O GERENCIAMENTO SUSTENTÁVEL DE RECURSOS HÍDRICOS DIANTE DA PROBLEMÁTICA DE ESCASSEZ DA ÁGUA POTÁVEL COMO IMPACTO AMBIENTAL

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1 1 O GERENCIAMENTO SUSTENTÁVEL DE RECURSOS HÍDRICOS DIANTE DA PROBLEMÁTICA DE ESCASSEZ DA ÁGUA POTÁVEL COMO IMPACTO AMBIENTAL Murilo Fortunato Dropa (UTFPR) mfdropa@hotmail.com Ivanir Luiz de Oliveira (UTFPR) ivanir@pesquisador.cnpq.br João Luiz Kovaleski (UTFPR) kovaleski@utfpr.edu.br Luiz Alberto Pilatti (UTFPR) lapilatti@utfpr.edu.br Mayara Cristina Ghedini da Silva (UTFPR) mayara_ghedini@hotmail.com RESUMO A presente pesquisa tem por objetivo analisar a problemática da escassez da água potável no cenário contemporâneo, evidenciando a importância do gerenciamento sustentável dos recursos hídricos, que consequentemente representa uma contribuição significativa para o Desenvolvimento Sustentável da sociedade. Dessa forma, desenvolveu-se uma pesquisa bibliográfica bibliográfica, beseada em literatura específica, buscando elucidar claramente o objetivo da discussão sobre o tema proposto fundamentada nos seguintes temas: a questão do Meio Ambiente e os impactos ambientais, a ética e responsabilidade social associadas à questão ambiental e a sustentabilidade e o desenvolvimento sustentável. Em seguida, referenciou-se uma abordagem geral sobre a importância da água potável e sua situação no cenário atual, além dos caminhos para a correta gestão dos recursos hídricos. Dessa forma, foi possível identificar a problemática da escassez da água potável e, consequentemente a importância que, atualmente, o gerenciamento sustentável desse recurso natural representa. Palavras chave: Gerenciamentos dos recursos hídricos, Sustentabilidade, Água potável. 1. Introdução Embora aparente simplicidade, o conceito de Meio Ambiente envolve fatores complexos. Ele caracteriza-se por todas as questões que envolvem os seres vivos,

2 2 ou seja, é constituído pelo meio físico (solo, água, clima, ar, etc), pelo meio biótico (flora, fauna, ecossistemas), além dos aspectos culturais, econômicos, sociais, políticos, estéticos, entre outros. Assim, Barbieri (2006) ressalta que o meio ambiente envolve o espaço natural e artificial, ou seja, o ambiente físico e biológico original e o que foi modificado, destruído e construído pelos humanos áreas urbanas, industriais e rurais. Afirma-se, dessa forma, que o meio ambiente não é somente o espaço onde os seres vivos existem, mas a própria condição para a existência de vida na Terra. A má conservação ecológica é uma problemática a nível mundial. Os seres humanos sempre utilizaram os recursos naturais em seu benefício, entretanto de maneira inadequada e excessiva. Assim, recursos como a água, energia solar, minerais, entre outros, foram tratados como bens inesgotáveis e acessíveis a qualquer momento. O maior problema atual representa-se pela escassez da água potável no cenário contemporâneo. Percebendo-se a distribuição desigual da água potável no mundo, além dos elevados índices de escassez desse recurso, faz-se necessário o gerenciamento dos recursos hídricos de maneira eficaz e econômica. Dessa forma, essa pesquisa visa evidenciar que, de maneira simplificada é possível a tomada de decisões que contribuam com a gestão do meio ambiente. O estudo justifica-se pela importância significativa e preciosa da água potável, que através da degradação, poluição e principalmente pelo consumo elevado, representa-se com potencial risco de acabar no futuro. 2. O Meio Ambiente e os impactos ambientais A ISO (2004, p.4) determina o Meio Ambiente como a circunvizinhança em que uma organização opera, incluindo ar, água, solo, recursos naturais, flora, fauna, seres humanos e suas inter-relações. Dessa forma, organizações que de alguma maneira influenciam o espaço no qual se estabelecem, tornam-se responsáveis por esse ambiente que as cercam, tanto pela conservação quanto pelo cumprimento com as legislações ambientais. Os abusos contra a natureza se iniciaram em maior escala no decorrer dos séculos posteriores devido ao constante crescimento populacional. As práticas industriais e a

