CAPÍTULO V IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "CAPÍTULO V IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS"

Transcrição

1 CAPÍTULO V IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS 5.1. DISTINÇÃO ENTRE INCIDÊNCIA, NÃO INCIDÊNCIA, IMUNIDADE E ISENÇÃO São as seguintes distinções: Incidência: verifica-se quando o fato concreto (fato imponível) subsume-se (ajusta-se) à hipótese prevista na norma (hipótese de incidência). Corresponde ao fato ou situação em que o tributo é devido. Dado o fato gerador concreto, recai ou incide sobre ele o tributo previsto na lei. Não incidência: verifica-se quando não ocorre nenhum fato ou quando ocorre um fato tributariamente irrelevante (fato não imponível). Corresponde a um fato ou a uma situação que ficou fora do alcance da norma tributária. Pode decorrer de imunidade ou isenção, podendo ser também pura e simples, a qual ocorre quando o Poder Público se abstém de tributar determinada operação, embora nada o impeça de fazê-lo. Por vezes, porém, fatos tributariamente irrelevantes podem tornar-se tributariamente relevantes, bastando que o ente político o defina como fato imponível. Exemplo: possuir grande fortuna a União pode criar o imposto sobre grandes fortunas, dado que a Constituição Federal/88 prevê sua competência legislativa para tanto. Imunidade: hipótese de não incidência tributária constitucionalmente qualificada. Isenção: hipótese de não incidência tributária legalmente qualificada. Os regimes jurídicos da imunidade e da isenção são diversos, embora o efeito seja o mesmo: o não pagamento de tributo. Sustenta-se que as hipóteses de imunidade constituem cláusulas pétreas (garantias individuais) Imunidades A imunidade tributária pode ser entendida como uma proibição constitucional, imposta aos entes políticos, ao exercício do pode de tributar em determinadas situações enumeradas pela Constituição. São situações em que a norma tributária é afastada por um norma constitucional. É uma limitação da competência tributária dos entes federativos determinada pela CF ou uma não incidência qualificada pela CF (art. 146, II, e art. 150, VI). A imunidade consiste na vedação constitucional do tributo. A CF proíbe a instituição de tributos em certos casos. São hipóteses de não incidência tributária constitucionalmente qualificada. Desobedecer a uma situação de imunidade equivale a desobedecer à Constituição. BALEEIRO (2001), citado por CARRAZZA (2001), é claro nesse sentido: Imunidades tornam inconstitucionais as leis ordinárias que as desafiam. Imunidade vem de imunitas, que significa guarda, proteção. Ocorre quando a regra constitucional impede a incidência da regra jurídica de tributação, criando um direito subjetivo público de exigir que o Estado se abstenha de cobrar tributos. Logo, o que é imune não pode ser tributado por ausência de competência tributária para tanto. Os casos de imunidade só existem em relação a impostos art. 150, inciso VI, da Constituição Federal (tributos não vinculados). Não há imunidade com relação a taxas ou contribuições. A alínea c do art. 150, VI, não é autoaplicável, pois depende de lei complementar para regular as limitações constitucionais ao poder de tributar; deve obedecer, portanto, aos requisitos do art. 14 e incisos do CTN, in verbis: Art. 14. O disposto na alínea c do inciso IV do art. 9 o é subordinado à observância dos seguintes requisitos pelas entidades nele referidas: I não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título; II aplicarem integralmente, no País, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos institucionais; III manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão.

2 1 o Na falta de cumprimento do disposto neste artigo, ou no 1 o do art. 9 o, a autoridade competente pode suspender a aplicação do benefício. 2 o Os serviços a que se refere a alínea c do inciso IV do art. 9 o são, exclusivamente, os diretamente relacionados com os objetivos institucionais das entidades de que trata este artigo, previstos nos respectivos estatutos ou atos constitutivos. Há uma aparente exceção (art. 5 o, inciso XXXIV, CF). Aparente, porque o termo taxa foi empregado em sentido leigo: São a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas (...). Taxas, neste caso, querem significar emolumentos. São proibições absolutas, previstas na CRFB, ao exercício da competência tributária (poder de tributar). É o instituto constitucional, materializando uma dispensa constitucional de pagamento de tributo. As isenções são hipóteses de exclusão do crédito tributário, previstas em lei. Na isenção há hipótese de incidência; o fato gerador ocorre, mas se impede a constituição do crédito tributário. Se não houver exclusão direta pelo texto constitucional, mas sim previsão de que uma lei exclua, não teremos imunidade. Exemplo: o art. 156, 3º, II, CF, diz que, em relação ao ISS, cabe à lei complementar excluir da sua incidência exportações de serviços para o exterior. Isto é uma isenção. Comparação de Imunidades com Isenções IMUNIDADES ISENÇÕES Previsão na Constituição Federal. Impede a atuação do legislador. Exclui a hipótese de incidência. Não há obrigação tributária. Não há crédito tributário. Previsão na lei. Impede a atividade administrativa do lançamento. Não exclui a hipótese de incidência. Há obrigação tributária. Não há crédito tributário. Fonte: CF A Constituição prevê hipóteses de imunidades ao IPI, art º, III, ao ITR, art. 153, 4º, II, ao ICMS, art. 155, 2º, x e ao ITBI, art. 156, 2º, I Imunidades subjetivas, objetivas e mistas Outra classificação das imunidades está voltada para a forma de previsão ou maneira de sua incidência. A imunidade tributária é sempre subjetiva porque beneficia pessoas. Na teoria clássica as imunidades tributárias subjetivas ou pessoais são aquelas conferidas de acordo com a condição de determinada pessoa, atribuída a sujeitos, em função da presença de elementos objetivos, como o patrimônio, renda ou serviços relacionados com as finalidades essenciais das entidades beneficiadas ou dela oriundas, conforme prevê o art. 150, 2º e 4º, da CF. A imunidade subjetiva é atributo de personalidade jurídica de certos entes. As pessoas atingidas pelo direito da imunidade tributária subjetiva não têm capacidade tributária para figurar no polo passivo do vínculo obrigacional decorrente de aplicações fiscais abrangidas pela norma vedante. Como exemplo de imunidades subjetivas temos a imunidade recíproca das pessoas políticas, autarquias e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, a imunidade dos templos, das entidades sindicais de trabalhadores, dos partidos políticos e suas fundações, das instituições de educação e assistência social sem fins lucrativos. Refere-se à imunidade de impostos sobre o patrimônio, a renda e os serviços dos partidos políticos, as fundações, as entidades sindicais dos trabalhadores, as instituições de educação e de assistência social, sem finalidade lucrativa, desde que atendam os requisitos exigidos pela lei.

3 As imunidades objetivas ou reais estão relacionadas a determinados fatos, bens ou situações e versam sobre coisas, embora também beneficiem pessoas. Exemplificadamente temos a imunidade tributária sobre livros, jornais e periódicos, e sobre o papel destinado à sua impressão, de acordo com a disposição do art. 150, VI, d, CF. CARRAZA pende para uma terceira classificação, a imunidade mista, que alcança a pessoa em função de sua natureza jurídica e relacionada a determinados fatos bens ou situações. Essa imunidade é chamada de objetiva, pois pouco importa a quem pertença o livro ou o jornal, recaindo a imunidade sobre especificamente a coisa, sem discriminação ou escolha, em hipótese alguma, sobre o conteúdo material cultural em questão. O papel destinado a impressão nada mais é do que o suporte físico desse conhecimento e dessas informações, daí que o constituinte também deu a ele o tratamento da imunidade. O exemplo de imunidade mista é a casuística prevista no art. 153, 4º, da CF, que exonera o Imposto Territorial Rural para pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore o proprietário que não possua outro imóvel. As imunidades subjetivas reportam-se aos impostos diretos e as imunidades objetivas, aos impostos indiretos Imunidades ontológicas e políticas As imunidades ontológicas são reconhecidas de jure como resultado de um princípio constitucional, tendo a isonomia em suas variadas manifestações a ligação que identifica as imunidades de natureza ontológica. Seja diante do princípio da capacidade contributiva ou, com efeito, do princípio da autonomia das pessoas políticas. Como exemplo, temos a conferida às instituições de educação e de assistência social sem fins lucrativos. A imunidade é decorrente do relevante serviço público prestado e da ausência de capacidade contributiva de tais instituições, pois devem canalizar seus parcos recursos para a atividade-fim. Pode ter o ente beneficiado capacidade econômica, mas pode não ter capacidade contributiva. Não pode haver entendimento que a capacidade contributiva está diretamente relacionada à capacidade econômica. No caso específico das entidades de educação e de assistência social sem fins de lucro, suas atividades estão voltadas para o atendimento de serviço público de alto alcance e relevo social, e mesmo que seu patrimônio ou renda tenha valores pecuniários consideráveis do ponto de vista econômico isto não induz à capacidade contributiva, devendo ser considerado para efeito das imunidades tributárias o papel de caráter público desempenhado pelas instituições beneficiadas. Quanto às imunidades políticas, estas são conferidas para prestigiar outros princípios constitucionais e podem beneficiar pessoas que têm capacidade contributiva. Como exemplos temos as imunidades dos templos, das entidades sindicais de trabalhadores, dos partidos políticos e suas fundações, dos jornais, periódicos e do papel destinado à sua impressão Imunidades explícitas e implícitas A regra geral do nosso ordenamento jurídico é a existência de normas exonerativas da incidência tributária de formas explícitas, perfeitamente identificáveis no texto constitucional. As imunidades políticas, destacadas em linhas volvidas, são exemplos. Quanto às imunidades implícitas, mesmo diante da inexistência de normas expressas que as alberguem, são buscadas de princípios do nosso sistema jurídico. Exemplificadamente temos as imunidades recíprocas, que derivam da incapacidade contributiva das pessoas políticas e dos princípios federativo e autonomia municipal. E ainda as imunidades cotejadas às entidades de educação e de assistência social sem fins lucrativos, também norteadas na incapacidade contributiva e no princípio da isonomia. O elenco das imunidades aos tributos é aberto e incompleto, sendo as imunidades implícitas as relativas à profissão, à família, ao acesso à Justiça e à personalidade do cidadão Imunidades incondicionadas e condicionáveis A norma constitucional imunizante tem eficácia plena e aplicabilidade imediata; a imunidade é incondicionada. Como exemplo citam-se as imunidades recíprocas das pessoas políticas. Caso a norma constitucional que alberga a imunidade seja de eficácia contida e aplicabilidade imediata, com restrições, temos a imunidade condicionável, sendo sua fruição estatuída ou não pelo legislador infraconstitucional. Temos como exemplo as imunidades das instituições de educação e assistência social sem lucratividade, que, para auferirem o benefício, devem atender a requisitos da lei complementar.

