O RETORNO DO MENINO DO ESPAÇO

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3 O RETORNO DO MENINO DO ESPAÇO

4 CELSO INNOCENTE O retorno do menino do espaço. ISBN ª edição Penápolis- São Paulo Innocente, Celso Aparecido 2012

5 Sumário Prefácio O retorno do menino do espaço A repercussão dos fatos Celebridade Viagem a Orlando Na NASA Disneylândia Retorno ao lar Na televisão Avaliação escolar De volta as aulas Cachorro que ladra não morde Triste história de amor Subcapítulo ou epílogo Sobre o autor Outros trabalhos

6 Celso Innocente Este é o terceiro volume da série composta por: - Regis um menino no espaço, - Um menino no espaço 2ª parte, - O retorno do menino do espaço, - Regis um menino do planeta Terra. Portanto, para melhor compreensão da estória, recomenda-se que leia primeiro os volumes I e II. Foto capa:- Switie 187- For NASA 6

7 O retorno do menino do espaço Prefácio N o ano de um mil novecentos e oitenta, de nossa era, Regis, um menino de nove anos de idade, fora sequestrado na Terra e levado a um planeta a oitenta e sete anos luz de distância, onde era amado e querido por todos seus habitantes, seres humanos, idênticos aos terráqueos, sendo devolvido um ano depois, com a agravante de que, não envelhecera um minuto sequer. No segundo semestre de oitenta e um, eis que Regis é novamente sequestrado e levado ao mesmo planeta, de onde retornara há pouco tempo, com o mesmo objetivo: levar-lhes amor e simplicidade, ignorando o principal sentimento do menino: amor e saudade da Terra. Sete anos depois, percebendo que não conseguiam cativar o menino da Terra, resolveram então devolvê-lo, com a promessa de que jamais o tiraria novamente daqui. O objetivo deste livro, o terceiro da sequência, Regis o menino do espaço, é mostrar então a consequência deste retorno. O que vai acontecer agora, oito anos depois. Como será a vida diferente de Regis. O retorno à escola. As 7

8 Celso Innocente novas amizades. O interesse de sua viagem espacial, para a mídia e viação aero espacial. Entre na vida simples de Regis, um menino com o coração puro e cheio de amor. Talvez você possa desejar ter o mesmo destino diferente desse garoto especial. Para melhor compreensão desta narrativa, é aconselhável que se tenha lido primeiro: Regis, um menino no espaço. Um menino no espaço - 2ª parte. Penápolis, São Paulo, Brasil, América Latina, Planeta Terra, Sistema Solar, Via Láctea, Universo. Setembro 2012 O autor O que será agora de Regis, o menino que fora sequestrado e levado a um planeta distante, sendo devolvido, oito anos depois, sem ter envelhecido um minuto sequer. Com o mesmo rostinho infantil e jeitinho simples de criança 8

9 O retorno do menino do espaço O retorno do menino do espaço E xatamente setenta e um dias terráqueos de viagem interplanetária, não aparentando mais do que sete dias para mim, a grande nave preta e dourada, pousou em um terreno baldio, bem próximo à minha casa. Quer dizer: não pousou completamente, pois ficou levitando a dois metros de altura. O robô Luecy abriu a porta, que se formou, criando certa ranhura na parte lateral, quase inferior da nave; uma pequena escada escorregou como chumbo derretido, formando cinco degraus e chegando até a uns trinta centímetros do solo. Eu que já me levantara da poltrona do copiloto, abracei o tal robô de metal, que me ignorou por não ter tal costume de carinho, hábito adquirido pelos humanos deste gigante universo e ao sair, parei na porta, olhei no relógio e insinuei: Luecy, realmente você é um robô muito inteligente. São exatamente dezenove horas e sete minutos, do dia vinte e quatro de setembro, como você disse. Sou um robô susteriano, construído sem falhas. Boa viagem de volta, amigão! 9

10 Celso Innocente Virei lhe buscar em breve, pra vê-lo nadar peladão! Breve! Acho que não! Duvida? Por favor! Não! Brincadeirinha! Desci daquela enorme nave, sob os olhares curiosos de dezenas de pessoas adultas e crianças, encantadas com aquela estranha visão. Entre elas, conheci Paulinho, com quase treze anos de idade, em perfeito estado de saúde, que correu a me abraçar, sorrindo: Regis! Você era mais velho do que eu! Lembra? Agora sou o caçulinha de casa! Erick, já com dezessete anos, se aproximou dizendo: Você nunca me buscou! Eu também deveria ser criança como você! O senhor Frene só queria eu! A escada daquele imenso disco voador se recolheu, sua porta se fechou e em menos de trinta segundos desapareceu no céu. Seguido por todos: trajando short marrom e camiseta amarela; descalço; acabei de chegar a minha casa. Era Sábado. Papai e mamãe juntos, não acreditando, vieram a meu encontro me abraçar. Como eles estavam diferentes! Como haviam envelhecidos nestes últimos sete anos em que se passara. Meu Deus! Meu filho! Não acreditava mamãe, rindo e chorando ao mesmo tempo. Eu sabia que você voltaria um dia! Você não mudou nada nestes anos todos! Não acredito que você esteja aqui! Por favor, jure que nunca mais vai nos abandonar! 10

11 O retorno do menino do espaço Nunca mais deixarei vocês, mamãe! Prometi também chorando (Eu era chorão mesmo). Promessa de meu papai número três! Realmente, eu não mudara nada: estava agora com mais de dezessete anos e seis meses de vida, porém aparentava apenas um singelo menininho de nove anos. Suster, o planeta de onde acabara de chegar, fôra abalado por uma radiação, devido uma grande explosão, causada pela morte de uma gigante estrela do cosmos. Tal radiação, talvez acabara benéfica a seus habitantes, pois ela não deixava as células envelhecerem e com isto, os seres humanos daquele planeta, se tornaram praticamente imortais, imunes a qualquer tipo de doenças infecciosas. É lógico, que se alguém pular de um prédio ou se der uma facada em alguém, esta pessoa, com certeza morrerá. Eu estivera em Suster, por um período de oito anos e voltara agora à Terra, com o mesmo jeitinho de criança em que saí daqui e segundo disse o Senhor Frene, a radiação em meu organismo, será eliminada aos poucos e só após esta eliminação, eu voltarei a envelhecer naturalmente, como qualquer outro terráqueo. Estava agora, sentado no sofá da sala, cercado por muitas pessoas: papai, mamãe, Paulinho, Erick, os outros irmãos (Luis, Leandro, Letícia e Carlos Henrique) e muitos vizinhos, os quais, com exceção do amigo adulto Luciano, muitos deles, eu nem conhecia. Todos me bombardeavam com muitas perguntas e eu praticamente só ouvia, não respondia quase nenhuma delas. Quer comer algo? Perguntou-me mamãe. É o que mais quero mamãe! Passei fome durante toda essa viagem! Ela se levantou e correu para a cozinha em busca de algo. 11

