NOME: COSTA, Adriano Pereira da. Título: A relação entre o assessor de imprensa e o jornalista na Comunicação Digital

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1 NOME: COSTA, Adriano Pereira da. Título: A relação entre o assessor de imprensa e o jornalista na Comunicação Digital Monografia apresentada à Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo para obtenção do título de especialista em Gestão Integrada da Comunicação Digital nas Empresas. Aprovado em: Banca Examinadora Prof. Dr. Instituição: Julgamento: Assinatura: Prof. Dr. Instituição: Julgamento: Assinatura: Prof. Dr. Instituição: Julgamento: Assinatura:

2 Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio convencional ou eletrônico, para fins de estudo e pesquisa, desde que citada a fonte. Catalogação da Publicação Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo Costa, Adriano Pereira da. Monografia sobre o relacionamento atual entre o professional assessor de imprensa e o jornalista na Comunicação Digital / Adriano Pereira da Costa; orientadora Carolina Frazon Terra. - São Paulo, f. : Monografia (Especialização). Monografia (Especialização)--Universidade de São Paulo, Assessoria de Imprensa. 2.Jornalista. 3.Comunicação Digital. I. Terra, Carolina Frazon. II. Título. III. Título: A relação entre o assessor de imprensa e o jornalista na Comunicação Digital CDD

3 UNIVERSIDADE SÃO PAULO ESCOLA COMUNICAÇÃO E ARTES Curso Gestão Integrada da Comunicação Digital nas Empresas ADRIANO PEREIRA DA COSTA A relação entre o assessor de imprensa e o jornalista na Comunicação Digital São Paulo 2012

4 ADRIANO PEREIRA DA COSTA A relação entre o assessor de imprensa e o jornalista na Comunicação Digital Monografia apresentada à Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo para obtenção do título de especialista em Gestão Integrada da Comunicação Digital nas Empresas. Orientadora: Dra. Carolina Frazon Terra. São Paulo 2012

5 A Deus, razão suprema da minha existência. À minha mãe que me apoiou desde o início para fazer um curso de especialização em comunicação online, e continuou durante todo o período de curso a me dar forças, através de sua dedicação e história de vida batalhadora. À Dra. Professora Carolina Terra, por sua dedicação durante o processo de orientação..

6 AGRADECIMENTO Quando decidi ingressar no curso de especialização em Gestão Integrada da Comunicação Digital nas Empresas, não imaginava os desafios que teria que enfrentar até chegar ao último estágio, a conclusão do curso. Em 18 meses, a minha rede de amizades aumentou significativamente tanto no lado pessoal quanto profissional. Deixar de agradecer aos amigos do Digicorp é não documentar um acontecimento importante para nossas vidas. Se hoje estou aqui, é porque eles são os responsáveis. Responsáveis em ajudar quando foi preciso, em orientar quando necessário e em apoiar a qualquer momento. Agradeço à minha mãe, que me apoiou nas minhas decisões e não me deixou fraquejar quando já não tinha forças para continuar. E por último, agradeço à amiga Vilma Mattos, que enquanto foi minha chefa, ofereceu toda força, apoio e subsídio para continuar no curso. Sua ajuda foi fundamental até o último dia desta monografia.

7 Que os vossos esforços desafiem as impossibilidades, lembrai-vos de que as grandes coisas do homem foram conquistadas do que parecia impossível. Charles Chaplin

8 RESUMO COSTA, A. P.C. A relação entre o assessor de imprensa e o jornalista na Comunicação Digital f. Monografia (Especialização) Escola de Comunicação e Artes, Universidade de São Paulo, São Paulo, Este trabalho visa identificar como é o relacionamento entre o assessor de imprensa e o jornalista nos dias de hoje, com o advento da internet e redes sociais, dentro da esfera digital. O trabalho é uma pesquisa documental, que parte de diversas bibliografias com a finalidade de resgatar um pouco sobre a história dos meios de comunicação e assessoria de imprensa, e trazer até os dias atuais. Uma pesquisa de campo foi feita para medir o comportamento dos jornalistas e assessores de imprensa na comunicação digital. Palavras-chave: Assessoria de Imprensa; Jornalismo; Comunicação Digital; Redes Sociais

9 ABSTRACT COSTA, A. P.C. A relação entre o assessor de imprensa e o jornalista na Comunicação Digital f. Monografia (Especialização) Escola de Comunicação e Artes, Universidade de São Paulo, São Paulo, This study aims to identify how the relationship between the public relations and journalist nowadays, with the advent of internet and social networks within the digital sphere.the work is a documentary research, which part of several bibliographies in order to rescue a some of the history of the media and press relations, and bring to the present day. A field survey was conducted to measure the behavior of journalists and public relationship agencies in digital communication. Keywords: Media Relations; Journalism; Digital Communication; Social Networks

10 SUMÁRIO INTRODUÇÃO E APRESENTAÇÃO DO TEMA CAPÍTULO 1 A EVOLUÇÃO DA COMUNICAÇÃO A Era dos Meios de Comunicação Comunicação em Massa A chegada da Internet Tempo e Espaço A Evolução das Redes Sociais CAPÍTULO 2 ASSESSORIA DE IMPRENSA EM TEMPOS DE COMUNICAÇÃO DIGITAL Evolução Americana Europa A Assessoria de Imprensa no Brasil O Assessor de Imprensa Assessoria de Comunicação O início de um relacionamento Do tático para o estratégico: usando os meios de comunicação para além de apenas ferramentas A informação muito além do press release O Social Media NewsRroom As vantagens e desvantagens do uso da tecnologia Redes Sociais e Jornalistas Exemplo 1: Contato direto por Facebook Exemplo 2: Rede social interna Exemplo 3: Rede Social Terceirizada Em busca do relacionamento perfeito CAPÍTULO 3 METODOLOGIA: APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DE DADOS Pesquisa de Campo Tema... 60

11 3.3 Quadro Teórico de referência Objetivos Gerais Objetivos práticos Hipóteses sobre a sondagem de campo Amostragem e Técnica de Coleta de Dados Assessores de Imprensa Jornalistas Resultados Esperados Estudo realizado Análise e Discussão dos dados Assessores de Imprensa Uso e familiaridade de dispositivos móveis Clientes de Tecnologia Uso de Comunicadores Instantâneos Elaboração de press releases Social Media Newsroom Contato direto com jornalistas Jornalistas Recebimento de s Press Release Digital Busca por fontes Redes Sociais e Plataformas Digitais Follow up Recebimento de informações via redes socias de assessores Social Media Newsroom Notícias via assessoria de imprensa O assessor de imprensa na visão dos jornalistas Considerações sobre a pesquisa CAPÍTULO 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS APÊNDICES

12 12 INTRODUÇÃO E APRESENTAÇÃO DO TEMA Nos dias de hoje, não é novidade que as pessoas se beneficiem de um grande volume das ferramentas digitais para poder ampliar a sua linha de relacionamento, tanto pessoal quanto profissional. Com o surgimento da internet, a troca de mensagens via , teve um papel bastante importante na comunicação, imperando por muitos anos. O surgimento das novas tecnologias de informação principalmente os computadores, e a internet possibilitou uma nova economia, a economia informacional desde o final dos anos Essa nova economia depende da capacidade dos seus agentes de gerar, processar e aplicar de forma eficiente informação baseada em conhecimento. Tal condição emergiu nas três últimas décadas e promoveu um contexto mundial que, pela primeira vez, pôde-se dizer global (CARDOSO, 2009, p. 360). Castells (1996, p.111) reforça está tese ao dizer que a tecnologia da informação se tornou o principal modo de produção e talvez até de legitimação no mundo de hoje. Assim, os moldes industriais, do lucro diante da produção de trabalho, ficam para trás e cedem lugar para um modelo que exige compartilhamento de informações, criatividade, colaboração e troca de experiências. E desta forma que as empresas veem necessidade de se adaptar às novas tecnologias que surgem e evoluem graças à chegada da internet. A comunicação entre o mundo corporativo interno e externo não se restringe apenas aos meios de comunicação tradicionais, como aparelhos telefônicos e cartas postais, mas sim através de plataformas móveis, ferramentas e plataformas digitais. Embora seja apenas um aperfeiçoamento comunicacional, ou melhor, o aprimoramento dos meios de comunicação agregado às novas tecnologias de informação, o usuário é induzido a inovar, meio a concorrência, para que sobreviva com estes adventos digitais.

13 13 É o desafio de, ao mesmo tempo, compreender o que acontece, verificar novos desdobramentos, identificar novas ressonâncias e implicações, inventar novas formas de atuação e de saber tirar proveito dos novos formatos pela recriação do velho (ou nem tão velho assim) conteúdos. (CARDOSO, 2009, p. 365). Ao analisar o tema Relacionamento entre o Assessor de Imprensa e o Jornalista na Comunicação Digital é possível entender como é o relacionamento atual entre estes dois lados e em que linha está sendo levado através do surgimento de novas plataformas online. A facilidade de contato entre esses profissionais (assessores e jornalistas), aumentou de maneira significativa, se forem levadas em conta as ferramentas em si, sendo que a troca de informações e solicitações ocorre de formas mais prática. Para entender um pouco mais sobre o que está acontecendo no atual cenário, foi necessário retroceder alguns anos, ao trazer pesquisas históricas de como foi o surgimento da comunicação, desde a comunicação, entre pessoas, por símbolos e fumaças, passando por datas históricas como o surgimento da escrita, fala, imprensa e chegando no século XX, com os veículos de comunicação em massa, como rádio e TV, e, finalmente, a internet. Basicamente, além do primeiro capítulo trazer a recapitulação da história da comunicação, também é possível entender como a internet revoluciona e continua a interferir no cotidiano de seus usuários, seja por meio de conteúdos de interesse, seja pelo acesso a informações, notícias, possibilidade de expressão, relacionamento, etc. A internet, evidentemente, revolucionou a comunicação entre pessoas, tendo um alcance mais rápido, em uma escala mundial. A Internet tem tido um índice de penetração mais veloz do que qualquer outro meio de comunicação na história: nos Estados Unidos, o rádio levou trinta anos para chegar a sessenta milhões de pessoas; a TV alcançou esse nível de difusão em 15 anos; a Internet o fez em apenas três anos após a criação da teia mundial (CASTELLS, 1999, p. 439).

