EFEITOS COLATERAIS DA IMUNOSSUPRESSÃO PÓS TRANSPLANTE

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "EFEITOS COLATERAIS DA IMUNOSSUPRESSÃO PÓS TRANSPLANTE"

Transcrição

1 EFEITOS COLATERAIS DA IMUNOSSUPRESSÃO PÓS TRANSPLANTE Bianca Velasque Pellacani Disciplina de Gastroenterologia, Hepatologia e Endoscopia Pediátrica Escola Paulista de Medicina UNIFESP

2 HISTÓRICO O conceito de reposição de orgãos e tecidos em falência é tão antigo quanto as civilizações Alguns mitos e lendas claramente reconhecem que o tratamento da falência de orgãos poderia ser feito através da reposição deles por orgãos saudáveis Fung, J J. Transplantation 2004:77: S41 S43

3 HISTÓRICO 1902: Alexis Carrel (cirurgião francês) desenvolveu uma técnica cirúrgica que permitiu a conexão de vasos sanguíneos 1933: Yu Yu Vorony (cirurgião russo) realizou a primeira reposição de orgão humano, documentada. Como não havia conhecimento suficiente sobre imunossupressão, houve perda do enxerto por rejeição após algumas semanas Fung, J J. Transplantation 2004:77: S41 S43

4 HISTÓRICO 1954: A equipe da Universidade de Harvard, liderada pelo Dr. Joseph Murray, realizou o primeiro transplante renal em humanos. O sucesso do procedimentofoipossíveldevidoao fato do doador e receptor serem gêmeos univitelínicos, sendo assim, sem incompatibilidades genéticas 1952: O sistema de antígenos do transplante, assim como, os antígenos de histocompatibilidade foram descobertos pelos cientistas Jean Dausset e George Snell Fung, J J. Transplantation 2004:77: S41 S43

5 HISTÓRICO 1951: Gertrude Elion e George Hitchings desenvolveram o primeiro agente quimioterápico, que interfere no DNA e RNA, a 6 mercaptopurina 1957: Foi criada a azatioprina, droga que iniciou a era do transplante pós imunossupressão 1963: Dr Thomas E. Starzl realizou o primeiro transplante hepático, em humanos, na Universidade do Colorado Fung, J J. Transplantation 2004:77: S41 S43

6 HISTÓRICO 1984: O composto do tacrolimus, macrolídeo com poder de imunossupressão in vitro, foi descoberto em amostras de solo do Monte Tsukuba, no Japão, após fermentação pelo fungo Streptomyces tsukubaensis Inicialmente foi chamado de FK506 O nome tacrolimus tem a seguinte origem: T= de Tsukuba, ACROL= macrolídeo e IMUS= pelo potente efeito imunossupressor Fung, J J. Transplantation 2004: 77: S41 S43 Letko, E et al. Ann Allergy Asthma Immunol 1999:83:

7 HISTÓRICO Iniciou se, então, pesquisas com Tacrolimus em aminais para avaliar seu efeito imunossupressor. Seus resultados foram apresentados em 1987 no 11⁰ Congresso Mundial da Sociedade de Transplantes de Helsinki, Finlândia Estudos sobre a segurança e eficiência do tacrolimus em humanos foram realizados na Faculdade de Medicina da Universidade de Pittsburgh e no Instituto para Promoção de Saúde de Fujisawa. Seus resultados foram expostos no Simpósio da Sociedade Européia de Transplantes de Orgãos, em 1987, Suécia Fung, J J. Transplantation 2004: 77: S41 S43

8 HISTÓRICO 1990: Publicado o primeiro estudo sobre o uso de Tacrolimus, como imunossupressor, pela equipe da Universidade de Pittsburg, demonstrando sua eficácia, como terapia de resgate em paciente submetidos a retransplante após rejeição Outros estudos foram realizados, demostrando a eficiência da medicação para evitar rejeições pós transplante renal e hepático, tornando o tacrolimus a droga de escolha para a imunossupressão pós transplante Fung, J J. Transplantation 2004: 77: S41 S43 Reding, R. Pediatric Transpl 2002: 6:

9 HISTÓRICO Em 1993 o tacrolimus foi liberado para uso no Japão. Em 1994, no Reino Unido e nos Estados Unidos; e em 1995 na Alemanha Atualmente, é utilizado em mais de 70 paises principalmente após transplante renal e hepático Fung, J J. Transplantation 2004: 77: S41 S43 Letko, E et al. Ann Allergy Asthma Immunol 1999:83:

10 MECANISMO DE AÇÃO DO TACROLIMUS O tacrolimus inibe a ativação do linfócito T através da sua ligação com uma proteína intracelular denomidada FKBP 12 Um complexo tacrolimus FKBP 12, Ca 2+, calmodulina, e calcineurina é formado, inibindo a ação de fosfatase da calcineurina; o que promove uma desfosforilação e translocação do fator de núcleo de célula T ativada (NF AT), componente que inicia o processo de transcrição para a formação da IL 2 e TNF α Fung, J J. Transplantation 2004: 77: S41 S43

11 Antígeno Ca 2+ Linfócito T helper Tacrolimus FKBP 12 Calcineurina X Fator Nuclear de células T ativadas IL 2 TNF α

12 Tacrolimus / ciclosporina Linfócito TH 1 IL 2 Linfócito TH 2 IL 13 IL 4 IL 10 IL 5 TNF α X IgE Mastócitos Eosinófilos

13 TACROLIMUS X CICLOSPORINA Estudo multicêntrico realizado na europa, de 1997 à pacientes foram randomizados em 2 grupos: 91 pacientes receberam tacrolimus e corticoesteróides 90 pacientes receberam ciclosporina, azatioprina e corticoesteróides Kelly, D A et al. Lancet 2004: 364:

14 TACROLIMUS X CICLOSPORINA A mediana de idade foi de 22 meses (variando de 9 56 meses) no grupo com tacrolimus, e 17 meses ( variando de 9 54 meses) no grupo da ciclosporina Não houve diferença entre os grupos quanto a taxa de sobrevida dos pacientes em 1 ano: 93,4% no grupo com tacrolimus X 92,2% no grupo da ciclosporina ( p=0,77) Kelly, D A et al. Lancet 2004: 364:

15 TACROLIMUS X CICLOSPORINA Também não houve diferença significativa quanto a taxa de sobrevida do enxerto em 1 ano: 92,3% no grupo do tacrolimus X 85,4% no grupo da ciclosporina (p=0,16) O índice de pacientes sem rejeição aguda foi de 55,5% no grupo em uso de tacrolimus e 40,2% no grupo em uso de ciclosporina ( p=0,0288 pelo método Kaplan Meier) Kelly, D A et all. Lancet 2004: 364:

16 TACROLIMUS X CICLOSPORINA Pelo método de Kaplan Meier estima se que a taxa de pacientes livres de rejeição aguda, resistente a corticoesteróides, foi de 94% no primeiro grupo e de 70,4% no segundo (p<0,0001) Não houve diferença estatisticamente singificante na incidência de efeitos adversos das drogas Conclusão: o tacrolimus é um imunossupressor seguro e eficaz para prevenção de rejeição aguda pós transplante hepático Kelly, D A et al. Lancet 2004: 364:

17 EFEITOS ADVERSOS DO TACROLIMUS Diferente da ciclosporina, o tacrolimus não apresenta efeitos colaterais como hiperplasia gengival, hirsutismo, deformidades faciais Ambos podem acarretar em alterações de comportamento, principalmente em crianças em idade escolar e adolescentes Os dois apresentam baixos índices de mielotoxicidade Letko, E et al. Ann Allergy Asthma Immunol 1999: 83: Reding, R. Pediatric Transpl 2002: 6:

18 EFEITOS ADVERSOS DO TACROLIMUS Os efeitos colaterais mais comuns da medicação são: insônia, tremores, cefaléia, mialgia, soluços, fadiga, fotofobia, e sintomas gastrointestinais ( como diarréia, náuseas e vômitos ) Os efeitos adversos mais graves são: nefrotoxicidade, neurotoxicidade, efeitos diabetogênicos, hipertensão arterial, infecções, doenças linfoproliferativas e alérgicas Letko, E et al. Ann Allergy Asthma Immunol 1999: 83: Reding, R. Pediatric Transpl 2002: 6:

19 EFEITOS ADVERSOS DO TACROLIMUS Os efeitos adversos de ordem neurológica podem ser divididos em maiores (afasia, convulsões, confusão mental, psicose, encefalopatia e coma) ou menores (tremores, distúrbios do sono, cefaléia, fotofobia, pesadelos) Os maiores ocorrem em aproximadamente 5% dos pacientes; já os menores ocorem em mais de 20% dos pacientes com transplante de orgãos sólidos Letko, E et al. Ann Allergy Asthma Immunol 1999:83:

20 EFEITOS ADVERSOS DO TACROLIMUS A nefrotoxicidade é causada pela alteração da taxa de filtração glomerular. Ocorre em aproximadamente 40% dos pacientes com transplante hepático em estudos americanos, e em 33% nos estudos europeus Acidose tubular renal tem sido descrita em crianças em uso de tacrolimus. Considerando o impacto negativo no crescimento, a acidose deve ser tratada prontamente. Ela pode ser facilmente revertida com suplementação de bicarbonato via oral Letko, E et al. Ann Allergy Asthma Immunol 1999: 83: Reding, R. Pediatric Transpl 2002: 6:

21 EFEITOS ADVERSOS DO TACROLIMUS A hipertensão arterial é um efeito comum do uso do tacrolimus. É reportada em 47% dos pacientes em estudos americanos, e em 31% no estudos europeus Hiperglicemia associada ao uso da medicação é reportada em 47% e 29% dos pacientes com transplante hepático, nos estudos americanos e europeus respectivamente Letko, E et al. Ann Allergy Asthma Immunol 1999:83:

22 EFEITOS ADVERSOS DO TACROLIMUS Diabetes melitus tipo 1 tem sido reportada em 10 15% dos pacientes adultos submetidos `a transplante hepático em uso de tacrolimus. Em crianças, essa associação ocorre em apenas 2% dos pacientes Cardiotoxicidade, é rara, mas pode estar associada a altas doses da medicação 1/3 1/2 dos pacientes em uso de tacrolimus, evoluem com infecções oportunistas, sendo o CMV e o EBV osagentesmaisfrequentes Letko, E et al. Ann Allergy Asthma Immunol 1999:83: Reding, R. Pediatric Transpl 2002: 6:

