Egoísmo. O Livro dos Espíritos por Allan Kardec

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1 Egoísmo O Livro dos Espíritos por Allan Kardec 913. Entre os vícios, qual o que podemos considerar radical? Já o dissemos muitas vezes: o egoísmo. Dele se deriva todo o mal. Estudai todos os vícios e vereis que no fundo de todos existe o egoísmo. Por mais que luteis contra eles, não chegareis a extirpálos enquanto não os atacardes pela raiz, enquanto não lhes houverdes destruído a causa. Que todos os vossos esforços tendam para esse fim, porque nele se encontra a verdadeira chaga da sociedade. Quem nesta vida quiser se aproximar da perfeição moral deve extirpar do seu coração todo sentimento de egoísmo, porque o egoísmo é incompatível com a justiça, o amor e a caridade: ele neutraliza todas as outras qualidades Estando o egoísmo fundado no interesse pessoal, parece difícil extirpá-lo inteiramente do coração do homem. Chegaremos a isso? À medida que os homens se esclarecem sobre as coisas espirituais, dão menos valor às materiais; em seguida, é necessário reformar as instituições humanas, que o entretém e excitam. Isso depende da educação Sendo o egoísmo inerente à espécie humana, não será um obstáculo permanente ao reino do bem absoluto sobre a Terra? É certo que o egoísmo é o vosso mal maior, mas ele se liga à inferioridade dos Espíritos encarnados na Terra e não à Humanidade em si mesma. Ora, os Espíritos se purificam nas encarnações sucessivas, perdendo o egoísmo assim como perdem as outras impurezas. Não tendes na Terra algum homem destituído de egoísmo e praticante da caridade? Existem em maior número do que julgais, mas conheceis poucos porque a virtude não se procura fazer notar. E se há um, por que não haverá dez? Se há dez, por que não haverá mil e assim por diante? 916. O egoísmo, longe de diminuir, cresce com a civilização, que parece excitá-lo e entretê-lo. Como poderá a causa destruir o efeito? Quanto maior é o mal mais horrível se torna. Era necessário que o egoísmo produzisse muito mal para fazer compreender a necessidade de sua extirpação. Quando os homens se tiverem despido do egoísmo que os domina, viverão como irmãos, não se fazendo o mal e se ajudando reciprocamente pelo sentimento fraterno de solidariedade. Então o forte será o apoio e não o opressor do fraco, e não mais se verão homens desprovidos do necessário, porque todos praticarão a lei de justiça. Esse é o reino do bem que os Espíritos estão encarregados de preparar Qual é o meio de se destruir o egoísmo? De todas as imperfeições humanas, a mais difícil de desenraizar é o egoísmo, porque se liga à influência da matéria, da qual o homem, ainda muito próximo da sua origem, não pôde libertar-se. Tudo concorre para entreter essa influencia: suas leis, sua organização social, sua educação. O egoísmo se enfraquecerá com a predominância da vida moral sobre a vida material, e sobretudo com a compreensão que o Espiritismo vos dá quanto ao vosso estado futuro real e não desfigurado pelas ficções alegóricas. O Espiritismo bem compreendido, quando estiver identificado com os costumes e as crenças, transformará os hábitos, as usanças e as relações sociais. O egoísmo se funda na importância da personalidade; ora, o Espiritismo bem compreendido, repito-o, faz ver as coisas de tão alto que o sentimento da personalidade desaparece de alguma forma perante a imensidade. Ao destruir essa importância, ou pelo menos ao fazer ver a personalidade naquilo que de fato ela é, combate necessariamente É o contato o egoísmo. que o homem experimenta do egoísmo dos outros que o torna geralmente egoísta, porque sente a necessidade de se pôr na defensiva. Vendo que os outros pensam em si mesmos e não nele, é levado a se ocupar de si mesmo mais que dos outros. Que o princípio da caridade e da fraternidade seja a base das instituições sociais, das relações legais de povo para povo e de homem para homem, e este pensará menos em si mesmo quando vir que os outros o fazem; sofrerá, assim, a influência moralizadora do exemplo e do contato. Em face do atual desdobramento do egoísmo, é necessária uma verdadeira virtude para abdicar da própria personalidade em proveito dos outros que em geral não o reconhecem. E a esses, sobretudo, que possuem essa virtude, que está aberto o reino dos céus; a eles sobretudo está reservada a felicidade dos eleitos, pois em verdade vos digo que no dia do juízo quem quer que não tenha pensado senão em si mesmo será posto de lado e sofrerá o abandono. Fénelon Comentário de Kardec: Louváveis esforços são feitos, sem dúvida, para ajudar a Humanidade a avançar; encorajam-se, estimulam-se, honram-se os bons sentimentos, hoje mais do que em qualquer outra época, e, não obstante, o verme devorador do egoísmo continua a ser a praga social. É um verdadeiro mal que se espalha por todo o mundo e do qual cada um é mais ou menos vítima. É 41

2 necessário combatê-lo, portanto, como se combate uma epidemia. Para isso, deve-se proceder à maneira dos médicos: remontará causa. Que se pesquisem em toda a estrutura da organização social desde a família até os povos, da choupana ao palácio, todas as causas, todas as influências patentes ou ocultas que excitam, entretêm e desenvolvem o sentimento do egoísmo. Uma vez conhecidas as causas, o remédio se apresentará por si mesmo; só restará então combatê-las, senão a todas ao mesmo tempo, pelo menos por parte, e pouco a pouco o veneno será extirpado. A cura poderá ser prolongada porque as causas são numerosas, mas não é impossível. De resto, não se chegará a esse ponto se não se atacar o mal pela raiz, ou seja, pela educação. Não essa educação que tende a fazer homens instruídos, mas a que tende a fazer homem de bem. A educação, se for bem compreendida, será a chave do progresso moral, quando se conhecer a arte de manejar os caracteres como se conhece a de manejar as inteligências, poder-se-á endireitá-los, da mesma maneira como se endireitam as plantas novas. Essa arte, porém, requer muito fato, muita experiência e uma profunda observação. É um grave erro acreditar que basta ter a ciência para aplicá-la de maneira proveitosa. Quem quer que observe, desde o instante do seu nascimento, o filho do rico como o do pobre, notando todas as influências perniciosas que agem sobre ele em consequência da fraqueza, da incúria e da ignorância dos que o dirigem, e como em geral os meios empregados para o moralizar fracassam, não pode admirar-se de encontrar no mundo tantas confusões. Que se faça pela moral tanto quanto se faz pela inteligência e ver-se-á que, se há naturezas refratárias, há também, em maior número do que se pensa as que requerem apenas boa cultura para darem bons frutos. O homem quer ser feliz: esse sentimento está na sua própria natureza; eis porque ele trabalha sem cessar para melhorar a sua situação na Terra, e procura as causas de seus males para os remediar. Quando compreender bem que o egoísmo é uma dessas causas, aquela que engendra o orgulho, a ambição, a cupidez, a inveja, o ódio, o ciúme, dos quais a todo momento ele é vítima, que leva a perturbação a todas as relações sociais, provoca as dissensões, destrói a confiança, obrigando-o a se manter constantemente numa atitude de defesa em face do seu vizinho, e que, enfim, do amigo faz um inimigo, então ele compreenderá também que esse vício é incompatível com a sua própria felicidade. Acrescentaremos que é incompatível com a sua própria segurança. Dessa maneira, quanto mais sofrer mais sentirá a necessidade de o combater, como combate a peste, os animais daninhos e todos os outros flagelos. A isso será solicitado pelo seu próprio interesse. O egoísmo é a fonte de todos os vícios, como a caridade