente devido à inexistência de barreiras e divisões que dificultem a propagação do calor. A alta temperatura causa desconforto térmico no ambiente, tornando-o propício para o surgimento de doenças que são desencadeadas em razão dessa exposição. O número de casos (considerando doenças e mal-estar) registrados atualmente pela empresa corresponde a uma média de dezessete casos por mês, tendo como base na média feita entre os meses de junho e julho de Na maioria dos casos registrados houve a constatação de dores de cabeça, tonturas e fraquezas.. Constata-se também a inexistência de um programa de rotatividade no local, que consiste na mudança de atividade em tempos pré-determinados conforme o recomendado no Anexo nº03 da Norma Regulamentadora nº 15 Atividades e operações insalubres do MTE, a qual tem o objetivo de equilibrar a perda de energia e a exposição do colaborador ao agente nocivo. 70

16 As temperaturas elevadas atingem não só os colaboradores, mas também a empresa. De acordo com Iida (2000) uma pessoa que é obrigada a trabalhar sobe altas temperaturas, tem seu rendimento reduzido significativamente. A velocidade para execução do trabalho diminui, propiciando o acontecimento de acidentes, diminuindo a concentração. Desta forma os resultados da empresa são afetados por dois fatores principais: a. Ao submeter os colaboradores a altas temperaturas podem provocar o surgimento de doenças mais graves, e a tornará responsável por colocar em risco a saúde e a integridade física dos seus empregados, podendo resultar em processos trabalhistas; b. Se os colaboradores não estiverem em ambiente salubre onde tenham condições de executar suas atividades em áreas com conforto térmico não terão o desempenho desejado, afetando os resultados dessa empresa. O presente projeto tem o objetivo de diminuir o calor existente no setor, tornando-o salubre e reduzindo o número de casos relacionados a doenças desencadeadas devido à presença de temperatura elevada. 2.1 DEFINIÇÃO DE CALOR Para Incropera (2008, p. 2) calor é a energia térmica em trânsito devido a uma diferença de temperatura no espaço. Por meio desta definição pode-se concluir que em todas as situações onde houver diferença de temperatura entre dois ou mais corpos haverá, necessariamente, a transferência de calor até que ambos estejam na mesma temperatura (equilíbrio térmico). Para que a energia transferida possa ser classificada como calor é necessário que haja o acréscimo ou a remoção de energia de um corpo, isso ocorre em função da diferença de temperatura entre os dois corpos. Existem, basicamente, quatro formas de transferência de calor quando um corpo está em atividade, sendo eles: por condução, condução-convecção, irradiação e evaporação, que serão detalhadas na sequência. 71

17 2.1.1 Condução De acordo com Incropera (2008, p. 3) a condução de calor pode ser vista como a transferência de energia das partículas mais enérgicas para as menos enérgicas de uma substância devido às interações entre as partículas. No processo de condução de calor, a energia é transferida devido a colisões das moléculas de um corpo (ou substância) que estão em movimento aleatório. É possível observar essa transferência, ou seja, quando dois corpos estão em temperaturas diferentes, pois o corpo que apresentar uma movimentação de moléculas superior (com temperatura mais alta) irá ceder calor, enquanto o outro que possuir menor agitação molecular (com temperatura mais baixa) irá receber calor, e esse processo continuará até que ambos estejam com a mesma temperatura, entrando num equilíbrio térmico. Conforme o colaborador executa suas atividades, o calor produzido por seu corpo pode ser transmitido para suas vestes ou materiais em contato com o corpo. O mesmo pode ocorrer ao contrário: se a temperatura do ambiente estiver muito elevada, as vestes de segurança que o colaborador estiver utilizando podem não ter a eficiência que se espera delas, podendo permitir que o calor do ambiente seja transmitido para o corpo Condução-convecção Segundo Martinho (2006) neste tipo a energia é transferida de calor para fluidos que se deslocam devido à diferença de densidade. As transferências podem ocorrem espontaneamente, neste caso um dos corpos é um fluído desde que possuam uma densidade de temperatura variada, pois as moléculas de ar tendem a subir causando uma pressão na camada de ar que se encontra com temperatura inferior para baixo, enquanto o ar que possui maior temperatura sobe, dando origem as correntes de convecção. Pode-se obter uma convecção forçada através de um auxílio de ventilação. Durante as atividades executadas ao ar livre a massa de ar existente no ambiente é renovada constantemente, gerando uma perda de calor por convecção ainda maior no corpo do colaborador. 72

18 2.1.3 Irradiação Para Martinho (2006) irradiação térmica é a energia definida como qualquer corpo que não se encontra em temperatura zero absoluto, perde calor na forma de ondas eletromagnéticas, especialmente em radiações infravermelhas. As ondas eletromagnéticas podem se propagar no vácuo, esta propriedade proporciona a estas ondas a possibilidade de refletir ondas que são projetadas em superfícies claras e serem absorvidas em superfícies escuras, pois todos os objetos emitem energia de sua superfície. É possível visualizar facilmente esta emissão de energia se uma superfície estiver a uma temperatura alta o suficiente, como brasa incandescente, por exemplo. Quanto maior for a temperatura do ambiente em relação a do corpo do colaborador, maior será a quantidade de raios que serão irradiados sobre o corpo Evaporação Spinelli (2006, p. 258) define o processo de evaporação da seguinte forma: um líquido que envolve um sólido em uma determinada temperatura transformase em vapor, passando para o meio ambiente. Esse fenômeno é denominado evaporação. Esta é a principal forma de transferência de calor em ambientes onde existam altas temperaturas, visto que as formas anteriores dependem da diferença de temperatura entre os corpos para que existam, sendo assim, quanto mais à temperatura ambiente se aproximar da temperatura corpórea, esta diferença diminui, reduzindo a troca de calor entre o corpo do colaborador e o ambiente. Conforme explanado por Martinho (2006) a evaporação é mais intensa em ambientes secos, pois a difusão da água do corpo para o ambiente nesta condição é maior, o que fará com que o colaborador perca mais água se for exposto a condições de ambientes secos, não havendo a necessidade de diferença de temperatura para que o corpo do colaborador perca água. 73