23 EFEITOS ADVERSOS DO TACROLIMUS Os pacientes infectados pelo EBV, em uso de tacrolimus, apresentam maior incidência de doença linfoproliferativa Doenças alérgicas como alergia alimentar associada a asma, angioedema, urticária e alterações gastrointestinais, tem sido descritas como efeitos colaterais do tacrolimus. A prevalência estimada varia de 10 17% em crianças, e 1,5% em adultos Ozdemir, O. Pediatric transpl: 2006:10: Reding, R. Pediatric Transpl 2002: 6:

24 ALERGIA À PROTEÍNA DO LEITE DE VACA X TACROLIMUS Em 1997, Lacaille et al, descreveram o primeiro relato de caso associando alergia a proteína do leite de vaca (APLV) ao uso de tacrolimus Relato de Caso: Paciente do sexo feminino, com antecedente familiar de asma e eczema, com diagnóstico de atresia de vias biliares sem cirurgia de Kasai, submetida a transplante hepático aos 7 meses de vida (enxerto doado pelo seu pai) Lacaille, F et al. Life threatening food allergy in a child treated with FK506. J Pediatr Gastroenterol Nutr 1997:25: 228 9

25 ALERGIA À PROTEÍNA DO LEITE DE VACA X TACROLIMUS Antes do transplante, fazia uso e vitaminas lipossolúveis, diuréticos e ácido ursodeoxicólico Permaneceu em aleitamento materno exclusivo até os 3 meses de vida e após esse período foi iniciado fórmula de proteína extensamente hidrolizada Derivados de leite de vaca foram introduzidos à dieta aos 4 meses Lacaille, F et al. Life threatening food allergy in a child treated with FK506. J Pediatr Gastroenterol Nutr 1997:25: 228 9

26 ALERGIA À PROTEÍNA DO LEITE DE VACA X TACROLIMUS A paciente após o transplante fazia uso de tacrolimus, azatioprina e prednisona Apresentou rejeição aguda 2 semanasapóso transplante, tratada com metilprednisolona e octreotide, com melhora do quadro A azatioprina e a prednisona foram suspensas após 2 meses Após a cirurgia a paciente foi submetida a dieta de exclusão de leite de vaca Lacaille, F et al. Life threatening food allergy in a child treated with FK506. J Pediatr Gastroenterol Nutr 1997:25: 228 9

27 ALERGIA À PROTEÍNA DO LEITE DE VACA X TACROLIMUS Com 1 ano e 5 meses de vida após ingestão de uma única dose de leite de vaca, apresentou quadro de crise de sibilância grave; e após 1 semana evoluiu com urticária gigante, angioedema e diarréia IgE sérica aumentada Discussão: Especula se que nesse paciente, o tacrolimus tenha induzido um desbalanço entre ao linfócitos Th1 e Th2 ou entre IL 4 e TNF a com perda de regulação da produção de IgE Lacaille, F et al. Life threatening food allergy in a child treated with FK506. J Pediatr Gastroenterol Nutr 1997:25: 228 9

28 TACROLIMUS X PERMEABILIDADE INTESTINAL Em 1998 Gabe et al, realizaram um estudo para avaliar a relação do tacrolimus com a permeabilidade da barreira intestinal e produção de energia celular, já que a manutenção dessa barreira deve ser dependente de energia Estudos anteriores, em animais, demonstravam que o tacrolimus diminui a produção de ATP e aumenta a permeabilidade da barreira intestinal Gabe, S M et al. The effect of tacrolimus on intestinal barrier and cellular energy production in humans. Gastroenterology 1998:115:67 74

29 TACROLIMUS X PERMEABILIDADE INTESTINAL 3 grupos : 12 pacientes com transplante hepático em uso de tacrolimus; 5 pacientes com transplante hepático sem uso de imunossupressor; 9 pacientes saudáveis Nívelséricode tacrolimus variou entre 5 19,3 μg/l ( média de 9,8 μg/l ) Os pacientes estavam em uso de outras medicações como: prednisolona (12), sucralfate (7), anfotericina (7), ganciclovir (2), carbonato e magnésio (2), omeprazol (1), propranolol (2), e fluconazol (1) Gabe, S M et al. The effect of tacrolimus on intestinal barrier and celular energy production in humans. Gastroenterology 1998:115:67 74

30 TACROLIMUS X PERMEABILIDADE INTESTINAL A função mitocondrial foi avaliada indiretamente pelo teste respiratório com ácido isocapróico com C 13 marcado (C 13 KIKA) e atravésdamedidadaenergiagastapor calorimetria indireta A integridade da mucosa intestinal foi avaliada através de testes de absorção e permeabilidade intestinal, e presença de endotoxinas Gabe, S M et al. The effect of tacrolimus on intestinal barrier and cellular energy production in humans. Gastroenterology 1998:115:67 74

31 TACROLIMUS X PERMEABILIDADE INTESTINAL A média de energia gasta por quilograma de peso foi 17% e 18% maiornospacientesemusode tacrolimus em relação aos pacientes saudáveis e sem imunossupressor, respectivamente (p <0,01 e p <0,05) Houve relação entre a porcentagem de C 13 KIKA excretado e a energia gasta em todos os paciente (p <0,005), confirmando que o teste respiratório pode ser usado para avaliar a função mitocondrial Após 2 horas da ingestão de tacrolimus, os pacientes já apresentavam diminuição do C 13 KIKA excretado Gabe, S M et al. The effect of tacrolimus on intestinal barrier and cellular energy production in humans. Gastroenterology 1998:115:67 74

32 TACROLIMUS X PERMEABILIDADE INTESTINAL Há evidências de que o aumento da exposição do tacrolimus provoca uma diminuição do gasto de energia e do coeficiente respiratório (p < 0,001 e p <0,02) Os pacientes em uso de tacrolimus apresentam aumento da permeabilidade intestinal (75% maior que os pacientes saudáveis, 48% que os pacientes sem imunossupressão) e de endotoxinas Gabe, S M et al. The effect of tacrolimus on intestinal barrier and cellular energy production in humans. Gastroenterology 1998:115:67 74

33 TACROLIMUS X PERMEABILIDADE INTESTINAL Conclusão: o tacrolimus inibe a descarboxilação do C 13 KIKA, o gasto energético e o coeficiente respiratório ( dose dependente), o que sugere inibição da função mitocondrial e consequente inibição da produção de energia; o que pode estar associado ao aumento da permeabilidade intestinal e nível de endotoxinas Gabe, S M et al. The effect of tacrolimus on intestinal barrier and cellular energy production in humans. Gastroenterology`1998:115:67 74

34 ALERGIA ALIMENTAR X TACROLIMUS Em 1999, Prabhakaran et al, descreveram sua experiência com 64 pacientes pediátricos, com transplante hepático, dos quas 11 pacientes (17%) desenvolveram alergia alimentar No mesmo ano, Inui et al, descreveram o relato de 2 casos de crianças com história pessoal e familiar de atopia submetidas a transplante hepático (doador vivo) por erro inato do metabolismo. Prabhakaran, K et al. Pediatrics 1999: 104:786 7 Inui, A et al. Food allergy and tacrolimus. J Pediatr Gastroenterol 1999: 28;355 6

35 ALERGIA ALIMENTAR X TACROLIMUS Nos dois casos os pacientes faziam uso de tacrolimus e prednisolona Os pacientes desenvolveram alergia alimentar caracterizada por edema de lábios e vômitos em um deles; após ingestão de peixe Foram realizadas dosagens séricas de IgE (aumentadas em ambos os casos) e de IL 4 antes do transplante e após o aparecimento dos sintomas alérgicos (evidenciando aumento discreto de IL 4) Porém, não foi possível investigar a causa dessas alterações Inui, A et al. Food allergy and tacrolimus. J Pediatr Gastroenterol 1999: 28;355 6

36 ALERGIA ALIMENTAR X TACROLIMUS Em 2001, Novak Wegrzyn et al relataram casos de 7 pacientes com diagnóstico alergia alimentar em uso de tacrolimus 6 pacientes haviam sido submetidos à transplante hepático (inter vivos), com mediana de idade de 9 meses; e 1 paciente havia sido submetido à transplante de intestino delgado com 8,6 anos Nível sérico do tacrolimus variou de 7 10ηg/mL Novak Wegrzyn, A H et al. Food allergy after pediatric organ transplantation with tacrolimus immunossupression. J Allergy Clin Immunol; 2001:108:146

37 ALERGIA ALIMENTAR X TACROLIMUS 3 doadores apresentavam história de asma e/ou rinite alérgica Nenhum dos pacientes apresentava história prévia de alergia alimentar. Porém, 5 tinham historia familiar de atopia A mediana de tempo entre o transplante hepático e os sintomas alérgicos foi de 5 meses ( variando de 5 dias à 12 meses) Todos os pacientes apresentaram urticária e/ou angioedema Novak Wegrzyn, A H et al. Food allergy after pediatric organ transplantation with tacrolimus immunossupression. J Allergy Clin Immunol; 2001:108:146

38 ALERGIA ALIMENTAR X TACROLIMUS 3 pacientes apresentaram sintomas gastrointestinais persistentes e a biópsia evidenciou gastroenteropatia eosinofílica Todos tiveram melhora após dieta de exclusão ou fórmula elementar Conclusão: o transplante hepático está associado ao aparecimento de alergia alimentar, sendo um fator de risco importante o uso de tacrolimus Novak Wegrzyn, A H et al. Food allergy after pediatric organ transplantation with tacrolimus immunossupression. J Allergy Clin Immunol; 2001:108:146

39 ALERGIA ALIMENTAR X TACROLIMUS As manifestações tardias de alergia alimentar podem ser explicadas pelo fato de os pacientes, em geral, terem exposição alimentar limitada antes do transplante O curioso é que os pacientes em uso de ciclosporina não apresentam tal evolução O tacrolimus, por inibir a IL 2 e a resposta Th1 deve estimular a resposta Th2 Porém, o fato de só haver relatos em crianças apesar do uso da medicação em adultos, deve estar associado a imaturidade do sistema gastrointestinal dessas Novak Wegrzyn, A H et al. J Allergy Clin Immunol; 2001:108:146

