JUNHO DE 2004: 60 ANOS DA INVASÃO DA NORMANDIA

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1 JUNHO DE 2004: 60 ANOS DA INVASÃO DA NORMANDIA Almir Santos RESUMO: Esse artigo relembra o desembarque na Normandia; a maior força militar já mobilizada: três mil navios, quatorze mil aviões, três milhões de homens. Vamos relembrar alguns tópicos da estratégia, assim como a guerra surda entre os principais generais, onde a vaidade de cada um deles estava bem acima dos interesses dos povos que pretendiam libertar. ABSTRACT: This article recounts the invasion of Normandy by the largest military power ever mobilized: three thousand ships, fourteen thousand airplanes, and three million men. We will relive an issue of pivotal consequence, a silent struggle among the principal generals in which their pride was placed above the interests of the people they pledged to liberate. PRIMEIRA FASE: O PLANEJAMENTO Palavras-chave: Wermacht, Operação Overlord, Panzer, Operação Malho, o Dia D, Caen. Keywords: Wermacht, Overlord Operation, Panzer, Malho Operation, D Day, Caen. Desde que foram expulsos pelos alemães do continente europeu em 1940, que os ingleses planejavam atravessar de volta o Canal da Mancha. Entretanto, todos os estudos estratégicos que Churchill mandou realizar mostraram ser esse desembarque extremamente complexo e praticamente impossível de ser feito. Em 1942, preocupado com a situação russa cujos exércitos estavam sendo dizimados pela Wermacht, (Forças Armadas Alemãs) o general americano George Marshall, Chefe do Estado Maior, mostrou-se favorável a Operação Malho, que previa o desembarque de duas divisões no continente europeu para criar uma cabeça de ponte no Sul da França e aliviar a pressão sobre os soviéticos. General Eisenhower, comandante dos americanos na Frente Ocidental, e o Marechal Alexander, comandante britânico na mesma frente, se posicionaram contra porque, segundo eles, nem os ingleses, nem os americanos, jamais tinham realizado algo semelhante e uma operação anfíbia dessa envergadura tinha tudo para não dar certo e se transformar em uma grande tragédia. A invasão foi cancelada e uma outra tese prevaleceu; executar desembarques anfíbios em Marrocos, na Sicília, e posteriormente na Itália, para que se pudesse, além de expulsar de vez os alemães do mar Mediterrâneo, adquirir todos os co- Almir Santos se formou em física pela Universidade do Brasil, hoje UFRJ em Professor da UNISUAM é o decano da engenharia civil. Como professor do IME e da Escola Naval, conheceu vários ex-combatentes da II Guerra onde passou e se interessar e pesquisar sobre o assunto. Hoje é colaborador da revista Defesa Nacional publicada pela Biblioteca do Exército. Dentre seus trabalhos publicados destacamos, O Fim do III Reich, A guerra Esquecida, A Batalha de Krusk e Rommel Versus Patton, o Duelo que Não Aconteceu. 9

2 nhecimentos necessários para uma invasão de grande porte nas praias da França. Em 1943 um general inglês chamado Morgan, apresentou ao Estado Maior Britânico o anteprojeto da operação Overlord, para invasão da Normandia por ingleses, americanos e canadenses. Por esse projeto o desembarque seria feito por 3 divisões de infantaria acompanhadas de um ataque de pára-quedistas atrás das linhas inimigas. Os pára-quedistas, auxiliados pela Resistência Francesa, destruiriam pontes, ferrovias e linhas de transmissão. O primeiro objetivo da invasão seria a conquista do porto francês de Cherburgo por onde se daria o grosso do desembarque. Um dado importante seria que a operação deveria ter um comando único. Churchill e Roosevelt se reuniram no Canadá, analisaram o plano com seus assessores militares e gostaram. Só houve uma divergência; quem comandaria o ataque? Os políticos britânicos queriam o marechal inglês Alexander alegando que os ingleses estavam a mais tempo na guerra e por isso tinham mais experiência. Os americanos discordaram e indicaram o