12 Celso Innocente Onde você esteve, eles não te alimentavam direito? Perguntou-me papai. Claro que sim! Passei fome durante a viagem, pois saímos apressados de lá e mal tivemos chance de pegar alguma coisa pra comer. Sorte que estando na nave, a gente só precisa se alimentar uma vez por semana. Levantei-me e seguido por todos, fui até a cozinha, onde mamãe já estava com panelas no fogo, refazendo um jantar. O que está fazendo, mamãe? Uma janta pra você! Vocês já jantaram? Já! Estou fazendo especialmente pra você! Não precisa! Eu como qualquer coisinha! Faz muitos anos que espero fazer uma janta pra você! Hoje é o melhor dia de minha vida! Voltou a me abraçar chorando, pedindo: Por favor, meu filhinho, nunca mais abandone a gente! Não vou mais sair daqui, mamãe! Isso é uma promessa! Já disse que o senhor Frene me prometeu! Pensei um pouco e me lembrando de algo, ironizei: Só espero que papai não tenha prometido cortar mais nadinha de mim! Da outra vez em que estivera sequestrado pelos mesmos susterianos, papai, sem saber onde eu me encontrava, fizera uma idiota promessa que se eu voltasse, ele me circuncidaria no mesmo dia. Embora eu fosse só um menininho pequeno, não concordava com tal sacrifício, pois se a promessa era dele, por que meu frágil corpinho era que teria que pagar! O jantar demorou quase uma hora para ficar pronto. Enquanto isso, eu seguira ao banheiro, onde me 12

13 O retorno do menino do espaço deliciara com demorado e saudoso banho, em normal chuveiro terráqueo. Depois de tal banho, praticamente todos jantaram novamente, me fazendo companhia e conversando muito. Todos continuavam fazendo muitas perguntas, tudo de uma só vez e eu continuava não respondendo quase nada. Pessoal: chega de tantas perguntas pro Regis. Pediu papai. Ele agora precisa descansar! Na realidade, não estou tão cansado papai! Neguei. Mesmo assim, estou curioso pra dormir novamente em minha casa. Já sei que não tenho mais cama aqui! O Erick está dormindo nela! Já estou lhe devolvendo sua cama agora! Se prontificou rindo, meu amigo. Não se preocupe! Insinuei. Eu durmo em qualquer lugar! Pode até ser no sofá da sala! Nada disso! Negou Erick. Você vai dormir mesmo em sua cama! Eu durmo no colchão, a seu lado! Amanhã prometo contar tudo, de onde estive até então. Hoje, prefiro só ouvir e realmente dormir, logo após o jantar. Concordamos com você filho! Disse mamãe, tornando me abraçar chorando, ainda não acreditando no que estava acontecendo. Poucos minutos depois, acabado o jantar, fui ao banheiro escovar os dentes com os dedos, pois não existia mais escova para mim. Em seguida, me despi completamente e vesti uma espécie de calção de dormir (cueca samba canção de seda) e uma camiseta sem manga, que já eram mesmo meus, que embora antigos, mamãe guardara com carinho, sabendo que um dia eu retornaria e iria precisar. 13

14 Celso Innocente Então os amigos se foram e eu, primeiro do que os demais, fui mesmo dormir em minha antiga cama, a qual Erick, realmente fizera questão em me devolver. Já era madrugada, em torno de três horas, quando acordei com uma voz bem suave, sussurrando em meu ouvido: Rééégis... O quarto estava escuro, com algum reflexo de luz, através das frestas da veneziana. Olhei e só vi Erick, dormindo no colchão, a meu lado. Garoto Regis! Sou eu! Conheci a voz de Luecy, o robô. Estou aqui fora, Regis! Venha! Levantei-me apressado, mudei rapidamente de roupas, para evitar gozação tipo bulling pelo robô, corri, abri a porta da cozinha e saí para o quintal. Lá estava ele, à minha espera. Espantei-me muito em vê-lo. Luecy! O que você faz aqui? Há esta hora já era pra você estar muito longe da Terra! Estou sem combustível! Disse-me ele. Jura? E o que você vai fazer? Você terá que retornar urgente para Suster comigo! Espantei-me de verdade: Ah isso não senhor! Jamais sairei de minha casa! Será necessário! Sem você não consigo voltar pra minha casa! Muito simples! Então você ficará aqui conosco pra sempre! Jamais abandonarei meu mundo! Então que se dane você! Eu jamais abandonarei minha família novamente! 14

15 O retorno do menino do espaço O senhor Frene lhe trará de volta. Que o senhor Frene venha lhe buscar! Basta que venham em dois ou três; então você poderá ir embora com eles! Enquanto discutíamos, caminhávamos devagar e foi com isto, que já estávamos defronte ao enorme disco voador. Luecy abriu sua porta e pediu: Entre! O senhor Frene quer falar contigo! Acha que sou tão bobo, Luecy? Se eu entrar aí, você fechará a porta e quando eu perceber, já estará muito longe de minha casa. Não farei isto, garoto Regis! Não enquanto você ou o senhor Frene não me ordenar! Não entrarei aí, Luecy! O que está acontecendo, Regis? Perguntou-me Erick que acabara de chegar. Percebi que você saiu, então resolvi segui-lo. A nave está sem combustível! Luecy não consegue ir embora! E o que ele quer de você? Que eu vá com ele! Só assim terá combustível novamente! Como assim? Por quê? O combustível desta nave, é produzido pela presença humana, em seu interior! Como assim Regis? Esta nave consome gás carbônico! Insinuou Luecy. E o que você vai fazer, Regis? Perguntou-me Erick. Você entendeu o que ele disse? Perguntei admirado à Erick. 15

16 Celso Innocente Claro! Exclamou Erick. Que esta nave consome gás carbônico! Como você pode entendê-lo? Insisti ainda admirado. Eu posso interpretar qualquer linguagem do Universo. Insinuou Luecy. O que você pretende fazer, Regis? Insistiu Erick. Já disse a Luecy, que não abandonarei meu mundo jamais! Espero que ele fique aqui conosco! Afinal ele é apenas um robô! E que eu saiba robô não sente saudades de casa! Não posso abandonar o mundo que me criou! Negou ele. O que sugere então? Perguntei-lhe. Primeiro você fala com o senhor Frene! Jamais me arriscarei a entrar aí! Tenho uma ideia, Regis Alegou Erick. Se vocês dois toparem Que idéia você tem? Perguntei-lhe desconfiado. Vocês precisam da presença humana! Eu sou humano! Você não pretende retornar àquele mundo! Eu não tenho nada aqui! Logo, não tenho nada a perder! Erick, não diga bobagens! Pedi. Não é bobagem! Você sempre sentiu falta daqui! Acontece que você tem de quem sentir falta. Eu, embora agradeça muito à sua família em ter me acolhido, não tenho nada por sentir falta! Erick! Você tem mãe! Alertei bravo. Minha mãe nunca me quis! Nem se importará se souber que fui embora! 16

