ICEP-INVESTIMENTOS, COMERCIO E TURISMO DE PORTUGAL. Imprellsa

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1 ICEP-INVESTIMENTOS, COMERCIO E TURISMO DE PORTUGAL DELEGA<;AO EM COPENHAGA Imprellsa DURMA NA CAMA DO RARAO - OU NUM MOl HO DE ACUA Os portuglleses tern a sua propria ofel"ta dc"cama e peqlleno almo~o": Mais de 100 cas as privadas lllllgam a turistas. Por: Jan Sobol Portugal esteve sempre na sombra do sell irmao iberico, Espanha, e tao-pouco antes tinha sido tao eapaz de promover 0 turismo Mas os esfon;os para porem em marcha as rodas aumentaram eonsideravelmente nos ultimos anos. ao somente por parte dos orgaos oficiais de turismo, mas tambem por parte dos particulares. Nas serras a norte de Portugal, no vale do rio Lima, reside 0 conde Francisco de Calheiros e Menezes no seu lindo Solar, Pa~o de Calheiros, cuja actual casa foi conslruida em fins dos anos A aldeia chama-se lambem Calheiros e 0 conde e 0 Presidente. Desde 5 de Fevereiro de 1336, data cm que a familia se instalou como dona da propriedade pelo Rei Afonso IV, que os Calheiros formaram "the establishment" naquela localidade. A quinta tem sido herdada, em linha direcla, do pai para 0 filho mais velho, todos Francisco de pnmelro nome. Francisco Calheiros e um homem activo, tanto com interesses na industria lexlil como na produ~ao de vinho e outros cultivos. E em 1989 tomou a iniciativa da cria~ao da TURTHAB que come~ou com 0 sistema aluguer de casas privadas, "Manor Houses". Como um interessante suplemento it cadeia estatal Pousadas. Pousadas estao para POl1ugal como os "Paradores" estao para Espanha. "Hoteis" de iuxo, muitas vezes inseridos em velhos e hisloricos castelos e convenlos, em zonas geograficas historicas e de beleza paisagistica. Mil camas privadas "Manor Houses" toi a designac,:ao com que, ate ha pouco tempo, se promovia este conceito privado de casas. Mas agora chamam-se "Solares de Portugal", para a cadeia ler um

