DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO

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1 DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO MASTER JURIS RJ Prof. LUIZ OLIVEIRA CASTRO JUNGSTEDT Agosto/2015 da Aula 2

2 18 FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL ESTATUTO DA CORTE INTERNACIONAL DE JUSTIÇA art 38 CONVENÇÕES INTERNACIONAIS PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO COSTUME INTERNACIONAL DOUTRINA E JURISPRUDÊNCIA DOS ESTADOS SOBERANOS

3 19 FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL COSTUME INTERNACIONAL REGRAS DE TRATO SOCIAL COM NASCIMENTO ESPONTÂNEO ELEMENTOS MATERIAIS ELEMENTO PSICOLÓGICO UNIFORMIDADE REPETIÇÃO CERTEZA DA OBRIGATORIEDADE

4 20 FONTES DO DIREITO INTERNACINAL PRINCÍPIOS DO DIREITO INTERNACIONAL art 53 da Convenção de Viena sobre TRATADOS/1969 PRINCÍPIO COMO NORMA IMPERATIVA existem vários PRINCÍPIOS, entre eles NÃO AGRESSÃO AUTODETERMINAÇÃO DOS POVOS BOA-FÉ NÃO INTERVENÇÃO EM ASSUNTOS INTERNOS COOPERAÇÃO INTERNACIONAL PREVALÊNCIA DOS DIREITOS HUMANOS SOLUÇÃO PACÍFICA DOS LITÍGIOS PROIBIÇÃO DE PROPAGANDA DE GUERRA USO OU AMEAÇA DE FORÇA IGUALDADE SOBERANA pacta sunt servanda PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE PRINCÍPIO DA COMPLEMENTARIEDADE

5 21 FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL TRATADOS acordo voluntário e escrito entre sujeitos de direito internacional VOLUNTARISMO livre vontade de fazê-lo COORDENAÇÃO sem subordinação ESTABELECE REGRAS DE CONVIVÊNCIA

6 22 ETAPAS DO PROCESSO DE ELABORAÇÃO DOS TRATADOS 1. NEGOCIAÇÃO 2. ADOÇÃO DO TEXTO 3. ASSINATURA 4. REFERENDO DO PARLAMENTO 5. RATIFICAÇÃO 6. PROMULGAÇÃO E PUBLICAÇÃO 7. REGISTRO ETAPA INTERNACIONAL ETAPA INTERNA

7 23 FASES DA CRIAÇÃO DE UM TRATADO 1 NEGOCIAÇÃO FASE INTERNACIONAL / ADOÇÃO DO TEXTO / ASSINATURA FASE INTERNA REFERENDO DO PARLAMENTO FASE INTERNACIONAL RATIFICAÇÃO FASE INTERNA PROMULGAÇÃO FASE INTERNACIONAL DEPÓSITO NA ONU

8 24 FORMAÇÃO DOS TRATADOS CONVENÇÃO DE VIENA DE ª ETAPA NEGOCIAÇÕES PRELIMINARES provocadas por interessescomuns ENCONTROS ENTRE DILOMATAS rodadas de negociações art 7º da Concenção de Viena/1969 SEM PRAZO PARA CONCLUSÃO

9 25 FORMAÇÃO DOS TRATADOS CONVENÇÃO DE VIENA DE ª ETAPA ADOÇÃO DO TEXTO UMA VEZ APROVADO PELOS PAÍSES

10 26 FORMAÇÃO DOS TRATADOS CONVENÇÃO DE VIENA DE ª ETAPA ASSINATURA DO TRATADO NÃO É SUFICIÊNTE PARA ENTRAR EM VIGOR PROTOCOLO DE INTENÇÕES SUJEITAS AS CONDIÇÕES DE VALIDADE

11 27 FORMAÇÃO DOS TRATADOS CONVENÇÃO DE VIENA DE ª ETAPA CONDIÇÕES DE VALIDADE PARA ASSINATURA DO TRATADO HABILITAÇÃO DOS AGENTES SIGNATÁRIOS PRESIDENTE DA REPÚBLICA MINISTRA DAS RELAÇÕES EXTERIORES DIPLOMATA COM CARTA DE PLENOS PODERES AGENTE PLENIPOTENCIÁRIO