17 O retorno do menino do espaço Se importará sim! Afirmei convicto. Você não conhece o coração de uma mãe! Se importará tanto, Regis, que faz dois anos que ela não vem me ver! Insinuou meu amigo, com certas lágrimas. Nem sei onde ela está! Falaremos com o senhor Frene! Alegou o robô. Entrem os dois! Não me arriscarei, Luecy! Neguei bravo. Não confio em susterianos! Ficarei na entrada da cabine, para que você se sinta seguro. Pensei um pouco e então me decidi, entrando na nave: Está tudo bem! Falaremos com o senhor Frene! Sentei-me na poltrona do piloto principal; fiz sinal para que Erick sentasse na outra. Luecy cumpriu sua palavra de robô, ficando na entrada da cabine. Acionei a tecla R-5 e após aguardar alguns segundos, em meu monitor, surgiu o senhor Frene, dizendo: Olá Regis! Parece que Luecy se esqueceu que não é humano e não pode conseguir combustível pra nosso brinquedinho. E o que o senhor quer de mim? Não que eu exija, mas você terá que voltar pra cá! O senhor sabe que jamais concordarei com isso! Sei! Mas prometo lhe devolver à sua Terra no mesmo dia! Só preciso que você traga Luecy de volta! Senhor Frene: embora eu o ame também, saiba que jamais sairei da Terra, novamente! Regis: embora quiséssemos muito, até a pouco tempo e se você concordasse, ainda queríamos! Mas agora 17

18 Celso Innocente não pretendo mais trazê-lo em definitivo pra cá! Não precisamos mais! Deixou de me amar como a um filho? Perguntei-lhe com certo sorriso admirado. Jamais! Mas tenho algo pra lhe mostrar! Aguarde só um pouquinho! Saiu da frente da câmera e pelo jeito, também da sala do computador. Onde será que ele foi? Perguntei a Luecy. Ele tem uma surpresa pra você! É só aguardar! Alguns segundos depois ele retornou, colocando sentado a seu lado, um me ni no, de uns nove anos. Um menino não! Era eu Mas como podia? Eu não estava lá! Estava na Terra! E não estava sonhando! Então seria uma montagem de cinema? Filmadora? Regis: Disse ele. Apresento-lhe, Regis! Co como as sim? Eu estou na Terra! Não pode ser eu! É um truque! Não Regis! Negou o senhor Frene. Somos muito avançados em nosso mundo! Diga oi a seu outro eu, Regis! Olá Regis da Terra! Disse meu outro eu, com minha mesma voz e meu mesmo jeitinho tímido. Sei tudo sobre você e talvez um dia possamos nos conhecer! Que loucura é essa, senhor Frene? desespereime. Não se assuste Regis! Há sete anos, quando lhe trouxemos pra cá, já sabíamos que você não aceitaria ficar conosco, então nossa ideia fôra 1 de apenas trazê-lo pra 1 Na Língua Portuguesa não se acentua o verbo ir no singular do Pretérito Mais-Que-Perfeito, mas para que não seja confundida com o advérbio ou preposição fóra, que também não é acentuada, neste livro, preferi adotar o tal acento circunflexo em fora. 18

19 O retorno do menino do espaço colhermos seu DNA e em poucos dias lhe devolveríamos à sua família. Porém aconteceu o acidente de seu irmão Paulinho. Então conseguimos com isto, uma mudança nos planos, fazendo você permanecer conosco. Mas já tínhamos colhido seu DNA, no dia em que você chegou aqui, através de pouquíssimas células de seu organismo e os mesmos médicos que cuidaram de Paulinho no hospital, cuidaram da gestação e nascimento deste menino aqui a meu lado. No dia em que você aceitou em fazer a cirurgia cerebral e nós não achamos ético fazê-la, este Regis aqui, já tinha nascido em Merlin e permanecera protegido em ambiente esterilizado e livre de nossa radiação, por todo esse tempo, vindo a se desenvolver e crescer normalmente. Fizemos aquilo que já era planejado e apesar de você ter ficado muito mais tempo conosco, resolvemos fazer aquilo que é proibido na Terra. Você sabe! Não sabe? Ele é um... clone? Perguntei, já sabendo a resposta. Exatamente! Ele é idêntico a você! Até mesmo a pinta que você tem na altura do tórax, é igual. Sabe aquela pelinha de porco, que você tem num lugarzinho especial? Também tem! A vantagem, é que ele não conhecendo a Terra, não sente falta daí e está muito feliz conosco! Então o senhor vai me esquecer! Um pai jamais esquece um filho! O que vou fazer sempre é acreditar que seu outro eu, é na verdade você mesmo! Com isto, todo amor que temos para com você, daremos a ele. Mas isto não quer dizer nada! Como lhe prometi, no dia em que você resolver voltar pra cá, é só pedir e irei imediatamente. Se isto acontecer um dia; 19

20 Celso Innocente apesar de eu achar que não acontecerá, teremos dois adoráveis Regis, vivendo conosco. Por isto que o senhor nunca me levou à Merlin, para conhecer os médicos que cuidaram de meu irmão? Pode ser! Era preciso precaução, para que nosso segredinho não vazasse. Não sei o que dizer senhor Frene! Neguei ainda espantado. Foi uma surpresa e tanto! Acho que neste caso, fico até muito feliz e um pouco enciumado. Creio que gostaria de conversar mais com ele! Ficar amigo dele! Creio que ele seja meu irmão! E é! Confirmou o senhor Frene. Venha trazer Luecy, fique só algumas horas conosco e conversará muito com seu outro eu! Não, não! Prefiro não me arriscar! Estou lhe garantindo! Uma vez falei sobre um clone com o senhor Tony e ele me disse que seria impossível criar um outro ser idêntico. Quer dizer: Poderia ser idêntico, porem ninguém nasce grande! Milagres da ciência avançada! Riu o senhor Frene. Seu outro eu, foi planejado e criado com muito carinho em Merlin! Venha conhecê-lo! Te devolvo à sua Terra! É uma promessa de pai, pra filhinho amado! Desculpe, mas não vou não! Seu outro eu, nasceu bebê, como todos os bebês! Como já disse, se desenvolveu em ambiente protegido. Hoje ele tem seis anos de idade, se medirmos pela Terra. Ele está de meu tamanho! Agilizamos seu metabolismo! Riu o senhor Frene. Agora, estando fora do ambiente protegido, ele não crescerá mais! Ajude Luecy a devolver nossa nave! 20