é a fonte de todas as virtudes. Destruir um e desenvolver a outra deve ser o alvo de todos os esforços do homem, se ele deseja assegurar a sua felicidade neste mundo, tanto quanto no futuro. O Egoísmo por Rodolfo Calligaris Não é preciso ser versado em psicologia para perceber que a fonte de todos os vícios que caracterizam a. imperfeição humana. é o egoísmo. Dele dimanam a ambição, o ciúme, a inveja, o ódio, o orgulho e toda sorte de males que infelicitam a. Humanidade, pelas mágoas que produzem, pelas dissensões que provocam e pelas perturbações sociais a que dão ensejo. Vemo-lo manifesto neste mundo sob as mais variadas formas, a saber: egoísmo individual, egoísmo familiar, egoísmo de classe, egoísmo de raça, egoísmo nacional, egoísmo sectário. Em seu aspecto individual, funda-se num sentimento exagerado de interesse pessoal, no cuidado exclusivo de si mesmo, e no desamor a todos os outros, inclusive os que habitam o mesmo teto, os quais, não raro, são os primeiros a lhe sofrerem os efeitos. O egoísmo familiar consiste no amor aos pais, irmãos, filhos, enfim àqueles que estão ligados pelos laços da consangüinidade, com exclusão dos demais. Limitados por esse espírito de família, são muitos, ainda, os que desconhecem que todos somos irmãos (porque filhos de um só Pai celestial), e se furtam a qualquer expressão de solidariedade fora do círculo restrito da própria parentela. O egoísmo de classe se faz sentir através dos movimentos reivindicatórios tão em voga em nossos dias. Ora é uma classe profissional que entra em greve, ora é outra que promove dissídio, ou são servidores públicos que pressionam os governos a fim de forçar o atendimento às suas exigências, agindo cada grupo tão somente em função de suas conveniências, sem atentar para o desequilíbrio e os sacrifícios que isso possa custar à coletividade. O egoísmo de raça é responsável, também, por uma série de dramas e conflitos dolorosos. Que o digam os pretos, vítimas de cruéis discriminações em várias partes do mundo, assim como os enamorados que, em tão grande número, não puderam tornar-se marido e mulher, consoante os anseios de seus corações, porque os prejuízos raciais de seus familiares falaram mais alto, impedindo a concretização de seus sonhos de felicidade. O egoísmo nacional é o que se disfarça ou se esconde sob o rótulo de patriotismo. Habitantes de um país, a pretexto de engrandecer sua pátria, invadem outros países, escravizam-lhes as 42

3 populações, destroem-lhes a nacionalidade, gerando, assim, ódios insopitáveis que, mais dia menos dia, hão de explodir em novas lutas sanguinolentas. O egoísmo sectário é aquele que transforma crentes em fanáticos, a cujos olhos só a sua igreja é verdadeira e salvadora, sendo, todas as outras, fontes de erro e de perdição, fanáticos aos quais se proíbe de ouvir ou ler qualquer coisa que contrarie os dogmas de sua organização religiosa, aos quais se interdita auxiliar instituições de assistência social cujos dirigentes tenham princípios religiosos diversos do seu, e aos quais se inculca ser um dever de consciência defender tamanha estreiteza de sentimentos. Esse tipo de egoísmo é, seguramente, o mais funesto, por se revestir de um fanatismo religioso, obstando que os ingênuos e desprevenidos o reconheçam pelo que é, na realidade. Foi esse egoísmo sectário que, no passado, promoveu as chamadas guerras religiosas e a santa Inquisição, de tão triste memória, infligindo torturas e mortes excruciantes a centenas de milhares de homens, mulheres e crianças, e, ainda hoje, desperta, acoroçoa e mantém a animosidade entre milhões de criaturas, retardando o estabelecimento daquela Fraternidade Universal que o Cristo veio preparar com b seu Evangelho de Amor. O Espiritismo, pela poderosa influência que exerce no homem, fazendo-o sentir-se um ser cósmico, destinado a. ascender pelo progresso moral às mais esplendorosas moradas do Infinito, é o mais eficaz antídoto ao veneno do egoísmo; praticá-lo é, pois, trilhar o caminho da Evolução e prepararse um futuro incomparavelmente mais feliz! O egoísmo e o orgulho - Suas causas, seus efeitos e os meios de destruí-los por Allan Kardec É bem sabido que a maior parte das misérias da vida tem origem no egoísmo dos homens. Desde que cada um pensa em si antes de pensar nos outros e cogita antes de tudo de satisfazer aos seus desejos, cada um naturalmente cuida de proporcionar a si mesmo essa satisfação, a todo custo, e sacrifica sem escrúpulo os interesses alheios, assim nas mais insignificantes coisas, como nas maiores, tanto de ordem moral, quanto de ordem material. Daí todos os antagonismos sociais, todas as lutas, todos os conflitos e todas as misérias, visto que cada um só trata de despojar o seu próximo. O egoísmo, por sua vez, se origina do orgulho. A exaltação da personalidade leva o homem a considerar-se acima dos outros. Julgando-se com direitos superiores, melindra-se com o que quer que, a seu ver, constitua ofensa a seus direitos. A importância que, por orgulho, atribui à sua pessoa, naturalmente o torna egoísta. O egoísmo e o orgulho nascem de um sentimento natural: o instinto de conservação. Todos os instintos têm sua razão de ser e sua utilidade, porquanto Deus nada pode ter feito inútil. Ele não criou o mal; o homem é quem o produz, abusando dos dons de Deus, em virtude do seu livre-arbítrio. Contido em justos limites, aquele sentimento é bom em si mesmo. A exageração é o que o torna mau e pernicioso. O mesmo acontece com todas as paixões que o homem frequentemente desvia do seu objetivo providencial. Ele não foi criado egoísta, nem orgulhoso por Deus, que o criou simples e ignorante; o homem é que se fez egoísta e orgulhoso, exagerando o instinto que Deus lhe outorgou para sua conservação. Não podem os homens ser felizes, se não viverem em paz, isto é, se não os animar um sentimento de benevolência, de indulgência e de condescendência recíprocas; numa palavra: enquanto procurarem esmagar-se uns aos outros. A caridade e a fraternidade resumem todas as condições e todos os deveres sociais; uma e outra, porém, pressupõem a abnegação. Ora, a abnegação é incompatível com o egoísmo e o orgulho; logo, com esses vícios, não é possível a verdadeira fraternidade, nem, por conseguinte, igualdade, nem liberdade, dado que o egoísta e o orgulhoso querem tudo para si. Eles serão sempre os vermes roedores de todas as instituições progressistas; enquanto dominarem, ruirão aos seus golpes os mais generosos sistemas sociais, os mais sabiamente combinados. É belo, sem dúvida, proclamar-se o reinado da fraternidade, mas, para que fazê-lo, se uma causa destrutiva existe? É edificar em terreno movediço; o mesmo fora decretar a saúde numa região malsã. Em tal região, para que os homens passem bem, não bastará se mandem médicos, pois que estes morrerão como os outros; insta destruir as causas da insalubridade. Para que os homens vivam na Terra como irmãos, não basta se lhes dêem lições de moral; importa destruir as causas de antagonismo, atacar a raiz do mal: o orgulho e o egoísmo. Essa a chaga sobre a qual deve concentrar-se toda a atenção dos que desejem seriamente o bem da Humanidade. Enquanto subsistir semelhante obstáculo, eles verão paralisados todos os seus esforços, não só por uma resistência de inércia, como também por uma força ativa que trabalhará incessantemente no sentido de destruir a obra que empreendam, por isso que toda idéia grande, generosa e emancipadora arruína as pretensões pessoais. Impossível, dir-se-á, destruir o orgulho e o egoísmo, porque são vícios inerentes à espécie humana. Se fosse assim, houvéramos de desesperar de todo progresso moral; entretanto, desde que se considere o homem nas diferentes épocas transcorridas, não há negar que evidente progresso se efetuou. Ora, se ele progrediu, ainda naturalmente progredirá. Por outro lado, não se encontrará homem nenhum sem orgulho, nem egoísmo? Não se vêem, ao contrário, criaturas de índole generosa, em quem parecem inatos os sentimentos do amor ao próximo, da humildade, do devotamento e da abnegação? O número delas, positivamente, é menor do que o dos egoístas; se assim não fosse, não seriam estes últimos os fautores da lei. Há muito mais criaturas dessas do que se pensa e, se parecem tão pouco 43