19 2.2 ORIGEM DO CALOR O calor que atinge o trabalhador é originado pelos fornos existentes no departamento de produção de vinil para a construção de bonecas. Neste local os fornos operam a uma temperatura constante de 235 C. Esta temperatura elevada é necessária para que o vinil possa se fundir completamente e esteja com as características desejadas para fabricação do produto. Embora os equipamentos retenham a maior parte do calor gerado, a temperatura que é transmitida ao colaborador pode causar problemas à sua saúde. A distância do colaborador em relação ao forno e as formas onde contêm os moldes para a confecção das partes que compõem a boneca é relativamente pequena dessa forma, o calor irradia, fazendo com que esse profissional tenha contato direto com altas temperaturas. Durante o processo há a necessidade de utilização de água para o resfriamento da peça produzida. A água é despejada dentro dos moldes que contêm a matéria prima (vinil), e o molde é colocado na sequência em tanque contendo água. Como a temperatura é elevada esse processo faz com que a água vaporize, e o vapor em alta temperatura atinge o colaborador. Para retirar as peças dos moldes o indivíduo tem contato direto com o produto. Embora tenham sido resfriados pela água utilizada no processo, os moldes se encontram em alta temperatura, podendo originar queimaduras e atingir o colaborador pelo calor que pode irradiar. Embora o ideal seja minimizar o contato da pessoa com o agente nocivo a sua saúde, no processo descrito há a necessidade deste contato para que a atividade seja executada, pois as alterações no tempo definido para cada operação podem danificar o produto, sendo necessário realizar adaptações no ambiente de trabalho para que o colaborador possa permanecer no local. 2.3 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO Para que se possa estabelecer melhor controle da temperatura, garantindo um ambiente mais salubre, foram estabelecidos alguns parâmetros com o objetivo 74

20 de manter o ambiente com temperatura que não afete o colaborador garantindo sua saúde e integridade física. As sobrecargas térmicas do local, que estão relacionadas com o objetivo do estudo em questão, são estabelecidas no Anexo nº03 da Norma Regulamentadora nº 15 - Atividades e Operações Insalubres - Portaria de 08 de junho de 1978 do Ministério do Trabalho e Empregoonde são descritos os limites de tolerância para exposições ao calor em ambientes onde existam ou não exposições a cargas solares. Sua exposição é avaliada através do Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo IBUTG, utilizando os aparelhos de medição adequados, incluindo: termômetro de bulbo úmido natural, termômetro de globo e termômetro de mercúrio comum, sendo: Termômetro de bulbo úmido natural: utilizado para medir a temperatura de bulbo úmido natural; Termômetro de globo: utilizado para determinar a temperatura no globo; Termômetro de bulbo seco: utilizado para determinar à temperatura do ar. Para se obter a temperatura real a que o colaborador está exposto é necessário realizar medições no local de trabalho. Essas medições têm o objetivo de quantificar os agentes presentes no ambiente que influenciam na temperatura do local. Na sequência são feitos alguns cálculos onde se relaciona todos os dados coletados e, posteriormente os resultados obtidos nesses cálculos são comparados com os limites de tolerância descritos pela norma. O cálculo das temperaturas é feito por meio das seguintes equações: solar: Para ambientes internos ou externos onde não exista exposição à carga IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg Para ambientes externos com existência de carga solar: IBUTG = 0,7 tbn + 0,1 tbs + 0,2 tg 75

21 Onde: tbn: temperatura de bulbo unido tbs: temperatura de bulbo seco tg: temperatura de globo Para que seja realizada a medição corretamente o aparelho tem que ser posicionado à altura do corpo que é a mais atingida e no local onde o trabalhador permanece durante suas atividades. Deve-se considerar toda a sua jornada de trabalho. De acordo com os resultados obtidos são analisados os limites de tolerância que o trabalhador pode ficar exposto ao agente, sendo verificado através dos Quadros nº 1 e 2 deste Anexo, utilizando-se também o Quadro nº 3 para definir o tipo de atividade que ele exerce. Para exposições em regime de trabalho intermitente, onde o indivíduo trabalha e descansa no mesmo ambiente considera-se o quadro a seguir para as análises: Quadro nº 1 da Norma Regulamentadora nº 15 Regime de trabalho Tipo de atividade intermitente com descanso no próprio local Leve (em C) Moderada (em C) Pesada (em C) de trabalho (por hora) Trabalho contínuo Até 30,0 Até 26,7 Até 25,0 45 minutos trabalhado 15 minutos descanso 30,1 a 30,5 26,8 a 28,0 25,1 a 25,9 30 minutos trabalhado 30 minutos descanso 30,7 a 31,4 28,1 a 29,4 26,0 a 27,9 15 minutos trabalhado 45 minutos descanso 31,5 a 32,2 29,5 a 31,1 28,0 a 30,0 Não é permitido o trabalho, sem a adoção de medidas Acima de 32,2 Acima de 31,1 Acima de 30,0 adequadas de controle. Quadro 01 - Limite de tolerância para exposições com o trabalho e descanso no mesmo ambiente. Fonte: Anexo nº 3 da Norma Regulamentadora nº 15 76

22 Em situações de regime de trabalho intermitente onde o trabalho é realizado em um local e o descanso em outro que ambiente com temperatura mais agradável considera-se o seguinte quadro para análise: Quadro nº 2 da NR - 15 M (Kcal/h) Máximo IBUTG (em C) , , , , , , , Quadro 02 - Limite e tolerância para exposições com o trabalho e descanso em ambientes distintos. Fonte: Anexo nº 3 da Norma Regulamentadora nº 15 Onde M é a taxa de metabolismo média ponderada para uma hora, sendo determinada pela seguinte fórmula: M = M t x T t + M d x T d /60 Sendo: M t : taxa de metabolismo no local de trabalho. T t : soma dos tempos, em minutos, em que o trabalhador permanece no local de trabalho. M d : taxa de metabolismo no local de descanso. T d : soma dos tempos, em minutos, em que o trabalhador permanece no local de descanso. As taxas de metabolismos M t e M d são obtidas através do Quadro nº 3. Em situações em que o trabalho é executado em um local e o descanso em outro, há a necessário calcular a média entre as exposições para comparação através do Quadro nº 2, onde: IBUTG = é o valor IBUTG médio ponderado para uma hora, determinado pela seguinte fórmula: 77