2 ,. 2 cunho mais portugues e, de momento, cxistem, aproximadamentc, mil quartos para alugar. A maior parte no nortc de Portugal, mas cada vcz mais aparecem por todo 0 pais. AIcm de propriedade privada, os Solares sao caracterizados por flcarem longe das vias principais e das zonas de grande turismo. Os caminhos ate la sao, muitas vezes, pequenos e dificcis de encontrar. Temos que subir serras ou descer valcs ou ir para 0 interior do campo Muitas vezes e necessario perguntar onde flea 0 caminho. E no campo nao se poupam a trabaho. Os turistas eseasseiam e numa mistura de porlugues, frances (que muitos portugueses dominam mais quc 0 ingles) e gestos, e-se guiado para 0 caminho ccrto. A caminho das experiencias que sac muito difcrcntes do habitual. Habitamos em terreolas tranquilas e pobres, onde provavclmente apenas a propriedadc do dono do Solar e representativa. A maior vinha, campo ou moinho da regiao. Expansibilidade portuguesa As casas que nos mostram san rusticas e pessoais. Em alguns sitios, dorme-sc cm antigas camas de dossel, toma-sc 0 pequeno almoc,:oe - se encomcndar ao pequeno almoyo - janta-se na sala de jantar juntamente com a familia e corn alguns poucos turistas. E nao ha dinamarqueses cntre eles. Sao na maioria portugucses, que fazem ferias em quintas, no seu proprio pais. Ou entad inglcscs, holandeses e alemaes. A familia presta 0 melhor servic,:o pessoal, descja tcr contaeto corn os h6spedcs e it mcsa fala-se do tempo e de politica... A quinta da familia Calheiros e uma das perolas na cadeia dos Solares. Fica a quatro ou cinco km de Ponte de Lima, na subida da serra, corn vista para 0 rio Lima e sobre 0 vale. No editicio principal, onde a familia vive no primeiro andar, ha seis quartos duplos e tres quartos corn tn3s camas cada. A antiga eavalariya foi transformada em seis apartamentos de ferias para duas pessoas cada um, com cozinha propria e uma grandc sala comum de leitura e televisi'io. Tivemos muitos sol1e em ehegar precisamentc no dia do inicio das festas da Santa Eufcmia, 0 que aeontece lima vez por ano. Estes festejos duram tres dias e no primeiro dia todos os moradores da alcleia, incluindo as crianyas da escola, saem em procissi'io c transportam aos ombros andorcs com as figuras de Jesus, a Virgcm Maria e a Santa Eufemia. A procissao, corn a banda de mllsica a frente, passa ao longo da vereda da Quinta. Ao fundo, e defrontc da casa principal e da pequena capela, quc fica entre as duas alas, foi posta uma mesa corn uma CnlZ e um candelabro. A procissao passa a voila da mesa e (Jeixa 0 Payo de Calheiros novamente, para continuar a festa na aldeia com muito vinho, comida, canligas e danya - e fogo dc al1ificio. Mas no Solar tambem ha festa. Anfilrioes e h6spedes dos outros Solares na zona de Ponte de Lima - e ate mais longe - estao convidados. Ha vinho verde novo "ad libitum" e um bufete enorme com especialidadcs locais ern abumi<lncia - peixc, cordeiro, vaca, chouriyo, saladas quentes e frias, pao..., e mais tardc a grande, grande mesa dos bolos e sobremesas. 0 grupo folcl6rico local actua defronte da casa principal, onde proeuramos urn lugar a sombra, entre as fontes. Algllns hospcdes misturam-se com os bailarinos do gnlpo. Os passos parcccm faceis, ao estilo do "Zorba", mas tcm que se ter nascido la para sc poder acompanhar 0 ritmo da danya. Num momento mais calmo no dia seguinte, Francisco Calheiros fala, corn entusiasmo e orgulho, da historia da Qllinta, da organizaviio dos Solares - e da Dinamarca, que visitou mllitas

3 . J vezes por motivo dos seus negocios na industria textil. Fez parte da comitiva do Presidente Mario Soares, aquando da sua visita oficial a Dinamarca ha uns anos e 0 Conde Calheiros recorda a grande expericneia que foi 0 ter estado presellle no jantar de gala eom 0 par regente. E, conversando, chegamos a conclusao de que tel110s amigos dinamarqueses cm comum.. 0 mundo e pequeno, mesmo estando tag longe no interior do norte de Portugal. E depois, segllimos para sui Conduzir cm POItugal e uma expenencia especial. Nao e para os que tem fracos nervos. E, mesmo sendo so de 100 a 200 km 0 caminho que tlnhamos que percorrer nesse dia ate chegar a proxima familia, pode perfeitamente durar tres, quatro ou cinco horas, se nao se escolher a aborrecida solu~ao de ir pela autoestrada, onde isso e possivel. Vma parte da experiencia e precisamente 0 ir pelos caminhos locais de terra em terra. A nossa proxima paragem e na Casa da Quinta, em Sao Lourenyo do Bairro, na Bairrada, uma das melhores regi6es vinicolas de Portugal. Apanhamos a estrada de Ponte de Lima para Braga, passamos ao lado do Porto para sui em direec,:ao a Coimbra e Lisboa. Perto da Anadia, sai-se da estrada principal e entra-se num call1inho de curvas de uns cinco quilometros e passal110s mais duas povoayoes ate Sao Louren~o. Um troyo de 200 km que, com pequenas paragens, levou quatm horas. A Casa da Quinta e uma linda herdade de vinhas que flea numa pequena e sossegada aldeia onde, segundo os anfitrioes, "nao ha nada para vcr". A modestia e uma virtude, mas aqui e beleza. E a Casa da Quinta e, em si, UITloasis de paz e estetica. A proprietaria e a Senhora Ligia Mexia Leitao, professora de psicologia na universidade de Coimbra. 0 seu marido e otlcial do exercito Esta senhora herdou a herdade, que data do final do seculu XVll. Ligia Leitao e seu marido tem, nos ullimos anos, aplieado muito dinheiro na recuperas:ao da casa e deeoraram-na com raridades locais e iintiguidades de bom gosto. Ligia Leitao revela que, na verdade, 0 seu sonho era ter sido arquitecta, mas aquele curso era "so para humens". E vingou-se, ao pur 0 seu cunho estilistico nas salas e nos quartos da Casa da Quinta. Aqui ha seis quartos decorados em estilo rustieo muito bem seleceionado. 0 eonforto moderno esta bem integrado no ambiente original. A baeia da casa de banho e em poreelana antiga e linda sobre uma armayao em ferro.. A familia anfitria vive em Coimbra, mas vem aqui praticamente todos os flns-desemana, porque gostam de eonviver COITlos h6spedes cm frente it lareira na sala de estar. Vma govern ant a, uma lavadeira e um jardineiro tomam conta da casa e dos h6spedes. AJem disso, tem UIl1respons{iVcl pelas vinhas Ate ago ra, a familia tem vendido 0 vinho a cooperativa da regiao, mas u Senhor Leitao espera que a quinta - talvez ja em seja classifieada E, entao, poded produzir 40 a garrafas par anu de Vinho Casa da Quinta Entre os proprietarios anteriores da Casa da Quinta est a 0 nobre Visconde de Seabra, que aqui esereveu 0 rascunho da constituiyao portuguesa que vigorou entre 1867 e