14 14 Sendo assim, a internet ultrapassou barreiras, não respeitando o tempo e o espaço. A sua evolução trouxe uma nova perspectiva sobre este conceito, refletindo e discutindo assuntos que até hoje são defendidos por grandes autores sobre o que é o real e o virtual. A virtualização, para Lévy, não se realiza, como imaginávamos, apenas dentro das máquinas computacionais, mas sim num processo de questionamento e problematização dos meios. O virtual existe em termos rigorosamente filosóficos, o virtual não se opõe ao real, mas ao atual: virtualidade e atualidade são apenas duas maneiras de ser diferentes. (LÉVY, 1999, p.15). Com o advento das redes sociais é possível entender como funciona o relacionamento interpessoal dos usuários conectados na internet. Não é só no universo online que as redes sociais podem ser designadas, já que qualquer pessoa ou instituição que estabelece uma conexão ou interação, pode criar vínculo social Ao trazer este termo para o cenário digital, pode-se dizer que com a chegada da internet surgiu para conectar atores cujo vínculo estivesse ligado especificamente a alguma característica própria, interesse, gostos, entre outros. As pessoas se conectavam entre si na internet, com o objetivo único de formar um grupo de pessoas com quem o usuário estivesse interconectado por um ou mais fatores. Para ligar a evolução dos meios de comunicação ao tema central, o segundo capítulo trouxe um pouco sobre a história da assessoria de imprensa, também destacando desde o seu surgimento oficial, com Ivy Lee deixou as redações para atuar como jornalista nas empresas - para poder representar as organizações junto aos jornalistas -, destacando a sua chegada na Europa e Brasil. Desta forma foi possível entender a evolução das assessorias de imprensa e o seu relacionamento com os jornalistas até a atualidade. Com a evolução dos meios de comunicação, o assessor de imprensa também teve que se adaptar às ferramentas digitais, agregando alguns utilitários diretamente às suas ações com os veículos de comunicação e jornalistas. A principal linha direta, entre os jornalistas e assessores é até hoje o telefone, porém outras formas de comunicação surgem, como o SMS (Short Messaging Service), E-

15 15 mail e Redes Sociais, podendo assim estabelecer outra forma de relacionamento profissional. A prática de enviar press releases para as redações também é antiga; mudaram os meios de envio. Hoje, Os press releases acabam, por sua vez, indo diretamente para o lixo eletrônico, por serem tratados como spam e não despertar a atenção dos jornalistas. O contato direto com um jornalista pode ir além de um telefonema ou , sendo possível encontrá-los nas redes sociais populares 1, sejam elas pessoais, comunitárias ou para membros, cujo assunto seja de comum interesse. Segundo pesquisa da Oriella PR Network5, feita com 478 jornalistas, de 15 países, identificou que 80% dos profissionais brasileiros entrevistados fazem uso das redes sociais para entrar em contato com fontes e 83,3% assumiram utilizar assuntos citados nessas redes para pautarem os veículos em que atuam. O capítulo três traz um estudo sobre o relacionamento entre o jornalista e assessores de imprensa, abordando nos dois lados o comportamento destes profissionais frente às ferramentas digitais. O objeto de pesquisa visa entender como é este relacionamento, nos dias de hoje, entre as duas partes estudadas, e se já é possível figurar alguma evolução de relacionamento. Nos últimos anos, as redes sociais cresceram de forma expressiva 2, levando-se em consideração de que tanto os jornalistas quanto assessores de imprensa já façam uso de, pelo menos, uma rede social. Diante deste cenário é possível acreditar que além de familiarizados, já se beneficiem pelo uso destes recursos no âmbito empresarial, podendo ser desde uma comunicação via redes sociais ou através de outras plataformas digitais. E, por último, a conclusão buscará confirmar todos os objetivos propostos durante a pesquisa científica, discutindo os resultados esperados dentro do tema proposto. 1 Facebook, Twitter, Linkedin, entre outras disponíveis na rede. 2 The Growth of Social Media: An Infographic, 2012

16 16 CAPÍTULO 1 A EVOLUÇÃO DA COMUNICAÇÃO 1.1 A Era dos Meios de Comunicação De acordo com documentos históricos é possível dizer que a comunicação humana surgiu há 90 mil anos com os símbolos e sinais 3. Naquela época os homens, ou hominídeos espécie daquela época não falavam e se utilizavam apenas de gestos, sons e outros tipos de sinais, o que possibilitava que pudessem viver em sociedade para a época - e manter um relacionamento comum. Com o tempo, existiu a necessidade de evoluírem e se comunicarem de outras formas, pois nem todos conseguiam entender as codificações e decodificar da maneira correta. Por mais de 50 mil anos, esta foi a única forma de comunicação, porém a fala acabou surgindo, justamente para dar ênfase às contestações e argumentos sobre determinados assuntos. Para que a memória fosse preservada e informações fossem armazenadas, a comunicação, através de pinturas, acabou surgindo, e facilitando ainda mais a convivência em uma sociedade que pouco sabia o que estava para vir, milhares de anos à frente. O ponto crucial desta evolução foi através de Era da Escrita, que se consolidou poucos anos depois, iniciando através de representações feitas nas pinturas (pictograma) e evoluindo através dos tempos, onde os sons começaram a se transformar em símbolos, ou seja sílabas. A escrita é fruto de descobertas e experiências anteriores. Pela escrita, o homem começa um relacionamento mais amplo e diferente, o que o leva a uma evolução mais rápida. Ele passa a armazenar, transportar, difundir e perpetuar o conhecimento. A sua história começa a ser registrada oficialmente. Cada sociedade definiu as suas sílabas, juntando-as em seguida e transformado-as em palavras, assim passando pelos papiros, pergaminhos e papel. Raquel Recuero (2000, n.p.), diz que a escrita possibilitou abrir diversas portas para evolução intelectual da população. 3 DEFLEUR; BALL-ROKEACH, 1985.

17 17 Com a escrita desenvolveu-se também a ciência, criando várias raízes de conhecimento científico e desenvolvendo a civilização. Com a ciência, o espaço pôde ser reconfigurado, medido, transformado. A distância passou a ser algo concreto, passível de ser medido. A escrita também esteve intimamente ligada com a transmissão e desenvolvimento da cultura dos povos. E a cultura com o desenvolvimento também da sociedade e da vida social. O impacto da escrita na vida do homem foi tão forte que até hoje os historiadores determinam o fim da Pré-história e o início da História, ou seja, da civilização e do desenvolvimento pela provável data da invenção da escrita. (RECUERO, 2000, n.p.) Porém foi apenas há pouco mais de cinco séculos que a comunicação humana deu um importante passo, através da tipografia, inventada por Guttemberg, em Foi desta forma que a Era da Comunicação Social abriu espaço para a multiplicação de informações e barateamento dos escritos. O monopólio da escrita, dominado pelos padres, escritas, eruditos e elites, perdeu força, abrindo caminho para o desenvolvimento da comunicação em massa, difundindo assim a alfabetização nas comunidades, questionamentos em relação à Igreja Católica, organização das empresas de comunicação e surgimento de editoras e imprensa (jornais e revista). Surge então um tipo de relacionamento bem mais amplo cujas dependências também são outras. 1.2 Comunicação em Massa No início do século XIX, as pessoas se deparam com um novo tipo de comunicação. O que antes servia apenas para atingir determinados nichos acabava por atingir grandes colônias, através de jornais e revistas impressas. A população começava a ter acesso a estes meios, com maior facilidade, e as empresas começaram a se beneficiar destes meios, ao massificarem seus anúncios publicitários. Se no passado, somente quem fazia parte da elite podia fomentar a população através de informações de interesse pessoal, naquele momento o controle das informações já estava bastante modificado, sendo dividido pelos grandes, porém não só políticos e religiosos, mas também empresários.

18 18 A disseminação de conteúdo e relacionamento direto com a mídia impressa só foi quebrada, a partir do momento que os meios de comunicação eletrônicos surgiram, como o rádio, telégrafo, cinema e televisão. O rádio foi o primeiro meio de comunicação eletrônico a surgir, no início do século passado (1920 nos EUA e 1922 no Brasil) 4, sendo até hoje, o tipo de mídia mais popular que existe, pois não exige que o receptor saiba ler ou escrever. A sua programação - com musicais, programas de auditórios, novelas e comerciais, foi posteriormente inserida no meio de comunicação em massa mais poderoso que existe, a Televisão. Inventada nos anos 40, nos Estados Unidos, a televisão trouxe a imagem para o receptor, reunindo todas as atrações de uma rádio e mais um pouco, apresentando para os telespectadores um verdadeiro espetáculo. Para Muniz Sodré (1971), esse que é o meio de comunicação mais poderoso, aquele que mais influencia o receptor, portanto o meio mais persuasivo que existe, é responsável por uma relação social abstrata, passiva e modeladora dos acontecimentos: o receptor recebe a mensagem pronta através de imagens que consome imediatamente, sem que haja tempo de refletir sobre elas. Tais imagens atingem o inconsciente do receptor, que passa a ter suas ideias condicionadas àquelas recebidas através da TV. Sodré (1971, p.61) a chama de visitadora da família e diz que o veículo impõe ao receptor a sua maneira especialíssima de ver o real. No Brasil, a televisão somente chegou em Mesmo assim, o acesso era muito restrito, devido ao seu valor, tornando-se popular somente anos mais tarde. As emissoras, também eram poucas e o governo não liberava concessão para qualquer investidor, já que queria ter controle. Impacto tão grande, que até hoje existem emissoras de rádio e 500 emissoras de TVs 6, controladas por apenas nove famílias brasileiras, que também controlam as novas tecnologias de comunicação. Com o surgimento das TVs por assinatura, muitos produtos internacionais acabaram sendo importados, tirando o espaço de novas programações culturais. Pode-se 4 WIKIPEDIA, Idem 6 MAPA da Comunicação Social, 2012