23 IBUTG = IBUTG t x T t + IBUTG d x T d /60 Sendo: IBUTG t : valor do IBUTG no local de trabalho IBUTGd: valor do IBUTG no local de descanso T t e T d : anteriormente definidos Os tempos T t e T d devem ser tomados no período que forem mais desfavoráveis durante a jornada de trabalho buscando identificar as situações mais críticas às quais o trabalhador está exposto, sendo T t + T d = 60 minutos corridos. Para efeitos legais, durante o período em que o trabalhador estiver em descanso serão considerados como tempo de serviço. Para estabelecer a taxa de metabolismo de acordo com a atividade que é realizada utiliza-se o quadro a seguir: Tipo de atividade Kcal/h Sentado em repouso 100 Trabalho leve 125 Sentado, movimentos moderados com braços e tronco (ex.: datilografia). 150 Sentado, movimentos moderados com braços e pernas (ex.: dirigir). 150 De pé, trabalho leve, em máquina ou bancada, principalmente com os braços. Trabalho moderado 180 Sentado, movimentos vigorosos com braços e pernas. 175 De pé, trabalho leve em máquina ou bancada, com alguma movimentação. 220 De pé, trabalho moderado em máquina ou bancada, com alguma movimentação. 300 Em movimento, trabalho moderado de levantar ou empurrar. Trabalho pesado Trabalho intermitente de levantar, empurrar ou arrastar pesos (ex.: remoção com pá). 440 Trabalho fatigante 550 Quadro 03 - Consumo de energia por tipo de atividade. Fonte: Anexo nº 3 da Norma Regulamentadora nº PROCEDIMENTO DE AVALIAÇÃO 78

24 Todas as análises para a quantificação do calor existente no ambiente de trabalho deve seguir o disposto pela Norma de Higiene Ocupacional nº 06 Avaliação da exposição ocupacional ao calor da Fundacentro, que dispõe os procedimentos para realizar as medições. Esta norma também se baseia no IBUTG para determinar os procedimentos a serem seguidos para quantificar o calor existente no ambiente de trabalho. Deve ser realizada de forma que abranja todos os colaboradores do setor. Sugere ainda que seja feita uma identificação dos colaboradores que estejam expostos a características que sejam semelhantes Grupos Homogêneos de Exposição (GHE) devendo representar as situações reais que os colaboradores enfrentam de forma que todas as condições existentes na função sejam incluídas na análise. Para que seja realizada a medição de forma que represente a quantidade de calor que atinge o colaborador é necessário escolher corretamente o horário para fazer as coletas de dados, devendo considerar 60 minutos nas condições térmicas que sejam mais desfavoráveis ao colaborador, abrangendo todas as atividades físicas realizadas e as condições térmicas do meio ambiente. Ambas devem ser analisadas em conjunto para que se possa determinar o melhor horário para realizar as medições, não estando descartada a possibilidade de realizar outras aferições em toda a jornada de trabalho caso exista alguma dúvida quanto o horário mais crítico. As avaliações e posicionamento dos equipamentos devem ser realizados de forma que não afetem as atividades executadas pelo colaborador, garantindo que suas tarefas sejam executadas normalmente. É importante ressaltar que esse estudo tem o objetivo de analisar a exposição dos colaboradores que realizam atividades de forma contínua. As atividades não habituais devem ser analisadas separadamente. 2.5 EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO 79

25 Para quantificar o nível de estresse térmico presente no ambiente são utilizados equipamentos convencionais para a determinação do IBUTG ou não convencionais Equipamento de medição convencional Existem algumas especificações para os equipamentos que devem ser atendidas na execução das medições que estão dispostas pela NHO 06. O conjunto convencional é constituído por um termômetro de globo, termômetro de bulbo úmido natural e termômetro de bulbo seco: Termômetro de globo: que é constituído de uma esfera oca pintada, na parte externa, de preto fosco, um termômetro de mercúrio e uma rolha cônica de borracha na cor preta. Termômetro de bulbo úmido natural: constituído por um termômetro de mercúrio, um erlenmeyer que contém água destilada e um pavio em forma tubular branco confeccionado em tecido de algodão. Termômetro de bulbo seco: constituído por um termômetro de mercúrio Equipamento não convencional É permitido o uso de equipamentos eletrônicos para a determinação do IBUTG ou outros equipamentos semelhantes, mas estes devem apresentar os resultados equivalentes aos que são encontrados nas medições realizadas com os equipamentos convencionais. 2.6 CUIDADOS DURANTE AS LEITURAS E MANUSEIO DE EQUIPAMENTOS A NHO 06 dispõe a metodologia para montagem adequada do equipamento e dos acessórios auxiliares que são utilizados, tais como tripés, cronômetros, etc. Estabelece os procedimentos para que sejam realizadas as medições e a forma para sua realização, abordando os cuidados com o 80

26 equipamento relacionados ao examinador durante a medição destacando pontos relevantes que podem interferir, inviabilizando-a, tais como: Cuidados para montagem de equipamentos convencionais de forma correta (verificando se os equipamentos estão calibrados, confirmar a inexistência bolhas nas colunas de mercúrio, se os equipamentos não estão danificados, etc.); Cuidados para montagem de equipamentos eletrônicos (analisar a coerência de resposta do equipamento, verificar se o nível da bateria é suficiente para realizar a medição, se o equipamento está calibrado, etc.); Aguardar o tempo de necessário para a estabilização do equipamento, que dura cerca de vinte e cinco minutos, para iniciar a medição posteriormente; Posicionamento do equipamento (montar o equipamento de forma em que este fique na altura do corpo que é mais atingida pelo calor, não sendo possível identificar o ponto que representa maior potencial de causar danos, deve ser montado na altura do tórax); Em casos de prejuízos ao equipamento a leitura deve ser descartada; Se houver bolhas ou descontinuidade do mercúrio no termômetro deve ser realizada uma nova leitura; A calibração dos equipamentos deve estar de acordo com o que foi estabelecido pelo fabricante do equipamento, pois se estiver fora da faixa de atuação pode fornecer dados errôneos; Cuidados durante as medições (medir num intervalo de tempo que possa abranger toda a jornada de trabalho do colaborador, ressaltando que em situações onde não haja exposição direta não é necessário medir a temperatura de bulbo seco). É importante ressaltar a importância de manter uma planilha no local que está sendo analisado e nela devem ser anotados os dados importantes para a conclusão da análise e a determinação dos meios de proteção e segurança que serão adotados. Também é importante considerar no mesmo documento o horário de início e término de cada atividade, descrição das características do ambiente e 81