general americano George Marshall. O impasse demorou algum tempo e chegou a preocupar; mas os americanos eram os donos do dinheiro, talvez por isso o nome de consenso foi o do general americano Dwight D. Eisenhower. Este general, além de ter muita competência para enfrentar crises políticas ainda tinha a simpatia do Primeiro Ministro Inglês. Ao assumir o comando, Eisenhower nomeou o general Omar Bradley para comandar os exércitos americanos, mas teve de esperar praticamente um mês para que os ingleses decidissem quem comandaria seus exércitos. Os militares queriam o general Montgomery enquanto o Churchill preferia o marechal Alexander. Eisenhower ficou de fora esperando enquanto os ingleses discutiam calorosamente por algo que lhe parecia tão simples. Finalmente, Montgomery foi o escolhido. Eisenhower comentou: Monty é um homem bom para se servir sob e intolerável para servir sobre. Os ingleses não gostaram da indicação de Eisenhower. O desagrado dos britânicos em relação ao general americano se devia, principalmente, ao fato dele, antes de vir para Europa, nunca ter comandado nada maior do que um batalhão. Além disto ter passado, em muito pouco tempo, de coronel para general de 4 estrelas (o posto máximo nos Estados Unidos). Isso o tornava no mínimo, 6 anos mais moderno do que todos os generais do mesmo posto. Muitos não se conformavam. Os americanos, segundo os ingleses, tinham dado o comando de 3 milhões de homens e o destino da Inglaterra a um militar sem experiência alguma. O primeiro ato de Eisenhower foi rever o plano do general Morgan para a invasão a qual o general americano Cristopher Smith, afirmava: esse plano pode ser rechaçado até pela guarda florestal nazista. Durante a revisão o ambiente entre os oficiais generais foi o pior possível. Ninguém escondia seus ressentimentos. Por exemplo: frase do general Montgomery sobre Eisenhower: quando se trata de guerra, Ike não sabe a diferença entre o natal e a semana santa. Do general americano, Bradley, sobre Montgomery: é um general de terceira categoria. Nunca venceu uma batalha que outro general não pudesse fazer igual, ou melhor. De Montgomery sobre Eisenhower: Se quisermos ganhar a guerra em tempo razoável, ter-se-á de tirar de Ike o controle das batalhas terrestres. De Eisenhower, sobre o almirante King: uma coisa que nos pode ajudar a ganhar essa guerra é arranjar alguém que substitua King. Ele é a antítese do espírito de cooperação. Um homem, deliberadamente, grosseiro. Do próprio Eisenhower em relação aos ingleses: se eles continuarem nessa atitude de não ajudar, abandono tudo e vou-me embora. De Patton sobre Montgmery: Mont só venceu uma batalha; a de El Alameim. A de Mareth, eu venci para ele. É evidente que toda esta disputa entre generais, almirantes e brigadeiros era, em grande parte, por vaidade e inveja. Todos temiam que Eisenhower ficasse com a maior parte dos louros da grande vitória a qual tinham certeza, aconteceria em breve. Mas, após longos debates e discussões que por vezes se aproximavam da indelicadeza, a nova Operação Overlord ficou pronta; seu autor foi o general inglês Sir Bernard Montgomery. Pelo novo plano, os aliados desembarcariam 5 divisões de infantaria em 5 diferentes praias da Normandia. No mesmo momento 3 divisões de pára-quedistas saltariam atrás das linhas inimigas com objetivo de capturar o porto de Cherburgo e 10