3 3 expansão populacional aliadas principalmente à falta de conscientização do homem são responsáveis por inúmeros impactos ambientais ocorridos no decorrer dos anos. Os impactos ambientais são definidos como qualquer modificação do meio ambiente, adversa ou benéfica, que resulte, no todo ou em parte, das atividades, produtos ou serviços de uma organização (ISO 14001, 2004). Segundo Erickson (1992) os impactos ambientais atuais são causados principalmente por atividades humanas destrutivas. A extensão das atividades econômicas em todo o mundo está impactando os padrões de uso dos recursos naturais. Barbieri (2006, p.5) contribui com a temática em questão afirmando que os problemas ambientais provocados pelos humanos decorrem do uso do meio ambiente para obter os recursos necessários para produzir os bens e serviços que estes necessitam e dos despejos de materiais e energia não aproveitados no meio ambiente. Assim, como as empresas são responsáveis em maior escala por muito dos impactos ambientais negativos, é natural ser estabelecido às mesmas a atuação de forma responsável, visando sanar ou pelo menos atenuar esses obstáculos. Júnior e Demajorovic (2007) afirmam que atualmente a sociedade observa as empresas como instituições sociopolíticas, estando atenta ao seu comportamento ético a as medidas estabelecidas visando à eliminação dos impactos ambientais citados anteriormente. Dessa forma, espera-se que o pioneirismo para a tomada de medidas preventivas de proteção ambiental demande dessas organizações, onde as pessoas passam a analisar as mesmas como precurssoras dos mais variados programas de Gestão Ambiental. Donaire (1999) justifica essa mudança na perspectiva das organizações quando salienta que uma quantidade crescente de atenção, por parte das organizações tem se voltado para problemas que vão além de características econômicas. A preocupação atinge fatores muito mais amplos, envolvendo preocupações de caráter político-social, entre eles a proteção ao consumidor, controle da poluição, economia de recursos naturais, busca da sustentabilidade e qualidade/segurança. 2.1 Ética e Responsabilidade Social associadas à Questão Ambiental

4 4 No contexto atual a Responsabilidade Social é um tema frequentemente inserido na gestão empresarial de diversas organizações com o objetivo de alinhar os negócios da empresa às práticas socialmente responsáveis. O cenário organizacional se tornou complexo, sendo necessário não só estabelecer qualidade, competitividade e eficiência em seus respectivos produtos e serviços, mas também dirigir sua atenção a outros aspectos ambientais externos, uma vez que os empreendimentos que visam alcançar o sucesso são cada vez mais pressionados a olhar intensamente o impacto das suas operações dentro e fora de suas paredes institucionais e, cuidadosamente, verificar os impactos de suas políticas e ações em seus empregados, clientes, comunidades e na sociedade como um todo (JÚNIOR; DEMAJOROVIC, 2007, p.14) Nesse sentido, o conceito da responsabilidade social tem sido interpretado de diferentes maneiras. Ao mesmo tempo em que é relacionado com a questão legal, pode estabelecer-se como base desse conceito a questão ética e valores morais. A ética, que se refere à reflexão a respeito das noções e princípios que fundamentam a vida moral, é percebida como a forma que a empresa integra os valores éticos na prática do negócio e nas decisões gerenciais. Ashley (2006) estabelece que as organizações devem aprender a equacionar a necessidade de obter lucros, obedecer às leis, possuir um comportamento ético e envolver-se em alguma forma de filantropia junto com as comunidades em que se inserem. Ou seja, adotar comportamentos eticamente aceitáveis une os conceitos de responsabilidade e ética na tomada de decisão dentro da organização. A partir dessas constatações e da atuação das empresas em ações socialmente corretas a Responsabildade Social Empresarial (RSE) é conceituada como: [...] a forma de gestão que se define pela relação ética e transparente da empresa com todos os públicos com os quais ela se relaciona e pelo estabelecimento de metas empresariais que impulsionam o desenvolvimento sustentável da sociedade, preservando recursos ambientais e culturais para as gerações futuras, respeitando a diversidade e promovendo a redução das desigualdades sociais. (INSTITUTO ETHOS DE EMPRESAS E RESPONSABILIDADE SOCIAL, 2009) Essa responsabilidade corporativa está associada à habilidade das empresas em responder a pressões sociais e aos novos desafios de maneira responsável. Nesse sentido, é necessária a adaptação do comportamento corporativo as necessidades

