O MERCADO DE TRABALHO COMO GERADOR DE OPORTUNIDADES PARA AS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA (NECESSIDADES ESPECIAIS)

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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLAJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS PROJETO A VEZ DO MESTRE O MERCADO DE TRABALHO COMO GERADOR DE OPORTUNIDADES PARA AS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA (NECESSIDADES ESPECIAIS) Por: José Ricardo da Conceição Orientador: Prof. Marco Antônio Chaves

2 Rio de Janeiro, RJ, outubro/2001 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLAJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS PROJETO A VEZ DO MESTRE O MERCADO DE TRABALHO COMO GERADOR DE OPORTUNIDADES PARA AS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA (NECESSIDADES ESPECIAIS) Por: José Ricardo da Conceição Trabalho Monográfico apresentado

3 Como requisito parcial para obtenção Do Grau de Especialista em Marketing no Mercado Globalizado Rio de Janeiro, RJ, outubro/2001

4 SUMÁRIO RESUMO... INTRODUÇÃO O CIDADADÃO COM NECESSIDADES ESPECIAIS O portador de deficiência e a sociedade A imagem do portador de deficiência O preconceito na vida dos deficientes O correto tratamento A Língua de Sinais e a Dactilologia O Sistema Braille A LEGISLAÇÃO PARA OS PORTADORES DE DEFICIÊNCIA O Brasil e suas Leis O PORTADOR DE DEFICIÊNCIA NO MERCADO DE TRABALHO Os conflitos gerados O trabalho dos portadores de deficiência pelo profº José Pastore O Marketing Social como diferencial Um empresário de vanguarda Sugestões para os empregadores O SISTEMA EDUCACIONAL A Tecnologia A Internet OS SERVIÇOS DE COLOCAÇÃO PROFISSIONAL Os Programas da Rede SACI O Programa do Núcleo de Computação da UFRJ Os Programas do CIEE Rio ACESSIBILIDADE E DESENHO UNIVERSAL Eliminando barreiras A relação custo/benefício A acessibilidade como lei O TRABALHO VOLUNTARIADO Dançando ao som do silêncio Um novo conceito de voluntariado Declaração Mundial do Voluntariado As regras do trabalho voluntariado O que é Voluntariado Empresarial? Pesquisa demonstra a força do Voluntariado Empresarial... CONCLUSÃO... REFERÊNCIAS ANEXOS: Decreto nº de 20 de dezembro de Normas técnicas da para adequação das edificações e do mobiliário urbano a pessoa deficiente. Eventos Extra-Classes e Declaração de Estágio

5 A verdadeira sabedoria não se encontra no acumulo de conhecimento e sim na humildade em transmiti-la ao próximo. (Autor desconhecido)

6 Meus sinceros agradecimentos a todas as pessoas que direta ou indiretamente compartilharam com suas experiências para elaboração desse trabalho, agregando assim, um panorama verdadeiramente atual ao conteúdo apresentado.

7 Dedico este trabalho monográfico a todos os portadores de necessidades especiais que lutam incessantemente pelo exercício pleno de sua cidadania junto a sociedade.

8 RESUMO Atualmente tendo em vista a falta de profissionais qualificados com necessidades especiais, os empresários alegam que não podem cumprir o número de cotas para contratação dos portadores de deficiência determinado por lei. Esta problemática vem como reflexo das várias dificuldades enfrentadas pelos portadores, entre eles pode-se citar: o precário sistema educacional; a pouquíssima preocupação dos projetos arquitetônicos dispensada aos locais de circulação pública para acessibilidade dos portadores; e da carência de divulgação de informações direcionada aos portadores e sobre eles à sociedade como um todo. Mediante a este quadro, objetivou-se nesse trabalho monográfico aumentar o campo de comunicação entre a sociedade e o portador de deficiência com informações que auxiliem no desenvolvimento e capacitação dos portadores no mercado de trabalho, possibilitando assim, uma maior conscientização sobre o assunto perante empresas e funcionários, bem como despertando a atenção das entidades de ensino para implementação de cursos direcionados aos portadores, também informando sobre os benefícios adquiridos quando as empresas engajam-se na absorção de novos funcionários portadores e por fim na estimulação do espírito de cidadania entre as pessoas para o serviço de voluntariado nas instituições que cuidam dos portadores. Com ações desse tipo, o mercado de trabalho poderá ter uma significativa melhora, gerando inúmeras oportunidades em prol das pessoas com necessidades especiais que almejam simplesmente serem reconhecidos como cidadãos com dignidade e respeito.

9 INTRODUÇÃO Hoje em dia existem no Brasil aproximadamente 16 milhões de pessoas portadoras de deficiência (uma das maiores populações de pessoas com necessidades especiais do mundo). Sejam oriundas de causas genéticas, acidentes de trânsito, de trabalho ou qualquer outra origem, a deficiência atinge um aspecto de convivência familiar de mais de 20% da população do país. Dos deficientes, segundo estimativas, 9 milhões estão em idade de trabalhar, ou seja, em plena capacidade produtiva, sendo que apenas 1 milhão deles realmente trabalham (800 mil na informalidade e 200 mil no mercado formal). Se o mercado de trabalho está difícil para os não-portadores, é mais difícil ainda para os portadores de deficiência que muita das vezes esbarram com o preconceito e o descaso. Todas essas pessoas buscam ter o reconhecimento justo de cidadania, mas a carência de informações direcionadas, a inadequação arquitetônica nas vias de acesso público e o saturado sistema educacional formam um conjunto de obstáculos que retardam o desenvolvimento de condições que propicie ao portador de deficiência sua participação efetiva na sociedade. Recentemente um grande passo fora dado pelo governo com a criação do Decreto nº 3.298, de 20 dez 1999, que regulamenta a Lei 8.213, de 24 jul 1991, que em resumo obriga todos as empresas do país a contratarem de 2% a 5% de força de trabalho entre pessoas portadoras de deficiência. Este decreto evidenciou por outro lado a falta de profissionais qualificados decorrente dos poucos cursos de capacitação aos deficientes para o mercado, bem como de programas de integração entre empresas e a sociedade para com as pessoas com necessidades especiais. Pois afinal de contas, não basta apenas implementar direitos através de leis, deve-se também fornecer meios para se chegar aos objetivos propostos. Neste trabalho houve a preocupação de informar as pessoas não portadoras e empresas um pouco do universo das pessoas com necessidades especiais na