3 no dia seguinte tomar a cidade de Caen. Completando o ataque uma divisão de tropas especiais desceria em território francês de planadores com objetivo de danificar, ao máximo, as vias de acesso e os sistemas de comunicação. Isso dificultaria um comando unificado para os exércitos alemães na França e impediria a chegada de reforços vindo da frente russa. A operação foi aprovada. O plano parecia bom, mas havia um temor em Eisenhower; que ocorresse na França um novo Anzio. Em Anzio, na Itália, ocorreu um desembarque desastroso donde 20 mil americanos morreram. Se isso viesse a acontecer agora um milhão de homens poderiam morrer. Entretanto, para sua sorte, os ingleses colocaram a sua disposição o seu poderoso serviço secreto, o Ultra. E foi através dele que soube que os nazistas não acreditaram na crise que gerou a exoneração do general George Patton. Para eles tudo não passara de blefe. Era impossível exonerar um general só por ele ter esbofeteado um ou dois soldados. Muito menos um general que tinha feito o que nenhum outro conseguira; nem russo, nem inglês, ou mesmo americano; derrotar o exército alemão numa luta onde os alemães estavam em superioridade em armas. Isso o tornou o único general que os alemães temiam. Na invasão aliada na Sicília os alemães lançaram contra o Exército de Patton, uma poderosa tropa de elite; a temível divisão panzer Herman Goering. Patton querendo chegar primeiro que Montgomery em Messina capital da Sicília iniciou com o general inglês uma disputa que, segundo os alemães, digna de duas prima-donas. Lançando-se para o Norte, Patton, libertou a cidade de Palermo. A partir daí não tomou mais conhecimento dos alemães. Numa arrancada espetacular, apesar de muitas baixas, derrotou os alemães em: Biazza Ridge, San Fratello, Troina, Randazzo e ocupou Messina, a capital da Sicília provocando a ira de Montgomery. Entretanto, ao invés de uma condecoração, foi exonerado do cargo por ter esbofeteado um soldado acovardado. Quando o Ultra informou que psicólogos alemães estudavam a personalidade de Patton com intuito de prever seus movimentos no campo de batalha, Eisenhower resolveu utilizar isso em favor dos aliados. A primeira coisa que fez foi enviar o general para a Turquia. A idéia deu certo. Enquanto os planos para a invasão da Normandia estavam sendo preparados, os alemães se organizavam para enfrentar um grande desembarque aliado que deveria ocorrer, na Grécia ou na Iugoslávia. Quando descobriram o engano, já tinham perdido um tempo considerável. Os alemães tinham contido os russos fora das fronteiras polonesa e dos Países Bálticos. Segundo o Alto Comando Wermacht, se os aliados ocidentais fracassassem na invasão precisariam de mais 3 anos para executar outra operação. O problema era somente descobrir o local do desembarque. Feito isso, os ingleses e americanos, poderiam ser jogados no mar outra vez e os russos destruídos pelas as novas armas alemãs, as bombas voadoras e o avião a jato. O marechal Rundsted achava que o desembarque seria em Calais, por ser o caminho mais curto. Sua sugestão era reforçar a defesa nesse local e bombardear as tropas inimigas ainda dentro dos navios. O marechal Rommel, ao contrário, achava que o desembarque seria em Seine Bight. Quanto à defesa achava que a poderosa força naval aliada impediria qualquer reação alemã, por isso o contra-ataque deveria começar depois o desembarque. Com os ingleses, americanos e canadenses nas praias os navios teriam de cessar fogo, aí os alemães atacariam com as poderosas divisões panzer (divisões blindadas). Um detalhe importante, afirmava Rommel, os aliados tinham de ser destruídos nas praias. Não poderiam penetrar um palmo sequer no continente. Hitler ficou com a tese de Rommel, mas concordou com Rundsted quanto ao local de desembarque. Os alemães criaram então na região de Calais a Fortaleza Europa. Casamatas com ninhos de metralhadoras, artilharia pesada, obstáculos na água para conter as lanchas de desembarque, arame farpado na areia e quatro milhões de minas espalhados por toda costa. Enquanto isso do outro lado do canal, ingleses e americanos, formavam a maior força militar de todos os tempos, 3 mil navios, 14 mil aviões, 2 mil lanchas de desembarque, 15 mil blindados, 15 mil veículos de transportes e 3 milhões de homens. Eisenhower procurou manter sempre entre os alemães a certeza que o local do desembarque seria em Calais. A sua técnica preferida era realizar comunicações secretas, por meio de códigos que sabia já terem sido interpretados pelos alemães, informando sobre exercícios militares. A forma 11