27 do processo de trabalho, os dados obtidos no equipamento de medição e informações sobre o tempo de análise. 2.7 FATORES QUE INFLUENCIAM NAS MEDIÇÕES Com base nos conceitos de calor abordados anteriormente e o problema encontrado na empresa, podemos ainda ressaltar alguns fatores que influenciam diretamente na transmissão e avaliação do calor. Estes devem ser considerados para que seja quantificada a temperatura existente no ambiente de trabalho, de acordo com Spinelli (2006 p. 267), são eles: Temperatura do ar; Umidade Relativa do ar; Velocidade do ar; Calor radiante; e Tipo de atividade Temperatura do ar A temperatura do ar influência na troca de temperatura entre o organismo e o ambiente a qual o trabalhador se encontra. Conforme exposto por Spinelli (2006 p. 267) quando a temperatura do ar é maior que a da pele, o organismo ganha calor por condução-convecção, sendo assim, podemos dizer que, quando a temperatura do ambiente que o colaborador está é superior a temperatura de seu corpo haverá a troca de calor até que ambos estejam na mesma temperatura, o corpo humano, porém, não consegue suportar temperaturas muito altas, isso pode originar distúrbios no sistema termorregular e doenças causadas pelo calor. Para que seja realizada a leitura da temperatura do ar é utilizado um termômetro de mercúrio comum, desde que tenha um funcionamento que possa ser considerado confiável e permitir leituras de até 1/10 de graus Célsius Umidade relativa do ar 82

28 De acordo com Spinelli (2006 p. 267) a umidade relativa do ar influi na troca térmica que ocorre entre o organismo e o meio ambiente pelo mecanismo da evaporação, tem uma relação com a quantidade de vapor de água existente que é absorvida no ar, podendo interferir na quantidade de água que liberada pelo corpo humano sob a forma de suor. Para obter quantidade de umidade relativa do ar presente no ambiente são utilizados dois termômetros de bulbo, um deles possui o bulbo recoberto com tecido de algodão limpo, este deve ser mantido embebido em água destilada, denominado termômetro de bulbo úmido. O outro é idêntico ao utilizado para obter-se a temperatura do ar, denominado termômetro de bulbo seco. Todos os dados que são colhidos por estes dois termômetros são transmitidos para um diagrama que facilita a interpretação das propriedades do ar e, é através da relação entre eles que se obtém a umidade relativa do ar Velocidade do ar De acordo com Spinelli (2006 p. 268) a velocidade do ar pode alterar o intercâmbio de calor entre o organismo e o ambiente, interferindo tanto na troca térmica por condução-convecção como na troca térmica por evaporação. Sob a forma de transferência por condução-convecção, a velocidade do ar faz com que haja substituição do ar que se encontra próximo ao corpo, isso pode gerar um aumento no fluxo de calor entre eles, por isso se a temperatura do ar for inferior à temperatura do corpo pode proporcionar maior perda de calor do corpo para o meio. No entanto se a temperatura do ar for superior, este ganhará mais calor de acordo com o aumento da velocidade do ar. É necessário verificar as condições a qual o colaborador se encontra para que possa definir se a temperatura do ar pode exercer uma ação positiva ou negativa em seu corpo. Sob a forma de evaporação, a velocidade do ar pode remover a camada de ar próxima da pele, esta se encontra com alto teor de vapor de água oriundas do suor, essa ação evita que a camada de ar existente ao redor do corpo fique com umidade relativa superior à do ambiente, o que pode dificultar a evaporação de 83

29 suor. O aumento da velocidade do ar torna a ocasião propícia para que ocorra a perda de calor através da evaporação. Para realizar a avaliação da velocidade do ar é utilizando aparelhos tais como o anemômetro ou termoanemômetros Calor radiante Quando o indivíduo está exposto a grandes quantidades de radiação infravermelha pode receber calor por meio de mecanismos de radiação. Spinelli (2006 p. 268) afirma que esse fator não deve ser desprezado, pois contribui significativamente para a elevação da sobrecarga térmica. Mesmo não havendo fontes de calor radiante, o corpo humano ainda pode perder calor pelo mecanismo da radiação. Para obter a quantidade de calor radiante existente no ambiente de trabalho é utilizado o termômetro de globo Tipo de atividade que é exercida A atividade que é exercida pelo colaborador deve ser considerada, pois quanto mais movimento e intensidade esta possuir, maior será a quantidade de calor que seu organismo irá produzir devido ao metabolismo das células. Em situações onde o trabalhador está exposto a altas temperaturas esse quadro pode ser pior, de acordo com Spinelli (2006, p. 289) o calor decorrente da atividade física constituirá parte do calor total ganho pelo organismo e, portanto, deverá ser considerado na quantificação da sobrecarga térmica. A avaliação do tipo de atividade que é exercida pelo colaborador é muito difícil de realizar, por isso é feita uma estimativa utilizando tabelas que contém os valores estabelecidos de acordo com a atividade que é exercida. 2.8 CONSEQUÊNCIAS QUE O CALOR PODE CAUSAR NO ORGANISMO 84