4 5.2. PRINCIPAIS HIPÓTESES DE IMUNIDADE Não compreende os impostos incidentes sobre a produção e a circulação de riquezas (IPI e ICMS), art. 153, 3º, II, art. 155, 2º, X, e art. 150, VI, 3º, CF. Observações: 1) Imunidade concedida a empresa pública A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos ECT está abrangida pela imunidade tributária recíproca prevista no art. 150, VI, a, da CF, haja vista tratar-se de prestadora de serviço público de prestação obrigatória e exclusiva do Estado ( Art Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:... VI instituir impostos sobre: a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros ). Com base nesse entendimento, a 2ª Turma reformou acórdão do TRF da 4ª Região, que, em sede de embargos à execução opostos por Município, entendera que a atual Constituição não concedera tal privilégio às empresas públicas, tendo em conta não ser possível o reconhecimento de que o art. 12 do Decreto-Lei n. 509/69 garanta o citado benefício à ECT. Afastou-se, ainda, a invocação ao art. 102, III, b, da CF, porquanto o tribunal a quo decidira que o art. 12 do mencionado Decreto-Lei não fora, no ponto, recebido pela CF/88. Salientou-se, ademais, a distinção entre empresa pública como instrumento de participação do Estado na economia e empresa pública prestadora de serviço público RE /RS Rio Grande do Sul. Recurso Extraordinário. Relator(a): Min. Carlos Velloso. Julgamento: , órgão julgador: 2 a Turma. EMENTA CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS: IMUNIDADE TRIBUTÁRIA RECÍPROCA: CF, art. 150, VI, a. EMPRESA PÚBLICA QUE EXERCE ATIVIDADE ECONÔMICA E EMPRESA PÚBLICA PRESTADORA DE SERVIÇO PÚBLICO: DISTINÇÃO. I As empresas públicas prestadoras de serviço público distinguem-se das que exercem atividade econômica. A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos é prestadora de serviço público de prestação obrigatória e exclusiva do Estado, motivo por que está abrangida pela imunidade tributária recíproca: CF, art. 150, VI, a. II RE conhecido em parte e, nessa parte, provido. 2) Imunidade concedida a sociedade de economia mista Nos autos de Recurso Extraordinário n /RO (CAERD x Município de Ji-Paraná), Ministro EROS GRAU, foi proferida decisão de mérito favorável à CAERD, garantindo-lhe a imunidade tributária. Nos autos de Agravo de Instrumento n /RO (CAERD x Município de Pimenta Bueno), Ministro GILMAR MENDES, foi proferida decisão de mérito favorável à CAERD, garantindo-lhe a imunidade tributária. Na oportunidade, após citar vários precedentes do STF, o Ministro Presidente do STF, GILMAR MENDES, proclamou: Assim, conheço do recurso e dou-lhe provimento (art. 557, 1º-A, do CPC) para declarar a imunidade da agravante quanto à cobrança de impostos. Determino a inversão dos ônus da sucumbência. A jurisprudência ficou consolidada ainda nos seguintes julgamentos: AC 1549/RO, Ministro CELSO DE MELLO, referendada a unanimidade pela 2 a Turma; AC 1550/RO, Ministro GILMAR MENDES, referendada a unanimidade pela 2 a Turma; AC 1582/RO, Ministro JOAQUIM BARBOSA, também referendada. 3) Concessão de efeito suspensivo e situação excepcional O Tribunal concedeu medida cautelar em ação cautelar ajuizada pela Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia CAERD para suspender os efeitos de acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do referido Estadomembro em apelação, até julgamento de agravo de instrumento interposto contra decisão que não admitira recurso extraordinário da empresa no qual pretende seja reconhecido seu direito à imunidade recíproca incidente sobre o fato gerador do IPTU (CF, art. 150, VI, a). Entendeu-se que, em situações excepcionais, nas quais são patentes a plausibilidade jurídica do pedido decorrente do fato de a decisão recorrida contrariar jurisprudência ou súmula do STF e o perigo de dano irreparável ou de difícil reparação consubstanciado pela execução do acórdão recorrido, o Tribunal poderá deferir a medida cautelar mesmo que o recurso extraordinário tenha sido objeto de juízo negativo de admissibilidade e o agravo de instrumento interposto contra essa decisão ainda não se encontre sob a jurisdição do STF. Considerou-se que, no caso, o acórdão objeto do recurso extraordinário parece afrontar jurisprudência da Corte firmada no julgamento do RE /RS (DJU, ), tendo em conta que a CAERD é sociedade de economia

5 mista prestadora do serviço público obrigatório de saneamento básico, portanto abrangida pela aludida imunidade tributária. Além disso, ressaltou-se ser manifesta a urgência da pretensão cautelar, porquanto, com a execução do acórdão recorrido, a companhia será obrigada a pagar os débitos tributários em discussão, gerando a inscrição em dívida ativa e as consequências oriundas desse fato. AC 1550 MC/RO, Relator: Min. Gilmar Mendes, (AC-1550). a) Imunidades genéricas Imunidade recíproca art. 150, VI, a, CF. É vedado às pessoas políticas instituírem impostos sobre o patrimônio, renda ou serviços umas das outras. Protege o pacto federativo (art. 60, 4 o, I, CRFB/88) e não abrange os impostos indiretos. Esta imunidade se estende às autarquias e fundações mantidas pelo Poder Público somente no que se refere ao patrimônio, renda e serviços vinculados às finalidades essenciais dessas instituições (art. 150, 2 o, CF) e não se aplica às sociedades de economia mista e às empresas públicas (art. 150, 3 o, CF). Imunidade dos templos de qualquer culto art. 150, inciso VI, alínea b, CF, desde que não sejam ofensivos à moral, aos bons costumes ou à segurança nacional. Cabe ao ente político provar que o culto é imoral ou atentatório aos bons costumes ou à segurança nacional. Tem por finalidade assegurar a liberdade de crença e o livre-exercício dos cultos religiosos. Há uma tendência em favorecer os cultos e, nesse sentido, têm-se alcançado a loja maçônica e os templos positivistas. Também são considerados imunes os anexos do templo, todas as atividades que viabilizam o culto (exemplo: casa paroquial, abadia, seminário, convento etc.). O fundamento encontra-se no art. 150, 4 o, CF: a imunidade compreende apenas o patrimônio, a renda e os serviços relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas. Pela teoria moderna o templo suplanta os conceitos clássicos de coisa e de atividade (locais mais anexos), demarcando-o como entidade. A teoria do templo-entidade define o templo de modo abrangente, como Igreja ou Instituição. Com efeito, o sentido foi de atrelá-lo à organização ou à instituição. O art. 150, 4 o, CF, menciona, expressamente, entidade, ratificando a inteligência da teoria moderna. A entidade, conceitualmente, extrapola o plano universitas serum (conjunto de coisas), aproximando-se de todas as manifestações, relevantes ao fenômeno tributário, que tendem à difusão do culto. Ademais, o art. 150, 4 o, CF, dispõe acerca da finalidade relacionada com as finalidades essenciais, o que parece justificar ainda mais a teleologia da teoria moderna. Assim, deve-se afastar a incidência de impostos sobre as atividades do templo essenciais ou não, desde que se comprovem. Reinvestimento do valor arrecadado na consecução dos objetivos institucionais da Igreja (exemplo: renda de aluguéis de prédio, de estacionamento etc.). Se a Igreja aluga o imóvel para realização de seus cultos, o proprietário deste não se torna imune aos impostos incidentes. A Constituição Federal objetivou a liberdade religiosa, defendida igualmente no preâmbulo constitucional, que menciona a proteção de Deus, sem demonstrar qualquer sectarismo. Partidos políticos A atividade política é fundamental para a sustentação do regime democrático, devendo a liberdade política ser difundida; entretanto, a imunidade só abrange os partidos devidamente registrados no Tribunal Superior Eleitoral. Os partidos políticos e suas fundações, os sindicatos de empregados e as instituições de educação e assistência social, sem fins lucrativos, obedecidos os requisitos apontados na Lei (art. 150, inciso VI, alínea c, CF): essa lei, conforme dispõe o art. 146, inciso II, CF, é lei complementar. As instituições de educação pagam as contribuições sociais para a seguridade social, enquanto as instituições de assistência social não pagam as contribuições sociais para a seguridade social. O art. 14, CTN, dispõe acerca dos requisitos necessários à fruição desta imunidade. Note-se que a regulamentação das imunidades é matéria de lei complementar e tais requisitos somente poderão ser modificados por lei deste porte. A alínea c do art. 150, VI, não é autoaplicável; depende de lei complementar (art. 146, II, CF) para regular as limitações constitucionais ao poder de tributar; devem obedecer, portanto, aos requisitos do art. 14 e incisos do CTN. Note-se que a regulamentação das imunidades é matéria de lei complementar e tais requisitos somente poderão ser modificados por lei deste porte.

6 Instituições de assistência social A imunidade tributária das instituições de assistência social sem fins lucrativos, prevista no art. 150, VI, c, CF, não alcança as entidades fechadas de previdência social privada, exceto no caso de não haver contribuição dos beneficiários (Súmula n. 730, STF). Estendendo o raciocínio decorrente dessa súmula, podemos concluir que mesmo que o patrimônio, ou o serviço, não esteja relacionado a uma finalidade essencial da entidade, mas a renda decorrente de sua exploração seja destinada a uma finalidade essencial, o bem, o serviço e a renda serão imunes a impostos. Entidades sindicais Visa a proteção da liberdade sindical, com vista ao fortalecimento do lado mais fragilizado da relação laboral; dessa forma, só são imunes a impostos os sindicatos dos empregados ou entidades obreiras. Só para entidades representativas dos hipossuficientes. Instituições de educação A imunidade visa a difundir o ensino e a cultura, art. 150, VI, C, CF. Abrangem todos os tipos de ensino, escolas, universidades, cursos de idiomas etc, desde que sem fins lucrativos (art.14, CTN). Para o Supremo Tribunal Federal, a Lista Telefônica, as apostilas didáticas e os álbuns de figurinhas são imunes, assim como os periódicos, independentemente da ausência de caráter noticioso/literário. Súmula n. 657 do STF: A imunidade prevista no art. 150, VI, d, CF, abrange os filmes e papéis fotográficos necessários à publicação de jornais e periódicos. O livro, o jornal e o periódico, bem como o papel destinado à sua impressão (art. 150, inciso VI, alínea d): a Constituição objetiva a liberdade de imprensa e a livre difusão do pensamento, não importando seu conteúdo. O papel que não se destina à impressão não está imune à tributação. Os livros raros são imunes. O livro eletrônico (CD-ROM) é abrangido pela imunidade. Sobre os insumos (tinta, cola, máquina impressora etc.), o Supremo Tribunal Federal decidiu que não são livres dos impostos; a imunidade restringe-se aos livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão. Livros que não estão imunes: livro de ata, livro de bordo, livro de ouro, livro-diário etc., porque não se destinam à propagação de pensamentos. Essa imunidade é objetiva; refere-se apenas ao objeto (livro, periódico ou papel de impressão), e não subjetiva (pessoa); o autor do livro ou o dono do jornal pagam seus impostos pessoais, normalmente. Art. 150, 2 o, da Constituição Federal de 1988: são imunes a tributos por meio de impostos as autarquias e as fundações públicas, pois descendem diretamente das pessoas políticas. Art. 150, 3 o, da Constituição Federal de 1988: estabelece que a imunidade de que desfrutam as pessoas políticas, suas autarquias e fundações não alcançam: as atividades regidas pelo direito privado; os serviços públicos em que haja pagamento de taxa ou tarifa pelo usuário; nem desonera o promitente comprador de seus imóveis do dever de pagar ITBI. A Súmula n. 724 do STF expressamente se refere às entidades mencionadas no art. 150, VI, c, CF. b) Imunidades tributárias específicas As imunidades tributárias específicas dizem respeito a um único imposto. Art. 153, 3 o, inciso III, da Constituição Federal de 1988 (IPI). São imunes ao IPI as exportações de produtos industrializados. Todos aqueles componentes que, de alguma maneira, contribuírem para a finalização do produto a ser exportado (por exemplo: peças de geladeira destinadas ao exterior) são também favorecidos por essa imunidade tributária específica. Para o Poder Público, contudo, apenas o exportador imediato é imune ao pagamento do IPI.

7 Art. 153, 4 o, II, da Constituição Federal de 1988 (ITR). Não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore o proprietário que não possua outro imóvel. A Constituição Federal de 1988 remeteu à lei complementar a tarefa de dizer o que é pequena gleba rural. Art. 155, 2 o, inciso X, da Constituição Federal de 1988 (ICMS). Não incidirá sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços prestados a destinatários no exterior, assegurados a manutenção e o aproveitamento do montante do imposto cobrado nas operações e prestações anteriores. Surgiu, então, a Lei Complementar n. 87/96 (Lei Kandir), que em seu art. 3, inciso II, isenta de ICMS quaisquer outras exportações (produtos semielaborados ou primários). Questiona-se a constitucionalidade dessa Lei, que retira dos Estados sua competência tributária. Também não incidirá sobre operações que destinem a outros Estados petróleos, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia elétrica. Igualmente sobre o ouro, quando for ativo financeiro ou instrumento cambial. Imunidade das instituições de educação. As instituições de educação sem fins lucrativos, desde que atendam aos requisitos da lei, estão imunes aos impostos sobre patrimônio, renda e serviços, e às contribuições sociais para a seguridade social. Imunidade das instituições de assistência social. As instituições de assistência social sem fins lucrativos, desde que atendam aos requisitos da lei, estão imunes aos impostos sobre patrimônio, e à renda, aos serviços, e às contribuições sociais para a seguridade social. As operações interestaduais com energia elétrica e petróleo (combustíveis líquidos e gasosos resultantes de petróleo). A Lei Kandir (art. 3 o, inciso III) restringiu a imunidade a operações interestaduais para fins de comercialização ou industrialização outro artigo de constitucionalidade duvidosa, pois se trata de lei infraconstitucional que restringe disposição constitucional. Operações com ouro, quando utilizado como ativo financeiro ou instrumento cambial (art.3, IV, LC 87/96). Art. 156, inciso II, in fine, da Constituição Federal de 1988 (ITBI): não incide sobre direitos reais de garantias que recaem sobre imóveis (hipoteca e anticrese). Hipoteca é o direito real de garantia incidente sobre o imóvel do devedor ou de terceiro, sem transmissão de sua posse ao credor (arts e seguintes do Código Civil). Anticrese é o direito real de garantia incidente sobre o imóvel do devedor ou de terceiro, com transmissão de sua posse ao credor para que este perceba e receba seus frutos, imputando-os ao débito (arts e seguintes do Código Civil). Art. 156, 2 o, inciso I, da Constituição Federal de 1988 (ITBI): não incide sobre transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrentes de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil. Art. 184, 5 o, da Constituição Federal de 1988: são isentas de impostos federais, estaduais e municipais as transferências de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária. Trata-se de imunidade, não de isenção, pois, quando a não incidência de impostos é constitucionalmente qualificada, tem-se a imunidade. Além das imunidades presentes no art. 150, inciso VI, pode-se constatar inúmeras outras dispersas na CF.