19 19 dizer que o único canal cultural, existente no Brasil, é a TV Cultura, mas mesmo assim acaba tropeçando em seus interesses, não sendo imparcial quanto a sua programação. Ao que tudo indica, isto está para mudar, já que em outubro de 2011, o governo sancionou a Lei , que entre os seus objetivos obrigava as Tvs pagas a produzirem mais conteúdo nacional. Ela foi discutida por cinco anos no Congresso Nacional e propõe remover barreiras à competição, valorizar a cultura brasileira e incentivar uma nova dinâmica para produção e circulação de conteúdos audiovisuais produzidos no Brasil, de modo que mais brasileiros tenham acesso a esses conteúdos. 1.3 A chegada da Internet Ainda muito se discute sobre o surgimento oficial da rede mundial de computadores, mais conhecida como a Internet. Em uma versão ela é datada da época da Guerra Fria início da década de 60 -, quando membros da Secretaria de Defesa dos Estados Unidos desenvolveram um meio de comunicação que permitia trocar informações a longa distância e acesso rápido, formado por servidores que conectavam diversos computadores, os quais conectavam-se entre si, criando uma rede de nós, com o objetivo de manter as comunicações em caso de ataques inimigos que destruíssem os meios convencionais de telecomunicações. A outra versão é similar, mas diz a rede que deu origem à internet, surgiu para ligar centros de pesquisa de universidades, centros de defesa e militares, possibilitando a troca de informações entre os mesmos. O Pentágono criou um centro de pesquisas em a Advanced Research Projects Agency (ARPA) e para conectar seus computadores entre si, criou um rede que recebeu o nome de ARPANET, cujos primeiros nós começaram a funcionar em meados da década de 70. Neste caso, a rede era restrita a centros de pesquisa e centros militares. A popularização deste novo tipo de comunicação aconteceu somente na década de 90, atingindo a população em geral. Enquanto os computadores domésticos já estavam sendo comercializados, o engenheiro inglês Tim Bernes-Lee desenvolveu a World Wide Web - protocolo conhecido como www - possibilitando a utilização de

20 20 uma interface gráfica e a criação de sites mais dinâmicos e visualmente interessantes. A partir deste momento, a Internet cresceu em ritmo acelerado. É considerado como o melhor meio de comunicação após a televisão e tem ultrapassado barreiras jamais imaginadas, sendo utilizado por vários segmentos sociais até para buscas de informações para pesquisas acadêmicas. Acompanhando a tendência dos veículos de comunicação em massa eletrônicos, ao explorar a anúncio publicitário, as empresas também se viram obrigadas a se inserirem na internet, através da criação de websites corporativos e publicidades. As empresas descobriram na Internet um excelente caminho para melhorar seus lucros e as vendas on line dispararam, transformando a Internet em verdadeiros shopping centers virtuais 7. Com o tempo, o negócio tomou outras proporções e estas empresas passaram a se comunicar com as pessoas, através de informações institucionais, venda de produtos, oferta por vagas de trabalho, etc. Algumas práticas rotineiras tornaram-se arcaicas com o desenvolvimento da internet, como enviar um currículo por correio ou pessoalmente. Hoje, basta preencher os dados via online em agências de emprego e sites de empresas ou mesmo enviar um currículo por . Nos dias atuais, é impossível pensar no mundo sem a Internet. Ela tomou parte dos lares de pessoas do mundo todo. Estar conectado à rede mundial passou a ser uma necessidade de extrema importância. A Internet não só está presente em todos os segmentos, seja indústrias, comércios ou prestadores de serviço, como também atravessa fronteiras com informações de qualquer lugar do mundo, com apenas um clique. O Brasil, mais uma vez, teve acesso a este tipo de comunicação com um certo atraso diante dos países em desenvolvimento. Somente a partir de 1995 ela começa a se difundir no país. Segundo pesquisa elaborada pela Ibope Nielsen 8, divulgada em setembro de 2012, o número de internautas no Brasil cresceu para 83,4 milhões de pessoas neste primeiro trimestre de Segundo o estudo, o crescimento foi de aproximadamente 16% em relação ao ano passado. Os dados levam em conta os acessos em casa, no trabalho ou em lanhouses. O número de usuários ativos que usaram a web em casa ou no trabalho foi de 48,3 milhões, no mês de julho de 7 EMPRESÁRIOS descobrem vantagens da web e lucram com vendas online, IDGNOW, 2012.

21 , um pouco abaixo em comparação com o mês anterior, que foi de 50,5 milhões. A justificativa é devido ao mês de férias escolares. Já o tempo médio do usuário na internet, considerando o uso dos aplicativos, é de 58h38m. Os sites que mais cresceram em julho em comparação com junho de 2012, foram os de esportes, fotografias, eventos, previsão do tempo, destinos de viagens e venda de passagens rodoviárias. Os sites esportivos cresceram 2,3% no mês e chegaram a 21,9 milhões de usuários únicos, enquanto os sites de fotos cresceram 3,2% e atingiram 14,1 milhões de usuários. Falando em termos mundiais, o Brasil já é a quinta maior população online, perdendo apenas para China, Índia (países com mais de 1 bilhão de habitantes), Estados Unidos e Japão.

22 Figura 1 Países com maior acesso à internet. Fonte: Miniwatts Marketing Group,

23 23 Para alguns pensadores, como Manuel Castells (1999), que em seu livro Sociedade em Rede defende que a sociedade buscará na internet todos os subsídios necessários para transformá-la em um grande meio de comunicação e, Por isso, é que a informação representa o principal ingrediente de nossa organização social, e os fluxos de mensagens e imagens entre as redes constituem o encadeamento básico de nossa estrutura social. (CASTELLS, 1999, p. 573) Segundo Raquel Recuero (2000, n.p.), a internet é o primeiro meio a conjugar duas características dos veículos anteriores: a interatividade e a massividade. Com o surgimento e democratização da internet vários paradigmas foram alterados, assim colocando em debate de que sua evolução poderia ser até mais importante que a invenção da escrita. O paradigma do pensamento linear, deixou de imperar, surgindo um outro paradigma, o hipertextual, que tem como objetivo formar associações complexas para descrever os fenômenos do que o linear. Sugere uma reconfiguração dos espaços já conhecidos, das relações entre as pessoas e da própria estrutura de poder. A autora ainda compara os tradicionais meios de comunicação para justificar que cada um representa a capacidade natural dos seres humanos. A televisão mostra aquilo que não podemos ver fisicamente, mas através dela, como uma extensão de nossos olhos. O rádio trouxe as notícias das quais não tínhamos conhecimento, como uma extensão dos nossos ouvidos. O telefone nos permitiu levar a voz a uma distância infinitamente maior do que jamais se havia pensado. (RECUERO, 2000, n.p.). Segundo McLuhan (1974, p. 22), a mensagem de qualquer meio ou tecnologia é a mudança de escala, cadência ou padrão que esse meio ou tecnologia introduz nas coisas, humanas. Segundo Recuero (2000, n.p), a internet, no entanto, através da Comunicação Mediada por Computador (CMC), proporcionou a extensão de várias capacidades naturais.

24 24 Não apenas é possível ver as coisas que os olhos naturalmente não vêem. É possível, tocá-las em sua realidade virtual, construir um próprio raciocínio não linear em cima da informação, ouvir aquilo que é desejado, conversar com pessoas desconhecidas, ou seja é possível interagir com o que for de interesse. (RECUERO, 2000, n.p.) A internet surgiu para ocupar a sexta linguagem. Assim como já existiram a necessidade de acompanhar o raciocínio da fala, a escrita, matemática, ciência e a informática, todo o desenvolvimento da humanidade deu-se sobre as tentativas de organização da complexidade e do caos da realidade que circundava os primeiros seres humanos. No dias atuais, a internet é um meio que consegue convergir qualquer outro meio de comunicação. Nela é possível assistir filmes, novelas, shows, além de poder escutar rádio e ler notícias de veículos de comunicação. Se for mais além, é possível mandar uma carta para algum amigo, do outro lado do mundo. O destinatário irá receber em questão de segundos. Conversar pelo telefone ficou mais simples e barato. Pode ser feito algo parecido através dos comunicadores instantâneos que evoluem a cada ano juntamente com as tecnologias dos hardwares. Graças à internet é que a televisão deixou de ser apenas um transmissor de conteúdo. Com as novas tecnologias digitais, a TV se prepara para uma nova transformação, talvez até mais importante que mudança do preto e branco para o colorido, ou então a extinção dos tubos, dando espaço para o Plasma, LCD, LED, 3D, etc. Já possível acessar a internet pela televisão, porém isso é apenas o engatinhar para o que esta por vir, levando em conta a parceria com a internet. Enfim, as possibilidades são inúmeras. Cada indivíduo é um emissor e um receptor simultaneamente na Rede. 1.4 Tempo e Espaço O termo ciberespaço foi criado em 1984 por William Gibson, um escritor norteamericano que mudou-se para o Canadá, e usou o termo em seu livro de ficção científica, Neuromancer. Este livro trata de uma realidade que se constitui através da produção de um conjunto de tecnologias, enraizadas na sociedade, e que acaba por

25 25 modificar estruturas e princípios desta e dos indivíduos que nela estão inseridos. O ciberespaço é definido como o espaço de comunicação aberto pela interconexão mundial dos computadores e das memórias dos computadores (LÉVY, 1999, p. 92). O espaço não é mais aquele e o tempo também não. A Internet originou a mudança do conceito de espaço e tempo. A evolução da Internet, com todas as suas atrações e a sofisticação de documentos que passaram a integrá-la foi definitiva para nos dar fisicamente uma nova perspectiva de tempo e espaço. A virtualidade não tem absolutamente nada a ver com aquilo que a televisão mostra sobre ela. Não se trata de modo algum de um mundo falso ou imaginário. Ao contrário, a virtualização é a dinâmica mesma do mundo comum, é aquilo através do qual compartilhamos uma realidade. (LÉVY, 1999, p.148) Ao contrário do que é dito pelas pessoas, o virtual não é um lugar imaginário, que parece existir, mas não existe, e sim é uma parte do que chamamos do real. É simplesmente o contrário do presente e atual, ao trazer um significado simbólico. Um espaço informacional que representa uma nova geração de sistemas de comunicação. Para Derrick Kerckhove (1997, p. 49) o virtual pode mudar a vida das pessoas ao comparar com invenções do homem entre os séculos XIX e XX, como o automóvel, telefone e televisão. Ele afirma que a tecnologia virtual trará grandes consequências para o homem, principalmente no cotidiano e comunicação entre pessoas. Como meio de comunicação - ainda em potencial - a realidade virtual multiplicará as possibilidades de expressão do indivíduo (KERCKHOVE, 1997, p. 49). Ao se tratar das comunidades virtuais é possível ir além dos meios de comunicação, encontrando espaços únicos e diferenciados de experiência social. As informações, trocadas nestas comunidades, atuam de forma mais ágil e rápida, dentro de um contexto temporal, diferentemente das comunidades reais. Isso se justifica através da aproximação entre pessoas, assimilando características em comum, como de cultura, valores, entre outras. Para existir uma melhor compreensão entre o real e virtual, é necessário entender que o virtual não é apenas uma associação direta à Internet e suas plataformas

