3a O Problema da água

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1 O Problema da água A água é parte da nossa vida cotidiana. Ela faz 2/3 da terra, mas 97 % dessa água é salgada. Só 3 % da água é doce mas 0,1 % encontra se disponível para o consumo humano. A maior parte da água fresca disponível para o homem se encontra como água subterrânea, com uma pequena percentagem nos rios, lagos, misturada no solo e na atmosfera. A atividade humana tem muita influência sobre a qualidade da água, seja ela durante o uso domestico ou industrial. A água, sendo essencial a vida, constitui um dos bens mais preciosos a disposição da humanidade. Por ser um bem já escasso em muitas regiões, requer racionalidade e parcimônia em sua utilização. A contaminação das águas é, portando, uma das maiores preocupações dos ecologistas e de todos aqueles que necessitam utilizar a água como insumo em atividades econômicas. A cadeia alimentar pode ser facilmente afetada pela contaminação das águas, levando até o homem substancias tóxicas carregadas por efluentes industriais, pesticidas agrícolas, resíduos de atividades mineradoras, etc. A Figura 1 mostra como se propagam em seqüências essas contaminações, atingindo sucessivamente microorganismos, crustáceos, peixes e, finalmente, o homem. A interação permanente da água com o solo, sobre o qual flui e no qual se infiltra, obriga a uma avaliação conjunta dos dois meios e a um cuidado redobrado para que os contaminantes de um não se transfiram e contaminem o outro. Se houver contaminação das águas do subsolo, essa contaminação pode, a seguir, atingir o homem através da utilização de águas de poços perfurados nessas áreas. A água e essencial para a maioria das industrias, onde tem utilização nos processos de lavagem, na transferencia de calor (sistema de aquecimento e de resfriamento) e como matéria-prima, em alguns tipos de produtos, como bebidas, medicamentos, etc. A racionalização do uso da água nas atividades promovidas pelo homem é um primeiro passo para reduzir os riscos da contaminação hídrica. Se forem menores os volumes de água utilizados e descartados pelas atividades de mineração, agricultura, industria e serviços, menores serão naturalmente as necessidades de tratamento e de seu recondicionamento às condições originais de pureza. Essa racionalização deve incorporar outros dois conceitos além da minimização das quantidades utilizadas: o conceito da reutilização da água, que pode ser usada varias vezes antes de ser finalmente descartada, e o conceito da segregação de seus vários fluxos, não permitindo que se misturem as águas pluviais com os esgotos sanitários e com águas de processos industriais. A contaminação das águas pode ser de caráter físico, químico, bioquímico ou biológico e pode dar-se por várias formas: a) Pela poluição orgânica, na qual resíduos orgânicos ao serem degradados por bactérias presentes na água acarretam um consumo excessivo do oxigênio dissolvido nessa água, motivando o fenômeno da mortandade de peixes por asfixia. b) Pela presença de nutrientes, como nitratos e fosfatos, que provocam a eutroficação das águas, isto é, favorecem o crescimento descontrolado das populações de algas e plantas aquáticas que, ao se decomporem, consomem grandes quantidades de oxigênio e contribuem, também para o assoreamento dos corpos d'água, especialmente os lagos. A agricultura é um grande contribuinte para esse tipo de poluição através dos resíduos da aplicação de fertilizantes. Os nitratos podem também provir de dejetos animais gerados pela pecuária e por aglomerações urbanas. Alguns detergentes e sabões em pó são fontes importantes de fosfatos. c) Pela presença de produtos tóxicos lançados principalmente por industrias, seja diretamente, seja através da file:///c /Meus documentos/topicos Engenharia Ambi...AS/Introducao - Tratamento de agua e efluentes.htm (1 of 13) [28/10/ :43:24]