8 Vejamos: Art. 5 o, XXXIV Exercício do direito de petição e obtenção de certidões Art. 153, 3 o Produtos industrializados destinados ao exterior Art. 153, 4 o, II Pequenas glebas rurais Art. 153, 5º Ouro como ativo financeiro ou instrumento cambial Art. 155, 2 o, X, a Operações que destinem produtos industrializados para o exterior Art. 155, 2 o, X, b Operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia elétrica Art. 155, 2 o, X, d Prestações de serviços de comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita Art. 155, 3 o Operações relativas a energia elétrica, serviços de telecomunicações, derivados de petróleo, combustíveis e minerais do País Art. 156, II Transmissão de direitos reais de garantia (penhor, hipoteca e anticrese) Art. 156, 2º, I Transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrentes de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica Art. 156, 3º, II Exportação de serviços para o exterior Art. 184, 5 o Operações de transferência de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária Art. 195, II Aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social Art. 195, 7 o Entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei Fonte: CF 5.3. IMUNIDADES DE TAXAS São imunes de taxas os seguintes serviços públicos: Impetração de habeas corpus e habeas data e a propositura de ação popular (art. 5 o, LXXIII e LXXVII, da CF). Registro civil de nascimento e certidão de óbito para os reconhecidamente pobres (art. 5 o, LXXVI, da CF), bastando para o reconhecimento da condição de pobre uma declaração do próprio interessado ou a rogo do analfabeto com duas testemunhas (art. 30, Lei n /73). Celebração de casamento civil (art. 226, 1 o, da CF) a celebração do casamento é imune, mas o registro não. Assistência jurídica para quem não possuir recursos (art. 5 o, LXXIV, da CF).

9 Petições aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder, bem como certidões fornecidas por repartições públicas na defesa de direitos pessoais (art. 5 o, XXXIV, da CF). Não há imunidade com relação a taxas ou contribuições. Há uma aparente exceção (artigo 5º, inciso XXXIV, da CF/88). Aparente porque o termo taxa foi empregado em sentido leigo: São a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas (...). Taxas, neste caso, querem significar emolumentos IMUNIDADE DE CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS São imunes de contribuições sociais (gerais e para seguridade social) e das CIDEs as receitas decorrentes de exportação (art. 149, 2 o, I, da CF). As entidades beneficentes de assistência social têm imunidade das contribuições para a seguridade social, conforme os requisitos da lei (art. 195, 7 o, da CF). Essa lei deve ser complementar, em virtude da interpretação conjunta com o art. 146, II, da CF. Cumpre essa função o art. 14 do CTN. As aposentadorias e pensões do regime geral da previdência (trabalhadores da iniciativa privada) estão imunes às contribuições sociais para a seguridade social (art. 195, II, da CF) IMUNIDADES E OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS As pessoas imunes não estão dispensadas de cumprimento das obrigações acessórias. CASO PRÁTICO A empresa Xantom, importadora de revistas estrangeiras, foi surpreendida pela cobrança, por parte do Fisco Federal, de imposto de importação (II) e imposto sobre produtos industrializados (IPI) sobre a importação de revistas americanas, especificamente playboy, hustler e penthouse (revistas de entretenimento e fotos de homens e mulheres nus). Alegou o Fisco Federal que, apesar da importação de tais produtos ser permitida pela legislação em vigor, não constituindo qualquer espécie de prática ilícita, as referidas revistas não continham qualquer conteúdo intelectual ou cultural que justificasse o não pagamento de tributos na importação. Como advogado da empresa Xantom, quais os argumentos que poderão ser utilizados em sua defesa? Fundamente. Resposta: Deve ser alegada a imunidade a impostos dos livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão, previsto no artigo 150, inciso VI, alínea d da CF. O conteúdo do periódico não é motivo para restringir a imunidade. Assim, periódicos que contenham fotos de modelos nus ou matérias de entretenimento também estão albergados pela imunidade tributária QUESTÕES DE MÚLTIPLA ESCOLHA Extraídas e adaptadas de Exames da OAB e diversos concursos. 01) O instituto da imunidade tributária implica: (A) dispensa do cumprimento da obrigação tributária; (B) vedação ao poder de tributar; (C) desconstituição do crédito tributário; (D) obrigação de lançar mas não cobrar o tributo.

10 02) Imunidade é: (A) dispensa legal do pagamento do tributo ou penalidade pecuniária; (B) limitação constitucional ao poder de tributar; (C) limitação à cobrança de tributos estaduais e municipais, imposta pela União, através de lei complementar nacional; (D) forma especial de exclusão do crédito tributário. 03) É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir impostos sobre patrimônio, renda ou serviços das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos. No entanto, de acordo com o Código Tributário Nacional, tal imunidade tributária é subordinada à observância, pelas referidas instituições, do seguinte requisito, entre outros: (A) aplicarem integralmente, no Brasil ou em suas controladas no exterior, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos institucionais; (B) não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título; (C) no caso de instituições de educação, oferecerem gratuitamente pelo menos 50% das vagas de seus cursos regulares a alunos carentes; (D) não remunerarem seus empregados com salários superiores aos pagos por empresas públicas, em se tratando de cargos de iguais atribuições. 04) Pode-se afirmar, quanto às imunidades, que: (A) a lei da pessoa política titular da competência tributária que a instituiu deve identificar todas as condições necessárias para o seu gozo, além de identificar a classe de contribuintes beneficiada; (B) a denominada imunidade recíproca não alcança as autarquias e as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; (C) as instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, são imunes às contribuições para financiamento da seguridade social; (D) a imunidade conferida aos templos de qualquer culto não é ampla e irrestrita. 05) De acordo com a Constituição Federal, é correto afirmar: (A) sobre o salário de R$ ,00, do Pastor da Igreja Evangélica Valha-me Deus, não incide Imposto sobre a Renda e Proventos de qualquer Natureza, em virtude de imunidade tributária; (B) sobre os terrenos pertencentes à Universidade de Brasília, localizados no Plano-Piloto de Brasília, utilizados nas suas finalidades essenciais, não incide IPTU, em virtude de imunidade tributária; (C) os sindicatos dos trabalhadores estão sujeitos ao pagamento do IPVA, IPTU e ITR, incidentes sobre os automóveis e terrenos urbanos e rurais de sua propriedade, mesmo que vinculados a suas finalidades essenciais, uma vez que não gozam de imunidade tributária; (D) as Representações Diplomáticas sediadas em Brasília, desde que haja reciprocidade entre seus países e o Brasil, não pagam IPTU e IPVA sobre seus imóveis e automóveis, em virtude de imunidade tributária. 06) Assinale a única alternativa correta: (A) os templos de qualquer culto têm imunidade de taxas; (B) as fundações mantidas pelos partidos políticos têm imunidade de impostos; (C) o edifício-sede de uma entidade sindical de trabalhadores é imune à contribuição de melhoria; (D) o papel com que a Editora Forense empacota cinco livros a serem entregues a um cliente é imune a impostos.

11 07) Em se tratando das limitações constitucionais ao poder de tributar, é correto afirmar que: (A) desde que respeitada a anterioridade constitucional, é possível a majoração de qualquer tributo mediante decreto do Executivo; (B) é possível a cobrança de ICMS no mês de janeiro desde que a lei que o instituiu tenha sido publicada no mês de dezembro do exercício financeiro anterior; (C) é imune o patrimônio, a renda ou o serviço das pessoas jurídicas de Direito Público Interno, exceto na hipótese de exploração de atividade econômica regida pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, bem como aquelas remuneradas por preços ou tarifas; (D) é possível determinado tributo alcançar fato anterior à publicação da lei que o tenha instituído, desde que o vencimento da obrigação se dê em observância à anterioridade aplicável à espécie. 08) Segundo a Constituição Federal, é correto dizer, sobre as imunidades: (A) que as aposentadorias e pensões concedidas pelo regime geral de previdência social são imunes às contribuições sociais; (B) que as instituições de educação e de assistência social, em qualquer caso, são imunes à instituição de impostos sobre o seu patrimônio, renda ou serviço; (C) que os serviços de comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora e de sons e imagens são imunes ao ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicações); (D) que a imunidade recíproca entre União, Estados, Distrito Federal e Municípios alcança quaisquer tributos. 9) O patrimônio das instituições de educação é: (A) totalmente imune a tributos; (B) imune a impostos, desde que observados os requisitos estabelecidos em lei complementar; (C) imune a tributos, desde que observados os requisitos estabelecidos em lei ordinária; (D) isento de tributos, desde que observados os requisitos estabelecidos em lei complementar. 10) Cobrar impostos sobre papel destinado exclusivamente à impressão de jornais periódicos e livros é vedado: (A) à União; (B) aos Estados federados e aos Municípios; (C) a todos os entes mencionados; (D) a nenhum deles. 11) Cobrar impostos sobre templos de qualquer culto é vedado: (A) à União e Distrito Federal; (B) aos Estados; (C) aos Municípios; (D) a todos os entes acima mencionados. 12) Assinalar a alternativa correta: Art. 150 da Constituição Federal: Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: VI instituir impostos sobre: a). Patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros. I. A imunidade recíproca do art. 150, VI, c, da Constituição Federal, decorre do princípio federativo e do princípio da isonomia das pessoas políticas.

12 II. A imunidade recíproca beneficia as pessoas políticas também quando exercem atividades econômicas remuneradas por tarifas. III. Em razão da imunidade do art. 150, VI, c, da Constituição Federal, os partidos políticos são imunes à taxa judiciária. IV. As imunidades tributárias podem ser determinadas por lei complementar desde que obedecida a repartição da competência do ente tributante. (A) está correta apenas a assertiva I; (B) está correta apenas a assertiva IV; (C) estão corretas apenas as assertivas I e IV; (D) estão corretas apenas as assertivas II e III. 13) Existe imunidade tributária: (A) nas doações de bens móveis; (B) quando a lei concede anistia fiscal; (C) na venda de mercadorias produzidas em um Estado para estabelecimento situado em outro Estado; (D) na proibição de instituir impostos sobre o patrimônio das entidades sindicais dos trabalhadores. 14) É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: (A) estabelecer diferenças tributárias entre seus bens de qualquer natureza, em razão da sua procedência ou do seu destino; (B) cobrar tributo, assim entendidas as taxas e contribuições de melhoria, sobre o patrimônio, a renda ou os serviços uns dos outros; (C) cobrar impostos sobre o patrimônio, a renda ou os serviços das empresas públicas e sociedades de economia mista; (D) cobrar impostos sobre templos de qualquer culto. 15) De acordo com o CTN, para que uma instituição de educação sem fins lucrativos goze da imunidade tributária relativa ao pagamento de impostos sobre seu patrimônio, renda ou serviços, ela deve: (A) abster-se de distribuir mais do que 5% de seu patrimônio ou de suas rendas; (B) nomear apenas diretores brasileiros; (C) aplicar ao menos 50% de seus recursos na manutenção dos seus objetivos institucionais; (D) manter escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades que assegurem a exatidão das informações. 16) Lei Estadual instituindo imposto sobre operações de circulação de livros e jornais: (A) é válida, pois o ICMS é da competência estadual; (B) é inconstitucional por violar norma de imunidade tributária; (C) é válida porque decorre de lei estadual; (D) é constitucional, pois o regramento constitucional do ICMS não prevê a imunidade tributária, apenas a seletividade tributária. 17) A Constituição Federal prevê, em relação a determinados tributos, imunidades específicas, das quais é exemplo a imunidade: (A) de pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando exploradas pelo proprietário que não possua outro imóvel, em relação ao Imposto Territorial Rural (ITR); (B) da transmissão de bens imóveis incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, ainda que a atividade preponderante seja o arrendamento mercantil de bens imóveis, em relação ao Imposto sobre a Transmissão onerosa de Bens Imóveis (ITBI);