12 28 FORMAÇÃO DOS TRATADOS CONVENÇÃO DE VIENA DE ª ETAPA REFERENDO DO CONGRESSO NACIONAL CONCORDÂNCIA DA SOCIEDADE BRASILEIRA REJEIÇÃO art 49,I da CRFB APROVAÇÃO DECRETO LEGISLATIVO APROVAÇÃO EM PARTE - RESERVA - QUORUM LEGISLATIVO P/ REFERENDO DEPENDERÁ DO CONTEÚDO DO TRATADO

13 29 FORMAÇÃO DOS TRATADOS CONVENÇÃO DE VIENA DE ª ETAPA R EFER EN D O DO CONGRESSO NACIONAL QUORUM PARA DELIBERAÇÃO DO REFERENDO DEPENDERÁ DO CONTEÚDO DO TRATADO DIRE ITO S HUMANOS TRATADOS EM GERAL EMENDA CONSTITUCIONAL SUPRA LEGAL LE I ORDINÁRIA art 5º, 3º c/c art 60, 2º CRFB STF - QUORUM SIMLES QUORUM SIM LE S dois turnos três quintos dos votos

14 30 FORMAÇÃO DOS TRATADOS CONVENÇÃO DE VIENA DE ª ETAPA RATIFICAÇÃO OBRIGAÇÃO DE CUMPRIR O TRATADO INTERNACIONALMENTE ATO EXCLUSIVO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA ATO DE DEPÓSITO ATO DISCRICIONÁRIO SE QUISER QUANDO QUISER NÃO EXISTE RATIFICAÇÃO TÁCITA

15 31 FORMAÇÃO DOS TRATADOS CONVENÇÃO DE VIENA DE ª ETAPA PROMULGAÇÃO E PUBLICAÇÃO GERAR EFEITO INTERNO INTERNALIZAÇÃO DO TRATADO COMPETÊNCIA EXCLUSIVA PRESIDENTE DA REPÚBLICA DECRETO DE EXECUÇÃO

16 32 ETAPAS DO PROCESSO DE ELABORAÇÃO DOS TRATADOS 7ª ETAPA REGISTRO NA ONU art 102, 2º da CARTA DA ONU

17 33 CLASSIFICAÇÃO DOS TRATADOS QUANTO AO NÚMERO DE PARTES BILATERAL ou particular MULTILAREAL ou coletivos... QUANTO A EXECUÇÃO NO TEMPO TRANSITÓRIO - cessão de territótios... PERMANETE - comércio, extradição... QUANTO A NATUREZA JURÍDICA TRATADOS LEI TRATADOS CONTRATO QUANTO AO PROCEDIMENTO STRITO SENSU - 3 fases FORMA SIMPLIFICADA - única fase QUANTO A ESTRUTURA DA EXECUÇÃO MUTABILIZÁVEIS - art 40 da Conv.Viena/69 NÃO MUTABILIZÁVEIS QUANTO A POSSIBILIDADE DE ADESÃO POSTERIOR ABERTO FECHADO

18 34 TRATADOS STRITO SENSU DUAS FASES INTERNACIONAIS UMA FASE INTERNA NEGOCIAÇÃO A ASSINATURA RATIFICAÇÃO REFERENDUM DO PARLAMENTO PROMULGAÇÃO

19 35 RESERVA art 2º, 1. d CONVENÇÃO DE VIENA/1969 DECLARAÇÃO UNILATERAL EXCLUIR MODIFICAR O EFEITO JURÍDICO DE CERTAS DISPOSIÇÕES DO TRATADO

20 36 RESERVA art 19 CONVENÇÃO DE VIENA/1969 NÃO SERÁ POSSÍVEL QUANDO PROIBIDA PELO TRATADO O TRATADO DELIMITA O QUE PODE SER RESERVADO QUANDO INCOMPATÍVEL COM O OBJETO DO TRATADO

21 37 INTERPRETAÇÃO DOS TRATADOS art 31 da CONVENÇÃO DE VIENA/1969 UM TRATADO DEVE SER INTERPRETADO DE BOA FÉ TENDO COMO PONTO DE PARTIDA SEU PRÓPRIO TEXTO, PREAMBULO E ANEXOS MEIOS SUPLEMENTARES DE INTERPRETAÇÃO como os trabalhos preparatórios art 32 da Convenção de Viena/1969