4 numerosas, é porque o orgulho se põe em evidência, ao passo que a virtude modesta se conserva na obscuridade. Se, portanto, o orgulho e o egoísmo se contassem entre as condições necessárias da Humanidade, como a da alimentação para sustento da vida, não haveria exceções. O ponto essencial, pois, é conseguir que a exceção passe a constituir regra; para isso, trata-se, antes de tudo, de destruir as causas que produzem e entretém o mal. Dessas causas, a principal reside evidentemente na idéia falsa que o homem faz da sua natureza, do seu passado e do seu futuro. Por não saber donde vem, ele se crê mais do que é; e não sabendo para onde vai, concentra na vida terrena todo o seu pensar; acha-a tão agradável, quanto possível; anseia por todas as satisfações, por todos os gozos; essa a razão por que atropela sem escrúpulo o seu semelhante, se este lhe opõe alguma dificuldade. Mas, para isso, é preciso que ele predomine; a igualdade daria, a outros, direitos que ele só quer para si; a fraternidade lhe imporia sacrifícios em detrimento do seu bem-estar; a liberdade também ele só a quer para si e somente a concede aos outros quando não lhe fira de modo algum as prerrogativas. Alimentando todos as mesmas pretensões, têm resultado os perpétuos conflitos que os levam a pagar bem caro os raros gozos que logram obter. Identifique-se o homem com a vida futura e completamente mudará a sua maneira de ver, como a do indivíduo que apenas por poucas horas haja de permanecer numa habitação má e que sabe que, ao sair, terá outra, magnífica, para o resto de seus dias. A importância da vida presente, tão triste, tão curta, tão efêmera, se apaga, para ele, ante o esplendor do futuro infinito que se lhe desdobra às vistas. A consequência natural e lógica dessa certeza é sacrificar o homem um presente fugidio a um porvir duradouro, ao passo que antes ele tudo sacrificava ao presente. Tomando por objetivo a vida futura, pouco lhe importa estar um pouco mais ou um pouco menos nesta outra; os interesses mundanos passam a ser o acessório, em vez de ser o principal; ele trabalha no presente com o fito de assegurar a sua posição no futuro, tanto mais quando sabe em que condições poderá ser feliz. Pelo que toca aos interesses terrenos, podem os humanos criar-lhe obstáculos: ele tem que os afastar e se torna egoísta pela força mesma das coisas. Se lançar os olhos para o alto, para uma felicidade a que ninguém pode obstar, interesse nenhum se lhe deparará em oprimir a quem quer que seja e o egoísmo se lhe torna carente de objeto. Todavia, restará o estimulante do orgulho. A causa do orgulho está na crença, em que o homem se firma, da sua superioridade individual. Ainda aí se faz sentir a influência da concentração dos pensamentos sobre a vida corpórea. Naquele que nada vê adiante de si, atrás de si, nem acima de si, o sentimento da personalidade sobrepuja e o orgulho fica sem contrapeso. A incredulidade não só carece de meios para combater o orgulho, como o estimula e lhe dá razão, negando a existência de um poder superior à Humanidade. O incrédulo apenas crê em si mesmo; é, pois, natural que tenha orgulho. Enquanto que, nos golpes que o atingem, unicamente vê uma obra do acaso e se ergue para combatê-la, aquele que tem fé percebe a mão de Deus e se submete. Crer em Deus e na vida futura é, conseguintemente, a primeira condição para moderar o orgulho; porém, não basta. Juntamente com o futuro, ê necessário ver o passado, para fazer idéia exata do presente. Para que o orgulhoso deixe de crer na sua superioridade, cumpre se lhe prove que ele não é mais do que os outros e que estes são tanto quanto ele; que a igualdade é um fato e não apenas uma bela teoria filosófica; que estas verdades ressaltam da preexistência da alma e da reencarnação. Sem a preexistência da alma, o homem é induzido a acreditar que Deus, dado creia em Deus, lhe conferiu vantagens excepcionais; quando não crê em Deus, rende graças ao acaso e ao seu próprio mérito. Iniciando-o na vida anterior da alma, a preexistência lhe ensina a distinguir, da vida corporal, transitória, a vida espiritual, infinita; ele fica sabendo que as almas saem todas iguais das mãos do Criador; que todas têm o mesmo ponto de partida e a mesma finalidade, que todas hão de alcançar, em mais ou menos tempo, conforme os esforços que empreguem; que ele próprio não chegou a ser o que é, senão depois de haver, por longo tempo e penosamente, vegetado, como os outros, nos degraus inferiores da evolução; que, entre os mais atrasados e os mais adiantados, não há senão uma questão de tempo; que as vantagens do nascimento são puramente corpóreas e independem do Espírito; que o simples proletário pode, noutra existência, nascer num trono e o maior potentado renascer proletário. Se levar em conta unicamente a vida planetária, ele vê apenas as desigualdades sociais do momento, que são as que o impressionam; se, porém, deitar os olhos sobre o conjunto da vida do Espírito, sobre o passado e o futuro, desde o ponto de partida até o de chegada, aquelas desigualdades se somem e ele reconhece que Deus nenhuma vantagem concedeu a qualquer de seus filhos em prejuízo dos outros; que deu parte igual a todos e não achanou o caminho mais para uns do que para outros; que o que se apresenta menos adiantado do que ele na Terra pode tomar-lhe a dianteira, se trabalhar mais do que ele por aperfeiçoar-se; reconhecerá, finalmente, que, nenhum chegando ao termo senão por seus esforços, o princípio da igualdade é um princípio de justiça e uma lei da Natureza, perante a qual cai o orgulho do privilégio. Provando que os Espíritos podem renascer em diferentes condições sociais, quer por expiação, quer por provação, a reencarnação ensina que, naquele a quem tratamos com desdém, pode estar um que foi nosso superior ou nosso igual noutra existência, um amigo ou um parente. Se o soubesse, o que com ele se defronta o trataria com atenções, mas, nesse caso, nenhum mérito teria; por outro lado, se soubesse que o seu amigo atual foi seu inimigo, seu servo ou seu escravo, sem dúvida o repeliria. Ora, não quis Deus que fosse assim, pelo que lançou um véu sobre o passado. Deste modo, o homem é levado a ver, em todos, irmãos seus e seus iguais, donde uma base natural para a fraternidade; sabendo 44