13 (C) de entidades de assistência social, culturais e educativas, em relação às contribuições para a seguridade social e de intervenção no domínio econômico; (D) de rendimentos, nos termos e limites fixados em lei, provenientes de aposentadorias e pensões, pagos pela Previdência Social, a pessoas com idade superior a 65 (sessenta e cinco) anos, cuja renda total seja constituída exclusivamente de rendimentos do trabalho, em relação ao Imposto de Renda (IR). 18) Acerca do Sistema Tributário Nacional, dos tributos e da legislação tributária, assinale a opção correta: (A) as taxas, que não poderão ter base de cálculo própria dos impostos, podem ser instituídas em razão da utilização efetiva ou potencial do poder de polícia; (B) considere que uma instituição de assistência social, sem fins lucrativos, possua um imóvel, alugado a terceiro, que explora atividade mercantil. Nessa hipótese, desde que o aluguel recebido pela instituição de assistência social seja integralmente aplicado na sua atividade essencial, o referido imóvel está imune à incidência do IPTU; (C) considere que Maria, domiciliada no Estado do Tocantins, pretenda doar seus bens a uma fundação com sede em São Paulo; o bem imóvel encontra-se localizado no Estado do Rio de Janeiro e os bens móveis, no Estado do Tocantins. Nessa hipótese, o imposto sobre doação de quaisquer bens ou direitos relativo aos bens de Maria será recolhido em favor do Estado do Tocantins; (D) deve ser interpretada de forma literal, em qualquer hipótese, a legislação tributária que disponha sobre suspensão ou exclusão do crédito tributário, outorga de isenção e infrações tributárias. 19) A imunidade tributária alcança, segundo orientação do Supremo Tribunal Federal: (A) somente os impostos; (B) somente as taxas; (C) os impostos e as taxas; (D) os impostos, as taxas e as contribuições de melhoria. 20) A norma constitucional que veda aos entes federativos a instituição de impostos sobre templos de qualquer culto representa: (A) anistia tributária; (B) remissão tributária; (C) imunidade tributária; (D) isenção tributária. 21) É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios cobrar imposto sobre templos de qualquer culto e sobre papel destinado exclusivamente à impressão de jornais, periódicos e livros. Assinale a afirmativa incorreta quanto a essas regras: (A) trata-se de imunidades tributárias de sede constitucional; (B) a imunidade dos templos visa a garantir a eficácia de diretriz constitucional que assegura a liberdade de crença e o livre exercício dos cultos religiosos; (C) as imunidades tributárias são normas constitucionais impeditivas da outorga da competência tributária em relação a determinadas situações, pessoas ou bens; (D) a imunidade dos livros, jornais, periódicos é uma típica imunidade subjetiva, pois alcança as pessoas que produzem os objetos mencionados, prestigiando valores como a atividade econômica do parque gráfico nacional. 22) Em relação às imunidades e isenções tributárias, é correto afirmar: (A) o Município não paga IPVA e taxa de licenciamento de veículo em relação aos veículos automotores de sua propriedade em razão da imunidade recíproca; (B) os serviços comunitários prestados por Igreja evangélica são isentos de ISS por disposição expressa na Constituição Federal; (C) é constitucionalmente devida a taxa de expediente para expedição de certidão em repartição pública municipal, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal do requerente; (D) o promitente comprador de imóvel de propriedade de autarquia municipal não se exonera da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel objeto da aquisição.

14 23) Sobre a imunidade constitucional recíproca, de acordo com a Constituição Federal, é correto afirmar-se que a imunidade recíproca: (A) compreende todos os tributos que incidem sobre o patrimônio, a renda ou os serviços, uns dos outros; (B) protege as pessoas jurídicas de direito público umas das outras, abrangendo quaisquer espécies de tributos; (C) não compreende os impostos incidentes sobre a produção e a circulação de riquezas (IPI e ICMS); (D) é extensiva às autarquias e fundações mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao seu patrimônio, renda ou serviços vinculados a qualquer finalidade. 24) É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir impostos sobre o patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros. Essa vedação denomina-se: (A) isenção; (B) não incidência; (C) anistia; (D) imunidade tributária. 25) A imunidade tributária: (A) não exclui o pagamento do IPI e ICMS da pessoa política que explora atividade econômica privada; (B) é recíproca entre entidades da Federação, sendo protegidos o patrimônio, a renda e os serviços em que haja pagamento de preços ou tarifas, por empresa pública de qualquer natureza; (C) beneficia as pessoas políticas enquanto exercem atividades econômicas, mediante contraprestação ou recebimento de preços ou tarifas; (D) é regra de execução, criada e delimitada por lei complementar, a qual determina obstáculos à incidência da regra jurídica de tributação. 26) Há imunidade tributária na hipótese de: (A) vedação constitucional à incidência de contribuição social sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social; (B) vedação constitucional à incidência de taxas e contribuições sociais sobre patrimônio, renda ou serviços das instituições de educação, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei; (C) não incidência sobre grandes imóveis rurais produtivos, definidos em lei, do Imposto Territorial Rural; (D) vedação legal à incidência do Imposto de Renda sobre os proventos de aposentadoria de servidores públicos portadores de doenças graves. 27) Em determinado município houve a cobrança de IPTU sobre área que a: Sociedade da Igreja de São Januário utiliza como cemitério. Essa cobrança: (A) é legal, pois a norma imunizante inscrita no artigo 150, VI, b, refere-se tão somente aos templos de qualquer natureza; (B) é constitucional, pois a imunidade do artigo 150, VI, b, só compreende os templos e a casa do celebrantes; (C) é inconstitucional, por ferir o disposto no artigo 150, VI, b, que protege a liberdade de expressão religiosa; (D) é válida, se ficar provado que há recursos arrecadados com a exploração do cemitério. 28) Acerca do sistema tributário nacional, assinale a opção correta: (A) caso venha a ser criado um novo território federal, caberá a este a instituição de impostos estaduais e municipais; (B) cabe aos Estados, Distrito Federal e Municípios a instituição de contribuições de intervenção no domínio econômico; (C) as contribuições para o custeio do serviço de iluminação pública é de competência comum da União, Estados, Distrito Federal e Municípios; (D) o papel destinado à impressão de periódicos goza de imunidade quanto ao pagamento de impostos.

15 29) Assinale a opção correta, acerca da disciplina normativa da imunidade tributária: (A) a imunidade constitucional conferida aos templos abrange apenas os imóveis de propriedade da Igreja católica; (B) ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana o imóvel pertencente a partido político, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades essenciais de tal entidade; (C) reputa-se imunidade recíproca a conferida às entidades sindicais de trabalhadores; (D) a imunidade das entidades de educação e assistência social sem fins lucrativos é de natureza objetiva. 30) O princípio constitucional da imunidade recíproca: (A) não se aplica aos impostos diretos, abrangendo apenas os indiretos; (B) é extensivo às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes; (C) não se aplica aos Municípios, abrangendo apenas a União, os Estados e o DF; (D) aplica-se aos entes políticos que exerçam atividade econômica em concorrência com o particular. 31) Entidade beneficente de assistência social sem fins lucrativos pode gozar, desde que atenda aos requisitos legais, de imunidade de: (A) impostos sobre o patrimônio, renda e serviços e de contribuições para a seguridade social; (B) quaisquer impostos, mas não de contribuições para a seguridade social; (C) contribuições para a seguridade social, a despeito de ter de pagar impostos sobre patrimônio, renda e serviços; (D) impostos sobre o patrimônio, renda e serviços, mas não de contribuições para a seguridade social. 32) Sobre imunidade tributária é correto afirmar, exceto: (A) só alcança impostos federais; (B) vem prevista na Constituição Federal; (C) equivale à incompetência tributária; (D) não pode ser instituída por lei. 33) Considerando o tratamento dado pela Constituição Federal ao Sistema Tributário Nacional, assinale a opção correta: (A) na Constituição Federal, a competência para instituir impostos foi repartida, obedecendo à técnica da simultaneidade ou cumulatividade; (B) a competência tributária é delegável, desde que a delegação seja feita entre entidades políticas (União, Estados e Municípios); (C) o princípio da capacidade contributiva, segundo previsão expressa na CF, aplica-se a todos os tributos federais, estaduais e municipais; (D) o princípio da imunidade recíproca é decorrência lógica do princípio federativo e visa a assegurar a autonomia dos entes políticos. 34) Em relação à imunidade tributária, assinale a alternativa correta: (A) a imunidade recíproca é exemplo de imunidade condicionada; (B) a lei complementar pode prever outras hipóteses de imunidade, além daquelas já previstas nas Constituição Federal; (C) em razão da imunidade recíproca, os serviços cartorários, sendo espécie de serviço público, não podem ser tributados; (D) as pessoas beneficiadas por imunidade podem ser obrigadas ao cumprimento de obrigações tributárias acessórias.

16 35) A Constituição de 1988 assegura em seu artigo 5, inciso XXXIV, alínea b, a obtenção de certidões para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal, junto a repartições públicas, independentemente do pagamento de taxas. Diante de recusa de um Município em emitir certidão negativa de débito fiscal sem o prévio pagamento da taxa, deverá o contribuinte: (A) impetrar habeas data, por ter imunidade tributária; (B) impetrar mandado de injunção, por ter isenção tributária; (C) impetrar mandado de segurança, por ter imunidade tributária; (D) propor ação anulatória de débito fiscal, por ter isenção tributária. 36) A Igreja Caminho do Amor, que goza de imunidade quanto ao pagamento de certos tributos, é proprietária de vários imóveis, um deles alugado a terceiro, e outro, onde são celebrados os cultos, que possui uma casa pastoral, um cemitério e um amplo estacionamento. Considerando a situação hipotética apresentada e as normas atinentes à imunidade tributária, assinale a opção correta: (A) apenas a União está autorizada a instituir impostos sobre o patrimônio, renda e serviços da Igreja Caminho do Amor; (B) a imunidade não abrange a casa pastoral, o cemitério e o estacionamento da Igreja Caminho do Amor, pois a norma constitucional se refere apenas aos templos de cultos religiosos; (C) o imóvel alugado a terceiros goza de imunidade quanto ao pagamento do imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades essenciais da Igreja Caminho do Amor; (D) a imunidade tributária conferida à referida Igreja dispensa-a do recolhimento de impostos, taxas, contribuições de melhoria, bem como do cumprimento de obrigações tributárias acessórias. 37) Sobre a imunidade tributária, pode-se afirmar que: (A) uma lei ordinária que institua cobrança de tributos sobre entidades que gozam de imunidade tributária será inconstitucional; (B) é imune a pequena gleba rural, independente de previsão em lei, cujo proprietário a explore, desde que não possua outro imóvel; (C) o instituto da imunidade tributária consiste na vedação, parcial ou total, da cobrança de tributos que incidiram sobre determinados fatos, pessoas ou categorias de pessoas; (D) o ouro, quando definido em lei como ativo financeiro, será imune inclusive quanto à incidência de impostos sobre operações de crédito, câmbio e seguro. 38) A imunidade tributária recíproca: (A) sob o prisma teleológico assegura, confirma e preserva o regime constitucional federativo; (B) não se refere às limitações do poder de tributar; (C) não diz respeito à falta de capacidade contributiva das pessoas políticas de Direito Público interno; (D) não comporta exceção quando se trata de empresa pública, ainda que esta se qualifique como delegatária de serviços públicos. 39) A Constituição Federal expressamente contempla a imunidade aos templos de qualquer culto. Esta imunidade alcança: (A) todos os tributos; (B) todos os impostos; (C) os tributos que incidam sobre patrimônio, renda e serviços relacionados com as finalidades essenciais da entidade; (D) os impostos que incidam sobre patrimônio, renda e serviços relacionados com as finalidades essenciais da entidade.