10 tentativa de aumentar o campo de comunicação e estimular o relacionamento entre a sociedade e o deficiente físico para maior integração. Bem como revelar à uma grande parcela de portadores de deficiência sobre seus direitos e instituições que trabalham em prol desses direitos. Pois afinal de contas a cidadania é para todos. 1 O CIDADÃO COM NECESSIDADES ESPECIAIS

11 O cidadão com necessidades especiais antes de ser uma pessoa que porta uma deficiência, ele é uma pessoa e, como tal, apresenta características de personalidade, sentimentos, emoções, sonhos e ideais. A pessoa portadora de deficiência não deixa de ser ela, por portar algum tipo de deficiência, apresentando, portanto, uma vida normal. Estuda, trabalha, casa-se, tem filhos...enfim, desfruta da vida como as demais pessoas. O que a difere das outras pessoas é o fato de portar uma deficiência, manifestando dificuldades apenas no exercício de determinadas atividades que requeiram o uso do órgão (ou membro) afetado, o que não a exclui de executar outras atividades. Sendo importante acrescentar que uma pessoa, ao perder alguma função que lhe seria natural, passa a compensá-la, através de recursos por ela criados. Recursos esses, que uma pessoa dita normal jamais imaginaria existir, visto que nunca os necessitou O portador de deficiência e a sociedade. Muitos dos problemas que afligem a vida dos portadores de deficiência têm origem na sociedade. Pois ao longo da história, a sociedade restringiram, estereotiparam, discriminaram e até exibiram os portadores de deficiência dentro das mais diferentes interpretações, desde as que atribuíam aos seus problemas uma origem divina, até as que exploravam suas deformidades. Mesmo com o passar dos tempos, as atitudes preconceituosas se mantiveram relativamente estáveis. As sociedades humanas avançaram em tantos aspectos, mas muito pouco na superação dos preconceitos. Estes foram apenas variando na sua manifestação. Talvez devido há pressões dos segmentos mais esclarecidos, os grupos preconceituosos foram sofisticando suas reações diante dos portadores de deficiência. Surgiram comportamentos estereotipados e, superficialmente, marcados por compreensão e humanismo A imagem do portador de deficiência.

12 Para os próprios portadores de deficiência, a percepção social das pessoas que os rodeiam tem muita importância. Na realidade, é dessa percepção que saem as imagens comuns a respeito das pessoas que têm necessidades especiais. A intensidade dessa percepção e as formas de manifestação variam de sociedade para sociedade. E, dentro de cada uma delas, varia de acordo com as classes sociais, níveis de educação e senso de responsabilidade social. No geral, tais imagens de percepção têm pouca relação com as limitações, e muito a ver com as falsas concepções. Fazendo com que essas concepções, apesar de falsas e preconceituosas, sejam parte integrante da realidade social. Pode-se citar entre tantos tipos de concepções: as das pessoas que consideram os deficientes infelizes, por considerarem privadas de oportunidades que a vida oferece, estando elas presas dentro do próprio corpo; e as das pessoas que tendem a tratar os portadores de deficiência dentro de um quadro de doença. Um portador pode ter algum problema de saúde, é claro, mas a limitação de um membro, da fala ou da visão, em si, não constitui doença. Os não-portadores de deficiência ignoram que, com o passar da idade, os seres humanos, eles inclusive, terão as suas funções reduzidas afinal. A degeneração dos órgãos e a velhice formam o destino de todos nós. Ademais, ninguém está livre de, a qualquer momento, passar a ter uma limitação de ordem física, sensorial. No fundo, todos os seres vivos terão de conviver com algum tipo de deficiência ao longo de suas vidas e utilizar acessórios para amenizá-los (óculos, dentadura,...) O preconceito na vida dos deficientes. As relações humanas costumam ser formadas, em grande parte, pela primeira impressão. E, nesse caso, chamam mais atenção os atributos (as deformidades) do que os portadores desses atributos (seres humanos). Em outras palavras, as deformidades vêm antes das pessoas. A partir daí, compõe-se uma visão desumana e estereotipada das pessoas. Com base nisso, passam a imputar ao portador daquela limitação um conjunto de imperfeições que ele não tem. Isso se agrava ao tomar-se como exemplo, se numa só pessoa juntar o fato de ser deficiente, mulher, negra e homossexual.

13 Mas é no mundo do trabalho que as tentativas de evitar as pessoas com necessidades especiais mais aparecem. Dentre os que podem trabalhar, é ainda comum a rejeição de profissionais qualificados pelo simples fato de serem portadores de alguma limitação, mesmo que esta limitação não afete o desempenho no trabalho. É a desconsideração da eficiência e o enaltecimento da deficiência. A informação das pessoas, a conscientização da sociedade e o esforço das instituições sociais são decisivos para se reduzir os preconceitos e assegurar uma melhor integração dos portadores de deficiência na vida social e de trabalho. É claro que a superação desses problemas é uma tarefa complexa. Exige educação, treinamento e compreensão do lado dos portadores. Os que nunca enfrentaram essa problemática não tem a menor idéia da sua complexidade. Para maior compreensão desse assunto, cita-se abaixo o depoimento de Dylson Ramos Bessa Junior, retirado do site sua luta por uma oportunidade de integração, revelando assim, o esforço que fazem as pessoas com necessidades especiais para superar as barreiras sociais. A gente nunca imagina o que é realmente a discriminação e o preconceito, até passar por ele. Antes disso temos uma noção. Depois a sensação do choque no corpo, a boca seca e o coração que dói. E depois? Depois é aquele vazio e a mente martelando: -você é como todo mundo. Mas o coração, além da dúvida, fica o medo de acontecer de novo e todo mundo vê. Daí a gente fica em casa e pensa que tudo podia ser diferente. E que esse diferente tem duas alternativas: Do por que sou uma pessoa portadora de deficiência e a outra é que a cidade podia ser igual prá todos. Na verdade se percebe logo que essa alternativa é uma via única e você passa por ela. Não dá prá fugir! E o pior é que agente tem que engolir e a seco o discurso, seja de empresários, políticos, padre os pastor que somos cidadãos. Isso eu sei e uma outra pessoa portadora de deficiência também sabe, mas e vocês: padres, pastores, empresários e políticos? Realmente vocês sabem? Eu sei que sou diferente por ter uma deficiência e não posso negar, assim como sou diferente na forma de sentir, agir ou amar uma pessoa e todos somos assim. Agora quanto a ser um cidadão, sou e tenho os mesmos direitos e deveres iguais que qualquer um. Por tanto, perante a lei somos iguais, certo? Na teoria tudo divino, mas, passando para o nosso dia a dia as coisas não funcionam. Se vamos