40 ALERGIA ALIMENTAR X TACROLIMUS Pacifico et al, em 2003, relataram um caso de um paciente submetida a transplante hepático por atresia de vias biliares, aos 6 meses de vida, que 2 mesesapóso procedimento, apresentou quadro de urticária, chiado e diarréia Tal paciente apresentava eosinofilia, aumento de IgE sérica e Rast positivo Evoluiu com mehora do quadro após dieta de exclusão Pacífico,L et al. Transplantation 2003;76:1778

41 ALERGIA ALIMENTAR X TACROLIMUS E CICLOSPORINA Em 2003, Arikan et al, publicaram um estudo realizado com 46 pacientes, submetidos à 51 transplantes, de março/1997 àdezembro/2002 Dos 46 pacientes, 3 apresentaram doenças alérgicas; sendo asma em 1 paciente e alergia alimentar em 2 1 dos pacientes fazia uso de ciclosporina (nível sérico: ηg/ml) e os outros 2 usavam tacrolimus (7 12 ηg/ml) Nenhum paciente tinha história prévia e familiar de alergia Arikan, C et al. Allergic disease after pediatric liver transplantation with systemic tacrolimus and cyclosporine A terapy. Transplantation 2003;35:

42 ALERGIA ALIMENTAR X TACROLIMUS E CICLOSPORINA Arikan, C et al. Allergic disease after pediatric liver transplantation with systemic tacrolimus and cyclosporine A terapy. Transplantation 2003;35:

43 ALERGIA ALIMENTAR X TACROLIMUS E CICLOSPORINA Discussão: Alergia alimentar tem sido associada ao uso de tacrolimus, mas não havia relatos de alergia com uso de ciclosporina O retardo nas manifestações de alergia alimentar pode ser explicado pela exposição limitada dos pacientes antes do transplante e também ao fato de que após o procedimento reestabelece se a função imumológica do fígado Conclusão: A alergia alimentar não está associada apenas ao uso de tacrolimus, podendo ocorrer também, com a ciclosporina Arikan, C et al. Allergic disease after pediatric liver transplantation with systemic tacrolimus and cyclosporine A terapy. Transplantation 2003;35:

44 ALERGIA ALIMENTAR X TACROLIMUS Lykavieris et al, em 2003, publicou um estudo que avaliou 121 crianças tratadas com tacrolimus pós transplante hepático inter vivos, realizados devido a doenças colestáticas crônicas, com mediana de idade de 1,3 anos 12 pacientes (10%) apresentaram quadro de alergia alimentar, em média 28 meses após o início da medicação Não há informações sobre alergias nos doadores Lykavieris et al. Angioedema in pediatric liver transplant recipients under tacrolimus immunossupressor. Transplantation 2003;75:

45 ALERGIA ALIMENTAR X TACROLIMUS Nenhum dos pacientes apresentava história prévia de alergia alimentar; e 6 pacientes apresentavam história familiar de atopia 12 pacientes apresentaram angioedema, 2 rouquidão, 2 sibilância, e 1 choque anafilático Diarréia recorrente foi observada em 9 pacientes e déficit de ganho de peso em 1 Os alimentos suspeitos foram: ovo, leite, soja, amendoim, carne vermelha, avelã, frango, codeiro, peixe, lentilha e kiwi Lykavieris et al. Angioedema in pediatric liver transplant recipients under tacrolimus immunossupressor. Transplantation 2003;75:

46 ALERGIA ALIMENTAR X TACROLIMUS 11 pacientes apresentaram recorrência e 11 apresentavam prick testee/ou rastpositivos 9 apresentavam aumento de IgE sérica e 10 eosinofilia periférica Em 8 pacientes o tacrolimus foi trocado por ciclosporina, com melhora da eosinofilia em 3 pacientes, da diarréia em 5, e diminuição da sensibilidade do teste cutâneo em 3 ( 1 ano depois) Lykavieris et al. Angioedema in pediatric liver transplant recipients under tacrolimus immunossupressor. Transplantation 2003;75:

47 ALERGIA ALIMENTAR X TACROLIMUS Conclusão: a predominância de alergia alimentar em relação as outras doenças alérgicas pode ser atribuída a faixa etária dos pacientes e à imaturidade do sistema gastrointestinal e imunológico No mesmo ano, Romero et al, publicaram um estudo retrospectivo realizado de janeiro de 1997 dezembro/1999 Lykavieris et al. Transplantation 2003;75: Romero et al. Pediatr Transplantation 2003; 7:

48 TACROLIMUS X EOSINOFILIA 57 transplantes hepáticos, realizados em 54 pacientes, dos quais 53 foram analisados Durante o estudo os pacientes fizeram uso de ciclosporina + prednisolona, tacrolimus + micofenolato mofetil + prednisolona, dacluzimab 5 pacientes apresentavam história familiar ou pessoal de alergia alimentar/ medicamentos Todos apresentavam contagem de eosinófilos periféricos antes do procedimento, dentro da normalidade ( número total < 350/mm 3 e < 10%) Romero et al. Peripherical eosinophilia and eosinophilic gastroenteritis after pediatric liver transplantation Pediatr Transplantation 2003; 7:

49 TACROLIMUS X EOSINOFILIA 15 pacientes (28%) apresentaram eosinofilia (> 10% e > 350/mm 3 ) após o transplante 23 pacientes apresentaram sintomas gastrointestinais como vômitos, sangue nas fezes, diarréia e náuseas Desses, todos apresentavam eosinofilia e 6 (26%) apresentaram biópsia com gastroenteropatia eosinofílica, sendo neles maior a frequência de retransplante (p<0,006) Romero et al. Peripherical eosinophilia and eosinophilic gastroenteritis after pediatric liver transplantation Pediatr Transplantation 2003; 7:

50 TACROLIMUS X EOSINOFILIA 3 dos 6 desses pacientes apresentavam aumento de IgE sérica Os pacientes com eosinofilia eram mais novos, e a eosinofilia foi mais frequente em vigência do uso de tacrolimus 20 dos 35 pacientes com suspeita de rejeição apresentavam PCR positivo para EBV, sendo a infecção mais frequente nos pacientes com eosinofilia Romero et al. Peripherical eosinophilia and eosinophilic gastroenteritis after pediatric liver transplantation Pediatr Transplantation 2003; 7:

51 TACROLIMUS X EOSINOFILIA Conclusão: a gastroenteropatia eosinofílica e a eosinofilia periférica está associada ao transplante hepático A presença de rejeição ao transplante e seu tratamento podem desencadear a eosinofilia Além disso, o desbalanço entre TH1 e TH2, nos pacientes em uso de tacrolimus também pode explicar o aumento do número de eosinófilos A razão da associação entre a infecção por EBV e a eosinofilia não é clara Romero et al. Peripherical eosinophilia and eosinophilic gastroenteritis after pediatric liver transplantation Pediatr Transplantation 2003; 7:

52 ALERGIA ALIMENTAR MÚLTIPLA X TACROLIMUS Em 2006, Ozdemir et al publicou 2 relatos de caso de pacientes pós tranplante cardíaco e hepático, em uso de tacolimus, que desenvolveram alergia alimentar múltipla após 12 e 7 meses do procedimento, respectivamente Nenhum dos pacientes apresentava história familiar e pessoal de alergia, e no segundo caso, o doador, também não O primeiro paciente apresentou urticária e angioedema e o segundo apresentou diarréia Ozdemir, O et al. Pediatr Transplantation 2006; 10:

53 ALERGIA ALIMENTAR MÚLTIPLA X TACROLIMUS Os dois pacientes apresentavam aumento de IgE, eosinofilia periférica, e RAST positivo para mais de um alimento O segundo, apresentava aumento do nível sérico de tacrolimus O segundo paciente tinha gastroenteropatia eosinofílica confirmada por biópsia Os dois evoluiram com melhora após dieta de exclusão Discussão: A aquisição de alergia alimentar após o transplante é um fenômeno bastante descrito, atualmente Ozdemir, O et al. Pediatr Transplantation 2006; 10:

54 ALERGIA ALIMENTAR MÚLTIPLA X TACROLIMUS A transferência de alergia alimentar do doador para o receptor foi descrita em 1997 em transplante de medula óssea. Porém, há vários relatos cujos doadores não apresentavam história de alergia O elevado nível do tacrolimus, no segundo paciente, deve se ao fato de ele apresentar diarréia o que diminui a enzima CYP3A4 e a P glicoproteína, presentes no intestino delgado e cólon, responsáveis pela metabolização da medicação Ozdemir, O et al. Pediatr Transplantation 2006; 10:

55 ALERGIA ALIMENTAR MÚLTIPLA X TACROLIMUS A alergia alimentar adquirida após o transplante deve se a vários fatores como: a imunodeficiência e a baixa exposição à antígenos alimentares pré transplante, antecedentes pessoais e familiares, aumento da permeabilidade celular e desbalanço entre TH1 e TH2 causada pelo tacrolimus Porém, nenhum desses mecanismos explicam o fato de tal entidade ocorrer durante o uso do tarolimus e não durante o uso da ciclosporina; fato que deve estar associado à potência do tacrolimus que é entre 10 e 100 x maior que da ciclosporina Ozdemir, O et al. Pediatr Transplantation 2006; 10:

56 TACROLIMUS X ATROFIA VILOSITÁRIA Também em 2006, Blanchard et al, descreveu 3 casos de pacientes após transplante hepático, em uso de tacrolimus, que desenvolveram alergia alimentar caracterizada por sintomas gastrointestinais ( vômitos, diarréia e sangue nas fezes) 1 dos pacientes apresentava RAST IgE positivo e os outros 2 apresentavam RAST IgG positivo e IgE negativos Apenas 1 paciente apresentava aumento de IgE sérica Blanchard, S S et al. Pediatr Transplantation 2006; 10:

57 TACROLIMUS X ATROFIA VILOSITÁRIA Em todos os pacientes as biópsias de duodeno demonstraram atrofia vilositária parcial Discussão: a alergia alimentar com sintomas gastrointestinais e atrofia vilositária não é necessariamente IgE mediada RAST IgG pode ser usado para screening de alergia alimentar não IgE mediada Blanchard, S S et al. Pediatr Transplantation 2006; 10:

58 TACROLIMUS X GASTROENTEROPATIA EOSINOFÍLICA Saeed et al, em 2006, publicou um estudo retrospectivo, realizado com 45 pacientes que realizaram, transplante hepático inter vivos, entre 1986 e (35%) faziam uso de Tacrolimus 3 pacientes (19%) apresentaram sintomas como diarréia com muco ou sangue; 20, 24 e 17 meses após o transplante; e com 1,5, 3 e 7 anos de idade Nenhum deles apresentava história de atopia Saeed, S A et al. Pediatr Transplantation 2006; 10:

59 TACROLIMUS X GASTROENTEROPATIA EOSINOFÍLICA A coprocultura e pesquisa de leucócitos fecais eram negativas; e havia indícios de alergia alimentar como RAST positivo, eosinofilia e aumento de IgE sérica (em 2 deles) As biópsias gastrointestinais evidenciaram gastroenteropatia eosinofílica Os pacientes evoluiram com melhora após dieta de exclusão, e em 2 deles o tacrolimus foi trocado por ciclosporina Saeed, S A et al. Pediatr Transplantation 2006; 10:

60 TACROLIMUS X GASTROENTEROPATIA EOSINOFÍLICA Saeed, S A et al. Pediatr Transplantation 2006; 10:

61 TACROLIMUS X CICLOSPORINA Granot et al, em 2006, publicaram um estudo comparando pacientes pós transplante hepático inter vivos tratados com ciclosporina e tacrolimus Foram analisado 30 pacientes (16 meninos e 14 meninas), com idade entre 1,9 17 anos (média de 10,6 anos e mediana de 10,75 anos) submetidos à transplante hepático entre 1 17 anos (média de idade 6,4 anos e mediana de 5,75 anos) Granot, E et al. Pediatr Transplantation 2006; 10:

62 TACROLIMUS X CICLOSPORINA 10 pacientes faziam uso de ciclosporina (nível sérico de ηg/ ml) e 20 utilizavam tacrolimus ( nível sérico de 3 6 ηg/ ml) 3 pacientes do primeiro grupo também faziam uso de prednisolona e 6 do segundo usavam micofenolato mofetil Foram realizados dosagem sérica de eosinófilos, IgE total e RASTs Nenhum paciente apresentava história familiar de alergia, e 1 deles apresentava APLV pré transplante Granot, E et al. Pediatr Transplantation 2006; 10:

63 TACROLIMUS X CICLOSPORINA 11 pacientes apresentaram eosinofilia (sendo 10 do grupo do tacrolimus) e 10 apresentaram RAST positivo (8 do grupo do tacrolimus) Dos 11, 7 eram assintomáticos, 3 apresentaram sintomas de alergia alimentar, e 1 sintomas de alergia alimentar e asma (todos os sintomáticos usavam tacrolimus) Os sintomas encontrados foram angioedema, estridor larígeo, chiado, rash peri oral, diarréia e anemia associada à sangue oculto nas fezes Granot, E et al. Pediatr Transplantation 2006; 10:

64 Discussão: Nenhum dos pacientes em uso de ciclosporina apresentou sintomas alérgicos; apenas 2 apresentaram aumento de IgE, 1 RAST positivo e 1 eosinofilia Granot, E et al. Pediatr Transplantation 2006; 10:

65 TRANSPLANTE HEPÁTICO X COLITE EOSINOFÍLICA Em 2007, Lee et al, publicaram um estudo restrospectivo associando gastroenteropatia eosinofílica ao transplante hepático 50 crianças submetidas à transplante hepático entre maio/2001 e maio/ delas apresentaram biópsia retal (realizadas 6, 9 e 12 mesesapóso transplante) com colite eosinofílica ou doença gastrointestinal linfoproliferativa Média de idade no transplante foi de 10,8 ±1,8 meses Todaselasfaziamusode tacrolimus Lee, J H et al. Pediatr Transplantation 2007; 11:

66 TRANSPLANTE HEPÁTICO X COLITE EOSINOFÍLICA Em 35 pacientes o transplante foi inter vivos e em 3 o doador era cadáver 14 pacientes (37%) tiveram o diagnóstico de colite eosinofílica (grupo EGID). Todos eles apresentavam eosinofilia periférica nos dois primeiros meses após o transplante, sendo essa incidência maior que no grupo sem colite eosinofílica ( p=0,003) Antecedentes alérgicos foram encontardos em 3 doadores do grupo EGID e em nenhum do outro grupo Lee, J H et al. Pediatr Transplantation 2007; 11:

67 TRANSPLANTE HEPÁTICO X COLITE EOSINOFÍLICA Antecedentes familiares de alergia eram positivos em 3 pacientes do grupo EGID e em 2 do outro grupo A incidência de soroconversão do PCR para EBV foi maior no grupo EGID ( 10/12), que no outro grupo (6/24) Não houve diferença entre os grupos quanto a infecção por CMV 8 pacientes do grupo EGID ( 57%) apresentavam RAST positivo ( principalmente para ovo e leite) Lee, J H et al. Pediatr Transplantation 2007; 11:

68 TRANSPLANTE HEPÁTICO X COLITE EOSINOFÍLICA Sintomas como diarréia, vômitos, hematoquezia e dor abdominal apareceram após aproximadamente 3 meses do transplante e o diagnóstico ocorreu após 6,9 ±2 meses Todos os pacientes evoliuiram com melhora após dieta de exclusão e uso de fórmula hipoalergênica Conclusão: São fatores de risco para colite eosinofílica pós transplante hepático, a presença de eosinofilia periférica e soroconversão para EBV Lee, J H et al. Pediatr Transplantation 2007; 11:

69 TRANSPLANTE RENAL E HEPÁTICO X ALERGIA ALIMENTAR Em 2009, Levy et al, publicaram um estudo restrospectuivo, que avaliou a presença de alergia alimentar em crianças pós tranplante hepático e renal 232 pacientes submetidos`a transplante renal de (dos quais 124 faziam uso de tacrolimus) 65 pacientes submetidos`a transplante hepático de , também em uso de tacrolimus Nenhum dos pacientes com transplante renal desenvolveu alergia alimentar Levy, Y et al. Pediatr Transplantation 2009; 13: 63 69

70 TRANSPLANTE RENAL E HEPÁTICO X ALERGIA ALIMENTAR 4 pacientes com transplante hepático, sendo 2 com tranplante combinado hepático e renal, desenvolveram alergia alimentar. Todos eles apresntavam eosinofilia periférica 8 pacientes assintomáticos apresentavam eosinofilia periférica Sintomas como urticária e angioedema apareceram 1,5 6 anos após a transplante Em 2 pacientes o tacrolimus foi trocado pela ciclosporina, sem melhora Levy, Y et al. Pediatr Transplantation 2009; 13: 63 69

71 TRANSPLANTE RENAL E HEPÁTICO X ALERGIA ALIMENTAR Todos os pacientes apresentaram melhora após dieta de exclusão Conclusão: o tacrolimus está associado ao desenvolvimento da alergia alimentar. Porém, não parace ser o único fator, já que os pacientes submetidos à transplante renal em uso de tal medicação não desenvolveram sintomas alérgicos Isso talvez possa ser explicado devido ao fato de que os pacientes com transplante renal utilizam altas doses de prednisona, o que pode provocar uma down regulation na degranulação de mastócitos, inibindo assim o processo alérgico Levy, Y et al. Pediatr Transplantation 2009; 13: 63 69

72 ALERGIA ALIMENTAR X TRANSPLANTE HEPÁTICO Em 2009, Ozbek et al, publicaram um estudo prospectivo realizado entre setembro/2004 à fevereiro/2008 Foram avaliadas 28 crianças, com média de idade de 4,96 ±0,76 anos, submetidas à transplante hepático inter vivos Dosagens séricas de eosinófilos, IgE e RAST foram obtidas 3, 6 e 12 meses após o procedimento Nos pacientes que desenvolveram alergia, também foi realizado prick teste Ozbek, O Y et al. Pediatr Allergy Immunol 2009

73 ALERGIA ALIMENTAR X TRANSPLANTE HEPÁTICO Nenhum dos doadores apresentava história de alergia alimentar e todos tinham RAST e prick teste negativos 3 crianças apresentavam história familiar de alergia (apenas uma desenvolveu alergia alimentar) 6 pacientes (21%), em uso de tacrolimus, desenvolveram alergia alimentar múltipla (RAST e o prick teste compatíveis) A média de idade desses pacientes na data do transplante era menor em relação aos outros ( 10,2 meses x 68,9 meses, p<0,05) Ozbek, O Y et al. Pediatr Allergy Immunol 2009

74 ALERGIA ALIMENTAR X TRANSPLANTE HEPÁTICO Média de tempo entre o transplante e o aparecimento de sintomas foi de 9,7 meses Ozbek, O Y et al. Pediatr Allergy Immunol 2009

75 ALERGIA ALIMENTAR X TRANSPLANTE HEPÁTICO 2 pacientes apresentaram sintomas de asma e um dermatite atópica 4 dos 6 pacientes com alergia apresentaram infecção pelo EBV antes da alergia, sendo que 2 apresentaram doença linfoproliferativa. Todos eles apresentavam eosinofilia e aumento de IgE 5 pacientes não alérgicos apresentaram infecção pelo EBV, sem eosinofilia e aumento de IgE IgE total antes do transplante, não foi diferente nos pacientes alérgicos e não alérgicos A eosinofilia foi maior nos pacientes alérgicos após o transplante ( p<0,05) Ozbek, O Y et al. Pediatr Allergy Immunol 2009

76 ALERGIA ALIMENTAR X TRANSPLANTE HEPÁTICO A eosinofilia e o aumneto de IgE foi máximo no momento do aparecimento dos sintomas Em 2 pacientes o tacrolimus foi trocado para ciclosporina e em 1 para sirolimus Os pacientes apresentaram melhora clínica e laboratorial após dieta de exclusão Conclusão: alergia alimentar deve ser considerada nos pacientes submetidos à transplante hepático, menores de 1 ano, que desenvolvem eosinofilia, aumento de IgE e infecção por EBV Ozbek, O Y et al. Pediatr Allergy Immunol 2009

Palácio dos Bandeirantes Av. Morumbi, 4.500 - Morumbi - CEP 05698-900 - Fone: 3745-3344 Nº 223 DOE de 28/11/07. Saúde GABINETE DO SECRETÁRIO

Palácio dos Bandeirantes Av. Morumbi, 4.500 - Morumbi - CEP 05698-900 - Fone: 3745-3344 Nº 223 DOE de 28/11/07. Saúde GABINETE DO SECRETÁRIO Diário Oficial Estado de São Paulo Poder Executivo Seção I Palácio dos Bandeirantes Av. Morumbi, 4.500 - Morumbi - CEP 05698-900 - Fone: 3745-3344 Nº 223 DOE de 28/11/07 Saúde GABINETE DO SECRETÁRIO Resolução

Leia mais

RELATÓRIO PARA A. SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS

RELATÓRIO PARA A. SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS RELATÓRIO PARA A SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS RELATÓRIO PARA A SOCIEDADE Este relatório é uma versão resumida do relatório técnico

Leia mais

FABA ALERGIA ALIMENTAR

FABA ALERGIA ALIMENTAR FABA ALERGIA ALIMENTAR Intolerância Alimentar Aversão Alimentar Reações Imediatas e Tardias ALERGIA ALIMENTAR FABA ALERGIA ALIMENTAR - Reação adversa ao componente protéico do alimento e envolve mecanismo

Leia mais

Declaração de Conflitos de Interesse. Nada a declarar.