5 5 sociais. Júnior e Demajorovic (2007) ainda afirmam que esse conceito está ligado a dois fatores: em primeiro lugar ao reconhecimento por parte das empresas de que a tomada de decisões, atitudes e resultados organizacionais influenciam em um universo muito mais amplo que apenas os agentes internos da organização. Em segundo lugar a um importante fator de mudanças de comportamento nas empresas que impulsionam mudanças sociais que poderão levar a prosperidade econômica, não só em relação ao negócio, como da própria sociedade. Conforme estabelecido anteriormente, os conceitos da RSE estão relacionados a diferentes fatores. A questão ambiental como integrantes dessa temática é representada pela expressão Responsabilidade Socioambiental, que trata as questões de meio ambiente de maneira diferenciada (JÚNIOR;DEMAJOROVIC, 2007). Nesse sistema encontram-se ações adotadas pelas empresas que visam promover o desenvolvimeto comprometendo-se com o cuidado ao meio ambiente, assim: [...] a variável socioambiental representa um novo condicionamento interno ao processo decisório empresarial. Diante das transformações da economia mundial, o desempenho socioambiental das organizações passou a integrar a exigência de qualidade nos bens e serviços. Logo, as empresas bem sucedidas serão aquelas que conseguirem superar os desafios advindos da incorporação da variável ambiental em suas estratégias de longo prazo (DEMAJOROVIC, 2006, p.52). Nesse contexto, diversos empresários observam como principal desafio conciliar os investimentos necessários para minimizar os impactos ambientais, mantendo a competitividade e contribuindo para o desenvolvimento econômico. Por isso, Júnior e Demajorovic (2007) evidenciam que Responsabilidade Socioambiental funciona com mais do que uma série de iniciativas ou práticas motivadas por marketing social e relações públicas. As iniciativas tomadas devem ser expressões de um esforço sistemático e integrante das operações da empresa, visando atingir as metas e objetivos sociais e ambientais, sempre se antecipando ao enxergar áreas críticas de prováveis problemas, buscando a tomada de medidas preventivas ao invés de corretivas. Finalmente, as estratégias competitivas e a avaliação do desempenho das organizações são cada vez mais influenciadas pelos conceitos e a importância com que a responsabilidade social vem surgindo. As atitudes resultantes da educação ambiental por parte das organizações são fatores que contribuem para o desenvolvimento sustentável. Ou seja, conforme afirma Drucker (2002) todas as