14 pegar um ônibus não há adaptação e a maioria dos motoristas param longe, e quando param! Daí a gente espera que alguém tenha bom senso para nos ajudar e quando estamos com sorte o motorista tem paciência e está de bom humor. Muitas vezes a situação é contornável, entretanto, isso dificilmente ocorre porque falta interesse nos empresários em entrar em contato com uma entidade de portador de deficiência para juntos elaborarem um esquema de palestras de conscientização e até prevenção de acidentes. Só que é mas barato deixar humilhar a pessoa portadora de deficiência, a mulher e o idoso. Já dentro do ônibus é torcer pro lugar que nos é destinado estar vago. De canto de olho você observa uma mãe que fala pro filho: tira o olho menino, é feio ficar olhando. E você se pergunta: Será que eu sou o feio? Ou é feio ser deficiente? E a criança que tudo quer aprender, pergunta para mãe: por que ele é assim? A mãe fala: Ele é dodói porque teimava muito. E não fica mexendo com ele (Se referindo a cadeira de rodas, bengala ou muleta). Você comenta consigo: Mas não sou dodói e sempre fui bom filho! E isso é tão enraizado e intrincado, que está na nossa cultura que o portador de deficiência é dodói, que não se pode tocar, mexer ou falar com ele e a criança cresce com isso, com essa barreira, com a visão de que o deficiente é culpado por ser torto, cego, surdo... Quando na verdade esta barreira, esse imaginário deveria acabar. Mas esse enraizamento é tão profundo que tira até o direito de amarmos, de fazermos sexo é como se fossemos assexuados. Anjos! (eu, anjo?) Basta lembrar que um tempo desse apareceu em um programa jornalístico um padre que não queria dar o direito ao matrimônio a um portador de deficiência física, pois segundo ele o casamento deve gerar frutos como diz sua bíblia. Mas como pode ele, julgar isso se vive nos tormento da mente lutando contra esse sentimento? E se escondendo atrás da desculpa de amar toda a humanidade e rejeita o casamento de um portador de deficiência..? Chega por fim a hora de descer do ônibus. Depois de toda confusão de aí não pode pegar. Segura aqui. E por sorte não cair. O primeiro obstáculo: um carro estacionado na frente da rampa, mais adiante uma rampa muito inclinada e o pior não há banheiros públicos adaptados. E com um anúncio no colo busco um emprego, logo na primeira empresa que precisa de um funcionário você entra e é

15 bem recebido, tira, de dentro da escarcelada, como se fosse um trunfo, uma seqüência incrível de cursos que infelizmente é inútil. Pelo seguinte: seus cursos de computação esta passado, você nunca trabalhou, não terminou os estudos e os mais chocante: você é portador de deficiência e a empresa nunca esta preparada para recebê-lo. Isso dói no fundo de seu peito, porque você percebe que seus cursos, que geralmente, são projetos do Estado, foram um engodo, que ninguém te preparou realmente para o mercado de trabalho. Já no final da tarde você riscou de seu classificado todos os empregos disponíveis e cansado de ouvir as mesmas desculpas volta a questionar-se: Será que sou tão difícil assim, que as empresas não podem nem tentar? Não existe uma lei que tem que haver pessoas portadoras de deficiência trabalhando nos quadros de funcionários? Lei, lei. Repete várias vezes procurando preencher um vazio que a palavra causa. Na quietude do silêncio senta alguém do seu lado e suas palavras de conforto são: Venha pra minha Igreja. Jesus ama você! Ele curou o cego e o aleijado e se vir comigo irá curar você. Então cansado e tão cansado você responde: Curar-me? Não sou doente. Por que sou eu que devo ficar bom? É errado ser um deficiente? Só devo ir para uma Igreja se ela me prometer cura? Deixe-me em paz, eu quero apenas ser um qualquer, não estou buscando a cura, e sim a igualdade... Somos 20% da população de um país como quer a Organização Mundial de Saúde. Somos muito mais... Somos massacrados, medrosos, acostumados a ficar calados, sofrer calado, sentir calado... A gente houve falar: Integração, Reintegração, Inclusão, etc. Tudo gente velha com roupa nova. E eu por onde vou ficando? Vitima? Não. Conseqüência real da falta de uma política pública que incentive e mostre o caminho. Mas terei culpa em tudo isso? Sim em parte, pois eu, quanto pessoa portadora de deficiência que estudei, ou tenha noção de meus direitos e deveres e que trabalho, não tenho tempo para mostrar que sonhos acontecem, que mesmo com uma condição financeira estável, também sou discriminado. Basta não ter vergonha de falar, de ajudar, de portar uma deficiência, de acreditar no outro. Basta apenas: União. Autor: Dylson Ramos Bessa Junior

16 1.4- O correto tratamento. As pessoas que se sentem desconfortadas no contato com portadores de deficiência carregam consigo um profundo desconhecimento. Aliás, os seres humanos tendem a assumir atitudes preconceituosas quando não conhecem as características das pessoas com quem interagem. Assim no intuito de auxiliar no aumento de informação para melhor integração entre portadores e não-portadores de deficiência, e saindo intencionalmente do padrão textual, cita-se abaixo algumas dicas de como tratar deficientes físicos de maneira correta e sem excessos, retirados do site Errado : Evitar falar com os deficientes sobre coisas que uma pessoa normal pode fazer e eles não. Certo: Conversar normalmente com os deficientes, falando sobre todos os assuntos, pois é bom para eles saberem mesmo das coisas que não podem ouvir, ver ou participar por causa da limitação de movimentos. Errado: Elogiar ou depreciar uma pessoa deficiente, somente por ela ser limitada. Certo: Tratar o deficiente como alguém com limitações específicas da deficiência, porém com as mesmas qualidades e defeitos de qualquer ser humano. Errado: Superproteger o deficiente, fazendo coisas por ele. Certo: Permitir que o deficiente desenvolva ao máximo suas potencialidades, ajudando-o apenas quando for realmente necessário. Errado: Chamar o deficiente pelo apelido relativo à sua deficiência (ex.: surdinho, surdo, mudo, cego, maneta, etc.), pois ele pode se ofender. Certo: Chamar a pessoa deficiente pelo nome, como se faz com qualquer outra pessoa. Errado: Dirigir-se à pessoa cega como se ela fosse surda, fazendo esforço para que ela ouça melhor. O cego não é surdo. Certo: Conversar com o cego em tom de voz normal. Errado: Referir-se à deficiência da pessoa como uma desgraça, como algo que mereça piedade e vá ser compensando no céu.