26 26 digitais, como websites, redes sociais, blogs, aplicativos, etc. Ele está além do que é entendido, em um novo formato de comunicação existente na sociedade. Assim, para refletir estas mudanças na sociedade contemporânea, é possível destacar dois estudiosos franceses, Pierre Lévy e Jean Baudrillard, que questionam a chegada do virtual como um modificador nas características de processos da comunicação, destacando que: [...] não é uma desrealização (a transformação de uma realidade num conjunto de possíveis), masuma mutação de identidade, um deslocamento do centro de gravidade ontológico do objeto considerado... (LÉVY, 1996, p.18). Dessa forma, pode-se concluir que o virtual pode ser considerado real. Ele destaca que é possível o virtual se atualizar, se tornar um fato concreto. Já o produto da virtualização são os objetos virtuais que têm existência em um espaço eletrônico que é recriado pelo ser humano através do computador. Segundo Baudrillard (1997, p. 26 apud COELHO, 2001), a potência do virtual seria realmente virtual, se existisse penas em um universo paralelo: A potência do virtual nada mais é do que virtual. Por isso, aliás, pode intensificar-se de maneira alucinante e, sempre mais longe do mundo dito real, perder ela mesma todo princípio de realidade. (...) Mesmo os capitais especulativos não saem quase da própria órbita: amontoam se e não sabem sequer onde se perder no próprio vazio especulativo. (BAUDRILLARD, 1997, p. 26) O contraponto de Jean Baudrillard (apud COELHO, 2001), sugere que o real perde o significado para o virtual, desta forma não dando sentido científico sobre a comunicação, Já Lévy, entende como o exercício da criatividade e a garantia da permanência dos processos comunicativos, porém com outros sentidos. Quando se trata de espaço entre o real para o virtual, a diferença fica bastante significativa, já que o espaço físico torna-se limitado, podendo ficar cheio a qualquer momento. Quando ao espaço da internet, é possível dizer que é infinito, pois é possível acrescentar quantas páginas quiser no site, fotos, filmes, etc. Enquanto no espaço físico a localização é importante, na Internet todas as localizações são

27 27 iguais, estão apenas à distância de um clique. Por isso, tamanho é irrelevante na rede, o que conta é a criatividade. Ao tratar o tempo e espaço de um site de e-commerce é possível perceber como é o raciocínio. Neste site é possível comprar qualquer coisa, a qualquer hora, por qualquer preço. No espaço real é necessário saber das coordenadas absolutamente rígidas que nos limitam (como a hora, a distância, os meios de transporte, a disponibilidade dos outros e muito mais). Na Internet nada disso existe. É possível fazer negócios às 3h da manhã sem sair da cama, não dependendo de fatores externos, apenas da vontade pessoal. O link também acaba por mostrar como ambiente virtual é passivo de linearidade espaço-temporal. Quando a internet é acessada, é possível visitar um link de notícias sobre o trânsito e outro sobre alguma notícia que destaque algum acidente recente. Ao abrir o link será possível visitar dois espaços diferentes ao mesmo tempo, assim podendo abrir quantos links achar necessário com um simples clique. Esses hiperespaços nos permitem viajar no tempo somos os novos descobridores de uma matéria sempre desejada e nunca alcançada, a desmaterialização temporal. A internet dá a sensação de espaço porque é passível acreditar que tudo existe no espaço em que vivemos ou que ocupamos. Logo, se as coisas existem na rede online, ela é um espaço. Assim, a internet é hoje é a materialização mais simples da criação de um espaço infinito. Desta forma, a internet compõe dentro dela, plataforma, ou melhor, comunidades que abrangem perfis pessoais, que se relacionam com outros perfis, dentro de um espaço virtual, armazenando informações do passado, presente e futuro, e compartilhando no tempo atual. Essas informações podem ser desde fotos digitalizadas do real para o virtual, quanto arquivos audiovisuais que por meio destas plataformas podem ser visualizadas quando existir necessidade ou interesse. É assim que a internet deu um grande passo na virtualização, através do advento das redes sociais, evoluindo a comunicação entre as pessoas no ambiente online.

28 A Evolução das Redes Sociais Com o advento das redes, os s são considerados como os pioneiros quando o assunto é o relacionamento na internet. Trocar s reinou por anos, como a principal forma de comunicação, sendo utilizado para trocar mensagens e arquivos entre os usuários. Era como o envio de uma carta, mas de uma forma inovadora. Embora alguns pensadores já tenham estipulado a extinção do correio eletrônico, este tipo de comunicação é mantido até hoje e não se sabe ao certo se existe data para acabar. Com o tempo surgiu a necessidade de ampliar a rede de contatos e relacionamentos dentro do espaço virtual, já que o endereço eletrônico é pessoal, e nem sempre público. Assim, novas ferramentas surgiram, com o passar dos anos e com o aumento do número de internautas para que o relacionamento ficasse mais abrangente. A obra de Lemos e Santaella (2010), Redes sociais digitais: a cognição conectiva do Twitter, além de abordar sobre a ferramenta que é citada no título, também trás em seus capítulos a teoria das redes, junto com a definição do que é rede social, chegando nos processos comunicacionais trazidos pelas redes sociais da internet. Segundo Lemos e Santaella (2010, p. 14) antes de 1980, o termo redes era pouco conhecido e utilizado. As autoras dizem que os primeiros a utilizarem o termo foram apresentados por quatro autores: Wasserman e Faust (1994) e Degenne e Forse (1999). Eles que apresentaram o termo ator-rede, sendo referenciada por Castells (2000) para fortalecer e aumentar as relações sociais. As redes sociais surgiram e impuseram grandes impactos na comunicação, possibilitando uma maior sociabilização (CASTELLS, 2000, p. 445). Outra autora, Raquel Recuero, diz que as redes sociais na internet são as redes de atores formadas pela interação social medidas pela internet (RECUERO, 2006, p. 14), desta forma permitindo que os atores sociais, tomassem forma no ciberespaço, ao interagir e formar uma conexão entre si, como se fosse uma rede. (RECUERO, 2009, p. 24). Conforme os atores fossem representados por pessoas, empresas ou

29 29 grupos eram criados na rede vínculos característicos, através de interações, ou chamados laços sociais. Em seu blog 9, Natanael Oliveira diz que o termo Redes Sociais é um conceito amplo, que não diz respeito apenas ao uso de ferramentas de comunicação e relacionamento criadas na internet, mas a toda estrutura social que envolve indivíduos que partilham de mesmos interesses, gostos, credos, etc (OLIVEIRA, 2012). A mesma interação social que o ser humano desenvolve no seu dia-a-dia é percebida também na internet. Estas podem ser percebidas sob a forma de grupos sociais como a escola, a igreja, o trabalho, o time de futebol, etc. Para alguns pensadores, o termo rede social já era utilizado na década de 50, quando ninguém imaginava o que seria internet. Servia para designar os padrões dos laços, incorporando os conceitos tradicionalmente usados, Neste caso, na estrutura das redes sociais os atores sociais se caracterizam mais pelas suas relações do que pelos seus atributos (gênero, idade, classe social). Estas relações têm uma densidade variável, a distância que separa dois atores é maior ou menor e alguns atores podem ocupar posições mais centrais que outros. Por acreditar que o futuro da comunicação está nos aplicativos das redes sociais (TORRES, 2011) é possível afirmar, principalmente entre os veículos de comunicação internos que as redes sociais passam por um momento de transformação que além de integrar as pessoas com interesses e ideologias ligados pela relevância de determinado assunto, as empresas também estão buscando se adequar ao advento das redes, através de comunicações virtuais-paralelas que vão além de uma digitalização do físico para o online, através da exploração positiva de aplicativos sociais. Na virada do século XX para o XXI, com a internet em ampla expansão mundial e social, as redes sociais começaram a se disseminar, buscando alguns nichos 9

30 30 diferenciados, que tinham como objetivo aumentar o relacionamento do usuário através da interação. Entre os nichos que algumas redes sociais buscam até hoje, destaque para os seguintes segmentos, como relacionamento, profissional, comunitária, políticas, esportiva, etc. Ao apresentar a evolução da comunicação, passando pela escrita, meios de comunicação em massa e terminando no advento das redes sociais, é possível partir para o tema central deste estudo cientifico que tem como objetivo trazer em discussão como é o relacionamento entre o assessor de imprensa e o jornalista na comunicação digital, principalmente com a chegada das redes sociais online, que além de ser a evolução da internet nos modos atuais, traz à tona questionamentos sobre a mudança da sociedade na esfera digital. Com o surgimento dos jornais e revistas, influenciados pela evolução da escrita, através da tipografia, seguida por Guttemberg, um novo espaço público de socialização, começou a se formar ao longo dos anos, principalmente em questões políticas, econômicas, culturais e esportivas. Foi somente no século XX, quando os veículos de comunicação já estavam independentes, e as empresas e organizações necessitavam estreitar seu relacionamento com estes veículos de comunicação, que surgiu um novo plano de negócio que tinha como objetivo fazer a ponte entre a empresa e o jornalista: o assessor de comunicação empresarial, institucional ou organizacional. Ao estudar a função, objetivos e estratégias da assessoria de imprensa, nos tempos da comunicação digital, será necessário falar antes sobre como funciona este segmento, desde o seu surgimento, passando pelos dias de hoje e apresentando tendências desta área no mundo online.