6 6 empresas, sem restrições, devem assumir as devidas responsabilidades por seus atos, o que resulta no fato da irresponsabilidade social não ser um problema que envolve somente uma empresa, mas sim todas as organizações de uma maneira geral. 2.2 A questão da Sustentabilidade e o Desenvolvimento Sustentável Não é raro encontrar organizações que ainda ignorem os diversos impactos ambientais decorrentes de suas atividades. A tentativa de estabelecer mudanças nesse cenário resulta na adoção do Desenvolvimento Sustentável (DS) pelas empresas, ou seja, o suprimento das carências da geração atual sem expor a riscos a capacidade de atender as necessidades das gerações futuras. Representa-se por um desenvolvimento que não esgota os recursos para a posteridade, resultando em atitudes importantes como a reciclagem, reutilização e economia dos recursos naturais. Monteiro (2009) estabelece que o DS se traduz na busca do equilíbrio entre o crescimento econômico e desenvolvimento humano, no sentido da sustentabilidade da vida humana. Ainda consiste em um processo de transformação no qual a exploração dos recursos, a direção dos investimentos, a orientação do desenvolvimento tecnológico e a mudança na concepção da educação institucional harmonizam-se, reforçando o potencial presente e futuro. A educação é um fator primordial atrelado ao DS. Nesse contexto foi desenvolvida e disponibilizada a Agenda 21, um documento que prevê a adoção de um desenvolvimento das organizações, conciliando a proteção ao Meio Ambiente, a diminuição das desigualdades econômicas e o crescimento da economia mundial (ALMEIDA,RIGOLIN, p.172, 2008). Assim, delimita-se que as empresas necessitam de cultura para compreender o significado de se desenvolver de forma sustentável, isto é, progredir sem gerar, no futuro, consequências por isso. A educação e o conhecimento auxiliam para a conscientização de que é possível o desenvolvimento da tecnologia e dos sistemas mecanizados de produção sem a ocorrência de agressões ao meio ambiente. Essa educação para o Desenvolvimento Sustentável é um conceito que visa empoderar as pessoas e as organizações a assumir a responsabilidade de criar e

7 7 futuramente desfrutar de um futuro sustentável. A Agenda 21 (2001) estabelece três premissas básicas dessa educação: - A reorientação do ensino no sentido do Desenvolvimento Sustentável: focar princípios de valores, habilidades, conhecimento e princípios relacionados à questão de meio ambiente e desenvolvimento. - Aumento da consciência pública: população que seja ciente dos objetivos das sociedades sustentáveis, com conhecimento e habilidades para contribuir com esses objetivos. - Promoção do treinamento: desenvolvimento de programas de treinamento especializado para garantir que todos os setores tenham o conhecimento e habilidades necessários para realizar seu trabalho de forma sustentável. Resultado dessas atitudes de DS, o termo Sustentabilidade empresarial surge como a forma da organização se estabelcer como ambientalmente correta durante a sua existência. Monteiro (2009) a define como a capacidade de uma atividade se manter por tempo indeterminado sem colocar em risco o esgotamento, a qualidade e o uso abusivo de seus recursos naturais. Sustentabilidade é um termo de amplo significado, relacionado principalmente a três premissas básicas: os aspectos ambientais ou ecológicos, econômicos e sociais. Por esse motivo, as ações sustentáveis devem visar à preservação da biodiversidade e dos ecossistemas naturais, a viabilidade econômica para a sua implantação e conservação e a garantia de que essas ações atinjam a todos os grupos da sociedade, sem distinções e agressões de valores culturais. Para um maior entendimento e detalhamento das características de cada conceito é interessante a apresentação das mesmas, conforme quadro 1. Aspecto Sustentabilidade Ambiental Sustentabilidade Econômica Sustentabilidade Social Características Conservação geográfica, equilíbrio de ecossistemas, o uso dos recursos naturais minimizando danos aos sistemas de sustentação da vida; redução dos resíduos tóxicos e da poluição, reciclagem de materiais e energia, conservação, tecnologias limpas e de maior eficiência e regras para uma adequada proteção ambiental Públicos e privados, regularização do fluxo desses investimentos, compatibilidade entre padrões de produção e consumo, equilíbrio de balanço de pagamento, acesso à ciência e tecnologia. Melhoria da qualidade de vida da população, eqüidade na distribuição de renda e de diminuição das diferenças sociais, com participação e