17 Certo: Falar da deficiência como um problema, entre outros, que apenas limita a vida em certos aspectos específicos. Errado: Demonstrar pena da pessoa deficiente. Certo: Tratar pessoa deficiente como alguém capaz de participar da vida em todos os sentidos. Errado: Usar adjetivos como maravilhoso, fantástico etc., cada vez que se vê uma pessoa deficiente fazendo algo que aparentemente não conseguiria (por exemplo, ver o cego discar o telefone ou ver as horas, ver um surdo falar e/ou compreender o que lhe falam). Certo: Conscientizar-se de que a pessoa deficiente desenvolve estratégias diárias e superando normalmente os obstáculos, e não mostrar espanto diante de um fato que é comum para o deficiente. Errado: Referir-se às habilidades de um deficiente como sexto sentido (no caso do cego e surdo, por exemplo) ou como uma compensação da natureza. Certo: Encarar como decorrência normal da deficiência o desenvolvimento de habilidades que possam parecer extraordinárias para uma pessoa comum. Errado: Evitar usar as palavras ver, ouvir, andar, etc., diante de pessoas que sejam cegas, surdas ou privadas de movimentos. Certo: Conversar normalmente com os deficientes, para que eles não se sintam diferenciados por perceptível constrangimento no falar do interlocutor. Errado: Deixar de oferecer ajuda a uma pessoa deficiente em qualquer situação (por exemplo, cego atravessando a rua, pessoa de muleta subindo no ônibus etc.), mesmo que às vezes o deficiente responda mal, interpretando isto como gesto de piedade. A maioria dos deficientes necessita de ajuda em diversas situações. Certo: Ajudar o deficiente sempre que for realmente necessário, sem generalizar quaisquer experiências desagradáveis, atribuindo-as somente a pessoas deficientes, pois podem acontecer também com as pessoas normais. Errado: Supervalorizar o deficiente, achando que ele pode resolver qualquer problema sozinho (por exemplo, o cego alcançar qualquer porta apenas contando os passos, sem que alguém indique a direção). Certo: Conscientizar-se de que as limitações de um deficiente são reais, e muitas vezes ele precisa de auxilio. Errado: Recusar a ajuda oferecida por uma pessoa deficiente, em qualquer situação ou tarefa, por acreditar que não seja capaz de realizá-la.

18 Certo: Confiar na pessoa deficiente, acreditando que ela só lhe oferecerá ajuda se estiver segura de poder fazer aquilo a que se propõe. O deficiente conhece melhor do que ninguém suas limitações e capacidades. Errado: Ao falar, principalmente com o cego, dirigir-se ao acompanhante do deficiente, e não ao deficiente, como se ele fosse incapaz de pensar, dizer e agir por si. Certo: Dirigir-se sempre ao próprio deficiente, quando o assunto referir-se a ele, mesmo que esteja acompanhado. Errado: Agarrar a pessoa cega pelo braço para guiá-la, pois ela perde a orientação. Certo: Deixar que o cego seguro no braço ou apoie a mão no ombro de quem o guia. Errado: Agarrar pelo braço pessoas com muletas, ou segurar abruptamente uma cadeira de rodas, ao ver o deficiente diante uma possível dificuldade. Certo: Ao ver o deficiente diante de um possível obstáculo, perguntar se ele precisa de ajuda, e qual a maneira correta de ajudá-lo. Agarrar um aparelho ortopédico ou uma cadeira de rodas, repentinamente, é uma atitude agressiva, como agarrar qualquer parte do corpo de uma pessoa comum sem aviso. Errado: Segurar o deficiente, na tentativa de ajudá-lo, quando já houver uma pessoa orientando-o, principalmente no caso do cego. Certo: Quando houver necessidade ajuda ou orientação, apenas uma pessoa deve tocar o deficiente, a não ser em situações muito específicas, que peçam mais ajuda (por exemplo, carregar uma cadeira de rodas para subir uma escada). Errado: Carregar o deficiente, principalmente o cego, ajudá-lo a atravessar a rua, tomar condução, subir ou descer escadas. Certo: Auxiliar o deficiente nestas situações apenas até o ponto em que realmente seja necessário, para evitar atrapalhá-lo mais. Errado: Pegar a pessoa cega pelo braço para colocá-la na posição correta de sentar numa cadeira. Certo: Colocar a mão do cego sobre o espaldar da cadeira e deixar que ele se sente como achar melhor. Errado: Guiar a pessoa cega em diagonal quando atravessar a rua. Certo: Atravessar o cego sempre em linha reta, para que não perca a orientação. Errado: Tratar o deficiente com constrangimento, evitando falar sobre sua deficiência. Certo: Conversar naturalmente com o deficiente sobre sua deficiência, evitando porém perguntas em excesso. Na maioria dos casos, ele preferirá falar normalmente