17 40) As imunidades tributárias são classificadas em: (A) proporcionais e progressivas; (B) ontológicas e políticas; (C) diretas e indiretas; (D) cumulativas e não cumulativas. 41) A vedação a que os entes tributantes instituam impostos sobre o patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros, consiste em: (A) anistia. (B) remissão. (C) Imunidade. (D) isenção. 42) Sobre a imunidade, de acordo com o que dispõe expressamente a Constituição Federal, é correto afirmar que: (A) na modalidade recíproca, impede que os entes tributantes instituam tributos de qualquer espécie sobre o patrimônio, renda ou serviços uns dos outros. (B) impede a instituição de impostos sobre livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão. (C) na modalidade recíproca, não se estende às autarquias, ainda que os tributos incidentes sobre o patrimônio, rendas ou serviços estejam vinculados às suas finalidades essenciais, posto que a administração indireta não detém poder para tributar. (D) não se aplica ao patrimônio, renda ou serviços das entidades sindicais dos trabalhadores, ainda quando relacionados às suas finalidades essenciais. 43) Com referência às limitações do poder de tributar, assinale a opção correta. (A) Contra a imposição de multas por sonegação fiscal ou mesmo pelo não recolhimento do tributo, não se pode argumentar com a proibição constitucional de utilização de tributo com efeito de confisco, já que de tributo não se trata. (B) A imunidade constitucional de livros não se estende à COFINS. (C) A limitação de exigência tributária sobre o patrimônio, renda ou serviços uns dos outros (União, estados, DF e municípios) é passível de modificação constitucional, uma vez que se trata de princípio de garantia subjetiva, e a restrição de imutabilidade tributária refere-se às garantias objetivas. (D) Pode incidir IOF sobre aplicações financeiras realizadas por autarquia estadual, uma vez que as rendas derivadas são relativas a atividades eminentemente privadas. 44) Analise as proposições abaixo a respeito de imunidade tributária. I. É possível a cobrança do IPTU em relação aos imóveis alugados a terceiros, de propriedade das entidades religiosas que gozam de imunidade tributária, ainda que a renda obtida com os aluguéis seja destinada às finalidades essenciais de tais entidades. II. Os papéis necessários à publicação dos jornais e periódicos estão abrangidos pela chamada imunidade tributária recíproca. III. A imunidade tributária com base no art. 150, VI, c, da Constituição Federal, que alcança as instituições de assistência social sem fins lucrativos, pode ser estendida às entidades fechadas de previdência social, se não houver contribuição dos beneficiários. IV. As autarquias e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público gozam de imunidade tributária, no que se refere a patrimônio, renda e serviços vinculados às suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes. Estão corretas APENAS as proposições:

18 (A) I e II. (B) I e III. (C) II e III. (D) III e IV. 45) Sobre imunidade recíproca é correto afirmar: (A) impede a instituição e cobrança de impostos sobre a circulação de livros, jornais e periódicos. (B) veda a instituição de impostos sobre patrimônio, renda ou serviço dos partidos políticos. (C) beneficia as instituições privadas de ensino sem fins lucrativos. (D) impossibilita a cobrança do imposto sobre propriedade territorial urbana com relação a imóvel pertencente à União e afetado ao serviço público. 46) O Município de Campo Grande não pode cobrar o imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana relativo ao prédio de propriedade da União, onde está instalada a Delegacia da Receita Federal, em face da Constituição estabelecer a: (A) Competência da União sobre impostos pagos por seus próprios órgãos; (B) isenção tributária total; (C) imunidade tributária; (D) não incidência legal, conforme CTN. 47) Sobre as imunidades tributárias, considere: I. A imunidade dos templos de qualquer culto compreende todos tributos relacionado com as suas finalidade essenciais. II. A imunidade das entidades sindicais dos trabalhadores compreende somente os impostos sobre a renda, o patrimônio e os serviços, relacionados com as suas finalidades essenciais. III. As autarquias e as fundações públicas gozam de imunidade em relação aos impostos sobre a renda, patrimônio e produção, vinculados à exploração de suas atividades econômicas. Está correto o que se afirma APENAS em: (A) I. (B) I e II. (C) II. (D) III. 48) Haverá imunidade sobre: (A) impostos incidentes sobre patrimônio, renda e serviços de empresas públicas, desde que os fatos geradores estejam relacionados com exploração de atividade econômica. (B) impostos incidentes sobre patrimônio, renda e serviços de autarquias, desde que por fatos vinculados às suas finalidades essenciais ou as delas decorrentes. (C) tributos incidentes sobre patrimônio, renda e serviços dos templos de qualquer culto e dos partidos políticos e suas fundações, desde que vinculados os fatos geradores a suas atividades essenciais. (D) tributos incidentes sobre livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão. 49) A vedação imposta pela Constituição Federal impeditiva de que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituam impostos sobre o patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei se traduz em: (A) isenção. (B) remissão. (C) imunidade. (D) anistia.

19 50) A imunidade recíproca impede que: (A) a União cobre Imposto de Renda sobre os juros das aplicações financeiras dos Estados e dos Municípios. (B) o Município cobre a taxa de licenciamento de obra da União. (C) o Estado cobre a contribuição de melhoria em relação a bem do Município valorizado em decorrência de obra pública. (D) o Estado cobre a tarifa de água consumida em imóvel da União QUESTÕES DISCURSIVAS 01) O Instituto de Educação Global é uma instituição de educação e de assistência social, sem fins lucrativos. Ao ler um artigo em uma revista, um diretor do Instituto tomou conhecimento de que esse tipo de entidade pode deixar de recolher alguns tributos, desde que atenda a certos requisitos legais. Considerando a situação acima descrita, responda às perguntas a seguir: (a) Que norma jurídica garante às instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, a desobrigação de recolher certos tributos? (b) Que tributos essas entidades estão desobrigadas de recolher? (c) Que requisitos legais devem ser cumpridos a fim de lhes garantir o referido favor legal? 02) Entidade beneficente que mantém livraria no imóvel de sua propriedade, cuja totalidade do rendimento auferido na livraria é destinado às suas atividades institucionais, pode ser beneficiada com a imunidade tributária prevista no artigo 150, VI, c, CF, na cobrança de IPTU progressivo do exercício de 2008 pelo Município de Varginha? Justifique sua resposta. 03) A creche Tia Chica, entidade filantrópica, sem fins lucrativos, visando a obter recursos para sua manutenção, resolve vender geleia e doces preparados por suas voluntárias. O Estado exige-lhe o recolhimento do ICMS em razão do exercício de tal atividade (venda dos doces), o qual deverá ser calculado sobre o montante da venda. Como advogado (a) da creche, emita o seu parecer sobre a pretensão do Fisco estadual, fundamentando as suas alegações. 04) Determinada associação religiosa, imune nos termos do disposto no artigo 150, inciso VI da Constituição Federal, procura-o, pois recebeu cobrança de IPTU de imóvel de sua propriedade alugado para uma empresa que explora estacionamentos de veículos. Qual seria a argumentação que poderia ser utilizada na defesa dos interesses da aludida entidade religiosa? 05) A imunidade tributária consagrada no art. 150, VI, "d" da Constituição Federal de 1988 é finalística, isto é, visa proteger um determinado bem da vida, eleito pela Constituição Federal como relevante. Que fim é esse colimado pela norma constitucional? Ela alcança o chamado "livro eletrônico" (veiculado em CD- Room, disquetes, internet)? Justifique e fundamente a sua opinião.

Prof. Dr. Silvio Aparecido Crepaldi www.professorcrepaldi.pro.br Página 1

Prof. Dr. Silvio Aparecido Crepaldi www.professorcrepaldi.pro.br Página 1 Questões de múltipla escolha IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS 01) O instituto da imunidade tributária implica: A. dispensa do cumprimento da obrigação tributária; B. vedação ao poder de tributar; C. desconstituição

Leia mais

Exceção: Art. 156, 3º, II, CF c/c LC 116/03 Vedação da incidência de ISS na exportação de serviços para o exterior.

Exceção: Art. 156, 3º, II, CF c/c LC 116/03 Vedação da incidência de ISS na exportação de serviços para o exterior. Turma e Ano: Direito Público I (2013) Matéria / Aula: Direito Tributário / Aula 12 Professor: Mauro Lopes Monitora: Carolina Meireles (continuação) 8) Princípio da vedação de isenção heterônoma Art. 151,

Leia mais

Imunidades e Isenções

Imunidades e Isenções Imunidades e Isenções 1. Noções gerais: Incidência: Há incidência quando ocorrer o fato gerador do tributo. Não-incidência: se dá quando ocorrer fatos não abordados na hipótese de incidência do tributo

Leia mais

Maratona Fiscal ISS Direito tributário

Maratona Fiscal ISS Direito tributário Maratona Fiscal ISS Direito tributário 1. São tributos de competência municipal: (A) imposto sobre a transmissão causa mortis de bens imóveis, imposto sobre a prestação de serviço de comunicação e imposto

Leia mais

IMUNIDADES A IMPOSTOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. ART. 150, VI.

IMUNIDADES A IMPOSTOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. ART. 150, VI. ALEXANDRE PANTOJA ADVOGADO www.alexandrepantoja.adv.br http://www.linkedin.com/pub/alexandre-pantoja/52/617/abb Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União,

Leia mais

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO ESCOLA DE DIREITO E RELAÇÕES INTERNACIONAIS COORDENAÇÃO DO CURSO DE DIREITO

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO ESCOLA DE DIREITO E RELAÇÕES INTERNACIONAIS COORDENAÇÃO DO CURSO DE DIREITO PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO ESCOLA DE DIREITO E RELAÇÕES INTERNACIONAIS COORDENAÇÃO DO CURSO DE DIREITO Disciplina: Direito Tributário II JUR 3412 Prof.: Luiz Fernando

Leia mais

2.1.3. CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA. Cuida, primeiramente, destacar que não há um consenso, entre os autores, para essa

2.1.3. CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA. Cuida, primeiramente, destacar que não há um consenso, entre os autores, para essa 2.1.3. CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA Cuida, primeiramente, destacar que não há um consenso, entre os autores, para essa classificação, entretanto, apresentaremos a seguir aquela que

Leia mais

PREPARATÓRIO RIO EXAME DA OAB COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA RIA DIREITO TRIBUTÁRIO. RIO 2ª parte. Prof. JOSÉ HABLE www.josehable.adv.br johable@gmail.

PREPARATÓRIO RIO EXAME DA OAB COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA RIA DIREITO TRIBUTÁRIO. RIO 2ª parte. Prof. JOSÉ HABLE www.josehable.adv.br johable@gmail. PREPARATÓRIO RIO EXAME DA OAB DIREITO TRIBUTÁRIO RIO 2ª parte COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA RIA Prof. JOSÉ HABLE www.josehable.adv.br johable@gmail.com SISTEMA TRIBUTÁRIO RIO NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL 2. Competência

Leia mais

- Imposto com função regulatória, também chamado de imposto aduaneiro de importação.

- Imposto com função regulatória, também chamado de imposto aduaneiro de importação. 1. DIREITO TRIBUTÁRIO 1.5. Imunidade Tributária - Nenhum ente federativo pode criar impostos sobre: a) Patrimônio, renda ou serviços uns dos outros; b) Templos de qualquer culto; c) Partidos políticos,

Leia mais

ENTIDADES DO TERCEIRO SETOR E REGIME TRIBUTÁRIO PROF. SERGIO MONELLO

ENTIDADES DO TERCEIRO SETOR E REGIME TRIBUTÁRIO PROF. SERGIO MONELLO ENTIDADES DO TERCEIRO SETOR E REGIME TRIBUTÁRIO PROF. SERGIO MONELLO 08/10/2013 Para as desonerações tributárias, as entidades podem ser divididas em dois campos: 1) as imunes 2) as isentas 2 IMUNIDADE

Leia mais

Tributos www.planetacontabil.com.br

Tributos www.planetacontabil.com.br Tributos www.planetacontabil.com.br 1 Conceitos 1.1 Art. 3º do CTN (Disposições Gerais) Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua

Leia mais

CAPÍTULO 1 - TRIBUTOS 1.1 CONCEITO DE TRIBUTO...16 1.2 ESPÉCIES DE TRIBUTOS...20 1.3 COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA...22

CAPÍTULO 1 - TRIBUTOS 1.1 CONCEITO DE TRIBUTO...16 1.2 ESPÉCIES DE TRIBUTOS...20 1.3 COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA...22 CAPÍTULO 1 - TRIBUTOS 1.1 CONCEITO DE TRIBUTO...16 1.2 ESPÉCIES DE TRIBUTOS...20 1.3 COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA...22 1.3.1 CARACTERÍSTICAS DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA...25 1.3.1.1 INDELEGABILIDADE...25 1.3.1.2

Leia mais

II - Fontes do Direito Tributário

II - Fontes do Direito Tributário II - Fontes do Direito Tributário 1 Fontes do Direito Tributário 1 Conceito 2 - Classificação 3 - Fontes formais 3.1 - principais 3.2 complementares 4 Doutrina e jurisprudência 2 1 - Conceito As fontes

Leia mais

GOVERNO DE RONDÔNIA SECRETARIA DE ESTADO DE FINANÇAS COORDENADORIA DA RECEITA ESTADUAL GETRI GERÊNCIA DE TRIBUTAÇÃO

GOVERNO DE RONDÔNIA SECRETARIA DE ESTADO DE FINANÇAS COORDENADORIA DA RECEITA ESTADUAL GETRI GERÊNCIA DE TRIBUTAÇÃO ASSUNTO: Consulta Operações personalizadas de vendas que realiza. PARECER Nº 097/06/GETRI/CRE/SEFIN SÚMULA: OPERAÇÕES DE VENDAS PERSONALIZADAS PELO SENAC-RO À EXCEÇÃO DAS VENDAS DE LIVROS, QUE GOZAM DE

Leia mais

Trataremos nesta aula das contribuições destinadas ao custeio da seguridade social

Trataremos nesta aula das contribuições destinadas ao custeio da seguridade social 1.4.7.3. Contribuições do art.195 CF Trataremos nesta aula das contribuições destinadas ao custeio da seguridade social (previdência, saúde e assistência social), espécies de contribuições sociais, como

Leia mais

CONCURSO PÚBLICO FICHA DE RESPOSTA AO RECURSO CARGO: TÉCNICO DA FAZENDA MUNICIPAL

CONCURSO PÚBLICO FICHA DE RESPOSTA AO RECURSO CARGO: TÉCNICO DA FAZENDA MUNICIPAL CARGO: TÉCNICO DA FAZENDA MUNICIPAL QUESTÃO Nº 13 Gabarito divulgado: D Mantemos o gabarito apresentado na alternativa D. A candidata indicou a alternativa correta, ou seja a alternativa D. Recurso improcedente.