Declaração de Conflitos de Interesse. Nada a declarar. Declaração de Conflitos de Interesse Nada a declarar. Avaliação clínico-laboratorial do paciente alérgico RAST Silvia Daher Apoio: Phadia Diagnósticos Ltda HISTÓRIA TESTE CUTÂNEO RAST SD Diagnóstico de

Leia mais

VIVER BEM OS RINS DO SEU FABRÍCIO AGENOR DOENÇAS RENAIS

VIVER BEM OS RINS DO SEU FABRÍCIO AGENOR DOENÇAS RENAIS VIVER BEM OS RINS DO SEU FABRÍCIO AGENOR DOENÇAS RENAIS Leia o código e assista a história de seu Fabrício Agenor. Este é o seu Fabrício Agenor. Ele sempre gostou de comidas pesadas e com muito tempero

Leia mais

Informação pode ser o melhor remédio. Hepatite

Informação pode ser o melhor remédio. Hepatite Informação pode ser o melhor remédio. Hepatite HEPATITE A hepatite é uma inflamação do fígado provocada na maioria das vezes por um vírus. Diferentes tipos de vírus podem provocar hepatite aguda, que se

Leia mais

Alérgenos de origem alimentar: eles são preocupantes? Flavio Finardi Filho FCF USP ffinardi@usp.br

Alérgenos de origem alimentar: eles são preocupantes? Flavio Finardi Filho FCF USP ffinardi@usp.br Alérgenos de origem alimentar: eles são preocupantes? Flavio Finardi Filho FCF USP ffinardi@usp.br Alérgenos de origem alimentar Características gerais glicoproteínas resistência térmica resistente à proteólise

Leia mais

Pós operatório em Transplantes

Pós operatório em Transplantes Pós operatório em Transplantes Resumo Histórico Inicio dos programas de transplante Dec. 60 Retorno dos programas Déc 80 Receptor: Rapaz de 18 anos Doador: criança de 9 meses * Não se tem informações

Leia mais

PROVA ESPECÍFICA Cargo 48. Na reação de hipersensibilidade imediata do tipo I, qual dos seguintes mediadores é neoformado nos tecidos?

PROVA ESPECÍFICA Cargo 48. Na reação de hipersensibilidade imediata do tipo I, qual dos seguintes mediadores é neoformado nos tecidos? 11 PROVA ESPECÍFICA Cargo 48 QUESTÃO 26 Na reação de hipersensibilidade imediata do tipo I, qual dos seguintes mediadores é neoformado nos tecidos? a) Heparina. b) Histamina. c) Fator ativador de plaquetas

Leia mais

CONHECIMENTO GOTAS. neoplasias hematológicas: leucemia mieloide crônica

CONHECIMENTO GOTAS. neoplasias hematológicas: leucemia mieloide crônica CONHECIMENTO EM GOTAS neoplasias hematológicas: leucemia mieloide crônica leucemia é uma doença maligna dos leucócitos (glóbulos brancos). ela pode ser originada em duas linhagens diferentes: a linhagem

Leia mais

Agrotóxicos. O que são? Como são classificados? Quais os sintomas de cada grupo químico?

Agrotóxicos. O que são? Como são classificados? Quais os sintomas de cada grupo químico? Dica de Bolso Agrotóxicos O que são? Como são classificados? Quais os sintomas de cada grupo químico? 12 1 O QUE SÃO AGROTÓXICOS? Agrotóxicos, também chamados de pesticidas, praguicidas, biocidas, fitossanitários,

Leia mais

EFEITOS ADVERSOS A MEDICAMENTOS

EFEITOS ADVERSOS A MEDICAMENTOS EFEITOS ADVERSOS A MEDICAMENTOS INTRODUÇÃO As informações contidas neste folheto têm a finalidade de orientar as pessoas que passaram ou que podem passar pela experiência não-desejada dos efeitos adversos

Leia mais

RELATÓRIO PARA A. SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS

RELATÓRIO PARA A. SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS RELATÓRIO PARA A SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS RELATÓRIO PARA A SOCIEDADE Este relatório é uma versão resumida do relatório técnico

Leia mais

INDICAÇÕES BIOEASY. Segue em anexo algumas indicações e dicas quanto à utilização dos Kits de Diagnóstico Rápido Bioeasy Linha Veterinária

INDICAÇÕES BIOEASY. Segue em anexo algumas indicações e dicas quanto à utilização dos Kits de Diagnóstico Rápido Bioeasy Linha Veterinária INDICAÇÕES BIOEASY Segue em anexo algumas indicações e dicas quanto à utilização dos Kits de Diagnóstico Rápido Bioeasy Linha Veterinária 1- ANIGEN RAPID CPV AG TEST BIOEASY PARVOVIROSE Vendas de Filhotes:

Leia mais

Imunologia dos Tr T ansplantes

Imunologia dos Tr T ansplantes Imunologia dos Transplantes Base genética da rejeição Camundongos isogênicos - todos os animais possuem genes idênticos Transplante de pele entre animais de linhagens diferentes rejeição ou aceitação depende

Leia mais

Sumário. Data: 23/05/2013 NOTA TÉCNICA 75/2013. Medicamento/ x dieta Material Procedimento Cobertura. Solicitante. Processo Número 0024 13 023060-0

Sumário. Data: 23/05/2013 NOTA TÉCNICA 75/2013. Medicamento/ x dieta Material Procedimento Cobertura. Solicitante. Processo Número 0024 13 023060-0 NOTA TÉCNICA 75/2013 Solicitante Juiz de Direito Dr.Alexsander Antenor Penna Silva Comarca de João Monlevade Processo Número 0024 13 023060-0 Data: 23/05/2013 Medicamento/ x dieta Material Procedimento

Leia mais

Rejeição de Transplantes Doenças Auto-Imunes

Rejeição de Transplantes Doenças Auto-Imunes Rejeição de Transplantes Doenças Auto-Imunes Mecanismos da rejeição de transplantes Envolve várias reações de hipersensibilidade, tanto humoral quanto celular Habilidade cirúrgica dominada para vários

Leia mais

PROVA TEÓRICO-PRÁTICA

PROVA TEÓRICO-PRÁTICA PROVA TEÓRICO-PRÁTICA 1. Na atresia de esôfago pode ocorrer fistula traqueoesofágica. No esquema abaixo estão várias opções possíveis. A alternativa indica a forma mais freqüente é: Resposta B 2. Criança

Leia mais

Perguntas e respostas sobre imunodeficiências primárias

Perguntas e respostas sobre imunodeficiências primárias Perguntas e respostas sobre imunodeficiências primárias Texto elaborado pelos Drs Pérsio Roxo Júnior e Tatiana Lawrence 1. O que é imunodeficiência? 2. Estas alterações do sistema imunológico são hereditárias?

Leia mais

Concurso Público. Exames laboratoriais: Com base nesses dados, responda às questões a seguir:

Concurso Público. Exames laboratoriais: Com base nesses dados, responda às questões a seguir: 01 Concurso Público Menina de sete anos de idade apresentou imagem radiológica de pneumatoceles em ambos os pulmões. História pregressa de rash neonatal, atraso da dentição e fraturas recorrentes devido

Leia mais

azul NOVEMBRO azul Saúde também é coisa de homem. Doenças Cardiovasculares (DCV)

azul NOVEMBRO azul Saúde também é coisa de homem. Doenças Cardiovasculares (DCV) Doenças Cardiovasculares (DCV) O que são as Doenças Cardiovasculares? De um modo geral, são o conjunto de doenças que afetam o aparelho cardiovascular, designadamente o coração e os vasos sanguíneos. Quais

Leia mais

EXERCÍCIO E DIABETES

EXERCÍCIO E DIABETES EXERCÍCIO E DIABETES Todos os dias ouvimos falar dos benefícios que os exercícios físicos proporcionam, de um modo geral, à nossa saúde. Pois bem, aproveitando a oportunidade, hoje falaremos sobre a Diabetes,

Leia mais

Portuguese Summary. Resumo

Portuguese Summary. Resumo Portuguese Summary Resumo 176 Resumo Cerca de 1 em 100 indivíduos não podem comer pão, macarrão ou biscoitos, pois eles têm uma condição chamada de doença celíaca (DC). DC é causada por uma das intolerâncias

Leia mais

Daiichi Sankyo Brasil Farmacêutica Ltda.

Daiichi Sankyo Brasil Farmacêutica Ltda. IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO BENICAR olmesartana medoxomila APRESENTAÇÕES Benicar é apresentado em embalagens com 10 ou 30 comprimidos revestidos de olmesartana medoxomila nas concentrações de 20 mg ou

Leia mais

O que é câncer de estômago?