22 38 EXTINÇÃO DO TRATADO art 54 da Convenção de Viena / 1969 DE CONFORMIDADE COM AS DISPOSIÇÕES DO TRATADO PELO CONSENTIMENTO DE TODAS AS PARTES POSSIBILIDADE DE PRÉVIA SUSPENSÃO art 57 da Convenção de Viena / 1969

23 39 EXTINÇÃO DO TRATADO DENÚNCIA ATO UNILATERAL COMPETÊNCIA EXCLUSIVA PRESIDENTE DA REPÚBLICA em razão 1. Denúncia do Pacto das Nações parecer de Clóvis Beviláqua 2. Denúncia a Convenção 158 da OIT feita pelo Decreto nº 2100/1996 ADI 1625/DF info STF 549

24 40 EXTINÇÃO DO TRATADO OUTRAS FORMA DE AB-ROGAÇÃO DOS TRATADOS EXPIRAÇÃO DO TERMO PACTUADO TRATADO POSTERIOR IMPOSSIBILIDADE SUPERVENIENTE VIOLAÇÃO DO TRATADO art 60 da Convenção de Viena/69 EXECUÇÃO INTEGRAL DE SEU OBJRETO CONDIÇÃO RESOLUTIVA ROMPIMENTO DAS RELAÇÕES DIPLOMÁTICAS E CONSULARES ESTADO DE GUERRA

25 DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO MASTER JURIS RJ Prof. LUIZ OLIVEIRA CASTRO JUNGSTEDT Agosto/2015 Início da Aula 3

26 41 NACIONALIDADE DIREITO HUMANO FUNDAMENTAL DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HOMEM DUDH ONU art XV 1.TODO HOMEM TEM DIREITO A UMA NACIONALIDADE art XV 2. NINGUÉM SERÁ ARBITRARIAMENTE PRIVADO DE SUA NACIONALIDADE 2. NEM MESMO O DIREITO DE MUDAR DE NACIONALIDADE

27 42 NACIONALIDADE DIREITO HUMANO FUNDAMENTAL CONVENÇÃO AMERICANA DIREITOS DO HOMEM São José da Costa Rica art XX 1.TODO HOMEM TEM DIREITO A UMA NACIONALIDADE art XX 2. DIREITO A NACIONALIDADE DO ESTADO EM QUE NASCEU art XX 3. NINGUÉM SERÁ ARBITRARIAMENTE PRIVADO DE SUA NACIONALIDADE CASO NÃO TENHA DIREITO A OUTRA 3.1. NEM MESMO O DIREITO DE MUDAR DE NACIONALIDADE

28 43 NACIONALIDADE apesar de toda uma preocupação do DIREITO INTERNACIONAL trata-se de uma de DIREITO INTERNO competência exclusiva dos ESTADOS SOBERANOS ESTADO SOBERANO É O ÚNICO OUTORGANTE DA NACIONALIDADE BRASIL - art 12 da CRFB esta regra é confirmada pela CONVENÇÃO DE HAIA Decreto nº /1932 art 1º- LIBERDADE DE CADA ESTADO DETERMINAR POR SUA LEGISLAÇÃO QUAIS SÃO SEUS NACIONAIS art 2º - TODA QUESTÃO RELATIVA A NACIONALIDADE DE UM INDIVIDUO SERÁ RESOLVIDA COM BASE NA LESGISLAÇÃO DE CADA ESTADO

29 44 NACIONALIDADE DIMENSÃO PESSOAL DO ESTADO NACIONALIDADE INTEGRA UM DOS TRÊS ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DE UM ESTADO TERRITÓRIO GOVERNO POPULAÇÃO NACIONAIS + ESTRANGEIROS RESIDENTES

30 45 NACIONALIDADE VÍNCULO JURÍDICO-POLÍTICO QUE LIGA UM INDIVÍDUO A UM ESTADO CONCEITOS COMPLEMENTARES correlatos porém diferentes POVO conjunto de nacionais que formam o estado NAÇÃO conjunto de pessoas com laços sóciocultural JURISDIÇÃO PESSOAL influência do estado em seus nacionais onde quer que estejam POPULAÇÃO - COMUNIDADE NACIONAL conjunto de residentes no território do estado CIDADANIA nacionalidade + direitos políticos votar e ser votado JURISDIÇÃO TERRITORIAL controle de estrangeiros residentes NATURALIDADE imutável local do nascimento