2 lixiviação de solos contaminados. Estão nesse rol os metais pesados, ácidos, solventes etc. A agricultura também contribui para esse tipo de poluição das águas com os pesticidas e herbicidas usados indiscriminadamente. d) Pela poluição térmica causada pelo lançamento de águas de resfriamento em temperaturas superiores a do corpo d água receptor, provocando um aumento da atividade bacteriana que, por sua vez, acarreta aumento no consumo do oxigênio dissolvido na água. O aumento da temperatura tem também o efeito de reduzir a solubilidade do oxigênio na água, o que ainda contribui para agravar o problema. O lançamento de resíduos diretamente em corpos d água, sem um tratamento prévio, é hoje uma pratica condenada. Da mesma forma, a alternativa de lançamento de resíduos tóxicos nos mares e oceanos, pratica muito utilizada pelos países industrializados até recentemente, está hoje proibida por um tratado internacional. Pelas razões acima expostas é necessário, portanto, fazer o tratamento das águas usadas, removendo seus contaminantes dentro dos limites impostos pela legislação, antes de lança-las de volta ao meio ambiente. Neste ponto é importante ressaltar a classificação das água feita pelo Conama. Segundo está classificação, o lançamento de um determinado efluente dentro de um corpo de água será permitido desde que não influencie os padrões que caracterizam esse corpo de água. Segundo o Conama, as águas podem ser classificadas em: Classe 1: água destinada ao abastecimento doméstico sem prévia ou com simples desinfeção. Classe 2: Águas destinadas: ao abastecimento doméstico, após tratamento convencional à irrigação de hortaliças ou plantas frutíferas, à recreação de contato primário (natação, esqui aquático, mergulho) Classe 3: águas destinadas ao abastecimento doméstico, após tratamento convencional à preservação de peixes em geral e de outros elementos da fauna e da flora à dessedentação de animais Classe 4: águas destinadas ao abastecimento doméstico, após tratamento avançado à navegação à harmonia paisagística ao abastecimento industrial, à irrigação e aos usos menos exigentes No final deste documento encontra-se anexada a Tabela com os padrões utilizados pelo CONAMA para a caracterização das águas. Alguns poluentes merecem atenção especial no tratamento das águas usadas: os metais pesados, óleos, graxas, sulfetos, fenóis, cianetos, fluoretos e produtos químicos orgânicos em geral. Além da remoção desses contaminantes o tratamento das águas usadas deve corrigir alguns parâmetros tais como índice elevados de acidez ou de alcalinidade, cargas orgânicas elevadas e a temperatura, quando essa for muito distinta da temperatura natural do corpo d água receptor. A contaminação da água se refere, como já foi visto acima, à mudança das propriedades químicas e físicas da água de um estado benéfico para outro mais perigoso para os organismos que dependem da água para sua sobrevivência. file:///c /Meus documentos/topicos Engenharia Ambi...AS/Introducao - Tratamento de agua e efluentes.htm (2 of 13) [28/10/ :43:24]

3 As fontes de contaminação da água são vários mas podem ser agrupados em duas categorias: 1. Fontes pontuais: são aquelas que têm um ponto definido de origem, por exemplo, tubulações de descarga, industrias e plantas de tratamentos. 2. Fontes não-pontuais: são aquelas que não possuem um ponto definido de descarga, por exemplo, arraste de contaminantes de solos agricultura e aplicação de pesticidas, derrames de óleos, mineração, aterros, águas residuais domésticas, etc. 1. Consumo d água e produção de águas residuais. O consumo de água e a produção de águas residuais variam fortemente de país a país, de cultura a cultura. Assim por exemplo um alemão consome em média 136 litros/pessoa/dia. Já nos EU o consumo é de litros/pessoa/dia. Esse consumo é, com poucas variações, igual à quantidade de água residual produzida, já que a quantidade de água bebida é em média igual para todos e de 2,5-3 litros/pessoa/dia. Assim sendo, a o consumo de água na Alemanha se dá da seguinte forma (Figura 1). Figura 1: Consumo d água na Alemanha em litros/pessoa/dia. Com relação ao consumo de água no Brasil não existe uma estatística segura. Segundo a SABESP (SP) o paulistano consome em trono de 370 l/dia, mas há uma perda de ~40% da água entregue em São Paulo. Preço da Água no Mundo. País Custo US $ m3 1 Alemanha 1,82 2 Dinamarca 1,62 3 Bélgica 1,22 4 Holanda 1,19 5 França 1,18 file:///c /Meus documentos/topicos Engenharia Ambi...AS/Introducao - Tratamento de agua e efluentes.htm (3 of 13) [28/10/ :43:24]