4 como esses exercícios se desenvolviam indicava sempre ser a Bélgica e não a França o local do desembarque. Para reforçar a idéia um fictício exército começou a fazer exercícios imaginários no nordeste da Inglaterra sob o comando do general Patton, que na época ainda estava sem comando e temido pelos alemães. Com isso, para eles, o desembarque só poderia ser em Calais. Nas proximidades da data da invasão Eisenhower foi forçado a fazer grande concessão aos ingleses. Montgomery fora, propositalmente, promovido a Marechal de Campo, (general de 5 estrelas), cargo que não existia no exército americano. Criou-se então um impasse: o comandante inglês estava um posto acima do comandante supremo. Os americanos tiveram de criar o cargo de general de 5 estrelas, (eles o chamaram General de Exército ao invés de Marechal), promovendo a esse posto três generais: o Comandante do Exército, o Chefe do Estado Maior e o comandante a- liado na Frente Ocidental; o general Eisenhower. Mesmo assim, a situação provocou outro impasse: o general Bradley, comandante das tropas americanas, era um general de 4 estrelas. Eisenhower teve então de ceder mais uma vez. Montgomery tornou-se o Comandante em Chefe de todas as forças terrestres, com autoridade sobre Bradley, que comandaria todos americanos, como os britânicos sempre quiseram. Um mês antes da invasão, Montgomery comentou o fato: Ike foi indicado para o comando direto dessa grande operação, mas não sabe como fazê-lo. Eu vou ajudá-lo. SEGUNDA FASE: O DIA D O dia D foi marcado para 4 de junho, mas esse dia amanheceu em meio a grande tempestade. Para enganar os alemães, uma série de mensagens codificadas foram enviadas para o nordeste da Inglaterra, como se tivesse havendo grandes movimentações de tropas por lá. Berlim foi informada. Os alemães ficaram de sobreaviso, mas não foi decretada a prontidão. A rádio BBC, de Londres, na sua mensagem em francês, transmitiu o seguinte verso: o lamento agudo dos violinos de outono. Segundo o serviço secreto alemão, esse era o sinal de alerta. Ao ser transmitido o segundo verso desse poema começaria a invasão. Eles tinham certeza disso, mas os comandantes militares não acreditaram porque essa informação fora obtida por meio de tortura e, além do mais, a tempestade inviabilizava qualquer operação. Enquanto isso, em Londres, o comando aliado estava muito nervoso. Duzentos e cinqüenta mil homens, dentro dos navios, esperando o primeiro desembarque, vomitavam sem parar em meio aquele mar agitado. O remédio contra enjôo dado aos soldados os estava deixando sonolentos. Vamos ou não vamos? Perguntavam os generais. A decisão era de Eisenhower e somente dele. E a tempestade não diminuía. Naquela noite não houve jeito, a invasão teve de ser adiada para o dia seguinte. Durante todo dia 5 de junho na Alemanha a ansiedade era geral. Todos sabiam que a invasão estava para acontecer, mas quando e onde? O coronel Rick Marks, especialista em jogos de guerra, afirmou ao general Jold, Chefe de Operações da Wermacht: Eisenhower sempre atacou durante o dia e com tempo bom. Nós esperamos a invasão em Calais, o ponto mais estreito do canal. Se eu fosse ele faria agora exatamente o contrário do que esperamos; atacaria pelo ponto mais largo, à noite e com o pior tempo possível; ou seja: essa noite na Normandia. O general Jold achou que Eisenhower não correria tal risco e foi dormir. Por volta das 19 horas do dia 5 de junho de 1944, na reunião do Alto Comando o almirante Ramsay, Chefe Naval da Operação, informou: Se não sairmos hoje só obteremos maré favorável na próxima lua. E tem mais; a praia Omaha é muito distante. Para chegar lá ao amanhecer os americanos precisam partir agora. Eisenhower pensou um pouco. Todos olhavam para ele. De repente, com duas palavras, ele deu início a maior operação militar de todos os tempos: Ok; vamos. Foi a única coisa que disse. A BBC transmitiu em francês o segundo verso do mesmo poema: fere meu coração com monótono langor. Era o aviso do início da invasão, mas os alemães não acreditaram. E da Inglaterra partiram 1200 bombardeios B-29. O equivalente a duas bombas de atômicas foram lançadas sobre as defesas alemãs. Quando das praias da Normandia veio a informação do bombardeio o general Jold afirmou em Berlim, é um truque. O desembar- 12