5 que pode ser tratado como haja tratado os outros, a caridade se lhe torna um dever e uma necessidade fundados na própria Natureza. Jesus assentou o princípio da caridade, da igualdade e da fraternidade, fazendo dele uma condição expressa para a salvação; mas, estava reservado à terceira manifestação da vontade de Deus, ao Espiritismo, pelo conhecimento que faculta da vida espiritual, pelos novos horizontes que desvenda e pelas leis que revela, sancionar esse princípio, provando que ele não encerra uma simples doutrina moral, mas uma lei da Natureza que o homem tem o máximo interesse em praticar. Ora, ele a praticará desde que, deixando de encarar o presente como o começo e o fim, compreenda a solidariedade que existe entre o presente, o passado e o futuro. No campo imenso do infinito, que o Espiritismo lhe faz entrever, anula-se a sua importância capital e ele percebe que, por si só, nada vale e nada é; que todos têm necessidade uns dos outros e que uns não são mais do que os outros: duplo golpe, no seu egoísmo e no seu orgulho. Mas, para isso, é-lhe necessária a fé, sem a qual permanecerá na rotina do presente, não a fé cega, que foge à luz, restringe as idéias e, em consequência, alimenta o egoísmo. É-lhe necessária a fé inteligente, racional, que procura a claridade e não as trevas, que ousadamente rasga o véu dos mistérios e alarga o horizonte. Essa fé, elemento básico de todo progresso, é que o Espiritismo lhe proporciona, fé robusta, porque assente na experiência e nos fatos, porque lhe fornece provas palpáveis da imortalidade da sua alma, lhe mostra donde ele vem, para onde vai e por que está na Terra e, finalmente, lhe firma as idéias, ainda incertas, sobre o seu passado e sobre o seu futuro. Uma vez que haja entrado decisivamente por esse caminho, já não tendo o que os incite, o egoísmo e o orgulho se extinguirão pouco a pouco, por falta de objetivo e de alimento, e todas as relações sociais se modificarão sob o influxo da caridade e da fraternidade bem compreendidas. Poderá isso dar-se por efeito de brusca mudança? Não, fora impossível: nada se opera bruscamente em a Natureza; jamais a saúde volta de súbito a um enfermo; entre a enfermidade e a saúde, há sempre a convalescença. Não pode o homem mudar instantaneamente o seu ponto de vista e volver da Terra para o céu o olhar; o infinito o confunde e deslumbra; ele precisa de tempo para assimilar as novas ideias. O Espiritismo é, sem contradita, o mais poderoso elemento de moralização, porque mina pela base o egoísmo e o orgulho, facultando um ponto de apoio à moral. Há feito milagres de conversão; é certo que ainda são apenas curas individuais e não raro parciais. O que, porém, ele há produzido com relação a indivíduos constitui penhor do que produzirá um dia sobre as massas. Não lhe é possível arrancar de um só golpe as ervas daninhas. Ele dá a fé e a fé é a boa semente, mas mister se faz que ela tenha tempo de germinar e de frutificar, razão por que nem todos os espíritas já são perfeitos. Ele tomou o homem em meio da vida, no fogo das paixões, em plena força dos preconceitos e se, em tais circunstâncias, operou prodígios, que não será quando o tomar ao nascer, ainda virgem de todas as impressões malsãs; quando a criatura sugar com o leite a caridade e tiver a fraternidade a embalá-lo; quando, enfim, toda uma geração for educada e alimentada com idéias que a razão, desenvolvendo-se, fortalecerá, em vez de falsear? Sob o domínio destas idéias, a cimentarem a fé comum a todos, não mais esbarrando o progresso no egoísmo e no orgulho, as instituições se reformarão por si mesmas e a Humanidade avançará rapidamente para os destinos que lhe estão prometidos na Terra, aguardando os do céu. Função do egoísmo no desenvolvimento humano por J. Herculano Pires Tudo tem a sua utilidade na Natureza. O Universo é teleológico, finalista, busca sempre e em tudo uma finalidade. Os filósofos antifinalistas apoiam suas teorias no erro humano, de todos os tempos, que interpreta a Natureza como criada especialmente para o homem. Esse erro surgiu nas selvas, permaneceu nas civilizações primitivas e projetou-se nas civilizações posteriores. Os próprios deuses e demônios de toda a Antiguidade foram postos ao serviço do homem, que embora os reverenciando, pretendiam utilizá-los como seus auxiliares. O Universo tem, naturalmente, uma finalidade única e superior, em que todas as finalidades se conjugam num resultado único. Mas esse resultado escapa às nossas possibilidades de pesquisa, de compreensão e mesmo de imaginação. A mais inútil das coisas e os mais prejudiciais dos seres são necessários. E ser necessário é ser indispensável, é pertencer a um elo da cadeia inimaginável que Kardec nos apresenta nesta frase tantas vezes repetida no Livro dos Espíritos: Tudo se encadeia no Universo. Os problemas ecológicos da atualidade, surgidos com o desenvolvimento tecnológico, deram ênfase à importância da Ecologia, ciência das relações entre sujeito e meio e mesmo entre objeto e meio. O meio físico em que vivemos, com seus elementos naturais configurando determinada situação mesológica humana, é formado por uma infinidade de substituições necessárias à vida vegetal e animal. A ignorância do homem a respeito, tentando aniquilar elementos nocivos do meio, provoca o desencadeamento de desequilíbrios perigosos e até mesmo fatais. Minerais, vegetais e animais considerados perniciosos, quando retirados do meio, revelam a sua função necessária e têm de ser repostos ou substituídos por outros que os compensem. Esse delicado equilíbrio das coisas mínimas apresenta-se também nas coisas máximas, como no jogo de forças que sustentam o equilíbrio planetário e o próprio equilíbrio das galáxias no espaço sideral. O mesmo acontece na nossa estrutura corporal, com seus vários aspectos físicos, psíquicos e espirituais. 45

6 Por isso o Espiritismo é contrário a todas as práticas de mortificação, extinção, asfixia ou desenvolvimento de funções, instintos, percepções e poderes inferiores ou superiores na criatura humana. Esta deve ser respeitada em sua integridade, com seus defeitos, deformações, deficiências e assim por diante, cabendo-nos apenas o direito, que é também dever, de auxiliar as criaturas no seu processo natural de aperfeiçoamento e reajustamento, nos rumos naturais da transcendência. Nem mesmo a mediunidade deve ser desenvolvida por supostas técnicas provindas de tradições místicas ou de invenção de pretensos mestres espirituais. O Espiritismo se opõe a todas essas tentativas imaginosas, que podem levar, como tem levado, muitas pessoas a desequilíbrios graves. O egoísmo, a vaidade, o orgulho, a pretensão, a ambição representam elementos negativos da constituição do ser humano, que devem ser eliminados. Mas essa eliminação não se dá pelos métodos antigos das corporações religiosas, até hoje empregados, apesar dos terríveis malefícios causados. Kardec e os Espíritos Superiores, em suas comunicações, consideraram o egoísmo como verdadeira praga que impediu o desenvolvimento real do Cristianismo na Terra. Mas jamais aconselharam métodos artificiais para o combate ao egoísmo. As penitências, os cilícios, o isolamento, as autoflagelações de toda espécie tornaram mais negra a Idade Média e ainda hoje se escondem nas furnas da ignorância religiosa que só serviram para desequilibrar milhões de criaturas que constituem o triste e pesado legado da Antiguidade para o nosso tempo. São Tomaz de Aquino advertiu: 'Mães, vossos filhos são cavalos', e a educação das crianças transformou-se em domesticação, processo esmagador da sensibilidade infantil e das esperanças da adolescência. Gerações recalcadas saíram das estrebarias escolares em que os mestres domavam crianças e jovens a pancadas e castigos brutais, para moldá-los segundo os modelos estabelecidos à formação de multidões padronizadas. Todos nós carregamos ainda as marcas profundas e dolorosas, deformantes, do relacionamento humano na Terra. Com a caridade os homens vão aprendendo a sair do egoísmo para o altruísmo, a não pensar apenas nos seus problemas particulares, a não dividir o seu tempo e bem-estar apenas com os familiares, mas levar um pouco de si mesmos e dos seus recursos para a família maior quer sofre lá fora. É essa a finalidade do princípio cristão da Caridade no Espiritismo. Por isso a caridade espírita não pode cercar-se de barreiras; e dificuldades de exigências e desconfianças. Deve ser ampla e generosa; acessível a todos, evitando constranger ou humilhar os que a recebem. O ego é como uma flor que