30 O corpo humano possui um sistema termorregular que tem a função de manter a temperatura interna que esteja de acordo com o funcionamento adequado do organismo. Ele é um mecanismo de defesa natural do corpo humano que é responsável por manter em equilíbrio a temperatura interna quando o organismo é exposto a altas temperaturas do ambiente. Sempre que o organismo se encontra em temperatura acima do ideal este sistema atua enviando uma mensagem as glândulas sudoríparas (responsáveis pela produção de suor) o que possibilita a vasodilatação e consequentemente a perda do calor presente no corpo. Segundo Spinelli, se o aumento do fluxo de sangue na pele e a produção de suor forem insuficientes para promover a perda adequada de calor, ou se esses mecanismos deixarem de funcionar apropriadamente, uma fadiga fisiológica poderá ocorrer (2006, p. 263). Constatando-se deficiências no funcionamento destes sistemas pode causar sérios danos à saúde, se estes não receberem o devido cuidado se agravam, podendo levar uma pessoa à morte dependendo do estado em que a vítima se encontra. Dentre os danos que podem causar ao organismo, Spinelli (2006, página 263) os classifica em quatro categorias básicas para as principais doenças que são causadas pela exposição ao calor, sendo: Exaustão do calor; Desidratação; Cãibra do calor; Choque térmico Exaustão do calor Ocorre se houver uma insuficiência de suprimento de sangue do córtex cerebral (invólucro do cérebro). Quando o corpo é submetido a altas temperaturas ocorre à dilatação dos vasos sanguíneos, o sangue passa a sair do coração de forma inadequada o que pode provocar uma redução da pressão arterial e vasodilatação em grande parte do corpo. Esta vasodilatação que ocorre no corpo 85

31 é integrante do sistema de termorregulação do organismo. Pode causar dores de cabeça, tonturas, mal-estar, fraqueza, distúrbios circulatórios, pele pálida e úmida com temperaturas variáveis Desidratação Para que o organismo possa manter a temperatura interna através da termorregulação há grande perda de líquidos do corpo através do suor, além de reduzir o volume de sangue em estágios iniciais, podem causar distúrbios celulares e deterioração do organismo em casos mais graves. Para Spinelli as consequências no organismo incluem: ineficiência muscular, redução da secreção (especialmente das glândulas salivares), perda de apetite, dificuldade de engolir, acúmulo de ácido nos tecidos ocorrerão com elevada incidência. Uremia temporária, febre e morte também podem acontecer. (2006, p. 263) Cãibras do calor Segundo Spinelli (2006, p. 264), nas cãibras provocadas pelo calor ocorrem espasmos musculares seguidos de uma redução do cloreto de sódio no sangue, atingindo concentrações inferiores a certo nível crítico. O alto índice de perda desse cloreto é facilitado pela intensa sudorese e falta de aclimatização. Ocorrem devido à grande perda de líquidos e sais minerais como sódio, potássio e magnésio, por exemplo, que são liberados no suor. Essa perda é muito frequente em atividades onde os trabalhadores executam suas tarefas manualmente, como no caso de fornos, que é objeto de estudo, onde há contato com temperaturas elevadas. Os músculos endurecem e ficam tensos podendo causar muita dor. Estas cãibras podem ser evitadas através do consumo de alimentos e bebidas que contenham sal. Há registros de casos mais graves onde a vítima teve que receber líquidos e sais por via endovenosa. 86

32 É necessário ressaltar a importância de seguir as orientações de um profissional especializado na área, pois o consumo de sal em quantidades inadequadas pode provocar retenção de líquidos Choque térmico Segundo Spinelli (2006, p. 264), o choque térmico ocorre quando a temperatura do núcleo do corpo é tal que põe em risco algum tecido vital que permanece em contínuo funcionamento. Em situações em que o sistema termorregulador do corpo é forçado a exercer suas funções por longos períodos de tempo, pode haver distúrbios em seu funcionamento, chegando a um estado crítico onde não exerça suas funções e manter a temperatura interna do corpo adequada para o perfeito funcionamento do organismo com relação à temperatura externa a que se encontra exposto Catarata A exposição excessiva aos raios solares podem causar opacificação do cristalino dos olhos devido a exposições prolongadas à radiação infravermelha que os raios solares possuem, originando dificuldades para enxergar. Há casos em que é necessária a intervenção cirúrgica para que a pessoa volte a enxergar Intermação Ocorrem alterações no centro regulador da pele, tornando-a quente e seca, o pulso e a respiração ficam fracos e rápidos, havendo também o aumento da pressão. Podem gerar sensações como a dor de cabeça, desmaio, desconforto abdominal e vertigem. 87

33 Segundo Spinelli (2006, p. 265), ainda podem ocorrer queimaduras causando erupções na pele, queda de rendimento no trabalho, aumento do número de acidentes e aumento da suscetibilidade a outras doenças Vaso dilatação Quando o corpo humano está com a temperatura interna elevada o fluxo de sangue que é direcionado para a pele aumenta, ocorrendo a dilatação dos vasos sanguíneos da pele. O sangue que é transmitido para a pele nessa condição pode aumentar em até 15 vezes. Isso possibilita que o calor interno do corpo passe para pele e, posteriormente, para o ambiente externo, reduzindo a resistência da pele quanto à transferência de calor. 3 AVALIAÇÕES DAS CONDIÇÕES DO AMBIENTE DE TRABALHO ANTES DA IMPLANTAÇÃO DO EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVO (EPC) Para confirmar se a presença do calor no ambiente de trabalho é prejudicial ao organismo é necessário realizar algumas análises no ambiente de trabalho. Primeiramente é feita uma analise qualitativa, que consiste em realizar um levantamento de informações buscando identificar os riscos existentes durante as operações que são realizadas em uma função. Esta etapa não envolve a utilização de equipamentos de medição, toda a análise é realizada por meio de observações feitas no ambiente de trabalho, verificando os processos realizados na atividade, identificando assim os riscos que podem oferecer ao trabalhador durante sua execução. Posteriormente é realizada uma avaliação quantitativa, que deve ser realizada sempre que houver a necessidade de comprovar o controle de uma exposição ou a inexistência de algum risco que tenha sido levantado anteriormente, durante as avaliações qualitativas, além de dimensionar a intensidade da exposição a qual o trabalhador está sujeito para que possam ser 88