5 que vai ser em Calais e quem vai comandá-la é Patton. Ao voltarem os bombardeios cruzaram com os planadores que levavam as tropas de elite para operações especiais e com 300 aviões C-47, que levavam 15 mil pára-quedistas. Às 4 horas da madrugada, 7 couraçados e 23 cruzadores abriram fogo cerrado contra os alemães. Hitler foi informado, mas não autorizou o deslocamento das poderosas divisões panzer. A invasão será por Calais, garantiu ele. As batidas cardíacas, a pressão arterial e a adrenalina, dos que ficaram em Londres, assumiram valores astronômicos. Todos tensos e calados esperavam as primeiras notícias. Para desespero dos ingleses, Eisenhower, abandonou o comando, foi com Kay Summersbay para um trailer e, para relaxar, começou a ler livrinhos de faroeste. (Kay Summersbay era uma bela irlandesa, cabo do e- xército inglês, motorista de Eisenhower, a qual o general nunca escondeu o envolvimento amoroso entre eles) E as primeiras notícias começaram a chegar. Dos bombardeios americanos de 850 aviões perderam-se 21. Dos ingleses de 400 perderam 8. Apenas 3 aviões da Luftwaffe tinham aparecido. Mas a tropa de pára-quedistas não ia bem. Duas divisões caíram longe do alvo e estavam perdidas. Quase toda a artilharia descida de pára-quedas também se perdera. Oito minutos antes das seis, 250 navios de transporte se aproximaram das praias e começaram os desembarques. Tudo dentro do previsto, nenhuma resistência, nenhum soldado inimigo. O grosso do exército alemão estava em Calais. Mas de Omaha uma surpresa; por azar dos americanos uma Divisão de infantaria estava naquele dia, naquele momento, naquele local. Às 8 horas do dia 6, Eisenhower chegou a seu posto e recebeu em mãos todos os relatórios. De Omaha o general Gerow, seu amigo pessoal, enviou a seguinte mensagem: fogo intenso de artilharia torna impossível o desembarque. Como Montgomery comandava o desembarque, Eisenhorwer, achou que ele tomaria as providências necessárias e foi tratar de outras coisas. Só que isso não ocorreu e Omaha tornara-se um inferno. Nuvens baixas tinham frustrados os bombardeios naval e aéreo. Para piorar, ondas altas e obstáculos nas praias, prejudicavam o desembarque e os soldados alemães esperavam os americanos. Com morteiros e metralhadoras os boches começaram a fazer tiro ao alvo nos Rangers que, desesperados, ainda tinham tentar se salvar da morte por afogamento naquele mar agitado. Na primeira hora os americanos tiveram 2 mil baixas. Uma tragédia estava se formando e o general Gerow nada podia fazer a não ser pedir ajuda que não chegava nunca. Às 14 horas, Eisenhower, ainda continuava sem notícia de Gerow. Já muito preocupado enviou o general Vandenberg ao Quartel General Aéreo. Lá ele verificou que Montgomery não tinha sido informado do acontecido e que até aquele momento mais de dez pedidos de socorro, vindo de Omaha, tinham chegado ao QGA. Vandenberg sem entender o que estava acontecendo foi até ao Comando Tático da RAF e informou que gostaria de ver os pedidos de reconhecimento que haviam chegado. Depois de conferir todas as papeletas descobriu que, dos dez pedidos de socorro chegaram ao QGA, apenas um fora enviado ao comando da RAF. Essa missão foi realizada às 12 horas, mas que nada pode informar porque a visibilidade em Omaha era nenhuma. Vandenberg não teve a menor dúvida, estava havendo uma total falta de comunicação entre os diversos órgãos do Alto Comando. Vandenberg voltou ao Quartel