primeiro se fecha no botão para depois desabrochar na corola e por fim doar-se nos frutos. Tentemos visualizar o processo de formação ego, para compreendermos a função do egoísmo. A dialética espírita -nos ensina que-o espírito (não individualizado, mas como o elemento espiritual catalisador; capaz de: atrair e aglutinar a matéria esparsa no espaço) liga-se à matéria para lhe dar forma, estrutura. Podemos seguir esse processo no caso humano, em que o ego aparece como um pivô da personalidade em formação, desde a infância. A criança é egocêntrica, é um pivô em torno do qual giram as atenções e as afeições da família. Ela se torna, naturalmente, no centro do mundo, Porque esse é o meio de consolidação da sua individualidade. Tudo quanto ela atrai e absorve do ambiente, do exemplo familial, das relações progressivas na escola e nos brinquedos, é automaticamente centralizado no ego, que é o seu ponto interior de segurança ante a dispersividade do mundo. O botão fechado centraliza as suas energias preparando o momento de abrir-se na corola colorida e perfumada. Essa a primeira função; do ego, e essa função não é egoísta, mas centralizadora por necessidade de estruturação interna. Quando, essa estruturação se define como tal, a criança se abre timidamente para oferecer ao mundo a sua contribuição inicial de beleza e ternura, É um novo ser que surge no mundo, vestido com a roupagem da inocência, como diz Kardec, e ao mesmo tempo trazendo a incógnita de um passado que se reveiava pouco a pouco no esquema de um destino com idéias e hábitos negativos que nos foram impostos à força milênios de brutalidade civilizadora. Por isso o nosso tempo, em que tomamos consciência do absurdo desse massacre universal realizado em nome de Deus, mostra-se dominado por inquietações e desesperos, revolta e loucura, psicopatias e obsessões que levam a espécie humana a todos os desvarios e ao suicídio individual e coletivo. Temos de examinar essa situação à luz do Evangelho desfigurado e mal interpretado, muitas vezes contraditado frontalmente pelas teologias do absurdo. E temos de confrontar esse mundo-hospício, em que a loucura mansa dos clérigos e dos fascinados pela mentira consciente ou inconsciente é a mais perigosa de todas, gerando a hipocrisia das vozes impostadas e do comportamento social simulado. A simulação na luta pela vida, estudada por Igenieros num livro assustador, é o sintoma mais evidente das condições patológicas do homem atual, que se tornou num ego atrofiado, por isso mesmo vazio e faminto, que tudo quer exclusivamente para si mesmo. E isso a tal ponto que a palavra caridade, definida pelo Apóstolo Paulo numa síntese insuperável e adotada por Kardec como o fundamento da evolução humana, transformou-se na linguagem atual num sinônimo de hipocrisia. No próprio meio espírita encontramos os desavisados que condenam essa palavra, sem lhe aprofundarem o sentido. E há os que pretendem disciplinar a caridade, fiscalizar o seu aproveitamento pelos beneficiados e obrigá-los a determinadas exigências para socorrê-los. Há também os que alegam a inutilidade dessa forma de ajuda. Esses não pensam no bem que uma palavra amiga e confortadora, uma visita de solidariedade, um socorro de emergência a quem está desprovido de roupas para enfrentar o inverno ou de remédio para uma chaga, podem representar. A caridade espírita não é esmola, é doação de amor, solidariedade humana que vale não só pelo amparo material, mas acima de tudo pelo conforto da relação humana. Sua prática não tem por finalidade sanar os males sociais com remendos eventuais, mas mudar as formas egoístas da relação 46

7 humana na Terra, ampliando-a e aprofundando-a nas dimensões superiores do altruísmo. Nesse estranho panorama de castas privilegiadas, povo necessitado e multidões miseráveis, o Espiritismo considera a mecânica da caridade como o instrumento ideal para abrir corações, despertar consciências e alentar esperanças. As ideologias políticas apresentam fórmulas de efeitos superficiais e na reforma muitas vezes penosas de estruturas, mas o Espiritismo restabelece a técnica simples do Cristo, que toca o íntimo das criaturas para atingir as causas profundas dos desajustes. Em cada reencarnação o ser repete ao mesmo tempo a filogênese material e espiritual do homem, no desenvolvimento do embrião e na abertura progressiva do egoísmo no meio social. Vejamos os vetores desse processo duplo nas linhas da transcendência: a) Na magia do amor, reminiscência das atrações misteriosas na selva, o par humano se liga sob a impulsão dos instintos reprodutores e os genes se fundem no ventre materno produzindo o embrião, síntese das formas animais superadas pela espécie. A recapitulação genésica reintegra o espírito na linha filogenética e restabelece o pivô do ego em seu poder centralizador. Na gestação, o paralelismo psicofísico reordena as forças da evolução nos rumos da ascensão. A forma humana resulta das formas anteriores na sublimação do caos instintivo e sua hereditariedade psicobiológica. O espírito ligado ao caos exerce as funções discriminadoras na conformação do novo ser, disciplinando as energias conscienciais que marcam as conquistas do passado e as autopunições de erros e crimes anteriores. A Providência Divina envolve o novo ser em sua bênção com aparência da inocência, que lhe permitirá atrair a afeição dos familiares no restabelecimento de afetividades perturbadas ou aprofundamento das afeições sobreviventes. O novo cérebro está virgem como a tabula rasa dos empiristas ingleses, pronto a gravar um novo rol de lembranças na nova memória em organização. No arquivo do inconsciente (nessa consciência subliminar de Myers) as heranças válidas permanecem ocultas, mas prontas a emergir na consciência de relação pelo mecanismo das associações de ideias e sentimentos. b) Vencida a etapa uterina e a primeira infância, o ser se mostra pronto a enfrentar as vicissitudes de uma nova existência. Recobrou sua vida terrena nas entranhas da mãe, sob as influências psicofisiológicas do organismo gerador de seu novo corpo. Revela anomalias ou perfeição física e mental, segundo o seu passado. É de novo o centro do mundo e traz em si mesmo os fatores de seu desenvolvimento e amadurecimento. No lar, esses fatores se manifestam desde logo mas vão sofrer as influências modificadoras da família e da escola, para o seu ajuste necessário às novas condições de vida. O instinto de imitação lhe favorece a adaptação ao novo mundo. O ego centralizado volta a abrir-se nessas relações primárias, através do desenvolvimento da afetividade em termos eletivos. Suas preferências são ainda impulsivas, provocadas por fatores ambientais e circunstanciais, mas pouco a pouco se define a linha preferencial da razão em desenvolvimento, revelando as afinidades ocultas. O ser toma pé na realidade e manifesta as suas tendências vocacionais. É o momento de reintegração nos esquemas frustrados do passado ou de renovação do esquema em face das novas exigências da realidade nova. c) A crise da adolescência vai revelar em breve a posição ôntica precisa ou indecisa do novo ser, herdeiro de si mesmo e das contribuições paternas e maternas, familiais e sociais, excitadas pelo meio cultural e reorientadas pela influência espiritual das entidades espirituais que o protegem e o assistem constantemente. Está completa a tarefa da ressurreição na carne. Daí por diante, o novo destino do ser na transcendência dependerá de sua própria consciência. Ele está preparado e aparelhado para enfrentar os problemas da juventude e suas graves opções, da madureza e seus desafios, da velhice e sua recapitulação de toda a odisséia existencial que deve tê-lo elevado acima