Leia mais

Questão 3. A analogia constitui elemento de

Questão 3. A analogia constitui elemento de (AFCE.ESAF.2006.44) As limitações constitucionais ao poder de tributar constituem garantias aos contribuintes de que não serão submetidos à tributação sem a estrita observância de tais princípios. Sobre

Leia mais

DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO

DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO Art. 175 ao Art. 182 CTN Centro de Ensino Superior do Amapá Direito Financeiro e Tributário II Professora: Ilza Facundes Macapá-AP, 2013.1

Leia mais

Sumário. Parte I - CAP 01 - Tributo Conceitos e Espécies Parte I - CAP 02 - Competência Tributária 2.1 Repartição das receitas tributárias 18

Sumário. Parte I - CAP 01 - Tributo Conceitos e Espécies Parte I - CAP 02 - Competência Tributária 2.1 Repartição das receitas tributárias 18 Parte I - CAP 01 - Tributo Conceitos e Espécies Parte I - CAP 02 - Competência Tributária 2.1 Repartição das receitas tributárias 18 2.2 Exercício da competência tributária 20 Parte I - CAP 03 - Princípios

Leia mais

Regime jurídico das empresas estatais

Regime jurídico das empresas estatais Prof. Márcio Iorio Aranha Regime jurídico das empresas estatais 1) Submissão aos princípios gerais da Administração Pública (art. 37, caput legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência)

Leia mais

PRINCIPAIS TRIBUTOS PÁTRIOS E SEUS FUNDAMENTOS

PRINCIPAIS TRIBUTOS PÁTRIOS E SEUS FUNDAMENTOS PRINCIPAIS TRIBUTOS PÁTRIOS E SEUS FUNDAMENTOS Thiago Figueiredo de Lima Cursando o 9º Semestre do Curso de Direito A Constituição Federal, como lei fundamental de organização do Estado, determina a competência

Leia mais

Direito Tributário Espécies de Tributos Contribuições de Melhoria, Empréstimos Compulsórios e Contribuições Especiais

Direito Tributário Espécies de Tributos Contribuições de Melhoria, Empréstimos Compulsórios e Contribuições Especiais Direito Tributário Espécies de Tributos Contribuições de Melhoria, Empréstimos Compulsórios e Contribuições Especiais Sergio Karkache http://sergiokarkache.blogspot.com Contribuições de Melhoria A contribuição

Leia mais

PREPARATÓRIO RIO EXAME DA OAB

PREPARATÓRIO RIO EXAME DA OAB PREPARATÓRIO RIO EXAME DA OAB DIREITO TRIBUTÁRIO RIO 4ª PARTE CARACTERÍSTICAS CONSTITUCIONAIS DOS IMPOSTOS Prof. JOSÉ HABLE www.josehable.adv.br johable@gmail.com DOS IMPOSTOS DA UNIÃO Art. 153. Compete

Leia mais

ENTIDADE DE EDUCAÇÃO SEM FINALIDADE LUCRATIVA ISENÇÃO DA COFINS SOBRE RECEITAS PRÓPRIAS E RECOLHIMENTO

ENTIDADE DE EDUCAÇÃO SEM FINALIDADE LUCRATIVA ISENÇÃO DA COFINS SOBRE RECEITAS PRÓPRIAS E RECOLHIMENTO ENTIDADE DE EDUCAÇÃO SEM FINALIDADE LUCRATIVA ISENÇÃO DA COFINS SOBRE RECEITAS PRÓPRIAS E RECOLHIMENTO DA CONTRIBUIÇÃO DO PIS/PASEP MEDIANTE ALÍQUOTA DE 1% (UM POR CENTO) INCIDENTE SOBRE A FOLHA DE SALÁRIO

Leia mais

CONCEITO DE RENDA DO PONTO DE VISTA JURÍDICO-TRIBUTÁRIO, PRESSUPÕE SER RENDA;

CONCEITO DE RENDA DO PONTO DE VISTA JURÍDICO-TRIBUTÁRIO, PRESSUPÕE SER RENDA; DOS IMPOSTOS (CONTINUAÇÃO) IMPOSTO SOBRE RENDA E PROVENTOS DE QUALQUER NATUREZA ENCONTRA-SE PREVISTO NO ARTIGO 153, INCISO III, DA C.F.. CONCEITO DE RENDA DO PONTO DE VISTA JURÍDICO-TRIBUTÁRIO, PRESSUPÕE

Leia mais

Simulado Super Receita 2013 Direito Tributário Simulado Rafael Saldanha

Simulado Super Receita 2013 Direito Tributário Simulado Rafael Saldanha Simulado Super Receita 2013 Direito Tributário Simulado Rafael Saldanha 2013 Copyright. Curso Agora eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. 01 - (ESAF/2012) Analise as proposições a seguir e

Leia mais

Direito Tributário Introdução, Normas Gerais, Tributos e Espécies e Competência Tributária

Direito Tributário Introdução, Normas Gerais, Tributos e Espécies e Competência Tributária Direito Tributário Introdução, Normas Gerais, Tributos e Espécies e Competência Tributária Sergio Karkache http://sergiokarkache.blogspot.com Ordenamento Jurídico- Tributário 1.Constituição Federal, Título

Leia mais

CINTIA ESTEFANIA FERNANDES

CINTIA ESTEFANIA FERNANDES A INCIDÊNCIA E A NÃO INCIDÊNCIA FISCAL Uma perspectiva p crítica das imunidades, isenções, anistias e remissões no âmbito da tributação imobiliária. CINTIA ESTEFANIA FERNANDES 1 CONCEITO DE IMUNIDADE Norma

Leia mais

EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO ICMS SP/2006 PARTE I

EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO ICMS SP/2006 PARTE I EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO ICMS SP/2006 PARTE I Olá pessoal, com o intuito de auxiliá-los para a prova de AUDITOR do ICMS-SP/2006, seguem abaixo algumas questões que selecionei dos últimos concursos

Leia mais

Tributos em espécie. Impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimos compulsórios e contribuições especiais

Tributos em espécie. Impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimos compulsórios e contribuições especiais Tributos em espécie Impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimos compulsórios e contribuições especiais 1 Espécies tributárias Impostos Taxas De polícia De serviço Contribuição de melhoria Empréstimo

Leia mais

Unidade I DIREITO NAS ORGANIZAÇÕES. Prof. Luís Fernando Xavier Soares de Mello

Unidade I DIREITO NAS ORGANIZAÇÕES. Prof. Luís Fernando Xavier Soares de Mello Unidade I DIREITO NAS ORGANIZAÇÕES Prof. Luís Fernando Xavier Soares de Mello Direito nas organizações Promover uma visão jurídica global do Sistema Tributário Nacional, contribuindo para a formação do

Leia mais

Súmario APRESENTAÇÃO DA COLEÇÃO SINOPSES PARA CARREIRAS FISCAIS... 11

Súmario APRESENTAÇÃO DA COLEÇÃO SINOPSES PARA CARREIRAS FISCAIS... 11 Súmario APRESENTAÇÃO DA COLEÇÃO SINOPSES PARA CARREIRAS FISCAIS... 11 CAPÍTULO I DIREITO TRIBUTÁRIO, TRIBUTO E SUAS ESPÉCIES... 13 1. Breve introdução ao Direito Tributário...13 2. Tributo...14 3. Espécies

Leia mais

OAB 140º - 1ª Fase Extensivo Final de Semana Disciplina: Direito Tributário Professor Alessandro Spilborghs Data: 10/10/2009

OAB 140º - 1ª Fase Extensivo Final de Semana Disciplina: Direito Tributário Professor Alessandro Spilborghs Data: 10/10/2009 TEMAS ABORDADOS EM AULA Aula 2: Princípios (continuação), Imunidade Tributaria. I. PRINCÍPIOS 1. Irretroatividade - Art. 150, III a CF A Lei Tributária não se aplica há fatos geradores anteriores a data

Leia mais

Administração Pública. Prof. Joaquim Mario de Paula Pinto Junior 1

Administração Pública. Prof. Joaquim Mario de Paula Pinto Junior 1 Administração Pública Prof. Joaquim Mario de Paula Pinto Junior 1 Planejamento da Gestão Pública Planejar é essencial, é o ponto de partida para a administração eficiente e eficaz da máquina pública, pois

Leia mais

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL XVII EXAME DE ORDEM UNIFICADO

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL XVII EXAME DE ORDEM UNIFICADO PADRÃO DE RESPOSTA - PEÇA PROFISSIONAL A sociedade empresária XYZ Ltda., citada em execução fiscal promovida pelo município para a cobrança de crédito tributário de ISSQN, realizou depósito integral e

Leia mais

SOARES & FALCE ADVOGADOS

SOARES & FALCE ADVOGADOS SOARES & FALCE ADVOGADOS ASPECTOS LEGAIS DA CAPTAÇÃO DE RECURSOS VIA BAZARES E VENDA DE PRODUTOS NAS ORGANIZAÇÕES Michael Soares 03/2014 BAZAR BENEFICENTE E VENDA DE PRODUTOS NAS ORGANIZAÇÕES Quais os

Leia mais

1-RELATÓRIO 2- FUNDAMENTAÇÃO 2-1 QUANTO AO IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS-ISS PARECER: 42 / 2009

1-RELATÓRIO 2- FUNDAMENTAÇÃO 2-1 QUANTO AO IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS-ISS PARECER: 42 / 2009 PARECER: 42 / 2009 ASSUNTO: Consulta sobre necessidade ou não de apresentação de nota fiscal de serviços ou de circulação de mercadorias para o recebimento de pagamento de valores de locação de automóvel

Leia mais

SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO E PREMISSAS

SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO E PREMISSAS SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO E PREMISSAS 1.1 Justificativa - p. 51 1.2 Objetivo - p. 53 1.3 Pressuposto metodológico e delimitação do objeto - p. 54 1.4 O fenômeno jurídico - p. 58 1.4.1 Direito e regra jurídica

Leia mais

I SEMANA DE ATUALIZAÇÃO FISCAL Direito Tributário e Legislação Tributária - Aula 01 Alan Martins. Posicionamento Clássico do STF

I SEMANA DE ATUALIZAÇÃO FISCAL Direito Tributário e Legislação Tributária - Aula 01 Alan Martins. Posicionamento Clássico do STF Tema 1: Quentinho do forno!!! MP 670/2015 PLV 7/2015 Nova tabela do IRPF Isenção de PIS/PASEP e de COFINS sobre óleo diesel Dedução para professores de gastos com livros para si e seus dependentes. Princípio

Leia mais

ESTADO DO ACRE SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDA DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA DEPARTAMENTO DE GESTÃO DE AÇÃO FISCAL NOTA TÉCNICA

ESTADO DO ACRE SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDA DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA DEPARTAMENTO DE GESTÃO DE AÇÃO FISCAL NOTA TÉCNICA ESTADO DO ACRE SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDA DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA DEPARTAMENTO DE GESTÃO DE AÇÃO FISCAL NOTA TÉCNICA Tendo em vista a implantação das Áreas de Livre Comércio de Brasiléia,