19 sobre aquilo que é apenas parte de sua vida, e não uma coisa anormal ou extraordinária, como possa parecer ao interlocutor. Errado: Levar o cego a qualquer lugar onde haja mais pessoas e entrar como se ele pudesse ver quem está no recinto. Certo: Apresentar o cego a todas as pessoas que estejam num local onde ele é levado por outra pessoa vidente. Errado: Ao receber um cego em sua casa, deixá-lo orientar-se sozinho. Certo: Ao receber um cego em sua casa, mostre-lhe todas as dependências e os possíveis obstáculos, e deixe que ele se oriente, colocando-se disponível para mostrar-lhe novamente alguma dependência, caso ele ache necessário. Errado: Constranger-se em avisar o cego de que ele está com alguma coisa errada na sua vestimenta ou aparência física, ou que está fazendo movimento não usuais, como balançar-se ou manter a cabeça baixa durante uma conversa. Certo: Conscientizar-se de que o cego, por não enxergar, não segue o padrão de imitação visual, não podendo, portanto, seguir o comportamento aparente das pessoas videntes. Avisar o cego sempre que perceber que ele está com aparência ou comportamento fora do padrão social normal, evitando que ele caia no ridículo. Errado: Avançar subitamente sobre a pessoa deficiente por achar que ela não vai conseguir realizar uma tarefa (por exemplo, quando o cego está levando o garfo à boca), se o deficiente não solicitar ajuda. Certo: Permitir que o deficiente realize sozinho suas tarefas, mesmo quando lhe pareça impossível. Só se deve socorrê-lo em caso de perigo. Errado: Agarrar a pessoa cega com intuito de orientá-la quando ela está caminhando normalmente na rua. Certo: Certo Deixar que o cego aprenda por si só transpor os obstáculos da rua, pois ele é capaz de fazê-lo sozinho. Segurar seu braço, exceto no sinal ou diante de algum perigo real, na verdade o desorienta. Errado: Chamar a atenção para o aparelho de surdez. Certo: Estimular o uso do aparelho, encarando-o com a mesma naturalidade com que são vistos os óculos. Errado: Gritar de longe e/ou às costas de uma pessoa surda para chamá-la. Certo: Para chamar a atenção de uma pessoa surda que esteja de costas, deve-se tocála, de leve, no braço, antes de começar a falar com ela. Errado: Gritar para chamar a atenção de uma pessoa surda que esteja em perigo.

20 Certo: Procurar chegar até ela o mais rapidamente possível, procurando ajudá-la. Lembrar que uma pessoa que atravessa a rua poderá ser surda, podendo, por isso, não ouvir a buzina de seu carro A língua de Sinais e a Dactilologia. A Língua de sinais é natural da comunidade surda. Esta língua, com regras morfológicas, sintáticas, semânticas e pragmáticas próprias, possibilita o desenvolvimento cognitivo da pessoa surda, favorecendo o acesso desta aos conceitos e aos conhecimentos existentes na sociedade. Pesquisas lingüísticas têm demonstrado que as Línguas de Sinais são sistemas de comunicação desenvolvidos pelas comunidades surdas, constituindo-se em Línguas completas com estruturas independentes das Línguas orais. Os sinais são formados a partir de parâmetros, como a combinação do movimento das mãos com um determinado formato num determinado lugar, podendo este lugar ser uma parte do

21 corpo ou um espaço em frente ao corpo. Os parâmetros da Língua de Sinais são: configuração das mãos; figuras geométricas; movimento; orientação espacial; e expressão facial e/ou corporal. Na combinação desses parâmetros obtém-se o sinal. Portanto, falar com as mãos é combinar esses sinais que forma as palavras e as frases num determinado contexto. Com isso, a Língua de Sinais é fundamental no desenvolvimento lingüístico e cognitivo da criança surda, auxiliando no processo de aprendizagem de Línguas Orais, favorecendo a produção escrita, servindo de apoio para a leitura e compreensão dos textos escritos. Nesta arte de conversar configurando as mãos, existe a chamada Dactilologia que é a forma que a mão assume na realização de uma letra está indicada no Alfabeto Manual Brasileiro, uma série de letras convencionais que correspondem às letras escritas na Língua Portuguesa. Conheça a seguir este alfabeto.

22 1.6- O Sistema Braile. O Sistema Braile, utilizado universalmente na leitura e na escrita por pessoas cegas, foi inventado na França pelo sr. Braille, em 1825, sendo reconhecida esta data como o marco dessa importante conquista para a educação e integração dos deficientes visuais na sociedade. Louis Braille adquiriu sua deficiência visual quando era garoto ferindo-se com um instrumento da oficina de seu pai que produzia selas. O inusitado da história é que Louis, que nunca se deixou vencer pelas resignação, criou o seu sistema inspirado nos bonitos relevos que enfeitavam as selas e eram feitos exatamente com o mesmo instrumento que o cegou. Esta curiosidade fantástica possibilitou Louis criar o sistema que até hoje possibilita a maravilhosa companhia do ler e escrever a quem só pode fazer isso com o tato. Hoje, guardadas todas as evoluções, o método foi aperfeiçoado e inclusive seu nome tornou-se mais próximo e verdadeiro passando, com justiça, a ser um substantivo comum (braile) que não permite o esquecimento de seu criador Braille (substantivo próprio) que nos acalenta com sua genialidade. O Sistema Braile é muito simples e fácil de se aprender. Tendo sido feito para leitura e escrita tátil, toda sua base está, justamente, na cela braile de seis pontos em relevo, dispostos em duas colunas de três pontos. Para facilitar a sua identificação, os pontos são numerados da seguinte forma: do alto para baixo, coluna da esquerda, pontos 1-2-3; do alto para baixo, coluna da direita, pontos O mais interessante é que, ao contrário do que acontece com o sistema de comunicação visual, o braile possui um único alfabeto. As letras não possuem tamanhos variados, cores, diferenças de traçados, tipos e todos os artifícios que o ver possibilita; limitasse ao essencial: A PALAVRA. Para se escrever uma letra maiúscula em braile usa-se o sinal de maiúscula, se quiser a palavra toda em maiúscula (caixa alta) antepor dois sinais. Se houver necessidade de detalhamento como em MacMillan, basta anteporem-se os sinais. Se houver necessidade de detalhamento como em MacMillan, basta anteporem-se os

23 sinais às suas respectivas letras. Para melhor compreensão segue-se o alfabeto braile de seis pontos (sem alto relevo).