do passado no processo irreversível da transcendência. O egoísmo do adulto será a marca de um distúrbio psíquico: o infantilismo. O altruísmo será o troféu conquistado da sua vitória na escalada evolutiva. Seu regresso à vida espiritual o colocará em face de sua verdadeira situação. Será certamente um vitorioso em muitos aspectos de sua personalidade, mas o fracasso na transcendência do egoísmo lhe mostrará que todas as conquistas secundárias não podem compensá-lo. Terá de voltar à existência terrena em reencarnações de abnegação forçada, não compulsórias, mas de sua própria escolha, para conseguir a superação difícil do apego a si mesmo. Por sua própria natureza de elemento centralizador da estrutura ôntica, responsável pela sua unidade, o ego é a grande barreira contra a qual se quebram os impulsos da transcendência. Seu solipsismo tautológico o transforma numa viragem do espírito, imantando-o a si mesmo. A parábola do moço rico, no Evangelho, dá-nos o mais claro exemplo do apego ao mundo gerado pelo egoísmo nos espíritos que se deixam fascinar pelas ilusões materiais. O ego gera as falsas idéias de superestimação individual, de segregação do indivíduo e sua grei, considerando os demais como estranhos e impuros. Age como um centro hipnótico absorvente, impedindo o ser de abrir-se no altruísmo, fechando-lhe o entendimento para tudo o que não se refira aos seus interesses individuais. A vaidade, a arrogância, a prepotência, a insolência, a brutalidade formam no cortejo de estupidez das pessoas egoístas e dos espíritos egoístas. Por isso, o Espiritismo proclama a caridade como a virtude libertadora, fora da qual não há salvação para o homem do mundo. A mecânica da caridade pode ser desencadeada, no homem do mundo, por situações aflitivas, de saúde ou de problemas familiais ou financeiros, levando-o a dar, não raro por vaidade, a primeira moeda a um mendigo. Essa doação insignificante abre uma pequena brecha no egoísmo. A seguir virão outras doações mais generosas, até que a fortaleza do ego se abale e o ser orgulhoso possa perceber a sua própria imagem refletida no espelho doloroso de um rosto de pedinte esfomeado. 47

8 O Espiritismo nos ensina a dar, além da moeda, o nosso amor à toda a Humanidade, sem discriminações raciais, religiosas, políticas e de espécie alguma. A estrutura social da civilização perfeita não surgirá das mãos dos opressores que tudo prometem, mas das mãos humildes da viúva que depositou a sua moeda pequenina e única no cofre em que os ricos despejaram tesouros para comprar o Céu. O egoísmo por Léon Denis O egoísmo é irmão do orgulho e procede das mesmas causas. É uma das mais terríveis enfermidades da alma, é o maior obstáculo ao melhoramento social. Por si só ele neutraliza e torna estéreis quase todos os esforços que o homem faz para atingir o bem. Por isso, a preocupação constante de todos os amigos do progresso, de todos os servidores da justiça deve ser a de combatê-lo. O egoísmo é a persistência em nós desse individualismo feroz que caracteriza o animal, como vestígio do estado de inferioridade pelo qual todos já passamos. Mas, antes de tudo, o homem é um ser social. Está destinado a viver com os seus semelhantes; nada pode fazer sem o concurso destes. Abandonado a si mesmo, ficaria impotente para satisfazer suas necessidades, para desenvolver suas qualidades. Depois de Deus, é à sociedade que ele deve todos os benefícios da existência, todos os proventos da civilização. De tudo aproveita, mas precisamente esse gozo, essa participação dos frutos da obra comum lhe impõe também o dever de cooperar nela. Estreita solidariedade liga-o a esta sociedade, como parte integrante e mutuante. Permanecer inativo, improdutivo, inútil, quando todos trabalham, seria ultraje à lei moral e quase um roubo; seria o mesmo que lucrar com o trabalho alheio ou recusar restituir um empréstimo que se tomou. Como parte integrante da sociedade, o que o atingir também atinge a todos. É por essa compreensão dos laços sociais, da lei de solidariedade que se mede o egoísmo que está em nós. Aquele que souber viver em seus semelhantes e por seus semelhantes não temerá os ataques do egoísmo. Nada fará sem primeiro saber se aquilo que produz é bom ou mau para os que o rodeiam, sem indagar, com antecedência, se os seus atos são prejudiciais ou proveitosos à sociedade que integra. Se parecerem vantajosos para si só e prejudiciais para os outros, sabe que em realidade eles são maus para todos, e por isso se abstém escrupulosamente. A avareza é uma das mais repugnantes formas do egoísmo, pois demonstra a baixeza da alma que, monopolizando as riquezas necessárias ao bem comum, nem mesmo sabe delas aproveitar-se. O avarento, pelo seu amor do ouro, pelo seu ardente desejo de adquirir, empobrece os semelhantes e torna-se também indigente; pois, ainda maior que essa prosperidade aparente, acumulada sem vantagem para pessoa alguma, é a pobreza que lhe fica, por ser tão lastimável como a do maior dos desgraçados e merecer a reprovação de todos. Nenhum sentimento elevado, coisa alguma do que constitui a nobreza da criatura pode germinar na alma de um avarento. A inveja e a cupidez que o atormentam sentenciam-lhe uma existência penosa, um futuro mais miserável ainda. Nada lhe iguala o desespero, quando vê, de além-túmulo, seus tesouros serem repartidos ou dispersados. Vós que procurais a paz do coração, fugi desse mal repugnante e desprezível. Mas, não caiais no excesso contrário. Não desperdiceis coisa alguma. Sabei usar de vossos recursos com critério e moderação. O egoísmo traz em si o seu próprio castigo. O egoísta só vê a sua pessoa no mundo, é indiferente a tudo o que lhe for estranho. Por isso são cheias de aborrecimento as horas de sua vida. Encontra o vácuo por toda parte, na existência terrestre assim como depois da morte, porque, homens ou Espíritos, todos lhe fogem. Aquele que, pelo contrário, aproveitando-se do trabalho já encetado por outros, sabe cooperar, na medida de suas forças, para a obra social, e vive em comunhão com seus semelhantes, fazendo-os compartilhar de suas faculdades e de seus bens, ou espalhando ao seu redor tudo o que tem de bom em si, esse se sente mais feliz. Está consciente de ter obedecido à lei e sabe que é um membro útil à sociedade. Interessa-lhe tudo o que se realiza no mundo, tudo o que é grande e belo sensibiliza-o e comove; sua alma vibra em harmonia com todos os espíritos esclarecidos e generosos; o aborrecimento e o desânimo não têm nele acesso. Nosso papel não é, pois, o da abstenção, mas, sim, o de pugnar continuamente pela causa do bem e da verdade. Não é sentado nem deitado que nos cumpre contemplar o espetáculo da vida humana em suas perpétuas renovações: é de pé, como campeão ou como soldado, pronto a participar de todos os grandes trabalhos, a penetrar em novos caminhos, a fecundar o patrimônio comum da Humanidade. Embora se encontre em todas as classes sociais, o egoísmo é mais apanágio do rico que do pobre. Muitíssimas vezes a prosperidade esfria o coração; no entanto, o infortúnio, fazendo conhecer o peso da dor, ensina-nos a compartilhar dos males alheios. O rico saberá ao menos a preço de que trabalhos, de que duros labores se obtêm as mil coisas necessárias ao seu luxo? Jamais nos sentemos a uma mesa bem servida sem primeiro pensar naqueles que passam fome. Tal pensamento tornar-nos-á sóbrios, comedidos em apetites e gostos. Meditemos nos milhões de homens curvados sob os ardores do estio ou debaixo de duras intempéries e que, em troca de deficiente salário, retiram do solo os produtos que alimentam nossos festins e ornam nossas moradas. 48