8 8 organização popular. Quadro 1 Características da sustentabilidade ambiental, econômica e social. Fonte: Rede de Cooperação para a Sustentabilidade - Catalisa (2005) Considera-se então que a sustentabilidade é uma qualidade das atividades empresariais e humanas que buscam a utilização, preservação e manutenção de todos os recursos disponíveis possibilitando que tais recursos possam existir indefinidamente, utilizando sempre das três premissas básicas desenvolver-se com qualidade, atingindo um resultado econômico e garantindo o respeito aos valores da sociedade. 3. Gestão dos Recursos Hídricos O seguintes conceitos fazem referência a fatores relacionados à Gestão dos Recursos Hídricos, bem como a exposição de dados referentes a indicadores sobre a situação da água potável no mundo globalizado. 3.1 A Importância da água potável e sua situação no cenário atual A água potável caracteriza-se por um constituinte simples, entretanto indispensável para a existência humana. Segundo Botelho (2000, p.55) a água é o constituinte inorgânico mais abundante na matéria viva, pois representa no home 60% do seu peso e chega até 90% nas plantas. Contudo, a importância desse composto não se restringe apenas aos aspectos de nutrição aos seres humanos, mas também diversas atividades econômicas e sociais que dependem muito da qualidade da água. Além disso, Prinavesi, Arzabe e Pedreira (2007) explicam que esse recurso natural é necessário para a manutenção dos ciclos que mantêm o equilíbrio no ecossistema, para refrescar a atmosfera, aumentar a proporção da produtividade agrícola, tornar o clima regional mais ameno e equilibrado, e finalmente, garantir a qualidade de vida dos animais e dos seres humanos. Dois terços da superfície total de 510 milhões de km 2 do planeta são constituídos de água. Contudo, dessa quantidade 97,5% representam água salgada. Ou seja, apenas 2,5% constituem a água doce existente, sendo que desse escasso valor, somente 0,3% estão nos rios e lagos sendo disponíveis para consumo humano. O restante está distribuído em geleiras, calotas polares ou regiões subterrâneas muito profundas. (ANA, 2007)

9 9 A posição do Brasil é privilegiada quando relacionada a disponibilidade de recursos hídricos. Segundo o Plano (2007) aproximadamente 12% do total mundial de água doce são detidos pelo país. Gráfico 1 Distribuição da água doce superficial no mundo Fonte: Adaptado Unesco(apud Plano, 2007) Gráfico 2 Distribuição da água doce superficial no continente americano Fonte: Adaptado Unesco(apud Plano, 2007) Dessa forma, o Brasil possui uma responsabilidade especial no que diz respeito à conservação e adequado manejo desse patrimônio natural. Essa situação pode transformar-se em uma grande vantagem competitiva internacional, caso esses recursos venham a ser bem gerenciados. Relacionado ao fator de distribuição da água por tipo de demanda, o consumo humano urbano e rural corresponde a aproximadamente 1/3 do total utilizado desse recurso. No Brasil, segundo Plano (2007), são consumidos em média, 246 m 3 /habitantes/ano, considerando todos os usos da água, inclusive para a agricultura e indústria. Somente para suprir suas necessidades, um ser humano deve ingerir em média, 2,5 l de água por dia. Como fator de produção de bens em atividades

10 10 produtivas, a larga utilização na indústria, irrigações e notadamente na agricultura ressalta a importância desse recurso natural. É interessante ressaltar que o clima e o regime de chuvas são fatores chaves para os recursos hídricos brasileiros, propiciando uma rede hidrográfica extensa e formada por rios de grande volume de água. Ou seja, a origem de grande quantidade das águas de todos os rios brasileiros são as chuvas. Contudo, apesar dessa significativa disponibilidade de recursos hídricos a distribuição do mesmo é bastante desigual no Brasil, conforme pode ser analisado no gráfico 3. Gráfico 3 Distribuição da água, da superfície e da população no Brasil Fonte: Plano (2007) Segundo estimativas do Plano Nacional de Recursos Hídricos (2007) até o ano de 2025 o número de pessoas que vivem em países submetidos à pressão sobre os recursos hídricos passará de cerca de 700 milhões para mais de 3 bilhões. O problema de falta de água e as alterações climáticas ameaçam aumentar e, até 2080, de 75 milhões para 125 milhões de pessoas subnutridas no mundo. De acordo com Moura (2002) o esgotamento da água doce e limpa será o grande problema do século XXI, sendo que essa água passará a ser tratada como uma commodity, elevando cada vez mais o seu valor. Os principais problemas que resultam no esgotamento da água potável se representam pela poluição dos rios e lagos com efluentes industriais, matérias orgânicas e lixo; pelo comprometimento dos mananciais; pelo desperdício com irrigação inadequada, pelo desperdício no uso doméstico e também pelo crescente aumento da população mundial.