34 tomadas medidas eficazes a fim de minimizar ou extinguir do agente nocivo do ambiente. ANÁLISE QUALITATIVA A Análise Qualitativa deverá ser feita em todos os processos que tenham pessoas trabalhando, isto é, em todas as equipes de trabalho. O seu objetivo é perceber os agentes presentes nos ambientes que causam danos a saúde. Os trabalhadores por sua vez são os mais indicados para esta análise, pois estão diariamente expostos e conhecem a intimidade de cada processo. Esses profissionais devem receber treinamentos para saber reconhecer os riscos o que os possibilitará distinguir se as atividades executadas nos diversos departamentos da empresa estão relacionadas com os riscos ambientais descritos no Manual de Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego - riscos físicos, químicos, biológicos, de acidentes, ergonômicos. A empresa deve valorizar suas opiniões e buscar melhorias. Após o cumprimento da primeira etapa, que prevê a inspeção técnica nos departamentos da empresa deve-se registrar em ata, relatórios fotográficos e documentos, todo o conteúdo observado em campo. Essa atividade tem o objetivo de organizar e formalizar todos os problemas identificados para que seja realizada na sequência uma investigação detalhada de todos os riscos e quantificada (prevista na próxima etapa Avaliação Quantitativa) para que os valores identificados nos locais avaliados sejam comparados com os limites de tolerância descritos nas Normas Regulamentadoras. A atividade no setor é realizada por dezesseis colaboradores, sendo dois em cada forno. No local há também acesso do responsável pela limpeza permanecerá no local durante um período necessário para organização, e há a possibilidade de acesso de outros trabalhadores, devido à existência de um corredor para circulação próxima ao setor de fornos, para estes não foram encontrados riscos caso não permaneçam no ambiente. 89

35 O galpão onde o setor está situado tem pé direito de 5m, possuindo fontes de iluminação natural e artificial. A parede é de alvenaria, coberta por reboco e pintura, o telhado é composto por telhas de zinco, o piso é feito em concreto e não oferece risco de escorregamentos, pois possui estrutura áspera. ANÁLISE QUANTITATIVA Esta análise é realizada após a avaliação qualitativa dos riscos identificados pelos colaboradores, técnicos e os profissionais que atuam no SESMT Serviço Especializado Engenharia Segurança e Medicina do Trabalho. Esses riscos são quantificados a partir de avaliações com equipamentos específicos e calibrados atendendo as Normas de Higiene Ocupacional. É importante ressaltar que para cada tipo de risco existirá um aparelho específico para promover a medição. Essas medições também devem ser registradas em documentos específicos para que sejam comparadas com os limites de tolerância estabelecida pelas Normas Regulamentadoras. As empresas devem utilizar meios como o Equipamento de Proteção Coletiva EPC - ou Equipamentos de Proteção Individual - EPI - para solucionar os problemas encontrados. Para aferir os dados foi utilizado um equipamento de medição não convencional, que foi posicionado na altura do tórax do colaborador com o auxílio de um tripé do tipo telescópio e ajustado conforme os procedimentos descritos pela NHO 06. Depois de posicionado e feitos os ajustes necessários para iniciar as medições foi realizada, na sequência, uma pausa de 25 minutos para que o equipamento estabilizasse, evitando a inviabilização da leitura. A aferição dos dados foi realizada durante toda a jornada de trabalho num total de nove horas diárias, sendo coletados os dados a cada hora. Os valores obtidos foram anotados numa planilha que continha todas as informações relativas ao setor, tais como atividade, horário de início e fim da atividade, nome 90

36 do colaborador que auxiliou nas medições, o valor encontrado em cada aferição e observações feitas durante as medições que auxiliam na conclusão das análises. Após coletar os dados há a necessidade de calcular a média entre os valores obtidos durante a medição (oito no total) buscando identificar a temperatura real a qual o indivíduo está exposto. O valor é obtido através de um cálculo denominado média ponderada, esta operação é realizada para cada variável identificada no ambiente. O termômetro de globo mede simultaneamente a temperatura de bulbo úmido, de bulbo seco e de globo. O valor correspondente ao nível de estresse térmico é obtido através da relação entre essas três variáveis, sendo necessário realizar o cálculo por meio da seguinte fórmula: IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg A atividade executada é classificada através do Quadro n 3 Consumo de energia por tipo de atividade sendo considerada moderada. Como a exposição sofrida pelo indivíduo não incluí a carga solar, não é utilizada para esta avaliação os valores obtidos pelo termômetro de bulbo seco. Realizando os cálculos obtevese a temperatura de 29,3 C. Para verificar se a temperatura está dentro dos parâmetros aceitos pela norma é necessário consultar o Quadro 1 Limite de tolerância para exposições com o trabalho e descanso no mesmo ambiente onde é feita uma relação entre o tipo de atividade (moderada) e a temperatura obtida (29,3 C). As atividades executadas no setor não incluem pausas para descanso, pois o trabalhador permanece durante toda a jornada de trabalho no mesmo local, havendo apenas pausa para refeições e necessidades fisiológicas. Consultando o quadro o limite de tolerância corresponde a 26,7 C. De acordo com a temperatura obtida no ambiente, esta se encontra acima do limite de tolerância permitido pelo Anexo n 3 da Norma Regulamentadora nº 15 do MTE, havendo a necessidade de adotar medidas para minimizar as exposições sofridas pelo colaborador. 91