31 31 CAPÍTULO 2 ASSESSORIA DE IMPRENSA EM TEMPOS DE COMUNICAÇÃO DIGITAL Foi em a uma transformação comunicacional, em que empresários de grandes corporações buscavam o reconhecimento da opinião pública, com a finalidade de defender seu império, que Ivy Lee, graduado em jornalismo, abandonou a carreira em redação para encabeçar um grande projeto: tornar a imagem de um industrial que visava lucro fácil, através de negociatas, detendo assim uma imagem bastante negativa, perante a sociedade, em um homem bastante respeitado, seja pela população quanto pela imprensa americana. (DUARTE, 2011, p. 05) Especula-se que foi em 1906 que Lee abriu o seu escritório de assessoria de imprensa ou relações públicas termo usado até hoje para designar a função de quem é responsável pelo intermédio entre empresas e jornalistas/veículos de comunicação aspirando moderar e amenizar a ira dos jornalistas em relação aos industriais exploradores, e da imprensa que naquela época trazia uma nova linha editorial em relação ao jornalismo de alguns anos, sendo mais realista e denunciante. Logo após o término da Guerra Civil Americana, em 1866 caracterizada pela liberdade e pela igualdade -, um novo ciclo se iniciou, e muitos empreendedores se aproveitaram do momento para especular terras, abrir estradas, explorar recursos minerais e abrir bancos. Os poderosos eram conhecidos como barões ladrões. Recebendo ataques constantes, estes empreendedores se viram obrigados a apresentar uma nova imagem frente à sociedade, sendo necessário que alguém fizesse este serviço. Hebe Wey (1986, p ), descreve que os grandes capitalistas denunciados, acusados e acuados, encontraram em Ivy Lee o grande caminho para evitar denúncias, a partir de uma nova atitude de respeito pela opinião pública. Ivy Lee deixou claro que seu papel era informar e através de uma declaração de princípios distribuída aos jornais dos Estados Unidos:

32 32 Este não é um departamento de imprensa secreto. Todo nosso trabalho é feito às claras. Pretendemos divulgar notícias, e não distribuir anúncios. Se acharem que o nosso assunto ficaria melhor como matéria paga, não o publiquem. Nossa informação é exata. Maiores pormenores sobre qualquer questão serão dados prontamente e qualquer redator interessado será auxiliado, com o máximo prazer, na verificação direta de qualquer declaração de fato. Em resumo, nosso planos com absoluta franqueza, para o bem da empresa e das instituições públicas, são divulgar à imprensa e ao público dos EUA, pronta e exatamente, informações relativas a assuntos com valor e interesse para o público. (DUARTE, 2011, p. 6) Foi com essa declaração que Ivy Lee deixou a base para as ações de assessoria de imprensa moderna, e com ela um legado: que o trabalho do jornalista, independente de ser em uma redação ou em uma empresa privada, está sempre a favor da notícia, da verdade e da clareza. Em pouco tempo, Lee já era bastante respeitado pelos veículos de comunicação, jornalistas e empresas públicas e privadas. Estabeleceu um conjunto ético-moral junto aos veículos de comunicação, buscando estreitar o relacionamento com a parte de interesse, através da confiança e transparência oferecida. Ao se comprometer em divulgar apenas notícias sem publicidade ou marketing embutido também apresentou pró-atividade em relação ao atendimento à imprensa em geral, trazendo a verdade dos fatos. Desta forma, Lee conseguiu mostrar que, ética, transparência e equidade, eram fundamentais para a reputação das empresas. Andrade (1983, p.61), embora não destaque grandes feitos técnicas específicas em relação ao modo de trabalho de Ivy Lee reconhece sobre a importância que o jornalista teve à frente da função de assessor de imprensa/relações públicas: Não se pode dizer que Lee tenha usado nessa ocasião técnicas exatas de Relações Públicas, mas, de qualquer forma, conseguiu solucionar a questão e chamou a atenção dos donos de poderosas empresas para o problema, desde que as Relações Públicas se mostraram eficientes em resolver pontos fundamentais daquelas organizações. Data daí o prenúncio de uma nova era quando começou a humanização dos negócios. (ANDRADE, 1983, p.61) É possível afirmar que em pouco mais de 20 anos, do seu surgimento, o segmento de assessoria de imprensa teve a sua primeira evolução em termos estratégico.

33 33 Quando a crise de 1929 estourou na América, muitas empresas começaram a demitir seus funcionários, entrar em concordata, anunciar cortes de salários. A lua de mel vivida entre as empresas americanas e a opinião pública, acabou, e a ira das demissões já assombravam os pátios industriais, com greves, protestos, suicídios de funcionários, escândalos revelados, entre outros fatores que resultaram na época da Grande Depressão de Evolução Americana A estratégia agora não era mais transformar a imagem de barão em um grande empreendedor, diante dos veículos de comunicação da época, e sim em informar para a sociedade o que estava acontecendo diante de um cenário atual. O conceito de fonte de informação surgiu diante de uma crise mundial. Para isto, saber lidar com a opinião pública 10 da sociedade americana tornou-se uma tarefa indispensável. Com a grande crise de 1929, a informação deixou de ser um luxo: tornou-se uma necessidade. A década de 30 se caracterizou pelos blocos ideológicos, socialismo e comunismo, que tomavam força contra a o capitalismo, principalmente diante da crise mundial econômica. Quando assumiu a presidência dos Estados Unidos, em 1932, Franklin Delano Rossevel, deu início à Era Rooseveltiana ( ), que trouxe algumas soluções para garantir a sobrevivência 11. Várias foram as medidas adotadas por Roosevelt através do New Deal 12 (novo acordo), na década de 30. Os ganhos trabalhistas foram muitos durante esse período. A disputa pela opinião pública norte-americana sinaliza importantes vitórias para os operários americanos. Nas palavras de Chaparro (2011, p.9), Roosevelt utilizou talentosamente a psicologia e as técnicas da comunicação. Tornou-se, 10 CHILDS, DUARTE, Resumia-se em elevar os impostos sobre os rendimentos com o objetivo de equilibrar o orçamento federal

34 34 mesmo, um símbolo para os profissionais de relações públicas que lhe copiaram até o sorriso. O clima favorável para a organização sindical, através de uma profícua legislação nesse sentido, foi claramente observado nas ações decorrentes do Novo Acordo, com uma série de medidas tomadas à época, tais como a legalização dos sindicatos e do direito de greve; fixação do salário mínimo; proibição do trabalho às crianças; jornada de trabalho de 40 horas semanais; criação do seguro desemprego; frentes de trabalho financiadas pelo governo para absorver mão-de-obra ociosa e, por fim, uma forte intervenção do Estado na economia legislação antitrustes, protecionismo, moratória, privatizações etc. Além de todas essas medidas, uma série de ações foi direcionada, especificamente, para viabilizar um diálogo com a opinião pública. Foram organizados os serviços de imprensa, nos principais órgãos federais, somados à distribuição oficial de credenciais aos redatores de jornais, dando-lhes todo o direito de ter acesso irrestrito às informações dos órgãos públicos. As famosas conversas ao pé do fogo, através da emissão semanal em cadeia nacional de rádio, eram também uma forma do presidente prestar contas da atuação do governo perante o povo americano. Houve ainda a criação das press conferences 13, que aconteciam, em média, 250 vezes ao ano; um trabalho que era complementado com a intervenção dos chamados agentes especiais, funcionários do governo destinados a esclarecer a opinião pública através de contatos pessoais com os diferentes setores da sociedade civil. Neste período, percebemos a incorporação das atividades de Relações Públicas pela esfera governamental. Justamente numa época em que se tornou fundamental estabelecer formas de relacionamento, participação e diálogo com diferentes setores da sociedade americana, esta última cada vez mais articulada e organizada, capaz de expressar-se e informar-se via meios de comunicação em massa. O jornalismo de denúncia, os movimentos sindicais, os escritores defensores da causa operária, as ideias socialistas, a crise econômica mundial, a ameaça de uma revolução 13 Coletivas de Imprensa

35 35 comunista, o surgimento de governos ditatoriais da Europa, a situação de convulsão social que vivia a sociedade americana, acabaram por solidificar e consolidar, a partir da Era Rooseveltiana, a profissão de Relações Públicas no âmbito governamental. Vários momentos são esclarecedores dessa filosofia de Relações Públicas, presente no governo Roosevelt. Soube utilizar-se do lobby, fazendo pressão sobre o congresso, através da mídia 14. Seu governo, com um perfil profundamente marcado pelo welfare-state, 15 tentou, de diversas maneiras, estabelecer formas de prestar assistência social aos mais carentes. Tal ação, exercida de forma planejada e fazendo parte de toda uma estratégia política, acabou por auferir, para seu governo, uma boa aceitação por parte do povo norte-americano: O governo foi incumbido de ajudar os necessitados e isso ampliou a experiência de seus funcionários, dando-lhes conhecimentos de muitos problemas que antes estavam além de seu alcance; criou uma sabedoria que podia ser posta a serviço dos indivíduos (WOODS, 1693, p. 178). Muitos autores citam esse período como uma época de grande revolução das relações públicas, em decorrência da assimilação da profissão pelo setor governamental, acabando por verdadeiramente legitimar a atividade de Relações Públicas. Prova conteste de tal assertiva foi a publicação, no ano de 1936, do livro intitulado Public administration and the Public Interest, de autoria de Pendleton Herring, registrado como o primeiro livro sobre Relações Públicas governamentais 16. Pouco antes disso, em 1934, iniciou-se uma grande disseminação de cursos de Relações Públicas nos Estados Unidos, fato que só veio a fortalecer-se durante e após a segunda guerra mundial. 14 FREIDEL, 1990, p Estado de bem-estar social

36 Europa O produto tornou-se fonte de exportação, com o crescimento e expansão mundial de empresas ligadas ao ramo de petróleo e gás, como Shell e Esso Standard. Com o final da segunda guerra mundial, as empresas iniciaram o processo de domínio em alguns países, Consolidado nos Estados Unidos e com ramificação no Canadá, a França foi o primeiro país a ter atividades de assessoria de imprensa, em Em pouco mais de quatro anos, sete países da Europa já tinham departamento/agências de relações públicas. Assim como região se destaca pela sua particularidade cultural, os países europeus também tinham as suas, e adequaram os serviços de relações públicas, de acordo com suas necessidades. Um grande marco nesta época foi a definição de porta-voz, seja de instituição pública ou privada, para ser a voz corporativa frente aos estudantes, sindicalistas e jornalistas, que na viviam um período de reconstrução e indefinição devido ao fim da Segunda Guerra Mundial e ao início da Guerra Fria. 2.3 A Assessoria de Imprensa no Brasil De acordo com Kunsch (1997), o serviço de assessoria de imprensa foi instituído no Brasil em 1914, quando a empresa canadense The São Paulo Tramway Light and Power antiga Light e atual Eletropaulo criou um departamento de relações públicas, que tinha como característica oferecer informações institucionais ao público em geral, através de comunicados oficiais e divulgação em veículos de comunicação. Segundo Chaparro (1987), foi apenas com o término da II Guerra Mundial e com a abertura do mercado brasileiro época que Juscelino Kubitscheck se elegeu presidente, trazendo empresas multinacionais para o país, que o serviço de assessor de comunicação de imprensa ganhou notoriedade.