21 O retorno do menino do espaço Advinha se vou sair da Terra? Ironizei. Mas temos uma solução pra este caso! Solução! Que solução? Meu amigo Erick! Já lhe falei muito sobre ele! Ele aceita levar Luecy até o senhor! Verdade isso, Erick? Perguntou o homem a meu amigo. Sempre quis ir até aí! Alegou Erick. Não é uma viagem de duas horas e não posso lhe devolver rapidamente! Não é como viajar para Araçatuba! Sei de tudo isso! Confirmou Erick. Como Erick pode entender o senhor? Estranhei. Mas já sabia a resposta. Falo sua língua! Lembra? Estudei com você! Se calou por um instante, depois perguntou: Quanto tempo pretende ficar conosco, Erick? O tempo que o senhor me aceitar! Não sentirá falta de casa? Não tenho nada por aqui! Sempre estive abandonado! Embora você não seja assim uma criança, é um bom adolescente e com certeza sua companhia fará muito bem pra nosso Regis! Porém é uma decisão difícil! Pedi muitas vezes, pra que Regis convencesse o senhor em me levar! Sei de tudo isso! Ele sempre me pediu isso! O senhor Frene se virou para o meu outro eu, a oitenta e sete anos-luz de distância e perguntou: O que você acha de um novo amiguinho, querido Regis? Se é amigo de meu irmãozinho, gostarei muito! Insinuou meu outro eu, um pouco tímido. 21

22 Celso Innocente Se assim desejarem: Regis, você pode ficar com seus pais e Erick venha com Luecy. Só que a permanência por aqui será muito longa! Talvez pra sempre! Levantei-me da poltrona, ainda ouvindo o senhor Frene: Concorda realmente Erick? Sim! Afirmou ele, entusiasmado. Promete não ficar choramingando pelos cantos, como fazia esse meu amado filhinho terráqueo? Ficarei aí com Regis dois! Bem vindo à bordo! Riu o senhor Frene. Só temos um problema! Qual? Questionei-o. Durante a viagem, você se alimentou bem? Não muito! Neguei, me lembrando de que não havia alimentos para Erick na nave. Posso fazer Erick dormir durante toda a viagem! Insinuou o senhor Frene. Assim ele não precisará de alimentos! Não quero dormir! Negou meu amigo. Quem ousaria passar todo o tempo dormindo, durante a mais espetacular viagem de toda a sua vida? Nem eu! Esperem só um pouco! Resolvi, correndo para casa. Abri a geladeira de mamãe e raptei duas bandejas de iogurte, um queijo tipo frescarine, inteiro, um pacote de salsichas, uma bola de mortadela de um quilo... E do armário, três caixas de leite longa vida, duas caixas de suco de soja, uma lata de achocolatado, dois pacotes de bolachas doces, dois de bolachas salgadas, duas latas de sardinhas em conserva e um vidro de azeitonas verdes. Enchi duas garrafas pets descartável, com água; coloquei tudo em três 22

23 O retorno do menino do espaço sacolas plásticas; segui ao quarto e mesmo no escuro, apanhei um monte de roupas que teria certeza serem de Erick e então, quase não conseguindo carregar, retornei até a espaçonave, entregando tudo a Erick e o acompanhando até a cozinha, dizendo: Sei que não é o suficiente! Acho que terá que fazer bastante economia, mas não vai morrer durante a viagem! Enquanto me retirava, já no corredor entre à cabine e o grande hall de entrada, ouvi o senhor Frene, dizendo: Não se preocupe, em uma viagem espacial não se come muito! Regis: Até qualquer dia! Não se esqueça de que o amamos muito! Voltei-me sorrindo e acenei dizendo: Eu amo muito o senhor também! Mas também amo muito minha família e a Terra! Retornei, dei um abraço em Erick, dizendo: Tenho certeza de que você será muito feliz por lá! Agradeça seus pais por mim! Pode deixar que eu cuide da situação! Volteime a Luecy, dizendo: Agora você tem um novo amigo pra perturbar e ensinar-lhe muita coisa. Ele nadará pelado em seu lugar! Boa idéia! Mas lá tem outro Regis pra você azucrinar! Quando já ia descer pelas escadas, elas se recolheram rapidamente e a porta se fechou bruscamente, então Luecy, ainda no hall da nave, me disse: Garoto Regis! Surpresa! Me apavorei. O motor na nave foi acionado, mesmo não tendo ninguém em sua cabine. 23

24 Celso Innocente O que há Luecy? Gritei com o coração disparado, assustado. Que tal uma pequena viagem até o mundo Suster? Alegou o robô. Pare com isso! Gritei. Quem ligou esta nave? Eu! Alegou ele, até parecendo rir. Não preciso estar na cabine para este treco funcionar! Não vou com vocês, robô hipócrita! Gritei apavorado. Eu explodo esta porcaria! A porta tornou a se abrir, fazendo os degraus de escada, descerem até perto do chão e o robô ironizou: Brincadeirinha! Regis ficará na Terra! Refazendo-me do susto, desci rapidamente da nave. A escada se recolheu e a porta se fechou. Em poucos segundos, seus motores aumentaram a potência e menos de um minuto depois, lentamente começara a tomar altura, então, em mais alguns segundos, como um raio, desapareceu no Universo. Lentamente, ainda olhando para o Céu escuro, retornei para casa, fechei a porta, deitei em minha cama e comecei a pensar em tudo o que ocorrera. 24

25 O retorno do menino do espaço A repercussão dos fatos A o acordar, já passava das nove horas da manhã de domingo. Olhei para o colchão vazio ao lado de minha cama e tive a confirmação de que não fôra um sonho. Levantei-me e segui para a cozinha, onde encontrei mamãe, cuidando da louça, do jantar anterior. Oi mamãe! Chamei-a. Ela se voltou, vindo novamente me abraçar: Oi filhinho! Você dormiu bem? Descansou bastante? Não estou cansado mamãe! A viagem pelo espaço não cansa as pessoas! É bastante chata, porque não se tem muito o que fazer naquele espaço limitado, mas é confortável! Que bom que você está aqui! Que bom que não é apenas um sonho! Continuava me apertando forte. Não é mamãe! Nem pra mim! Voltei pra ficar aqui pra sempre! Sonhava com você todas as noites, durante todos esses anos! Sabia que você estava vivo... Recomeçara a chorar....em uma estrelinha qualquer! Só não sabia qual era ela! 25