24 2- A LEGISLAÇÃO PARA OS PORTADORES DE DEFICIÊNCIA 3 de dezembro - Dia Internacional das Pessoas Portadoras de Deficiência (ONU, 1993) As últimas três décadas marcaram um tempo de grandes esforços legislativos com vistas a melhor integrar os portadores de deficiência no mercado de trabalho. Em 9 de dezembro de 1975, a ONU aprovou a Declaração dos Direitos das Pessoas portadoras de Deficiência, cujo artigo 3º diz: As pessoas portadoras de deficiência têm o direito inerente por sua dignidade humana. Qualquer que seja a origem, natureza e gravidade de suas deficiências, os seus portadores têm os mesmos direitos fundamentais que seus concidadãos da mesma idade, o que implica, antes de tudo, o direito de desfrutar uma vida decente, tão normal e plena quanto possível. No artigo 8º da mesma Declaração estabeleceu que: As pessoas portadoras de deficiência têm o direito de ter as suas necessidades especiais levadas em consideração em todos os estágios de planejamento econômico e social O Brasil e suas Leis. O Brasil em sua Constituição Federal de 1988 prevê:

25 No artigo 24, Inciso XIV, ser da competência da União, Estados, Municípios e Distrito Federal legislar sobre a proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência. No artigo 37, Inciso VIII, estabelece que: a lei reservará um percentual de cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência. No artigo 203, Inciso IV dispõe: a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária. No artigo 208, Inciso III diz ser: dever do Estado garantir o atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino. No artigo 227, Inciso II prevê a: criação de programas de prevenção e atendimento especializado para os portadores de deficiência física, sensorial ou mental, bem como de integração social do adolescente portador de deficiência, mediante o treinamento para o trabalho e a convivência, e a facilitação do acesso aos bens e serviços coletivos, com a eliminação de preconceitos e obstáculos arquitetônicos. No âmbito das leis ordinárias, o Brasil se propõe, igualmente, a dar um grande apoio aos portadores de deficiência. Pode citar-se: A Lei nº 8.112/90, no artigo 5, parágrafo 2º, que criou uma reserva de mercado específica para os órgãos civis da União, autarquias e fundações públicas federais, ao estabelecer que: às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em concurso público para o provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% das vagas oferecidas no concurso. A Lei nº 8.213/91, que por sua vez, estabeleceu cotas compulsórias a serem respeitadas pelos empregadores na admissão e demissão de portadores de deficiência. Segundo o seu artigo 93, as empresas do setor privado que tenham mais de 100 empregados passaram a ter de obedecer a cotas legais para contratar portadores de deficiência habilitados, a saber: I- de 100 a 200 empregados, 2%; II- de 201 a 500, 3%; III- de 501 a 1.000, 4%; IV- de ou mais, 5%. Além disso, essa lei estabelece que a

26 dispensa de trabalhador reabilitado ou de portador de deficiência habilitado, só pode ocorrer após a contratação de substituto de condição semelhante. A lei nº 9.867/99 que dispõe sobre a criação e funcionamento de cooperativas sociais, visando à integração social dos cidadãos. Teoricamente, essa inovação criava um importante mercado de trabalho para os portadores de deficiência pois, ali, eles poderiam exercer atividades como cooperados e não como assalariados, que é a modalidade mais difícil em vista das despesas que decorrem da contratação de trabalhadores com vínculo empregatício. No nível federal, o Poder Executivo editou o Decreto nº 3.298/99 com o objetivo de fixar uma Política Nacional para a Integração de Pessoas Portadoras de Deficiência no mercado de trabalho e na sociedade em geral. O decreto, que definiu com mais detalhes a deficiência física, auditiva, visual, mental e múltipla, engloba vários dispositivos legais anteriores e avança em campos ainda não cobertos por eles. Em tal política pressupõe que a integração dos portadores de deficiência no meio em que vivem depende da ação conjunta do Estado e da sociedade civil. Caberá então ao Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência (constituído por representantes de instituições governamentais e da sociedade civil) zelar pela efetiva implantação da referida política, aprovar o plano de ação anual da Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência (faz parte da Secretaria de Estado dos Direitos Humanos), assim como propor estudos, programas de ação e mecanismos para ajudar a sociedade a encontrar os melhores caminhos nesse terreno. O decreto define ainda uma série de responsabilidades dos órgãos públicos nos campos da educação, saúde, cultura, lazer, turismo, ajudas técnicas, habilitação e reabilitação profissionais. Assim no que tange a garantias constitucionais, pode-se verificar que o Brasil possui uma aparelhagem legal das mais abrangentes do mundo. Com isso, ao estabelecer inúmeros direitos, ela cria evidentemente, um grande número de obrigações que, se não forem obedecidas, inviabilizam os direitos. Esse é o problema atual. A grande dificuldade é passar das garantias constitucionais para a realidade prática. Obs: Para maior conhecimento e compreensão sobre os aspectos legais, é exposto na parte de ANEXOS dessa monografia, o Decreto nº de dezembro de 1999 na integra.

27 3.- O PORTADOR DE DEFICIÊNCIA NO MERCADO DE TRABALHO Os dados informativos sobre o mercado de trabalho para pessoas com necessidades especiais são muito superficiais. Tomando conhecimento disso, o SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), em 1999, realizou um estudo para se saber em que porcentagem as empresas brasileiras adotam políticas específicas de contratação de pessoas com limitações. Dos resultados obtidos junto a uma amostra de 516 empresas, destacam-se os seguintes: apenas 30% declararam considerar a questão dos portadores de deficiência dentro da política geral da empresa; dentre elas, cerca de 23% afirmaram possuir programas específicos e emprego ou convênios com associações representativas e de assistência. Em suma, de um total de empregados registrados naquelas empresas, foram considerados como portadores de deficiência. Por esse dado, o emprego formal atinge menos de 1% do emprego do setor industrial. Ademais, os poucos que entram no segmento formal têm dificuldade de nele permanecer por muito tempo. Acabam saindo prematuramente e demoram para voltar. A fraca participação dos portadores de deficiência no mercado de trabalho não decorre da falta de leis, como pode-se verificar no capítulo 2 que trata da Legislação, mas sim da carência de ações, estímulos e instituições que viabilizem, de forma concreta, a formação, habilitação, reabilitação e inserção dos portadores de deficiência no mercado de trabalho. Apesar de já existirem alguns bons trabalhos sendo