37 37 Embora o serviço de assessoria de imprensa, começasse a se difundir na sociedade brasileira, a sua chegada acabou sendo uma válvula de escape para os oportunistas da mídia, que por sua vez eram ligados ao governo e utilizavam como tática a fabricação e distribuição de press releases 17, para que estabelecessem um relacionamento mais estreito com a imprensa. Em 1960, após o golpe militar, o governo brasileiro criou a Assessoria Especial de Relações Públicas da Presidência da República (Aerp), com status de ministério e que tinha como função soltar boletins prontos, com mensagens positivas sobre o governo, para serem difundidos pela mídia. A ideia era se comunicar com a sociedade e com a imprensa para camuflar seus desmandos e mostrar que estava trabalhando pelo progresso do país. (DUARTE, 2003). Morto em 1935, Ivy Lee, provavelmente não gostaria de saber que seu plano de comunicação transparente, idôneo e proativo, tinha se modificado bastante, com o passar dos anos, e tinha como simples objetivo manipular a mídia com informações superficiais, com um excesso de adjetivos positivos inconvenientes para tal situação. Foi um processo estimulado pela estratégia oficial de propaganda e estratégia de divulgação do Governo Militar. Lembremos que, àquela época, a Assessoria Especial de Relações Públicas da Presidência da República ganhou espaço e força supraministerial. A então afamada AERP detinha largo poder sobre verbas e vagas: coordenava a rede governamental de divulgação, criava e difundia verdades oficiais, administrava a negociação política (e financeira), de espaços nos meios de comunicação de massa. E habitualmente, estimulava a prática da autocensura em jornais e jornalistas. Com sua força de barganha (sempre administrada em favor da boa imagem da ditadura),a AERP, fez escola, tornando-se modelo para governos estaduais e municipais. E até mesmo para grandes empresas, a começar pelas estatais de maior porte (CHAPARRO, 1987, p. 41) A resistência dos jornalistas profissionais com a assessoria de imprensa gerou o preconceito. A profissão só cresceu e evoluiu com o regime militar pós-64, ao mesmo tempo em que surgiu a censura. Esta situação resultou na imagem que os 17 Press releases ou comunicados de imprensa, ou apenas releases são documentos divulgados por assessorias de imprensa para informar, anunciar, contestar, esclarecer ou responder à mídia sobre algum fato que envolva o assessorado, positivamente ou não. É, na prática, uma declaração pública oficial e documentada do assessorado.

38 38 assessores possuem para os jornalistas, de defensores dos interesses dos clientes e de não confiáveis, como explica Jorge Duarte: O difícil relacionamento de órgãos governamentais com os jornalistas a partir de 1968, quando foi instalada a censura, ajudou a consolidar a imagem de que assessores de imprensa agiam como bloqueadores do fluxo de informação, como exigiam os novos donos do poder, processo similar ao que ocorreu mais fortemente com a área de relações públicas. Na maior parte do período em que o país viveu sob o regime militar, as assessorias de imprensa tinham como principal objetivo o controle da informação, com a produção em larga escala de releases e declarações, evitando-se o acesso da imprensa à organização. Veio daí a fama da assessoria de imprensa ser portavoz do autoritarismo ou dos grandes grupos econômicos. Do lado do governo, principalmente desde a Era Vargas, existia um sistema institucionalizado de cooptação de jornalistas que tornava fácil a confusão de papéis, fruto do dualismo de trabalhar para o governo como funcionário público e cobrir o governo como repórter. (DUARTE, 2011, p ). Com o fim da ditadura, ou pelo menos sua amenização, muitas empresas entenderam que era necessário adotar o padrão americano e voltar a ter um bom relacionamento com os consumidores. Desta forma, o trabalho de pautas positivas junto às editorias era o principal objetivo. Deu-se início a uma série de contratações de assessores de imprensa. Porém o relacionamento dos assessores de imprensa e jornalistas ainda era um grande problema a ser resolvido. Os preconceitos criados na época da ditadura tornaram-se conceitos no ponto de vista do profissional de comunicação de mídia. O ressurgimento da democracia, da liberdade da imprensa e o prenúncio de maior exigência quanto aos direitos sociais e dos consumidores, fez as empresas perceberem a necessidade de se comunicar diretamente com a sociedade. Elas deixam o amadorismo e começam a buscar profissionais para estabelecer um bom relacionamento com a imprensa. (DUARTE, 2001, p. 87), A alternativa foi a contratação de jornalistas para atuarem como assessores de imprensa, em 1970, seguindo o mesmo modelo que um profissional de relações públicas realizava. O modelo somente foi quebrado, no ano seguinte, com o surgimento da primeira empresa jornalística de assessoria do país, a Unipress, que tinha como objetivo reunir jornalistas para distribuir material para jornais do interior, como uma notícia de notícias, mas os veículos não tinham recursos (DUARTE, 2011, p. 58).

39 39 Apesar de já existirem outras empresas que ofereciam o trabalho de assessoria de imprensa, ela foi pioneira para a época, porque o modelo de trabalho não era baseado no de relações públicas como era praxe do mercado. [...] A Unipress teve o mérito de implantar, ao longo dos dois primeiros anos de atividade, aquilo que poderíamos chamar de modelo jornalístico de assessoria de imprensa. O que significava priorizar a notícia como objeto de informação, ao invés de divulgação empenhada na imagem institucional. (CHAPARRO, 2003). Para um dos criadores da Unipress, Reginaldo Finotti, em entrevista a Carlos Chaparro, o modelo criado por eles era diferente porque priorizava os moldes jornalísticos, em que o press release tinha o objetivo de informar e não o de convencer o jornalista. (CHAPARRO, 2003). 2.4 O Assessor de Imprensa Com a queda do regime militar e a implementação de um modelo democrático, a função do assessor de imprensa também teve sua regulamentação. Devido à procura das empresas por profissionais que fossem o interlocutor entre as corporações e veículos de comunicação, com o objetivo de apresentar à sociedade, de modo geral, um posicionamento, com respostas verídicas sobre os questionamentos da população, exigiu-se a busca por profissionais com uma formação específica para que atendesse a estas demandas. De acordo com o Manual de Assessoria de Imprensa (FENAJ, 2007, n.p.), a função do assessor de imprensa é exercida exclusivamente por um jornalista, profissional diplomado (Decreto lei nº /1979), de forma reconhecida e valorizada pela sociedade brasileira. O primeiro boom nas agências começou pouco antes da lei vigorar, e talvez principal motivo da lei surgir. Em 1979, uma greve de jornalistas e sindicalizados aconteceu em São Paulo considerada como a maior do segmento -, porém não foi bem aceita

40 40 pelos patrões, e gerou a demissão de mais de 200 profissionais da classe. Para Abramo (1988, p. 93), a greve foi um suicídio e desmoralizou a categoria. Na busca de novas opções de trabalho, os jornalistas encontraram aberto o mercado nas empresas privadas, que estavam à procura de profissionais capazes não apenas de encontrar trânsito para suas informações nas redações, mas também para elaborar produtos de comunicação empresarial como jornais, revistas e vídeos de qualidade profissional. O mercado das assessorias passou a ser encarado como uma opção de emprego importante e natural para os profissionais de veículos de comunicação. Para Duarte (2001), o interesse dos jornalistas por um novo mercado de trabalho, com as vantagens de ser mais tranquilo e melhor remunerado coincidiu com a necessidade sentida pelas empresas de estimular e profissionalizar o relacionamento com a imprensa. E o processo poderia ser previsto. A imprensa foi identificada como um grande instrumento para informar e formar uma imagem positiva junto à sociedade e o jornalista como elo fundamental no processo. O Manual do Assessor de Imprensa estabelece que a função do assessor de imprensa é: Serviço prestado a instituições públicas e privadas, que se concentra no envio frequente de informações jornalísticas, dessas organizações, para os veículos de comunicação em geral. Esses veículos são os jornais diários; revistas semanais, revistas mensais, revistas especializadas, emissoras de rádio, agências de notícias, sites, portais de notícias e emissoras de tevê. (FENAJ, 2007, n.p) Qualquer publicação, com as informações divulgadas pela fonte ou assessoria de imprensa, é conhecida como mídia espontânea, pelo fato delas serem publicadas gratuitamente pelos veículos.