4 6 Inglaterra 1,15 7 Itália 0,73 8 Finlândia 0,64 9 Irlanda 0,62 10 Suécia 0,56 11 Austrália 0,55 12 Espanha 0,54 13 Estados Unidos 0,51 14 África do Sul 0,50 15 Canadá 0,41 "Nota: O NUS World Water Cost Survey é baseado em preços de julho de 1999 para o uso de m3 de água por ano Na tabela abaixo pode ser vista a situação do saneamento básico no Brasil. Dados sobre o saneamento no Brasil População total % na área urbana 80,1% Abastecimento de água % pop. abastecida 69% Na área urbana 80% Na área rural 28% Coleta de esgoto % pop. servida 67% Na área urbana 74% Na área rural 43% Fonte: Organização Pan-americana de Saúde (OPS/OMS) 1999 Casos e mortes por cólera na América Latina Ano Casos Mortes Fonte: Cholera Situation in the Americas update No. 14. PAHO Internal Document. April 1996 O consumo da industria é geralmente bem mais alto. Elas normalmente dependem do tipo de industria e do tipo de produto manufaturado. Os dados mostram que o consumo das industrias, no Canada e nos EU, é distribuída da seguinte forma: Industria de pequeno porte: 35 m 3 /ha/dia 2. Industrias de grande porte: 50 m 3 /ha/dia. Parâmetros que caracterizam a contaminação da água As fontes antropogênicas (siderurgia, lixões, emissão de gases, etc.)são responsáveis pela dispersão de vários metais pesados no meio ambiente que são perigosos não só para os seres humanos, mas também as plantas e animais. file:///c /Meus documentos/topicos Engenharia Ambi...AS/Introducao - Tratamento de agua e efluentes.htm (4 of 13) [28/10/ :43:24]