11 11 Segundo a Agenda 21 (1992) a escassez generalizada, a destruição gradual e o agravamento da poluição dos recursos hídricos em muitas regiões do mundo, ao lado da implantação progressiva de atividades incompatíveis, exigem o planejamento e manejo integrados desses recursos. Essa integração deve cobrir todos os tipos de massas inter-relacionadas de água doce, incluindo tanto águas de superfície como subterrâneas, levando devidamente em consideração os aspectos quantitativos e qualitativos. 3.2 Gestão dos Recursos Hídricos A principal evidência que caracteriza a preocupação com a situação das águas no Brasil se representa pela criação da ANA Agência Nacional das Águas, que auxiliou para o lançamento, em 2006, da Política Nacional de Recursos Hídricos, estabelecendo como principal missão implantar e coordenar a gestão compartilhada e integrada dos recursos hídricos e regular o acesso à água, promovendo o seu uso sustentável em benefício da atual e das futuras gerações (Plano, 2007) Pode-se estabelecer que a água é um fator limitante para o Desenvolvimento Sustentável. Portanto, um dos maiores desafios a enfrentar, no futuro, para alcançar o Desenvolvimento Sustentável será minimizar os efeitos da escassez da água e da poluição, particularmente nos países em desenvolvimento, bem como controlar os excessos, evitando inundações. (REBOUÇAS, 2004, P.47) A importância do gerenciamento dos recursos hídricos se estabelece de forma tão significativa que foram criadas complexas legislações referentes ao tema. Isso mostra a preocupação com os riscos de escassez, bem como a necessidade de serem elaboradas alternativas que auxiliem na economia da água potável. A Lei das Águas nº 9433/1997 estabelece em seu primeiro capítulo os seguintes fundamentos: - a água é um bem de domínio público; - a água é um recurso natural limitado, dotado de valor econômico; - em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos hídricos é o consumo humano e dessedentação de animais; - a gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso múltiplo das águas; - a gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada e contar com a participação do Poder público, dos usuários e das comunidades.

12 12 Dessa forma, deve coexistir a integração da gestão dos recursos hídricos com a gestão ambiental, sejam em níveis individuais ou empresariais. Por esse fato, essa mesma legislação estabelece os seguintes objetivos na gestão integrada dos recursos hídricos: - assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de água, em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos; - a utilização racional e integrada dos recursos hídricos, incluindo transporte aquaviários, com vistas ao desenvolvimento sustentável; - a prevenção e a defesa contra eventos hidrológicos críticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais. Dentro desses princípios, na Agenda 21 foi estabelecido um capítulo totalmente destinado às informações sobre a proteção da qualidade e do abastecimento dos Recursos Hídricos, sendo sugeridas aplicações de critérios integrados no desenvolvimento, manejo e uso dos recursos hídricos. A agenda prevê principalmente o desenvolvimento e manejo integrado dos recursos hídricos, a avaliação dos recursos hídricos, a proteção dos recursos hídricos, da qualidade da água e dos ecossistemas aquáticos; o abastecimento de água potável e saneamento para todos e a apoio da água como fator para o desenvolvimento urbano sustentável. Para cada um desses ítens são estabelecidos objetivos e ações específicas para o alcance de resultados sustentáveis. 4. Metodologia A presente pesquisa tem por objetivo analisar a problemática da escassez da água potável no cenário contemporâneo, evidenciando a importância do gerenciamento sustentável dos recursos hídricos, que consequentemente representa uma contribuição significativa para o Desenvolvimento Sustentável da sociedade. Para Gil (1999) o significado essencial da pesquisa é que o seu objetivo principal se estabelece em descobrir respostas para determinados problemas, mediante ao emprego dos específicos procedimentos científicos. A metodologia utilizada para o desenvolvimento da pesquisa tem caráter descritivo por realizar uma revisão da literatura, buscando conceitos e informações sobre os temas em questão através de consultas a livros, periódicos, trabalhos acadêmicos e sites da Internet, buscando elucidar claramente o objetivo da discussão dobre o tema proposto.