37 4 IMPORTÂNCIA DA IMPLANTAÇÃO DO EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPC) Costa (2005, p. 139) define ventilação local exaustora como aquela que extrai o contaminante mecanicamente do próprio local em que é produzido, antes mesmo de se espalhar pelo ambiente. Esse será o conjunto de exaustão será utilizado para a redução da temperatura, com a finalidade de retirar o ar quente que é liberado pelo forno. Como o equipamento permite aspirar o ar do setor, no local em que ele é produzido, evitando que esse se dissipe pelo ambiente, há a redução da temperatura do local e tornando-o adequado para a execução das atividades de forma segura. Essa adaptação beneficiará principalmente os colaboradores que executam suas atividades no setor de fornos, pois como a temperatura se encontra acima do limite de tolerância estabelecido pelas pelo Anexo nº 3 da Norma Regulamentadora nº 15 do MTE, há a necessidade de adotar medidas que reduzam nível de calor, esse atrapalha o desempenho dos trabalhadores na realização de suas atividades devido aos efeitos do calor sobre o organismo, como cansaço, por exemplo. Essa adaptação irá proporcionar melhor qualidade de vida aos empregados do setor, além de satisfação em realizar suas atividades e melhorias em sua saúde física e psicológica. Essa medida pode ainda proporcionar benefícios aos colaboradores em suas vidas pessoais, transmitindo os mesmos benefícios aos seus familiares. É importante ressaltar que todas as medidas devem ser tomadas visando à saúde e segurança no exercício do trabalho. A implantação de um equipamento de proteção coletivo é muito importante no ambiente operacional, pois por meio dele é possível diminuir a quantidade de agentes nocivos presentes no local, além de preservar a saúde e integridade física do trabalhador, também resulta no aumento da produtividade e redução de acidentes e afastamentos devido às condições térmicas do ambiente. Hoje as normas e leis trabalhistas preveem que todas as empresas responsáveis e confiáveis, que prezem pelo bem estar das pessoas e do meio 92

38 ambiente, adotem medidas de eliminar ou minimizar o contado dos trabalhadores com agentes que sejam nocivos à sua saúde, por meio de adaptações nas máquinas, equipamentos, ambiente, processo ou qualquer outra ação de ordem geral que diminua a exposição sofrida pelo indivíduo. Caso as medidas para minimizar os riscos não sejam tomadas e haja algum dano à saúde e integridade física do colaborador a empresa corre o risco de enfrentar passivos indenizatórios e ser responsabilizada pelos danos causados. Para a implantação de um equipamento de proteção coletiva é necessário avaliar se ele possui as especificações adequadas a fim de identificar se esse pode eliminar os agentes nocivos existentes no ambiente, pois se não for eficaz quanto a sua funcionalidade os colaboradores permanecerão expostos aos mesmos riscos. Nesta situação mesmo a empresa tendo implantado o EPC poderá ser responsabilizada pelos danos causados ao trabalhador havendo a existência de processos trabalhistas, pois o objetivo a ser atingido é a eliminação/minimização dos riscos, e não apenas cumprir com a legislação vigente. É importante ressaltar que o empregador deve sempre adotar o EPC havendo a disponibilidade de compra no mercado, pois para fins legais somente é aceitável a justificativa para não implantar o equipamento se for comprovado que esse é inviável, de forma técnica, não sendo aceitas outras justificativas, tais como o valor investido para aquisição e implantação. 4.1 COMPONENTES DO SISTEMA DE EXAUSTÃO Os principais componentes do sistema de exaustão empregado são: Exaustor eólico giratório este componente é fixado no telhado do galpão onde está localizado o setor de fornos. Possuí uma vazão de m³ por hora. Sua base é formada por dois rolamentos de dupla blindagem com lubrificação permanente. São fixados no eixo mecânico por um jogo de porcas 7/16. Os exaustores eólicos funcionam a partir da existência de correntes de ar, sendo movimentados pela força do vento, essas incidem 93

39 sobre o globo que é posicionado no telhado, fazendo com que ele se movimente. Figura 22: Dimensões do exaustor eólico Figura 23: Exaustor eólico Fonte: Figura 22 - Site de fornecedor não autorizada a divulgação do nome. Fonte: Cláudio Pelegrini Junior. Exaustor axial de parede com protetor possuí diâmetro de 800 mm com 800 mm de cumprimento. Com vazão de 80 m³ por minuto e rotação de 1700 (em RPM- Rotação Por Minuto). Utilizado para exaustão de pequenos, médios e grandes ambientes. Esse tipo de exaustor renova a ventilação no ambiente fazendo com que o ar existente na parte interna do local seja retirado para o exterior. Ele é fixado na parede para facilitar a saída de ar quente do ambiente. Figura 24: Exaustor axial de parede com protetor. Fonte: Foto disponibilizada pela Empresa Sid-nyl. 94

40 Figura 25: Exaustor axial implantado na parte externa do galpão Fonte: Cláudio Pelegrini Junior. Figura 26: Exaustor axial de parede implantado na parte interna do galpão Fonte: Cláudio Pelegrini Junior. Exaustor centrífugo são empregados em situações onde haja a necessidade de alta pressão. Possuí potência na classificação como três numa escala de um a dez (de acordo com o fabricante). Com rotação de 3460 (em RPM) e vazão de 45 m³ por minuto. Tem a seguintes dimensões: a. 235 mm b. 300 mm c. 235 mm d. 130 mm e. 150 mm f. 80 mm 95

41 g. 300 mm h. 580 mm i. 345 mm j. 470 mm k. 220 mm Figura 27: Dimensões do exaustor centrífugo Fonte: Site de fornecedor não autorizada a divulgação do nome. Figura 28: Exaustor centrífugo Fonte: Site de fornecedor não autorizada a divulgação do nome. Dutos para que o ar seja inserido no interior do ambiente são utilizados dutos de exaustão, esses são conectados ao exaustor centrifugo. Possuem 96

42 100 mm de diâmetro. Segundo Costa (2005, p. 153) esses devem possui apoio a cada diâmetros e devem ser afastados da parede para que possibilite sua manutenção cerca de 20 cm. Figura 29: Dutos do sistema de exaustão Fonte: Cláudio Pelegrini Junior. 4.2 FUNCIONAMENTO DO SISTEMA DE EXAUSTÃO A exaustão mecânica aplicada de forma adequada trás ao ambiente maior purificação e mantém o ar limpo, preservando a saúde e proporcionando maior conforto aos colaboradores do local. A exaustão de ar é um sistema que atua retirando o ar impuro do ambiente direcionando-o para a parte externa. Essa ação impede que o ar quente e partículas em geral permaneçam no local. Todo o ar contaminado que é retirado do ambiente é substituído naturalmente por outro de igual quantidade que é retirado do exterior do ambiente, contribuindo para a movimentação do ar. No setor de fornos, porém, essa ação não é suficiente para a renovação do ar presente no ambiente devido à alta temperatura, sendo necessário um sistema de ventilação adicional por insuflação (exaustor centrífugo). O sistema atua da seguinte forma: 1. É acionado o motor do insuflador de ar, que foi posicionado do lado de fora do galpão na parte inferior (próximo ao chão), com tensão alternada de 97