5 Os principais elementos que são liberados no meio ambiente como resultado da descarga de poluentes são: carbono, nitrogênio, fósforo e enxofre. Cada um destes elementos pode existir em várias formas, e em cada caso a transformação potencial que pode ocorrer existe já dentro do ciclo natural de cada um deles. Os ciclos destes elementos estão baseados em transformações química ou biologicamente induzidas que são favorecidas por cada um destes elementos. Geralmente, a água é classificada como poluída ou não de acordo com o Índice de Qualidade da Água, que está baseada na avaliação de vários parâmetros como oxigênio dissolvido, demanda bioquímica de oxigênio, coliformes fecais, ph, nitratos, fosfatos, temperatura, turbidez e sólidos dissolvidos. O grau de contaminação dos efluentes é medido principalmente pela concentração do carbono e nitrogênio biodegradáveis, que causam uma demanda de oxigênio na água. A avaliação mais precisa do impacto da poluição da água pode ser somente feita, porém, pela determinação dos efeitos de uma determinada descarga no lugar específico.. Odor e gosto: O odor e o gosto das águas são causadas por componentes orgânicos e inorgânicos dissolvidos nela. Um composto natural bem conhecido que produz odor é o ácido sulfídrico H 2 S, que é bem solúvel em água. Outra fonte de odor e gosto das águas são as matérias orgânicas em decomposição. O Fenol é um produto químico que produz também odor e gosto. As algas também são identificadas como causadoras desses problemas. O potencial de odor de uma substância depende da concentração e da sua habilidade de volatizar. b. Demanda biológica de oxigênio (BOD em inglês): É a quantidade de oxigênio dissolvido requerida para metabolizar a matéria biodegradável numa amostra de líquido. Em outras palavras, é a quantidade de oxigênio necessária para a decomposição biológica da matéria orgânica sob condições aeróbicas numa temperatura padronizada e tempo de incubação. Ela é uma medida da taxa na qual este oxigênio é usado por microorganismos para decompor a matéria orgânica. Se os microorganismos são colocados em contato com uma fonte de alimentação (como lixo humano por exemplo) o oxigênio é utilizado pelos microorganismos durante a decomposição. Uma baixa taxa de DBO indica a ausência de contaminação ou que os microorganismos não estão em consumir a matéria orgânica presente. Uma terceira possibilidade é que os organismos estejam mortos ou morrendo. A reação que caracteriza a oxidação da matéria orgânica é dada por {CH 2 O + O 2 + Microorganismos CO 2 + H 2 O + Energia + Microorganismos} c. d. e. Demanda química de oxigênio (COD em inglês): É a quantidade de oxigênio requerido para estabilizar os componentes orgânicos. Esta análise utiliza um agente oxidante, que é adicionado à água residual a fim de oxidar os poluentes que podem ser quimicamente oxidados. Para este teste, uma amostra do efluente é digerida com ácido sulfúrico e excesso de dicromato de potássio, na presença de um catalisador capaz de assegurar a oxidação completa (ou quase completa) da matéria orgânica a dióxido de carbono e água. Da quantidade de dicromato reduzido pode-se calcular a quantidade de O 2 necessário para o oxidação. Esta quantidade é expressada em mg O 2 /litro de amostra. Análise de sólidos: Poluentes sólidos da água podem ser classificados como suspensos ou dissolvidos. A relação entre estas duas classes pode indicar que tipo de tratamento será necessário para tratar a água. Por exemplo, se uma água residual contem uma baixa concentração de sólidos dissolvidos, o engenheiro saberá então que a remoção do sólidos suspensos é prioritário. O total de sólidos (TS) é a soma do sólidos em suspensão (SS) e dos sólidos dissolvidos (SD). É determinado evaporando á água e pesando a massa dos sólidos residuais. TS=SS+SD. Os sólidos em suspensão é determinado filtrando uma determinada quantidade da água sobre um filtro de peso conhecido. Este é logo seco a 104 C e pesado. A diferença entre o peso inicial do filtro e após a filtração dá a massa dos sólidos dissolvidos. Os sólidos em suspensão (SD) é calculado pela diferença entre o TS e o SD. A turbidez da amostra é o resultado da dispersão e absorção da luz pelos sólidos em suspensão. Por isso, há uma determinada relação entre turbidez e a concentração de sólidos em suspensão. file:///c /Meus documentos/topicos Engenharia Ambi...AS/Introducao - Tratamento de agua e efluentes.htm (5 of 13) [28/10/ :43:24]