28 desenvolvidos nesta área, mesmo sim, é considerado muito pouco, visto a enorme escassez de portadores qualificados para as exigências do mercado atual. Os portadores são vistos como geradores de custos que levam muitas empresas a evitá-los. Por isso, a sua inserção depende não só da superação de preconceitos mas também da viabilização econômica de sua adaptação. Os empregadores precisam descobrir as vantagens derivadas do trabalho dos portadores para poderem amadurecer e valorizar o bom desempenho dos mesmos. O reconhecimento dessa realidade oferece uma importante lição. A absorção dos portadores de deficiência no ambiente de trabalho exige um conjunto de forças que vai muito além do mero direito, garantido por uma lei que busca banir a discriminação. Forçar demais e, especialmente, em condições irreais pode levar os empresários a usar subterfúgios para não empregar ou, o que é pior, admitir por obrigação, marginalizando o portador no local de trabalho, e criando contra ele um estigma mais forte do que tinha antes de trabalhar. Na verdade, isso tem frustado muitos portadores de deficiência que esperavam grandes progressos nas suas vidas pela simples razão de serem tratados pela lei como membros de uma minoria que não pode ser discriminada. Mas infelizmente as questões legais de antidiscriminação de portadores é uma tarefa complexa que acarreta no aumento de conflitos, em decorrência das próprias particularidades das leis, e dos sistemas de implementação. Para atenuar este conflito, como hipótese, seria o conjunto de ações (programas de inserção e muita informação direcionada) que alicerçadas na legislação poderiam levar a sociedade, em geral, e as empresas, em particular, a cumprir com sua responsabilidade social.

29 3.1- Os conflito gerados. Os argumentos dos empresários das grandes empresas, com raras exceções, alegam haver falta de candidatos qualificados. As pequenas e médias argumentam que a obrigatoriedade legal as força a assumir despesas arquitetônicas e de equipamentos que elas não têm condições de assumir. Já os não-portadores de deficiência, embora se digam sensíveis aos problemas dos portadores são, na realidade, bastante ambivalentes em relação às suas necessidades. Muitos temem que o apoio à entrada de um portador de deficiência na empresa que trabalham possa significar, no médio prazo, o risco de sua dispensa. O que ocorre, é que na medida em que as empresas vão ampliando a admissão de portadores de deficiência, isso vai aguçando a preocupação dos nãoportadores, tanto daqueles que estão empregados (que temem suas demissões), quanto daqueles que estão desempregados (que se acham injustiçados por essa seleção). Assim surgindo, em certos casos, o sentimento de discriminação negativa: Por que há vaga garantida para um portador e não há nada desse tipo para um não-portador? 3.2- O trabalho dos portadores de deficiência pelo Profº José Pastore. O reconhecido estudioso do mercado de trabalho, Sr. José Pastore, profº de Relações de Trabalho da USP (Universidade de São Paulo), em seu discurso no XI Encontro Nacional de Entidades de Deficientes Físicos realizado em Recife, Fez um importante comentário sobre o sistema de cotas adotado para as empresas e deu sugestões para implementação de políticas combinadas para melhorar o mercado de trabalho. Segue-se parte deste comentário. No que diz respeito à reserva de postos de trabalhos para portadores de deficiência na empresas com 100 ou mais empregados, com base em cotas estabelecidas em lei (capítulo 2), o profº Pastore mencionou que: Muitos países usam o sistema de reserva de mercado com base em cotas. Mas nenhum teve sucesso com base exclusiva em cotas. As leis do mercado não seguem automaticamente as leis do parlamento. Pela natureza de suas atividades,

30 muitas empresas não têm condições de cumprir as cotas. Outras, pelo seu tamanho avantajado, não encontram portadores de deficiência em número e capacitação suficientes para preencher sua cota. Há ainda os casos de empresas que não tem recursos para fazer as necessárias adaptações para receber pessoas que exigem cuidados especiais. Por isso, as cotas, sozinhas não criam postos de trabalho. Em muitos casos tornam-se até contraproducentes, pois muitas empresas utilizam-se de subterfúgios quando não querem contratar. O mais comum é o de elevar substancialmente os requisitos de qualificação para a vaga em aberto. Nesse caso, o número de candidatos, naturalmente, se restringe e poucos serão admitidos. Assim, o grande desafio para quem lida com o mercado de trabalho é como remover os desestímulos e criar estímulos que, por sua vez, venham a levar as empresas se interessar pela contratação de portadores de deficiência. Não se trata de revogar a lei das cotas mas sim de aperfeiçoá-la. O Brasil pode melhorar muito o sistema atual. As políticas que tratam desse assunto são muito pobres. Elas se concentram, do lado público, na concessão de benefícios previdenciários e, do lado privado, no sistema de cotas. Agora as experiências dos países mais avançados que tiveram bons resultados mostram ser essencial uma boa articulação entre ações públicas e privadas nos campos da educação, qualificação, conscientização, habilitação, reabilitação, estimulação de contratações, retenção no mercado de trabalho, ajuda à volta ao trabalho, esquemas de financiamento para quem trabalha por conta própria e várias outras. É um grande complexo de ações nas quais é maximizada a sinergia da combinação. Cotas, desacompanhadas das medidas acima, são impotentes para ampliar o trabalho dos portadores de deficiência. Com isso, em lugar de simplesmente policiar e punir, o Brasil precisaria praticar políticas voltadas para a remoção de barreiras e estimulação das empresas para contratar portadores de deficiência. Dentre os principais problemas a serem atacados por políticas combinadas o Profº Pastore, destaca os seguintes: a) A primeira grande barreira é a educação. Segundo a Secretária Especial do Ministério da Educação, contando-se todas as escolas públicas e particulares e todas as séries, há, no Brasil, pouco mais de 300 mil alunos portadores de deficiência estudando. E pelo atual sistema de cotas, uma estimativa conservadora