26 Celso Innocente Eu também sonhava com todos daqui! Todos os dias! Você viu o Erick? Perguntou-me ela, parecendo desconfiar de algo. Ele desapareceu! Mamãe Ele foi embora Embora! Como assim? Ele não tem pra onde ir! Apontei com o dedo para o espaço, sem nada dizer. Onde Regis? Assustou-se ela. O lugar dele é aqui, conosco! Ele se foi em meu lugar! Mandou que agradecesse a senhora e papai. Regis, você está brincando comigo! Diga que está! Acenei que não Aquela nave que trouxe você, foi embora na mesma hora e Erick estava aqui, até irmos dormir! A nave retornou durante a madrugada! Não pode ser verdade! Apavorou-se ela. Erick tem que ficar aqui! Ele sempre esteve abandonado aqui na Terra! Sempre quis ir em meu lugar, pro planeta do senhor Frene! Isto agora aconteceu! Não podemos fazer mais nada! A mãe dele vai ficar louca! A mãe dele, nunca o quis de verdade! Agora ela não precisará mais se preocupar. Regis! Você não podia ter deixado isso acontecer! Você acompanhou isso? Era a mim, que eles queriam levar novamente! Nunca mais teremos sossego com esse fulano do espaço! Se desesperou ela. Garanto que eles jamais virão me buscar! O Erick sim, sempre estará com eles! Não podemos fazer nada! Somente torcer por ele! Alem de que: ele não foi 26

27 O retorno do menino do espaço sequestrado! Prontificou-se a ir! Garanto que lá, ele será muito feliz! Ela não se conformava. Seguiu para a sala, deitando-se no sofá. Acho que sua pressão, caiu um pouco. E quem assaltou minha geladeira e meu armário? Fiquei meio sem jeito: Foi a última vez, que Erick lhe deu gastos, mamãe! Insinuei. Mas não foi ele quem pegou!... Fui eu!... Acontece que a viagem é muito longa e na nave não existia mais nada! Eu passei necessidades na vinda! Nunca mais teremos sossego! Já está decidido! Jamais sairei da Terra! Aos poucos minha vida retornará ao normal. Pode acreditar! Você deveria estar mocinho, como o Erick e seus irmãos! Portanto é só um garotinho de nove anos! Acho que isto até é bom! Insinuei. Afinal, perdi oito anos de convívio com vocês! Estes oito anos serão compensados agora! O que vai ser de nós? A senhora não gosta de mim, assim criança? Levantou-se, me abraçando novamente e dizendo: Eu o amo muito, filhinho! Do jeito que estiver! Você está muito lindo! Eu sabia que voltaria um dia! E sempre esperei você, ainda criança! Nunca o imaginei mais velho! Só precisarei arranjar novos amigos! Os meus já estão todos adultos! Você demorou muito pra retornar! Nós estávamos ficando cada dia mais desesperados! Sua ausência era uma ferida em nosso peito, que teimava em não cicatrizar. 27

28 Celso Innocente Sabe mamãe, eu deveria ter voltado muito antes; mas tive que prometer ficar por lá Como assim? Lembra-se do acidente de Paulinho? Ela se entristeceu novamente: Você soube? Ele quase morreu! Ficou muito mal mesmo! Nós acompanhamos todo o sofrimento dele, junto com a senhora e papai. Viu tudo? O senhor Frene me devolveria à Terra, mas como o estado de Paulinho era muito sério, se comprometeu em salvá-lo, desde que eu aceitasse ficar pra sempre em Suster. O que você está dizendo? Quer dizer que Paulinho foi salvo pelos dois médicos mais experientes de Suster. Isso não é possível! Negou ela com lágrimas. O que ocorreu na verdade, foi um milagre que os médicos não entenderam! Sim! Um milagre de Deus! Mas com a experiência de dois grandes médicos! Alem dos médicos aqui da Terra, que também trabalharam com muita dedicação. Os médicos admiraram a milagrosa recuperação sem sequelas de Paulinho. Ela continuava chorando. Pois é mamãe! Com isto, tive que permanecer em Suster! Só consegui voltar agora, graças às travessuras do robô, que me trouxe sem permissão do senhor Frene! Sem permissão? Assustou-se ela. Isso mesmo! Viemos escondidos. Ah não! Então esse homem virá te buscar novamente! 28

29 O retorno do menino do espaço Não tenha medo! Ri. Ele já concordou em me trocar por Erick. Alem do mais, já existe um novo garotinho de seis anos de idade em meu lugar. Ele sequestrou outro menino? Se incomodou mamãe. Não! O único terráqueo atualmente no espaço é o Erick! E quem é o outro menino? Você me disse da outra vez, que lá não nascem crianças! Não se preocupe mãe! Milagres da tecnologia de um mundo avançado! Sabe filhinho, toda noite eu ficava olhando pras estrelas, imaginando em qual delas estaria você. Quando via uma muito brilhante, que até parecia piscar pra mim, imaginava vê-lo e assim, como no final do filme O Pequeno Príncipe, esperava ouvir seu sorriso bonito, vindo direto pra mim, mas como você nunca sorria, Ela chorava bastante. acreditava que você estivesse muito triste. Eu também chorava com ela. Puxa, como sou chorão! Realmente mamãe, eu nunca ficava feliz! Aquele domingo foi passando muito depressa. Nossa casa estava sempre cheia de gente, amigos e curiosos, em busca das notícias de meu retorno. Assim como era em Suster, aqui também, até parecia que eu era um ídolo, onde todos me admiravam e faziam centenas de perguntas, das mais simples até as mais esquisitas. No final da tarde, estava brincando com Paulinho, no fundo de nosso quintal, quando percebi parar em frente de casa, um carro tipo Santana Quantum, de uma emissora de televisão regional. Seus ocupantes: um homem branco 29

30 Celso Innocente de uns vinte e cinco anos e uma linda mulher morena, de cabelos longos, aparentando uns vinte anos, apearam do veículo e antes de chamar, papai os atendeu, ficaram conversando por alguns minutos, então o homem apanhou uma câmera de tevê e a mulher, um microfone. Tendo certeza de que o assunto era eu, me aproximei. A moça educadamente cumprimentou-me: Olá! Você é Regis, suponho! Sim! Sou eu! Podemos saber um pouco de sua história? Prefiro que não! Neguei Podem saber minha história; mas prefiro que não divulguem! Por quê? Se você falar de mim na televisão, em poucos dias, vou acabar parando novamente na NASA. Isso é bom! Suponho! Já estive lá! Gostei! Mas prefiro ficar quietinho aqui em casa. Assim como ficamos sabendo de seu retorno, outros saberão! Mesmo que a gente não comente nada! Isso lá é verdade! Concordei. Papai decide o que vocês podem fazer. Eu porem prefiro não comentar nada na televisão. Pelo menos por alguns dias. Realmente não falei nada, mas papai permitiu que eles gravassem uma longa reportagem. Afinal, minha história era muito interessante. Dez horas daquela noite, me aproximei da cama onde meus pais já estavam dormindo e chamei em voz baixa: Mamãe! O que foi? Se surpreendeu ela. Posso dormir com você? 30