6 1. Composição dos efluentes urbanos e industrial Os efluentes urbanos e industrial têm composições bem diferente. Enquanto o efluente domiciliar tem uma determinada composição média (e quase constante), o industrial varia de acordo a sua fonte de geração. Assim sendo, o efluente domiciliar ou esgoto domiciliar tem, em média, a seguinte composição: Já o efluente industrial depende da classe de industria da onde provem. Por exemplo, as seguintes industrias possuem os seguintes poluentes em seus efluentes: Industria de alimentos e bebidas: matéria orgânica de origem natural. Industria têxtil: detergentes, corantes, lubrificantes, etc. 2. Metalurgia: dependendo do tipo de processo e atividade os efluentes podem conter cianetos, ácidos, metais pesados, etc.. Tratamento da água O tratamento da água pode ser dividido em 3 categorias principais:. Purificação para uso doméstico b. Tratamento de água para aplicações industriais c. Tratamento de efluente até níveis aceitáveis para a descarga. O tipo e grau de tratamento é muito dependente da fonte e do possível uso da água. A água para consumo doméstico deve ser desinfetada para eliminar as bactérias que causam doenças mas devem conter níveis apreciáveis de Ca e Ma (dureza da água) dissolvidos. A água para trocadores de calor pode conter bactérias, mas deve conter o mínimo possível de Ca e Mg. 1. Operações envolvidas no tratamento da água A escolha das operações de tratamento depende do uso final da água, assim como das características iniciais da mesma. A má escolha das operações pode comprometer a qualidade final da água assim como os custos dos processos. As unidades de operação que podem ser incorporadas a uma planta de tratamento de efluentes são as seguintes: Carvão ativado: absorvente de substâncias dissolvidas. É utilizado para remover componentes que causam odor e gosto das águas, assim como substâncias químicas orgânicas tóxicas e também para decloração. É regenerável. Aeração: injeção de ar na água para remover os componentes voláteis dissolvidos. Elementos causantes de odor e gosto são removidos a níveis aceitáveis. O alto conteúdo de CO 2 é levado a níveis aceitáveis. A introdução de O 2 na água acelera a oxidação de Fe, Mg e outros metais pesados para estados de oxidação mais elevados e menos solúveis de oxidação pelo qual precipitam. Flotação: Usado para separar material suspenso na água por meio da adição de bolhas de ar, dentro da célula, que se aderem ao material suspenso e os arrasta para a superfície da célula, da onde são retirados. Tratamento biológico: é um tratamento muito novo. Usa bactérias para remover componentes orgânicos da água, assim como para destruir compostos inorgânicos. Elas são utilizadas juntos com os filtros, em forma de leitos fluidizados ou lodo ativado. Misturadores químicos: estes são designados para dispersar rapidamente os produtos químicos adicionados para o tratamento da água. file:///c /Meus documentos/topicos Engenharia Ambi...AS/Introducao - Tratamento de agua e efluentes.htm (6 of 13) [28/10/ :43:25]

7 Coagulação: é o processo de adição de reagentes químicos num misturador para desestabilizar partículas coloidais e levá-las a aglomerar ou flocular c/ outras partículas para formar partículas maiores que sedimentam mais rápido. Desinfeção: é a remoção ou inativação de microorganismos patogênicos (não necessariamente uma esterilização). Usa se cloro ou seus derivados ou a água pode ser exposta à luz ultravioleta ou à radiação. É feito num tanque e a água fica em contato c/o produto ou a luz por um longo período. É o último estágio do tratamento. Filtração: é o polimento da água. É realizado com filtros de areia ou corpos filtrantes. Floculação: Parecido com a coagulação, porém os flocos são formados pela adição de produtos orgânicos (polímeros) que atuam como pontes coletoras das partículas. Fluorinação: uso de flúor para evitar cáries. Troca iônica: é utilizada para remoção de íons Ca, Mg, nitratos ou outros constituintes orgânicos. Usa resinas trocadoras de íons, que contém substâncias orgânicas de tamanho molecular grandes que têm a habilidade de trocar um íon por outro. Um exemplo natural destas resinas são as zeolitas (compostos aluminosilicatos). Sedimentação: É a exposição da água a condições hidrodinâmicas bem tranqüilas que permitam a decantação das partículas por meio da força da gravidade. As modernas plantas de tratamento de efluentes estão projetadas para usar processos biológicos, físicos e químicos a fim de remover os poluentes. Essas plantas são planejadas em estágios para a remoção dos poluentes na seguinte ordem 1. sólidos suspensos, 2. matéria orgânica suspensa degradável e 3. nutrientes orgânicos 1. Fluxograma do processo de tratamento de água A etapa de pré-limpeza consta de tanques de mistura e adição de coagulantes (sulfato de ferro) e de floculantes (Praestol), seguidos de um decantador. No tanque de mistura são adicionado os coagulantes / floculantes à água a ser tratada. Este produtos químicos têm a propriedade de fazer com que a suspensão de partículas coloidais fique instável e formem flocos (aumentem seu volume) de modo a que sua velocidade de sedimentação aumente. Coagulação e floculação são dois processos parecidos e muita gente os confunde. A Coagulação é a alteração química de partículas coloidais para fazer com as mesmas aglomerem formando coágulos (maiores que os flocos) (coalescência). É feito pela adição de um composto inorgânico à suspensão estável para reduzir a carga superficial das partículas. Geralmente se adiciona sulfato de alumínio Al 2 (SO 4 ) 3 ou de ferro, que se desmembram em Al 3+ ou Fe 3+ e (SO 4 ) 2-. As cargas das partículas coloidais são geralmente negativas, o que faz com que as mesmas se repelam na água. Por isto a suspensão é dita estável e elas ficam em suspensão. Após a adição do Al 3+ ou do Fe 3+ estes se aderem às partículas negativas e neutralizam as carga superficial das partículas coloidais e as partículas se juntam (a suspensão se torna instável). A Floculação por sua parte é geralmente usada para descrever a coalescência das partículas devido à adição de substâncias químicas orgânicas (geralmente polímeros carregados) que formam uma ponte entre as partículas coloidais. Por meio da agitação faz se com que as partículas colidam uma com as outras e comecem a aglomerar. Após isto, a solução passa para um tanque de sedimentação, onde os flocos se depositam no fundo do recipiente file:///c /Meus documentos/topicos Engenharia Ambi...AS/Introducao - Tratamento de agua e efluentes.htm (7 of 13) [28/10/ :43:25]