9 Lembremo-nos de que, para iluminar os nossos lares com resplandecente luz ou para fazer brotar chama benfeitora em nossas cozinhas, homens, nossos semelhantes, capazes como nós de amar, de sentir, trabalham nas entranhas da terra, longe do céu azul ou do alegre sol, e, de picareta em punho, levam toda a vida a perfurar a espessa crosta deste planeta. Saibamos que, para ornar os salões com espelhos, com cristais brilhantes, para produzir os inumeráveis objetos que constituem o nosso bem-estar, outros homens, aos milhares, semelhantes ao demônio em volta de uma fogueira, passam sua vida no calor calcinante das grandes fornalhas das fundições, privados de ar, extenuados, consumidos antes do tempo, só tendo por perspectiva uma velhice achacosa e desamparada. Sim, saibamo-lo, todo esse conforto de que gozamos com indiferença é comprado com o suplício dos humildes e com o esmagamento dos fracos. Que esse pensamento se grave em nós, que nos siga e nos obsidie; como uma espada de fogo, ele enxotará o egoísmo dos nossos corações e forçar-nos-á a consagrar nossos bens, lazeres e faculdades à melhoria da sorte dessas criaturas. Não haverá paz entre os homens, não haverá segurança, felicidade social enquanto o egoísmo não for vencido, enquanto não desaparecerem os privilégios, essas perniciosas desigualdades, a fim de cada um participar, pela medida de seus méritos e de seu trabalho, do bem-estar de todos. Não pode haver paz nem harmonia sem justiça. Enquanto o egoísmo de uns se nutrir dos sofrimentos e das lágrimas de outros, enquanto as exigências do eu sufocarem a voz do dever, o ódio perpetuar-se-á sobre a Terra, as lutas de interesse dividirão os ânimos, tempestades surgirão no seio das sociedades. Graças, porém, ao conhecimento do nosso futuro, a idéia de solidariedade acabará por prevalecer. A lei da reencarnação, a necessidade de renascer em condições modestas, servirão como aguilhões a estimular o egoísta. Diante dessas perspectivas, o sentimento exagerado da personalidade atenuar-se-á para dar lugar a uma noção mais exata da situação e papel do homem no Universo. Sabendo-nos ligados a todas as almas, solidários no seu adiantamento e felicidade, interessar-nos-emos com ardor pela sua condição, pelos seus progressos, pelos seus trabalhos. E, à medida que esse sentimento se estender pelo mundo, as instituições, as relações sociais melhorarão, a fraternidade, essa palavra repetida banalmente por tantos lábios, descerá aos corações e tornar-se-á uma realidade. Então nos sentiremos viver nos outros, para fruir de suas alegrias e sofrer de seus males. Não mais haverá queixume sem eco, uma só dor sem consolação. A grande família humana, forte, pacífica e unida, adiantar-se-á com passo rápido para os seus belos destinos. O egoísmo por Rodolfo Calligaris O egoísmo, ninguém o desconhece, consiste no "excessivo amor ao próprio bem, sem atender ao dos outro". É, por isso, considerado a pior chaga da Humanidade e o maior obstáculo ao reinado do Bem na face da Terra. Inútil, porém, apenas malsiná-lo. Mais vale que o estudemos e saibamos como transformá-lo, conduzindo-o à sublimação. Contrariando a Teologia tradicional, a Doutrina Espírita nos ensina (no que, aliás, é apoiada pela Ciência) que o homem surgiu neste mundo, não como uma criatura perfeita, que veio a decair depois por obras de Satanás, mas como um ser rude e ignorante, guardando traços fortes de sua passagem pela animalidade. Criado, entretanto, à imagem e semelhança de Deus, possui, latentes, todos os atributos da perfeição, inclusive o amor, carecendo tão somente que os desenvolva. A princípio, como é fácil de compreender, por força do atavismo e das condições hostis do ambiente, o homem tinha que cuidar apenas de si mesmo e, para sobreviver, precisava até lutar contra os outros. Com o decorrer dos tempos, civilizando-se um pouco, continuou em busca do próprio bem, tudo fazendo pelo conseguir, mas ainda sem pensar nos outros. Mais tarde, aprendendo a proteger e a querer bem à companheira e aos filhos, começou a partilhar com outros as boas coisas que lograra adquirir, dando, assim, o primeiro passo no sentido da renúncia em favor de outrem. Posteriormente, impulsionado pela tendência para o bem que lhe é inerente, foi estendendo sua estima e solidariedade aos componentes de seu clã e, daí, por evolução, aos diversos grupos sociais de que faz parte: sua cidade, sua igreja etc. Dia virá em que, compreendendo melhor os postulados do vero Cristianismo, passará a interessar-se e a trabalhar para o bem-estar universal, por saber que, não obstante as diferenças de cor, credo, raça ou nacionalidade, todos somos irmãos, porque filhos do mesmo Pai celestial. Estabelecendo: "ama o teu próximo como a ti mesmo", Deus reconhece como natural e legítimo o amor de cada criatura a si mesma, por ser esse amor a base de todo o progresso humano e o alimento indispensável ao fortalecimento de nossa individualidade. Não deve, todavia, estacionar aí, nas manifestações do egoísmo. À medida que formos tomando consciência de quanto é bom o amor, devemos exercitá-lo no trato com nossos semelhantes, de sorte que, expandindo-se e purificando-se, venha a converter-se em altruísmo (amor ao próximo). De início, não pode o homem imaginar qual a "vantagem" de amar o próximo, parecendo-lhe que todo e qualquer sacrifício pelo bem alheio importa em diminuição do próprio bem. 49

10 Aos poucos, porém, vai percebendo que o amor é a suprema Lei Divina e que, pelos desígnios da Providência, todo o bem que fizermos aos outros volve para nós mesmos, duplicadamente, em bênçãos e alegrias. Destarte, a caridade, tão insistentemente pregada nos Evangelhos, longe de ser um "meio" de ganhar o paraíso, post mortem, é a mais sábia filosofia de vida. Praticando-a, o homem espiritualiza-se, atinge os cumes da perfeição moral, fruindo do "dar" e no "dar-se" um gozo tão profundo, um prazer tão sublime, que escapa, por completo, à compreensão de quantos, embrutecidos, só experimentam satisfação no ato de receber. A exemplo de Jesus, que, por muito amor a nós, desceu dos páramos de luz a este orbe tenebroso, a fim de ensinar-nos o caminho da Redenção, esforcemo-nos por "amar-nos uns aos outros", tornado cada vez mais amistosas e fraternas as relações dos homens entre si. Amar a Deus amando o próximo, esse o cabedal que nos cumpre conquistar e a razão de ser de nossas existências. Vivamos, pois, por esse ideal, para que a paz e a felicidade façam morada em nossos corações! Estado mental por Hammed Para que atinja a espiritualidade, já afirmavam as antigas religiões do Oriente, seria preciso que o homem se apartasse do "maya", que são as ilusões da existência, do nascimento e da morte. Para que pudesse conquistar o "nirvana", diziam que seria imperativo extinguir todo o desejo de ser, aniquilando assim o "ego", que é a individualidade exaltada e distraída pelas fantasias do mundo. Ao mesmo tempo, encontrarmos Jesus Cristo instruindo-nos que, para alcançarmos o "Reino de Deus", é preciso nos despojarmos do "egoísmo", o terrível adversário do progresso espiritual. As Bem-aventuranças do Mestre nada mais são do que vias para se alcançar a iluminação, ou seja, elevar-se através da mansuetude, humildade e simplicidade, abandonando todo sentimento de personalismo. A moderna psicologia tem toda a atenção voltada para que as pessoas entrem em contato com a realidade e terminem com suas ilusões, que são as causas da distorção de sua visão e percepção de si mesmas em relação às outras. O "maya" das religiões orientais era tudo que impedia as almas de atingir o estado de "bemaventurados", também conceituado como "nirvana" ou "reino dos céus", conforme as diferentes denominações e crenças religiosas. É realmente a ilusão de