Leia mais

OAB EXAME IX 2012.3 FEVEREIRO/2013 2.ª ETAPA COMENTÁRIOS COMENTÁRIOS PRELIMINARES SOBRE A PROVA

OAB EXAME IX 2012.3 FEVEREIRO/2013 2.ª ETAPA COMENTÁRIOS COMENTÁRIOS PRELIMINARES SOBRE A PROVA OAB EXAME IX 2012.3 FEVEREIRO/2013 2.ª ETAPA COMENTÁRIOS OAB 2ª ETAPA DIREITO TRIBUTÁRIO COMENTÁRIOS PRELIMINARES SOBRE A PROVA Como de hábito, divulgados os enunciados da prova, apressamo-nos em tecer

Leia mais

IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS

IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS Ives Gandra da Silva Martins Marilene Talarico Martins Rodrigues SUMÁRIO: Considerações Iniciais. Imunidades como Limitação ao Poder de Tributar. Imunidade das Instituições - Educacionais

Leia mais

CONTABILIDADE E PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

CONTABILIDADE E PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO Prof. Cássio Marques da Silva 2015 TRIBUTOS Modalidades 1 MODALIDADES DE TRIBUTOS Como vimos tributo seria a receita do Estado, que pode estar ou não vinculada a uma contra-prestação. Entretanto existem

Leia mais

Aula 04 IMPOSTOS FEDERAIS

Aula 04 IMPOSTOS FEDERAIS IMPOSTOS FEDERAIS 1- IMPOSTO SOBRE IMPORTAÇÃO (II) É um tributo extrafiscal, pois sua finalidade principal não é arrecadar, mas sim controlar o comércio internacional (intervenção no domínio econômico)

Leia mais

Planejamento Tributário Empresarial

Planejamento Tributário Empresarial Planejamento Tributário Empresarial Aula 03 Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho Este material é parte integrante da disciplina, oferecida pela UNINOVE. O acesso às atividades,

Leia mais

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL X EXAME DE ORDEM UNIFICADO

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL X EXAME DE ORDEM UNIFICADO PADRÃO DE RESPOSTA - PEÇA PROFISSIONAL Em ação de indenização, em que determinada empresa fora condenada a pagar danos materiais e morais a Tício Romano, o Juiz, na fase de cumprimento de sentença, autorizou

Leia mais

Investimento Direto Estrangeiro e Tributação de Bens e Serviços no Brasil. Setembro 2015

Investimento Direto Estrangeiro e Tributação de Bens e Serviços no Brasil. Setembro 2015 Investimento Direto Estrangeiro e Tributação de Bens e Serviços no Brasil Setembro 2015 Investimento Direto Estrangeiro e Tributação de bens e serviços 1. Investimento Direto Estrangeiro Constituição de

Leia mais

Supremo Tribunal Federal

Supremo Tribunal Federal Diário da Justiça de 04/08/2006 13/06/2006 SEGUNDA TURMA RELATOR : MIN. EROS GRAU AGRAVANTE(S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE ADVOGADO(A/S) : DAYSE MARIA ANDRADE ALENCAR AGRAVADO(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA

Leia mais

DIREITO TRIBUTÁRIO Parte II. Manaus, abril de 2013 Jorge de Souza Bispo, Dr. 1

DIREITO TRIBUTÁRIO Parte II. Manaus, abril de 2013 Jorge de Souza Bispo, Dr. 1 DIREITO TRIBUTÁRIO Parte II Manaus, abril de 2013 Jorge de Souza Bispo, Dr. 1 TRIBUTO Definido no artigo 3º do CTN como sendo toda prestação pecuniária compulsória (obrigatória), em moeda ou cujo valor

Leia mais

Sumário. Coleção Sinopses para Concursos... 13 Guia de leitura da Coleção... 15 Apresentação... 17 Prefácio... 19. Parte I TRIBUTOS EM ESPÉCIE

Sumário. Coleção Sinopses para Concursos... 13 Guia de leitura da Coleção... 15 Apresentação... 17 Prefácio... 19. Parte I TRIBUTOS EM ESPÉCIE Sumário Coleção Sinopses para Concursos... 13 Guia de leitura da Coleção... 15 Apresentação... 17 Prefácio... 19 Parte I TRIBUTOS EM ESPÉCIE Capítulo I IMPOSTO... 25 1. Imposto... 27 1.1. Sínteses das

Leia mais

IMUNIDADE TRIBUTÁRIA DAS INSTITUIÇÕES EDUCACIONAIS (possibilidades de redução de custos)

IMUNIDADE TRIBUTÁRIA DAS INSTITUIÇÕES EDUCACIONAIS (possibilidades de redução de custos) IMUNIDADE TRIBUTÁRIA DAS INSTITUIÇÕES EDUCACIONAIS (possibilidades de redução de custos) TRIBUTOS (art. 145 CF) IMUNIDADES E ISENÇÕES -IMUNIDADE VEDAÇÃO, PROIBIÇÃO CONSTITUCIONAL - ISENÇÃO CONCESSÃO FAVOR

Leia mais

Supremo Tribunal Federal

Supremo Tribunal Federal Decisão sobre Repercussão Geral Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 9 19/09/2013 PLENÁRIO REPERCUSSÃO GERAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 759.244 SÃO PAULO RELATOR RECTE.(S) ADV.(A/S) RECDO.(A/S) PROC.(A/S)(ES)

Leia mais

RESOLUÇÃO SMF Nº 2835 DE 05 DE FEVEREIRO DE 2015

RESOLUÇÃO SMF Nº 2835 DE 05 DE FEVEREIRO DE 2015 RESOLUÇÃO SMF Nº 2835 DE 05 DE FEVEREIRO DE 2015 Disciplina os procedimentos referentes aos benefícios fiscais instituídos pela Lei nº 5.780, de 22 de julho de 2014. O SECRETÁRIO MUNICIPAL DE FAZENDA,

Leia mais

Atividade de Verificação: Direito Tributário Capítulo 16

Atividade de Verificação: Direito Tributário Capítulo 16 1 Atividade de Verificação: Direito Tributário Capítulo 16 COTRIM, Gilberto Vieira. Direito e legislação: introdução ao direito. 16 a ed. São Paulo: Saraiva, 1994. p. 265-270 1. Qual o objetivo fundamental

Leia mais

DIREITO FINANCEIRO JULIANA BRAGA

DIREITO FINANCEIRO JULIANA BRAGA DIREITO FINANCEIRO JULIANA BRAGA CONCEITO DE DIREITO FINANCEIRO CONCEITO DE DIREITO FINANCEIRO Ciência das Finanças: estuda o fenômeno financeiro em geral, seus aspectos econômico,social; trata-se de uma

Leia mais

PARTE GERAL FUNDAMENTOS CONSTITUCIONAIS DO DIREITO TRIBUTÁRIO, 1

PARTE GERAL FUNDAMENTOS CONSTITUCIONAIS DO DIREITO TRIBUTÁRIO, 1 PARTE GERAL FUNDAMENTOS CONSTITUCIONAIS DO DIREITO TRIBUTÁRIO, 1 1 INTRODUÇÃO AO DIREITO TRIBUTÁRIO, 3 1.1 Introdução, 3 1.1.1 Sistema jurídico-tributário, 3 1.2 Finalidade do Estado, 5 1.3 Atividade financeira

Leia mais

Dando prosseguimento à aula anterior, neste encontro, encerraremos o

Dando prosseguimento à aula anterior, neste encontro, encerraremos o Dando prosseguimento à aula anterior, neste encontro, encerraremos o art.195, CF, comentando os seus principais parágrafos, para fins de concurso público! Alberto Alves www.editoraferreira.com.br 1º As

Leia mais

Ponto 1. Ponto 2. Ponto 3

Ponto 1. Ponto 2. Ponto 3 DIREITO TRIBUTÁRIO PEÇA PROFISSIONAL Ponto 1 Em Agosto de 2008, o município de São Paulo promoveu, contra o Partido do Triunfo Nacional (PTN), regularmente registrado no Tribunal Superior Eleitoral, execução

Leia mais

14. TRIBUTOS EM ESPÉCIE Impostos sobre a Transmissão ITBI e ITCMD

14. TRIBUTOS EM ESPÉCIE Impostos sobre a Transmissão ITBI e ITCMD 14. TRIBUTOS EM ESPÉCIE Impostos sobre a Transmissão ITBI e ITCMD 1 - Imposto sobre transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos (ITCMD) Compete privativamente aos Estados a instituição

Leia mais

SUMÁRIO. I. Sistema tributário nacional. 1. Introdução ao estudo do direito tributário atual - p. 12

SUMÁRIO. I. Sistema tributário nacional. 1. Introdução ao estudo do direito tributário atual - p. 12 SUMÁRIO I. Sistema tributário nacional 1. Introdução ao estudo do direito tributário atual - p. 12 2. Linguagem, direito tributário e ciência do direito tributário - p. 17 3. Noções acerca do sistema tributário

Leia mais

Empresa Júnior constitui ou não Instituição de Educação?

Empresa Júnior constitui ou não Instituição de Educação? 1 Sumário I. Introdução... 3 II. Empresa Júnior constitui ou não Instituição de Educação?... 3 III. As Imunidades Tributárias das Empresas Juniores... 4 IV. Incidência de Tributos sobre Empresas Juniores:...

Leia mais

Gestão Financeira de Entidades Sindicais

Gestão Financeira de Entidades Sindicais Gestão Financeira de Entidades Sindicais Constituição Federal Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

Leia mais

Comentários da prova ISS-SJC/SP Disciplina: Direito Tributário Professora: Aline Martins

Comentários da prova ISS-SJC/SP Disciplina: Direito Tributário Professora: Aline Martins Comentários da prova ISS-SJC/SP Prof. Aline Martins 1 de 7 ANÁLISE DAS QUESTÕES DE DIREITO TRIBUTÁRIO ISS-SJC/SP Oi pessoal! Vou comentar abaixo as quatro questões de Direito Tributário da prova do concurso

Leia mais

Atividade Financeira do Estado

Atividade Financeira do Estado Atividade Financeira do Estado O Estado desenvolve atividades políticas, econômicas, sociais, administrativas, financeiras, educacionais, policiais, com a finalidade de regular a vida humana na sociedade,

Leia mais

Tributos em orçamentos

Tributos em orçamentos Tributos em orçamentos Autores: Camila de Carvalho Roldão Natália Garcia Figueiredo Resumo O orçamento é um dos serviços mais importantes a serem realizados antes de se iniciar um projeto. É através dele

Leia mais

CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS OU PARAFISCAIS (Art.149 c/c 195, CF)

CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS OU PARAFISCAIS (Art.149 c/c 195, CF) CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS OU PARAFISCAIS (Art.149 c/c 195, CF) Prof. Alberto Alves www.editoraferreira.com.br O art. 149, caput, da Lei Maior prescreve a possibilidade de a União instituir Contribuições

Leia mais

Quadro-Resumo da Competência Privativa

Quadro-Resumo da Competência Privativa Quadro-Resumo da Competência Privativa DA UNIÃO SIGLA NOME FATO GERADOR BASE DE CÁLCULO CONTRIBUINTE II importação de produtos estrangeiros Entrada no território nacional A unidade de medida adotada pela

Leia mais

Institui a chamada isonomia horizontal para que as pessoas que estejam na mesma situação, sejam tratadas de forma similar.

Institui a chamada isonomia horizontal para que as pessoas que estejam na mesma situação, sejam tratadas de forma similar. Princípio da Isonomia Tributária Primeiramente, cabe demarcar toda a difícil compreensão do princípio isonomia no Direito, vez que a mera sintetização tratamento pela igualdade, demanda a estipulação de

Leia mais

Parecer Consultoria Tributária de Segmentos Transferência de Crédito de ICMS de Fornecedor Optante do Simples Nacional

Parecer Consultoria Tributária de Segmentos Transferência de Crédito de ICMS de Fornecedor Optante do Simples Nacional 09/01/2015 Sumário Título do documento 1. Questão... 3 2. Normas apresentadas pelo cliente... 3 3. Análise da Consultoria... 4 3.1 Transferência de Crédito do ICMS pelos Optantes do... 4 3.2 Do Ressarcimento

Leia mais

Estatuto é utilizado em casos de sociedades por ações ou entidades sem fins lucrativos.

Estatuto é utilizado em casos de sociedades por ações ou entidades sem fins lucrativos. Documento 1 Estatuto ou Contrato Social consolidado com todas as alterações realizadas, devidamente arquivado no registro de comércio da sede da sociedade participante. É o documento pelo qual uma empresa

Leia mais

É o relatório, passa-se a opinar.