O que é câncer de estômago? Câncer de Estômago O que é câncer de estômago? O câncer de estômago, também denominado câncer gástrico, pode ter início em qualquer parte do estômago e se disseminar para os linfonodos da região e outras

Leia mais

Atraso na introdução da terapia anti-retroviral em pacientes infectados pelo HIV. Brasil, 2003-2006

Atraso na introdução da terapia anti-retroviral em pacientes infectados pelo HIV. Brasil, 2003-2006 Atraso na introdução da terapia anti-retroviral em pacientes infectados pelo HIV. Brasil, 2003-2006 Paulo Roberto Borges de Souza-Jr Célia Landmann Szwarcwald Euclides Ayres de Castilho A Terapia ARV no

Leia mais

TRATAMENTO DE ALERGIA RESPIRATÓRIA 3/3

TRATAMENTO DE ALERGIA RESPIRATÓRIA 3/3 TRATAMENTO DE ALERGIA RESPIRATÓRIA 3/3 VACINA ANTIALÉRGICA UM TRATAMENTO DE EXCELÊNCIA A imunoterapia é o tratamento preventivo para impedir as reações alérgicas provocadas por substâncias como ácaros

Leia mais

Prof. Dr. José O Medina Pestana. Hospital do Rim e Hipertensão Disciplina de Nefrologia, Universidade Federal de São Paulo

Prof. Dr. José O Medina Pestana. Hospital do Rim e Hipertensão Disciplina de Nefrologia, Universidade Federal de São Paulo INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA APÓS O TRANSPLANTE Prof. Dr. José O Medina Pestana Hospital do Rim e Hipertensão Disciplina de Nefrologia, Universidade Federal de São Paulo FUNÇÃO RETARDADA DO ENXERTO RENAL

Leia mais

OUTUBRO. um mes PARA RELEMBRAR A IMPORTANCIA DA. prevencao. COMPARTILHE ESSA IDEIA.

OUTUBRO. um mes PARA RELEMBRAR A IMPORTANCIA DA. prevencao. COMPARTILHE ESSA IDEIA. OUTUBRO ROSA ^ um mes PARA RELEMBRAR A IMPORTANCIA DA ~ prevencao. COMPARTILHE ESSA IDEIA. ~ ^ O movimento popular internacionalmente conhecido como Outubro Rosa é comemorado em todo o mundo. O nome remete

Leia mais

TEMAS LIVRES DO XXXI CONGRESSO BRASILEIRO DE ALERGIA APRESENTAÇÃO: ORAL DATA.: 06/11/2004 SALA BRUM NEGREIROS

TEMAS LIVRES DO XXXI CONGRESSO BRASILEIRO DE ALERGIA APRESENTAÇÃO: ORAL DATA.: 06/11/2004 SALA BRUM NEGREIROS APRESENTAÇÃO: ORAL DATA.: 06/11/2004 SALA BRUM NEGREIROS NÚMERO TEMA LIVRE TÍTULO LEPTINA PARTICIPA DO CONTROLE DA APOPTOSE EM TIMO ATRAVÉS DE MECANISMO DE SINALIZAÇÃO DEPENDENTE DA VIA 001 IRS-1/PI 3-QUINASE

Leia mais

ALERGIA ALIMENTAR: UMA VISÃO PANORÂMICA

ALERGIA ALIMENTAR: UMA VISÃO PANORÂMICA ALERGIA ALIMENTAR: UMA VISÃO PANORÂMICA No dia-a-dia de um consultório de alergia é muito comum o cliente chegar achando que seu problema alérgico está relacionado à alergia alimentar, principalmente quando

Leia mais

Câncer de Próstata. Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho

Câncer de Próstata. Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho Câncer de Próstata Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho O que é próstata? A próstata é uma glândula que só o homem possui e que se localiza na parte baixa do abdômen. Ela é um órgão muito pequeno, tem

Leia mais

CANCER DE MAMA FERNANDO CAMILO MAGIONI ENFERMEIRO DO TRABALHO

CANCER DE MAMA FERNANDO CAMILO MAGIONI ENFERMEIRO DO TRABALHO CANCER DE MAMA FERNANDO CAMILO MAGIONI ENFERMEIRO DO TRABALHO OS TIPOS DE CANCER DE MAMA O câncer de mama ocorre quando as células deste órgão passam a se dividir e se reproduzir muito rápido e de forma

Leia mais

Laboratório. Apresentação de Valcyte. Valcyte - Indicações. Contra-indicações de Valcyte. Advertências. Roche. fr. c/ 60 compr. rev. de 450mg.

Laboratório. Apresentação de Valcyte. Valcyte - Indicações. Contra-indicações de Valcyte. Advertências. Roche. fr. c/ 60 compr. rev. de 450mg. Laboratório Roche Apresentação de Valcyte fr. c/ 60 compr. rev. de 450mg. Valcyte - Indicações Valcyte (cloridrato de valganciclovir) é indicado para o tratamento de retinite por citomegalovírus (CMV)

Leia mais

Este manual tem como objetivo fornecer informações aos pacientes e seus familiares a respeito da Anemia Hemolítica Auto-Imune.

Este manual tem como objetivo fornecer informações aos pacientes e seus familiares a respeito da Anemia Hemolítica Auto-Imune. MANUAL DO PACIENTE - ANEMIA HEMOLÍTICA AUTO-IMUNE EDIÇÃO REVISADA 02/2004 Este manual tem como objetivo fornecer informações aos pacientes e seus familiares a respeito da Anemia Hemolítica Auto-Imune.

Leia mais

CLASSIFICAÇÃO DAS CEFALEIAS (IHS 2004)

CLASSIFICAÇÃO DAS CEFALEIAS (IHS 2004) CLASSIFICAÇÃO DAS CEFALEIAS (IHS 2004) ENXAQUECAS Enxaqueca sem aura De acordo com a IHS, a enxaqueca sem aura é uma síndroma clínica caracterizada por cefaleia com características específicas e sintomas

Leia mais

Corticóides na Reumatologia

Corticóides na Reumatologia Corticóides na Reumatologia Corticóides (CE) são hormônios esteróides produzidos no córtex (área mais externa) das glândulas suprarrenais que são dois pequenos órgãos localizados acima dos rins. São produzidos

Leia mais

Saúde da mulher em idade fértil e de crianças com até 5 anos de idade dados da PNDS 2006

Saúde da mulher em idade fértil e de crianças com até 5 anos de idade dados da PNDS 2006 Saúde da mulher em idade fértil e de crianças com até 5 anos de idade dados da PNDS 2006 José Cechin Superintendente Executivo Francine Leite Carina Burri Martins Esse texto compara as morbidades referidas

Leia mais

MÉTODOS HORMONAIS. São comprimidos que contêm estrogênio e progestogênio associados.

MÉTODOS HORMONAIS. São comprimidos que contêm estrogênio e progestogênio associados. MÉTODOS HORMONAIS 1 - ANTICONCEPCIONAIS HORMONAIS ORAIS (PÍLULAS) É o método mais difundido e usado no mundo. As pílulas são consideradas um método reversível muito eficaz e o mais efetivo dos métodos

Leia mais

Veículo: Jornal da Comunidade Data: 24 a 30/07/2010 Seção: Comunidade Vip Pág.: 4 Assunto: Diabetes

Veículo: Jornal da Comunidade Data: 24 a 30/07/2010 Seção: Comunidade Vip Pág.: 4 Assunto: Diabetes Veículo: Jornal da Comunidade Data: 24 a 30/07/2010 Seção: Comunidade Vip Pág.: 4 Assunto: Diabetes Uma vida normal com diabetes Obesidade, histórico familiar e sedentarismo são alguns dos principais fatores

Leia mais

Atualização do Congresso Americano de Oncologia 2014. Fabio Kater

Atualização do Congresso Americano de Oncologia 2014. Fabio Kater Atualização do Congresso Americano de Oncologia 2014 Fabio Kater Multivitaminas na prevenção do câncer de mama, próstata e pulmão: caso fechado! Revisão da literatura para tipos específicos de câncer

Leia mais

Descobrindo o valor da

Descobrindo o valor da Descobrindo o valor da Ocâncer de mama, segundo em maior ocorrência no mundo, é um tumor maligno que se desenvolve devido a alterações genéticas nas células mamárias, que sofrem um crescimento anormal.

Leia mais

Patologia Geral AIDS

Patologia Geral AIDS Patologia Geral AIDS Carlos Castilho de Barros Augusto Schneider http://wp.ufpel.edu.br/patogeralnutricao/ SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA (AIDS ou SIDA) Doença causada pela infecção com o vírus

Leia mais

Saiba quais são os diferentes tipos de diabetes

Saiba quais são os diferentes tipos de diabetes Saiba quais são os diferentes tipos de diabetes Diabetes é uma doença ocasionada pela total falta de produção de insulina pelo pâncreas ou pela quantidade insuficiente da substância no corpo. A insulina

Leia mais

HIV. O vírus da imunodeficiência humana HIV-1 e HIV-2 são membros da família Retroviridae, na subfamília Lentividae.

HIV. O vírus da imunodeficiência humana HIV-1 e HIV-2 são membros da família Retroviridae, na subfamília Lentividae. A Equipe Multiprofissional de Saúde Ocupacional da UDESC lembra: Dia 01 de dezembro é dia mundial de prevenção à Aids! Este material foi desenvolvido por alunos do Departamento de Enfermagem da Universidade

Leia mais

Cancro Gástrico. Prevenção, Diagnóstico e Tratamento. Cancro Digestivo. 30 de Setembro 2006. Organização. Sponsor. Apoio.