8 e são removidos. No tanque de sedimentação, as partículas são submetidas a condições hidráulicas muito tranqüilas de modo que elas sedimentem no fundo do tanque, da onde eles possam são retiradas. A deposição dos sólidos no tanque é dominado por vários fatores, entre eles 1. tamanho/volume das partículas 2. geometria das partículas 3. densidade das partículas 4. densidade do fluído 5. viscosidade. O Objetivo deste tanque é que as partículas depositem o mais rápido possível. Por isso é interessante que aumentem de diâmetro. Na Tabela abaixo se comparam alguns tamanhos de partículas com a velocidades de sedimentação das mesmas: Diâmetro da partícula Velocidade de sedimentação (cm/s) 1,0 mm 2x10-1 0,1 mm 1x10-2 0,01 mm 1x10-4 0,001 mm 1x10-6 A água passa, por transbordo, até um outro recipiente, onde ocorre a primeira desinfecção por meio de ozônio. Após esta etapa, a água é novamente submetida à adição de sulfato de ferro (coagulante) para remover ainda mais os elementos dissolvidos na água. O processo de coagulação é de muita eficácia dentro do tratamento da água já que nesta etapa a maior parte dos poluentes orgânicos e inorgânicos são retirados da água. Após esta etapa, a água é levada para outra etapa de floculação e decantação. A lama se deposita no fundo e a água tratada vai para a etapa de desinfeção por meio de ozônio. Logo disto, mais floculante é adicionado à água e levada a um filtro de areia e carvão ativado, onde os flocos são retirados por filtração. Esta água limpa passa para o reservatório de água filtrada e logo para o de água limpa, donde é distribuída. Neste último reservatório, água subterrânea limpa pode ser adicionada para complementar o fluxo, desde que esta última possua a pureza exigida. 1. Fluxograma do tratamento de efluentes urbanos (esgoto) Como foi citado anteriormente, o tratamento do esgoto se dá em três etapas. Uma planta típica de tratamento de efluente é dada na seguinte figura abaixo. O tratamento primério é onde se separa o material mais grosso. file:///c /Meus documentos/topicos Engenharia Ambi...AS/Introducao - Tratamento de agua e efluentes.htm (8 of 13) [28/10/ :43:25]