31 indica que as empresas brasileiras teriam de contratar imediatamente entre 550 e 600 mil portadores de deficiência, habilitados ou capacitados. Onde encontrá-los? Esse problema só pode ser resolvido, é claro, através de programas que ampliem o seu acesso à educação e à formação profissional. b) Em tudo o que fazem, as empresas costumam participar de novos processos de modo gradual, na base de projetos-piloto, visando, com isso, tatear o mercado e ganhar segurança. Por isso, para complementar a contratação direta, seria útil apoiar as empresas (em especial, as que têm de 4% e 5%), que se disponham a entrar em parcerias com outras empresas para, em conjunto, contratarem mais portadores de deficiência. c) Levando-se em conta a tendência mundial de encolhimento do emprego fixo, é aconselhável apoiar o trabalho por conta própria, a subcontratação e o teletrabalho, em parceria com empresas que possuem cotas elevadas, e difíceis de serem cumpridas. Trabalhar nesses novos arranjos laborais é uma tendência moderna, que não deve ser confundido com o afastamento dos portadores de deficiência do mercado de trabalho geral. d) Para viabilizar os arranjos acima sugeridos e, ao mesmo tempo, assegurar o cumprimento de sua responsabilidade social, seria útil também criar um sistema de cota-contribuição dentro do qual as empresas pudessem exercer a opção de contratar diretamente; articular-se com instituições e empresas que fazem a desejada contratação; ou, finalmente, recolher recursos para um fundo que viria a ser usado, com prioridade, para educar e qualificar pessoas e estimular o setor privado a remover barreiras. e) Por maiores que sejam os esforços da sociedade, os casos mais severos de deficiência terão de ser apoiados fora do mundo do emprego em instituições de trabalho protegido. Mas, neste caso, todo cuidado é pouco. O ideal é a integração dos portadores no mercado de trabalho regular pois, as instituições de trabalho protegido são freqüentemente sujeitas a uma fácil e perniciosa deterioração social. Só em casos especiais. Enfim, é urgente explorar as vantagens comparativas de políticas combinadas. O centro de todas as ações nesse campo são os seres humanos que têm suas vidas em situações complexas. Não basta baixar decretos paternalistas, aprovar

32 leis ambiciosas e aperfeiçoar o policiamento. O fundamental é criar mecanismos que sejam eficazes na redução das barreiras O Marketing Social como diferencial. Ações de responsabilidade social, tais como, as oportunidades de trabalho que são geradas pelo empresariado podem agregar valor diferencial para a empresa. Como a realidade de hoje no mundo empresarial é focada na inserção das pessoas com necessidades especiais no trabalho. Deve-se salientar que empregar deficientes compensa. Os empresários que já o fizeram são unânimes em dizer que empregar deficientes tem muito mais vantagens do que o simples subsídio que se têm direito. As políticas empresariais direcionadas para o social acabam gerando uma boa imagem junto aos seus consumidores e à sociedade em geral, é o chamado investimento no Marketing Social. Alguns dos pontos positivos: Dadas as dificuldades do mercado de trabalho, acrescidas para o caso de pessoas deficientes, aqueles que têm uma oportunidade não querem disiludir o seu empregador: são os primeiros a disponibilizarem-se para gerir picos de trabalhos; As empresas, além de melhorarem a produtividade, ganham o respeito dos clientes e a admiração dos funcionários; Orgulho e fidelidade à empresa Um empresário de vanguarda.

33 Quando o assunto é diferencial competitivo, ninguém melhor do que o empresário Jaime Gonçalo Filho que com grande iniciativa vem dando um exemplo de como criar oportunidades de trabalho. O sr. Jaime em parceria com a Petrosul desenvolveram o primeiro posto de gasolina do Brasil totalmente administrado por pessoas portadoras de deficiência. A idéia surgir a partir do momento que um dos funcionários do posto de gasolina (convencional) veio a sofrer um acidente de moto ficando paraplégico. Isso fez com que o empresário abri-se os olhos para as enormes barreiras que as pessoas com necessidades especiais enfrentam a cada dia e assim partir para busca de uma solução positiva. O Posto de Gasolina DEF & EFI é totalmente adaptado, com espaçamento maior entre as bombas, rebaixamento das ilhas, e banheiros e vestiários acessíveis. O posto é vem se destacando como sinônimo de sucesso. Os clientes parabenizam a iniciativa e elogiam a qualidade do atendimento Sugestões para os empregadores. a) Superação dos preconceitos: Dentro das empresas, a primeira providência é separar os conceitos dos preconceitos. Isso tem de envolver toda estrutura hierárquica da empresa. É preciso que diretores, gerentes, chefes e funcionários em geral se esclareçam sobre assunto, ficando claro que todos têm a responsabilidade de adaptar e conviver com os portadores de deficiência. b) Encontrar o trabalho certo para a pessoa certa: Analisar bem as exigências do trabalho é uma providência fundamental do lado da empresa. Para se ter sucesso no recrutamento de uma pessoa com necessidades especiais, a empresa tem de identificar atividades nas quais as pessoas com limitações possam exercer seu trabalho sem prejudicar a performance desejada. c) Preparação do ambiente de trabalho e recrutamento: A preparação do ambiente de trabalho envolve providências físicas, educacionais e sociais. A empresa tem de fazer as modificações que se fizerem necessárias no ambiente, bem como em manter o portador de deficiência trabalhando após o recrutamento. Para ajudar no recrutamento, as empresas podem recorrer às organizações que estão se formando para identificar pessoas qualificadas para o mercado de trabalho.

34 4 O SISTEMA EDUCACIONAL Os dados levantados pelo Censo Escolar de 2000 identificaram apenas 280 mil alunos portadores de deficiência cursando as escolas regulares. É claro que um quadro como esse compromete seriamente as chances de as pessoas ingressarem e permanecerem no mercado de trabalho. Nos dias atuais, a dificuldade de emprego e trabalho atinge a todos os trabalhadores de baixa qualificação. No caso dos portadores de deficiência, o problema é amplificado, devido à combinação de suas limitações com o descaso da sociedade e a generalizada inadequação da arquitetura, transporte, entre outros. O ideal é que uma parcela expressiva dos portadores de deficiência cursasse escolas regulares, pois a inclusão com as demais crianças estimula as pessoas que têm limitações. Mas a falta e formação dos docentes acaba constituindo um grande entrave para a expansão desse ensino. Professores mal preparados tendem a desenvolver uma reação inicial de pânico que é percebida pela criança, agravando a sua condição. Se os portadores de deficiência não estão na escola regular, estariam eles nas escolas especiais? Os dados nesse campo são ainda mais dramáticos. Contando-se todas as escolas públicas e particulares (de educação especial), e todas as séries, há

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