31 O retorno do menino do espaço Mas... Por quê? Se admirou. Por favor! Só hoje! Papai se levantou, dizendo: Tudo bem! Durma em meu lugar, que eu durmo na sua cama. Na manhã de segunda-feira, às sete horas, em um jornal regional, o apresentador anunciou: Após sete anos desaparecido, retornou no inicio da noite de sábado à Terra, o menino Regis Fernando de Araújo. A reportagem é de Silvia Helena. Em reportagem gravada em nossa casa na tarde de domingo, com imagens do local, a repórter dizia: Eram sete horas da noite deste Sábado, quando um enorme disco-voador, pousou novamente em Penápolis, trazendo de volta, o garoto Regis, que estava desaparecido desde um mil novecentos e oitenta e um. É fácil acreditar que Regis fôra sequestrado por alienígenas, pois durante estes sete anos, ele não envelheceu nada, continuando com a mesma aparência de quando desapareceu. Tenho comigo uma foto de Regis, feita em mil novecentos e setenta e nove e comparando com ele aqui a meu lado, se percebe que não mudou em nada e olha que sendo criança, sete anos depois, a aparência mudaria muito. Regis prefere não dar entrevistas. Pediu que deixássemos para outro dia, mas seu pai concordou em falar. Virou-se para papai e perguntou: O que aconteceu realmente? Na verdade, Regis foi sequestrado duas vezes. A primeira foi no dia vinte e cinco de Março de oitenta, sendo devolvido exatamente um ano depois. Naquele mesmo ano, oitenta e um, no dia vinte e seis de agosto, ele foi novamente sequestrado. Naquele dia, quando começou 31

32 Celso Innocente a escurecer e Regis não chegava da escola, começamos a nos desesperar. Quando escureceu de vez, minha mulher quase morreu. Já sabíamos que por mais um ano, estaríamos sem nosso filho. A coisa foi muito pior, pois depois de sofrermos muito, um ano se passou e Regis não retornou. Todos os dias sofríamos muito! Sabíamos que qualquer dia ele retornaria, mas só agora, depois de sete anos, este momento chegou. Como o senhor pode ter certeza, que ele esteve mesmo em outro planeta? Primeiro, porque vi a nave chegando; depois, porque meu filho continua criança, quando já deveria ter dezessete pra dezoito anos. Ele nasceu em oito de Março de Setenta e um. É isso mesmo, segundo disse Regis, ele esteve em um planeta semelhante à Terra, porém mais adiantado e seu nome é Suster. Fica na mesma Via Láctea, a oitenta e sete anos-luz de distância. Regis contou ainda, que a viagem para este planeta, demora pelo menos setenta dias em uma velocidade muito acima da velocidade da luz, que é de trezentos mil quilômetros por segundo. Novamente o microfone foi direcionado para papai, que concluiu, me abraçando: Meu filho, agora só quer descansar, curtir sua infância na Terra e prometeu que jamais sairá daqui. A repórter encerrou: Silvia Helena, diretamente de Penápolis, aqui na Terra. Ironizou ela. Para o Primeiro Jornal. O apresentador do jornal, ainda comentou: Regis nos faz lembrar o personagem de histórias infantis, Peter Pan, o menino que não queria crescer. O interessante é que ele não é um anão que não quer crescer. Na verdade, ele não está é envelhecendo. Pelo 32

33 O retorno do menino do espaço que vimos aí na reportagem de Silvia, ele realmente continua igual sua foto de mil novecentos e setenta e nove. Nove anos atrás. Naquela manhã, papai e meus irmãos, Luis de vinte e um anos e Leandro de dezenove, foram trabalhar; minha irmã Letícia, de dezesseis e os irmãos Carlos Henrique de quatorze e Paulinho de treze anos, foram para a escola. Consequentemente, fiquei sozinho em casa, com mamãe. Na realidade, não ficamos tão sozinhos assim, pois, principalmente depois do jornal da tevê, muitos curiosos apareceram. Alguns, mais tímidos, apenas passavam em frente de nossa casa, devagar... olhando; outros, até chamavam no portão e mamãe aparecia para atendê-los. Eu evitava sair na rua, só aparecendo quando se tratasse de pessoas conhecidas, mesmo porque nestes casos, mamãe às convidava para entrar. Durante toda aquela manhã foi assim. Sentia pena de mamãe, pois seu serviço de casa estava cada vez mais atrasado. Por isso mesmo, tentando ajudá-la, como fazia no passado distante, lavei toda a louça, preparei as sete camas, varri toda a casa e passei pano molhado nos móveis da sala e da copa. Meu filhinho! Me abraçou ela com lágrimas. Você tá trabalhando tanto! Vá descansar! Não estou cansado mamãe! Desse jeito vou ficar mal acostumado! Brinquei. A senhora está me paparicando muito! Enquanto ela tentava preparar o almoço, descasquei e piquei uma abobrinha menina e cortei alguns tomates, que ela iniciara e teve que atender a porta. Por volta do meio dia, todo nosso batalhão familiar, retornou para o almoço, que foi servido no horário de costume, depois, deitei-me para descansar um pouco. 33

34 Celso Innocente Acordei por volta das quatorze horas e corri ao banheiro, para lavar o rosto e tirar a preguiça. Neste horário, em casa, estava eu, mamãe e Paulinho. Minha irmã e Henrique, haviam ido ao curso de Inglês. Alguém chamou por mamãe no portão e ela, já cansada dessa rotina, correu atender. Poucos segundos depois, retornou acompanhada por uma linda jovem (a mais bonita que já vi em minha curta existência na Terra): morena, de cabelos longos. Pensei logo se tratar de outra repórter de televisão. Porém estava sem maquiagem. Oi Regis! Cumprimentou-me ela, com um lindo sorriso, no canto esquerdo da boca, brilhando em um batom incolor. Você realmente continua o mesmo! Elizabeth! Exclamei, reconhecendo-a, nem mesmo sei como. Levantei-me do sofá e ela me abraçou, beijando meu rosto e deixando que a beijasse também. Você está muito bonita! Você sempre foi muito linda! Quantos anos você tem? A mesma idade que você deveria ter! Dezessete? Você tem namorado? Meu único namorado se chama Regis! Brincou ela, em belo sorriso. Mas ele me deixou! Voltei agora! Disse-lhe com o coração palpitando feliz, como se fosse um príncipe. Você ainda me quer? Serei sempre sua namorada! Terei que esperar você se tornar um pouco mais adulto Mas vou esperar! Uma sombra de tristeza passou sobre meu rosto. O que foi? Perguntou-me ela. Não me tornarei adulto tão logo! Não se preocupe! Seremos eternos enamorados e eu esperarei por você! 34