4 .. 4 Tenha calmll Assim se aprende constantemente sob re as pessoas e sobre a vida local, quando se passam ferias em casas particulares em Portugal. Nilo e sensato saltar apressadamente de casa em casa. E demasiado eansativo encontrar novo local todos os dias. Abrande 0 ritmo e permane<;:apelo menos dois dias, de preferencia trcs ou quatro, em cada sitio. Dois, talvez tn3s Solares numa semana. Se tirar duas semanas para uma volta de carro em Portugal, c1aro que tem tempo para mais casas particulares - ou combinar Solares com Pousadas. Em qualquer dos casos, Portugal e um pais maravilhoso para se viajar. E se se quiser viver a natureza em ambiente amavel e anti-comercial nas pequenas aldeias, deve escolher-se os Solares. Mas que paz e sossego que nos espera quando se regressa de um passeio nas redondezas. E chegar a uma casa com a mesa bem posta, sardinhas assadas, guisado de coelho, bolos doces e cremosos - e um par de copos do vinho local. SOLARES E POUSADAS Muitos agentes tem viagens para Portugal, mas a Festival Tours (telef ) e 0 unico que tem Manor Houses (Solares) e Pousadas. Os Solares estao divididos em tn:is categorias: "Casas A.ntigas", elegantes casas aristocnlticas, quase sempre do seculo XVII e XVIII (pex Pa<;:odeCalheiros). "Quintas & Herdades", com vinhas e outros cultivos (pex. Casa da Quinta de Sao Lourenyo) e "Casas Rusticas", caracterizadas por serem easas tipicas com arquitectura e decorac;ilo da regiao. Um quarto duplo em Pac;o de Calheiros custa DKK 685, incl. pequeno almoc;o. Na Casa da Quinta (eategoria intermedia) 0 prec;o e de DKK 510. Na categoria mais inferiur u prec;o e de DKK 375 por quarto duplo A Festival Tuurs da sugestoes de passeios e encarrega-se de reservas, bilhete de aviao e aluguer de carro 0 lcep- Turismo (telef ) presta informac;oes. Lcgcndas das fotogl'afias Primeira it esquerda: Os barcos rabelus no rio Douro servem so para decorac;ao, mas assim foi o vinho originalmente transpurtado para 0 cais do Porto Primeira it direita: Se passar por uma vinha onde estcjam jornaleiros, gostam de posar para serem fotografados. E a seguir uferecem um cacho de uvas frescas para 0 caminho. Segunda it direita: Nos Solares vive-se aristocraticamente e em beleza epode-se utilizar a piscina e earnpo de tenis.

5 5 Prirneira ao centro: Havia roda nas saias, quando 0 grupo folcl6rico de Calheiros actuou. Scgunda ao centro: Urn dos grandcs c c1egantes quartos do Pac;o do Calhciros. 0 pequeno alrnoc;o e servido na varanda fora do quarto.