9 Onde 1. Peneira de barras ou grelhas 2. Decantador 3. Clarificador primário 4. Tanque de aeração 5. Clarificador final 6. Tanque de cloração 7. Digestor 8. Filtração Tratamento preliminar: É o tratamento preliminar. É onde se encontra uma peneira de grelhas ou de barras, com uma abertura de 2,5 3,0 cm entre as barras. Aqui são removidos os materiais que podem danificar os equipamentos. Os sólidos são removidos por um raspador. O seguinte passo é um cominuidor, que cominui os sólidos passante até 0,3 cm. Isto deixa os sólidos mais homogêneos. file:///c /Meus documentos/topicos Engenharia Ambi...AS/Introducao - Tratamento de agua e efluentes.htm (9 of 13) [28/10/ :43:25]

10 A seguir o efluente é levado a um classificador/decantador, onde a areia e o material mais pesado é separado da matéria orgânica. Tratamento primário Este estágio consiste principalmente de um sedimentador/decantador primário, que também recebe o nome de clarificador primário. É a mais importante desta etapa. O tempo de residência do efluente nesta etapa é de 1-2 horas. O sólido sedimenta no fundo do tanque da onde é removido. Aqui 50-75% dos sólidos suspensos são removidos, o que corresponde a 40-50% da poluição biodegradável. Os tanques podem ser circulares ou retangulares. file:///c /Meus documentos/topicos Engenharia Ambi...AS/Introducao - Tratamento de agua e efluentes.htm (10 of 13) [28/10/ :43:25]

11 Nesta etapa se remove até 20% do P. Aqui é adicionado aglomerantes quando os sólidos são muitos para melhorar a sedimentação. Com isto BOD pode ser reduzido a 50 mg/l. Tratamento secundário A água do clarificador primário tem ainda muitos sólidos orgânicos em suspensão e uma alta demanda de O 2. O objetivo do tratamento secundário é remover o BOD. Para isto se usa principalmente a ação microbiológica. Para isto o efluente é colocado em contato com microorganismos. Na Figura de baixo pode ser vista um dispositivo onde os microorganismos encontram-se aderidos às rochas. Esses microorganismos obtêm seu alimento do efluente. Ar é injetado através das rochas para suprir de O 2 a reação de oxidação da matéria orgânica. Efluente é derramado por cima. Aqui se separa até 90% do BOD. file:///c /Meus documentos/topicos Engenharia Ambi...AS/Introducao - Tratamento de agua e efluentes.htm (11 of 13) [28/10/ :43:25]

12 Outro sistema muito utilizado para isto é o do lodo ativo. Os microorganismos estão suspensos na água e podem ser reutilizados. Neste processo os microorganismos se misturam ao efluente num tanque, onde é injetado ar. Os microorganismos se absorvem na matéria orgânica e usam a energia e o carbono para a decomposição da matéria orgânica segundo a reação: {CH 2 O + O 2 + Microorganismos CO 2 + H 2 O + Energia + Microorganismos} Uma vez que a "comida" termina, os microorganismos são separados do líquido num decantador/sedimentador chamado de clarificador secundário ou final. Nessa bacia os microorganismos não têm "comida" e ficam com fome, por isso o nome de lama ou lodo ativo. Os microorganismos estão ativos. Parte deles deve ser removida file:///c /Meus documentos/topicos Engenharia Ambi...AS/Introducao - Tratamento de agua e efluentes.htm (12 of 13) [28/10/ :43:25]

13 de tempo em tempo, o que forma o rejeito do lodo ativo. Após esta etapa a água vai para a cloração (Figura abaixo) Tratamento terciário Aqui se retiram os nutrientes para alcançar um padrão de água elevado. Pode ser feito em: Filtro rápido de areia: remove os sólidos e da uma polida na água. Mostrado no tratamento da água Bacia de oxidação, Carvão ativado A lama retirada no processo deve ser neutralizada para ser disposta com segurança ou pode ser utilizada para produzir gás. ile:///c /Meus documentos/topicos Engenharia Ambi...AS/Introducao - Tratamento de agua e efluentes.htm (13 of 13) [28/10/ :43:25]

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