35 O retorno do menino do espaço O senhor Frene me disse, que mesmo na Terra, não envelhecerei tão logo! Ela pensou um pouco e disse: Esperaremos! Pode demorar pelo menos uns vinte anos, para que eu comece a envelhecer e mesmo assim, provavelmente jamais possa ter um filho. Era certo que sua conversa de namorado, não passava de mera brincadeira; mas para mim era sério: eu que sempre a admirei em sua infância, me apaixonei imediatamente, quando a reencontrei ali na sala de nossa casa. Gostaria de poder realmente me tornar seu eterno príncipe encantado e chamá-la de minha princesa. Meu coração de criança bateu mais forte, parecendo ter desejos de mocinho, mas seria impossível ela me esperar. Acho que terei que autorizar você me deixar e conseguir outro namorado! Impossível meu gatinho! Riu ela. Faz sete anos que espero por você! Vou continuar te esperando! Quando você tiver quarenta anos, eu estarei parecendo seu filhinho. Ta me chamando de velha? Hoje não! Mas quando você tiver quarenta, eu estarei com a mesma aparência de agora. Não pode ser Regis! Negou mamãe. O clima aqui da Terra é diferente e você vai ficar um moço muito bonito, loguinho, loguinho! Você não acha Beth? Quem sabe? Aleguei. O senhor Frene prometeu me ajudar! Quem? Assustou-se mamãe (ela se assustava muito fácil). Sem que eu precise sair daqui, mamãe! 35

36 Celso Innocente Beth continuou conosco a tarde toda, inclusive, auxiliando mamãe no trabalho de atender a porta e conversar com as pessoas, que buscavam informações sobre o menino que retornou do espaço. Na mesma emissora, a qual noticiara minha volta à Terra, no jornal matutino, em âmbito regional, agora no jornal da noite, reprisara a mesma notícia, porém em âmbito nacional. Pronto! Insinuei sério. Agora vou ficar famoso de verdade! É melhor você cobrar cachê! Brincou Henrique. Me dê um autógrafo? Caçoou Paulinho, pulando sobre mim, no sofá da sala. Por volta das dez horas daquela noite, papai fôra se deitar e eu o acompanhei, deitando-me a seu lado. O que há, Regis? O estranhou. Nada! Posso ficar um pouco aqui? Claro! Me abraçou. Preciso mesmo recuperar o tempo que ficamos longe. Cinco segundos depois, como ele continuava abraçado a mim, lhe pedi: Não precisa me abraçar papai! Sou homem! Pra mim você não é homem! Me deixou. Pra mim você é meu filho! E também estou com necessidades de seu carinho. Quando acordei, chacoalhado por Paulinho, ainda na cama de meus pais, pouco depois das seis horas da manhã seguinte, fiquei sabendo, que em frente de casa, havia um batalhão de gente. Eram repórteres de diversas 36

37 O retorno do menino do espaço emissoras de televisão, rádio, jornal e revista. Papai já havia atendido a todos e prometeu que eu falaria com eles. Fui ao banheiro, tomei um ótimo banho, escovei os dentes, vesti calça e camisa chique. Mamãe penteou meus cabelos, dizendo, que era para que eu ficasse ainda mais bonito, para aparecer na tevê. Tomei um rápido café, com leite e pão caseiro. Tornei a escovar os dentes; não que fosse costume escovar os dentes duas vezes de manhã (tinha vezes que não escovava nenhuma); mas era uma ocasião especial e não ia querer ser visto na televisão, com fiapo de pão grudado nos dentes. Meus três irmãos mais jovens seguiram para a escola. Já passava das sete horas, quando, acompanhado por papai, fui ao encontro dos jornalistas, inclusive a mesma Silvia de domingo: Regis concorda em falar com vocês. Afirmou papai. Desde que seja para todos ao mesmo tempo. Ao contrário, se tornaria muito demorado e cansativo, alem de repetitivo. Naquele momento, as câmeras já estavam ligadas e foi ali mesmo, na entrada do portão, que iniciamos uma pequena entrevista, em regime coletivo. Sinto muito ter feito esperarem por mim! Aleguei. Levantei-me agora a pouco e só agora, acabei de tomar café. Qual sua idade Regis? Perguntou-me alguém. Embora não pareça, tenho dezessete anos! Nasci em março de mil novecentos e setenta e um. Você disse ter sido sequestrado há sete anos, por seres alienígenas. Insinuou outro repórter. Confirma isso? Não eram monstros, como nossa fértil imaginação cria! Neguei. Eram seres humanos, 37

38 Celso Innocente idênticos a nós. Inclusive, foi por isso mesmo que me levaram! Por que seres humanos, idênticos a nós, se preocupariam em sequestrar um menino da Terra? Perguntou-me outro. Em seu planeta não existem crianças! São imortais e só existem adultos! A idade média de cada um de seus mais de três bilhões de habitantes é de cinco mil anos! Ou seja, qualquer um deles, nasceu antes mesmo de Jesus ter vindo à Terra. Muitos deles, já nos visitaram, a milhares de anos no passado. Como é a vida neste planeta? Perguntou outro repórter. Como é sua alimentação? A alimentação é idêntica à nossa. Com exceção de que lá não se come carne animal! A alimentação é a base vegetal e muita coisa concentrada, principalmente para longas viagens! Como, concentrada? Existe uma espécie de alimentação concentrada em minúsculos tubos, como uma cápsula de remédio. Ao se fazer uma viagem muito longa, como vir à Terra por exemplo, seria impossível armazenar alimentação para seus setenta dias de viagem, então eles utilizam pouca alimentação natural e na maioria, concentrada. Esta alimentação não tem gosto, mas por outro lado, a pessoa não precisa ir ao banheiro, não engorda e não sente fome. Eu prefiro muito mais um bife com batata frita! Faz tempo que não como um desses! Por que eles queriam uma criança? Queriam um filho infantil! Diziam que uma criança traz felicidade! Para eles eu era muito especial! Só retornei porque fugi; caso contrário ainda estaria lá. Jamais concordariam que eu viesse embora. 38

39 O retorno do menino do espaço Faziam algum mal à você? Mal físico não! Eu sofria sim! Mas era com a ausência de casa; de minha família e de meus amigos! O que você fazia nesse lugar? Brincava sempre sozinho, ou com um robô esperto; jogava videogame, nadava sozinho, ou às vezes acompanhado por uma jovem chamada Leandra. Acho que o nome verdadeiro dela nem era esse! Ia à televisão, ao parque... viajava um pouco e ultimamente estudava bastante. Realmente esta seria outra pergunta! Insinuou a repórter Silvia. A gente percebe que você fala até muito bem, se compararmos à uma criança de nove a dez anos de idade! Você estudava naquele planeta? Quando Sai de lá, estava cursando a sétima série! Estudava pelo menos seis horas diárias! Eles falam nosso idioma? Falam Português? Não! Não consigo entender patavina de seu idioma! A gente se comunicava, graças a um aparelho tradutor criado por eles. Aliás, estão centenas de anos, avançados em relação à nós. Esses equipamentos de televisão que vocês estão utilizando aqui, não existem lá! Não há necessidade que um cameraman fique com um peso desses nos ombros! Isso lá é em miniatura e controlado por um sistema computadorizado. Não possuem fita magnética. São minúsculos cartões, capazes de armazenar imagens de um dia inteiro de gravação. Como funciona a nave espacial? Não sei direito! Neguei. Quando se vai fazer uma viagem, os engenheiros estudam e traçam toda a rota em um computador de bordo! Embora haja um ou mais astronautas, acompanhando toda a viagem, a nave é pilotada praticamente no automático. É tão simples, que 39