43 220V, está ação dará a partida ao motor que iniciará sua rotação (a 3460 RPM) fazendo com que o rotor que se encontra na parte interna do exaustor centrífugo comece a girar, introduzindo o ar da parte externa do ambiente para a interna, conforme ilustrado pela figura abaixo: Figura 30: Sistema de acionamento do moto Exaustor centrífugo Fonte: Site de fornecedor não autorizada a divulgação do nome. 2. O ar frio é introduzido para a parte interna do galpão por meio dos dutos, esse o conduz até o local onde se realiza a distribuição para todo o ambiente. Como o ar que está em alta temperatura possui densidade inferior ao ar frio, conforme este é inserido no ambiente na parte inferior (próximo ao chão) o ar quente se eleva para a parte superior; 3. Enquanto o ar quente se eleva para a parte superior do galpão, este é retirado do ambiente pelos exaustores axiais que foram implantados na parede a 4 m do piso; 4. O ar que não é retirado pelos exaustores axiais continua a ser direcionado para a parte superior do galpão devido a constante alimentação de ar fresco, sendo direcionados para o exaustor eólico; 5. A massa de ar quente que está dentro do galpão exerce uma pressão na parte interna do exaustor eólico, promovendo sua retirada mesmo que não haja vento, ou brisa, para seu acionamento na parte externa. Esse fluxo de 98

44 entrada de ar é realizado durante toda a jornada de trabalho renovando, constantemente, a ventilação do local. O sistema de exaustão empregado necessita de manutenção periódica para que mantenha a eficácia em seu funcionamento, esta deve ser realizada a cada seis meses por um profissional que tenha sido especializado para executar a atividade, na ausência deste profissional na empresa deve-se terceirizar a execução da manutenção. 4.3 VANTAGEM COM A IMPLANTAÇÃO DO EPC As vantagens para a implantação de um equipamento de proteção coletiva abrangem tanto empresa quanto os funcionários. Dentre as inúmeras que existem podemos ressaltar: Redução de custos gastos com a segurança com a implantação de equipamentos de proteção coletiva considerando-se a médio e longo prazo. Em muitos casos os equipamentos para uso coletivo substituem os de uso individual; Proporciona maior segurança a todos os colaboradores do local e dos setores vizinhos que também são afetados pelo calor, pois o eliminando em sua fonte, esse não dissipa para os outros setores; Melhora a qualidade na fabricação de produtos proporcionando maior atenção na execução de atividades, evitando pequenos erros que comprometam a qualidade; Reduz os passivos trabalhistas; Reduz o número de acidentes e de afastamentos: se não houver agentes nocivos à saúde no ambiente, o colaborador terá a exposição reduzida, diminuindo os índices de afastamentos; Reduz impostos da empresa (NTEP e FAP); É possível manter maior controle quanto à utilização, pois o equipamento de proteção coletiva necessita apenas de manutenção periódica, não havendo a necessidade de fiscalizar o seu uso; 99

45 Reduz tempo que é gasto com treinamentos de reciclagem quanto ao uso de Equipamentos de Proteção Individual EPI, proporcionando aumento de produtividade na empresa; Proporciona maior conforto térmico no interior do galpão onde está localizado o setor de fornos; Repõem os níveis de oxigênio do ambiente; Aumenta a vida útil dos equipamentos e conserva as instalações da empresa. 5. AVALIAÇÕES APÓS A IMPLANTAÇÃO DO EPC Após a implantação o sistema de exaustão há a necessidade de fazer todas as medições e análises novamente, onde é feita uma comparação utilizando os dados que foram obtidos na análise antes e depois da implantação a fim de constatar se o equipamento é eficaz na redução da temperatura e do índice de mal-estar registrado pela empresa. 5.1 AVALIAÇÃO QUANTITATIVA Após a implantação do sistema de exaustão foi realizada uma nova análise quantitativa, a qual utilizou a mesma metodologia, procedimentos e equipamentos que foram empregados anteriormente para as medições antes de implantar o EPC. A temperatura obtida no ambiente de trabalho com o exaustor em funcionamento corresponde a 25,7 C, este é valor médio obtido entre as oito leituras realizadas no ambiente de trabalho. O cálculo foi realizado utilizando a seguinte fórmula: IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg Comparando a temperatura encontrada com o limite de tolerância que se encontra no Quadro nº 1 Limite de tolerância para exposições com o trabalho e 100

46 descanso no mesmo ambiente considerando-se trabalho continuo, corresponde a 26,7 C, estando abaixo do limite estabelecido pelo Anexo nº 3 da Norma Regulamentadora nº COMPARAÇÃO DOS ÍNDICES DE CASOS REGISTRADOS PELA EMPRESA Para a análise do índice de mal-estar constatadas no setor foi tomada como referência uma média dos registros feitos entre junho e julho de 2010 (antes da implantação do equipamento), esses serão comparados com o valor médio dos registros feitos entre junho e julho de 2011 (após a implantação). Todos os dados de casos registrados foram fornecidos pela empresa. Antes da implantação do EPC o número de doenças e mal-estar registrado pela empresa corresponde a dezessete (média). Apenas com a adaptação do sistema de exaustão esse número foi reduzido para oito, considerando os períodos citados acima, conforme estão relacionados na tabela 01 e ilustrados pelo gráfico 01 abaixo: Ano de referência Número de casos registrados relativos aos meses de junho e julho Tabela 01 - Relação dos índices obtidos no período considerado Gráfico 01: Número de casos registrados 101

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