41 Assessoria de Comunicação Com o passar dos anos, a agência de assessoria de imprensa passou for algumas transformações, atuando em setores estratégicos das empresas. O que antes era conhecido como assessoria de imprensa, passou a ter caráter de comunicação, pois englobava os três pilares de comunicação social: relações públicas, propaganda e publicidade e jornalismo. Mais adiante, será possível ver quais as funções de um assessor de comunicação nos dias de hoje e o que ele precisava fazer para conseguir difundir seu trabalho através do relacionamento com os jornalistas. É possível identificar uma agência de comunicação através das funções realizadas como: criar um plano de comunicação (estabelecer a importância deste instrumento tanto no relacionamento com a imprensa como os demais públicos internos e externos); colaborar para a compreensão da sociedade do papel da organização estabelecer uma imagem comprometida com os seus públicos; criar canais de comunicação internos e externos que divulguem os valores da organização e suas atividades; detectar o que numa organização é de interesse público e o que pode ser aproveitado como material jornalístico; desenvolver uma relação de confiança com os veículos de comunicação avaliar frequentemente a atuação da equipe de comunicação, visando alcance de resultados positivos; criar instrumentos que permitam mensurar os resultados das ações desenvolvidas, tanto junto à imprensa como aos demais públicos. 2.6 O início de um relacionamento Duarte (2011, p. 233) diz que um dos principais motivos para que um jornalista de redação fosse contratado para trabalhar em uma agência de comunicação era o bom senso e conhecimento profundo de atuar internamente em uma redação. Com passagem pelo setor, o jornalista-assessor, além de buscar o que é notícia, dentro da organização, encaminhando diretamente aos colegas de redação, também

42 42 poderia pular obstáculos para que o relacionamento ficasse muito mais próximo através de condutas óbvias, consideradas regras entre as partes, e que até hoje é um desafio para muitos profissionais do setor de comunicação. Horário apropriado para fazer um contato seja pessoalmente ou por algum tipo de comunicação direta entre emissor e receptor; Respeito a prazos para envio de informação; Diferenciação entre divulgação e exclusividade; Levantamento de informações básicas e de interesse; Divulgação de assunto/fonte para o jornalista correto; Não incomodar os profissionais com notícias sem relevância, principalmente em período de fechamento. Entre os anos 80 e 90, não seguir estas regras básicas, era prejuízo para o profissional que atuava do lado de fora da redação. Ele até poderia tentar a usar táticas diferentes, mas com o tempo perceberia que sua imagem seria desgastada e não teria mais credibilidade com os jornalistas. Por mais importante que fosse a empresa que representava, possivelmente teria seu trabalho boicotado de alguma forma. Em pouco tempo, as agências de comunicação começaram a evoluir dentro das boas maneiras de relacionamento com a mídia, e o que antes era uma função apenas tática, passou a ser estratégica, com planejamento, visão, objetivo, estudo de caso a caso. O simples objetivo tático de aparecer na mídia deixou de ser prioridade única, sendo que com o tempo outras ações começaram a ser exploradas, principalmente na parte do relacionamento estratégico entre cliente/fonte assessor jornalista.

43 Do tático para o estratégico: usando os meios de comunicação para além de apenas ferramentas Antes de aprofundar no relacionamento entre o assessor de imprensa e o jornalista é essencial descrever um fato marcante para a profissão do assessor de imprensa: a evolução da comunicação diante dos meios disponíveis para a época. No quadro abaixo será possível ver como as ações táticas do assessor de imprensa se transformaram no decorrer dos anos, divididos em dois períodos: antes da internet e pós internet. Ferramentas Antes Depois Mailing Ligação via telefone para Compra de serviços, com as redações dados completos dos jornalistas Envio de mensagens Via fax, sedex ou visita à , mala direta online, redação blog, RSS, redes sociais, sala de imprensa Follow Up Telefone Telefone, Redes Sociais, Plataformas mobile Clipping Assinatura de jornais e Motores de busca, gravação de telejornais assinaturas de jornais online, busca por vídeos online, tags; Comunicação/Abordagem Formal Informal e Objetiva Coletiva de Imprensa Presencial Online ou Via Conferência Monitoramento Por meio de notícias Buscas em veículos online, Marca/Setor publicadas no jornais motores de busca e redes sociais Quadro 1 - Ações táticas do assessor de imprensa. Fonte: Duarte, 2011

44 44 Com a chegada da internet, a função do assessor de imprensa tornou-se mais rápida e objetiva, assim como a produção de um press release e sua distribuição. O que antes demorava um certo tempo para ter um retorno, com as ferramentas de comunicação online, acabou por ser instantâneo. As ferramentas utilizadas nos dias de hoje, resumem-se em produção de texto, distribuição e compartilhamento. A disseminação dos releases acaba por ser mais quantitativa do que qualitativa e assertiva, pois com a infinidade de blogs, sites e portais com ênfase jornalística, fica muito mais fácil que release ser publicado nestes veículos online do que em qualquer outro de comunicação impresso. A exposição de um release online é sem dúvida muito maior do que em qualquer jornal físico. Isso devido ao armazenamento virtual de informações que é ilimitado na esfera digital. O contexto de tempo e espaço, discutidos anteriormente, possibilita que um release seja visualizado e tenha notoriedade mesmo depois de algum tempo de sua publicação original. Já não atuam como representação de informação para os veículos, e sim, como publicidade disfarçada de conteúdo editorial, segundo Lima como um anúncio, um cartaz ou mesmo um outdoor, o press release deixa de ser um texto com informações jornalísticas para se tornar mais uma peça publicitária (LIMA, 1987, p. 50). O release do século XXI parece que ao invés de evoluir com a chegada da internet, retrocedeu alguns anos e criou o aspecto do release da ditadura militar, em que as informações eram apenas superficiais, sendo que o interessante era adjetivar o texto. Ao contrário daquela época, que os jornalistas passavam longe de texto escritos daquela forma, nos dias de hoje, existem sites que atuam como simples indexadores de conteúdo. Isto é válido, sendo que um dos fatores mais importantes pelas empresas é ter notoriedade na internet. A indexação das empresas no ambiente digital ganha mais força quanto mais o nome for citado pelos replicadores de conteúdo. Antigamente, cabia aos jornalistas ir em busca das notícias, e hoje isso também é válido, mas com as redações, cada vez mais enxutas e excesso de trabalho a ser feitos por um jornalista, fica bastante difícil ir ao encontro das informações e ideias,

45 45 ficando, assim, como cargo do assessor sugerir assuntos, por meio de press releases e sugestões de pauta. Eticamente, cabem ao comunicador as funções básicas como checar fontes, investigar o assunto, interpretar de uma forma imparcial e utilizá-lo como assunto para produção de uma matéria, porém com o formato desenvolvido pelas assessorias de imprensa, muitas destas funções acabam sendo esquecidas. Lima (1987, p. 11) diz que a releasemania assume tal proporção nos dias atuais que muitos jornais encontrariam hoje dificuldades em manter suas portas abertas se não pudessem contar com o material distribuído pelas assessorias de imprensa. Wilson da Costa Bueno observa que Pode-se perceber, de imediato, que os limites entre informação [jornalística] e marketing são cada vez mais tênues, pois os interesses envolvidos na produção e na comercialização de conteúdos abrangem hoje grupos empresariais que, obrigatoriamente, não se localizam na área de comunicação. [...] há uma concentração abusiva da mídia, de tal modo que um número reduzido de proprietários controla, na realidade, parcela absolutamente majoritária da audiência (BUENO, 2003, p. 29). Não vem ao caso discutir sobre a eficiência dos press releases produzidos pelos assessores de imprensa, e sim como os meios de comunicação acabam beneficiando ou prejudicando as informações de uma empresa perante à imprensa. Alguns releases digitais são tão bem elaborados, com fornecimento de informações úteis, gráficos, fotos, áudios, que o jornalista tem o mínimo de trabalho e consegue fazer destas informações extras uma boa fonte para uma matéria jornalística. Diante deste cenário, é necessário que as informações do release sejam apuradas, já que muitos jornalistas ainda veem com desconfiança o recebimento das informações, eliminando pontos parciais e unilaterais do texto proposto. Duarte reflete sobre este aspecto: O que se opõe a um interesse particular é outro interesse particular. E o jornalismo não tem como, nem por que, temer ou desprezar os interesses particulares: além de legítimos, está neles a engrenagem dos conflitos da atualidade, dos quais o jornalismo ocupa-se, com as

46 46 ferramentas do relato veraz e do mentário independente. (DUARTE, 2003, p. 50). 2.8 A informação muito além do press release Nos últimos anos, muitas organizações procuraram ir além da produção de um press release textual, e apelar para outras funções tecnológicas com a intenção de atrair e despertar o interesse dos jornalistas, através das informações. E cada vez mais comum a divulgação de press releases com hiperlinks que o direcionam para outras informações. Geralmente estas informações são encontradas em um espaço destinado à imprensa, seja privativo ou aberto ao público: são conhecidas como salas de imprensa. As salas de imprensa são espaços exclusivos de interação com a mídia, explicitamente identificados no site da organização, conglomerando informações extras, como material institucional, releases, fotos, áudios, vídeos, redes sociais, entre outros. Em uma pesquisa, feita entre 2010 e 2011, especialmente para produzir um dos capítulos do livro Assessoria de Imprensa e Relacionamento com a Mídia (DUARTE, 2011), 500 empresas da América Latina foram identificadas para que se soubesse como elas tratavam a comunicação com o jornalista e/mídias em um ambiente digital. Foi surpreendente constatar que boa parte das principais organizações da região, apresenta-se de forma desestruturada, mal planejada e, por vezes amadora, no que diz respeito ao relacionamento com a imprensa no ambiente virtual (DUARTE, 2011, p. 374) Descobriu-se que apenas 56% das empresas entrevistadas possuíam sala de imprensa online, porém apenas 2% dos sites pesquisados, possuíam um link de direcionamento para área de imprensa. O Brasil, representado por 225 empresas, foi considerado o mais ativo neste sentido, já que 66% possuíam área de imprensa.

47 47 Outra pesquisa, coordenada por Jorge Duarte 18, buscou identificar o uso dos jornalistas nas salas de imprensa. Foram pesquisadas 150 sites de diversas organizações, além de entrevistados 50 jornalistas e 30 profissionais que atuam na área de relacionamento com a imprensa. Foi identificado que a área de imprensa acaba sendo bastante burocrática, desorganizada, desatualizada e com conteúdo de pouca relevância para boa parte dos entrevistados. Queixas recorrentes disseram respieto à apresentação confusa ou amadora demais para receber credibilidade ou despertar interesse (DUARTE, 2011, p 375). Mesmo com a adesão das organizações à área para imprensa online, ainda é necessário certa prática, por parte destas instituições, seja de ambientes digitais quanto arquitetura de informação, assim facilitando a apresentação de informações em um contexto atualizado e que traga credibilidade junto à imprensa. Na figura a seguir é possível visualizar como é uma sala de imprensa online. A Petrobrás procurou agregar todo o seu conteúdo relevante, em uma parte do seu site. 18 DUARTE, 2011, p. 374.

48 48 Figura 2 - Home-page da Agência Petrobras de notícias, considerada como uma sala de imprensa virtual. Fonte: O Social Media Newsroom Ao que tudo indica, as salas de imprensa online estão evoluindo para o modelo conhecido como Social Media Newsroom, que nada mais é que uma sala de imprensa potencializada pelas informações das redes sociais. Tem como objetivo fornecer conteúdo de maneira rápida e prática para todas as mídias, seja a audiência composta por jornalistas, blogueiros, executivos ou para o público em geral. Atualmente, não só de perfis pessoais que as redes sociais se movimentam. As organizações já estão presentes neste ambiente e buscam, cada vez mais engajar seu público. Com a chegada das redes sociais, os leitores também se transformaram em mídia, pois além de consumir o conteúdo disponibilizado também compartilham estas informações, podendo fazer parte de blogs pessoais.