40 Celso Innocente até mesmo eu, já pilotei uma delas. E isto, quando eu tinha realmente nove anos de idade! Como é possível uma viagem tão longa ser realizada em pouco tempo? Setenta dias é muito pouco, visto a distância real. Concordo e não sei explicar! Só sei que a nave viaja numa velocidade superior a velocidade da luz. Eles me disseram também, que no espaço, o tempo passa mais depressa, o que talvez complicasse ainda mais nosso entendimento. Mais depressa? Questionou-me um dos repórteres. Não seria o contrário? Realmente! Concordei. Pra quem está dentro da nave, quanto maior a velocidade, mais os ponteiros do relógio parecem parar! A tal viagem de setenta e um dias, parece ser feita em sete ou dez dias! Sei lá! É apenas impressão! Talvez explique o motivo pelo qual você não envelheceu! Comentou a repórter Silvia. Pode até ser um dos motivos também! Mas não o real! Como é o planeta onde você esteve? Idêntico à Terra? É e não é! Gesticulei com as mãos. Tem um clima idêntico ao nosso! Tem água, oxigênio, nitrogênio, vaporização da água, dióxido de carbono, temperatura de trinta e cinco graus Tem os tais efeitos eletromagnéticos, protegendo o planeta contra os tais ventos solares (estelares). Mas não tem noites! Duas estrelas gigantes se encarregam de iluminá-lo em suas trinta e duas horas diárias. Só em determinado período do ano, que passa um pequeno espaço de tempo diário, sem iluminação em certa 40

41 O retorno do menino do espaço parte do planeta 2. Não onde eu morava! E assim mesmo o período é tão pouco que não chega a escurecê-lo. Pra se ter uma idéia, os carros de lá não possuem faróis. Chove? Semelhante à Terra. Porém nunca presenciei tempestades muito violentas! Chega a sofrer descargas de raios e trovões e até mesmo, traz certa escuridão ao planeta! Por isso mesmo, o senhor Frene mencionou, que seria útil a instalação de faróis em carros e mais lâmpadas nas residências. Deve ser muito calor! Trinta e cinco graus! Existe também a camada de ozônio, que assim como na Terra, protege o planeta contra os raios ultravioletas, que é pior do que aqui, devido não haver noites e ser bombardeado constantemente por duas estrelas. Só que a deles é pro...tegida. Os susterianos, por não gerarem mais vidas, prezam muito as que têm, então, ao contrário de nós, não devastam tudo! Eles protegem e conservam sua camada de ozônio. Não existem nada em spray e conservam rigorosamente as matas naturais e todo tipo de natureza. Se eles são seres humanos idênticos a nós e saudáveis, inclusive imortais, por que não existem crianças? Houve risos, imaginando uma pergunta um pouco maliciosa. A princípio, eles achavam que era escassez de oxigênio, mas depois de muito estudo, concluíram que a mesma radioatividade que os tornaram praticamente 2 Isto acontece devido a órbita elíptica com que o exo-planeta faz ao centro de suas duas estrelas gigantes. 41

42 Celso Innocente imortais, também os tornaram estéreis. Respondi, também com leve sorriso. Eles não namoram? Claro! Namoram, casam e transam normalmente! Só não geram bebês! Acho esse assunto desnecessário! Insinuou papai. Tudo bem papai! Aleguei com sorriso maroto. Já tenho dezessete anos! Já estudei sobre isso! Todos riram. Você aprendeu muito sobre aquele planeta? Estive lá por oito anos! Não tinha muito o que se fazer, a não ser estudar e perguntar. Aprendi muito! Posso ser considerado um susteriano original! Claro que foi apenas uma metáfora. Como é viajar no espaço? Belo! Magnífico! Recomendaria a todos! Posso ser considerado privilegiado. O que se vê? O espaço sideral, muda de cor e forma a todo o momento! Às vezes é azul, ou verde; então muda pra um tom rosado, ao mesmo tempo escurece. Muitas vezes, deparamos com chuva de meteoritos, outras vezes, são meteoros grandes se a nave fosse pilotada manualmente, com certeza não se chegaria a nenhum lugar, mas, como ela é automática, consegue desviar de todos os meteoros pesados. Os menores se desviam por si mesmo! É como se a nave tivesse um repelente contra esses... digamos... insetos! Como se fosse um objeto imantado de pólo semelhante aos meteoritos! Pólos idênticos se repelem! Não é isso? Dá pra assistir aurora boreal? 42

43 O retorno do menino do espaço Muito difícil! Este fenômeno acontece geralmente nos polos dos planetas! Se a nave se desvia dos meteoros, com certeza sai fora da rota traçada pelos engenheiros. E aí? O computador de bordo alarma, percebendo o ocorrido e a coloca novamente na rota. O senhor Rud me disse, que se a nave ficar fora de rota apenas um milímetro, ela jamais chegara a seu destino real. Como os engenheiros conseguem traçar uma rota tão longa? Não sei responder! Só sei que eles usam um mapa estelar! Assim como na Terra, cada estrela pra eles tem um nome! Lógico que não os mesmos nomes dados por nós! Procure em nossos mapas estelares, na Constelação de Ursa Maior e não encontrarás uma estrela por nome Kristall ou Brina! Muito menos, um planeta habitado por nome Suster. Elas estão nessa constelação? Sim! Mas não são vistas da Terra, a olho nu! Como eles descobriram Regis aqui na Terra? Como eles descobriram à Terra? Isso foi a cinco mil anos!... Não Regis... Que não existia. Emendei. Mas à Terra! O pai do senhor Frene foi um dos descobridores. Quando uma estrela explodiu no espaço, ameaçando Suster, alguns astronautas, imaginando ser o fim de sua espécie, saíram pelo Universo em busca de um planeta ideal. A maioria deles jamais retornaram. Devem ter morrido, ou se perdido no espaço. O pai do senhor Frene, com outros quinze tripulantes chegou à Terra, mas retornou alguns anos depois. Eles tornaram a visitar nossa Terra mais algumas vezes. Depois, devido à longa distância e como as naves não eram tão modernas como as de hoje... Naquela época, se demorava 43

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