satisfazermos os próprios interesses em detrimento dos interesses dos outros que caracteriza o estado de egoísmo um conjunto enorme de ilusões, que nos tira do senso de realidade e de uma compreensão mais acurada de tudo e de todos. "Não devo ser contrariado", "Preciso controlar os outros", "Sou dono da verdade", "Nunca poderia ter acontecido comigo" são atitudes ilusórias herdadas por nós de crenças despóticas e prepotentes, filhas da egolatria, ou seja, do "culto ao eu". As ilusões de "tudo para mim" ou de "tudo girar em torno de mim" vêm do interesse individualista, resquício da animalidade por onde transitamos, em priscas eras, em contato com os reinos menores da natureza. A caça no mundo animal nada mais é do que o uso dos instintos de preservação e conservação. Felinos de grande ou pequeno porte como, por exemplo, o leão e o gato, matam seres indefesos e cordiais, como o antílope e o beija-flor, para alimentar unicamente a si próprios e suas crias. Não devem, porém, ser considerados como egoístas e cruéis, pois somente colocam em prática os mecanismos atávicos de sua criação, frutos da própria Natureza. "O egoísmo e o orgulho têm a sua fonte num sentimento natural: o instinto de conservação. Todos os instintos têm sua razão de ser e sua utilidade, porque Deus nada pode fazer de inútil." Com a simples presença no lar de um segundo filho do casal, é perceptível em quase todas as crianças a necessidade exclusivista de atenção dos pais em torno delas, como centro de tudo. É natural e compreensível o aparecimento do impulso egóico. O medo de perder suas satisfações, cuidados e compensações psicoemocionais faz com que a criança nessas condições use o "instinto de preservação", a fim de "conservar" o carinho, o afago e o amor, antes somente voltados para ela, e agora divididos com o novo irmão. O denominado ciúme ou egocentrismo infantil não poderá ser considerado anormal, desde que não tome proporções alarmantes. É uma reação natural diante de situações verdadeiras ou imaginadas, de perda de afeto, podendo existir sutilmente disfarçada ou claramente demonstrada. Nas criaturas que desenvolvem seus primeiros passos no aperfeiçoamento ético-moral, a tendência egoística é um estado instintivo, próprio do seu grau evolutivo, e não um defeito de caráter incompreensível, nem uma imperfeição inexplicável da índole humana. "Esse sentimento, encerrado em seus justos limites, é bom em si; é o exagero que o torna mau e pernicioso...". Como o feto necessita, por determinado tempo, do cordão umbilical ou mesmo da placenta para sua manutenção, assim também a humanidade transformará gradativamente esse impulso inato e ancestral, adquirido através dos séculos e séculos, na luta pela sobrevivência nos estágios primitivos da vida. 50

11 Essa mesma humanidade absorverá no futuro atitudes mais equilibradas e coerentes com seu patamar evolutivo, aprendendo a usar cada vez melhor seus sentimentos, antes somente instintos. Dessa forma, entendemos que o egoísmo, esse agrupamento de ilusões de supremacia, existirá por determinado período de tempo nas criaturas, até que elas consigam se conscientizar de que a atitude de "lavar as mãos", de Pôncio Pilatos, isto é, consideração excessiva aos seus interesses pessoais, agindo arbitrariamente, trará sempre desilusões e obstrução na percepção do mundo em que vivemos. Já o exemplo do Cristo nos transfere a uma ampla realidade de que o amor é a única força capaz de nos trazer lucidez e equilíbrio no relacionamento conosco e com os outros. Eis o antídoto contra o egoísmo: "Não fazer aos outros o que não gostaríamos que os outros nos fizessem". O egoísmo por Emmanuel O egoísmo, esta chaga da humanidade, deve desaparecer da Terra, porque impede o seu progresso moral. É ao Espiritismo que cabe a tarefa de fazê-la elevar-se na hierarquia dos mundos. O egoísmo é portanto o alvo para o qual todos os verdadeiros crentes devem dirigir suas armas, suas forças e sua coragem. Digo coragem, porque esta é a qualidade mais necessária para vencer-se a si mesmo do que para vencer aos outros. Que cada qual, portanto, dedique toda a sua atenção em combatê-lo em si próprio, pois esse monstro devorador de todas as inteligências, esse filho do orgulho, é a fonte de todas as misérias terrenas. Ele é a negação da caridade, e por isso mesmo, o maior obstáculo à felicidade dos homens. Jesus vos deu o exemplo da caridade, e Pôncio Pilatos o do egoísmo. Porque, enquanto o Justo vai percorrer as santas estações do seu martírio, Pilatos lava as mãos, dizendo: Que me importa! Disse mesmo aos judeus: Esse homem é justo, por que quereis crucificá-lo? E, no entanto, deixa que o levem ao suplício. É a esse antagonismo da caridade e do egoísmo à invasão dessa lepra do coração humano, que o Cristianismo deve não ter ainda cumprido toda a sua missão. E é a vós, novos apóstolos da fé, que os Espíritos superiores esclarecem, que cabem a tarefa e o dever de extirpar esse mal, para dar ao Cristianismo toda a sua força e limpar o caminho dos obstáculos que lhe entravam a marcha. Expulsai o egoísmo da Terra, para que ela possa elevar-se na escala dos mundos, pois já é tempo da humanidade vestir a sua toga viril, e para isso é necessário primeiro expulsá-lo de vosso coração. Egoísmo por Cairbar Schutel Lança penetrante que fere mortalmente o coração dos homens, atirando-os às trevas do malquerer e conduzindo-os ao holocausto das sensações, como se estivessem sem salvação, nem possuíssem qualquer esperança. Reduz-se no indivíduo pensar em si mais do que pensa nos outros, sejam estes de que relacionamento forem. A simplicidade da definição do egoísmo é tão singela quanto a dificuldade que as inteligências humanas têm para entendê-lo. Basta olhar para si mesmo em primeiro lugar, agir em benefício próprio acima de tudo, voltar os interesses para o epicentro do seu "eu" e tudo, estará girando em torno do egoísmo. É chaga porque vítima os bons sentimentos, afastando-os um a um conforme a intensidade da vibração egoística, conduzindo o encarnado à senda do mal. É base de todas as imperfeições do ser humano. Representa o princípio elementar de toda doença sentimental, emocional e psicológica. É fonte dos males que abraçam a humanidade. Dele todo o mal deriva. Suas diferentes gradações, para mais ou para menos, não invalidam seu simplificado conceito. Egoísmo por André Luiz Em todos os lances da evolução, seremos defrontados pelo egoísmo a entravar-nos o passo. É sombra em nosso sentimento em forma de vaidade e tóxico em nosso raciocínio na feição de orgulho. É veneno em nosso coração sob a máscara do crime e fogo em nossa alma, sob a capa agressiva da revolta. É incêndio em nosso peito, sob a tempestade da cólera e gelo em nossas mãos, sob a inércia da preguiça. Aparece em todas as fases do dia, ora sob a faixa do desculpismo de variados matizes, ora sob os mil modos com que apresentamos a nossa deserção da luta santificante. 51

12 Desvairado apego ao nosso "eu", o egoísmo, sem dúvida, é treva da ignorância ocultando-nos o caminho real de nossos deveres à frente da imortalidade sublime. Se desejamos efetivamente alcançar a bendita claridade da ascensão, abandonemo-lo aos resíduos da estrada e, fugindo ao círculo estreito de nossa personalidade, através da ação constante no bem, consagremo-nos à Vontade do Senhor única fórmula de libertação que nos conduzirá à felicidade verdadeira. Cultivemos a boa vontade, a compreensão e a simpatia. E, aprendendo a servir sem descansar, seguiremos do vale escuro da ignorância para os cimos da vida, onde nos esperam as alegrias eternas da sabedoria e do amor. A aplicação assegura competência. 52

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