Cancro Gástrico. Prevenção, Diagnóstico e Tratamento. Cancro Digestivo. 30 de Setembro 2006. Organização. Sponsor. Apoio. Organização Sponsor Cancro Gástrico Prevenção, Diagnóstico e Tratamento Apoio Secretariado Central Park R. Alexandre Herculano, Edf. 1-4º C 2795-240 Linda-a-Velha Telefones: 21 430 77 40/1/2/3/4 Fax: 21

Leia mais

Transplante de rim. Perguntas frequentes. Avitum

Transplante de rim. Perguntas frequentes. Avitum Transplante de rim Perguntas frequentes Avitum Por que irei precisar de um transplante de rim? Quando o rim de uma pessoa falha há três tratamentos disponíveis: Hemodiálise Diálise Peritoneal Transplante

Leia mais

TRATAMENTO MEDICAMENTOSO DO DIABETES MELLITUS: SULFONILUREIAS E BIGUANIDAS

TRATAMENTO MEDICAMENTOSO DO DIABETES MELLITUS: SULFONILUREIAS E BIGUANIDAS UNIVERSIDADE DE UBERABA LIGA DE DIABETES 2013 TRATAMENTO MEDICAMENTOSO DO DIABETES MELLITUS: SULFONILUREIAS E BIGUANIDAS PALESTRANTES:FERNANDA FERREIRA AMUY LUCIANA SOUZA LIMA 2013/2 CRITÉRIOS PARA ESCOLHA

Leia mais

Maconha. Alessandro Alves. Conhecendo a planta

Maconha. Alessandro Alves. Conhecendo a planta Maconha Alessandro Alves Entenda bem. A maconha é a droga ilícita mais utilizada no mundo. Está entre as plantas mais antigas cultivadas pelo homem. Na China seus grãos são utilizados como alimento e no

Leia mais

Doença Celíaca. Curso: Hotelaria Variante Restaurante/Bar Formador: João Ribeiro Formando: Inês Paiva Ano/Turma: 10ºD Ano Lectivo: 2011/2012

Doença Celíaca. Curso: Hotelaria Variante Restaurante/Bar Formador: João Ribeiro Formando: Inês Paiva Ano/Turma: 10ºD Ano Lectivo: 2011/2012 Doença Celíaca Curso: Hotelaria Variante Restaurante/Bar Formador: João Ribeiro Formando: Inês Paiva Ano/Turma: 10ºD Ano Lectivo: 2011/2012 ANO LECTIVO 2010-2011 PÁGINA - 2 Índice Introdução...3 O que

Leia mais

VIROLOGIA HUMANA. Professor: Bruno Aleixo Venturi

VIROLOGIA HUMANA. Professor: Bruno Aleixo Venturi VIROLOGIA HUMANA Professor: Bruno Aleixo Venturi O que são vírus? A palavra vírus tem origem latina e significa "veneno". Provavelmente esse nome foi dado devido às viroses, que são doenças causadas por

Leia mais

Intolerâncias Alimentares Distúrbios da Deglutição

Intolerâncias Alimentares Distúrbios da Deglutição Intolerâncias Alimentares Distúrbios da Deglutição Intolerâncias Alimentares Alergias alimentares Intolerâncias metabólicas Reações farmacológicas Erros congênitos do metabolismo Alergia alimentar Mediada

Leia mais

A patroa quer emagrecer

A patroa quer emagrecer A patroa quer emagrecer A UU L AL A Andando pela rua, você passa em frente a uma farmácia e resolve entrar para conferir seu peso na balança. E aí vem aquela surpresa: uns quilinhos a mais, ou, em outros

Leia mais

Trombofilias. Dr Alexandre Apa

Trombofilias. Dr Alexandre Apa Trombofilias Dr Alexandre Apa TENDÊNCIA À TROMBOSE TRÍADE DE VIRCHOW Mudanças na parede do vaso Mudanças no fluxo sanguíneo Mudanças na coagulação do sangue ESTADOS DE HIPERCOAGULABILIDADE

Leia mais

Diário Oficial. REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL Imprensa Nacional

Diário Oficial. REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL Imprensa Nacional Diário Oficial REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL Imprensa Nacional BRASÍLIA - DF Nº 142 DOU de 25/07/08 MINISTÉRIO DA SAÚDE SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE CONSULTA PÚBLICA Nº 7, DE 24 DE JULHO DE 2008. A Secretária

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº, DE 2014

PROJETO DE LEI Nº, DE 2014 PROJETO DE LEI Nº, DE 2014 (Do Sr. Nelson Marchezan Junior) Torna obrigatória a informação sobre a presença de lactose nas embalagens ou rótulos de alimentos, bebidas e medicamentos. O Congresso Nacional

Leia mais

Clostridium difficile: quando valorizar?

Clostridium difficile: quando valorizar? Clostridium difficile: quando valorizar? Sofia Bota, Luís Varandas, Maria João Brito, Catarina Gouveia Unidade de Infecciologia do Hospital D. Estefânia, CHLC - EPE Infeção a Clostridium difficile Diarreia

Leia mais

Protocolo. Transplante de células-tronco hematopoiéticas nas hemoglobinopatias

Protocolo. Transplante de células-tronco hematopoiéticas nas hemoglobinopatias Protocolo Transplante de células-tronco hematopoiéticas nas hemoglobinopatias Versão eletrônica atualizada em Abril 2012 Embora a sobrevida dos pacientes com talassemia major e anemia falciforme (AF) tenha

Leia mais

Uso correcto dos antibióticos

Uso correcto dos antibióticos CAPÍTULO 7 Uso correcto dos antibióticos Quando usados correctamente, os antibióticos são medicamentos extremamente úteis e importantes. Eles combatem diversas infecções e doenças causadas por bactérias.

Leia mais

MICRONUTRIENTES: Vitaminas e Minerais

MICRONUTRIENTES: Vitaminas e Minerais Projeto de Extensão Saúde da Família e o Papel da Escola MICRONUTRIENTES: Vitaminas e Minerais Danielle Mayumi Tamazato Maiara Jaloretto Barreiro O que são vitaminas? Vitaminas são micronutrientes essenciais

Leia mais

Que tipos de Diabetes existem?

Que tipos de Diabetes existem? Que tipos de Diabetes existem? -Diabetes Tipo 1 -também conhecida como Diabetes Insulinodependente -Diabetes Tipo 2 - Diabetes Gestacional -Outros tipos de Diabetes Organismo Saudável As células utilizam

Leia mais

NOVEMBRO. NAO SE ESCONDA ATRaS DOS SEUS PRECONCEITOS CUIDAR DA SAUDE TAMBEM e COISA DE HOMEM

NOVEMBRO. NAO SE ESCONDA ATRaS DOS SEUS PRECONCEITOS CUIDAR DA SAUDE TAMBEM e COISA DE HOMEM NOVEMBRO AZUL NAO SE ESCONDA ATRaS DOS SEUS PRECONCEITOS CUIDAR DA SAUDE TAMBEM e COISA DE HOMEM O movimento internacional, conhecido como Novembro Azul, é comemorado em todo o mundo, quando teve início

Leia mais

TEMA: NEOCATE NA ALERGIA A LEITE DE VACA (APLV)

TEMA: NEOCATE NA ALERGIA A LEITE DE VACA (APLV) NOTA TÉCNICA 24/2014 Solicitante Regina Célia Silva Neves Juizado Fazenda Pública de Itaúna Processo Número 0338.13.012.595-2 Data: 07/02/2014 Medicamento/ dieta x Material Procedimento Cobertura TEMA:

Leia mais

Investigador português premiado nos EUA

Investigador português premiado nos EUA Investigador português premiado nos EUA DOENÇA DE CROHN O INVESTIGADOR Henrique Veiga-Femandes, que estuda o papel de células na defesa contra infeções intestinais, recebeu o prémio Sénior Research Award,

Leia mais

Estado do Espírito Santo CÂMARA MUNICIPAL DE VILA VELHA "Deus seja Louvado"

Estado do Espírito Santo CÂMARA MUNICIPAL DE VILA VELHA Deus seja Louvado PROJETO DE LEI Nº /2015 EMENTA: DISPÕE SOBRE CRIAÇÃO DE UM PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DIFERENCIADA PARA ALUNOS ALÉRGICOS NA REDE DE ENSINO MUNICIPAL DE VILA VELHA E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. A Câmara Municipal

Leia mais

2. Nesse sistema, ocorre uma relação de protocooperação entre algas e bactérias.

2. Nesse sistema, ocorre uma relação de protocooperação entre algas e bactérias. PROVA DE BIOLOGIA QUESTÃO 01 Entre os vários sistemas de tratamento de esgoto, o mais econômico são as lagoas de oxidação. Essas lagoas são reservatórios especiais de esgoto, que propiciam às bactérias

Leia mais

PROTOZOÁRIOS PARASITAS INTESTINAIS

PROTOZOÁRIOS PARASITAS INTESTINAIS COLÉGIO JOÃO PAULO I LABORATÓRIO DE BIOLOGIA - 2º ANO PROF. ANDRÉ FRANCO FRANCESCHINI PROTOZOÁRIOS PARASITAS INTESTINAIS AMEBÍASE Agente causador: Entamoeba histolytica. Diagnóstico: E. P. F. exame parasitológico

Leia mais

DIABETES MELLITUS. Prof. Claudia Witzel

DIABETES MELLITUS. Prof. Claudia Witzel DIABETES MELLITUS Diabetes mellitus Definição Aumento dos níveis de glicose no sangue, e diminuição da capacidade corpórea em responder à insulina e ou uma diminuição ou ausência de insulina produzida

Leia mais

LABIRIN. dicloridrato de betaistina APSEN. FORMA FARMACÊUTICA Comprimidos. APRESENTAÇÕES Comprimidos de 24 mg. Caixa com 30 comprimidos.