31 46 NACIONALIDADE VÍNCULO JURÍDICO POLÍTICO DEFINIÇÃO LEGAL CADA PAÍS ECOLHERÁ A REGRA QUE ENTENDER MELHOR PARA IDENTIFICAR A NACIONALIDADE ius solis local do nascimento ius sanguinis filiação/sangue ius domicili domicílio PAÍS DE IMIGRAÇÃO PAÍS DE EMIGRAÇÃO CRIAÇÃO DOUTRINÁRIA SEM EXEMPLO

32 47 NACIONALIDADE PRIMÁRIA ou ORIGINÁRIA ( involuntária ) BRASILEIRO NATO CRITÉRIO MISTO ius solis + ius sanguinis ius solis art 12,I,a da CRFB ius sanguinis + registro art 12, I, c ( 1ª parte ) ius sanguinis + a serviço do Brasil art 12,I, b ius sanguinis + opção confirmativa art 12, I, c ( 2ª parte ) NACIONALIDADE POTESTATIVA

33 48 NACIONALIDADE EXCEÇÃO A APLICAÇÃO DO CRITÉRIO ius solis FILHO DE ESTRANGEIRO NASCIDO NO BRASIL desde que OS PAIS ESTEJAM EM SERVIÇO PÚBLICO DO ESTADO DE SUA NACIONALIDADE

34 49 NACIONALIDADE art 12, I, c da CRFB ius sanguinis EXCEÇÃO de carater ampliativo art 95 do ADCT REGRA TRANSITÓRIA PARA FACILITAR A AQUISIÇÃO DA NACIONALIDADE BRASILEIRA CASO VENHAM A RESIDIR NO BRASIL FILHOS DE PAI OU MÃE BRASILEIROS NASCIDO NO EXTERIOR ENTRE 7 de junho de 1994 até a data da PROMULGAÇÃO da EC nº 54/2007 registrado REPARTIÇÃO DIPLOMÁTICA ou CONSULAR registrado OFÍCIO DE REGISTRO

35 50 NACIONALIDADE TRATADO DE IGUALDAADE BRASIL-PORTUGUAL NO BRASIL PORTUGUÊS EQUIPARADO AO BRASILEIRO difere da naturalização - estatus de brasileiro para tal é necessário RECIPROCIDADE EM FAVOR DE BRASILEIRO EM PORTUGUAL salvo 3º do art 12 da CRFB cargos privativos de brasileiros natos

36 51 TRATADO DE IGUALDAADE BRASIL-PORTUGUAL FIRMADO EM BRASÍLIA 7 de setembro de 1971 esteve em vigor de 22.abr.1971 até NOVO COMPROMISSO BILATERAL FIRMADO em PORTO SEGURO 22 de abril de 2000 por ocasião do quinto cenanário do descobrimento do Brasil ab-roga TRATADO DE 1971 REDUZINDO, em certa medida, o escopo da IGUALDADE

37 52 NACIONALIDADE TRATADO DE IGUALDAADE BRASIL-PORTUGUAL NO BRASIL PORTUGUÊS EQUIPARADO AO BRASILEIRO - difere da naturalização - AÇÃO POPULAR NÃO PODE SER EXTRADITADO CONCURSO PÚBLICO entre outros

38 53 NACIONALIDADE DERIVADA secundária ou voluntária BRASILEIRO NATURALIZADO art 12,II da CRFB arts 111 ao124 da Lei nº 6815/1980 Dec Reg. nº /1981 PEDIDO DE NATURALIZAÇÃO ato de vontade NATURALIZAÇÃO EXPRSSA NATURALIZAÇÃO ORDINÁRIA ATO DISCRICIONÁRIO NATURALIZAÇÃO EXTRAORDINÁRIA ATO VINCULADO DIREITO SUBJETIVO

39 54 BRASILEIRO NATURALIZADO art 12,II da CRFB PEDIDO DE NATURALIZAÇÃO NATURALIZAÇÃO ORDINÁRIA QUALQUER ESTRANGEIRO ESTRANGEIRO DE PAÍSES DE LINGUA PORTUGUESA IDEONEIDADE MORAL critério DISCRICIONÁRIO RESIDÊNCIA POR 1 ANO ININTERRUPTA IDONEIDADE MORAL art 112 Lei nº 6815/1980 CRITÉRIO DISCRICIONÁRIO PRAZO MÍNIMO 4 ANOS DE RESIDÊNCIA