13 13 Gil (1999, p.44) ainda salienta que a principal vantagem da pesquisa bibliográfica reside no fato de permitir ao investigador a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente. 5. Conclusão Nessa pesquisa foram apresentadas informações inerentes à Gestão dos Recursos Hídricos, enfatizando a situação da água potável e sua escasez no mundo, as propostas para o gerenciamento sustentável dos recursos hídricos. Para que ocorra o gerenciamento sustentável desse recurso natural conceitos de responsabilidade social também devem estar presentes na atitudes que possuem como fator de suporte a aprendizagem e a educação, isso é, passa por um reposicionamento por parte dos cidadãos e das organizações à adquirir as habilidades e conhecimentos suficientes para se viver e trabalhar de maneira sustentável. Todo esse rocesso de aprendizagem está ligado aos conceitos de Sustentabilidade e Desenvolvimento Sustentável. Percebeu-se a imensa importância que esse recurso natural representa no cenário ambiental. O planejamento e manejo integrado dos recursos hídricos são inevitáveis no contexto atual, devido a escassez progressiva desses recursos em escala mundial. Essa problemática da carência de água potável no mundo evidencia-se no cenário organizacional e, dessa forma, espera-se que a iniciativa para a resolução desse problema tenha significativa contribuição das mesmas. Gerenciar os recursos hídricos de forma sustentável é o início das atitudes para o desenvolvimento de uma organização sustentável. Assim, somente através do esquecimento de velhos paradigmas de que a água potável é um recurso farto, será possível evitar a escassez da mesma. Referências AGÊNCIA NACIONAL DAS ÁGUAS. PNRH - Plano Nacional dos Recursos Hídricos. Brasília, AGENDA 21. Conferência das Nações Unidas. Rio de Janeiro, 1992 ALMEIDA, L. M. A.; RIGOLIN, T.B. Geografia. 3 ed. São Paulo: Atica, 2008.

14 14 ASHLEY, P.A. Ética e Responsabilidade Social nos Negócios. 2.ed. São Paulo: Saraiva, BARBIERI, J. C. Gestão Ambiental Empresarial: Conceitos, Modelos e Instrumentos. 1. ed. São Paulo: Saraiva, DEMAKOROVIC, J.; JUNIOR, A.C. Modelos e ferramentas de Gestão Ambiental: Desafios e perspectivas para as organizações. 1 ed. São Paulo: SENAC São Paulo, DONAIRE, D. Gestão Ambiental na Empresa. 2 ed. São Paulo: Atlas, DRUCKER, P. F. O Melhor de Peter Drucker: o homem; a administração; a sociedade; 1.ed. São Paulo: Nobel, ERICKSON, J. Nosso planeta está morrendo: a extinção das espécies a biodiversidade. 1.ed. São Paulo: Makron Books, 1992 INSTITUTO ETHOS DE EMPRESAS E RESPONSABILIDADE SOCIAL. Disponível em: < Acesso em: 15 abr ISO Disponível em: < Acesso em: 30 abr LEI DAS ÁGUAS - CONJUNTOS DE NORMAS LEGAIS. 3ª ed. Brasília, MONTEIRO, L.C.P. Desenvolvimento e sustentabilidade. Disponível em: < Acesso em: 22 mai MOURA, L. A. A. Qualidade e Gestão Ambiental: Sugestão para implantação das normas ISSO nas empresas. 3. ed. São Paulo: Juarez de Oliveira, REBOUÇAS, A.C; Uso inteligente das águas. 1 ed. São Paulo: Escrituras, REDE DE COOPERAÇÃO PARA A SUSTENTABILIDADE CATALISA. Disponível em < Acesso em: 22 abr ÁREA TEMÁTICA Gestão: Socio-Ambiental

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