LABIRIN. dicloridrato de betaistina APSEN. FORMA FARMACÊUTICA Comprimidos. APRESENTAÇÕES Comprimidos de 24 mg. Caixa com 30 comprimidos. LABIRIN dicloridrato de betaistina APSEN FORMA FARMACÊUTICA Comprimidos APRESENTAÇÕES Comprimidos de 24 mg. Caixa com 30 comprimidos. USO ORAL USO ADULTO COMPOSIÇÃO Cada comprimido contém: 24 mg dicloridrato

Leia mais

Conheça mais sobre. Diabetes

Conheça mais sobre. Diabetes Conheça mais sobre Diabetes O diabetes é caracterizado pelo alto nível de glicose no sangue (açúcar no sangue). A insulina, hormônio produzido pelo pâncreas, é responsável por fazer a glicose entrar para

Leia mais

Forum de Debates INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA EM. Rui Toledo Barros Nefrologia - HCFMUSP rbarros@usp.br

Forum de Debates INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA EM. Rui Toledo Barros Nefrologia - HCFMUSP rbarros@usp.br Forum de Debates Sociedade Paulista de Reumatologia INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA EM PACIENTE COM LES Rui Toledo Barros Nefrologia - HCFMUSP rbarros@usp.br Resumo do Caso Feminino, i 43 anos diagnóstico prévio

Leia mais

N o 35. Março 2015. O mieloma múltiplo é uma. MIELOMA MÚLTIPLO: Novo Medicamento no tratamento contra o Câncer de Medula Óssea

N o 35. Março 2015. O mieloma múltiplo é uma. MIELOMA MÚLTIPLO: Novo Medicamento no tratamento contra o Câncer de Medula Óssea N o 35 Março 2015 Centro de Farmacovigilância da UNIFAL-MG Site: www2.unifal-mg.edu.br/cefal Email: cefal@unifal-mg.edu.br Tel: (35) 3299-1273 Equipe editorial: prof. Dr. Ricardo Rascado; profa. Drª. Luciene

Leia mais

Tumor Estromal Gastrointestinal

Tumor Estromal Gastrointestinal Tumor Estromal Gastrointestinal Pedro Henrique Barros de Vasconcellos Hospital Cardoso Fontes Serviço de Cirurgia Geral Introdução GIST é o tumor mesenquimal mais comum do TGI O termo foi desenvolvido

Leia mais

Manual do Doador Voluntário de Medula Óssea

Manual do Doador Voluntário de Medula Óssea Manual do Doador Voluntário de Medula Óssea Manual do Doador Voluntário O desconhecimento sobre a doação de medula óssea é enorme. Quando as pessoas são informadas de como é fácil ser doador voluntário

Leia mais

PLANEJAMENTO DO TRATAMENTO DA ASMA BRÔNQUICA

PLANEJAMENTO DO TRATAMENTO DA ASMA BRÔNQUICA PLANEJAMENTO DO TRATAMENTO DA ASMA BRÔNQUICA O estudo do sistema imune (proteção) surgiu no início do século 20, com futuro muito promissor, mas isto não se confirmou de imediato. Os fenômenos imunológicos

Leia mais

Curso de Capacitação em Biossegurança de OGMs Células-tronco Legislação de Biossegurança

Curso de Capacitação em Biossegurança de OGMs Células-tronco Legislação de Biossegurança Curso de Capacitação em Biossegurança de OGMs Células-tronco Legislação de Biossegurança Florianópolis, Agosto 2004 Células-tronco O que são células-tronco e o que podemos fazer com elas? Qual a relação

Leia mais

CAMPANHA PELA INCLUSÃO DA ANÁLISE MOLECULAR DO GENE RET EM PACIENTES COM CARCINOMA MEDULAR E SEUS FAMILIARES PELO SUS.

CAMPANHA PELA INCLUSÃO DA ANÁLISE MOLECULAR DO GENE RET EM PACIENTES COM CARCINOMA MEDULAR E SEUS FAMILIARES PELO SUS. Laura S. W ard CAMPANHA PELA INCLUSÃO DA ANÁLISE MOLECULAR DO GENE RET EM PACIENTES COM CARCINOMA MEDULAR E SEUS FAMILIARES PELO SUS. Nódulos da Tiróide e o Carcinoma Medular Nódulos da tiróide são um

Leia mais

Hepatites Virais 27/07/2011

Hepatites Virais 27/07/2011 SOCIEDADE DIVINA PROVIDÊNCIA Hospital Nossa Senhora da Conceição Educação Semana Continuada de Luta Contra em CCIH as Hepatites Virais 27/07/2011 Enfº Rodrigo Cascaes Theodoro Enfº CCIH Rodrigo Cascaes

Leia mais

O que é O que é. colesterol?

O que é O que é. colesterol? O que é O que é colesterol? 1. O que é colesterol alto e por que ele é ruim? Apesar de a dislipidemia (colesterol alto) ser considerada uma doença extremamente prevalente no Brasil e no mundo, não existem

Leia mais

CANCER DE COLO DE UTERO FERNANDO CAMILO MAGIONI ENFERMEIRO DO TRABALHO

CANCER DE COLO DE UTERO FERNANDO CAMILO MAGIONI ENFERMEIRO DO TRABALHO CANCER DE COLO DE UTERO FERNANDO CAMILO MAGIONI ENFERMEIRO DO TRABALHO CANCER DE COLO DE UTERO O câncer de colo uterino é o câncer mais comum entre as mulheres no Brasil, correspondendo a, aproximadamente,

Leia mais

TRATAMENTO DE ALERGIA RESPIRATÓRIA 2/3

TRATAMENTO DE ALERGIA RESPIRATÓRIA 2/3 TRATAMENTO DE ALERGIA RESPIRATÓRIA 2/3 SISTEMA IMUNE E ALERGIA Por alergia, entendem-se as repostas imunes indesejadas contra substâncias que venceram as barreiras como, os epitélios, as mucosas e as enzimas.

Leia mais

Transfusão de sangue UHN. Informação para os pacientes sobre os benefícios, riscos e alternativas

Transfusão de sangue UHN. Informação para os pacientes sobre os benefícios, riscos e alternativas Transfusão de sangue Blood Transfusion - Portuguese UHN Informação para os pacientes sobre os benefícios, riscos e alternativas Quais são os benefícios da transfusão de sangue? A transfusão de sangue pode

Leia mais

Diabetes Gestacional

Diabetes Gestacional Diabetes Gestacional Introdução O diabetes é uma doença que faz com que o organismo tenha dificuldade para controlar o açúcar no sangue. O diabetes que se desenvolve durante a gestação é chamado de diabetes

Leia mais

CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO TRANSPLANTE HEPÁTICO HISTÓRICO 1967 - Starzl realizou o 1º TX bem sucedido 1970 - Início das atividades na U.F - HCFMUSP 1985-1º TX hepático do hemisfério sul 2001 Transplantes

Leia mais

PLANO DE ESTUDOS DE CIÊNCIAS NATURAIS - 9.º ANO

PLANO DE ESTUDOS DE CIÊNCIAS NATURAIS - 9.º ANO DE CIÊNCIAS NATURAIS - 9.º ANO Ano Letivo 2014 2015 PERFIL DO ALUNO No domínio Viver melhor na Terra, o aluno deve ser capaz de: Compreender a importância da saúde individual e comunitária na qualidade

Leia mais

PLANO DE ESTUDOS DE CIÊNCIAS NATURAIS 9.º ANO

PLANO DE ESTUDOS DE CIÊNCIAS NATURAIS 9.º ANO DE CIÊNCIAS NATURAIS 9.º ANO Ano Letivo 2015 2016 PERFIL DO ALUNO No domínio Viver melhor na Terra, o aluno deve ser capaz de: Compreender a importância da saúde individual e comunitária na qualidade de

Leia mais

TEMA: Octreotida LAR no tratamento de tumor neuroendócrino

TEMA: Octreotida LAR no tratamento de tumor neuroendócrino NTRR 31/2013 Solicitante: Juiz Juarez Raniero Número do processo:0479.13.003726-6 Reu: Secretaria de Saúde de Passos Data: 25/03/2013 Medicamento x Material Procedimento Cobertura TEMA: Octreotida LAR

Leia mais

Gaudencio Barbosa R3 CCP Hospital Universitário Walter Cantídio UFC Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço

Gaudencio Barbosa R3 CCP Hospital Universitário Walter Cantídio UFC Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço Gaudencio Barbosa R3 CCP Hospital Universitário Walter Cantídio UFC Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço Nódulos tiroideanos são comuns afetam 4- a 10% da população (EUA) Pesquisas de autópsias: 37

Leia mais

CIÊNCIAS PROVA 2º BIMESTRE 8º ANO

CIÊNCIAS PROVA 2º BIMESTRE 8º ANO PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO SUBSECRETARIA DE ENSINO COORDENADORIA DE EDUCAÇÃO CIÊNCIAS PROVA 2º BIMESTRE 8º ANO 2010 QUESTÃO 1 O bem-estar do organismo depende

Leia mais

Exercícios de Monera e Principais Bacterioses

Exercícios de Monera e Principais Bacterioses Exercícios de Monera e Principais Bacterioses 1. (Fuvest) O organismo A é um parasita intracelular constituído por uma cápsula protéica que envolve a molécula de ácido nucléico. O organismo B tem uma membrana

Leia mais

TEMA: Uso de Calcitriol no hipoparatireoidismo após cirurgia de tireóide

TEMA: Uso de Calcitriol no hipoparatireoidismo após cirurgia de tireóide NT 27/2012 Solicitante: Dra. Jacqueline de Souza Toledo e Dutra Juíza de Direito do 2º JESP do Juizado Especial da Comarca de Pouso Alegre Data: 29/11/2012 Medicamento X Material Procedimento Cobertura

Leia mais

Intolerância à Lactose

Intolerância à Lactose Intolerância à Lactose A intolerância à lactose é a condição que se refere aos sintomas decorrentes da má digestão da lactose. Esta situação ocorre quando o organismo não produz lactase suficiente, uma

Leia mais

Actualizado em 28-09-2009* Definição de caso, de contacto próximo e de grupos de risco para complicações

Actualizado em 28-09-2009* Definição de caso, de contacto próximo e de grupos de risco para complicações Definição de caso, de contacto próximo e de grupos de risco para complicações 1. Introdução A evolução da epidemia causada pelo vírus da gripe pandémica (H1N1) 2009 implica que as medidas sejam adaptadas

Leia mais

RESPOSTA RÁPIDA 417/2014 Encefalopatia Alcoólica

RESPOSTA RÁPIDA 417/2014 Encefalopatia Alcoólica RESPOSTA RÁPIDA 417/2014 Encefalopatia Alcoólica SOLICITANTE Drª Herilene de Oliveira Andrade Juíza de Direito Comarca de Itapecerica NÚMERO DO PROCESSO 0335.14.1606-4 DATA 25/07/2014 Ao NATS, SOLICITAÇÃO

Leia mais

Prescrição Dietética

Prescrição Dietética Prescrição Dietética Quantitativo Cálculo de Dietas Cálculo de dietas estimar as necessidades energéticas de um indivíduo (atividade física, estágio da vida e composição corporal) Necessidades energéticas

Leia mais

Entenda tudo sobre a Síndrome do Intestino Irritável

Entenda tudo sobre a Síndrome do Intestino Irritável Entenda tudo sobre a Síndrome do Intestino Irritável Apesar de ainda não existir cura definitiva para esse problema de saúde crônico, uma diferenciação entre essa patologia e a sensibilidade ao glúten

Leia mais