É o relatório, passa-se a opinar. São Paulo, 18 de outubro de 2013. A ABMI ASSOCIAÇAO BRASILEIRA DA MUSICA INDEPENDENTE Ref: Parecer EC75-2013 Transmitido para o endereço eletrônico: lpegorer@abmi.com.br Prezada Sra. Luciana, O breve parecer

Leia mais

ANEXO PROPOSTA DE REFORMA TRIBUTÁRIA

ANEXO PROPOSTA DE REFORMA TRIBUTÁRIA ANEXO PROPOSTA DE REFORMA TRIBUTÁRIA QUADROS RESUMO DAS COMPETÊNCIAS TRIBUTÁRIAS, PARTILHAS E TRANSFERÊNCIAS INTERGOVERNAMENTAIS VIGENTES E PROPOSTAS RESUMO DAS COMPETÊNCIAS TRIBUTÁRIAS UNIÃO, ESTADOS

Leia mais

PROVA DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO TCE-CE FCC 2015

PROVA DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO TCE-CE FCC 2015 PROVA DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO TCE-CE FCC 2015 Direito Previdenciário 67. (Auditor de Controle Externo/TCE-CE/FCC/2015): O princípio constitucional estipulando que a Seguridade Social deve contemplar

Leia mais

20/03/2014 PLENÁRIO : MIN. MARCO AURÉLIO

20/03/2014 PLENÁRIO : MIN. MARCO AURÉLIO Decisão sobre Repercussão Geral Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6 20/03/2014 PLENÁRIO REPERCUSSÃO GERAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 784.682 MINAS GERAIS RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO RECTE.(S)

Leia mais

O REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DO MUNICÍPIO DE TAQUARITINGA

O REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DO MUNICÍPIO DE TAQUARITINGA O REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DO MUNICÍPIO DE TAQUARITINGA 1. INTRODUÇÃO A previdência social no Brasil pode ser divida em dois grandes segmentos, a saber: Regime Geral de Previdência Social (RGPS):

Leia mais

Características das Autarquias

Características das Autarquias ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Professor Almir Morgado Administração Indireta: As entidades Administrativas. Autarquias Define-se autarquia como o serviço autônomo criado por lei específica, com personalidade d

Leia mais

IMUNIDADE TRIBUTÁRIA NA VISÃO DO STF E STJ

IMUNIDADE TRIBUTÁRIA NA VISÃO DO STF E STJ IMUNIDADE TRIBUTÁRIA NA VISÃO DO STF E STJ Sequência da Palestra Tempo da Palestra: 1 hora 1ª Parte: Expositiva 2ª Parte: Perguntas e comentários FUNDAÇÕES DE APOIO LEI 8.958/94 Definição Artigo 2º INSTITUIÇÃO

Leia mais

INCENTIVOS FISCAIS, UMA VISÃO GERAL

INCENTIVOS FISCAIS, UMA VISÃO GERAL INCENTIVOS FISCAIS, UMA VISÃO GERAL Danilo Brandani Tiisel danilo@socialprofit.com.br MOBILIZAÇÃO DE RECURSOS Características da Atividade Atividade planejada e complexa: envolve marketing, comunicação,

Leia mais

Questão 1. Sobre a ação de responsabilidade prevista no art. 159 da Lei das Sociedades Anônimas e sobre a Teoria da Aparência:

Questão 1. Sobre a ação de responsabilidade prevista no art. 159 da Lei das Sociedades Anônimas e sobre a Teoria da Aparência: PROVA DAS DISCIPLINAS CORRELATAS DIREITO EMPRESARIAL P á g i n a 1 Questão 1. Sobre a ação de responsabilidade prevista no art. 159 da Lei das Sociedades Anônimas e sobre a Teoria da Aparência: I. A ação

Leia mais

C 326/266 Jornal Oficial da União Europeia 26.10.2012. PROTOCOLO (N. o 7) RELATIVO AOS PRIVILÉGIOS E IMUNIDADES DA UNIÃO EUROPEIA CAPÍTULO I

C 326/266 Jornal Oficial da União Europeia 26.10.2012. PROTOCOLO (N. o 7) RELATIVO AOS PRIVILÉGIOS E IMUNIDADES DA UNIÃO EUROPEIA CAPÍTULO I C 326/266 Jornal Oficial da União Europeia 26.10.2012 PROTOCOLO (N. o 7) RELATIVO AOS PRIVILÉGIOS E IMUNIDADES DA UNIÃO EUROPEIA AS ALTAS PARTES CONTRATANTES, CONSIDERANDO que, nos termos do artigo 343.

Leia mais

Módulo Contábil e Fiscal

Módulo Contábil e Fiscal Módulo Contábil e Fiscal Escrita Fiscal Objetivo O objetivo deste artigo é dar uma visão geral sobre o Módulo Contábil e Fiscal Escrita Fiscal. Todas informações aqui disponibilizadas foram retiradas no

Leia mais

REPARTIÇÃO DE RECEITAS

REPARTIÇÃO DE RECEITAS PREPARATÓRIO RIO EXAME DA OAB 5ª PARTE REPARTIÇÃO DE RECEITAS Prof. JOSÉ HABLE www.josehable.adv.br johable@gmail.com A CF/88, ainda, define a repartição de receitas tributárias rias e a sua vinculação

Leia mais

www.direitofacil.com f ÅâÄtwÉ W Üx àé gü uâàöü É @ `öüv t cxä áátü

www.direitofacil.com f ÅâÄtwÉ W Üx àé gü uâàöü É @ `öüv t cxä áátü TRIBUTÁRIO 02 QUESTÕES DE CONCURSO 01 - (TTN/97 ESAF) O Distrito Federal pode instituir a) impostos, taxas e empréstimos compulsórios b) imposto sobre serviços de qualquer natureza; taxas, em razão do

Leia mais

REPARTIÇÃO DE RECEITA TRIBUTÁRIA

REPARTIÇÃO DE RECEITA TRIBUTÁRIA A forma de Estado adotada pela Constituição Federal é a Federação, e esta só estará legitimada se cada ente da Federação gozar de autonomia administrativa e fiscal. A CF estabelece percentuais a serem

Leia mais

ITBI - recepção parcial dos dispositivos do CTN Kiyoshi Harada*

ITBI - recepção parcial dos dispositivos do CTN Kiyoshi Harada* ITBI - recepção parcial dos dispositivos do CTN Kiyoshi Harada* Como se sabe, em decorrência das disputas entre Estados e Municípios na partilha de impostos, o legislador constituinte de 1988 cindiu o

Leia mais

NÃO INCIDÊNCIAS O imposto não incide sobre: I operações com livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão; II operações e

NÃO INCIDÊNCIAS O imposto não incide sobre: I operações com livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão; II operações e ICMS - IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS O ICMS (imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual,

Leia mais

REVISÃO 1.º SEMESTRE SISTEMA CONSTITUCIONAL TRIBUTÁRIO CONCEITO DE TRIBUTO

REVISÃO 1.º SEMESTRE SISTEMA CONSTITUCIONAL TRIBUTÁRIO CONCEITO DE TRIBUTO REVISÃO 1.º SEMESTRE SISTEMA CONSTITUCIONAL TRIBUTÁRIO CONCEITO DE TRIBUTO A CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1.988 ACABA POR NÃO CONCEITUAR O QUE SEJA TRIBUTO. ENTRETANTO, LEVA EM CONSIDERAÇÃO, IMPLICITAMENTE,

Leia mais

Professor Alex Sandro.

Professor Alex Sandro. 1 (OAB 2009-3 CESPE Q. 58) Considere que João e Marcos tenham deliberado pela constituição de sociedade limitada, com atuação no segmento de transporte de cargas e passageiros na América do Sul. Nessa

Leia mais

PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA NACIONAL - PGFN

PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA NACIONAL - PGFN PROCURADORIA GERAL DA FAZENDA NACIONAL - PGFN PORTARIA N.º 3 DE 22 /11 /2005 Dispõe sobre a prova de regularidade fiscal perante a Fazenda Nacional e dá outras providências. O PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA

Leia mais

7. PROTOCOLO RELATIVO AOS PRIVILÉGIOS E IMUNIDADES DA UNIÃO EUROPEIA

7. PROTOCOLO RELATIVO AOS PRIVILÉGIOS E IMUNIDADES DA UNIÃO EUROPEIA 16.12.2004 PT Jornal Oficial da União Europeia C 310/261 7. PROTOCOLO RELATIVO AOS PRIVILÉGIOS E IMUNIDADES DA UNIÃO EUROPEIA AS ALTAS PARTES CONTRATANTES, CONSIDERANDO QUE, ao abrigo do artigo III 434.

Leia mais

A proteção previdenciária do brasileiro no exterior

A proteção previdenciária do brasileiro no exterior A proteção previdenciária do brasileiro no exterior Hilário Bocchi Junior Especialista em Previdência Social 1 A Seguridade Social está prevista no capítulo II do título VIII (Da Ordem Social) da Constituição

Leia mais

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL XVIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL XVIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO PADRÃO DE RESPOSTA - PEÇA PROFISSIONAL O Município Beta instituiu por meio de lei complementar, publicada em 28 de dezembro de 2012, Taxa de Iluminação Pública (TIP). A lei complementar previa que os proprietários

Leia mais

Planejamento Tributário Empresarial

Planejamento Tributário Empresarial Planejamento Tributário Empresarial Aula 12 Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho Este material é parte integrante da disciplina, oferecida pela UNINOVE. O acesso às atividades,

Leia mais

Receita Orçamentária: Conceitos, codificação e classificação 1

Receita Orçamentária: Conceitos, codificação e classificação 1 Receita Orçamentária: Conceitos, codificação e classificação 1 1. CODIFICAÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA RECEITA Para melhor identificação da entrada dos recursos aos cofres públicos, as receitas são codificadas

Leia mais

Regulamenta os incentivos e benefícios fiscais instituídos pela Lei nº 5.780, de 22 de julho de 2014.

Regulamenta os incentivos e benefícios fiscais instituídos pela Lei nº 5.780, de 22 de julho de 2014. DECRETO Nº 39680 DE 23 DE DEZEMBRO DE 2014 Regulamenta os incentivos e benefícios fiscais instituídos pela Lei nº 5.780, de 22 de julho de 2014. O PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, no uso das atribuições

Leia mais

IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS

IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS (Revista do CIEE/Nacional Agosto/2014) Considerações Iniciais Em nosso ordenamento jurídico a competência tributária é definida pela Constituição. Os entes tributantes (União, Estados,

Leia mais

GOVERNO DO ESTADO DE RONDÔNIA SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDA

GOVERNO DO ESTADO DE RONDÔNIA SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDA RESOLUÇÃO Nº 020/GAB/SEFAZ Porto Velho, 05 de dezembo de 1995. GOVERNO DO ESTADO DE RONDÔNIA SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDA OS PROCEDIMENTOS RELATIVOS AO IPVA SÃO DISCIPLINADOS PELO RIPVA APROVADO PELO

Leia mais

Prefácio à 21a edição, xxvii Prefácio à 20a edição, xxix Prefácio à 19a edição, xxxi Prefácio à 1a edição, xxxiii PARTE I - DIREITO FINANCEIRO, 1

Prefácio à 21a edição, xxvii Prefácio à 20a edição, xxix Prefácio à 19a edição, xxxi Prefácio à 1a edição, xxxiii PARTE I - DIREITO FINANCEIRO, 1 Prefácio à 21a edição, xxvii Prefácio à 20a edição, xxix Prefácio à 19a edição, xxxi Prefácio à 1a edição, xxxiii PARTE I - DIREITO FINANCEIRO, 1 1 INTRODUÇÃO, 3 1.1 Conceito de atividade financeira do

Leia mais

Rio de Janeiro, 26 de julho de 2011.

Rio de Janeiro, 26 de julho de 2011. Rio de Janeiro, 26 de julho de 2011. Ementa: Direito Administrativo e tributário. Desapropriação de imóvel urbano Responsabilidade pelo pagamento da dívida de IPTU e Compensação com o valor a ser recebido

Leia mais

Parecer Consultoria Tributária de Segmentos Incidência de ISS ou ICMS nas Operações de Transportes- SP

Parecer Consultoria Tributária de Segmentos Incidência de ISS ou ICMS nas Operações de Transportes- SP Incidência de ISS ou ICMS nas Operações de Transportes- SP 16/06/2014 Sumário Título do documento 1. Questão... 3 2. Normas apresentadas pelo cliente... 3 3. Análise da Consultoria... 3 3.1 Incidência

Leia mais