General Aéreo. Entrou como um furacão na sala dos mapas e teve uma grande surpresa, havia uma festa em comemoração ao sucesso do desembarque. No mapa da parede, nas três praias britânicas, estavam marcadas as posições onde se encontravam as tropas e nas praias onde estavam os americanos não havia indicativos algum. Asperamente Vandenberg perguntou: alguém sabe o que está acontecendo na praia de Omaha? Um oficial da RAF respondeu: Não temos visibilidade por lá. Vamos ter uma reunião dentro de 15 minutos para tratar do assunto. Vandenberg replicou furioso: essa providência vem com 10 horas de atraso. Eles podem estar todos mortos. Por muito pouco não estariam mesmo. Em Omaha, foram 14 horas de horror. A derrota nesta praia seria uma tragédia para invasão. O sucesso parcial do desembarque foi comemorado com muita antecedência, o que ocasionou o descuido. 13

6 O general Gerow pediu também fogo de artilharia naval, uma vez que o aéreo era impossível, o que não aconteceu, a Marinha também não recebeu o pedido. Somente às 20 horas, depois de 14 horas de desespero e morte, o Comando Tático da Operação informou ao Comando Naval o que estava acontecendo. Três couraçados americanos e 2 cruzadores franceses se aproximaram da costa e abriram fogo sobre os alemães. Por volta da meia noite, o desembarque foi concluído e Gerow montou seu QG em terra firme. Omaha fora tomada. A invasão começara. TERCEIRA FASE: A OCUPAÇÃO DA NORMANDIA No dia 7 de junho, um dia depois do Dia D, Montgomery chegou à França como o todo poderoso da batalha para comandar a arrancada final e restabelecer o orgulho britânico. Mas, os dias que vieram a seguir mostraram que eles viveriam um inferno. Primeiro foi uma violenta tempestade que destruiu o porto artificial construído para o desembarque das tropas e suprimentos. Setenta navios encalhados o que provocou a falta de munição na frente de batalha. Depois foram as divisões Panzer. Os primeiros confrontos mostraram que seus tanques, o Tigre e o Pantera tornar-seiam o terror dos tanques aliados. As bazucas americanas eram totalmente ineficientes para os Tigres, um monstro de 47 toneladas. O sistema de mira dos canhões alemães era tão superior, que o Alto Comando Aliado deu ordem para que essas miras, quando capturadas, fossem colocadas nos canhões americanos. Com pouca munição e com armamento de qualidade inferior, as deserções assumiram número alarmante. A situação se agravou quando os americanos foram derrotados em Cherburgo, os ingleses em Caen. A luta era feroz. Os alemães não se rendiam. Lutavam até a morte. No final de junho nenhum dos objetivos da operação pós-desembarque tinham sido alcançados. Caen e Cherburgo resistiam e nenhum dos 27 campos de pouso da região, onde 62 esquadrilhas poderiam começar a operar tinham sido conquistados. Os bombardeios e os caças tinham que vir da Inglaterra gastando mais combustível e carregando menos armamentos. Apesar dos bombardeios constantes sobre as ferrovias, reforços da frente russa continuavam chegando para os alemães. A situação já começava a lembrar o cenário da Primeira Guerra; combatentes dentro de trincheiras cheias de lama, trocando tiros com o inimigo. Com melhora do tempo no começo de julho a munição começou a chegar regularmente à frente de batalha. Bradley e Montgomery começaram então uma grande ofensiva. Bradley tomou o porto Cherburgo, mas a um preço muito alto em vidas humanas. Os alemães lutaram até a morte provocando um altíssimo número de baixas entre os americanos. Montgomery fez o segundo grande ataque a Caen, mas os alemães contra atacaram com a Vigésima Primeira Divisão Panzer e destruíram trezentos tanques britânicos. Seis dias depois começou outra grande ofensiva contra Caen conhecida como Operação Cobra. Quatrocentos aviões lançaram 4 mil toneladas de Napaln, uma nova e terrível bomba de fragmentação, sobre o inimigo. Foi um massacre. Os alemães sofreram um horripilante