49 49 Em outras palavras, uma Social Media Newsroom se move em uma direção favorável tanto à empresa quanto aos produtores de informação. Primeiro porque facilita a apreensão do conteúdo, exibe tudo o que já foi trabalhado e publicado sobre aquele assunto ou produto da empresa, e facilita o acesso ao conteúdo multimídia e opiniões. Tudo isso enquanto divulga o nome da empresa pela mídia social e pela internet. Ao combinar, em apenas um espaço, conteúdos institucionais, fotos, vídeos e também ações nas redes sociais, a atualização destas informações acabam acontecendo com maior frequência e podem ser a válvula de salvação para as salas de imprensa. Para entender a funcionalidade do Social Media Newsroom, é necessário que três fatores estejam diretamente alinhados, como atualização em tempo real, interação com os usuários e engajamento entre os usuários. Suas etapas consistem em primeiro trazer a informação da empresa, de forma transparente, à plataforma. Não apenas textos, mas outras informações que possam enriquecer o conteúdo postado, como materiais em audiovisual, imagens, gravações de áudio, entre outros. Na sequência, é ideal que a rede de relacionamento que compõe a plataforma, seja notificada sobre a atualização da área, para que assim desperte o interesse do jornalista, criando um engajamento na ação proposta. A interatividade aparece por meio da necessidade que trouxe o jornalista até o Social Media Newsroom e o interesse do assessor de imprensa em divulgar algum assunto de interesse estratégico. Pode existir interatividade desde uma simples orientação de localização de um arquivo até uma conversa online, disponível na plataforma, ou seja, a funcionalidade seria similar a qualquer Serviço de Atendimento ao Consumidor online, mas com foco nos jornalistas.

50 Figura 3 - Página de Social Media Newsroom do Grupo Pão de Açucar, um dos únicos brasileiros. Fonte: Social Media Newsroom Pão de Açúcar,

51 As vantagens e desvantagens do uso da tecnologia Na figura 3 foi possível identificar como as ferramentas, utilizadas pelo assessor de imprensa, são dependentes, cada vez mais, das tecnologias virtuais. Com esta necessidade embutida, muitos conservadores ainda divergem sobre o uso excessivo destas tecnologias. A apuração de uma notícia acaba por muitas vezes, proveniente de redes sociais, seja blogs, microblogs, vídeos-releases, entre outros. A rotina nas redações, por vezes desgastante, a corrida contra o relógio e a meta de desenvolver textos diários, além dos problemas de infraestrutura (trânsito, localidade, etc.) enfrentados pela população diariamente, dificulta a apuração de um assunto, mas com o advento das redes sociais, esta tarefa passou a contar com uma grande aliada. Em entrevista a portal de Mídias Sociais, Martha Gabriel, diz que as pelo fato da tecnologia ser binária, pode sempre existir a parte positiva e negativa: Especificamente no uso de novas tecnologias para o relacionamento com a imprensa, acredito também que existam vantagens e desvantagens 19. As entrevistas por acabam por ser um grande exemplo para ser citado. Ao enviar um questionário para o entrevistado por , as perguntas podem ser mais bem fundamentadas, e as respostas mais completas, bem argumentadas, com menos erros, porém, se por um lado elas facilitam o trabalho do jornalista e dão um tempo maior para o entrevistado refletir e responder às questões, por outro lado o jornalista perde o fator surpresa de uma pergunta feita ao vivo, que pode extrair muitas vezes informações quentíssimas justamente porque não houve tempo do entrevistado em refletir e formular uma resposta mais elaborada Para Martha Gabriel 20, entrevistas por acabam perdendo a simbologia de entrevista agregada ao jornalismo, deixando-a mais fria. 19 Laubé, 2010, n.p. 20 idem

52 52 O corpo-a-corpo, a interação presencial, continuam sendo, na sua opinião, muito válidos e a forma mais rica de interação. No entanto, nem sempre isso é possível e, nesses casos, o uso das tecnologias de comunicação podem viabilizar o contato, mesmo que isso incorra em algum tipo de perda. Assim, a tecnologia possibilita que ações jornalísticas que não se realizariam possam acontecer, resultando em grande benefício em muitos casos 21. Outro fator a ser considerado é a redução de custos possibilitada pela rede: O é instantâneo. Em minutos, pode atingir mil jornais e jornalistas. Se essa mesma operação fosse feita via fax, demoraria cerca de 50 horas (considerando um dado otimista, de três minutos para cada ligação telefônica) e o custo seria pelo menos mil vezes maior. Se fosse em papel, além de gastar mais tempo, também se gastaria mais [dinheiro] (DUARTE, 2011, p. 349). Contudo, a internet também cria algumas exigências. É preciso respeitar a velocidade da mídia: os s recebidos pela empresa não podem demorar mais do que dois dias para serem respondidos, pois, em tempos de internet, (...) responder com atraso significa abrir brecha para o concorrente, porque o cliente também incorporou esta aceleração e vê à sua frente um conjunto maior de alternativas para as suas demandas. Um sistema de telemarketing inoperante, um site não interativo, um atendimento não qualificado com certeza empurrarão o cliente para o concorrente ao lado, mais ágil, mais sintonizado com o cidadão da era digital (BUENO, 2011, p. 94) Redes Sociais e Jornalistas De acordo com os últimos números, informados pelo site Secundados Dados sobre a internet no Brazil 22 -, de 2012, os brasileiros estão sendo mais atraídos para o meio virtual. Segundo a pesquisa, o Facebook tem mais de 58 milhões de usuários, sendo considerada como a principal no Brasil, com 55% do tráfego nas redes sociais. A rede social de vídeos, Youtube é a segunda com maior tráfego, com 17,9%, sendo seguida pelo Orkut, embora esteja em queda desde 2010, com 12,4%. Juntas, as três redes são responsável por 80% do tráfego 21 Idem anterior. 22 Secundados, 2012

53 53 As outras redes que completam são Windows Live (2,4%), Twitter (2,29%), Yahoo Answers Brasil (1,7%), Badoo (1,55%) e Google+ (1,17%). Acompanhando esta tendência é possível dizer que os jornalistas também estão imersos neste fenômeno social. É o que revelou levantamento internacional feito para quarta edição do Estudo de Jornalismo Digital, realizado pela Oriella PR Network5, que acabou por constatar que cada vez mais jornalistas de todo o mundo fazem uso das redes sociais para encontrar fontes e verificar informações. A pesquisa, que abrangeu 15 países e 478 jornalistas (incluindo o Brasil), detectou que 47% dos profissionais usam o Twitter e 35% o Facebook para encontrar fontes para suas matérias. No Brasil os números são ainda maiores: 80% dos profissionais brasileiros entrevistados fazem uso das redes sociais para entrar em contato com fontes e 83,3% assumiram utilizar assuntos citados nessas redes para pautarem os veículos em que atuam. Na comunicação, esta nova configuração social também provocou mudanças. Estes números podem ser justificados através de uma simples análise, de testes, feita em uma rede social particular, que mostra como alguns jornalistas buscam encontrar alternativas para estabelecer contatos com fontes. Nas páginas que se seguem, alguns exemplos da atuação de jornalistas nas redes sociais Exemplo 1: Contato direto por Facebook

54 54 Figura 4 - Contato feito a partir do contato do assessor de imprensa, disponibilizando fontes. Em pouco mais de dois dias, existiu retorno por parte da jornalista e a entrevista foi agendada. Fonte: o autor, Pode-se questionar se o contato não seria o mesmo, caso fosse feito por , porém é possível dizer que mesmo sendo de outra forma, a comunicação pela rede social acaba se tornando mais caloroso que um simples . Na situação acima, é possível afirmar que o objetivo de estreitar o relacionamento entre a fonte e o jornalista foi concluído, existindo uma conversa informal via telefone, e posteriormente um encontro de relacionamento, que resultou na publicação de uma matéria de interesse da fonte de informação Exemplo 2: Rede social interna Na página a seguir um exemplo de contato via rede social interna.

55 55 Figura 5 - Rede social interna da Revista Exame PME, conta com mais de 14 mil usuários ativos. Fonte: Rede Social PME, Com a intenção de estreitar o relacionamento com suas fontes, a revista Exame PME, criou em 2007, uma rede social privada. Nela participam jornalistas, atentos aos tópicos abertos, assessores, de olho nas sugestões dos jornalistas, e fontes ou usuários comuns, que têm uma importância fundamental para o funcionamento da rede. A intenção é interagir com os usuários e criar assuntos que possam se utilizados nas próximas publicações da revista. Neste exemplo, uma pesquisa é feita com os usuários, procurando incentivá-los a responder e ter uma amostra mínima para que reforce o desenvolvimento da pauta. Figura 6 de alerta recebido pela equipe da Rede social interna da Revista Exame PME Fonte: o autor, 2012.

56 56 Na figura acima, é possível entender como é gerada a proposta de engajamento, que dá vida à rede social da Exame PME, por meio de um alerta por sobre as principais novidades. O é enviado para uma base de 14 mil usuários cadastrados Exemplo 3: Rede Social Terceirizada Figura 7 Print screen do site Ajude um Repórter. Fonte: Ajude Um Repórter, O Ajude um Repórter é uma versão brasileira do Help a Reporter, que tem como objetivo ajudar os jornalistas a encontrarem fontes, através de uma forma colaborativa. Jornalistas e fontes participam de uma forma ativa, atendendo as solicitações. Na figura anterior é possível visualizar a demanda dos jornalistas ao site. Uma das características das redes sociais é a colaboração dos usuários a partir do engajamento da rede social. Democratizar o relacionamento com a imprensa e ajudar na construção de conteúdos mais relevantes são os principais objetivos. Com o auxílio da tecnologia e o apoio da multidão (crowd, do inglês), o poder da sociedade em rede é utilizado para construir novos relacionamentos Em busca do relacionamento perfeito A busca por informações de credibilidade e a necessidade de divulgá-las de forma rápida, começou a tomar proporção a partir do surgimento da internet, mais

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