banho de sangue. O poder destruidor dessa arma era inimaginável. Quando terminou o bombardeio os ingleses começaram a avançar. Mas os alemães que escaparam pegaram seus canhões e voltaram à luta. No fim do dia cento e oitenta tanques britânicos tinham sido destruídos. A ofensiva parou e Montgomery reconheceu a derrota. Caen resistia. Dois dias depois os ingleses e americanos, reiniciaram o quarto ataque desta vez apoiados pela aviação que lançava 600 quilos de explosivos por quilômetro avançado. Num desses ataques os aviões bombardearam os americanos. Quinhentos feridos, 110 mortos. Por pouco o general Bradley não morre também. Escapou, por milagre, jogando-se num fosso. Mas a mesma sorte não teve o general McNair, militar de muito prestígio, que viera do pacífico ajudar a organizar a criação do Terceiro Exército. Muitos já aventavam a possibilidade da invasão fracassar quando surgiu a primeira crise pós Dia D; os generais americanos insatisfeitos com o comando de Montgomery, que não conseguia tomar Caen, pediam que Bradley assumisse o comando total. Eisenhower, politicamente, contornou a situação. Pode ter sido coincidência, mas nessa mesma semana o general Marshall veio a 14

7 Londres e juntamente com Eisenhower nomearam o general George Patton para o comando do Terceiro Exército Americano. A situação mudou com a chegada de Patton. O controvertido general, utilizando palavras de baixo calão e aos berros, tirou os soldados e oficiais acovardados, que eram muitos, de dentro das trincheiras e avançou com uma coluna de tanques por trás das linhas inimigas. Temendo serem cercados, os alemães recuaram. Caen ficou isolada. Montgomery voltou a atacar e, finalmente, conseguiu a vitória. A cidade foi ocupada. A Normandia estava livre. Depois da queda de Caen, Patton não parou mais de avançar. No comando do Terceiro Exercito deu um show de liderança, criatividade e velocidade em ação. O seu exército ia tão à frente dos demais que um dos estrategistas aliado comentou irritado: será que George teria a gentileza de, pelo menos, nos dizer aonde vai?. Patton só não entrou triunfante em Paris, como fizera em Messina, porque Eisenhower não permitiu, dando esta honra a um general francês. Com isso, apesar da resistência feroz do soldado alemão e da alta qualidade de seu material bélico, a maior quantidade de aviões, tanques e de artilharia pesada dos aliados, a genialidade de homens como Patton, Montgmery, Bradey e a lide- rança competente de Eisenhower fizeram a diferença. Desta feita o Dia D marca, realmente, o início do fim do III Reich. DEPOIS DA GUERRA Pouco meses depois de terminada a guerra Patton, foi exonerado por fazer declarações consideradas ofensivas ao Congresso Americano. Em dezembro de 1945 morreu de acidente de automóvel. Montgomery assumiu o posto máximo na carreira militar na Inglaterra, tornou-se o Primeiro Lord das Forças Armadas. Eisenhower terminou a guerra coberto de louros. Mas tinha um problema: Kay Summersbay; sua bela motorista irlandesa com quem mantinha um romance nada secreto. Chocava aos ingleses ver como ele, sem menor cerimônia, apresentava-se em público a seu lado. Terminada a guerra tentou junto Departamento de Estado levá-la para os Estados Unidos. Entretanto, foi desaconselhado pelo partido Republicano que o queria como candidato a presidente. Seria muito ruim para sua imagem admitir a existência de uma amante e casar-se com ela. O romance terminou aí. Eisenhower foi eleito e reeleito presidente dos Estados Unidos. Governou o país por 8 anos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS KITCHEN, Martin. Um Mundo em Chamas. São Paulo: Jorge Zahar Editora, BRADLEY, O. A Invasão da Normandia. São Paulo: Três, Lisboa. CHANDLER, Alfred. General Eisenhower. São Paulo: Três, CHIUKOV, V. The End of the Third Reich. Londres, D ESTE, C. A Guerra dos Generais. Lisboa: Aster,

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